Cinco Prêmios Nobel em evento científico do IFSC
Pela primeira vez na história da cidade de São Carlos, cinco cientistas distinguidos com o Prêmio Nobel (incluindo os vencedores da edição de 2012) estarão presentes, simultaneamente, em evento científico promovido pelo IFSC.
O Symposium Honoring Prof. Daniel Kleppner, que decorrerá no IFSC-USP entre os dias 28 de fevereiro e 1º de março, onde o cientista que dá seu nome a este evento receberá o título de Professor Honorário do Instituto de Física de São Carlos, contará com a presença de cinco cientistas que foram laureados com o Prêmio Nobel.
Assim, além de outros grandes nomes da ciência mundial, os destaques vão para as participações, neste evento, dos americanos William Phillips e Eric Cornell, Prêmios Nobel da Física em 1997 e 2001, respectivamente, Dudley Herschbach (EUA), Prêmio Nobel da Química em 1986, e os Prêmios Nobel da Física, ano de 2012: o francês Serge Haroche e o americano David Wineland.
Com uma programação riquíssima, um dos grandes destaques deste evento vai para a Aula Especial que David Wineland dará no dia 27 de fevereiro, cerca das 15 horas, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, que constituirá em uma réplica da Aula Nobel dada por esse cientista na Universidade de Estocolmo (Suécia), logo após a outorga do Prêmio Nobel, onde acrescentará tópicos relativos ao trabalho e colaborações desenvolvidos ao longo do tempo com o Prof. Vanderlei Bagnato, docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos.
Em entrevista concedida à AC-IFSC, David Wineland referiu, com notória humildade, que o grande destaque de seu trabalho se traduz na medição e controle dos sistemas quânticos, um trabalho que, contudo, é igualmente a principal área de trabalho de muitos colegas que se encontram espalhados pelo mundo: daí que, para Wineland, o Prêmio Nobel conquistado em 2012 é um reconhecimento ao avanço que aconteceu nessa área correlata da física, graças ao trabalho e esforço de muita gente.
Wineland referiu que uma das particularidades – e beleza – deste trabalho é existir a possibilidade de se realizarem experimentos de grande impacto, ao contrário do que fizeram os pioneiros da mecânica quântica, que, em sua época, apenas conseguiram observar ténues experiências: Com esta fantástica evolução, os alunos conseguem agora aprender física e mecânica quântica, observando, em simultâneo, demonstrações reais dos princípios básicos desses temas, ao contrário de apenas assimilarem particularidades teóricas. No que se refere à aplicabilidade dos métodos, um dos bons exemplos que posso referir é o trabalho que fazemos no nosso grupo de pesquisa, relacionado com relógios atómicos, um trabalho que também é feito em diversos outros laboratórios existentes no mundo, que ajudará ao desenvolvimento dessa área de conhecimento, assim como de áreas correlatas. Claro que tudo isso é uma via de mão dupla e é certo que temos também muito a aprender com a pesquisa que é realizada no Brasil, referiu Wineland.
David Wineland fez questão de deixar uma mensagem para os físicos brasileiros – pesquisadores e alunos: É extremamente importante estarmos sempre concentrados na descoberta de algo novo, onde, de forma indelével, possamos empregar todo o nosso esforço, empenho e entusiasmo. Claro que, ao longo do caminho que nos propomos trilhar, sempre haverá frustações e angústias, até porque é raro o resultado de um experimento dar certo na primeira tentativa. Por isso, é extremamente importante que gostemos do nosso projeto, que possamos estar apaixonados por ele – começando, por exemplo, com a montagem do equipamento e a verificação de seu comportamento, fazendo, em simultâneo, todo o trabalho de pesquisa experimental e teórica no sentido de alcançar sucesso pleno em nosso objetivo científico.
Doutor em física pela Universidade de Harvard, Wineland trabalha desde 1975 no Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST- National Institute of Standard and Technology), do governo americano, e dirige os estudos do grupo de armazenamento de íons desde 1979.
Mais informações sobre este evento:
http://cepof.ifsc.usp.br/symposium_kleppner/index.php
Assessoria de Comunicação
Com orientação do docente do IFSC, Valtencir Zucolotto, Amanda criou uma nanopartícula, feita de polimérico e lipídico* em escala nanométrica. A nanopartícula, embora mais fina do que um fio de cabelo, protege o material envolvido e mantém suas propriedades intactas, diminuindo, assim, os riscos de degradação e perda de eficiência causados pela exposição ao Sol e/ou ao calor.
Depois de terem conseguido manter o sistema estável e nanoencapsular os óleos essenciais, as pesquisadoras da Nanomed já têm planos para o futuro: a busca de parceiros que queiram utilizá-los para produção de quaisquer produtos. Inclusive, embora os efeitos estéticos ainda sejam o foco principal, no momento, Amanda não descarta a possibilidade de, no futuro, tirar proveito das propriedades biológicas dos óleos para uso farmacêutico. Propriedades anestésicas e antifúngicas do cravo já são utilizadas há muito tempo na medicina, assim como algumas pesquisas apontam que a pimenta-rosa incita a produção de dopamina** no organismo e seu uso pode ter efeitos terapêuticos. “Já realizamos alguns testes farmacêuticos em animais e chegamos a resultados promissores”.
O principal intuito do curso é trazer uma aproximação entre professores e pesquisadores das duas instituições (USP e IBM), que trabalhem com engenharia, ciência da computação, física, química e matemática.
Sendo assim, estudantes brasileiros têm, agora, mais uma oportunidade de estudar em uma das quatro universidades canadenses abaixo listadas:
a, bem como a biologia, tem uma parceria grande com a física para produção de fármacos. Os Químicos têm uma boa visão das ligações entre as moléculas e até mesmo os engenheiros “entram na dança”: nesse caso, depois que o fármaco já foi descoberto e testado, o engenheiro químico e o engenheiro de produção assumem o importante papel de gerir a produção em escala industrial dos medicamentos, ou seja, na fase em que estes serão comercializados. “O engenheiro entra com o papel de fazer o escalonamento dos medicamentos produzidos”, exemplifica Alessandro.
Como especialista na área de biotecnologia molecular, Alessandro arrisca alguns palpites para o futuro dessas modelagens e o desenvolvimento mais acelerado de fármacos. “No futuro, a ideia é que sejamos capazes de propor moléculas ativas capazes de combater quaisquer tipos de doenças”, declara. Ainda de acordo com o docente, algumas estimativas recentes apontam que todos os fármacos que conhecemos atuam apenas em cerca de 10% de todas as proteínas humanas que podem ser reguladas por fármacos.
se desenvolver”. Glaucius Oliva exemplificou o caso da Finlândia, onde a profissão de professor é a mais reconhecida socialmente, sendo, por isso, a atividade melhor remunerada. O Japão também foi apresentado como um exemplo: uma ilha rochosa, com ausência natural de campos de cultivo. Praticamente reduzido a cinzas na II Guerra Mundial no espaço de aproximadamente cinquenta anos, o Japão é atualmente uma das principais economias mundiais, tudo devido ao fato daquele país ter apostado quase unicamente no desenvolvimento de seus recursos humanos. Para Glaucius Oliva, face aos exemplos mencionados, o Brasil necessita que os seus jovens sigam uma educação integral até entrarem no Ensino Superior, por forma a que o país possa avançar e se desenvolver, gerando mais riqueza e bem-estar.
Na ocasião, diversos pesquisadores da área de semicondutores estarão reunidos para fazer leituras e releituras de tópicos relacionados ao tema principal. Na programação estão inclusas sessões de pôsteres, palestras, debates, coffee breaks e até mesmo passeios e jantares de confraternização.
O programa, que tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), objetiva orientar inventores, empreendedores, pesquisadores e microempresários na condução de projetos de inovação tecnológica e, quando necessário, até mesmo no auxílio da identificação de parceiros na própria USP.
