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20 de março de 2023

Startup “Blatron Tecnologia” oferece oportunidades de bolsas FAPESP

A empresa startup “Blatron Tecnologia”, gerada a partir de pesquisas realizadas no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), está oferecendo oportunidades de bolsas.

Veja abaixo:

Bolsista FAPESP – Treinamento Técnico IV – (TT-4) – Computação

Valor – R$ 3.570,80 / mês;

Requisitos:

*Graduação Completa em curso relacionado a Computação;
*Mínimo de 2 (dois) anos de experiência, ou Mestrado concluído, em área relacionada;
–*Compromisso de 6 meses (extensão até 2 anos);

Assuntos Abordados:

*Desenvolvimento de Interface Gráfica;
*Comunicação Serial com Microcontroladores;
*Cálculo automático de Curvas de Calibração;
*Integração de software para cálculo de Circuitos Equivalentes;
*Integração de software para projeção com Visualização de Informações (InfoViz);
*Classificação de dados através de Aprendizado de Máquina;
*Processamento de Dados de Biossensores;
*Testes com Usuários Reais;
*Desenvolvimento de Aplicativo para Smartphone;

Bolsista FAPESP – Treinamento Técnico I – (TT-1) Eletrônica

Valor – R$ 505,60 / mês;

Requisitos :

*Cursando Graduação, sem reprovações, em curso relacionado a Eletrônica;
*Dedicação de 15 horas semanais;
*Residente em São Carlos – SP;
*Compromisso de 6 meses (extensão até 2 anos);

Assuntos Abordados:

*Comunicação Serial com Smartphone;
*Alimentação Portátil;
*Circuitos de Ajuste DC;
*Aquisição em Frequência;
*Circuitos de Calibração;
*Análise Dinâmica de Impedância;
*Análise de Semicondutores;
*Análise de Matrizes;
*Miniaturização de Circuitos;
*Testes de Reprodutibilidade;
*Fabricação em Escala;

Para mais informações, entrar em contato:
lorenzo.buscaglia@blatron.com
(16) 99760-9251

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de março de 2023

Quando jovens pesquisadores do IFSC/USP decidem ser professores universitários

Na Califórnia

Do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia para a sala de aula

Numa série de entrevistas dividida em três partes, iremos aqui relatar as experiências e a vida acadêmica de três jovens pesquisadores pertencentes ao Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Para todos eles, foram anos de estudos, pesquisas nas mais diversas frentes, sendo que, em determinado momento, trocaram os laboratórios pelas salas de aulas na universidade. São três histórias que se cruzam, mas cujo final é similar, embora com características diferentes.

Hoje, iremos abordar o percurso de Leonardo Miziara Barboza Ferreira (36), um jovem pesquisador – agora professor – que confessa ter sido, desde o ensino fundamental, muito curioso por tudo o que se passava à sua volta e que o motivou a buscar respostas científicas em relação ao mundo que o rodeava. Contudo, foi no ensino médio que ele desenvolveu um interesse especial por química e biologia e a partir daí decidiu que, quando chegasse o momento, iria prestar provas para o curso de  Farmácia. Entretanto, acabou por não concretizar seus objetivos por dois motivos.

Indústria ou Academia/Pesquisa?

“O primeiro curso que prestei foi medicina (2003-2004), até por questões ligadas à família, para continuar um percurso profissional familiar. Prestei prova, mas não passei (adorei esse fato!) e aí comecei a fazer um curso de Fisioterapia que durou apenas um semestre na Universidade de Uberaba. Era um curso muito parecido com o de medicina: era legal? Era!… Mas também era algo que não me atraía fazer para o resto da vida”, recorda Leonardo, que no fundo sentia falta de se dedicar na área de exatas. Foi aí que em 2006 o nosso entrevistado finalmente prestou provas para o curso de Farmácia, fato que, segundo ele, conseguia equilibrar os seus velhos interesses por biologia e ciências exatas.

“Fiz o curso com duas iniciações científicas na área de química analítica e, no final fiz o tão aguardado e temido estágio obrigatório, onde me foi dada a hipótese de escolher dois caminhos: indústria ou Academia/Pesquisa. Meu estágio final foi no Instituto de Química da UNESP de Araraquara (2016) ao longo de cerca de seis meses, e assim que finalizei o estágio prestei provas para o mestrado em três universidades – UNESP, USP e UNICAMP, igualmente em química. Passei nas três universidades, mas optei por ficar em Araraquara, na UNESP, já que morava lá e gostava muito do grupo. Fiz dois anos de mestrado trabalhando em análise térmica, embora tenha trabalhado também no desenvolvimento de novos materiais, com cristais líquidos como potenciais carreadores de fármacos para “drug-delivery”, que era algo que tinha a ver com a minha formação inicial em Farmácia”, pontua o pesquisador.

Silicon Valley

No final de seu mestrado, Leonardo tinha a absoluta convicção de que seu próximo caminho seria a carreira acadêmica, rumo a prestar algum concurso para trabalhar com pesquisa. Mas não o fez… “Optei por não fazer doutorado na área de química porque os editais são muito limitantes, obrigando você a ter a mesma titulação de doutorado que a sua área de formação inicial. Por isso fui buscar um doutorado na área de Ciências Farmacêuticas, na UNESP de Araraquara, cujo foco era o desenvolvimento de sistemas de liberação de fármacos e nanotecnologia. O meu trabalho específico foi o desenvolvimento de formulações para biofármacos – anticorpos monoclonais. Nessa época (2012)  comecei a desenvolver, simultaneamente, alguns trabalhos na área de química supramolecular como reforço para a área de sistemas de liberação de fármacos. Esta construção de uma visão mais “físico-química” para o planejamento e desenvolvimento de medicamentos é algo que permite não apenas a compreensão da tecnologia em si, mas também os seus efeitos biológicos. Durante o doutorado viajei para os EUA onde passei cerca de um ano trabalhando em um centro de especialidade em tumores cerebrais, infraestrutura que pertence ainda hoje à Universidade da Califórnia – São Francisco”, recorda o pesquisador.

Deslumbrado com inovação e empreendedorismo

Um sorriso de esperança rumo a um novo horizonte

Leonardo Ferreira confessa que essa experiência no exterior foi muito importante, não só pelos trabalhos que desenvolveu nos laboratórios da Universidade da Califórnia, mas também pelo local e pela região, que são imensamente ricos em termos de inovação e empreendedorismo, onde se incentivam as relações entre universidade e empresas, comprovando a fama que tem “Silicon Valley”. “Retornei ao Brasil para defender meu doutorado (2016) e através de uma bolsa oferecida por uma indústria farmacêutica consegui desenvolver alguns trabalhos ao longo de três meses. Foi um período que eu queria ficar um pouco longe da Academia e concentrar o foco nos trabalhos para a indústria, devido à visão que eu tinha trazido dos EUA”. O jovem pesquisador começou a enviar currículos para várias indústrias e acabou sendo chamado por uma grande indústria farmacêutica nacional, tendo sido contratado como pesquisador pré-clínico, onde passou a desenvolver estudos para avaliação biológica de medicamentos, o que lhe facultou uma série de contatos com professores universitários dentro dessa área de conhecimento. Assim, mesmo estando dentro da indústria, o seu trabalho tinha muita relação com a Academia.

“O que eu vivi na indústria me fez ver o quanto é discrepante o ensino que nos é dado no curso de Ciências Farmacêuticas, já que a realidade da indústria e a velocidade que ela imprime para o desenvolvimento de medicamentos é vertiginosa e de fato há um gap muito grande entre a Academia e a indústria. Na indústria, eu tinha que gerenciar múltiplos projetos, algo que é bem diferente na Academia, onde eu estava responsável unicamente pela minha tese de doutorado. Necessitei entender o que eu próprio estava fazendo na indústria e assim decidi fazer uma especialização em gestão de projetos, algo que realizei na ESALQ (2018), através de um MBA, simultaneamente com o início do meu pós-doutorado e de mais um MBA em gestão de pessoas, até porque senti que necessitava disso também. Em resumo, estes dois cursos me deram as bases para lidar com ambientes multiprojetos e integração de times transdiciplinares”, pondera nosso entrevistado.

Contratado como Professor

O primeiro pós-doutorado de Leonardo Ferreira foi feito em 2019, no Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano) do IFSC/USP, com o Prof. Valtencir Zucolotto, tendo trabalhado, em um primeiro momento, com membranas do endotélio vascular que se relacionavam com processos patológicos característicos de doenças inflamatórias intestinais, até que, de repente, surgiu a pandemia em 2020. Foi a partir daí que iniciou o seu segundo pós-doutorado, exclusivamente dedicado ao desenvolvimento de nanopartículas para liberação pulmonar de fármacos anti-SARS-COV2, sendo esse o projeto que ainda continua trabalhando e cuja conclusão será no próximo mês de abril.

“Entretanto, neste período prestei dois concursos para professor: um na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, e outro na UNESP de Araraquara, na Faculdade de Farmácia, Disciplina de Análise e Controle de Medicamentos, onde fui admitido. Assim, no próximo mês de abril finalizarei meu pós-doutorado no GNano, que me deixa enormes saudades, para assumir o cargo de professor. A vivência no grupo liderado pelo professor Valtencir Zucolotto me permitiu compreender que pesquisas fundamentais e aplicadas podem de fato estar integradas dentro de um grupo de pesquisa. Aliás, esta integração é salutar, uma vez que muitas invenções podem surgir a partir da fronteira do conhecimento. A experiência que adquiri na indústria foi fundamental para todo o meu aprendizado e para a tomada de decisões de carreira, especialmente sobre questões que envolvem “gestão”. Quanto a ser professor, tenho muitas expectativas em poder repassar as experiências da Academia e da indústria para uma melhor formação de meus alunos, para que eles consigam enxergar as oportunidades que existem nesta interface Universidade-indústria, o que se revela um verdadeiro desafio. Meu foco estará na formação de pessoal altamente qualificado e capaz de usar a força criativa juntamente com o pensamento crítico e racional para resolverem problemas. E o caminho, esse vasto caminho está aberto para o futuro deles e é nossa obrigação mostrar esses cenários”, sublinha o Prof. Leonardo.

Para o nosso entrevistado, não é fácil e não será fácil num futuro próximo responder às demandas pontuadas tanto pela Academia como pela indústria, até porque esse diálogo, essa interação precisam ser constantemente trabalhados. “O que se passou na pandemia é algo que fica como exemplo. Precisávamos de um produto com urgência, com emergência mundial, uma tecnologia que combatesse o vírus e a doença, só que a pergunta era: como desenvolver uma tecnologia sem conhecimento científico apropriado para essa emergência? E esse foi um momento em que a Academia e a indústria se uniram com uma única voz e com a mesma velocidade de resposta. Acho que a partir desse exemplo o diálogo entre ambas as partes poderá ser eficaz em muitas situações que se venham a colocar.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de março de 2023

Oportunidade de Bolsa de Pós-Doutorado no GNano-IFSC/USP

O Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia da USP (GNano), pertencente ao Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), sob a  coordenação do Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, está selecionando dois pós-doutorandos para atuar em um projeto de pesquisa relacionado ao “Desenvolvimento de nanoformulações para aplicações em medicina e agronegócio”, com Bolsas DTI-1A CNPQ. É desejável que a(o) candidata(o) tenha experiência na  síntese ecaracterização de nanossistemas e nanoformulações.

Interessados podem enviar Curriculum Vitae para gnano@ifsc.usp.br, A/C Simone.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de março de 2023

16 de março – Aula Magna com o Prof. Paulo Eduardo Artaxo Netto (IFUSP)

No âmbito da “Semana de Recepção aos Calouros – 2023”, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realiza no próximo dia 16 a sua habitual Aula Magna subordinada ao tema “Desafios científicos e políticos na construção de uma sociedade sustentável”, que ocorrerá às 14h00, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas, e que será ministrada pelo Prof. Dr. Paulo Eduardo Artaxo Netto, docente e pesquisador do Instituto de Física da USP.

Esta Aula Magna trará como mote principal o quanto as mudanças climáticas representam um enorme desafio para a sociedade, tendo em consideração diversos pontos de vista, sendo que a Ciência já aponta os riscos relacionados com as emissões de gases de efeito estufa desde os trabalhos da autoria de Arrhenius, em 1982. Atualmente, estamos em um momento crítico da Humanidade, no caminho da construção de uma sociedade sustentável.

Desta forma, o Prof. Dr. Paulo Eduardo Artaxo Netto discutirá com os alunos os aspectos científicos e políticos do enfrentamento das mudanças climáticas.

A não perder.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de março de 2023

Recepção conjunta dos calouros do Campus USP de São Carlos – Uma Universidade de Pesquisa

Foi com bastante entusiasmo que a USP de São Carlos recebeu os novos alunos ingressantes de 2023 num evento conjunto que ocorreu na manhã do dia 13 de março, comemorando assim o regresso desta bonita festa presencial após as restrições causadas pela pandemia.

Com o Salão de Eventos do Campus completamente cheio, coube aos diretores dos institutos e aos responsáveis pela Prefeitura e do Conselho Gestor do Campus acolherem os “calouros” da forma como só a Universidade de São Paulo sabe fazer.

Mesa de Honra – Da esquerda para a direita: Profs. Joubert José Lancha, Osvaldo Novais de Oliveira Junior, Fernando Martini Catalano, Luiz Costa Alberto, André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho e Hamilton Varela

As oratórias de boas-vindas iniciaram-se com a intervenção do Prefeito do Campus, Prof. Luiz Costa Alberto, que sublinhou a importância, a emoção e a alegria de um momento que marca a a normalidade da recepção dos ingressantes e da vida ativa no Campus USP de São Carlos após as restrições causadas pela pandemia, tendo sublinhado que a partir daquele momento começam a tomar forma os sonhos de cada aluno e aluna. “É aqui que os sonhos começam a ser realizados depois de todos vocês terem vencido uma etapa difícil, que foi entrar efetivamente na USP. E toda essa expectativa no futuro de vocês também é nossa, de professores e funcionários. E, as oportunidades que vocês irão encontrar vão muito além da sala de aula. Elas estarão também nos eventos sociais, recreativos e esportivos, com a certeza absoluta de que durante estes próximos quatro ou cinco anos todos nós estaremos trabalhando para que vocês possam concretizar esses sonhos”, pontuou o docente.

“Um dia que marca a sua entrada na melhor universidade do País”. Esta foi a mensagem inicial dirigida aos alunos ingressantes pelo Prof. Fernando Martini Catalano, Diretor da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), ao manifestar sua felicidade por, finalmente, se poder fazer uma recepção conjunta de forma presencial e desenvolver normalmente todas as atividades acadêmicas. Fernando Catalano destacou que os próximos quatro anos constituirão um período inesquecível para todos os alunos do campus USP de São Carlos, com o mesmo entusiasmo que ele próprio viveu há perto de quarenta anos, quando ingressou na EESC/USP. “Será um período inesquecível para vocês, alunos da EESC, até porque nossa Escola está completando os setenta anos de existência (1953). Devido à desindustrialização que o país vive, existe a urgente necessidade de formar mais engenheiros, daí que vocês, ingressantes nos nossos cursos, poderão mudar esta realidade atual e fazer a diferença no futuro próximo, não só em termos técnicos, como, também, em termos de justiça social e no equilíbrio ambiental que hoje já nos afeta grandemente”, destacou o docente.

“Estou esperançoso que este seja um período de muito aprendizado, trabalho e estudo, mas que seja também um período muito divertido para vocês todos”. Foi assim que iniciou a sua fala dirigida aos calouros o diretor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), Prof. André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho. O dirigente destacou que este período irá passar muito rápido e que sua esperança é que os alunos concluam seus cursos felizes, esperançosos, estimulados e prontos para melhorar a qualidade de vida no Brasil. Contudo, o ponto principal de seu discurso foi no sentido do “Respeito à presença da diversidade de pensamento, de formação e de opção, a todas as minorias, contra a intolerância e a qualquer tipo de preconceito, já que também queremos formar bons cidadãos”.

O diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, foi o orador seguinte, tendo começado por agradecer e parabenizar os alunos veteranos e funcionários do campus pela organização da cerimônia de recepção conjunta aos calouros, tendo salientado, seguidamente, que a USP, sendo uma universidade de pesquisa, assume a sua postura transformadora. No início de seu breve discurso, o dirigente começou por afirmar que o conhecimento é o bem mais importante que a humanidade tem e ele é essencial para o desenvolvimento de qualquer nação. “Aqui, o ensino aparece sempre ligado à pesquisa e extensão, tendo como meta final a alta qualificação de todos vocês. Todos nós temos grandes responsabilidades, pois é nossa obrigação lutar por uma sociedade mais justa, de formarmos bons cidadãos”, sublinhou o docente. Contudo, Osvaldo Novais de Oliveira Junior alertou para o fato de estar emergindo no mundo tecnologias que podem mudar completamente o destino da humanidade, como é o caso da verdadeira revolução trazida pela Inteligência Artificial (IA). “As mudanças que se avizinham nos próximos anos podem ser boas, por um lado, e drásticas por outro, principalmente pelo aumento do desemprego, onde máquinas irão substituir as pessoas. E os efeitos disso, aqui no Brasil, podem ser drásticos. Nosso trabalho nos próximos anos será contribuir para que a sociedade brasileira seja atendida de forma a minimizar esses efeitos e vocês irão ter a formação adequada que o País precisa”, enfatizou o docente. Ao conluir seu discurso, Osvaldo Novais de Oliveira Junior agradeceu às famílias do ingressantes os sacrifícios que fizeram para que seus jovens entrassem na USP e a confiança que depositaram na Universidade para os formar.

O Prof. Hamilton Varela, diretor do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) foi o orador seguinte, tendo salientado, na abertura de seu discurso, que são poucas as universidades que estão classificadas como “Universidades de Pesquisa”, como a USP, que ombreia em qualidade com as suas congêneres de Harvard (EUA) e Oxford (GB), sendo que todas as atividades desenvolvidas são permeadas com pesquisa, fato que faz toda a diferença na formação de seus alunos, elevando bem alto a referência do Estado de São Paulo. “O Estado de São Paulo está inserido no sistema de ensino superior, pesquisa científica e tecnologia mais desenvolvido do Brasil, sendo que ele responde por cerca de 45% da produção científica brasileira. Por isso, os alunos da USP aprendem e são treinados para lidar com os problemas mais complexos e importantes, tornando-os os melhores profissionais do mercado, os mais cobiçados e os mais bem pagos”, pontuou Hamilton Varela. Ainda no quesito da formação na USP, o dirigente do Instituto de Química de São Carlos salientou que ela se reflete também em um ganho de produtividade muito grande para a sociedade. “O Estado de São Paulo também reconhece a importância da USP em termos dos recursos que canaliza para ela. Por exemplo, o orçamento da USP para este ano de 2023 é de cerca de R$8,5 bi, o que significa dizer que cada aluno de graduação custa para a sociedade cerca de R$8.000 por mês, o que é um grande investimento”, concluiu o docente.

O último discurso desta cerimônia esteve a cargo do diretor do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU/USP), Prof. Joubert José Lancha, docente que desempenha, simultaneamente, as funções de presidente do Conselho Gestor do Campus USP de São Carlos. Em sua oratória, o docente sublinhou o fato da universidade ser uma escola de cidadania, onde se dialoga e se debate, e onde se conseguiu superar muitos dos desafios colocados nestes últimos anos. “Estamos superando esse triste período de nossa trajetória política, de nossa história, algo que não podemos esquecer. Foi um período de grandes desafios, de resistência e de luta. Juntos lutamos pela vida e pelos direitos, contra toda a tentativa de aniquilar o trabalho e as conquistas feitas por diversas gerações de brasileiros; tudo em favor do futuro de vocês, alunos e alunas. Sejam bem-vindos à USP Campus de São Carlos”, concluiu mo dirigente.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de março de 2023

Aberta inscrição para seleção de bolsista Pós-Doc – “Combinação de rede-autômatos e redes neurais para análise de dados”

Está aberta a inscrição para a seleção de um bolsista de pós-doutorado para o projeto “Combinação de rede-autômatos e redes neurais para análise de dados”, a ser realizado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e na Faculdade de Engenharia de Biossistemas da Universidade de Ghent, na cidade de Ghent – Bélgica.

É obrigatório trabalhar no Brasil por pelo menos um ano, com a possibilidade de trabalhar até dois anos, e é recomendado trabalhar até um ano na Bélgica, tornando a duração total da bolsa de pós-doutorado de até três anos.

Este projeto científico propõe a combinação das áreas de autômatos celulares, aprendizado de máquina e redes complexas para a análise de dados e reconhecimento de padrões.

O projeto tem como objetivo desenvolver novas ferramentas para caracterizar e extrair medidas de redes complexas utilizando ferramentas de rede-autômatos e redes neurais que incorporam as características do fenômeno e dos dados em estudo e revelam comportamentos subjacentes. Por conseguinte, é importante avaliar quais são as medidas extraíveis mais informativas. Para esse fim, serão realizadas tarefas de reconhecimento de padrões para identificar os melhores descritores.

Especificamente, os objetivos são:

1-investigar e propor modelos de rede-autômatos para caracterizara evolução dinâmica de redes complexas;

2- adaptar e propor técnicas baseadas em modelos de redes neurais para aprender recursos das redes complexas e sua evolução dinâmica gerada por rede-autômatos, combinando assim as duas abordagens.

Responsabilidades do bolsista:

Propor métodos teóricos e algoritmos para o estudo de padrões em redes autômatos (autômatos celulares + redes complexas);

Desenvolvimento de modelos inovadores para reconhecimento de padrões combinando redes autômatos e redes neurais artificiais;

Requisitos:

O(a) candidato(a) deve atender aos seguintes requisitos:

Experiência nas áreas de autômatos celulares, redes neurais e redes complexas;

Destacado desempenho acadêmico e científico, com publicações científicas (em veículos de reconhecida qualidade – periódicos internacionais indexados) nos temas do projeto.

É requerido ao menos 1 publicação em redes complexas ou autômato celular, 1 publicação em redes neurais artificiais e/ou 1 publicação combinando ambas metodologias.

É esperado que o candidato tenha experiência em colaborações com pesquisadores do Brasil e exterior;

Habilidade em comunicação oral e escrita em inglês.

Processo seletivo:

Os candidatos interessados que atendam os requisitos devem encaminhar e-mail para Prof. Dr. Odemir Bruno – bruno@ifsc.usp.br com o assunto “Seleção Pós-Doc FAPESP-FWO” os documentos necessários para a inscrição:

1-Curriculum Vitae atualizado, indicando formação, produção científica, projetos dos quais participou;

2-Carta de apresentação, com a motivação para a pesquisa e ressaltando suas habilidades relacionadas ao tema projeto.

O envio dos documentos para a efetivação da inscrição no processo seletivo deve ser realizado até 15/04/2023.

O processo seletivo será baseado principalmente no perfil acadêmico, em particular, na produção científica relacionada ao tema em veículos de reconhecida qualidade, além da carta de apresentação.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de março de 2023

Projeto “Cientistas do Amanhã – Jovens Negros” Uma porta aberta para a educação e inclusão na cidade de São Carlos

Prof. Antonio Carlos Hernandes

Satisfação e muita emoção marcaram  o lançamento oficial do projeto “Cientistas do Amanhã – Jovens Negros”, um evento que ocorreu na tarde do dia 09 deste mês de março, no Conjunto de Apoio Didático (CAD) na Área-2 do Campus USP de nossa cidade. Em simultâneo, foram inaugurados os novos espaços físicos do “Programa Vem Saber”, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Os novos espaços compreendem a ”Sala do Conhecimento”, que antigamente tinha uma capacidade para quarenta alunos, agora remodelada em formato de auditório e preparada para acolher sessenta alunos, o que corresponde a poder receber duas escolas simultaneamente, permitindo um aumento no fluxo de professores e alunos que constantemente procuram por esse espaço para desenvolverem suas atividades.

Outro espaço que foi inaugurado é a “Sala Multi-Uso”, um espaço onde vai ser desenvolvido o projeto “Cientistas do Amanhã – Jovens Negros”, com a introdução de novos experimentos através de equipamentos que facultarão aos jovens estudantes uma série de conhecimentos que serão importantes para a sua vida acadêmica.

O lançamento do projeto “Cientistas do Amanhã – Jovens Negros” é uma atualização do programa “Cientistas do Amanhã”, que comemorou no ano de 2022 o seu décimo aniversário, sob a responsabilidade de seu criador, o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes. O objetivo maior continua a ser apoiar os alunos das escolas de nossa cidade a alcançarem o ensino superior – a entrarem na universidade -, sendo que até o presente momento aderiram a este programa largas centenas de jovens, sendo que a grande maioria logrou entrar em cursos superiores.

Mesa de honra – Antonio Carlos Hernandes, José Galizia Tundisi, Osvaldo Novais de Oliveira Junior, Bruno Zancheta, Débora Gonzalez Costa Blanco e Frank Nelson Crespilho

Antonio Carlos Hernandes sublinha o motivo para a atualização deste projeto: “Até este momento nunca se tinha feito um recorte dos contingentes de alunos que passaram por aqui –  gênero, cor e raça, algo que muda agora com a atualização do programa, que passa se denominar “Cientistas do Amanhã – Jovens Negros”. E este projeto tem um objetivo muito claro, que é prover um apoio efetivo aos jovens estudantes negros das escolas de nossa cidade para que possam ter acesso ao ensino superior. O que vamos oferecer aqui, ao longo de cada ano, são trabalhos de pré-iniciação científica e de aulas que ajudem esses jovens a interpretar e entender as disciplinas básicas em suas escolas, para que possam ter acesso ao ensino superior”, pontua o docente. Do contingente de alunos selecionados – cerca de  100 -, mais de 50% são oriundos da Escola João Batista Zavaglia, localizada na periferia da cidade de São Carlos.

Profs. Osvaldo Novais de Oliveira Junior e Ana Paula Ulian de Araújo

Neste evento, que reuniu autoridades locais, professores, alunos e dirigentes da USP, o sentimento comum é que  estavam sendo dados passos importantes na luta contra a discriminação, em um processo de inclusão importantíssimo a partir da escola, junto aos mais novos, abrindo caminhos para o futuro de largas centenas de alunas e alunos negros.

Dentre outras individualidades que marcaram presença neste evento estiveram os Profs. Osvaldo Novais de Oliveira Junior e Ana Paula Ulian de Araújo, na circunstância, Diretor e Vice-Diretora do IFSC/USP, cujos comentários foram unânimes. “A oferta deste projeto de inclusão e de educação é uma oportunidade para alunas e alunos negros dos ensinos fundamental e médio que almejam um lugar na Universidade, um lugar de destaque na sociedade. Assim, e em paralelo, este projeto é essencial para que a USP cumpra uma de suas missões, que é transferir o conhecimento para a sociedade e, neste caso, contribuindo igualmente para a educação no Estado de São Paulo e no Brasil como um todo”, destacou Osvaldo Novais de Oliveira Junior. Corroborando com estas afirmações, a Vice-Diretora do IFSC/USP complementou “Este é projeto e uma ação que são fundamentais em termos de inclusão. Enquanto não tivermos situações igualitárias para que todos tenham os mesmos acessos, as mesmas oportunidades, os mesmos direitos, iremos sempre necessitar de ações, de programas específicos e de atitudes como esta que presenciamos hoje. Este projeto é fundamental não só em termos de ensino, como também em termos sociais e o Prof. Antonio Carlos Hernandes e sua equipe estão de parabéns.

A mesa de honra que presidiu ao lançamento do projeto “Cientistas de Amanhã – Jovens Negros” foi constituída pelos Profs. Antonio Carlos Hernandes, José Galizia Tundisi (Secretário Municipal de Ciência e Tecnologia), Osvaldo Novais de Oliveira Junior (Diretor do IFSC/USP), Bruno Zancheta (Professor e Vereador da Câmara Municipal de São Carlos), Débora Gonzalez Costa Blanco (Dirigente de Ensino de São Carlos) e Frank Nelson Crespilho (atual responsável pelo IEA – Polo de São Carlos).

“Sala do Conhecimento” renovada

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de março de 2023

Entrega dos Prêmios “Prof. Horácio Panepucci” e “Paulo Freire”

Integrados na Semana de Recepção aos Calouros -2023 , que ocorre em toda a Universidade de São Paulo, o IFSC organizou no dia 13, no âmbito da sua própria programação alusiva ao evento e dentre as diversas atividades que ocorreram durante esse dia, a cerimônia de entrega dos “Prêmios Prof. Horácio Panepucci e Paulo Freire”, ocorrida no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” e presidida pela Vice-Diretora do IFSC/USP, Profª Ana Paula Ulian de Araújo.

Como já é habitual, este evento foi totalmente organizado pelos alunos do IFSC/USP, com o objetivo de premiar e homenagear diversos docentes do Instituto eleitos pelos estudantes e premiando, igualmente, os alunos que obtiveram os melhores desempenhos acadêmicos.

Para conferir os pormenores deste evento, que foi transmitido ao vivo no Canal Youtube de nosso Instituto, clique na imagem abaixo.

14 de março de 2023

Na produção de cerveja da melhor qualidade… IA substitui mestre-cervejeiro

À esquerda – Espectrômetro para emissão e leitura dos sinais infravermelhos. À direita – Tanques de fabricação de cerveja ao lado do computador com o programa de IA

A tradição, que diz que para se fazer uma boa cerveja é necessário um bom mestre-cervejeiro, parece ter caído por terra com o aparecimento da Inteligência Artificial (IA). No mínimo, é isso que parece ter acontecido através de um projeto desenvolvido pelo IFSC-USP (Unidade EMBRAPII), em parceria com duas empresas startups da cidade de São Carlos.

Um equipamento acaba de ser desenvolvido com capacidade para analisar tudo o que acontece dentro dos tanques que fabricam cerveja durante as diferentes etapas de produção. O processo é feito com sinais infravermelhos que passam pela cerveja e que alimentam um computador com uma IA que interpreta como esses sinais coincidem com a qualidade esperada. Ao ler constantemente esses sinais, o computador toma decisões em tempo real para alterar as condições ao longo da produção, gerando assim, no final, o resultado esperado, ou seja, a melhor cerveja possível.

Segundo o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato “A técnica mostra-se ótima para produção de cerveja, mas pode ser revolucionária na indústria de alimentos de modo geral, além também na produção de fármacos e na extração de essências naturais”.

O grupo de empresas e os pesquisadores envolvidos já depositaram as patentes relacionadas às técnicas e aos equipamentos mencionados e agora procuram por grandes usuários para essa tecnologia brasileira de ponta.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de março de 2023

XXI Brazilian MRS – Simpósio R – Organic Electronics, Photonics and Bioelectronics: Fundamentals, Applications and Emerging Technologies

No âmbito do XXI Brazilian MRS Meeting, evento que está sob os auspícios da SBPMat, realiza-se entre os dias 01 e 05 do próximo mês de outubro, na cidade de Maceió (Alagoas), o Simpósio R – Organic Electronics, Photonics and Bioelectronics: Fundamentals, Applications and Emerging Technologies”.

O período para submissão de abstracts já teve início e encerra-se no dia 17 de abril, sendo que maiores informações poderão ser obtidas no site do evento (AQUI)

Segue abaixo a lista de Invited Speakers do Simpósio R:

*Wojciech Pisula Confirmed
(Max Planck Institute for Polymer Research – Germany and Lodz University of Technology – Poland)

*Michael J. Schoening Confirmed
(Institute of Nano- and Biotechnologies (INB), FH Aachen – Germany)

*Christel Marian Confirmed
(Institute of Theoretical and Computational Chemistry – Heinrich-Heine-University – Germany)

*Rachel C. Evans To be Confirmed
(Department of Materials Science and Metallurgy, University of Cambridge)

*Cleber Renato Mendonca Confirmed
(São Carlos Institute of Physics – Brazil)

A Comissão Organizadora deste simpósio está constituída da seguinte forma:

*Eduard Westphal(Universidade Federal de Santa Catarina);

*Laura Oliveira Péres Philadelphi (Universidade Federal de São Paulo);

*Paula Cristina Rodrigues (Universidade Tecnológica Federal do Paraná);

*Rafael Furlan de Oliveira (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais);

*Emanuele Orgiu (University of Quebec, Institut national de la recherche scientifique);

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de março de 2023

Produção Científica do IFSC/USP em fevereiro de 2023

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de fevereiro  de 2023, clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio”, localizado em frente à biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico:

“ACS Sustainable Chemistry & Engineering” (VER AQUI).

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de março de 2023

IFSC/USP apresenta pesquisas e projetos relativos à área da Saúde

Entre os dias 6 e 8 deste mês de março, o Laboratório de Apoio à Inovação e ao Empreendedorismo em Tecnologias Fotônicas (USP Fóton), pertencente ao Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica (Sisfóton) – iniciativa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) -, realizou o “1º Encontro de Inovação e Tecnologias Aplicadas à Saúde”.

Segundo o Prof. Sebastião Pratavieira “O evento teve como objetivo apresentar pesquisas e projetos aplicados à saúde,  mostrando a importância da física como aliada no desenvolvimento de novas tecnologias para a saúde. Além disso, o evento possibilitou a apresentação da infraestrutura disponível na “Rede USP Fóton” com foco na promoção de ambiente adequado para pesquisa, desenvolvimento e inovação, além de atrair novos interessados nessa área de pesquisa.”

O evento teve mais de 70 trabalhos apresentados e visualizações por centenas de pessoas, o que demonstra a relevância do tema para a comunidade.

O (IFSC/USP), que abriga a “Rede USP Fóton”, sempre se preocupou em ampliar as aplicações da física para a saúde, até porque a saúde global é de extrema importância não só para os seres humanos, mas também para os animais, o meio ambiente e a agricultura. A física tem se mostrado extremamente importante como aliada no desenvolvimento das tecnologias e é fundamental, por exemplo, para a realização de exames médicos e diagnósticos precisos.

“Óptica tem um papel importante nas novas tecnologias, no desenvolvimento das inovações e também no entendimento fundamental dos fenômenos que acontecem na ciência da vida. Sem a óptica, não haveria vida, pois é por meio da luz que obtemos conhecimentos importantes da vida e também interferência, ou seja, maneiras de interferir para consertar coisas que a natureza nos traz”, destaca o Prof. Vanderlei Bagnato.

As pesquisas em óptica e fotônica, parte importante ligada às ciências da vida,  têm sido pioneiras em muitas coisas. Recentemente, o Grupo de Óptica do IFSC/USP submeteu sua centésima patente e já teve 20 concedidas, em um período de pouco mais de 20 anos, o que mostra o vigor do grupo com relação à atuação na área da inovação tecnológica. A Unidade Embrapii, presente no local, também contribui para a interação entre empresas, universidades e institutos de ciência e tecnologia, fomentando o desenvolvimento de projetos e cooperações. A unidade já teve mais de 60 projetos aprovados e recebeu mais de 30 milhões em recursos para o desenvolvimento de tecnologias em óptica.

Além dos diversos pesquisadores apresentando seus desenvolvimentos, tivemos as palestras especiais do Prof. Sebastião Pratavieira, mostrando a infraestrutura disponível a entidades públicas e privadas do Brasil, do Prof. Daniel Varela Magalhães, que informou mais sobre a unidade Embrapii do IFSC, e do Dr. Felipe Bellucci, do MCTI, bem como dos Drs. Marcelo Botolini e Marcelo Camargo, da FINEP, mostrando diversos iniciativas de apoio a pesquisa e inovação no Brasil.

De acordo do Belluci “A ciência e tecnologia são essenciais para o crescimento do país e podem ajudar a impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Nos últimos 10 anos, o crescimento médio do PIB foi de apenas 0,4%, enquanto a inflação média foi de 5% ao ano. Por isso, é importante incentivar o crescimento nacional através da criação de startups de base tecnológica, que podem gerar empregos e contribuir para o aumento do PIB. As startups também podem ajudar a resolver outro problema no Brasil – a falta de oportunidades para mestres e doutores, que muitas vezes precisam buscar empregos em outros países. Pois, as startups geram empregos de maior qualificação.”
A organização do evento ficou a cargo do integrantes do Grupo de Óptica “Prof. Dr. Milton Ferreira de Souza” do IFSC/USP, em especial, Dra. Michelle Barreto Requena, Dra. Thaila Quatrini Corrêa e Prof. Dr. Sebastião Pratavieira, que agradecem a participação e coloboração de todos.

Saiba mais sobre este evento AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de março de 2023

Novo horário de funcionamento da Biblioteca do IFSC/USP

A partir do dia 13 de março do corrente ano, a Biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) terá seu funcionamento reduzido, entre as 08h00 e 19h00, mas os alunos terão ao seu dispor todo o espaço 24h que tem capacidade para acolher ~80 pessoas com toda a infraestrutura adequada para os estudos.
9 de março de 2023

CNPq aprova projeto de “Pesquisa e Desenvolvimento em Computação Quântica”

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aprovou o Projeto de “Pesquisa e Desenvolvimento em Computação Quântica” relativo à Chamada CNPq/MCTI/SEMPI Nº 26/2022, coordenada pelo Laboratório de Crescimento e Nanofabricação (IFSC/USP) através do pesquisador Prof. Euclydes Marega Junior, em parceria com o Laboratório de Semicondutores do Departamento de Física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), liderado pelo Prof. Marcio Daldin Teodoro.

Esta proposta tem o objetivo principal de produzir amostras de pontos quânticos semicondutores individuais de InAs em substratos de GaAs através da técnica de Epitaxia por feixes molecurares (MBE).

Além da individualização dos pontos, estes serão inseridos em cavidades fotônicas e estruturas plasmônicas, o que permitirá que se atinjam regimes de forte acoplamento da interação da luz-matéria, fator necessário para a criação de fontes emissoras de fótons únicos que podem ser utilizadas para o desenvolvimento de tecnologias de informação quântica.

Resumidamente, o foco deste projeto é produzir pontos quânticos de forma a que os pesquisadores possam isolar apenas um deles e, a partir desse ponto quântico, poder controlar a emissão de fótons, fazendo com que ele se transforme em um emissor de informação quântica. “Podemos controlar esse fóton colocando-o perto de uma cavidade plasmônica – ou uma nano-antena. Dessa forma, poderemos mostrar que é possível controlar pontos quânticos usando nano-antenas, sendo que esses pontos quânticos poderão ser utilizados, do ponto de vista quântico, para a emissão de informação criptografada. Embora já existam conceitos que compreendem esses pontos quânticos colocados dentro de uma cavidade fotônica, o que nós pretendemos é construir uma cavidade plasmônica”, explica Marega Junior.

Prof. Euclydes Marega Junior

Mas, qual é a diferença entre uma cavidade fotônica e uma plasmônica? De fato, segundo explica o pesquisador do IFSC/USP, no caso da cavidade fotônica existe a necessidade de fazer com que o ponto quântico fique dentro dela, num conjunto de espelhos. No caso da cavidade plasmônica é como se você colocasse a estrutura ao lado do ponto quântico. “Dessa forma, podemos trocar informação mexendo no estado quântico desse ponto através dessa nano-antena, ou seja, através de uma informação apenas óptica, só com luz”, conclui o pesquisador.

Este projeto teve em consideração a experiência e a infraestrutura existente no Laboratório de Crescimento e Nanofabricação do IFSC/USP, principalmente aquela que é necessária para o crescimento epitaxial de semicondutores, processamento e caracterização através de micro-fotoluminescência, bem como a individualização destas fontes.

Por outro lado, a parceria com o Laboratório de Semicondutores do Departamento de Física UFSCar mostrou-se ideal para esta pesquisa, atendendo a que ele possui a infraestrutura necessária para caracterização óptica das nanoestruturas através de técnicas de espectroscopia resolvida no tempo e com análise de polarização em campo magnético.

Esta pesquisa irá proporcionar que estudantes de graduação e pós-graduação tenham contato direto com o estado da arte da tecnologia de informação quântica experimental, sendo que todos as etapas desta proposta poderão ser desenvolvidas nos laboratórios da USP e UFSCar.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de março de 2023

Sensor de papel detecta agrotóxicos em alimentos – Pesquisa conjunta do IFSC/USP e IQSC/USP

Dispositivo criado na USP se assemelha a um medidor de glicose usado por diabéticos (Foto arquivo pessoal dos autores)

Pesquisadores dos Institutos de  Física (IFSC) e de Química (IQSC) da Universidade de São Paulo desenvolveram um sensor eletroquímico de papel kraft capaz de detectar em tempo real a presença de pesticida em frutas e verduras. Ao entrar em contato com maçãs ou repolhos, por exemplo, o sensor, ligado a um dispositivo eletrônico, identifica a presença e mede a quantidade do fungicida carbendazim – amplamente utilizado no Brasil, apesar de proibido. Os resultados foram divulgados na revista Food Chemistry.

“Para verificar a presença de pesticidas em alimentos por meio de abordagens convencionais é preciso triturar uma amostra, submetê-la a processos químicos demorados para só então detectar a substância. Os sensores vestíveis, como o que desenvolvemos para o monitoramento contínuo da concentração de pesticidas na agricultura e na indústria de alimentos, eliminam a necessidade desses procedimentos complexos. Fica muito mais fácil, barato, além de ser muito mais confiável para um supermercado, restaurante ou importador fazer a verificação”, afirma o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior.

O novo dispositivo tem grande sensibilidade e se assemelha aos medidores de glicose [glicosímetro] utilizados por diabéticos. Para medir a quantidade de agrotóxico em alimentos, o sensor eletroquímico capta a presença do fungicida e o resultado pode ser acessado, em questão de minutos, por meio de um aplicativo de celular.

“Nos testes que realizamos, o dispositivo teve sensibilidade semelhante à do método convencional. Tudo de uma forma mais rápida e barata”, conta o pesquisador pós-doutorando José Luiz Bott Neto, autor correspondente do artigo que descreve o desenvolvimento da ferramenta.

Como funciona

Como explica Bott Neto, o dispositivo é basicamente um substrato de papel modificado com tinta de carbono e submetido a um tratamento eletroquímico em meio ácido para a ativação de grupos carboxílicos – o que permite fazer a detecção.

“Utilizamos o mesmo sistema empregado na serigrafia [estamparia de roupas] para fazer a transferência da tinta condutora de carbono para a tira de papel kraft, criando assim um dispositivo baseado em eletroquímica. O dispositivo é confeccionado com três eletrodos de carbono e mergulhado em uma solução ácida para a ativação dos grupos carboxílicos. Em outras palavras, átomos de oxigênio são adicionados na estrutura do eletrodo de carbono. Ao entrar em contato com uma amostra contaminada com carbendazim, o sensor induz uma reação de oxidação eletroquímica que permite a detecção do fungicida. Assim, a quantidade de carbendazim é medida via corrente elétrica”, explica Bott Neto à Agência FAPESP.

Para desenvolver o dispositivo, os pesquisadores avaliaram a estabilidade e o impacto da estrutura do papel na construção dos sensores. “Além do desenvolvimento do dispositivo, o trabalho teve uma parte voltada para entender a questão das propriedades do papel na fabricação do dispositivo”, conta o pós-doutorando Thiago Serafim Martins.

Melhor opção

Os pesquisadores analisaram dois tipos de papel: o kraft e o pergaminho. Ambos se mostraram estáveis o suficiente para a construção dos sensores. Porém, segundo Martins, a natureza porosa do papel kraft conferiu maior sensibilidade ao sensor e aos grupos carboxílicos formados durante a ativação eletroquímica.

Ele explica que a fabricação dos eletrodos em papel abre a possibilidade para diversas aplicações. “Existem eletrodos comerciais feitos com plástico ou cerâmica. No nosso trabalho, conseguimos desenvolver sensores eletroquímicos com papel, um material muito mais maleável, o que amplia o seu uso em vários campos, não apenas na agricultura ou no setor alimentício, mas em outras áreas como a da saúde, por exemplo”, diz.

Para acessar o artigo correspondente a esta pesquisa, clique AQUI.

(Adaptação ao texto de Maria Fernanda Ziegler – Agência FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSCUSP

9 de março de 2023

Oficinas de apoio aos pesquisadores do IFSC/USP: Trabalho quase invisível é indispensável ao desenvolvimento científico e ao ensino de qualidade

Pouco se tem falado do trabalho quase imperceptível desenvolvido pelos profissionais das oficinas de apoio do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) – Oficinas Mecânica, Criogenia, Óptica e Vidraria. Longe das  mídias e das luzes das câmeras de TV quando se anunciam inovações tecnológicas, novos equipamentos científicos ou novos desenvolvimentos, de qualquer área, essas oficinas e seus profissionais são, de fato, pilares que sustentam diretamente o trabalho dos cientistas. Sem eles, seria impossível a ciência avançar com a excelência demonstrada ao longo dos anos, seria impossível catapultar o IFSC/USP ao nível mais elevado onde se encontra, em termos de notoriedade e de qualidade científica internacional.

Neste breve apontamento iremos dar destaque à Oficina de Óptica, sendo que brevemente dedicaremos trabalho similar às outras oficinas e serviços de apoio que integram igualmente os espaços imprescindíveis na ciência que se faz no Instituto. Embora com presença discreta, a Oficina de Óptica do IFSC/USP é, como as outras, uma seção que faz toda a diferença, até porque na esmagadora maioria das universidades brasileiras e nos institutos existem poucas estruturas similares.

Acompanhados pelo Profs. Francisco Guimarães e Sebastião Pratavieira, tivemos a oportunidade de visitar esta oficina que, por incrível que pareça, consegue fabricar  componentes ópticos similares e até mesmo melhores que aqueles encontrados no mercado internacional. Ao longo dos anos, a Oficina de Óptica tem acumulado experiência na fabricação de espelhos, lentes e filmes finos dielétricos dedicados à instrumentação científica de alta complexidade na área da óptica. “Aqui se constroem produtos com qualidade superior aos que são importados da Ásia ou dos Estados Unidos, sendo, por isso, competitivos em termos de custos”, pontua o Prof. Francisco Guimarães.

Destacando a alta qualidade dos produtos que são aí desenvolvidos, o técnico Marcos Antonio confirma que a Oficina de Óptica tem bastante procura pelos pesquisadores do IFSC/USP. “De fato, construímos aqui produtos que são verdadeiras obras primas no apoio à ciência que se faz neste Instituto, algo que tem promovido, desde há longo tempo, a procura de nossos serviços por muitas universidades e instituto espalhados pelo país. A capacidade profissional de nossos técnicos é muito elevada, já que além de construirmos e recuperarmos todos os tipos de  lentes e espelhos, fazemos filmes finos e executamos cortes especiais em vidros, tudo dedicado aos mais diversos equipamentos científicos existentes em nosso instituto e em outras universidades, contribuindo para uma maior durabilidade dos mesmos. Por outro lado, nosso know-how permite-nos ir mais além, elaborando projetos para empresas de instrumentação científica e da área médica, o que nos acarreta uma elevadíssima responsabilidade, sempre correspondida pela competência dos funcionários que prestam serviço neste setor”, complementa Marcos.

“Seria impossível pensar o nosso Instituto e em toda a ciência que aqui é feita sem a intervenção direta da Oficina de Óptica. Se conseguimos ter sucesso no desenvolvimento científico, certamente os profissionais desse setor deverão estar na primeira fila para os devidos agradecimentos, pois eles estão contribuindo – e muito – para tudo isso”, finaliza o Prof. Sebastião Pratavieira.

A oficina também é aberta a colaborações com instituições públicas e privadas do Brasil, através da Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica (SISFOTON). Atualmente, o responsável pela oficina é o Prof. Dr. Lino Misoguti (acima ao centro), juntamente com os técnicos João Paulo Cardoso, Luís Fernando Aiello, Marcos Aparecido Antônio e Tiago Luis Firmiano.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de março de 2023

Resistência a medicamentos compromete avanços no combate à COVID-19

Pesquisadores responsáveis pelo trabalho no Sirius, a nova fonte de luz sincrotron brasileira, durante uma das coletas de dados que levaram ao trabalho. Da esquerda para direita Mariana Ortiz, Gabriela Noske, Andre Godoy (Pesquisador responsável pelo projeto), Glaucius Oliva (Coordernador do CIBFar), Ellen Souza e Isabela Dolci.

Pesquisadores do CIBFar investigam ação das variantes da protease

Desde 2016 que os laboratórios do CIBFar, um CEPID da FAPESP alocado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) sob a coordenação do Prof. Glaucius Oliva, desenvolvem um trabalho ativo voltado ao desenvolvimento de novos medicamentos para o combate a diversos vírus, com uma atuação intensa que foi concentrada no desenvolvimento de candidatos antivirais para o vírus Zika até o ano de 2020, ano em que todos os esforços passaram a estar concentrados no combate à pandemia da COVID-19. Uma vez mais, o CIBFar tomou a frente científica com o objetivo de encontrar novos fármacos para o tratamento dessa doença.

Em um desses projetos, liderado pelo pesquisador Andre Schützer de Godoy, o CIBFar tem buscado compreender como funcionam as proteases virais, que são fundamentais para o ciclo do vírus. Desde 2020 que a equipe do CIBFar tem obtido bastante sucesso nas pesquisas nessa área, sendo que em 2021, entre outros estudos que foram feitos, emergiu o primeiro trabalho utilizando o Sincrotron brasileiro, o SIRIUS (https://revistapesquisa.fapesp.br/foi-uma-honra-sermos-os-primeiros-usuarios-externos-do-sirius/). Agora, o grupo tenta entender como novos medicamentos desenvolvidos contra esses alvos afetam as proteases em um nível estrutural, e também tentar entender como variantes do Coronavírus que já estão em circulação podem comprometer a eficácia desses medicamentos.

O que é a protease e como ela age

O Coronavírus é usualmente conhecido pela imagem de uma esfera coberta por espinhas (as chamadas Spikes). De fato, essa imagem mais não é do que uma espécie de envelope que contém no seu interior o material genético do vírus. “Quando esse vírus chega nas células e após as Spikes reconhecerem os receptores, ele “joga” esse material genético dentro delas, sequestrando toda a “maquinaria celular”. Esse material produz algumas proteínas que são essenciais para a sobrevivência e disseminação do vírus pelo organismo, sendo que dentre essas proteínas está a protease. Essa é a proteína que se transformou em um alvo óbvio para o desenvolvimento de novos medicamentos contra a doença, como os dois medicamentos aqui estudados”, pontua Andre Godoy.

Figura mostra as posições das mutações onde foram identificados focos de resistência para os antivirais

Novos medicamentos e a ameaça das variantes da protease

O “Paxlovid” e o “Ensitrelvir” foram os dois medicamentos lançados mundialmente em finais do ano passado para combater a COVID-19. O primeiro, lançado pela Pfizer e já contando com a aprovação do FDA e da ANVISA, e o segundo, desenvolvido pela farmacêutica japonesa Shionogi, mas ainda sem aprovação pelas principais agências mundiais, têm como ponto negativo o alto custo para os pacientes. Apesar de diferentes, ambos os fármacos agem no mesmo alvo do vírus – a protease. O trabalho que a equipe desenvolveu foi exatamente sobre o princípio ativo desses dois medicamentos, tendo sua equipe buscado nos bancos de dados genômicos – cerca de 7 milhões de genomas – as variantes que existem dessa protease próximas ao sítio ativo – apenas 16 – produzido cada uma delas em laboratório e verificando como elas se comportam frente aos medicamentos.

Dois medicamentos concentrados em um só

Pesquisador Andre Schutzer de Godoy do CIBFar, que coordenou o projeto

“Nesta pesquisa encontramos duas coisas muito interessantes. A primeira foi que algumas dessas variantes já em circulação parecem ser resistentes a um desses medicamentos, ou seja, podem comprometer a eficácia no tratamento da COVID-19 por meio da geração de resistência. Além disso, observamos que uma mesma variante não parece ser resistente a ambos os medicamentos. Em virtude de os dois fármacos serem ligeiramente diferentes do ponto de vista estrutural – e aqui falamos do aspecto químico – esses dados podem indicar que a combinação dos dois fármacos possa ser um boa maneira de evitar resistência”, sublinha o pesquisador acrescentando ainda  que a caracterização estrutural dessas variantes foi realizada através de cristalografia de raios-x, onde se utilizou novamente o SIRIUS para esse fim. Dessa forma, a equipe de Andre Godoy conseguiu resolver as questões relacionadas com as sete principais variantes que mostravam resistência aos medicamentos, sendo que isso permitiu compreender em um nível molecular o que provocava a resistência.

O pesquisador do CIBFar admite que este é um trabalho bastante importante, sublinhando a forte parceria que foi feita com o SIRIUS e cujos resultados foram obtidos há cerca de seis meses. Em termos clínicos e através deste trabalho, Andre Godoy acredita que se abrem portas para que, no futuro, se possam realizar estudos e pesquisas que promovam a combinação destes dois medicamentos – ou de outros com as mesmas características – em um só, de forma que se evite a formação de linhagens resistentes. “O CIBFar vai permanecer muito atento a estas variantes resistentes de protease, embora elas não constituam uma preocupação ou ameaça em larga escala, por enquanto”, conclui o pesquisador.

(Confira AQUI o artigo científico)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de março de 2023

Concurso Livre-Docência: Prof. Diogo de Oliveira Soares Pinto – Resultado do concurso e quadro de notas

Comunicamos que as provas do concurso para obtenção do título de livre-docente no qual se encontra inscrito o Prof. Dr. Diogo de Oliveira Soares Pinto, terá início no dia 01 de março de 2023, às 8h15, de forma remota.

Informações do concurso encontram-se disponibilizadas abaixo:

Agenda dos trabalhos

Ponto sorteado para prova escrita

Ponto sorteado para prova didática

Resultado do concurso – Quadro de Notas

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de março de 2023

Pesquisador da USP de São Carlos conquista prêmio na área de óptica nos Estados Unidos

O docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, conquistou no início deste mês de março, em Washington (DC) – Estados Unidos -, dentre de mais de uma centena de premiados, uma das maiores distinções anualmente atribuídas pela “Optica – Advancing Optics and Photonics Worldwide”, em reconhecimento pelos trabalhos, pesquisas, estudos, liderança e  difusão do conhecimento na área de óptica -, o prêmio “Robert E. Hopkins Leadership Award”.

Este prêmio foi estabelecido em 1997 com o intuito de ajudar a fortalecer o vínculo entre a comunidade mundial de pesquisadores na área de óptica e a sociedade, sendo que o “Robert E. Hopkins Leadership Award” reconhece um pesquisador ou um  grupo de pesquisa que gerou um impacto significativo na comunidade global de óptica e fotônica, ou na sociedade como um todo, decorrente das pesquisas realizadas.

A este prêmio foi dado o nome de Robert Earl Hopkins (30 de junho de 1915 – 4 de julho de 2009), que desempernhou o cargo de presidente da Optical Society of America em 1973, sendo reconhecido como um especialista em design de instrumentos ópticos, óptica asférica, interferometria, lasers e testes de lentes. Ele é conhecido no meio acadêmico mundial como o “pai da engenharia óptica”.

A Optica (anteriormente OSA) – Advancing Optics and Photonics Worldwide (VER AQUI), é uma sociedade científica internacional dedicada a promover a geração, aplicação, arquivamento e disseminação de conhecimento no campo. Fundada em 1916, é a principal organização para cientistas, engenheiros, profissionais de negócios, estudantes e outros interessados na ciência da luz. As renomadas publicações, reuniões, recursos online e atividades presenciais da Optica alimentam descobertas, moldam aplicações na vida real e aceleram realizações científicas, técnicas e educacionais.

Confira AQUI a lista de cientistas distinguidos nos diversos prêmios atribuídos pela “Optica”.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de março de 2023

Invenção: USP de São Carlos obtém mais uma patente: Microendoscópio acoplado a smartphone para diagnóstico

A figura apresenta um desenho esquemático do microendoscópio com as duas plataformas disponíveis: imageamento in situ (6,12) e para lâminas de esfregaço celular

O Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP) acaba de ver concedida mais uma patente de invenção, traduzida no projeto de desenvolvimento de um microendoscópio de refletância e fluorescência portátil acoplado a smartphones.

Essencialmente dedicado a fazer imagens microscópicas de células e tecidos, este novo dispositivo está especialmente indicado para auxiliar no diagnóstico de lesões da mucosa da boca e do colo do útero, e para avaliação de lâminas com material de esfregaço celular, como de sangue ou a citologia de Papanicolau.

O equipamento é constituído por um mini-microscópio de uso manual conectado a uma sonda (conjunto de fibras ópticas), que permite uma visualização amplificada de células e tecidos em tempo real, através de um smartphone que pode também gravar as imagens para posterior análise.

O Prof. Sebastião Pratavieira, um dos inventores do novo dispositivo, explica as características desta nova aposta inovadora. “O uso do microscópio tradicional teve que evoluir ao longo do tempo. Primeiro, para um funcionamento correto, ele necessitava estar ligado a um computador de mesa, sendo que mais tarde se evoluiu para um laptop. Como a ciência não para, hoje demos mais um salto na inovação, fizemos diversas alterações e aí conseguimos desenvolver, através de miniaturização, um microscópio que, com várias lentes e com uma fina fibra óptica – que é um guia de luz -, pode ser conectado a um smartphone e gravar todas as imagens que são obtidas nas células e tecidos das mucosas, com a finalidade de diagnosticar as doenças. Outra hipótese é utilizar o mesmo equipamento para análises microscópicas em lâminas histológicas”, relata o pesquisador.

Os pesquisadores Cristina Kurachi e Sebastião Pratavieira

A Profª Cristina Kurachi, docente e pesquisadora do IFSC/USP, orientadora do trabalho desta patente, explica que “Métodos de diagnóstico que auxiliem a avaliação do paciente na cadeira do consultório e com análise em tempo real são de grande relevância para diminuir o tempo e os custos relacionados ao diagnóstico de diferentes patologias”.

O projeto foi realizado durante o estágio do aluno Pablo Gómez García, na época como visitante no IFSC/USP e com a colaboração do aluno de doutorado Ramon Gabriel Teixeira Rosa. A possibilidade de obtenção de imageamento do tecido in vivo com resolução microscópica traz um grande avanço para a avaliação clínica dos pacientes no consultório, sendo que com o uso acoplado ao smartphone torna o método de incorporação mais viável pelos médicos e dentistas.

Esta invenção é da autoria de Cristina Kurachi, Sebastião Pratavieira, Pablo Gómez Garcia e Ramon Gabriel Teixeira Rosa.

Para acessar a Carta Patente, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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