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18 de julho de 2019

No IFSC/USP – Curso “Espectroscopia Raman e Estrutura Cristalina”

Realiza-se entre os dias 24 e 30 deste mês, no IFSC/USP, o curso gratuito (para alunos e docentes de escolas públicas) no nível de Pós-Graduação, subordinado ao tema “Espectroscopia Raman e Estrutura Cristalina”.

Neste curso serão discutidas as bases teóricas desta metodologia e apresentados exemplos de aplicação da Espectroscopia Raman em diversos sistemas, tais como, minerais, cristais iônicos, compostos orgânicos, entre outros.

Programa:

– Introdução à Espectroscopia Raman e instrumentação;

– Noções de teoria de grupos;

– Simetria dos fônons;

– Exemplos práticos;

Ministrante:

Dr Alejandro Pedro Ayala (Departamento de Física – Universidade Federal do Ceará)

Dúvidas – javiere@ifsc.usp.br – (16)992144561

Para fazer sua inscrição, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de julho de 2019

Pesquisadores do IFSC/USP são homenageados em Boston (EUA)

Em seu encontro bianual realizado recentemente, em Boston (EUA), a International Photodynamic Association – IPA,  outorgou aos Profs. Cristina Kurachi e Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP), e Maurício Baptista (IQ/USP), o prêmio  Humanitarian Award (Prêmio Humanitário), reconhecendo a contribuição extraordinária e os esforços pessoais dos premiados para beneficiar a humanidade, particularmente as pessoas mais desfavorecidas, aquelas que se debatem com a falta de recursos econômicos e acesso a padrões adequados de assistência médica.

Além do troféu entregue aos cientistas, o certificado outorgado destaca um agradecimento pelos esforços da equipe brasileira que “em sua busca pelo avanço das aplicações científicas e clínicas na área da Terapia Fotodinâmica, contribuíram positivamente para a sociedade em geral, por seu impacto em uma ampla população no Brasil e em outras nações”.

Este prêmio não só vem enaltecer o trabalho desenvolvido pela Universidade de São Paulo, como um todo, na formação de quadros superiores de excelência e no avanço da ciência nacional, como também valoriza e engrandece todo o trabalho do CEPOF/IFSC-USP ao longo dos anos, principalmente o que tem sido efetivado em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, disponibilizando, com responsabilidade social e dentre outros procedimentos e tecnologias, o tratamento de câncer de pele, gratuito. Além de São Carlos, a equipe de pesquisadores do IFSC/USP atua em colaboração e parceria com o Hospital Amaral Carvalho, em Jaú (SP) – unidade de referência nacional em câncer – e com mais de quarenta centros importantes distribuídos em todo País, tendo expandido seu trabalho em mais de dez países.

Segundo os pesquisadores homenageados, seu trabalho ocorre em tempo integral no sentido de desenvolver ciência e promover o avanço econômico e social do País, contando, para isso, com apoio de agências de financiamento, como FAPESP, CNPq e FINEP, bem como do BNDES e de empresas da cidade dedicadas à comercialização das tecnologias desenvolvidas pelos cientistas. Assim, entende-se a forma como a ciência com relevância social tem sido feita em São Carlos e tem sido usada como referência em diversas partes do mundo.

(Com informações de Kleber Jorge Savio Chicrala – CEPOF /IFSC – USP)

 

Assessoria de Comunicação IFSC/USP

17 de julho de 2019

Aluna do IFSC/USP e sua experiência no Programa Jovens Embaixadores

A caminho do segundo semestre do curso de Física Computacional no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Mariana de Lourdes Godoy da Silva, de 20 anos, é sem dúvida exemplo de dedicação e persistência. São por estas e outras razões que a jovem mineira, natural de Patrocínio (MG),  conquistou posição seleta entre os jovens de escolas públicas do país: antes de de entrar no IFSC/USP, Mariana foi Jovem Embaixadora no ano de 2017.

Fundado em 2002, o programa Jovens Embaixadores é resultado de parceria entre o Brasil e as embaixadas americanas sediadas no nosso país, que objetiva estreitar de laços entre os dois países e o engajamento em iniciativas de impacto social e transformação da comunidade pelos alunos interessados em compor o programa, que consiste em um mês de imersão na cultura norte-americana. Foi apenas em 2015, no início do Ensino Médio, no Instituto Federal do Triângulo Mineiro, que Mariana teve o primeiro contato com o projeto. “Soube do programa Jovens Embaixadores por meio da professora Lucivânia, do ICBEU de Patrocínio”, menciona Mariana. “Ela foi dar uma palestra no Instituto sobre o programa, porque lá, como fazíamos diversos projetos voluntários – e este era um dos pré-requisitos do programa – viram-nos como público alvo. Eu estava no primeiro ano do Ensino Médio e nunca tinha ouvido falar sobre o programa, então pesquisei um pouco mais. Infelizmente, eu não tinha o ano de voluntariado completo e por isso não poderia participar”. A mineira aguardou o ano seguinte para se aplicar no projeto, que infelizmente foi seguido por uma negativa: não seria Jovem Embaixadora em 2016, mas ainda tinha uma última tentativa, em 2017. “Na minha última tentativa, muito auxiliada por amigos que chegaram a ser semifinalistas, eu consegui ser selecionada”, comenta, animada pela lembrança.

Casa Ruby

Segundo a estudante, o processo de aplicação era repleto de etapas – sete etapas distintas: a pré-inscrição, o formulário de inscrição, a análise da documentação, exame escrito, exame oral e a visita a residência do candidato, a seleção nacional e, por fim, o anúncio dos resultados – nem sempre fáceis. “O envio de documentos, por exemplo, é necessário para comprovar que você tem todos os pré-requisitos do programa, no caso, que você seja um jovem, cursando o ensino médio numa escola pública e que você seja da camada menos favorecida da população. Assim, você deve enviar tanto os seus documentos quanto o de seus pais ou responsáveis, o que para mim não era nada fácil”, explica, Mariana. “Minha mãe faleceu quando eu era pequena e não conheci meu pai, então a minha tia materna foi quem teve minha guarda até os 18 anos. Era muito difícil comprovar a minha situação financeira, porque recebia pensão alimentícia do governo e este é um documento que não entra no programa, então eu precisei levantar os documentos de todos que moravam comigo – minha tia, meu tio, minha prima – declarar se trabalhavam e no quê, fornecer informações e documentos”, relembra a estudante. “Acho que nessa fase a maior parte desiste, porque dá muito trabalho”.

Ainda sobre o longo processo de seleção, Mariana explica o funcionamento do exame escrito. “Muitas pessoas que vão fazer a prova me encontram nas redes sociais e logo me perguntam o que precisam estudar para a prova, como devem se preparar. A questão é que este não é o tipo de prova para a qual se estuda: é puramente conhecimentos gerais e autoconhecimento. Você deve saber qual é o perfil esperado pelo programa e se esse perfil corresponde ao seu”, reponde aos curiosos. “Uma das perguntas por exemplo: se você pudesse conversar com uma pessoa famosa ou não, viva ou morta, com quem você conversaria e porquê? A minha resposta foi a Grace Hopper. Ela foi a primeira mulher – e pessoa – que criou um compilador da história da computação. Acho ela incrível, porque ela fazia parte do exército americano, já aposentada, e quando eles precisaram de algo que fizesse contas com maior velocidade ela se disponibilizou a fazer isso. Depois da aprovação no exame escrito, vieram o exame oral e a visita em casa”.

Memorial a Abraham Lincoln

Em relação à fase seguinte, Mariana relata o exame oral com muita tranquilidade. A entrevista era realizada pela pessoa que mediava o programa Jovens Embaixadores da região e tinha como intuito avaliar o nível de inglês do candidato, se este sabia se comunicar, informações pessoais, motivações para participar do programa e intenções. “Nessa fase restam poucos candidatos e é quando são iniciadas as visitas à casa dos participantes”, relembra Mariana segundo a própria experiência. “Na época, eu morava afastada da cidade e os avaliadores foram até minha casa conversar com os meus tios e minha prima. Para a visita é obrigatória a presença de todos os moradores da casa, porque eles avaliam a sua relação com a sociedade no geral. São muito bem avaliados, inclusive, os candidatos que recebem o apoio dos pais ou responsáveis. Os avaliadores perguntam para a família se o candidato tem apoio para ir e quando perguntaram para a minha tia, ela começou a chorar!”, resgata Mariana a memória. “Claro que depois que ela parou de chorar, afirmou que sim: eu tinha o apoio deles”.

Museu de História Natural

Para Mariana, ser apenas semifinalista do Programa já era um grande passo: os não selecionados para ir aos Estados Unidos, realizariam uma semana de English Imersion (imersão na língua inglesa) na capital nacional, Brasília. O contentamento da mineira, entretanto, foi ainda maior: Mariana iria compor o grupo de 50 alunos selecionados como Jovens Embaixadores de 2017. Assim, em janeiro de 2018, partiu acompanhada de seus colegas para Brasília. “Nós precisamos fazer uma preparação antes de embarcar para Washington, então passamos três dias na Casa Thomas Jefferson, em Brasília. Visitamos pontos turísticos da capital, a embaixada… Tudo para não sentir um choque tão grande. Quando chegamos em Washington, a primeira coisa que senti foi frio; depois, comecei a reparar em coisas pequenas, como o quanto a cidade é limpa e como algumas tecnologias simples são inseridas no dia-a-dia deles e não no nosso, aqui no Brasil. A segunda coisa foi quanto ao espaço pessoal: nós, brasileiros, somos muito calorosos, diferentemente dos americanos”, relata. “Na primeira semana, o foco é abordar o que você viveu até aquele momento, para saber o que é possível levar dos EUA. Essa semana passamos todos os 50 em Washington e visitamos projetos sociais, como a Casa Ruby – fundada para o acolhimento de LGBT. Nós também representamos o Museu Smithsonian na passeata em homenagem ao Martin Luther King. Coincidiu com o massacre de negros em uma comunidade próxima e quando surgiu o Black Lives Matter. Foi muito interessante, porque cerca de 75% dos integrantes do projeto são negros, então passamos por vários bairros com realidades socioeconômicas diversas, gritando Black Lives Matter. Foi uma experiência muito impactante”, relembra. “Na semana seguinte, fomos divididos em quatro grupos: o meu foi para Pensacola, na Flórida; e os outros três foram para Oklahoma, Nevada e Kentucky”.

Em Pensacola, Mariana e os outros intercambistas ficaram designados a duas semanas de rotina, conhecendo a área e seus projetos sociais, além de muita interação com a família que os hospedaram. “Logo cedo, todos se deslocavam até a prefeitura da cidade onde fazíamos atividades, conversávamos sobre a imersão cultural e visitávamos locais específicos da cidade. Pensacola é conhecida como cidade das cinco bandeiras, porque como é litorânea e como fica em um ponto estratégico dos EUA – ali quando houve a Guerra Civil foi basicamente colonizado por cinco países diferentes – e por ter uma história muito antiga por trás, tem marcos históricos. Atualmente, Pensacola tem um museu de aviação, do exército, da marinha e aeronáutica que ficam em uma área reservada e super burocrática para entrar – com toda a história de Pensacola”, explica. “Outra grande parte desses quinze dias foi construir laços com a família que nos acolheu, saber mais sobre o dia-a-dia do americano. Eu e outra menina, de Curitiba, ficamos muito tempo com a Janine – quem nos hospedou – conhecendo o ambiente dela, e depois retornamos para Washington”.

No Departamento de Estado

Um dos objetivos do programa é trazer para o país de origem, no caso, o Brasil, um projeto de voluntariado, ao menos idealizado. É em Washington que os participantes se reuniram para trocar as experiências pessoais de seus respectivos destinos das semanas anteriores. “Essa parte é mais para compartilhar as nossas experiências com os integrantes dos quatro grupos e conhecer os pontos turísticos e históricos de Washington. Conhecemos o museu do Holocausto, o Smithsonian e visitamos a Casa Branca”, menciona. “Conhecemos também a Word Learning. O programa não é único do Brasil – outros países participam também – e a Word Learning é que faz o programa acontecer. Inclusive, as equipes que nos acompanham são todas voluntárias também. É muito legal a forma como eles fazem o programa acontecer. Nós conhecemos a sede, os projetos que eles são responsáveis que não são vinculados a embaixada”, comenta a mineira sobre o grupo de voluntários para voluntários. “Além disso, conhecemos o Departamento de Estado Americano – são eles os responsáveis por toda a burocracia e que pagam os custos da nossa viagem. Fomos num dos últimos dias para falar sobre como foram as experiências e uma pessoa de cada grupo fez um pequeno resumo sobre a experiência”, relata, lembrando-se ainda do acesso restrito ao local. “Foi como nos filmes: não podemos ir ao banheiro sozinhos, tirar fotos lá dentro. Tem uma política muito restrita. Ao final, realizamos o discurso ‘I’ve a dream’, considerando quais eram nossos sonhos na volta para o Brasil”, que no caso de Mariana eram três: uma sociedade mais justa, um ambiente mais limpo e sustentável, e mais empatia pelo outro.

Jovens Embaixadores – Brasília

Quanto à sua própria forma de mudar o mundo, Mariana participava no Brasil do projeto voluntário Robô Serrado, que trazia para os estudantes de escolas públicas de Patrocínio a chance de aprender robótica. “Quando voltei para o Brasil, no começo de fevereiro, não tinha certeza do que faria em 2018. Eu estava aguardando o resultado dos vestibulares e assim que soubesse o meu destino definiria o meu projeto de voluntariado. Até então, a minha ideia seria expandir o Robô Serrado”, comenta a estudante. “Em 2018, entretanto, não consegui passar no vestibular. Mesmo assim, vim para São Carlos – onde eu queria fazer universidade – e comecei a trabalhar. É por esse motivo que o meu apelido é Rochelle – porque eu tinha três empregos”, ri, com a referência ao seriado de TV, “Todo Mundo Odeia o Chris”, embora afirme que uma de suas ocupações não é apropriadamente um emprego. “Ano passado eu ingressei em uma start-up do ONOVOLAB chamada Grokout. Ela é voltada para o ensino e começamos montando escape rooms – salas de escape – para serem introduzidas em testes de seleção profissional. O diferencial da nossa é ela ser totalmente física e para isso alugamos um container”, explica. “O interessante desses jogos de escape room – especialmente quando se sai do virtual para o real – é que o ‘jogador’ não consegue fingir que ele é alguém que não é. Nós começamos a aplicar esses testes de forma gratuita e depois fomos contratados pela Trilha – que faz os processos seletivos de contratação para o ONOVOLAB”.

Dentro do projeto Grokout, ainda surgiram diversas ideias, segundo Mariana, que para isso explicou o termo “grok” como um aprender tão intenso que o observador faz parte do observado e o observado, parte do observador. “Nós fomos convidados para montar a feira de ciências da escola Tic Tac Toe e utilizamos exatamente este conceito – que é o conceito do grupo. Montei um projeto da Usina de Itaipu desmontado e o objetivo das crianças era comprar – com o dinheiro que eu dava a cada grupo – peças da usina que juntas formariam o caminho da água ao motor e, assim, produzir energia”, conta sobre a experiência. “Eu acredito que esse ‘gameficar’ o aprendizado da criança, especialmente no início da educação, faz com que ela tenha além de uma motivação, um aprendizado mais rápido. Você aprende não pela teoria, mas pela prática. Isso foi um salto tanto para o meu processo de aprendizado, quanto para me dar a ideia do que eu quero fazer mais para a frente. É isso que eu pretendo continuar, de alguma forma; levar isso para a minha vida, para pessoas que precisam”, conclui Mariana, não sobre um projeto de voluntariado, mas de vida e carreira.

As pré-incrições para o Programa Jovens Embaixadores já estão abertas e estendem-se até 11 de agosto de 2019. Para mais informações sobre o Programa ou para realizar a pré-inscrição, CLIQUE AQUI.

(Reportagem: Carolina Falvo / Sup. Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de julho de 2019

Registrada a presença de escorpiões no Campus USP de São Carlos

A presença de escorpiões no Campus USP de São Carlos foi recentemente divulgada em comunicado emitido pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura do Campus USP de São Carlos, cujo conteúdo reproduzimos abaixo.

Em razão do elevado número de registros de ocorrências de escorpiões em algumas regiões do interior do Estado de São Paulo e levando em consideração que ocorrências também têm sido registradas no Campus de São Carlos da Universidade de São Paulo, solicitamos a colaboração da comunidade uspiana para que utilize o “Aplicativo (APP) Campus USP” como ferramenta de comunicação de ocorrências de escorpiões.

Para isso, basta acessar no menu do aplicativo a aba “Animais no Campus”, fazer o registro e enviá-lo. Assim, uma vez que tenha acesso à aba “Animais no Campus”, é possível ao usuário fazer o registro escrito da ocorrência e também enviar áudios e fotos.

É muito importante que o registro seja o mais completo possível, incluindo local, data e horário da ocorrência bem como informações sobre o número, tipo (o escorpião amarelo é prevalente nesta região) e tamanho estimado do escorpião.

Importante ressaltar que a colaboração da comunidade é essencial, pois permitirá que seja elaborado um mapeamento de focos de criadouros, favorecendo o planejamento e a execução de ações de controle, preventivas e corretivas, e de minimização dos riscos.

Finalmente, cumpre ainda informar que há ações de controle e coleta de entulhos que são executadas cotidianamente pela PUSP-SC e também pelas Unidades de Ensino e Pesquisa do Campus, bem como operações realizadas por empresas especializadas no controle de insetos e pragas.

(PUSP-SC)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

15 de julho de 2019

Eleição de representantes discentes – órgãos Colegiados do IFSC/USP

Estão abertas até dia 30 de agosto próximo as inscrições para a eleição dos representantes discentes junto aos órgãos Colegiados do IFSC, conforme disposto na PORTARIA IFSC-29/2019.

A eleição acontecerá no dia 19 de setembro do corrente ano, das 08h às 17h, por meio de sistema eletrônico de votação e totalização de votos.

Para acessar a PORTARIA IFSC-29/2019, clique AQUI.

Para acessar o requerimento de inscrição de chapa – Graduação – clique AQUI.

Para acessar o requerimento de inscrição de chapa – Pós-Graduação – clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de julho de 2019

Escola de Física Contemporânea – 2019 – Epílogo

Preparação dos seminários

A EFC, originalmente chamada de Escola Avançada de Física, é uma atividade de extensão que ocorre anualmente no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), sendo seu objetivo possibilitar que alunos talentosos conheçam como é o mundo da pesquisa, entrando em contato com alguns dos principais grupos de pesquisa do país, além de compreender a importância da ciência e da tecnologia na geração de conhecimento e riquezas no país.

Além disso, pretende-se chamar a atenção do aluno para o empreendedorismo, reforçando as importantes contribuições que o profissional da área da Física pode dar quando se envolve com pesquisas associadas ao setor industrial, sejam elas dentro ou fora do ambiente acadêmico.

E tem sido assim desde 2001, quando a Escola foi criada.

A programação da EFC-2019 incluiu aulas expositivas e experimentais, ministradas por professores da USP, abordando tópicos de Física Clássica e Física Moderna, palestras sobre temas atuais de Física e visitas monitoradas às oficinas e aos laboratórios de ensino e pesquisas do IFSC/USP. As atividades, que se estenderam pelo período de sete dias, tiveram início às 8 horas e término por vezes ultrapassando as 22 horas. Por ser ministrada por professores e pesquisadores de um dos maiores centros de pesquisa multidisciplinar do Brasil e da América Latina, os alunos da EFC-2019 tiveram a oportunidade de conviver com cientistas, de visitar laboratórios de pesquisa do mais alto nível e de conhecer uma empresa de tecnologia de ponta (Opto Eletrônica) que nasceu dentro dos laboratórios de pesquisa do IFSC/USP. Com o objetivo de se avaliar o rendimento dos alunos, no último dia de atividades os jovens elaboraram um trabalho de conclusão de curso, apresentado na forma de seminário, nos mesmos moldes dos congressos internacionais.

A EFC-2019 teve cerca de 400 inscrições e foi desse número total que foram selecionados os trinta alunos que participaram deste evento.

Lucas Silva

Depois de uma semana inteira imersos no IFSC/USP, com muito trabalho e muitas atividades, os participantes da Escola de Física Contemporânea (EFC-2019) chegaram ao fim do evento prontos para a apresentação de seus seminários, como o grande final.

No penúltimo dia de suas atividades, os monitores afirmaram que, apesar do cansaço – pois são os primeiros a acordar e os últimos a dormir -, a experiência foi muito enriquecedora e que é bastante motivador ver o interesse e a curiosidade dos alunos pela Física. Todos reconheceram que os alunos estão bem empenhados e se preparando para os seminários finais que encerram as atividades no dia 06 de julho.

Lucas Aurélio Ferreira da Silva completou 17 anos, em convívio realizado junto com seus novos amigos nesta semana da EFC. Natural de Olímpia, interior de São Paulo, conta que conheceu o IFSC/USP numa Feira de Ciências, em São Paulo, e lá conversou com uma aluna de Física que lhe explicou bastante sobre o tema. Imediatamente interessado pelo assunto, ele foi buscar mais conhecimentos no “Canal Oficiência”, coordenado pelo Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes (um dos coordenadores da EFC), tendo começado, a partir daí, a seguir o IFSC/USP. Através do próprio website do Instituto, Lucas descobriu a EFC, se inscreveu e foi selecionado. “Na minha escola eu não tinha muito apoio. Ficava lutando para me inscrever nas Olimpíadas e todo ano eu via meus esforços ir por água abaixo. Sempre me davam alguma desculpa. Daí, chegou um novo professor que revolucionou tudo isso e eu finalmente consegui participar em uma Olimpíada de Física pela 1ª vez, no 2º colegial, que foi quando eu consegui ter mais contato com esta área. Mas, sempre me interessei muito em estudar cientistas, ler livros e tudo mais. Quando começaram as aulas de Física, tive uma amiga que gostava muito da matéria, assim como eu, então, a gente conversava muito, trocávamos muitas ideias a respeito. Eu sempre gostei de Física. Já sentia essa tendência desde o 9º ano. Meus pais não apoiavam muito a ideia, eles gostariam que eu fizesse engenharia, mas depois da EFC, não tem mais jeito, vai ser Física mesmo”. Quanto á influência da EFC em sua decisão, o jovem afirma que isso se deu de diversas formas: “Eles mostraram como funciona o dia-a-dia do cientista. As aulas também eram incríveis! Eu ficava boquiaberto, impressionado! Eu gostava bastante e falava: preciso fazer isso para minha vida! Eu ainda não sei qual área da Física, mas já sei que quero ser Físico e o principal objetivo é tentar vir para o IFSC/USP, pontua Lucas”. Quanto ao seminário ele diz que seu tema será “Efeito Termodinâmico” e que apesar de estar nervoso por nunca ter apresentado em público, está bastante animado.

Ana Laura

Eduardo

Ana Laura Neuber de Castro Carvalho (16) também soube da EFC pelo site, porém, através da recomendação de um amigo sob indicação de um ex-professor dela. Seu primeiro contato com Física foi no 1º colegial, participando de várias olimpíadas de física e matemática, ganhando menção honrosa em sua última participação. Ela afirma que a EFC tem sido uma experiência única, bem diferente de tudo que já conhecia: “Eu estou maravilhada com o Instituto e com a Escola, com todo apoio que a gente teve durante o processo. O dia que eu mais gostei foi o dia da palestra sobre óptica na saúde, pela minha tendência na área interdisciplinar entre Física e Biologia. Acho que isso só tem a acrescentar em minha vida”. Ana assegura que a EFC deu um norte quanto a querer ficar na Instituição: “Estou ainda indecisa quanto ao curso que irei fazer, mas com certeza será algo relacionado à Física”, adiciona Ana Laura. Para seu seminário, foi escolhido o tema “Determinação da razão carga/massa usando campo magnético em elétrons carregados”.
Ela finaliza, ressaltando que o mais interessante da Instituição é essa parte da interdisciplinaridade: “Não se trata de um instituto inteiramente focado só para Física. Aqui tem vários docentes que também são de outras áreas e isso só tem a acrescentar. O que realmente mostra que a Física está presente em várias áreas. Eu achei isso super-legal, pois é algo que não vemos muito. Então, essa é uma vantagem para a Instituição”.

Eduardo Rocha Falvo (16), natural de Campinas, veio para São Carlos com apenas um ano. Ele conta que em seu próprio Colégio foi feita uma divulgação sobre a EFC, mas ele já havia participado de uma Iniciação Científica Júnior com o Prof. Alberto Tanus (IFSC/USP), quando teve seu primeiro contato com a Escola. Sobre seu contato com a Física, ele afirma que é uma das matérias que mais gosta na escola, com exceção de Educação Física, e se diverte ao contar. “Para mim, estudar Física sempre foi mais um prazer do que uma obrigação e com a EFC eu vi uma oportunidade de aprender ainda mais”. Quanto a qual carreira seguir, ele explica: “Sempre tive a dúvida entre Ciências da Computação e Física Computacional. Eu não conseguia definir se Física era um hobby ou algo que eu gostaria de seguir realmente. E aqui eu tive oportunidade de conversar com um dos monitores, que é Físico Computacional, e que me influenciou positivamente; então, ele foi uma pessoa importante na minha tomada de decisão; quero fazer Física Computacional”. Relativamente á EFC, ele realça: “A aula que eu mais gostei foi sobre Física de Partículas e também sobre o Zero Absoluto, além da palestra “Física para meninos e meninas”. Para seu seminário, a organização escolheu o tema “Interferômetro de Michel Son – Morley”. Eduardo afirma que as dificuldades são muitas, mas que as expectativas são boas: “Estamos curtindo muito fazer tudo isto”, finaliza.

Franciele Valbueno

Franciele Valbueno (17), de São Carlos, contou-nos que seu contato com Física começou muito mal, pois na escola, sua primeira professora mais faltava do que comparecia ás aulas: “Quando vinha, ela simplesmente “tacava” matéria para a gente e falava: “Façam, que amanhã tem prova”; então, eu odiava Física. Daí, acabei mudando de escola e pude ter contato com um professor que era muito bom, pois, além de bacharel, ele também tinha mestrado e doutorado em Física. As aulas dele eram espetaculares e eu tenho aula com ele até hoje e amo muito as aulas, pois quando ele começa a explicar parece que está falando minha língua! Eu entendo tudo, é uma coisa de outro mundo, sabe?”. Quanto a EFC, ela soube pela diretora da sua escola que a convidou para participar, então a coordenação da escola ajudou-a muito para se inscrever. Sobre a semana toda ela afirma: “Eu poderia ficar o mês inteiro se pudesse! A principio, fiquei com muito medo de não entender a matéria, pois apesar de ter um bom professor, minha escola tem muita defasagem em Física. Mas eu vi que realmente sirvo para trabalhar nesta área e a parte que eu mais gostei, por ser algo novo e por ter entendido a matéria, foi a de nanotecnologia e nanopartículas, pois você pode ajudar outras pessoas de outras maneiras, como, por exemplo, utilizar a área de biomedicina para ajudar a curar um câncer, isso é muito interessante”. Na direção de sua carreia, Franciele afirma que a EFC está influenciando bastante, pois ela estava em dúvida entre dois cursos relacionados com a Física. Já em seu seminário, ela e seus colegas vão retratar o “Corpo Negro”: “Estamos fazendo várias contas, uma maior que a outra, pois precisamos explicar porque um corpo é negro, quais suas característica e apresentar gráficos de como a gente chegou a essa conclusão. É bem trabalhoso, mas tivemos um bom resultado, temos boas expectativas”. Para finalizar, Franciele revela que existem grandes chances de escolher vir para o IFSC/USP e que já havia feito um curso de Física no Instituto antes, mas nunca tinha trabalhado com experimentos.

E a EFC-2019 chega ao fim

Apresentação de seminários

Auditório lotado com alunos, familiares, monitores e professores. Todas as atenções ficaram voltadas para os seminários dos alunos da EFC-2019, organizados em grupos de três. De alguma forma nervosos, mas muito confiantes, todos os alunos mostraram ao que vieram, explicando os conceitos e experimentos que aprenderam e respondendo às perguntas da banca, que foi constituída pela organização da Escola – Profs. Luiz Antônio de Oliveira Nunes, Sebastião Pratavieira, Diogo Boito e Renato Vitalino Gonçalves (este último ausente por motivos profissionais).

Para Jhordan Santiago (16), que veio de Campina Grande (PB), este evento vai ficar na sua memória para sempre: “Foi incrível esta semana da EFC, uma experiência única que irei lembrar até final de minha vida. E este meu sentimento tem duas partes: primeiro, na área acadêmica, com a experiência que passei em um dos melhores institutos do mundo, com um lote de professores e monitores extraordinários que nos apoiaram constantemente, tirando dúvidas e explicando pacientemente todos os pormenores da Física. Em segundo lugar, o enriquecimento que levo daqui em termos culturais, pois este grupo de trinta alunos vem de diversas partes do país. Pretendo fazer Física e se puder irei fazer aqui mesmo no IFSC/USP e seguir a vida acadêmica na área de física teórica – cosmologia ou física de partículas”.

Jhordan Santiago

Maria Clara

 

 

 

 

 

 

 

 

Maria Clara Rapelli (16) é aluna na Escola André Donatoni – Ibaté (SP) e relata o que sentiu ao participar da EFC-2019. “Foi uma experiência incrível, uma oportunidade única que tive para crescer, tanto em conhecimento como em maturidade, pois o ambiente que se vive aqui desperta a vontade de seguirmos em frente nos estudos. Foi sensacional. Vou seguir Física com certeza absoluta e vou querer entrar no IFSC/USP. Quero fazer minha graduação, mestrado e doutorado aqui no Instituto, adquirir também alguma experiência fora do país, e seguir para a vida acadêmica e científica na área de física de partículas ou mecânica quântica”.

O entusiasmo também tomou conta dos pais que acompanharam com extrema atenção o desempenho de seus filhos. Para Flávio Silva, pai da aluna Bruna Carvalho Silva (17), que veio de Barretos (SP) “Foi muito gratificante termos decidido autorizar nossa filha vir para São Carlos para participar desta escola, pois era algo que ela desejava muito e que fez com que se inscrevesse. Foi um professor de física da escola dela que a motivou a se inscrever, já que ela é muito apaixonada por Física, embora ainda tenha algumas dúvidas quanto ao curso que irá seguir. Medicina, medicina veterinária e física são áreas que estão certamente no horizonte dela.

Flávio Silva

Silvia e Mauricio

Maurício Falvo e Silvia Rocha Falvo são os pais do aluno Eduardo Falvo, que frequenta atualmente o Colégio São Carlos, em nossa cidade. Maurício afirma que “Meu filho mostrou muita curiosidade em participar, depois que teve conhecimento do evento, até porque já estava fazendo um estágio dentro de um departamento do IFSC/USP. Aí se inscreveu, embora tivesse plena consciência que a concorrência ia ser grande”, comenta, logo interrompido por sua esposa, Silvia Falvo “Eu não fazia a menor ideia de que a seleção dos alunos se daria dentre 400 inscritos. Só fiquei sabendo pela televisão e é claro que fiquei orgulhosíssima por nosso filho ter sido selecionado, até porque sou da área de educação. Todos esses alunos mostrarem interesse em estudar, em se aprimorar, principalmente em um período de férias, me tocou imensamente. Vê-lo apresentar o seminário final foi um orgulho indescritível, até porque ele mostrou uma face que eu desconhecia – a sua oralidade”, pontua. “Eu não sei o que ele vai querer seguir e é claro que não vamos querer interferir. Ele comentou que gostaria de seguir a área de computação, mas paquerando a física e a física computacional de forma muito evidente”, acrescenta Maurício. “Ele é um garoto muito disciplinado e dedicado em tudo que faz, principalmente nos estudos. Ele constrói seus planos, se organiza, é muito focado e explora o caminho que se apresenta em frente dele, seja em cursos, olimpíadas, etc.. Por isso, o que quer que ele escolha, tenho certeza que será dedicado naquilo que fizer”, finaliza Silvia.

Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes

Para a comissão organizadora da EFC-2019, a missão estava cumprida. Para o Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes, a Escola foi um tremendo sucesso, com os alunos sempre motivados, principalmente no último dia, onde eles apresentaram seus seminários. “Aprenderam muita coisa, apesar de uma semana muito cansativa, com perto de 14 horas diárias de aulas e de trabalhos laboratoriais, mas foi uma semana proveitosa, tanto para eles quanto para nós. E eles viram como o IFSC/USP funciona, qual a sua dinâmica. Algo que me deixa muito feliz foi a observação que alguns pais fizeram no último dia da escola, relativamente ao acolhimento prestado aqui no instituto, que, segundo eles, foi extremamente diferenciado, comparativamente a eventos organizados por outras instituições e isso se deve muito ao trabalho desenvolvido pelos monitores da EFC, que não largaram os alunos um só minuto. Estou muito feliz”, comenta Luiz Antonio.

Prof. Diogo Boito

Nos momentos finais da EFC-2019, o Prof. Diogo Boito enfatizou que a Escola é um investimento do Instituto e que o principal objetivo é dar a conhecer aos jovens participantes a ciência que se faz no estado de São Paulo e no Brasil como um todo “Segundo a opinião manifestada por todos em enquete que disponibilizamos online, vocês saem daqui com uma visão muito positiva do que é a ciência nacional e do que se faz no IFSC/USP, confirmando que cerca de 83% de vocês deseja seguir a carreira científica. A USP é considerada uma universidade de excelência, não só porque tem uma ótima infraestrutura e um conjunto de extraordinários professores e técnicos, mas acima de tudo ela só é excelente porque tem bons estudantes. E este é um dos objetivos da escola, atrair bons estudantes para o IFSC/USP – vocês. Segundo as opiniões manifestadas pelos alunos desta EFC, cerca de 70% gostaria de fazer física e 70% gostaria de fazer sua graduação no IFSC/USP. No meu ponto de vista, a EFC-2019 atingiu todos seus objetivos”, sublinhou o docente.

Já o Prof. Sebastião Pratavieira pontuou em seu breve discurso de despedida um agradecimento profundo a todos os alunos e aos pais que confiaram no IFSC/USP para tomar conta dos filhos. “Estes jovens saem daqui com uma visão diferente do que é ser Físico. Físico é um profissional importante para qualquer país e arruma emprego em qualquer lado – incluindo em instituições financeiras – para resolver os mais prementes problemas para a sociedade”, sinalizou.

Prof. Sebastião Pratavieira

Por último, coube ao diretor do IFSC/USP encerrar a Escola, tendo agradecido aos professores, à organização, aos alunos e aos pais, bem como a todos que contribuíram para o sucesso da EFC-2019, tendo ressaltado a importância da família na formação dos jovens. “Cada vez mais a presença da família é importante no sucesso do jovem, já que está provado que a fonte de problemas nos jovens estudantes é quando a família se distancia deles, quando ela não dá apoio. É extremamente importante que os pais entendam que maturidade não tem a ver com idade, já que são coisas distintas. Nesse âmbito, vocês estão ajudando seus filhos da forma que é mais adequada para eles. Agradeço muito aos pais por terem vindo e terem compartilhado esses momentos com seus filhos, que aqui também ganharam novos amigos. Na vida, tudo é relacionamento e é nossa missão fazer novos amigos, já que os inimigos aparecem de forma natural e devemos saber gerir isso”, sublinhou Bagnato.

Ao enfatizar que o IFSC/USP é uma das unidades mais produtivas da USP, o diretor do Instituto explicou qual a razão. “Sabem qual o motivo do IFSC/USP ser a unidade mais produtiva da Universidade de São Paulo? Porque este Instituto tem uma característica, que é ter responsabilidade social. Aqui se faz física para avançar no conhecimento e ninguém escapa disso – o avanço do conhecimento, com uma interdisciplinaridade muito grande e nós somos pioneiros nisso. Talvez o IFSC/USP seja o único instituto de física que já teve dentro dele um consultório odontológico. Até há pouco tempo nós tratávamos câncer, com uma fila gigantesca de pessoas. Hoje, esse tratamento já está em cem localidades do país e em diferentes países do mundo. Por isso o IFSC/USP é a unidade mais produtiva da Universidade de São Paulo”, pontuou Bagnato.

Prof. Vanderlei Bagnato

Dirigindo-se particularmente aos jovens, Bagnato deixou uma de mensagem final. “Para ser físico, nós enfrentamos alguns desafios: primeiro, porque temos que ter responsabilidades em relação ao conhecimento. É muito fácil hoje você pegar no celular e fazer uma ligação, mas por aí passaram experimentos e pesquisas, algumas delas feitas por vocês, alunos, durante esta semana da EFC. Então, temos aí o desafio de passar o conhecimento, que é a coisa mais rica que a humanidade tem e que alguns são contra. Há bem pouco tempo assisti a uma conferência na Academia Americana de Ciências e o palestrante disse o seguinte: ‘O mundo em desenvolvimento (América Latina) ainda não descobriu que os países ricos não investem em ciência porque são ricos – eles são ricos porque investem em ciência’. Cientista é uma pessoa que tem que fazer algo pela sociedade e é isso que eu quero que vocês sejam. Vocês têm de ser determinados, pois todo o mundo que tem sucesso, hoje, não foi graças ao acaso. Foi graças ao EU QUERO SER. Vocês não vão encontrar uma bailarina que atingiu o topo de sua carreira, se não tiver sido determinada. Vocês não conhecem um jogador de futebol que atingiu o status de melhor do mundo, se ele não teve determinação para chegar lá. O problema é que nós pensamos que tudo isso são apenas oportunidades e não é assim: são determinações. Caros alunos, reflitam bem naquilo que querem para a sua vida profissional. Tivemos aqui excelentes alunos que quando chegaram ao segundo ano de graduação, viram que física não era bem aquilo que queriam e mudaram para a engenharia. Aí, depois de um ano, viram que também não era a área que queriam e foram para medicina… E o tempo passou. Quando a viagem é muito grande, ela deixa de ser um prazer e se torna um fardo. Reflitam bem aquilo que vocês querem. Queremos ter aqui alunos que estejam determinados, como muitos outros que passaram por aqui e que venceram. Não se iludam, pois nada cai do céu, já que tudo que cai do céu não é permanente e acaba por cair no chão. Como diretor, deixo as portas abertas a todos vocês e principalmente aos pais. Muito obrigado e voltem sempre ao IFSC/USP”.

Rui Sintra & Lilian Tarin – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de julho de 2019

Cursinho Popular da Licenciatura em Ciências Exatas (CPCEx)

Companheirismo, empenho e paixão por ensinar. Palavras que sintetizam bem a trajetória do Cursinho Popular da Licenciatura em Ciências Exatas (CPCEx) da Universidade de São Paulo, Campus São Carlos, que progride mais e mais nas mãos de jovens graduandos do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), apaixonados por ensinar. No corrente ano não é diferente: coordenado pelo segundo ano consecutivo pelos alunos da Licenciatura em Ciências Exatas, João Gabriel Barbosa da Silva e Felipe Cesar Bevilaqua, o CPCEx muda de espaço e procura atender mais jovens em busca da tão sonhada vaga na universidade.

O Cursinho, fundado pela Secretaria Acadêmica da Licenciatura em Ciências Exatas (SACEx), em 2007, desde o início mantinha suas atividades na Sala 14, do IFSC/USP, e atendia, até então, cerca de 25 alunos anualmente. Assumida a coordenação do CPCEx – já independente da SACEx – em 2018, João e Felipe observaram a necessidade de ampliação e fortalecimento do projeto. “Nós assumimos a coordenação do Cursinho e buscamos, primeiramente, solucionar as altas taxas de evasão. Nos anos anteriores, já nessa época do ano, cerca de 80% dos alunos teriam evadido, coisa que conseguimos diminuir drasticamente em 2018 – o qual finalizamos com 16 alunos”, narram os coordenadores. “Durante o primeiro ano de gestão, observamos também falhas na estrutura do Cursinho, que nos chamaram a atenção para a necessidade de alterações: precisávamos de material didático, um lugar maior e mais apoio do IFSC/USP, e para isso, bolar um projeto e estatuto”, completam.

No final de 2018, com a eleição do Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato para o cargo de diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), João e Felipe submeteram o projeto de reestruturação do cursinho, que foi muito bem recebido. “O Prof. Vanderlei foi muito solícito e abraçou o projeto sob a condição de levarmos mensalmente um docente do IFSC/USP ao cursinho, para uma aula, e assim passar aos alunos um gostinho do que é o ambiente universitário”, explica Felipe, que completa: “os alunos estão aproveitando muito da experiência”.

Felipe Cesar Bevilaqua

Das propostas aprovadas pelo diretor, em 2019, a mudança do local é uma das mais significativas. Antes localizado na Sala 14 do IFSC/USP, o CPCEx ocorre agora em uma das salas de aula do Centro de Divulgação Científica e Cultural da USP (CDCC/USP) e comporta os 40 alunos previstos no novo projeto. “O maior articulador da parceria CPCEx-CDCC foi o Prof. Vanderlei Bagnato. O CDCC muito prontamente abriu espaço para darmos continuidade ao projeto, que ocorre no período vespertino, no horário de funcionamento do CDCC”, comenta João. “A Profª Salete [Linhares Queiroz] – diretora do CDCC – nos recebeu muito bem! Além disso, temos o amparo de todo o pessoal, que está sempre a disposição”, apresenta Felipe, que ainda ressalta a qualidade do espaço e as intenções de utilizarem-se mais do que é oferecido pelo Centro. “A sala é excelente: espaçosa, com ar condicionado, lousa e projetor. Ainda não tivemos a oportunidade explorar mais da estrutura oferecida pelo CDCC, como trazer algum experimento prático para a sala de aula, mas futuramente eu gostaria de interagir com os alunos de forma a explorar o ensino investigativo também, reconstruir o conhecimento”.

Outra proposta dos estudantes foi o desenvolvimento de material didático próprio para o cursinho pelos próprios alunos da Licenciatura. A ideia surgiu da necessidade: a ausência de material como base para as aulas ministradas flexibilizava em excesso o conteúdo programático dos professores voluntários. “Eu e o João conversamos e concluímos que precisávamos arranjar um material didático, o que foi muito difícil – mandamos e-mails para algumas editoras, mas infelizmente nenhuma se dispôs a fornecer o material gratuitamente. Foi quando concluímos que seria interessante fazer diferente”, relata Felipe. Formular o próprio material porém, não é tarefa fácil; demanda tempo, disposição, e como diz o próprio João “fazer ‘de graça’ é loucura!”. Neste contexto, a direção disponibilizou dez bolsas para os alunos-professores que se dispusessem a colaborar com a elaboração do material. “O material será concluído ano que vem. Enquanto isso, nos viramos com o Hexag Solidário, – material pré-vestibular gratuito disponível online – xerox de exercícios e slides para direcionarmos nossas aulas”, diz Felipe.

João Gabriel Barbosa da Silva

Sobre os colegas professores e colaboradores do cursinho popular, os coordenadores destacam a qualidade do corpo docente voluntário. “Algo que também mudou na nossa gestão foi dar prioridade aos alunos do Curso da Licenciatura, visto que estes serão futuros professores. Hoje, salvo os professores de história, geografia, biologia, literatura e redação – os dois últimos convidados do departamento de Letras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – são todos essencialmente alunos da Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP, inclusive eu, que dou duas frentes de Matemática, e o Felipe, responsável por uma das frentes de Química”, menciona João, que acrescenta os reflexos positivos da medida. “Parece que as matérias pedagógicas dos cursos de Licenciatura não fazem tanto a diferença, mas fazem. Sempre que aplicamos a avaliação de professores no cursinho, os que são alunos da Licenciatura têm algo a mais”. Mesmo assim, João e Felipe afirmam haver um corpo docente forte e muito distinto. “Inclusive, temos metodologias de ensino diferentes, o que é ótimo para os alunos: existem estudos que comprovam que os alunos aprendem quando se altera o modo de ensinar. A grande mudança que possibilita o sucesso do cursinho nesses dois últimos anos é a mudança do corpo docente”, complementam.

Em relação à dinâmica com os alunos, Felipe destaca a realização de projetos psicopedagógicos como ótimos direcionamentos do cursinho. “A ideia de montar um projeto de tutoria e orientação profissional dentro do cursinho partiu do João. Ele montou uma ficha com perguntas pessoais sobre os alunos e a partir disso direcionou os tutorandos aos seus respectivos tutores. O legal da ficha é que você consegue ver no que o aluno tem dificuldade, se ele tem uma boa concentração, ou não, e isso chega ao tutor, responsável por elaborar um plano de estudos”, comenta Felipe sobre a iniciativa. “Por exemplo, eu tenho 3 alunos na minha tutoria e depois de todo simulado eu refaço o plano de estudos deles. Uma coisa que exigimos bastante é a sinceridade, porque não estamos lá para dar puxão de orelha, mas para ajudar”, completa.

João e Ricardo Maldonado

Segundo os estudantes do IFSC/USP, os benefícios pessoais e profissionais que a experiência agregou foram múltiplos e, possivelmente, uma das melhores oportunidades àqueles que pretendem seguir como professores. “Algo muito interessante sobre dar aula é que você só sabe se quer ser professor quando se arrisca. Existem algumas possibilidades de colocar isso em prática dentro da USP e acredito que o cursinho tornou-se uma das melhores”, comenta João. “Nessa época do ano, com o final do semestre e os alunos do cursinho já cansados, o que eu faço é ceder a outros alunos da Licenciatura algumas das minhas aulas. É uma oportunidade dos graduandos se arriscarem em sala de aula, assim como dos alunos do cursinho de consolidarem em determinadas disciplinas”. Já Felipe destaca a oportunidade da construção de um perfil como professor e a inevitável valorização do currículo profissional “Eu já estou no segundo ano dando aula, e você cria um repertório: de aulas, de piadas… O seu perfil como professor. Dessa forma, você já adquire uma experiência profissonal prévia e não chega ‘cru’ no mercado de trabalho. Isso conta muito”, diz, ressaltando ainda o efeito das relações interpessoais. “Acredito que você fique mais sensível às relações humanas quando se tem um contato tão próximo. Muitas vezes, o aluno vem falar coisas pessoais para você, sobre os problemas que ele tem em casa. É uma experiência ímpar e você deve saber lidar com isso também”, revela.

Quanto às novas reformas, os coordenadores não pretendem ‘estacionar’. João e Felipe evidenciam sempre uma grande vontade em deixar um legado para futuros estudantes e coordenadores. “Esse sempre foi um ponto muito discutido entre eu e o João. Nós queremos deixar um legado para o cursinho, transformá-lo no melhor dos – ou um dos melhores – cursinhos populares da região, porque sabemos, como futuros professores, a melhor forma de disseminar conhecimento”, confessa Felipe, que já prepare um meio para orientar as gerações futuras. “Agora temos um e-mail institucional – cursinho@ifsc.usp.br – em que há uma pasta do Drive contendo todas as informações sobre os anos que estamos na coordenação do cursinho – 2018 e 2019. Assim, caso chegue uma nova gestão que não teve contato conosco, os novos coordenadores conseguirão ter acesso ali de como foi a gestão anterior, quem são os alunos, as provas e inclusive orientações para que não precisem começar do zero”, finaliza.

Relato de quem viu: por dois anos aluno do CPCEx

E quem melhor que um aluno para opinar? Ricardo Maldonado tem 18 anos, e está à dois no CPCEx. Venezuelano de nascimento, Ricardo chegou ao Brasil sem falar, ou entender a língua portuguesa – coisa que para o tutor do garoto, João Barbosa, foi a única razão para não ser aprovado em 2018 – e soube do cursinho através de amigos. “Eu deveria ter uns sete meses no Brasil, mais ou menos, e o cursinho foi fundamental para mim. No meu primeiro ano, aprendi muito, – além de outra cultura, outra língua – porque a educação que eu tive aqui é a melhor que eu já tive em toda a minha vida. Achei o cursinho incrível e uma ferramenta de qualidade para ajudar a atingir meus objetivos. A estrutura é muito boa, mas este ano está bem melhor que ano passado: está mais organizado”, diz Ricardo.

O jovem, que decidiu recentemente cursar Ciências Exatas, menciona a importância do interesse dos coordenadores em expandir o projeto na reestruturação do cursinho, que trouxe boas mudanças. “Acho que no ano passado o esforço foi muito grande, mas o trabalho que eles estavam realizando não foi tão valorizado. Este ano eles tiveram a oportunidade de expandir o projeto, e acredito que eles souberam utilizá-la bem. Esse suporte contribuiu na reforma do cursinho para algo positivo”, avalia Ricardo.

Sobre as dificuldades de se introduzir em um país com cultura e língua diferentes, Ricardo relata a importância do cursinho no processo de adaptação. “Eu tive muita dificuldade e cheguei a pensar em desistir, porque achei muito complicado: chegar e conhecer outra cultura, outra língua, outra história, outra visão da vida – que a gente ignorava lá, pelo menos. Foi muito difícil para mim, sabe? Eu sabia que queria chegar em algum lugar, então eu pensei que tinha que aguentar o que viesse para alcançar os meus objetivos. No meu primeiro ano de cursinho, eu ia para a aula e não entendia a maior parte daquilo que os professores falavam – eu tinha que fazer o dobro do esforço dos demais para acompanhar a aula” relata. “Acho que o mais importante foi a resiliência comigo, porque eles não se renderam em me ajudar. Acredito ser esse o motivo pelo qual progredi tão rápido”, completa Ricardo, até então apenas observado pelo tutor e coordenador, João Barbosa. “E hoje em dia ele usa a palavra ‘resiliência’!”, brinca João com o aluno e amigo, que acha graça e aproveita para agradecer: “Eu estou muito agradecido com essa oportunidade, realmente agradecido”, finaliza Ricardo.

(Reportagem Carolina Falvo / Superv. Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de julho de 2019

Em maio último: alterados os conceitos de Quilograma e Metro (SI)

O Quilograma e o Metro, entre outras medidas, sofreram alterações em maio de 2019.

Em 1960, o sistema métrico decimal, que então existia, foi substituído pelo chamado Sistema Internacional de Unidades (SI), mais complexo e sofisticado que o anterior, criado na 11ª Conferência Geral de Pesos e Medidas, com a finalidade de padronizar as unidades de medida das inúmeras grandezas existentes, com objetivo de facilitar a sua utilização e torná-las acessíveis a todos.

Ele define um grupo de sete grandezas independentes, denominadas de “grandezas de base” e, a partir delas, as demais grandezas são definidas e têm suas unidades de medida estabelecidas.

Em cem anos, foram feitas poucas alterações às medidas preconizadas. Contudo, na década de 1950, todas as medidas foram comparadas e já foi notada uma discrepância razoável. Depois, na década de 1990, todas elas foram comparadas novamente, numa campanha de calibração então lançada e observou-se que, em relação ao quilograma, haviam medidas que variavam em mais de 70 microgramas.

Em maio de 2019, os conceitos de Quilograma e Metro, entre outras medidas, sofreram alterações, como explica o Prof. Dr. Daniel Magalhães, docente e pesquisador no Departamento de Engenharia Mecânica da Escola de Engenharia de São C (EESC/USP) e diretor do Centro Avançado para Apoio à Inovação da Escola de Engenharia.

Clique na imagem abaixo para assistir à entrevista:

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de julho de 2019

Para todo o Brasil – Canal “Globonews” destaca EFC-2019

A Escola de Física Contemporânea – Edição 2019 – foi destaque em diversas transmissões feitas pela Rede Globo, com transmissão ao vivo para o programa “Bom dia São Paulo” e na programação local da EPTV, tendo sido noticiada em outros programas.

Também o canal de noticias “Globonews” repercutiu, para todo o Brasil, esta sensacional Escola que durou sete dias, numa autêntica maratona de física dedicada a trinta alunos de todo o país.

Para recordar como foi, clique na imagem abaixo para assistir à matéria.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de julho de 2019

Escola de Física Contemporânea – EFC-2019 – com as mãos na massa

O segundo dia da Escola de Física Contemporânea 2019 começou a todo o vapor! Os trinta alunos selecionados para participar da semana que contempla o estudo da física, entre os dias 30 de junho a 06 de julho, no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), permanecem focados numa imersão completa.

Cícero

Iniciada a segunda-feira, 1º de julho, os estudantes de Ensino Médio selecionados dirigiram-se para as dependência de nosso Instituto para as aulas programadas. Estas contaram com a presença do docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Eduardo Ribeiro de Azevêdo, que ministrou aulas práticas e teóricas sobre Eletromagnetismo, com o auxílio e supervisão dos coordenadores da EFC-2019, Profs. Sebastião Pratavieira e Luiz Antônio Oliveira. “A disciplina, em sua essência, é a que venho lecionando há muito tempo no Instituto, então foi natural eu ter me envolvido nessa disciplina em particular. Além disso, o Luiz Antônio solicitou que eu fizesse esta apresentação”, menciona o Prof. Eduardo sobre o colega de Instituto. “Quanto à Escola, acredito ser um projeto de extrema importância. Desde que foi fundada, há alguns anos, ela tem contribuído para mostrar outro lado do Instituto – e para o Instituto – dar uma vivência diferente da rotina universitária para os alunos ,para que eles tenham contato com outras coisas, e talvez formas diferentes de explanar alguns assuntos. Embora sejam alunos selecionados, muitas coisas eles acabam não vendo da maneira como é exposto aqui, o que não quer dizer que não tenham visto – são maneiras diferentes de, com profundidades diferentes, de se abordar uma mesma temática. É bem interessante para eles e é nossa função, não é? Sair da universidade e tentar atingir outras esferas da sociedade à sua maneira”, complementa o docente.

Brian

As palavras do professor parecem refletir com precisão aquilo que sentem os mais novos pupilos. Selecionados para a EFC-2019, Cícero (14), Brian (15) e Clara (16) sentem-se mais do que empolgados e estimulados a compor o grupo de estudantes de Ensino Médio que tiveram a oportunidade de vir para São Carlos nesta semana. Os integrantes do grupo, embora unidos pelo interesse em comum, são de cidades bem diferentes entre si e tiveram contato com a Escola por meios diversos. “Eu fiquei sabendo sobre a Escola através de uma ex-aluna do meu colégio, em Lorena (SP). Nós já fizemos Olímpíadas juntos e ela, como eu, gosta muito de Física. Ela me falou sobre a Escola e me interessei, o que me levou a pesquisar”, comenta Brian, que ainda destaca o interesse em seguir Física ou Física Computacional como graduação. Já Cícero, de Curitiba (PR), ouviu falar por meio de um professor e interessou-se em participar porque é uma área que gostaria de estudar. “É um evento em que posso agregar novos conhecimentos antes da faculdade e também ver se é isso que eu quero, ou não”, menciona o estudante, que pretende seguir carreira na Física, mais especificamente Física Quântica. No caso de Clara, que vive em Ibaté (SP), município vizinho a São Carlos, a notícia foi propagada pela coordenadora da escola em que faz o Ensino Médio.  “Eu já não tinha tanta certeza se gostaria de fazer Engenharia Mecatrônica – que é o curso que eu pretendo – e como sempre me interessei muito por física, por assuntos que a disciplina aborda, resolvi me inscrever”, diz a estudante da E. E. Andre Donatoni.

Quanto às expectativas para a semana, tanto Brian quanto Clara concordam que ser desafiado é a principal delas. “Acho que ser desafiado é o ponto principal. Aqui, nós temos uma cobrança maior que as outras pessoas que também estão no Ensino Médio, e isso é muito importante para nos manter estimulados”, comenta Brian, seguido por Clara. “No meu ambiente escolar eu me destaco demais, mas não faço esforço para isso. É uma questão de encontrar a barreira que está faltando, porque vai chegar uma hora que vou bater em algum lugar que não tem como escalar.

Clara

Aqui são muitos alunos de alto desempenho, muitos dos quais são melhores do que eu. É nesse ambiente que irei me preparar para seguir os meus sonhos”, diz a jovem. Já Cícero discorda dos colegas e afirma que seu objetivo é ver a física de outra forma. “Acho que desafios nós encontramos em provas, olimpíadas… O meu ponto principal aqui é saber se é isso mesmo que eu quero seguir, além de ver a física de uma forma mais profunda e por um outro ângulo, que não vemos no Ensino Médio”, menciona.

A semana da Escola de Física Contemporânea ocorre entre os dias 30 de junho e 06 de julho para alunos de Ensino Médio de todas as partes do Brasil, no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

No dia 02 de julho, os jovens foram surpreendidos pela presença da TV Globo, que realizou uma transmissão ao vivo para o programa “Bom dia São Paulo”, e por uma reportagem feita pela EPTV (afiliada da Globo – São Carlos)

Clique nos links abaixo para assistir as reportagens.

GLOBONEWS

BOM DIA SÃO PAULO

EPTV

Profs. Eduardo Azevedo e Luiz Antônio

(Reportagem Carolina Falvo / Superv. Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de julho de 2019

Produção científica do IFSC/USP no mês de junho de 2019

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de  junho  de 2019, clique AQUI ou acesse o quadro em destaque (em movimento) no final da página principal do IFSC.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Biosensors and Bioelectronics, v. 137, p. 161-170, July 2019 (AQUI).

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de julho de 2019

Bolsas de estudo para aprender matemática na USP

Quem nunca teve um sonho profissional? Aquele emprego pelo qual você faria de tudo para conseguir, enfrentando cada obstáculo. É natural que esse tipo de anseio comece a florescer na adolescência, período em que nossas mentes passam a vislumbrar o que será do futuro. No Centro de Inclusão Social (CIS) da USP em São Carlos, 11 jovens alunos de escolas públicas da cidade têm um motivo a mais para confiar que seus objetivos serão alcançados. Eles recebem bolsas de pré-iniciação científica como incentivo para que tenham aulas de matemática na Universidade.

Com o intuito de facilitar o entendimento da disciplina, as aulas proporcionam aos estudantes um aprendizado interativo, com o auxílio de robôs. São drones, carrinhos, braços robóticos, bolinhas programáveis e diversos itens que ajudam a transmitir conteúdo por meio de uma metodologia muito mais atraente. “Nós já utilizamos os robôs para ensinar conceitos de função, ângulos, velocidade, gráficos e até gravidade”, conta Walter Bezerra Neto, monitor da turma e aluno do curso de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).

Oferecidas pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Sistemas Autônomos Cooperativos (InSAC), sediado na USP, as bolsas de estudo são um instrumento de estímulo aos jovens para que eles fortaleçam seu conhecimento e se preparem para os desafios que se aproximam. “Utilizar a tecnologia para se aprofundar em tópicos matemáticos pode ser muito importante para que eles, por exemplo, se saiam bem no vestibular. Além disso, essa experiência contribui para que os adolescentes vislumbrem as carreiras que desejam seguir”, explica Marco Henrique Terra, coordenador do InSAC e professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC.

Após alguns meses de atividades, o feedback obtido dos alunos tem sido extremamente positivo, segundo Walter. O monitor, que decidiu participar do projeto pelo interesse na área de ensino, revela que os jovens chegam até mesmo a pedir lista de exercícios para fazer em casa: “Isso mostra que realmente querem aprender”, afirma o futuro engenheiro, que se sente privilegiado em fazer parte da iniciativa: “É muito gratificante quando um aluno interage com o robô e diz que entendeu a matéria. Sem dúvida, é uma recompensa enorme saber que eles levarão na bagagem pelo menos uma parte do conhecimento que foi passado”.

Escolhidos pela Diretoria Regional de Ensino de São Carlos para integrar o projeto, os 11 alunos que participam da iniciativa têm entre 14 e 16 anos e assistem às aulas todas as quartas-feiras, no período da tarde.

Este projeto com o kit de robótica e bolsas do INCT In-SAC, liderado  pelo Prof. Marco Henrique Terra, terá continuidade com a atribuição de mais 12 bolsas de pré-IC para alunas da rede pública que tiveram ótimo desenvolvimento no projeto da Profa Kalinka (ICMC/USP) de empoderaremto feminino. As alunas estão sendo selecionadas pela DRE, envolvendo quatro escolas Estaduais, sendo uma da cidade de Ibaté.

Confira AQUI os depoimentos de Abel Correia, Daniel Henrique Lourenço e Lauanny Cristina Silva, todos participantes da atividade no Centro de Inclusão Social da USP.

(Com informações de Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do InSAC – e fotos de Douglas Reginaldo / Vídeo: Henrique Fontes e Douglas Reginaldo)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de julho de 2019

Universo… Buracos Negros… Matéria Escura… O mistério continua

O Prof. Daniel Vanzella (IFSC/USP) foi o convidado em mais uma edição do programa “Na Fronteira do Conhecimento”, em exibição no Canal-10 da NET São Carlos (TV-USP/CEPOF), onde o tema abordado foi a existência de buracos negros e como eles se formam.

Neste programa, Vanzella explicou também o que são matéria escura e energia escura.

Clique na imagem abaixo para assistir ao programa.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de julho de 2019

Inicia-se a Escola de Física Contemporânea (EFC) – edição 2019

Iniciou-se no dia 30 de junho, prolongando-se até dia  06 de julho, a Escola de Física Contemporânea (EFC), uma atividade de extensão promovida pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e que ocorre anualmente, tendo como público-alvo alunos do ensino médio (2º e 3º anos) que apresentem grande interesse pela área de Física. Os estudantes selecionados, provenientes de diversas partes do País, são confrontados com os desafios propostos pelo IFSC/USP, que desde 2001 organiza o evento.

Uma semana inteira, em período integral, com direito a hotel e alimentação, em contato diário com cientistas e professores do Instituto de Física de São Carlos, participando em aulas expositivas e experimentais, palestras sobre temas atuais de física, visitas monitoradas às oficinas e aos laboratórios de ensino e pesquisas do Instituto – considerado um dos maiores centros de pesquisa multidisciplinar da América Latina -, além da passagem por algumas indústrias de tecnologia de ponta que nasceram dentro dos laboratórios do IFSC/USP. Tudo isso e muito mais compõe o pacote da semana da EFC.

Prof. Luiz Nunes de Oliveira

Na abertura do evento, além das apresentações dos professores, coordenadores e monitores, que tiveram a oportunidade de contar suas histórias pessoais, houve também uma aula-show ministrada pelo Prof. Luis Antônio de Oliveira Nunes (IFSC/USP), demonstrando diversos experimentos científicos para o público.

Contudo, foi o Prof. Luiz Nunes de Oliveira, decano do Instituto, que abriu a sessão de trabalhos, relembrando seus cinquenta anos de IFSC/USP como aluno da primeira turma de Física do Instituto, contando um pouco da história do IFSC/USP e homenageando os pioneiros – Profs. Sérgio Mascarenhas Oliveira e Yvonne Primerano Mascarenhas, assim como o saudoso Prof. Horácio Carlos Panepucci, trazendo a importância do físico atualmente e introduzindo a programação da semana EFC para os alunos.

Prof. Luis Antônio de Oliveira Nunes

Na sequência, o Prof. Luis Antônio de Oliveira Nunes, fundador e coordenador da atual Escola de Física Contemporânea, que iniciou em 2001 com o nome de Escola Avançada de Física, trouxe a história da EFC contando um pouco da sua própria biografia, tendo ressaltado a importância do aluno em acreditar na sua capacidade, explorando seu potencial. Ele afirmou que o principal objetivo desta Escola é mostrar para os alunos como conhecimento científico se liga com tecnologia e com geração de riqueza. “Esse ano, os alunos farão uma visita na “Opto Eletrônica”, em São Carlos,  uma empresa que nasceu aqui no Instituto e que hoje tem uma divisão médica e uma divisão dedicada a defesa aeroespacial, para eles começarem a perceber para que serve aquilo que você estuda, pois Física, Química e Matemática não são coisas inventadas só para se fazer provas. Isso gera riqueza e isso pode ser utilizado no dia-a-dia. Então, eu acredito que o principal foco da Escola é como se utiliza Física, Química e Matemática no dia-a-dia e isso é algo extremamente importante para o aluno levar para casa. Tanto médico, como biólogo, como o engenheiro precisam saber Física, Química e Matemática, senão ele não vai ser um profissional competitivo”, elucidou Luíz Antônio. Em sua aula experimental, o docente afirmou que as demonstrações tiveram o intuito de evidenciar ao aluno a importância da Física que ele estuda no Ensino Médio. “Antigamente, a gente estudava, mas não sabia para que servia; hoje, o jovem é mais crítico, por isso, é importante que ele saiba para que serve este conhecimento, porquê ele estuda. Então, o foco da aula de hoje é ganhar motivação para estudar, já que muitas vezes pensamos que estudar é chato. Você começa a  estudar quando vê a beleza das coisas, a partir daí você não está mais estudando, você está correndo atrás. Por isso que é importante que o aluno descubra a beleza que existe na Física, na Matemática e na Química”, pontua Luíz Antônio

Prof. Sebastião Pratavieira

Os outros coordenadores, Profs. Diogo Rodrigues Boito, Renato Vitalino Gonçalves e Sebastião Pratavieira também fizeram suas apresentações, dando boas-vindas aos alunos, trazendo um pouco do histórico profissional de cada um relacionando seu envolvimento com o IFSC/USP. Renato Gonçalves introduziu as normas de conduta e segurança implementadas para a EFC, enquanto Sebastião Pratavieira apresentou, através de imagens, toda a história da USP, do IFSC/USP e da cidade de São Carlos. Pratavieira afirmou que o objetivo da Escola é que os alunos conheçam o Instituto de Física de São Carlos, que eles passem uma semana vivenciando o que é ser um cientista, o que é ser um pesquisador dentro do IFSC. “A gente espera que os alunos cumpram esse objetivo, de saber como é o dia-a-dia de um graduando aqui no IFSC/USP.  Ao longo da semana, eles vão ter diversas práticas, entre aulas, palestras, fazendo experimentos e até mesmo atividades culturais, para assim terem certeza se querem seguir a carreira de Físico”, pontuou.
O docente acrescentou que este ano vai haver um evento voltado ao empreendedorismo, para o aluno conhecer o ambiente de uma empresa, onde o físico pode atuar, ou seja, opções que vão além de trabalhar em uma universidade como pesquisador. Sebastião Pratavieira sublinhou que a parte mais complicada é fazer a seleção dos classificados entre os cerca de quatrocentos inscritos. “São inscrições muito boas, alunos excelentes, mas infelizmente, por uma questão de espaço, a gente só pode escolher trinta, então, essa é a parte mais difícil”. O número de alunos interessados em frequentar a Escola de Física Contemporânea – edição 2019 – bateu todos os recordes, com 367 inscritos, sendo 234 oriundos do Estado de São Paulo e 133 dos restantes estados do País. Os selecionados desta edição mostraram-se bastante empolgados e se apresentaram bastante envolvidos com a apresentação.

Jhordan Albert Tavares Santiago

Jhordan Albert Tavares Santiago (16) veio diretamente de Campina Grande – Paraíba. Ele estuda em escola privada com bolsa integral e como não tinha condições de custear sua viagem até São Carlos, fez uma “Vaquinha Virtual” para cobrir os gastos e o valor arrecadado superou o esperado, ultrapassando a meta.
O jovem afirmou que descobriu a EFC pela internet, pois sempre gostou de pesquisar sobre esse tipo de programa, pois a partir de seu primeiro contato com Física, no seu 9º ano, já passou a se interessar mais pelo assunto. “Academicamente, vou ter uma experiência única, porque eu vou estar nos melhores centros de Física da América Latina, talvez do mundo, com professores excepcionais e também eu vou ter um contato cultural muito grande, porque são pessoas de várias partes do Brasil”. Em relação á sua carreira, Jhordan é bastante objetivo. “Eu pretendo fazer Física. Talvez em São Paulo ou em Portugal, se eu conseguir alguma bolsa ou alguma oportunidade. Eu pretendo ir para Europa e em Portugal eu posso usar a nota do Enem”. Ele pretende seguir Física Teórica e explica: “A Física é muito ampla, ela não é um conhecimento que não vai servir para nada. Não. A Física está em todos os aspectos da humanidade, desde descobrir o porquê da existência do Universo, até coisas básicas – como um microondas funciona, como um fogão funciona e como eu posso usar isso para melhorar minha vida”, relata o aluno.

Amanda Machado dos Santos

Rafael Ribeiro da Silva

Amanda Machado dos Santos (17), que também está bastante animada, é proveniente de Jaraguá do Sul – Santa Catarina. Ela ficou sabendo da EFC por uma amiga que estuda licenciatura em Física e que  veio fazer um curso no IFSC/USP, tendo entrado em contato com ela, pois ambas tinham o mesmo interesse pela área. Amanda faz curso técnico em Química, integrado ao Ensino Médio, onde começou a participar mais de projetos relacionados com Física, Olimpíadas, além de fazer parte de um grupo de Astronomia, daí ter descoberto seu interesse pela área. “O ápice disto foi quando ganhei uma bolsa para monitoria de física, foi então que tive oportunidade de ter contato com pessoas de nível superior que poderiam me explicar os conteúdos. Isso é algo que eu tenho bem convicto para mim, estou aproveitando tudo que eu posso com esses cursos”. Quanto á EFC, ela afirma: “Eu já vejo que vai ser uma grande experiência, começando pela apresentação dos professores, além dessa troca de aprendizado, de conhecer pessoas diferentes que tem interesses próximos, isso já é bem legal. E pelo cronograma que foi disponibilizado para nós, a gente está com expectativas bem altas. Eu já acompanho as atividades daqui pelo site e tenho bastante interesse em vir para cá, por isso, participar desse curso já vai ser algo para ter mesmo certeza dessa área e eu já vim para tirar algumas dúvidas, então, acredito que vá ser algo bastante pertinente”. Quanto á escolha pelo IFSC/USP ela ressaltou que aqui tem grandes diferenciais. “É uma das maiores instituições do país, saem muitas pesquisas daqui, e o interessante é isso, todos os recursos necessários são pagos pelos nossos impostos, então, as pesquisas custeadas aqui acabam voltando para a sociedade e esse é um dos motivos pelo qual eu escolheria o IFSC/USP, pelo retorno dado à sociedade e também pelo nível dos professores”, salienta Amanda.

Grupo de monitores

Já Rafael Ribeiro da Silva (17) de São Carlos, seu primeiro contato com Física foi no 7º ano através de um projeto chamado Clube de Ciências promovido pelo CDCC da USP. “Eu me inscrevi, passei, daí comecei a fazer o Clube de Ciências. Lá era bem amplo, tinha Física, Química e Biologia. A gente fazia vários passeios, daí foi a primeira vez que eu estive no IFSC/USP; nos anos seguintes continuei com o Clube de Ciências, entre outros cursos que envolviam Física e Engenharia , então tem uns cinco anos que eu tenho contato aqui com o Instituto”. Em relação á Física, sua escolha se deu pelo gosto da Astronomia. “Eu sempre gostei de Astronomia, quando entrei no Ensino Médio tive o primeiro contato com a Física e já me interessei. Eu pretendo fazer Licenciatura em Física aqui no Campus São Carlos mesmo. Ainda não sei se vou seguir para Astronomia, mas, quero cursar Física aqui, pois gosto bastante do Instituto”. Durante a EFC, Rafael espera poder aplicar os conhecimentos que já tem e poder aprender mais.

A EFC tem sido para muitos alunos a porta de entrada que permitiu acesso a uma formação superior de elevada qualidade, não só em Física, como também em muitas outras áreas do conhecimento, transformando-os em jovens altamente capacitados e transportando-os para áreas profissionais de excelência no Brasil e no resto do mundo.
Pela EFC já passaram estudantes que hoje são cientistas nas mais variadas áreas do conhecimento e que estão ao serviço de instituições públicas e privadas – engenheiros, biólogos, farmacêuticos, químicos, profissionais nos mais diversos setores da medicina, profissionais do ramo de finanças, físicos, cientistas de dados, cientistas da área petrolífera, nanomedicina, defesa, aeroespacial, entre outras áreas.

(Reportagem de Lilian Tarin / Superv. Rui Sintra)

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de julho de 2019

Equipe do IFSC/USP inicia tratamento gratuito de úlceras venosas

A equipe do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo, inicia um projeto que oferece avaliação clínica e tratamento gratuitos para atender pacientes que tenham úlceras venosas em membros inferiores.

Grande parte da população idosa apresenta essas feridas, que são de difícil tratamento, podendo ficar abertas durante anos. Esse tratamento consiste em aplicar películas e/ou géis contendo biocelulose.

A biocelulose é uma celulose diferente da celulose encontrada nas plantas, pois é produzida por algumas bactérias, que são boas para saúde. A biocelulose contribui para aceleração do processo da cicatrização, ou seja, irão auxiliar o fechamento das feridas, reduzindo assim o tempo de tratamento.

Este projeto, coordenado pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, e conduzido pelo pesquisador Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, é direcionado aos pacientes (homens e mulheres) com faixa etária de 45 a 80 anos que apresentam diagnóstico de úlcera venosa.

O tratamento consiste na aplicação tópica de formulações de biocelulose, sendo esse projeto coordenado pelo professor Vanderlei Bagnato.

Sobre o Projeto

Pacientes serão submetidos a uma avaliação se estiverem dentro dos critérios da pesquisa e posteriormente as sessões serão agendadas.

Critérios para participar dessa pesquisa:

Homens e Mulheres de 45 a 80 anos;

Diagnóstico de úlcera venosa;

Úlcera localizada em membros inferiores;

Úlcera com tempo superior a 6 semanas.

Se você tem úlceras venosas e se encaixa nesse perfil entre em contato na Unidade de Terapia  Fotodinâmica da Santa Casa de São Carlos através do telefone (16) 35091351 de segunda a sexta-feira, das 8 ás 17 horas.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação

 

1 de julho de 2019

Exposição a não perder: “Raios! Mensageiros do cosmos”

O Observatório “Dietrich Schiel” – Centro de Divulgação de Astronomia (CDA-USP), localizado na Área-1 do Campus USP de São Carlos, recebeu no dia 24 de junho a inauguração da exposição “Raios! Mensageiros do Cosmos”, tendo contado com a participação de inúmeros convidados que foram recebidos pela curadora da exposição, Prof.ª Dra. Cibelle Celestino Silva – do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), representando a assessoria científica do evento, assumida pelos docentes Prof. Dr. Luiz Vitor de Souza Filho – também docente do IFSC/USP – e Prof. Dr. Gustavo de Araujo Rojas – astrônomo e docente da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Já a exposiografia esteve sob a responsabilidade da arquiteta Bianca Maria Habib Silva.

A cerimônia de abertura da exposição iniciou-se com as considerações e breve apresentação do projeto pelo docente responsável pelo Observatório, Prof. Dr. Valter Luiz Líbero  (IFSC/USP) e pela professora Cibelle. A última ainda reiterou o vínculo da exposição “Raios! Mensageiros do cosmos” como parte do projeto de divulgação da produção científica da USP ao público são-carlense, este a cargo do Prof. Dr. Luiz Vitor de Souza Filho – que, por divergências na agenda, não pode comparecer.

Segundo a curadora, o principal objetivo da exposição é explorar a astrofísica de partículas. “A exposição aborda desde o que são raios cósmicos, como estes podem ser utilizados no estudo de astronomia, quais fontes produzem raios cósmicos de alta energia”, menciona a docente. “Outra parte da exposição conta com a história da física no Brasil e como as pesquisas relativas aos raios cósmicos foram importantes no estudo de física brasileiro”, completa.

Quanto às expectativas para o público e importância da exposição, Cibelle relata a necessidade de transmissão de conhecimentos e despertar o encantamento pela ciência. “A ideia é trazer à população o conhecimento de que outras coisas além da luz chegam dos céus, como os raios cósmicos. Além disso, há a necessidade de encantar o público ao mostrar o quanto a astronomia é interessante e como o mundo microscópico – das partículas elementares – está relacionado ao mundo macroscópico – que estuda os astros, por exemplo”.

 

Prof. Valter Líbero explicando o conceito da exposição

Prof. Valter Líbero acompanha visitantes

Também observaram o peso do evento na divulgação, os alunos do Instituto de Física de São Carlos, Maria Carolina, Edivânia e Luan, que estudam astrofísica de partículas. “A exposição faz muito mais que simplesmente divulgar a ciência: ela contribui ao aproximar as pessoas da pesquisa, mostrar o que produz a universidade e convida a população a participar”, afirmam os estudantes. “Além disso, ao divulgar ciência explicita-se para onde foram os recursos da universidade e que o Brasil tem tanta competência quanto outros países para pesquisar e produzir conhecimento”, finalizam.

Profª. Cibelle Celestino Silva e a Arquiteta Bianca Habibi

A exposição, que agora faz parte do acervo permanente do Observatório “Dietrich Schiel”, está aberta a visitação de sextas-feiras no período da tarde, de sexta a domingo das 20h00 às 22h00, e durante os Domingos Solares, que ocorrem a cada dois domingos.

(Reportagem: Carolina Falvo – Sup. Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de julho de 2019

Parceria muito interessante – “Aventuras na Ciência – Luz e Cores”

Apesar dos problemas e desafios apontados no ensino de ciências, em geral, e de Física, em particular, merece destaque a recente proposta de inovação curricular que tem como objetivo superar os diversos obstáculos educacionais; o projeto denomina~-se “Aventuras na Ciência”, lançado em 2012 e desenvolvido pela Empresa Educar Inovação Tecnológica Lda”, em colaboração com cientistas da USP, UNICAMP e UFRJ, tendo como foco estimular, através de kits instrucionais, a prática de ciência entre os jovens, principalmente nos cursos do Ensino Médio, nas mais diferentes áreas do conhecimento.

Nesse âmbito, a EE Conde do Pinhal (São Carlos) realizou no dia 14 de junho, durante o período da tarde, a “Culminância Eletivas”, que congregou alunos e professores em redor de muitas experiências científicas simples, com destaque para o projeto “Aventuras na Ciência – Luz e Cores”, coordenado pelo docente do IFSC/USP, Prof. Marcelo Alves Barros. A realização deste evento foi do IFSC/USP e do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF/IFSC), com uma parceria entre a Diretoria Regional de Ensino de São Carlos, EE Conde do Pinhal e a “Educar Inovação Tecnológica e Cia”.

A equipe de cientistas que contribuiu para a execução dos kits foi constituída por: Moysés Nussenzveig – Físico (UFRJ), Eliana Dessen – Bióloga (USP), Mayana Zatz – Bióloga (USP), Beatriz Barbuy – Física (USP), Vanderlei Bagnato – Físico (USP), Henrique Toma – Químico (USP), Eduardo Colli – Matemático (USP), Carlos Henrique de Brito Cruz – Físico (UNICAMP) e Luiz Antônio de Oliveira Nunes – Físico (USP).

Clique na imagem abaixo para assistir à reportagem sobre este evento.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de junho de 2019

Buracos negros: de Albert Einstein às ondas gravitacionais e além

A edição de junho de 2019 do programa “Ciência às 19 Horas” saiu de seu habitual reduto e foi ao encontro da população escolar, mais especificamente à da Escola Estadual Dr. Álvaro Guião (São Carlos), cujo encontro aconteceu no dia 18 de junho, pelas 10h00, no auditório daquele estabelecimento de ensino, numa parceria entre o IFSC/USP e a Diretoria de Ensino da Região de São Carlos / Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.

O palestrante convidado foi o Prof. João Steiner (IAG-USP), que discorreu sobre o tema “Buracos Negros: De Albert Einstein às ondas gravitacionais e além”, onde apresentou o  conceito, a origem e a evolução da ideia de buraco negro.

Em sua palestra, Steiner discutiu e explicou os diversos passos que levaram a ciência a confirmar a existência desses objetos, tendo mostrado porque eles são importantes para a formação de estruturas do universo.

Em 2016, foi anunciado a detecção direta de ondas gravitacionais provocadas por colisão de dois buracos negros: em 2019, foi mostrada a primeira imagem da sombra de um buraco negro super-gigante. Em ambos os casos, a ideia de buraco negro foi confirmada no limite do campo gravitacional forte. Especula-se, ainda, sobre os próximos avanços científicos relacionados ao estudo desses objetos

Steiner conversou com a Assessoria de Comunicação do IFSC/USP sobre esse tema apaixonante, não tendo deixado de lado a importância da divulgação científica no âmbito geral, principalmente quando o assunto é repassar conhecimentos à sociedade.

Acompanhe a entrevista feita ao Prof. João Steiner, clicando na imagem abaixo.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

27 de junho de 2019

Concorrendo ao iGEM: método descontamina águas poluídas com metais pesados

Um grupo de estudantes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está finalizando um projeto de desenvolvimento de um novo método de descontaminação de água poluída com metais pesados. Para isso, os alunos estão juntando dinheiro para levar essa ideia à “International Genetically Engineered Machine Competicion (iGEM), a maior competição de biologia sintética do mundo, que ocorre este ano em Boston, nos Estados Unidos, entre os próximos dias 31 de outubro e 4 de novembro.

De fato, o projeto, onde estão envolvidos 18 estudantes de graduação e pós-graduação do Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares (CFBio/IFSC), consiste na criação de um filtro bacteriano para despoluir as águas atingidas por desastres naturais, como aqueles que aconteceram com os rompimentos das barragens de Brumadinho (2019) e Mariana (2015), conforme explica Roberto Furuta, aluno do 4º ano do curso CFBio e membro da equipe. “O IFSC/USP participou desta competição nos anos de 2014 e 2015, tendo conquistado, respectivamente, uma medalha de cobre e outra de ouro. A equipe fez uma pausa e foi ano passado que decidimos levar em frente este projeto que está essencialmente ligado à área ambiental. Nosso trabalho consiste em pesquisar métodos de como utilizar os mecanismos disponíveis na área de biologia sintética para minimizar prejuízos similares que possam ocorrer em águas de rios, como foram os que aconteceram em Mariana e Brumadinho, no Rio Doce e Rio Paraopeba.

Com a técnica, expressa-se em bactérias uma proteína que foi desenhada a partir de pedaços de proteínas já existentes capaz de se conectar aos íons de metais pesados presentes em águas poluídas, como chumbo e mercúrio. A proteína possui também um sinal para que seja secretada para fora da bactéria e um sítio que se liga à celulose.

A cepa que a equipe pretende usar é a denominada Escherichia coli, uma das bactérias mais bem estudadas na literatura, já que ela gera um biofilme – uma espécie de rede –  que conecta várias bactérias, sendo que grande parte desse biofilme é composto por celulose. Com essas composição, esse biofilme assume o papel de um filtro que é capaz de se ligar aos metais pesados através de nossa proteína. A equipe está terminando de desenhar toda a área genética em laboratório. “Estamos definindo os últimos detalhes e partindo para a área experimental já no próximo mês de julho”, acrescenta Roberto Furuta.

Giane Ferreira, aluna igualmente do 4º ano do curso e líder da equipe do IFSC/USP, salienta que algo muito interessante no iGEM é o fato de todas as equipes terem que depositar suas pesquisas numa espécie de banco de dados da competição, para que futuramente outras equipes possam utilizar as informações para aprimorar os projetos. Por outro lado, o aspecto social também está presente no iGEM, conforme explica Giane. “Além dos aspecto científico, todas as equipes têm que desenvolver práticas sociais. Assim nossa equipe está já trabalhando com escolas da cidade de São Carlos, no sentido de interligar, principalmente, os alunos do ensino médio com a Universidade. Contudo, não perdemos de vista o ensino fundamental e o pré-escolar, já que que queremos aguçar o interesse das crianças pela ciência e principalmente pelos conceitos ambientais. Estaremos fazendo isso já no segundo semestre”.

Maria Júlia Marques também pertence à equipe iGEM USP São Carlos. Ela está também no 4º ano do curso e é responsável pela coordenação de comunicação da equipe. “Outra coisa que pretendemos fazer é uma viagem técnica a Brumadinho, no sentido de colher amostras para confirmação da existência de mercúrio e chumbo nas água do Rio Paraopeba, além de pretendermos conversar com a população local no a fim de sabermos como elas foram atingidas pela presença dos metais pesados. Queremos também visitar os hospitais locais para tentar fazer um levantamento do número de pessoas que foram diagnosticadas com sintomas de contaminação”.

A equipe iGEM USP São Carlos prevê futuramente contatar as escolas de todos os níveis de ensino da cidade de São Carlos a fim de motivar os alunos para a defesa do meio ambiente e salientar a importância que a Universidade pode ter no desenvolvimento de cada um deles, tendo em vista a resolução dos vários problemas que afligem a sociedade. Além desses contatos, já está confirmada uma parceria com a Atlética CAASO para realização de projetos sociais e de divulgação científica com crianças e adolescentes de São Carlos.

Como orientadores, a equipe conta com a participação dos Profs. Drs. Marcos Navarro, Rafael Guido e Alessandro Nascimento.

Embora as Pró-Reitorias de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da USP já tenham contribuído com uma verba destinada à inscrição da equipe no iGEM, alunos e professores precisam arrecadar cerca de R$ 20 mil para arcar com os custos de passagens aéreas, estadias e compra de materiais de laboratório.

Para isso, eles criaram uma vaquinha online para arrecadar fundos.

Clique AQUI para contribuir.

Visite a equipe iGEM na página do Facebook (AQUI);

No Instagram – @igem_uspsaocarlos

Pelo Email: igem@ifsc.usp.br

No Twitter: @iGEM_usp

(Foto do Rio Paraopeba: Diego Baravelli)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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