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28 de junho de 2018

Concurso para docente de Informação Quântica no IFUSP

Estão abertas até dia 24 de setembro do corrente ano as inscrições no Concurso Público de Títulos e Provas para provimento de um cargo de Professor Doutor 1, MS-3.1, em RDIDP, cargo nº 1233912, junto ao Departamento de Física Matemática, na área de “Informação Quântica”, Edital IF-17/18.

Os pedidos de inscrição deverão ser feitos, clicando AQUI.

Maiores informações poderão ser obtidas na Assistência Acadêmica do IFUSP, nos telefones 3091-6902 e 3091-7000.

(Com informações da Assessoria de Comunicação do IFUSP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de junho de 2018

IFSC é uma das unidades da USP com maior produção científica

Em levantamento apresentado recentemente através da designada Biblioteca Digital de Produção Intelectual (BDPI) da USP, uma plataforma que simplifica o acesso à produção intelectual dos pesquisadores da Universidade de São Paulo, constata-se que o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) é uma das unidades uspianas com maior destaque na produção científica, mesmo sendo aquela que apresenta, comparativamente às outras, um número menor de docentes e pesquisadores.

O empenho dos pesquisadores do IFSC/USP sempre teve duas vertentes ao longo dos anos e que foram se aprimorando com o decorrer do tempo: a primeira, num contexto puramente científico, sempre ombreou com o que de melhor se faz no exterior, motivo pelo qual foram aumentando as inúmeras colaborações com cientistas e universidades de ponta espalhadas pelo mundo, comprovando assim a excelência de nosso Instituto. A segunda vertente é o trabalho que vem sendo feito para resolver alguns dos problemas que mais afligem a sociedade, principalmente aqueles relacionados com a saúde e o bem-estar público.

Nos laboratórios do IFSC/USP são projetados, desenvolvidos e disponibilizados à população, de forma gratuita e com a colaboração de médicos e restante pessoal técnico, protocolos, procedimentos clínicos e equipamentos que, de forma inovadora, apresentam soluções para detecção e tratamento dos mais variados tipos de doenças, entre os quais se contam diversos tipos de câncer, problemas odontológicos, fibromialgia, osteoartrose e osteoartrite, onicomicose, úlceras venosas e de pé de diabético, colo de útero e HPV, só para mencionar alguns.

Se é um orgulho verificar através da BDPI que o Instituto de Física de São Carlos é uma jóia no contexto da Universidade de São Paulo, também não é menos verdade que essa excelência acarreta responsabilidades cada vez maiores, não no contexto de um simples ranking, mas na missão que o Instituto abraçou desde sua criação, que é se colocar ao serviço da sociedade, devolvendo a ela, com serviços e instrumentos gratuitos, o investimento público feito pelos contribuintes.

A BDPI reune quase 925 mil registros, incluindo a produção científica, acadêmica, artística e técnica de pesquisadores, mais as teses e dissertações defendidas desde 1985 na maior universidade da América Latina, sendo que esses números são atualizados diariamente, à medida que os bibliotecários cadastram novos documentos.
Contudo, no caso específico do IFSC/USP, observem-se abaixo os índices coletados, num trabalho executado pelas bibliotecárias do IFSC/USP – Maria Helena Di Francisco e Gracielli Batista Pepe Cardoso, ambas da Seção de Tratamento de Informação.

Produção científica Unidades USP

Fonte: BDPI dados extraídos em 20/06/2018 / Fonte BDPI e Thycho, dados extraídos em 20/06/2018

O gráfico apresenta os dados das 18 unidades com o maior número de produção científica geral (produção científica e teses/dissertações) da Universidade, disponíveis na BDPI, onde o IFSC aparece em 10° lugar, com 27.788 registros. Quando analisamos somente a produção científica per capita dessas mesmas unidades no banco Thycho, o IFSC aparece com o maior número de produção por docente.

Produção científica geral Departamentos USP

Fonte: BDPI – Dados extraídos em 20/06/2018

 

Ranking de autores com maior número de publicações gerais na BDPI

Fonte: BDPI, dados extraídos em 20/06/2018

Repare-se que no Top 10 constam os professores Vanderlei Bagnato (1º) e Osvaldo Movais de Oliveira Junior (10º).

Ranking de autores USP com maior de número de publicações gerais na BDPI

Fonte: BDPI, dados extraídos em 20/06/2018

 

Produção científica geral Unidades USP – Citações  recebidas

Fonte: BDPI, dados extraídos em 20/06/2018

O IFSC está bem classificado em relação às citações recebidas, tanto através do CrossRef (3° lugar) quanto na Dimensions (4° lugar).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de junho de 2018

Prof. Alex Antonelli (UNICAMP) ministra seminário

O Prof. Alex Antonelli, do Instituto de Física “Gleb Wataghin”/UNICAMP, foi o palestrante convidado em mais um seminário do Grupo de Óptica do IFSC/USP,realizado no dia 26 do corrente mês, tendo apresentado o tema Modelagem de materiais através dos primeiros princípios da mecânica quântica.

Ao abordar que materiais permeiam as nossas vidas e são fundamentais para praticamente tudo que fazemos, desde o mais espetacular ao mais prosaico, Antonelli sublinhou enumerou exemplos de semicondutores que possibilitaram a revolução digital, as ligas metálicas que possibilitaram a construção dos motores dos aviões e as próteses ortopédicas, os vidros das garrafas, janelas e das telas de celulares, etc. Nesse contexto, o entendimento e a previsão das propriedades de materiais apresentam-se de extrema importância.

Neste seminário, Alex Antonelli abordou a evolução de modelos matemáticos baseados na mecânica quântica, que resultaram na chamada teoria do funcional da densidade, conhecida pela sigla DFT, que hoje constitui o estado da arte da investigação e previsão das propriedades de materiais de forma não-empírica.

O pesquisador lançou, ainda, discussões sobre alguns exemplos de aplicação dessa metodologia, que demonstram a versatilidade e o sucesso desse enfoque: indo das propriedades óticas do gelo à previsão e entendimento da condução térmica em semicondutores.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de junho de 2018

Sensor detecta mutação que favorece aparecimento de câncer de mama

Há quase cinco anos, a atriz Angelina Jolie tomou uma decisão que gerou ibope e muita polêmica: retirou os seios para prevenir câncer de mama. Para tomar tal decisão, radical e equivocada sob o ponto de vista de muitos, a atriz se baseou em um mapeamento genético, através do qual foi possível detectar o mau funcionamento do gene BRCA1, que pode levar a uma pré-disposição maior para o desenvolvimento de câncer de mama e ovários.

Testes, como os feitos por Jolie, para buscar alterações/mutações nos genes não são triviais, mas já existem diversos pesquisadores trabalhando sobre eles, tentando, inclusive, melhorar sua eficiência. Esse é o caso de Laís Ribovski, pesquisadora do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNaNo- IFSC/USP).
Parte de sua pesquisa de mestrado, orientada pelo docente Bruno Campos Janegitz* (UFSCar), em parceria com o coordenador do GNaNo, Valtencir Zucolotto, consistiu no aprimoramento de um sensor de DNA para detecção de uma mutação específica relacionada à pré-disposição ao câncer de mama. “Essa mutação, encontrada no gene BRCA1, está fortemente relacionada a casos que acontecem dentro de uma mesma família de câncer de mama”, explica Lais. “Criamos um sensor que detecta se existe essa mutação, indicando uma maior chance de câncer de mama no organismo que a possua”.

Embora testes para detecção dessa mutação já existam, conforme já mencionado, a proposta dos pesquisadores do GNaNo foi simplificar o teste, por meio da redução de um dos passos mais complicados e trabalhosos do processo. “Agora, precisamos trabalhar na simplificação de outro passo desse teste, chamado PCR, que consiste na amplificação do DNA fazendo várias cópias dele. Feito isso, conseguimos detectar em nosso sensor se a cópia é mutada ou não”, elucida a pesquisadora.

O sensor construído pelos pesquisadores do GNaNo consistiu em um bastão de polímero (plástico), dentro dele passando um condutor elétrico e na ponta uma superfície de ouro, sobre a qual é depositada parte do DNA e sua cópia, originadas de uma amostra de sangue ou saliva do paciente. “Se as fitas de DNA forem complementares, elas formarão uma fita dupla e o sinal será mais elevado. Se elas não foram complementares, não se juntam, então não há formação da dupla fita e o sinal é menor. Dessa forma, se elas formarem a dupla fita,há a presença de mutação”, explica Laís.

Os frutos da pesquisa

Tratando de um tema tão relevante e notório, a pesquisa não passou despercebida. Pelo contrário: recebeu uma menção honrosa na categoria “Jovens Pesquisadores” na 13ª edição do Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia, cujo tema foi “Tecnologias para a Economia do Conhecimento”. O prêmio foi entregue a Bruno que, em matéria publicada no portal da UFSCar, afirmou que o grande diferencial do método em relação a alguns semelhantes já existentes é justamente o baixo custo- em torno de R$70,00, de acordo com o docente.

A construção do sensor já foi finalizada e, inclusive, patenteada. No entanto, para estar disponível comercialmente, será necessária uma base laboratorial mínima para sua distribuição em hospitais e outros centros de saúde.

*À época da pesquisa, Bruno era aluno de pós-doutorado do GNaNo, sendo atualmente docente do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação, da Universidade Federal de São Carlos (DCNME-UFSCar)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de junho de 2018

Alunos do ensino médio no IFSC/USP: “Meu Eu do Futuro” chega ao fim

Com a palestra Indústria 4.0 – A nova revolução, chegou ao fim, no dia 18 de junho, a iniciativa dedicada aos alunos do ensino médio de São Carlos e região, Meu Eu do Futuro, promovida conjuntamente pelo Instituto de Física de São Carlos e Instituto de Estudos Avançados da USP – Campus de São Carlos, idealizada pela Agência Multimídia de Difusão Científica e Educacional “Ciência Web” –www.usp.br/cienciaweb  e coordenada pela Profª Draª Yvonne Primerano Mascarenhas (IFSC/USP).

Essa última palestra, que ocorreu no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), foi apresentada pela docente e pesquisadora da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) Profª Drª Zilda de Castro Silveira, que mostrou aos jovens como a Impressão 3D é um dos pilares tecnológicos de uma mudança que está acontecendo em todo o mundo e que vai além da perspectiva industrial, assumindo-se essa tecnologia como uma nova forma de fazer projetos.

Profª Drª Zilda de Castro Silveira

Em sua apresentação, a pesquisadora mostrou o que está acontecendo nessa área e o que aguarda os jovens em um futuro próximo, caso decidam seguir essa área de conhecimento.

Zilda Silveira apresentou definições e diferenças que existem entre a Impressão 3D e outros processos de fabricação, tendo mostrado tendência e aplicações nas áreas de biofabricação, aeroespacial, fabricação de joias, e, ainda, a fabricação de órteses para minimizar diversos tipos de deficiências, como, por exemplo, paralisia cerebral em crianças, onde foi concebido um dispositivo para auxiliar na escrita, e no Mal de Parkinson.

Com o sucesso alcançado, a organização desta iniciativa cogita levar a efeito uma segunda edição com o intuito de congregar ainda mais alunos do ensino médio de São Carlos e região, mantendo-se o objetivo inicial, que é reuni-los no ambiente universitário para incentivar reflexões e decisões sobre o que fazer após a conclusão dos estudos.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de junho de 2018

Pesquisadores estagiários franceses apresentam seminários no IFSC/USP

Justin Marc Abel Fine e Remy Serge Christian Lecordier, jovens pesquisadores franceses do Instituto Universitário Tecnológico de Marselha (França), que desenvolvem seu estágio no Grupo de Pesquisa em Nanomateriais e Cerâmicas Avançadas (NaCA) do IFSC/USP, realizaram no dia 21 de junho, na Área-2 do Campus USP de São Carlos, um seminário conjunto dividido em dois temas.

O primeiro tema, apresentado por Justin Fine, abordou Nanopartículas de ouro na superfície do filme fino SrTiO3: aplicação como sensor de gás ozônio.

Apesar do fato de sensores de gás terem sido desenvolvidos a partir dos 50 anos do século passado, seu estudo ainda é relevante. De fato, o número de artigos científicos sobre sensores de gás tem aumentado ano após ano, sendo que, entre esses estudos, o ozônio tem sido um dos assuntos com maior destaque, nomeadamente porque pode promover problemas de saúde quando inalado, mesmo em níveis relativamente baixos.

SrTiO3 é um dos materiais de interesse que tem sido extensivamente estudado como sensor de gás, por exemplo sensor de ozônio. No entanto, o SrTiO3, quando exposto ao gás ozônio, não apresenta resposta, mesmo em concentrações consideradas de alto risco para humanos.

O principal objetivo deste estudo, realizado por Justin Fine, é a preparação de filmes finos de SrTiO3, por bombardeamento com magnetron de RF dopado com nanopartículas de ouro, para melhoria da propriedade do sensor.

Por seu turno, Remy Lecordier apresentou e dissertou sobre o segundo tema, intitulado Nanotubos de TiO2 e filme fino de SnO2 aplicados como sensores de gás.

Semicondutores de óxidos formam um grupo de compostos cujas propriedades específicas de superfícies e interfaces são usadas para detecção de gás. O dióxido de estanho SnO2 e o dióxido de titânio TiO2 são bons candidatos para a aplicação de sensores de gás.

Remy propõe, em seu estudo, a preparação de nanotubos de TiO2 a partir de pulverização por RF, seguido de anodização. Por outro lado, os filmes finos de SnO2 foram obtidos por RF Sputtering e SnO2 dopado com Co, que igualmente foram preparados por pulverização de RF e DC.

As propriedades elétricas e estruturais dos materiais foram investigadas pelo pesquisador francês, usando Espectroscopia Raman, Difração de Raios X (XRD) e Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de junho de 2018

“Elaborating correlated states and quantum fluctuations”

O pesquisador Marios Tsatsos foi o palestrante convidado em mais uma edição do Café com Física ocorrida no dia 20 de junho, uma apresentação que foi subordinada ao tema Elaborating correlated states and quantum fluctuations: principles and applications of many-body theories in Bose-Einstein condensates.

Em sua apresentação, Tsatsos apresentou os testes de algumas aplicações particulares em “Bose Gas”e que são fortemente perturbadas e fora de equilíbrio, como gases turbulentos e granulados.

Trabalhos teóricos e experimentais realizados conjuntamente entre o IFSC/USP e a Universidade de Rice (EUA) corroboram a apresentação de Tsatsos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de junho de 2018

Parisita-(La) – Reconhecido novo mineral descoberto na Chapada Diamantina (BA)

Com alguma frequência, as pessoas gostam de utilizar o termo “década perdida” para descrever um período difícil da vida, sendo usual enfatizar a economia ou determinada política de um país. No entanto, é bastante gratificante quando se pode dizer o oposto, sublinhando uma década de conquistas.

A descoberta de um novo mineral no Brasil, designado parisita-(La) (CaLa2(CO3)3F2), foi finalmente reconhecida após decorridos cerca de dez anos desde a aquisição das amostras para estudo. O artigo que valida a descoberta desse novo mineral, um fluorcarbonato encontrado no Brasil e que contém em sua composição os elementos “terras raras” (neste caso lantânio predominantemente), cujas aplicações vão desde a fabricação de componentes dos “smartphones” até o processo de refino de petróleo para a produção de gasolina, foi publicado este ano em uma das revistas científicas mais importantes do mundo – Mineralogical Magazine -, editada pela Cambridge University Press, no Reino Unido, que aborda diversos campos da pesquisa, como, por exemplo, os resultados obtidos nas áreas de cristalografia e mineralogia.

Financiado pela FAPESP, CNPq E FINEP, este trabalho de pesquisa é fruto da colaboração de pesquisadores oriundos de universidades de três países: Brasil (Instituto de Física de São Carlos/USP, Instituto de Geociências/USP, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); Estados Unidos (University of Arizona); e Rússia (Russian Academy of Sciences, Moscow State University).

O Dr. Marcelo Barbosa de Andrade, pesquisador do IFSC/USP e simultaneamente Pesquisador Associado da Universidade do Arizona, é um dos membros que integram o citado grupo de pesquisa e salienta que antes de se avaliar o valor econômico de um mineral é importante investigar as rochas onde ele se localiza, sua composição química, estrutura cristalina e, consequentemente, suas propriedades físicas e químicas. Segundo o pesquisador, essas informações são fundamentais na escolha das estratégias de extração e beneficiamento que serão utilizadas pelas empresas do setor de mineração, até porque “(…) é bom não depender exclusivamente das exportações chinesas, que hoje são responsáveis por mais de 90% das exportações mundiais de elementos terras raras”.

A história da descoberta da “parisita” começa em um dos lugares mais bonitos e surpreendentes da Colômbia – Muzo -, a cerca de 100 km de Bogotá, também conhecida por “Terra das Esmeraldas”. Essas pedras preciosas colombianas sempre fascinaram as cortes europeias desde o século XVI, com a chegada dos espanhóis às Américas.

Já no Século XIX, foi exatamente em uma das minas de Muzo que o mineral “parisita”foi encontrado pela primeira vez. Infelizmente, na época, não foi possível caracterizar completamente esse mineral devido às limitações técnicas. O nome “parisita” foi dado em homenagem à J.J. Paris, responsável por uma mina de esmeraldas localizada na região de Muzo, tendo o mineral sido descrito em 1845, pelo professor Bunsen, sob o título “Ueber den Parisit, ein neues Cerfossil”, na revista Annalen der Chemie und Pharmacie. “A espécie mineral encontrada na Colômbia, hoje é oficialmente aceita pela Associação Mineralógica Internacional como sendo parisita-(Ce). Este mineral difere da espécie brasileira por ter Ce como o elemento terra-rara predominante. Somente em 1953, Donnay publicou os primeiros estudos por difração de raios X da estrutura cristalina da “parisita” na revista American Mineralogist. Os cristais são piramidais”.

Marcelo Barbosa recorda como foi a primeira vez que se deparou com o novo mineral: “Foi através da investigação de uma amostra de mão. Imagine o desafio! Como discernir a região da amostra onde encontrar a espécie mineral? Como analisá-la e preservá-la para estudos posteriores? O pesquisador Luiz A. D. Menezes Filho foi o precursor desse trabalho. Nós nos encontramos na cidade de Tucson, no campus da Universidade do Arizona, e investigamos juntos muitos minerais que ele havia trazido do Brasil desde o primeiro dia. Engenheiro de Minas formado pela Escola Politécnica da USP e homenageado com o nome de um mineral, menezesita, Luiz Menezes era um grande investigador de minerais, fazia doutorado com o Dr. Mario Chaves na UFMG e era co-orientado pelo Dr. Robert Downs, da Universidade do Arizona. Luiz havia se deparado com o lote que continha o novo mineral em 2009, numa das melhores feiras de minerais do Brasil, na cidade de Teófilo Otoni (MG), lote esse oriundo da cidade de Novo Horizonte (BA), em plena área da Chapada Diamantina, onde se pode encontrar o “Cabelo de Vênus” – um quartzo com inclusões douradas em forma de agulhas, que nada mais são do que rutilo. Quando fui analisar as amostras, a composição química já havia sido investigada preliminarmente com microscópio eletrônico de varredura na UFMG e por difração de raios X, por pó, pelo Dr. Daniel Atencio, do IGc-USP. Na Universidade do Arizona realizei outras análises, utilizando Espectroscopia Raman e microssonda eletrônica. Infelizmente, Luiz Menezes falece em 2014, deixando-nos a missão de continuar seu trabalho de caracterização do novo mineral. O Dr. Ricardo Scholz, da UFOP, eu e o Dr. Daniel Atencio, recebemos mais amostras do novo mineral, que se encontravam em poder do irmão e da esposa de Luiz Menezes. Ao final, a amostra-tipo do novo mineral foi registrada e preservada no Museu de Geociências da USP e no Arizona Mineral Museum”, comenta Marcelo.

Na foto ao lado é exibida uma drusa onde se pode observar, além da parisita-La, outros minerais, como, por exemplo, monazita-(La), bastnaesita-(La) e rabdofânio- (La).

A importância das “terras raras”

Marcelo Barbosa sublinha que os elementos “terras raras” são estratégicos para a sociedade do século XXI devido a sua utilização em dispositivos de alta tecnologia, como ímãs permanentes e turbinas eólicas. “Inclusive, eu e o Dr. Daniel Atencio, do Instituto de Geociências, fazemos parte de um projeto Temático designado “SOS RARE” financiado pela FAPESP e pelo Reino Unido sobre o tema.

O grupo das terras raras é formado por 17 elementos químicos que incluem o ítrio, o escândio, o lantânio e o lutécio, entre outros, nunca são encontrados de forma pura na natureza e sim em minerais havendo, por isso, um alto custo para extraí-los”.
A aprovação de um novo mineral requer a elaboração de uma proposta que deve ser submetida a Associação Mineralógica Internacional (IMA) e aprovada por 2/3 dos membros da Comissão de Novos Minerais, Nomenclatura e Classificação (CNMNC). Descrição da ocorrência, composição química, dados cristalográficos, espectro característico e propriedades físicas são apenas alguns dos itens que são analisados antes de qualquer aprovação e publicação. Daí que o reconhecimento oficial da parisita-(La) seja extremamente importante para o nosso país, atendendo a que o Brasil possui reduzido número de minerais nacionais aprovados, 74, oficialmente pela Associação Mineralógica Internacional e precisa explorar novas fronteiras de ocorrências de minerais terras raras.

Observem-se, abaixo, algumas particularidades das pesquisas executadas no novo mineral.

REE PROCESS – No esquema, é mostrado o caminho desde o minério que contém os elementos terras raras até a sua utilização na fabricação de dispositivos de alta tecnologia. Isto inclui o processo de moagem e a concentração dos elementos terras raras sob a forma de óxidos.

 

O processo de separação de elementos terras dos minerais que os contém é bastante desafiador. Felizmente há pesquisas no Brasil neste sentido. Recentemente, Marcelo Barbosa e outros pesquisadores brasileiros e do Reino Unido visitaram um projeto administrado pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) em Araxá, Minas Gerais.

 

A região do município de Novo Horizonte, Bahia, é famosa hoje pela produção e quartzo rutilado e é onde foi encontrada a parisita-La. Novo Horizonte fica a 157 km de Salvador.

 

Um Mineral do Século XXI

 

DIFRAÇÃO DE RAIOS X – Equipamento de difração de monocristal raios X instalado no Laboratório Multiusuário de Cristalografia Estrutural (LaMuCRes), www.ifsc.usp.br/~emu-xtal/lamucres/, do Instituto de Física de São Carlos/USP.

 

A NEW MINERAL FROM BRAZIL – O espectro característico (fingerprint) da parisita-La é exibido. Há um destaque especial para os modos vibracionais de estiramento simétrico das ligações Carbono-Oxigénio, representados pelas bandas em 1081, 1091 e 1098 cm–1.”

 

BIG DATA POINTS – A previsão da parisita-La também foi feita através de uma abordagem que analisa volumes gigantescos de dados conhecida como “Big Data”. Neste tipo de pesquisa, os padrões reconhecidos no “Big Data” auxiliam a identificar novos depósitos de ouro, nióbio e ocorrências de novos minerais. Este trabalho liderado pelo Carnegie Institution for Science em Whashington enfrenta o desafio de reconhecer padrões ao correlacionar grandes bases de dados que contém informações sobre composições químicas, idades de depósitos, dados cristalográficos, propriedades físicas, geografia e etc.

(Fotos 1 e 6: Créditos de GIA – Gemological Institute of America)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de junho de 2018

Pesquisadora do IFSC/USP busca vida microbiana no planeta Marte

Projeto de pesquisa apresentado na defesa de mestrado no IFSC/USP da pesquisadora Maria Fernanda Cerini*, intitulado Simulações ambientais e caracterização espectroscópica in situ de potenciais bioassinaturas moleculares para aplicação em missões espaciais, incide sobre a possibilidade de se detectar vestígios da existência de vida em Marte – passada ou presente – através de futuras missões espaciais ao planeta vermelho.

Antes de entrarmos diretamente no tema, é conveniente se dissertar um pouco sobre a astrobiologia, área de conhecimento que estuda o fenômeno da vida, com uma preocupação sempre presente dos pesquisadores poderem entender mais sobre a origem, distribuição, evolução e futuro dela. Quando se pensa em vida, existe imediatamente uma associação com a biologia, que considera, em seus estudos, um sistema fechado representado pelo nosso planeta e a vida em todas as suas formas.

Maria Fernanda explica que na astrobiologia os pesquisadores ampliam o cenário e passam a se preocupar com o fenômeno da vida no contexto do Universo, ou seja, no seu ambiente astrofísico, que vai bem além da realidade do nosso planeta. “Os astrobiólogos estudam a origem dos elementos e a formação das moléculas, e investigam os mecanismos e condições que levaram ao surgimento da vida no nosso planeta, considerando diversos fenômenos do Universo, como, por exemplo, raios cósmicos e radiação estelar, bem como cometas e asteroides colidindo com a Terra e enriquecendo-a com novas matérias primas. O meu projeto está mais focado na distribuição da vida no Universo, questionando se houve (ou se ainda há) vida fora de nosso planeta”, pontua a pesquisadora.

O primeiro desafio que Maria Fernanda aponta é como procurar essa vida que, se existiu, deixou rastros – as designadas “bioassinaturas”. “Bioassinaturas são marcas ou evidências da presença de vida, passada ou presente, e elas podem se apresentar de diversas formas, como, por exemplo, através de fósseis, isótopos, moléculas, ou até fenômenos”, acrescenta a pesquisadora.

Seu projeto de pesquisa incide sobre a descoberta de evidências moleculares, ou bioassinaturas moleculares, utilizando caracterização espectroscópica das mesmas – na qual a interação da luz com a matéria fornece informações sobre sua natureza. O limite espacial para desencadear as buscas denominadas in situ (= no lugar) – em oposição a buscas remotas (feitas com telescópios e satélites) – se resume aos planetas, cometas e outros corpos celestes que se encontram no nosso sistema solar, pois requerem o envio de sondas até a superfície desses corpos. E a escolha recaiu sobre o planeta Marte. “Optei por Marte porque, além de ser um dos planetas vizinhos da Terra, ele tem o potencial de ter abrigado vida e de preservar seus resquícios. A intenção de minha pesquisa é definir quais biomoléculas poderiam ser sinais de vida, auxiliar na escolha dos equipamentos de uma sonda e do seu local de pouso em Marte, onde será feita uma série de leituras espectroscópicas buscando as bioassinaturas”, elucida Maria Fernanda.

Já ocorreram diversas missões espaciais para exploração da superfície marciana, tanto remotas quanto através de sondas, como por exemplo, a Viking, a Pathfinder e hoje a Curiosity. Tais missões já apontaram a presença de água congelada em sua superfície e evidências de que Marte já foi mais quente e coberto de oceanos de água liquida, pela presença de marcas de erosão, como canais e cânions, e de argilas (formadas por interação de rochas com água).

Câmera de simulação espacial

Tudo isso se conjuga para que, possivelmente, tenha existido vida em Marte, pois acredita-se que essas condições facilitam o surgimento e evolução da vida e a preservação de bioassinaturas. Contudo, a discussão entre pesquisadores sobre a vida extraterrestre não é pacífica, já que alguns deles pensam no assunto fora do entendimento e dos conceitos da vida terrestre, que, como sabemos, é baseada em uma química orgânica (moléculas compostas principalmente por carbono, hidrogênio e oxigênio). “Pode haver vida baseada em silício?” – questiona Maria Fernanda, que imediatamente argumenta, respondendo à própria questão: “Pode ser que sim, mas hoje em dia já temos evidências da existência de moléculas orgânicas espalhadas por todo o lado, inclusive pelo espaço sideral, como comprovam inúmeras observações astronômicas. Temos meteoritos que caíram no nosso planeta e eles continham, por exemplo, aminoácidos”, sublinha a pesquisadora.

Além de pensar em missões espaciais para pouso em Marte, o projeto de Maria Fernanda Cerini compreende ainda outras formas de dar suporte à prospecção de vida extraterrestre, como, por exemplo, realizando experimentos na estratosfera, um ambiente acessível e análogo a Marte por ter baixas temperaturas, pressões e umidade, e alta taxa de radiação. Em uma parceria com o Grupo “Zenith”, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), seu grupo de pesquisa envia sondas a bordo de balões de alta-altitude que permitem testar a resistência da vida e de suas bioassinaturas em ambientes extremos (expondo microrganismos terrestres e biomoléculas a essas condições). Ela participou dos projetos “Garatéa I” e “Garatéa II”, semelhantes ao projeto mais recente, “Garatéa III”, lançado em abril último (VER NOTICIA DO IFSC/USP SOBRE O ASSUNTO).

Além disso, uma grande perspectiva da pesquisadora é lançar seus experimentos no espaço profundo, a bordo dos chamados “CubeSats” – pequenos satélites com forma de cubos de 10 centímetros – para a mesma finalidade.

*Maria Fernanda Cerini tem 26 anos, fez Graduação em Química na UNICAMP, realizou um intercâmbio acadêmico no Reino Unido e fez seu mestrado em Física Biomolecular no IFSC/USP, no âmbito do projeto de pesquisa em Astrobiologia no Laboratório Nacional de Luz Sincrotron (LNLS).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de junho de 2018

Professores do ensino médio aprendem a utilizar o “Arduíno” em Ciências

Organizado pelo IFSC/USP, em parceria com a Diretoria de Ensino da Região de São Carlos, trinta e cinco professores de escolas pertencentes à rede de ensino público de São Carlos participaram nos dias 11 e 12 deste mês de um curso de capacitação sobre a utilização do Arduíno em Ciências, atendendo a que esses docentes são os orientadores dos clubes de ciências das escolas que participarão na Feira de Ciência e Tecnologia, em São Carlos, um evento que está sendo organizado pelo CEPOF/IFSC e Diretoria de Ensino da Região de São Carlos, e que ocorrerá no próximo mês de outubro.

Através de kits científicos específicos desenvolvidos pelo CEPOF e que serão entregues gratuitamente às escolas de São Carlos, os alunos, supervisionados por seus professores, terão a possibilidade de desenvolver vários tipos de projetos a partir dos conhecimentos aplicados através da plataforma Arduíno e apresentá-los na Feira.

Profª. Silvana Belloti

Com o imprescindível apoio na área da coordenação técnica do evento, por parte do técnico dos Laboratórios de Ensino de Física de nosso Instituto, Antenor Fabbri Petrilli Filho, e de Daniele Santini Jacinto, que coordenou a montagem de toda a infraestrutura computacional, o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes, foi o ministrante do curso, tendo destacado o quanto os professores estiveram empenhados, interessados e ansiosos por aprender tudo sobre o Arduíno ao longo das 16 horas que durou a capacitação, que incluiu conceitos teóricos e práticos.

A Diretoria de Ensino da Região de São Carlos fez-se representar por sua Coordenadora, Profª Silvana Belloti, que acompanhou de perto todo o curso.

O Arduíno é uma plataforma computacional de prototipagem eletrônica de hardware livre e que pode ser usado para elaborar qualquer projeto, desde o mais fácil até o mais complexo, podendo, inclusive, ser utilizado para interagir com luzes, motores ou os mais variados objetos eletrônicos.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de junho de 2018

IFUSP convida para o lançamento de seu Acervo Histórico Digital

Realiza-se no próximo dia 20 do corrente mês, no Auditório Adma Jafet – Instituto de Física da USP (IFUSP), o lançamento do Acervo Histórico Digital do IFUSP, idealizado pela Profa. Amélia Império Hamburger, que coordenou atividades intermitentes do Projeto Memória do IFUSP voltadas à organização arquivística, inventário analítico, acondicionamento e divulgação da documentação do Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) e do Acervo Mário Schenberg.

A FFLC da USP, criada em 1934, foi um ponto de inflexão na história brasileira, tendo se tornado um centro de referência na produção de conhecimentos. A documentação existente contempla tanto o período inicial quanto as décadas seguintes, quando as primeiras gerações de físicos brasileiros formados na USP passaram a ser responsáveis pela condução da instituição. Torna-se assim uma documentação de grande importância, sendo utilizada por pesquisadores em História das Ciências.

Há cerca de um ano, deu-se início ao processo de digitalização desta documentação. No total, foram digitalizados 3.750 documentos, totalizando 8.543 páginas. O projeto, coordenado pelos Profs. Ivã Gurgel (IF) e Edson Satoshi Gomi (EP), contou com importante apoio especializado, no qual se destaca o trabalho da historiadora Walkiria Fucilli Chassot, responsável pela catalogação e coordenação executiva, e da equipe da empresa Mercúrio Digitalizações LTDA, que na pessoa de Roberto Fray desenhou o processo de digitalização.

Todo o trabalho somente foi possível por conta da dedicação intensa de três estudantes de Física e jovens historiadores das ciências que realizaram todo o processo: Artur Correia Alegre, Barbra Miguele de Sá e Carlos Alberto Chaves.

Fica assim o convite para que todas e todos interessados em História da Física do Brasil participem do evento de lançamento do Acervo Histórico Digital do Instituto de Física da USP, cuja programação está organizada da seguinte forma:

14hs – Abertura: Marcos Nogueira Martins (Diretor do IFUSP).

14h15 – A História da Física no Brasil: Perspectivas de Pesquisa: Olival Freire Jr (UFBA) e Antônio Augusto Passos Videira (UERJ).

16hs – O Acervo Histórico do IFUSP e o Projeto de Digitalização: Walkíria Chassot, Roberto Fray e Ivã Gurgel.

(Com informações da Assessoria de Comunicação do IFUSP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de junho de 2018

Inscrições abertas: “Prêmio Jovem Cientista – 2018” (CNPq)

Estão abertas até 31 de julho as inscrições para a 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista, evento instituído pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com a Fundação Roberto Marinho e com o patrocínio da Fundação Grupo Boticário e do Banco do Brasil.

Tendo como tema Inovações para Conservação da Natureza e Transformação Social, com o objetivo de revelar talentos, impulsionar a pesquisa no País e investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram inovar na solução dos desafios da sociedade, este Prêmio é aberto à participação de mestres, doutores, estudantes de ensino superior e ensino médio, sendo que os vencedores irão ganhar bolsas de estudo do CNPq no valor total correspondente a R$ 775 mil.

Para concorrer, os interessados deverão seguir uma das linhas de pesquisa especificadas no regulamento, que deverá ter, preferencialmente, aplicação prática voltada para a solução de problemas concretos sobre o tema.

No caso de mestres, doutores e estudantes de ensino superior, serão aceitos somente trabalhos já concluídos com resultados finais.

Para obter mais informações e/ou se inscrever neste Prêmio, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de junho de 2018

Prof. Vanderlei Bagnato (IFSC/USP) discursa no Senado Federal

Presidida pelo Senador Hélio José (Pros-DF), a Comissão Senado do Futuro realizou nesta quinta-feira (07/06) dentro da série 2022: o Brasil que queremos, a sexta audiência pública, cuja abordagem foi para o empreendedorismo e as pequenas empresas.

Na circunstância, foram convidados para debater a realidade brasileira no que concerne a empreendedorismo e inovação, os professores Sanderson Barbalho, da Universidade de Brasília (UnB), Vanderlei Bagnato, atual diretor do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), e Tales Andreassi, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que avaliaram o momento atual e propuseram alternativas para o setor.

Coube ao Senador Hélio José abrir a audiência, tendo recordado que, com o atual sucateamento do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o Brasil leva em média 11 anos para aprovar uma patente. Na área de telecomunicações, uma patente brasileira leva 14 anos para ser concedida. Isso sem falar na burocracia e nos impostos, que prejudicam as iniciativas de empreendedorismo. Nesse sentido, Hélio José colocou a questão de como fazer que as inovações cheguem ao mercado brasileiro e mundial?

O Senado aprovou o PLS 150/2016, que permite empresas abrirem em 2 dias e fecharem em 5 dias. Agora está na Câmara dos Deputados, onde já foi aprovado em uma comissão e aguarda a designação de relator na Comissão de Constituição e Justiça. Para o Presidente da Comissão, é preciso que os parlamentares entendam a urgência da desburocratização para se apoiar a recuperação da economia, sendo que o empreendedorismo precisa dessa agilidade.

Em sua fala, o Prof. Vanderlei Bagnato enfatizou a importância do empreendedor e o perfil que o mesmo deve ter, sendo que o otimismo é base fundamental. Em sua intervenção, o Diretor do IFSC/USP sublinhou o fato de que em um milhão de ideias que nasce na cabeça de um empreendedor, apenas mil se transformam em prova de princípios, dessas apenas cem se tornam protótipos, sendo que desse reduzido total apenas uma se torna realidade para se transformar em produto.

Para Bagnato, o Brasil precisa ter milhares de pessoas pensando, para que cada uma delas gere uma ideia que chegue ao mercado.

Para assistir à reportagem da TV Senado sobre este tema, clique AQUI.

Para acompanhar um dos momentos mais importantes da apresentação que o Prof. Vanderlei Bagnato fez no Senado Federal, clique na imagem.

(Imagens TV Senado / Youtube)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de junho de 2018

“Colloquium diei” – IFSC/USP: O Ballet de Íons e Elétrons

Condutores mistos orgânicos são conhecidos pela propriedade de conduzir elétrons e íons com igual eficiência e, portanto, apresentarem aplicações em diversos ramos da eletrônica e bioeletrônica.

Na edição do programa Colloquium diei, organizada pelo nosso Instituto e ocorrida no dia 15 de junho, o Prof. Dr. Gregório Couto Faria, docente e pesquisador do IFSC/USP, abordou os fundamentos de transporte iônico-eletrônico em condutores mistos orgânicos e apresentou suas aplicações em transistores eletroquímicos e em sistemas de memória que mimetizam o funcionamento dos neurônios (dispositivos neuromórficos).

O título da palestra de Gregório Faria foi O Ballet de Íons e Elétrons: fundamentos e aplicações de condutores mistos orgânicos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de junho de 2018

IFSC/USP abre portas para nova esperança no combate à Malária

Um artigo publicado no Journal of Medicinal Chemistry, da autoria de um grupo de pesquisadores brasileiros, com a participação dos docentes e pesquisadores do IFSC/USP, do Instituto de Química da UNICAMP e da Faculdade de Farmácia da USP, dá a conhecer a descoberta de derivados de produtos naturais marinhos com atividade contra o parasita.

Nesse trabalho que contou com apoio financeiro da FAPESP, CNPq e Instituto Serrapilheira, foi avaliada a atividade inibitória dessas moléculas contra o parasita, tendo-se realizado um estudo focado em melhorar a potência em matar o parasita e, ao mesmo tempo, manter baixa a propriedade tóxica contra células saudáveis.

Esses estudos permitiram a descoberta de novas moléculas com potência aprimorada e baixa toxicidade. O composto mais potente identificado é um inibidor de ação rápida com atividade contra a forma do parasita que se localiza no sangue e fígado do paciente. Além disso, a molécula mostrou um efeito aditivo, quando testada em combinação com o medicamento padrão para o tratamento da malária (ex. artesunato), ou seja, a combinação com o fármaco padrão, aumentou a capacidade de inibição do crescimento do parasita.

Por fim, a molécula foi testada em modelo animal da doença, no qual foi possível verificar que todos os animais sobreviveram após o tratamento e, além disso, a molécula desenvolvida neste estudo foi eficaz em reduzir a infecção nos animais.

Todos esses dados indicam que a molécula derivada de produto natural marinho tem potencial para ser uma nova alternativa para o tratamento da malária.

As próximas fases do estudo incluem o melhoramento de propriedades químicas e biológicas dessa molécula, de modo que ela possa ser segura e eficaz no tratamento do paciente com malária.

A malária é um problema de saúde pública global que apresenta altas taxas de mortalidade, principalmente em países do continente Africano. A doença é causada por um parasita chamado Plasmodium.

Em 2016, a doença matou 445.000 pessoas, número que equivale a 1 morte por minuto, sendo que a grande maioria dessas mortes foram crianças com menos de 5 anos de idade.

No Brasil, em 2016 foram reportados 118 mil novos casos de malária e em 2017 esse número aumentou para 175 mil casos, ou seja, um acréscimo de cerca de 50%.

Neste cenário, novas formas de tratamento são extremamente necessárias.

Esse trabalho foi o resultado de uma parceria entre os pesquisadores do IFSC/USP, Profs. Glaucius Oliva e Rafael Guido, Dra. Anna Caroline C. Aguiar, Me. Guilherme E. de Souza e Me. Mariana Lopes Garcia; do Instituto de Química da UNICAMP, Profs. Carlos Roque D. Correia e José Luiz Costa, Dra. Michele Panciera, e Me. Eric F. S. dos Santos; e da Faculdade de Farmácia da USP, Profa. Celia Regina S. Garcia, Dra. Myna Nakabashi e Me. Maneesh Kumar Singh.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de junho de 2018

Contagem regressiva para o 4º Congresso de Graduação da USP

O 4º Congresso de Graduação da USP acontecerá nos dias 04 e 05 de julho, no Auditório do Centro de Difusão Internacional (CDI), Campus Butantã, São Paulo. No segundo dia desta edição do evento realizam-se workshops e oficinas paralelos com temas relacionados ao ensino de graduação. Tais atividades foram elaboradas para grupos menores de participantes, privilegiando a interação e a troca de informação. Por este motivo as vagas são limitadas.

As atividades oferecidas abordam os seguintes temas:

Dia 05/07 as 9hs
Workshop Práticas de Ensino Extramuros na USP: O papel das atividades extramuros com interação direta entre o aluno de graduação e a comunidade é fundamental para o desenvolvimento de habilidades e atitudes complementares, que não são facilmente adquiridas dentro da sala de aula. Este workshop terá como objetivos apresentar o novo programa da PRG – Aprender na Comunidade; discutir estratégias já consolidadas de aprendizado na comunidade em diferentes unidades da USP; e fomentar a discussão entre professores envolvidos em diferentes atividades de ensino de graduação na comunidade buscando maior integração e interdisciplinaridade.
Coordenação / Mediação – Prof. Dr. Luiz Fernando Ferraz da Silva (FM)
Duração: 1hora

Dia 05/07 as 13:30hs
Workshop Cátedra Olavo Setúbal: Olhares sobre o ensino de graduação a partir da adoção de ações afirmativas pela Universidade: Neste debate a professora Eliana, Titular da Cátedra Olavo Setúbal de Arte, Cultura e Ciência, trará a tona como as ações afirmativas em universidades tem contribuído para uma universidade mais democrática e mais plural, expondo também seus impactos e desafios.
Organizadora e moderadora: Profa. Eliana Sousa Silva
Duração: 2 horas

Oficina 1) Plataforma e-Disciplina: Nesta oficina, de nível introdutório, você irá aprender de uma forma bem prática e direta como explorar todo o potencial desta versátil ferramenta para a modernização das disciplinas presenciais, ou na criação de um ambiente virtual de aprendizagem completo e dinâmicos.
Ministrante: Prof. Sérgio Ricardo Muniz (IFSC)
Duração: 2:30 horas

Oficina 2) Uso da Plataforma e-Aulas para Aula Invertida – Experiência e Produção de Mídia: Esta oficina apresentará o sistema de videoaulas da USP e suas funcionalidades, demonstrando as várias possibilidades de uso desta ferramenta como apoio ao ensino, utilizando as novas metodologias de aprendizagem. A oficina dará também uma visão geral de produção audiovisual.
Ministrante: Profa. Regina Melo Silveira (EP), com participação do Prof. José Roberto Cardoso (EP)
Duração: 2:30 horas

Oficina 3) Jogos Digitais em Ensino Superior – Abordagens de cocriação e apropriação da tecnologia: A aprendizagem baseada em jogos digitais se insere no conjunto das metodologias ativas de ensino e aprendizagem, tendo sido discutida por vários autores nas últimas duas décadas. No ensino superior, existem iniciativas principalmente associadas a jogos de simulação e à programação de jogos como exercício para tópicos de programação de computadores. Nessa oficina, pretende-se discutir esse panorama e também outras possibilidades existentes com a disseminação de ferramentas para a criação e prototipação de jogos digitais. Espera-se com isso ampliar a adoção de jogos para aprendizagem no repertório dos docentes. 50 vagas
Ministrante: Prof. Ricardo Nakamura (EP)
Duração: 3 horas

Oficina 4) O uso da ABP e outras metodologias ativas de aprendizagem no ensino superior: A incorporação de metodologias ativas de aprendizagem como a aprendizagem baseada em problemas e por projetos, o design thinking e a cultura maker, aliada ao uso de tecnologias colaborativas, permitem a reinvenção dos modelos de ensino na graduação. Esta oficina mostrará exemplos de como isso vêm ocorrendo na EACH, e levará os participantes a desenvolverem experiências práticas de uso de tais processos no desenvolvimento de projetos de ensino e aprendizagem.
Ministrante: Prof. Ulisses Araujo (EACH)
Duração: 3 horas

Oficina 5) Aprendizagem ativa Scale-up – Experiência prática em disciplinas de física: Nessa oficina vamos falar mais sobre o método Scale-up, exemplificando-o na prática, através de atividades práticas tipo “mão na massa”, tanto a dinâmica inovadora de aula como exemplos de atividades realizadas em classe. Embora o tema seja física, a oficina é acessível a docentes de qualquer área que tenha interesse no método, que tem sido adaptado para diversas disciplinas das ciências exatas e biológicas, bem como de humanidades.
Ministrante: Profa. Carmen Pimentel Cintra do Prado (IF)
Duração: 2 horas

Oficina 6) Ferramentas Google para suporte ao Ensino: A oficina explorará as ferramentas Google disponíveis através do convenio que permite o uso dos recursos que compõem a ferramenta G Suite for Education.
Ministrante: Profa. Giovana Machado Boer (FM)
Duração: 2 horas

Oficina 7) Metodologia baseada Projetos no Ensino Superior: A oficina apresentará a metodologia de projetos para uso em sala de aula, envolvendo metodologias ativas, inovação tecno educativa e gestão de projetos. Serão apresentados Projetos Integradores desenvolvidos com alunos do Ensino Superior de cursos de graduação e pós-graduação e, ao final, os participantes serão convidados a elaborar um projeto disciplinar ou interdisciplinar.
Ministrante: Profa. Ana Cláudia Loureiro (EACH)
Duração: 2:30 horas

Para se inscrever, clique AQUI.

(Com informações da Pró-Reitoria de Graduação da USP / Fotos: Cecília Bastos -USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de junho de 2018

Concurso público para ingresso na carreira docente do IFUSP

Estão abertas até às 23h59min do dia 03 de setembro do corrente ano as inscrições no Concurso Público de Títulos e Provas para provimento de um cargo de Professor Doutor 1, MS-3.1, em RDIDP, cargo nº 1233890, junto ao Departamento de Física Aplicada, na área de “Física de Sistemas Biológicos”, Edital IF-11/18 no Instituto de Física da USP (IFUSP).

Trata-se de uma grande oportunidade destinada a pesquisadores e jovens doutores que trabalham em áreas afins de Física Biológica a ingressarem na carreira docente da USP, num ambiente de pesquisa bastante profícuo.

Os pedidos de inscrição deverão ser feitos (AQUI).

Maiores informações entrar em contato com a secretaria do DFAP: secfap@if.usp.br , ou com a Profa. Rosangela Itri, chefe do Depto Fisica Aplicada – IFUSP: itri@if.usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de junho de 2018

Intercâmbio internacional destinado a pesquisadores da USP

A Universidade de São Paulo e o Comité Français d´Evaluation de la Coopération Universitaire avec le Brésil (COFECUB) lançaram recentemente o edital Programa USP-COFECUB, que, por meio de intercâmbio de pesquisadores, tem o objetivo de propiciar a realização de pesquisas conjuntas entre grupos da USP e da França, além de facilitar a troca de informações e dados entre as duas comunidades científicas.

O programa é direcionado à pesquisa em todas as áreas de conhecimento e os projetos deverão permitir a colaboração em um projeto científico conjunto, que possibilite a formação de doutores brasileiros e franceses.

O período de inscrições se encerra no próximo dia 2 de julho.

Para acessar o edital, clique AQUI

Para observar as regras gerais do programa, clique AQUI.

As candidaturas devem ser submetidas apenas por docentes USP e devem ser realizadas eletronicamente pelo Sistema Atena.

Por outro lado, estão abertas até dia 10 de julho as inscrições para candidaturas à chamada para pesquisador da área de Ciências da Vida, no âmbito do convênio tripartite USP/FioCruz/Institut Pasteur.

O selecionado deverá criar um grupo de pesquisa dentro da plataforma científica Pasteur-USP, recentemente criada, e integrante do Centro InovaUSP, localizado na Cidade Universitária, em São Paulo.

Para acessar esta chamada, clique AQUI.

Para mais informações, envie e-mail para G4-SPPU-Application@pasteur.fr

(Créditos foto: Atlantic Lab)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de junho de 2018

Palestra em São Carlos: técnicos e pesquisadores falam de Fibromialgia

Realiza-se no próximo sábado, dia 16 de junho, na Clínica MultFisio – Vila Prado – em dois horários (08h30 às 09h30 e das 10h às 11h), um palestra sobre Fibromialgia – uma doença que tem tendência a surgir após eventos graves na vida de uma pessoa, como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave. O mais comum é que o quadro comece com uma dor localizada crônica, que progride para envolver todo o corpo -, com a participação de profissionais da área da saúde e pesquisadores.

A palestra, com duração de 1 hora, vai expor a Fibromialgia como doença, trazendo o que há de mais novo no tratamento, com base em pesquisas e publicações recentes.

Essa palestra contará com as participações do fisioterapeuta Daniel Franco, da nutricionista Giovanna Maffei e de Antonio Aquino, pesquisador do Instituto de Física de São Carlos IFSC/USP.

Recordamos que os tratamentos da Fibriomialgia ocorrem gratuitamente na Unidade de Terapia Fotodinâmica, na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, sob coordenação e supervisão de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, e, ainda, técnicos que foram devidamente habilitados a tratar a doença com equipamentos e protocolos desenvolvidos pelo CEPOF e Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), de forma gratuita, manifestando-se, assim, uma das particularidades do Instituto na sua ação social em prol da sociedade, neste caso concreto na tentativa de recuperar o bem-estar do paciente acometido por esta doença.

Para inscrição nesta palestra basta entrar em contato com o WhatsApp (16) 99762-7273 e levar um quilo de alimento não perecível.

A Fibromialgia – ou Síndrome da Fibromialgia – é uma síndrome clínica que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Junto com a dor, a fibromialgia apresenta sintomas de fadiga (cansaço), sono não reparador (a pessoa acorda cansada) e outros sintomas como alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais.

Uma característica da pessoa com Fibromialgia é a grande sensibilidade ao toque e à compressão da musculatura pelo examinador, ou por outras pessoas.

(Foto: Fisioterapia.com / Jornal da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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