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3 de junho de 2019

Quilograma e Metro: O que muda no Sistema Internacional de Unidades?

Sistema Internacional de Unidades, ou, abreviadamente, SI, é um conjunto de unidades métricas oficiais para cada grandeza física. É o sistema de medição mais usado atualmente, tanto no comércio como na ciência.

A necessidade de se medir algo é muito antiga e remete à origem das civilizações. Por muito tempo, cada região, cada país, teve seu próprio sistema de medidas. Essas unidades de medidas, entretanto, eram geralmente aleatórias e imprecisas, como aquelas baseadas no corpo humano: palmo, pé, polegada, braça, côvado. Tudo isso criava muitos problemas para o comércio, principalmente porque as pessoas de uma região não estavam familiarizadas com o sistema de medição de outras regiões e também porque os padrões adotados eram, muitas vezes, subjetivos. As quantidades eram expressas em unidades de medição pouco confiáveis, diferentes umas das outras, e que não tinham correspondência entre si.

A necessidade de converter uma medida em outra era tão importante quanto a necessidade de converter uma moeda em outra. Em muitos países, inclusive no Brasil dos tempos do Império, a instituição que cuidava da moeda também cuidava do sistema de medidas.

O Sistema Métrico Decimal

Em 1789, numa tentativa de resolver esse problema, o Governo Republicano Francês pediu à Academia de Ciência da França que criasse um sistema de medidas baseado numa “constante natural”, ou seja, não arbitrária. Assim, foi criado o Sistema Métrico Decimal, constituído inicialmente por três unidades básicas: o metro, que deu nome ao sistema; o litro e o quilograma (posteriormente, esse sistema seria substituído pelo Sistema Internacional de Unidades – SI).

Segundo Daniel Magalhães, docente e pesquisador da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e simultaneamente pesquisador no IFSC/USP, desde a Conferência do Metro (1875) houve um acordo para que fossem utilizadas medidas ou unidades em comum entre diversos países: “Nessa conferência, foram convidados cerca de vinte países, sendo que dezessete deles assinaram o tratado de cooperação que surgiu para utilizar, coletivamente, o mesmo padrão do quilograma que já era, como o metro, o padrão definido desde a época da Revolução Francesa. O metro significava a décima milésima parte da distância entre o Polo Norte e o Equador passando pelo Meridiano da França. Foi uma definição tomada em concordância com todos que,  através de uma barra de Platina-Irídio e com um determinado comprimento,  passou a definir o metro”. 

Muitos países adotaram o sistema métrico, inclusive o Brasil, aderindo à Convenção do Metro. Entretanto, apesar das qualidades inegáveis do Sistema Métrico Decimal – simplicidade, coerência e harmonia – não foi possível torná-lo universal imediatamente. Por outro lado, o desenvolvimento científico e tecnológico passou a exigir medições cada vez mais precisas e diversificadas.

Em 1955, foi criada a Organização Internacional de Metrologia Legal (OIML), que cuida da harmonização internacional das legislações dos países em relação às unidades de medida.

Em 1960, o Sistema Métrico Decimal foi substituído pelo Sistema Internacional de Unidades – SI, mais complexo e sofisticado que o anterior.

O protótipo internacional do quilograma está guardado no laboratório da agência internacional de pesos e medidas em Sévres, nos arredores de Paris.

O SI foi criado em 1960, na 11ª Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM), com a finalidade de padronizar as unidades de medida das inúmeras grandezas existentes, com objetivo de facilitar a sua utilização e torná-las acessíveis a todos. Ele define um grupo de sete grandezas independentes denominadas de Grandezas de Base. A partir delas, as demais grandezas são definidas e têm suas unidades de medida estabelecidas. Essas grandezas, definidas a partir das básicas, são denominadas de Grandezas Derivadas. Por convenção, as unidades fundamentais são aquelas independentes, que servem de referência para a determinação de novas medidas.

Existem algumas grandezas que não apresentam unidades de medida, pois são frutos da divisão entre duas grandezas iguais. Esse é o caso do índice de refração, que é definido a partir da razão entre duas velocidades. Esse tipo de grandeza é chamado de Grandeza Adimensional. Há ainda grandezas que não são definidas por meio das Grandezas De Base, como é o caso do número de moléculas de uma substância. Elas são determinadas por meio de contagem e, por isso, são conhecidas como Grandezas de Contagem.

Em campos específicos, como comércio, saúde, ensino, indústria, etc., cada país pode estabelecer as suas próprias regras de uso das unidades de medida das grandezas.

As novas mudanças

O Profº Daniel Varela Magalhães afirma a necessidade de haver mais aperfeiçoamento e fidelidade nas unidades de medida. “Cada vez ficamos mais exigentes em termos dessas unidades de medida: talvez para a época da Revolução Francesa, aquele metro e as distâncias medidas por esse padrão fossem mais do que suficientes, já que ele estava muito além da necessidade daquele tempo. Com o quilograma era a mesma coisa. Mas, a questão que se coloca agora é bem mais complicada. Por exemplo, as doses de medicamentos que são feitas com quantidades muito pequenas de produtos e substratos; se errar a quantidade, a porcentagem, como é que se pode estabelecer uma dosimetria? No caso do metro também, já que a medida de alta resolução para sistemas nanométricos pode mudar muito a característica deles se houver um pequeno erro. Então, nesse caso, não estou falando de medidas grandes e sim de sistemas micrométricos ou nanométricos”.

Para o quilograma, uma mudança necessária, segundo palavras de nosso entrevistado:
“Em cem anos foram feitas poucas alterações às medidas preconizadas. Contudo, na década de 1950 todas as medidas foram comparados e já foi notada uma discrepância razoável. Depois, na década de 1990, todas elas foram comparadas novamente, numa campanha de calibração então lançada e observou-se que, em relação ao quilograma, haviam medidas que variavam em mais de 70 microgramas. Imagine isso para uma dose de medicamento!… Eu uso como exemplo doses de medicamentos, pois são mais fáceis de entender para a maioria das pessoas. Imagine se eu estou tomando um certo medicamento 500mg, 10mg. Em diversos casos, erros de poucos miligramas são inaceitáveis.”

Quem vai mudar

O quilograma consiste em uma das quatro unidades de medida básicas – juntamente com o ampere, kelvin e o mol – que foram redefinidas em Paris, em novembro de 2018, pela Conferência Geral sobre Pesos e Medidas (CGPM), o que representa a maior revisão do Sistema Internacional de Unidades (SI) desde a sua criação em 1960. Atualmente, essa unidade de medida é definida por um protótipo: um quilograma é a massa de um cilindro de 4 centímetros de platina e irídio, fabricado em Londres, e que é guardado pelo Escritório Internacional de Pesos e Medidas (BIPM) em um cofre na França, desde 1889. Mas esse quilo original perdeu mais 50 microgramas em 100 anos. Isso ocorre porque os objetos podem facilmente perder átomos ou absorver moléculas do ar, então, usar o quilo para definir uma unidade SI ficou complicado.

Magalhães afirma que mesmo um simples contato com uma pessoa usando luvas, com a finalidade de fazer qualquer calibração, ou limpeza nesse protótipo, pode fazer o artefato ganhar ou perder massa: “O que foi visto é que nas últimas calibrações, que acontecem entre espaços longos de tempo, a massa do protótipo se alterou, fazendo com que se perdesse a confiabilidade da medida”, salienta Magalhães. Como todas as balanças do mundo são graduadas de acordo com esse quilo original, quando se calculam pesos acabam gerando dados incorretos.

A nova unidade, no entanto, será medida com a chamada balança de Kibble (ou de Watt), um instrumento que permite comparar energia mecânica com eletromagnética usando duas experiências separadas. Eletroímãs geram um campo magnético, eles costumam ser usados em guindastes para levantar e mover grandes objetos de metal como carros ou em em ferro-velhos. A atração do eletroímã, ou seja, a força que ele exerce, está diretamente relacionada à quantidade de corrente elétrica que passa por suas bobinas. Existe, portanto, uma relação direta entre eletricidade e peso.

 

Há uma grandeza que relaciona massa à corrente elétrica, chamada constante de Planck – em homenagem ao físico alemão Max Planck, representada pelo símbolo h. Mas, h é um número incrivelmente pequeno e para medi-lo, o cientista Bryan Kibble criou uma balança de alta precisão. A balança de Kibble, como ficou conhecida, possui um eletroímã que pende para baixo de um lado e um peso – digamos um quilograma – do outro.
A corrente elétrica que passa pelo eletroímã é aumentada até que os dois lados estejam perfeitamente equilibrados. 

 

Ou seja, a princípio, os cientistas podem definir um quilograma, ou qualquer outra unidade de massa, em termos da quantidade de eletricidade necessária para neutralizar sua força. O objetivo da mudança é relacionar essas unidades a constantes fundamentais e não arbitrárias, como tem sido até agora. Para Daniel Magalhães, é preciso definir melhor um Sistema Internacional que seja robusto, que seja coerente e que apresente mais resolução e mais capacidade, por isso algumas medidas foram revisadas: “Mudaram as referências e isso já poderia ter sido feito há muito tempo atrás, mas toda discussão que levou anos para chegar a um consenso incide sobre que constantes eu vou escolher e que valores para essas constantes eu vou assumir para que cause o menor impacto possível, justamente para que isso possa ficar totalmente tranquilo para o usuário final”.

Praticamente imperceptível

Cópia do protótipo internacional do quilograma

Daniel garante que para fins comerciais e para fins econômicos, essa mudança é imperceptível. Já para fins científicos e meteorológicos e/ou para laboratórios de referência, é bastante significativo: “Para quem já era usuário e já estava satisfeito, não há problema. Agora, para quem era usuário e estava insatisfeito – porque o quilograma não oferecia uma resolução boa – aí as mudanças vão começar a atender esse tipo de usuário. Para este, a mudança vai ser sempre positiva, porque agora vai ser possível oferecer uma certeza melhor dessa medida”, acrescentando que, de qualquer forma não há motivos para preocupações: “As pessoas não precisam ficar aterrorizadas com este tipo de mudança. É uma mudança que é exigida de tempos em tempos para melhorar, e toda discussão é justamente feita para que não haja a necessidade de se rever todos os anos se existem erros ou não. Essa discussão é feita com antecedência, para encontrar qual a melhor forma de definir um Sistema Internacional em comum acordo com todos os países”.

O novo sistema entrou formalmente em vigor neste mês de maio de 2019, permitindo que os pesquisadores realizem várias experiências para relacionar as unidades de medida com as constantes.

Fontes:

https://brasilescola.uol.com.br/fisica/sistema-internacional-unidades-si.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Internacional_de_Unidades

https://www.coladaweb.com/fisica/mecanica/sistema-internacional-de-unidades-si

http://www.ipem.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=346&Itemid=367

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/sistema-internacional-unidades.htm

https://www.bbc.com/portuguese/geral-41789539

 

Rui Sintra com colaboração de Lilian Tarin – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

31 de maio de 2019

IFSC/USP – “Defeitos topológicos em modelos de múltiplo-campo”

O tradicional programa Café com Física (IFSC/USP) trouxe, no dia 31 de maio, mais um colóquio, desta vez sobre a responsabilidade do pesquisador Prof. Dr. Alexis Aguirre, da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), que dissertou sobre o tema Topological Defects in Multi-field Models.

Nesta palestra, o convidado descreveu um método recentemente proposto para a obtenção de modelos de vários campos que suportam defeitos topológicos. A ideia principal é baseada no método de deformação (proposto por Baseia et all.), que permite a construção de vários modelos de um campo através de uma função de deformação.

O palestrante possui graduação em Física pela Universidad del Valle (2006), Colômbia, mestrado e doutorado em Física pelo IFT-UNESP – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2008 e 2012).

Professor Adjunto na UNIFEI, Alexis Roa Aguirre tem experiência na área de Física, com ênfase em Teoria Geral de Partículas e Campos, e Métodos Matemáticos da Física, atuando principalmente nos seguintes temas: Integrabilidade Clássica e Quântica em Teorias de Campo, Defeitos e Contornos Integráveis, Solitons, Supersimetria, Invariância Conforme e Álgebras de Lie.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de maio de 2019

Pesquisador do IFSC/USP – “A Física e os Sistemas Inteligentes”

No último dia 31, o programa de seminários Colloquium Diei, do IFSC/USP, trouxe o tema “A Física e os Sistemas Inteligentes”, tendo como palestrante o docente e pesquisador de nosso Instituto, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Júnior.

Em seu colóquio, o palestrante enfatizou a convergência de nanotecnologias com aprendizado de máquina, tendo discorrido discorreu de como ainda é inquietante a possibilidade de um novo paradigma para a ciência, em que pela primeira vez na história o conhecimento poderá ser gerado por máquinas, sem intermediação de humanos.

Ele explanou a respeito desses avanços, que decorrem de dois tipos de movimentos e que devem convergir em breve: um incide sobre grandes bases de dados que são compiladas e organizadas, para que sistemas computacionais possam aprender a partir de dados, naquilo que se convencionou chamar de metodologias de Big Data; e o outro, sobre as máquinas que estão aprendendo a ler com o progresso considerável do uso de estratégias de redes neurais profundas (“deep learning”) em aprendizado de máquina.  Em ambos os movimentos, técnicas e teorias da física têm sido essenciais, quer seja para a geração de dados em sensores e biossensores, ou para a análise de texto com física estatística e redes complexas.

O palestrante afirmou que sistemas inteligentes estão se tornando rotineiros, com perspectiva de que causem alterações drásticas em ciência, tecnologia, e para a vida em sociedade, de maneira geral, principalmente com a substituição da força de trabalho humana.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de maio de 2019

Ações para implementação do Plano Diretor do Campus USP São Carlos

A Comissão de Planejamento Acadêmico do Campus de São Carlos (CPAcad), deliberou retomar a discussão sobre as ações necessárias para elaborar e implementar um Plano Diretor para o Campus de São Carlos.

Tal Plano envolve várias dimensões, do uso e ocupação do território do Campus, à melhoria das redes de infraestrutura e de serviços.

Dessa forma retoma os trabalhos, realizando na próxima terça-feira dia 04/06, as 14:30 no Anfiteatro Paulo de Camargo Almeida (IAU/USP), Palestra do Professor Antônio Nelson Rodrigues da Silva com o tema “Desafios de Mobilidade no Campus de São Carlos”.

Com esta palestra, a CPAcad inaugura, assim, de forma pública, a retomada das discussões do Plano Diretor do nosso Campus.

(Prof. Miguel Antonio Buzzar – Presidente Comissão de Planejamento Acadêmico)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de maio de 2019

Alunos da E.E Profª Maria Ramos visitam IFSC/USP e testam experimentos

Cerca de trinta alunos dos ensinos fundamental e médio da E.E Profª Maria Ramos, localizada no Bairro Vila Boavista, em São Carlos, visitaram os laboratórios do IFSC/USP localizados na Área – 2 do Campus USP de São Carlos. Acompanhados por seus professores, os jovens tiveram a oportunidade de seguir atentamente as explicações dadas pelo docente e pesquisador de nosso Instituto, Prof. Dr. Otávio Thiemann, na área de Biologia Estrutural. Posteriormente divididos em grupos, os jovens foram orientados em diversos experimentos que integram o projeto “BIOTA/FAPESP – Diversidade de amebas de vida livre no Rio Monjolinho”, com a supervisão da aluna de pós-doutorado de nosso Instituto, Natália Belini, e por Witer Coelho, aluno de mestrado, sob coordenação de Otávio Thiemann.

Lançado em março de 1999, o objetivo do Programa FAPESP de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA-FAPESP) é conhecer, mapear e analisar a biodiversidade, incluindo a fauna, a flora e os microrganismos, mas, também, avaliar as possibilidades de exploração sustentável de plantas ou de animais com potencial econômico e subsidiar a formulação de políticas de conservação dos remanescentes florestais.

Amebas de vida livre (AVL) são protistas de ampla distribuição ambiental, desde amostras de água doce a amostras de solo. Os gêneros Naegleria, Acanthamoeba, Sappinia e Balamuthia atribuem destaque ao grupo devido às encefalites causadas em seres humanos, normalmente relatadas pós-mortem, uma vez que as doenças frequentemente são fatais.

O conhecimento sobre a biodiversidade das AVL em geral e a incidência dos gêneros patogênicos no Brasil são ainda pouco elucidados. Neste sentido, esta pesquisa tem o intuito de identificar a ocorrência ambiental de AVL em cinco sítios de coleta no Rio Monjolinho, em São Carlos.

Este projeto busca o adequamento ao programa BIOTA-FAPESP por investigar a biodiversidade de AVL no Rio Monjolinho, com potencial para contribuição na saúde pública, se detectadas espécies patogênicas.

Confira algumas imagens da visita, clicando AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de maio de 2019

No ICMC/USP: Docentes da USP são homenageados por alunos 

Prof. Gregório Couto Faria

Cinco professores da USP de São Carlos serão homenageados pelos alunos do curso de Engenharia de Computação por sua didática, profissionalismo, transparência e carisma ao longo do segundo semestre de 2018.

A homenagem é uma iniciativa da Secretaria Acadêmica de Engenharia de Computação (SAEComp) e será realizada no próximo dia 4 de junho, terça-feira, às 20 horas, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, no bloco 6 do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC).

Quatro professores do ICMC serão reconhecidos: Sergio Monari, Fernando Osório, Cristina Ciferri e Daniel Henrique Silva, e ainda o docente e pesquisador do IFSC/USP, Gregório Couto Faria.

A escolha dos homenageados é realizada por meio de um formulário online enviado aos alunos pela Secretaria ao final de cada semestre. Só estão aptos os professores do semestre anterior ao atual. Entre os os critérios de escolha estão o empenho junto à turma (que integra fatores como o preparo das aulas e a preocupação com o aprendizado), o ensino (que contempla tanto o domínio da disciplina quanto a qualidade dos trabalhos pedidos) e características como carisma e humildade.

Como símbolo da homenagem, os alunos entregarão a cada professor um certificado de menção honrosa com votos de agradecimento.

O curso de Engenharia de Computação é oferecido em parceria pelo ICMC e pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).

(Com informações da Assessoria de Comunicação do ICMC/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de maio de 2019

Estudos biofísicos da proteína P21 de Trypanosoma cruzi

Curiosidade e inovação. Palavras essas amplamente relacionadas ao contexto científico, tem um papel muito maior no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) que, reconhecido como polo científico de excelência, busca incitar a produção científica de discentes e docentes da instituição e, acima de tudo, conciliar o desenvolvimento científico e social brasileiro. Assim, Francesco Brugnera Teixeira, de 28 anos, como bom ifscano, seguiu da melhor forma o exemplo da instituição. O ex-aluno do Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares do IFSC/USP concluiu em março do corrente ano a última etapa de sua trajetória acadêmica e, agora como doutor, reflete quanto aos desafios e o crescimento intelectual pós-defesa da tese de doutorado, cujo título foi Estudos biofísicos da proteína P21 de Trypanosoma cruzi, significando talvez o início da caminhada para a cura e combate à Doença de Chagas.

Segundo Francesco, o primeiro contato com a proteína que lhe rendeu a tese de doutorado ocorreu ainda na graduação devido à iniciação científica supervisionada pelo Prof. Eduardo Horjales, que pesquisava o papel da proteína na ação dos parasitas. “Alguns estudos já haviam sido conduzidos, confirmando que a P21 está envolvida no processo de invasão celular pelo parasita”, menciona. “Mas, os pesquisadores da cristalografia e, principalmente, o Prof. Horjales, queriam ir além de informações puramente biológicas, desejando contribuir com o projeto através de biologia molecular e estrutural. Quando eu entrei, a grande dificuldade enfrentada era a cristalização da proteína, o que, a princípio, permitiria uma análise estrutural completa. Foi quando nos propusemos estudá-la a partir de outra técnica estrutural – a Ressonância Magnética Nuclear”, recorda Brugnera.

A técnica de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) trouxe novos desafios. Sabendo que o procedimento de produção de proteína adotado anteriormente possuía um rendimento baixíssimo e que muitas dessas deveriam ser isotopicamente marcadas com 13C ou 15N, o desenvolvimento de um novo protocolo de obtenção de amostra foi imperativo para progredir com o projeto. “A proteína é produzida em corpos de inclusão, ou seja, formam agregados insolúveis. O procedimento padrão consistia em adicionar um agente caotrópico – nesse caso ureia -, desestruturando e consequentemente solubilizando a proteína. Mas, ao retirar a ureia no processo de diálise, as estruturas parcialmente enoveladas voltavam a interagir em solução, reformando os agregados e resultando num rendimento muito baixo”, discorre Francesco sobre as dificuldades de utilização do procedimento padrão. “O que fizemos foi, após o processo de solubilização, imobilizar a proteína em resina de níquel, reduzindo fortemente essa interação intermolecular. Em seguida, diminuímos gradativamente a concentração de ureia, o que promoveu o retorno à estrutura nativa. Ao retirarmos a proteína da resina com a estrutura completamente reenovelada, o processo de agregação não ocorria mais. O próximo passo foi comparar a pequena fração de proteína com estrutura nativa, produzida em solução pela célula, com a obtida após o processo de renovelamento proteico. Utilizamos técnicas simples de ressonância, assim, se um espectro estivesse coincidindo com o outro, poderíamos afirmar que a proteína retornou para a estrutura nativa. E foi exatamente isso que aconteceu! Assim, obtivemos a validação de nossos protocolos de renovelamento, o que também nos rendeu uma publicação sobre o procedimento”, afirma Brugnera.

Obtido o sucesso no desenvolvimento do protocolo para facilitar a análise da proteína, coube ainda a Francesco o ataque ao problema em duas frentes: a análise estrutural tridimensional da molécula e a interação dela com o alvo biológico que ela atua. “Em primeira análise, obtivemos informações extremamente relevantes sobre a proteína. Ela é uma proteína muito flexível, o que explica, em parte, a dificuldade na cristalização; em segundo lugar, boa parte da P21 está em estrutura random coil, o que dificulta uma análise mais profunda por RMN, porque a estrutura tende a fazer com que o espectro colapse numa região só, resultando numa grande sobreposição de picos”, revela. “Quanto à interação da proteína com a célula humana, essa é responsável por desencadear diversos processos através da interação com a proteína de membrana humana, a CXCR-4. A porção inicial da CXCR-4 fica exposta no meio extracelular, e, através da literatura, sabíamos que essa região interagia com seu agonista natural, outra proteína humana chamada CXCL-12. Como essa fração está no meio extracelular, e como também sabíamos que a P21 é uma proteína secretada pelo parasita, nós testamos a ligação entre a porção extracelular dessa proteína de membrana e a P21. Assim, obtivemos indícios que essa é a forma que a P21 interage com a célula humana, desencadeando vários processos dentro da célula, levando à fagocitose do Trypanosoma, e a outros efeitos, como a prevenção de formação de novos vasos sanguíneos. É uma proteína que atua de diversas formas”, completa.

Quanto ao desenvolvimento pessoal e profissional durante o doutorado, Francesco afirma que embora muito dependa da pesquisa realizada por ele, as atividades extracurriculares não ficaram de fora do processo pessoal de aprendizagem. “Depois do doutorado é perceptível como você desenvolve muitas habilidades que não pensava possuir, como gestão de projetos, habilidade de apresentação e escrita – que é muito valorizada – e desenvolvimento de protocolos. Além do doutorado, algo que foi de extrema importância para o meu crescimento foi a criação do grupo de esgrima histórica Karlbrüder*, em 2015”, revela. “Nós praticamos esgrima histórica, estudamos manuais de luta da era medieval e renascentista e, a partir dessa pesquisa, recriamos como as pessoas realmente lutavam com espadas no passado. Quando conduzimos um projeto como esse, aprendemos muito sobre empreendedorismo e gestão de pessoas, então, no futuro, quero aplicar o que aprendi na gestão deste grupo, somado ao que aprendi no doutorado e levar para alguma área em que eu possa aproveitar ambas experiências”, conclui.

Em relação ao futuro profissional, Brugnera revela que o rumo pretendido tangencia a carreira acadêmica. “Em particular, quero utilizar o que aprendi no doutorado para aplicar na indústria. Tenho duas ideias principais: uma delas é a carreira de ‘medical science liaison’, onde você faz a ponte entre as empresas farmacêuticas e os pesquisadores e médicos, chamados líderes de opinião. Outra é a ‘field application scientist’, na qual se atua em empresas de biotecnologia ou de equipamentos científicos, ajudando os clientes através de treinamentos e colaborando com a sua pesquisa; aproveitando, assim, toda a experiência em ensino adquirida”, simplifica Francesco, que agora trabalha duro para construir o currículo ideal para o mercado de trabalho. “É no que eu estou trabalhando agora. Quando você sai do doutorado, percebemos que o que a indústria valoriza é totalmente diferente. Citar no meu currículo que eu desenvolvi um protocolo que aumentou o rendimento de produção de proteínas em 50 vezes, às vezes vale até mais que a publicação científica, mais valorizada na academia. Agora, estou aprendendo a lidar com a indústria, vendo minhas potencialidades e tudo que eu tive acesso no doutorado, de outra forma. Isso dá muito trabalho. Estou trabalhando tanto quanto trabalhei no processo de escrita do doutorado, porque você deve fazer networking, montar diferentes currículos dedicados às vagas específicas…”, emenda.

A visão de qualquer ex-pesquisador que já morou um período fora do país, mistura realidade e otimismo quanto ao mercado de trabalho e pesquisas no Brasil. Segundo Francesco, o período que passou na Alemanha durante o doutorado foi muito proveitoso tanto academicamente – pela disponibilidade de aparelhos de ressonância ainda de acesso limitado no Brasil – quanto culturalmente, o que o faz cogitar retornar ao exterior. O retorno, entretanto, não significa uma “falha” no mercado brasileiro, que inclusive, revela-se cada vez mais forte. “No Brasil também há bastantes oportunidades nas áreas que pretendo atuar. Hoje em dia é cada vez mais comum buscar pessoas com doutorado para atuar na indústria, porque ela sabe que quem fez doutorado é também um doutor em aprender, que sabe agir por conta própria e estudar, independentemente de onde vai atuar”, enfatiza. Quanto à produção científica no país, Francesco interpreta a necessidade de valorização científica para o êxito nacional. “Acredito ser muito importante manter a ciência de base. Políticos, principalmente, não conseguem ver a importância que a ciência de base tem no país e, infelizmente, quando o dinheiro aperta, a primeira área que perde financiamento é a pesquisa. Acho de extrema importância o investimento na educação e a pesquisa faz parte disso, mesmo eu não querendo continuar na carreira acadêmica em si”, ressalta.

O ex-aluno, natural de Atibaia (SP), relembra ainda a infância e adolescência, assim como a difícil decisão de escolher o curso de graduação. Francesco sempre gostou de estudar, ser aluno, e quase todas as disciplinas aprendidas na escola o agradavam, coisa que para ele, possivelmente tenha dificultado a escolha no final do terceiro ano. “Basicamente, sempre gostei de todas as matérias da escola e por gostar de tudo às vezes é muito difícil realmente escolher o que fazer. Eu gosto de fazer a comparação com minha esposa: ela nunca gostou de ciências exatas, mas se identificava muito com biológicas, então seguir uma carreira na área de saúde foi a decisão lógica. Como eu sempre gostei muito de estudar e pesquisar, como era muito curioso, busquei algo bem interdisciplinar”, comenta quanto ao curso de Ciências Físicas e Biomoleculares, ainda novidade em 2008, quando prestou o vestibular. “Era bem interdisciplinar, algo mais focado em Física, mas relacionado à Química e Biologia, então foi o que escolhi. Não que alguém de 17 anos tenha plena certeza daquilo que quer, se alguém já sabe com essa idade, tem muita sorte, mas eu acabei gostando da área por envolver vários aspectos da ciência. Ao sair da graduação, continuar na mesma área foi algo bem natural para mim, era o que eu gostava”, diz.

Do Instituto como todo, Francesco carrega boas lembranças de professores, funcionários e um ambiente acadêmico de qualidade. “Eu sempre gostei bastante do Instituto, principalmente na questão do pessoal. Os professores sempre foram muito atentos ao ensino. Os funcionários da graduação e da pós-graduação também foram sempre muito prestativos, ajudaram muito e foram sempre muito rápidos e eficientes. Eu era da época em que as carteirinhas de ônibus precisavam ter um carimbo mensal com a assinatura de professores, então eu os perturbava todo mês, mas sempre foram muito prestativos”, comenta com humor. “Também sempre gostei do ambiente da biblioteca, bem organizada, boa para estudar”, completa.

Para os alunos, sejam ingressantes ou veteranos de longa data, Francesco recomenda expandirem horizontes e buscarem o que, de fato, gostam de fazer. “Acredito que você só vai ser bem sucedido em qualquer profissão, se você realmente gostar do que faz. Então, se você escolheu a carreira acadêmica, ou pretende seguir em qualquer outra área, é importante estar satisfeito. Mas isso também não é o suficiente: você deve ser muito proativo, sempre buscar oportunidades quando elas surgirem e mostrar do que você é capaz de fazer para conseguir desenvolver sua carreira”, finaliza.

*Para saber mais sobre o grupo de esgrima histórica Karlbrüder, clique AQUI.

Para ler a publicação sobre os protocolos de renovelamento, clique AQUI.

(Entrevista conduzida por Carolina Falvo / Superv. Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de maio de 2019

Colóquio do PPGF/UFSCar: “ARAPUCAs para a luz de cintilação”

Realiza-se no próximo dia 30 de maio, pelas 16h30, na Sala de Seminários ”Swieca Nova, mais um colóquio promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal de São Carlos (PPG/UFSCar), com o título: ARAPUCAs para a luz de cintilação, ministrado pela Profa. Dra. Laura Paulucci (UFABC).

A física de neutrinos atravessa um período interessante em que há diferentes experimentos em fase de construção/planejamento que visam responder questões fundamentais, como a sua hierarquia de massa, a violação de CP no setor leptônico e a possível existência de mais sabores de neutrinos, além dos três conhecidos.

Das técnicas de detecção mais recentes destacam-se as câmaras de projeção temporal instaladas em grandes volumes de argônio líquido (LArTPCs).

Neste tipo de sistema, além da coleção da carga produzida na interação das partículas com o líquido nobre, é realizada também a detecção dos fótons provenientes da cintilação, usados primariamente para trigger.

Um novo dispositivo baseado no aprisionamento de fótons, o ARAPUCA, prevê um aumento por um fator 10 da eficiência em relação ao modelo tipicamente considerado para estes experimentos.

Neste colóquio, a palestrante convidada apresentará um panorama da área, a importância da detecção da luz em LArTPCs e o ARAPUCA, descrevendo o trabalho intenso de P&D sendo desenvolvido no Brasil e que levou à incorporação recente deste dispositivo como a base para o sistema de fotodetecção do experimento DUNE (Deep Underground Neutrino Experiment). Os trabalhos encontram-se avançados e em breve serão produzidos os primeiros ARAPUCAs em larga escala para o experimento SBND (Short Baseline Detector).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de maio de 2019

No IFSC/USP: “Crossing Laws in Optical Parametric Oscillators”

No último dia 28 de maio, o Grupo de Óptica do IFSC/USP realizou mais um de seus tradicionais seminários, desta vez com a presença do Prof. Marcelo Martinelli (IFUSP-LMCAL), que apresentou o tema Crossing Laws In Optical Parametric Oscillators.

O palestrante dissertou sobre como as novas arquiteturas baseadas em não linearidade de terceira ordem podem ser usadas para explorar novos aspectos desse sistema, usando átomos como amplificadores, expandindo os limites dos estados, sendo gerados além do limite de Gauss.

Martinelli apresentou, por outro lado, como o mesmo sistema pode levar à geração direta de estados de progressão para possíveis implementações em computação quântica unidirecional.

O Prof. Marcelo Martinelli fez seu doutorado no Instituto de Física da USP (2002), com passagens pelo Laboratoire Kastler-Brossel, na Université Paris-7 (2001, 2010), e pela Universidade de Toronto (2003), trabalhando desde 2004 no Instituto de Física da USP, em Ótica Quântica e Física Atômica aplicadas à Informação Quântica, estudando a geração de estados emaranhados da luz em osciladores paramétricos óticos e átomos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de maio de 2019

I Concurso de Fotografia do USPSC SPIE Student Chapter

Estão abertas até às 23h59 do próximo dia 16 de Junho as inscrições para o “I Concurso de Fotografia do USPSC SPIE Student Chapter”, cujo tema é “Mostrando a sua pesquisa científica em uma foto”, um evento que tem o intuíto de conscientizar o público sobre o “Dia Internacional da Luz” e o papel vital que a luz e as tecnologias relacionadas a ela desempenham em diariamente em nossas vidas”, apresentando imagens artísticas que descrevam a interação da pesquisa demonstrada com a comunidade, imagens criadas com tecnologia leve, como telescópios e microscópios, pessoas interagindo com material de pesquisa, etc.

Os objetivos deste concurso de fotografia são, entre outros, fomentar a produção de imagens com a temática de Ciência, Tecnologia e Inovação e contribuir com a divulgação e popularização da ciência e tecnologia, sendo aberto a pesquisadores de todas as idades, tanto fotógrafos amadores como profissionais. Os participantes são sujeito a todas as leis e regulamentos federais, estaduais e locais aplicáveis.

As fotografias devem estar em formato digital, adequado para exibição pública e impressão em alta resolução. Todas as imagens devem ter 300 dpi ou mais e pelo menos 3.000 pixels no lado mais longo. O tamanho do arquivo deve ser não menor que 5 MB e não superior a 20 MB. TIF e JPEG / JPG são os únicos formatos aceitos. Por favor envie as imagens da mais alta qualidade que atendam a esses requisitos. Imagens que não atendem a esses critérios não serão julgadas.

A fotografia não deve, a critério exclusivo do organizador, conter informações obscenas, ofensivas, discriminatório, odioso, inflamatório, difamatório, sexualmente explícito, ou de outra forma censurável ou conteúdo inapropriado.

O título da foto deve ser completo e preciso, suficiente para indicar as circunstâncias em que o fotografia foi tirada. Disfarçar ou deturpar a origem do conteúdo é motivo para desqualificação. Os juízes analisarão todas as fotos verificando autenticidade e podem desqualificar fotos que sejam de qualquer forma enganosa. Marcas d’água não são aceitáveis.

Informações requeridas

Nome do autor, endereço de e-mail, título e uma declaração do artista deve acompanhar cada entrada. A afiliação do fotógrafo é opcional. A declaração do artista deve incluir o assunto da imagem, a localização e a data em que a imagem foi tirada, o equipamento usado para capturar a imagem, qualquer ajuste feito na imagem, uma descrição de como é vinculado ao tema do concurso e outros detalhes interessantes sobre a foto.

As inscrições poderão ser prorrogadas sem aviso prévio.  Ao enviar uma foto, cada participante concorda com as regras oficiais e confirma que sua inscrição está em conformidade com todos os requisitos observados nas regras.

Os vencedores serão notificados após um mês do fechamento das inscrições.

Fotografias digitais, títulos de fotos, declarações de artistas e formulários de liberação de fotos (caso necessário) devem ser enviados on-line AQUI.

Para mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de maio de 2019

Brumadinho e os problemas ambientais do Brasil: tragédias e oportunidades

O programa semanal do IFSC/USP Colloquium Diei trouxe, no último dia 24 de maio, o Prof. Dr. José Galizia Tundisi (Diretor do Instituto Internacional de Ecologia/HE atual Secretário de Ciência e Tecnologia de São Carlos), que dissertou sobre o contundente tema  “Brumadinho e os problemas ambientais do Brasil: tragédias e oportunidades”.

O palestrante dissertou, em sua apresentação, sobre a importância de resolver os problemas relacionados com tragédias ambientais, tendo afirmado que para isso é necessário um avanço no diagnóstico, uma quantificação das perdas econômicas, tecnologias avançadas e, principalmente, a capacitação de recursos humanos com visões sistêmicas dos problemas ambientais, econômicos e sociais.

Tundisi elucidou a questão de Brumadinho, salientando que lá se trata apenas de uma das consequências de um grande problema ambiental que se agrava a cada momento no Brasil. A poluição do ar, do solo e das águas é constante e afeta diretamente os ecossistemas, a biodiversidade e a saúde humana. Os lixões a céu aberto, por exemplo, continuam produzindo impactos muito severos em águas superficiais e subterrâneas de todo o país.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de maio de 2019

Vanderlei Bagnato recebe “Prêmio Almirante Álvaro Alberto” (CNPq)

O docente, pesquisador e atual diretor do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, foi agraciado no dia 16 do corrente mês com o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia, na área de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias, concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em cerimônia que ocorreu na Escola Naval, no Rio de Janeiro.

A condecoração, instituída em 1981, é uma parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o CNPq, a Fundação Conrado Wessel e a Marinha do Brasil, constituindo reconhecimento e estímulo a pesquisadores e cientistas brasileiros que venham prestando relevante contribuição à ciência e à tecnologia do país.

Em seu discurso improvisado, Bagnato salientou que estava recebendo o prêmio em nome e homenageando todos quantos contribuem para a ciência do país, tendo agradecido à USP e ao atual reitor, Prof. Vahan Agopyan, classificando-os como corresponsáveis pela atribuição do prêmio. Para o reitor da USP “Uma universidade de pesquisa como a USP, e seus pesquisadores, trabalham para modificar e melhorar a sociedade. A premiação do professor Bagnato representa o reconhecimento às Instituições e aos cientistas que fazem a diferença para o desenvolvimento de nosso país”.

O prêmio é atribuído, anualmente, ao pesquisador que tenha se destacado pela realização de obra científica ou tecnológica de reconhecido valor para o progresso de sua área. É concedido, em sistema de rodízio, a uma das três grandes áreas do conhecimento: Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes; e Ciências da Vida. O agraciado é contemplado com medalha, diploma, viagem a Antártica e R$ 200 mil.

Participaram da cerimônia, entre outras personalidades, o secretário executivo do MCTIC, Julio Francisco Semeghini Neto, representando o ministro Marcos Pontes; o presidente do CNPq, João Luiz Filgueiras de Azevedo; o comandante da Marinha do Brasil, Ilques Barbosa Júnior; o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Luiz Davidovich; e o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira.

(Com informações de Adriana Cruz (USP) / CNPq – Fotos de Roberto Hilário – CNPq)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de maio de 2019

Prof. Valter Líbero (IFSC/USP) ministra colóquio na UFSCar

Realiza-se no próximo dia 23 de maio, quinta-feira, às 16h30, na Sala de Seminários ”Swieca Nova”, mais um colóquio promovido pelo Programa  de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal de São Carlos  (PPGF/UFSCar), com o título Observatório Dietrich Schiel: do Cometa Halley aos raios cósmicos, uma história de divulgação científica, ministrado pelo Prof. Dr. Valter Luiz Líbero, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e ex-Diretor do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC/USP), atual coordenador das atividades do Observatório Dietrich Schiel.

O Observatório Dietrich Schiel faz parte do setor de Astronomia do Centro de Divulgação Científica e Cultural, CDCC, da USP. Situa-se na parte sul do Campus da USP e por cerca de 35 anos vem divulgando e ensinando astronomia para a população da região de São Carlos. Particularmente, sua ação entre jovens estudantes é profunda, sendo que as visitas monitoradas já fazem parte do programa de muitos professores de ciências. Sua história e evolução se deram em um dos períodos mais férteis da astronomia moderna, desde a passagem do Cometa Halley até as ondas gravitacionais. Acompanhando sempre de perto a evolução da astronomia, em breve será disponibilizado um visualizador de trajetórias mésons, partículas criadas por raios cósmicos que bombardeiam nossa atmosfera constantemente.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de maio de 2019

No IFSC/USP: Seminário aborda “Oportunidades de Pesquisa na Alemanha”

Cerca de duzentos e oitenta participantes, oriundos das mais diversas universidades e institutos de pesquisa, assistiram no dia 16 do corrente mês ao seminário Oportunidades de Pesquisa na Alemanha, um evento organizado pelo IFSC/USP e que ocorreu no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”. Representantes do Serviço Alemão de Intercâmbio, Sociedade Alemã de Apoio à Pesquisa, Fundação Humboldt e das Universidades de Freie Berlim, Munique e Munster, dialogaram longamente com os participantes, explicando as vantagens e as condições de ingresso nos programas de intercâmbio científico e acadêmico entre Brasil e Alemanha.

Sören Artur Metz, representante da Universidade Técnica de Munique – e um dos palestrantes neste seminário -, classificou a iniciativa de extremamente importante, ao mostrar aos participantes o que a Alemanha e o Brasil podem fazer conjuntamente em termos de intercâmbio de pesquisadores e de professores. “O objetivo é estreitar, reforçar os laços que já existem nas áreas científica e acadêmica”, salientou, acrescentando que essa aposta é bem patente, inclusive, através do Centro Alemão de Ciência, localizado na Rua Verbo Divino – 1488 – Térreo, em São Paulo, que trabalha em estreita colaboração com as universidades e agências de fomento à pesquisa alemãs. “Este intercâmbio entre Brasil e Alemanha tem funcionado muito bem desde há longo tempo, mesmo com a ausência do programa “Ciência sem Fronteiras”. Estamos no quinto lugar em termos de atratividade por parte dos pesquisadores brasileiros, além, é claro, dos Estados Unidos, França, Espanha e Portugal”, salienta Sören. Para o representante da Universidade Técnica de Munique, existe uma semelhança grande na ciência que se pratica em ambos os países, apesar de muitos pesquisadores brasileiros consideram que na Alemanha se vão confrontar com um “elefante branco, que é o idioma alemão. “Isso não é verdade, até porque toda a ciência que é feita na Alemanha utiliza o idioma inglês. Esta é uma oportunidade soberana para tirar dúvidas sobre como fazer pesquisa na Alemanha, até porque é um evento presencial e não virtual. É olho no olho”, complementa Sören.

Para a docente e pesquisadora do IFSC/USP, Profª Andrea Stuchi Bernardez, organizadora do evento, o sucesso do mesmo está demonstrado pelo número de participantes – mais de duzentos e oitenta -, atendendo a que o seminário foi concebido apenas para informar, para dar uma oportunidade para os alunos que estão em final dos cursos de graduação e aqueles que estão na Pós-Graduação de terem a oportunidade de fazerem pesquisa na Alemanha e de passarem um período fantástico naquele país. “O que fizemos foi trazer representantes dos principais órgãos de fomento à pesquisa da Alemanha, bem como de algumas das mais importantes universidades, e colocá-los em franco diálogo com os participantes. Desde há longos anos que existe um “casamento perfeito” entre Brasil e Alemanha na área científica, porque sempre existiu – e continua a existir – um interesse mútuo. Por exemplo, a CAPES e a Fundação Humboldt têm um programa comum muito sólido para a concessão de bolsas para Pós-Doutorados e Professores Visitantes, algo que fortalece esta iniciativa que visa fortalecer a cooperação científica bilateral. Por isso, queremos evoluir para melhorar essa relação, para reforçar esse intercâmbio”, finaliza a docente.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de maio de 2019

Salve vidas doando sangue

O Banco de Sangue da Santa Casa de São Carlos precisa da sua ajuda para continuar salvando vidas. A doação de sangue é imprescindível, pois o estoque do Banco de Sangue encontra-se baixo e há pacientes que precisam ser atendidos.

O que você precisa saber para doar sangue

Documentação: Traga seu documento original com foto. Tenha em mãos endereço, telefone, e-mail etc

Idade: 16 a 69 anos
Sendo que menores de 18 anos devem estar acompanhados dos responsáveis legais.
De 60 a 69 anos é necessário ter pelo menos uma doação antes dos 60 anos.

Peso: maior ou igual a 50 Kg

Alimentação: O jejum é proibido! Coma alimentação leve (pão, leite, suco de frutas)
Evite ovos, maionese, carne de porco, linguiças, feijoada, frituras, etc
Tome muito líquido no dia que precede a doação.
Após a doação receberá lanche para reposição.

Tabagismo: Pelo menos 1 hora sem fumar

Bebida alcoólica: 24 horas sem ingerir

Saúde: Sem febre ou sintomas de doenças infecciosas – como gripe, diarreia, etc

Medicações: Traga os nomes dos remédios que está utilizando para avaliar se poderá ou não doar

Vacinas: Trazer o cartão se foi vacinado no último mês

Descanso: Pelo menos 8 horas de sono no dia de doação

Banco de Sangue da Santa Casa
Horário: De segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas
Aos sábados, das 8 às 11 horas
Todas as quartas-feiras também das 14 às 16 horas
Entrada em frente à Maternidade – na entrada da Oftalmologia (portaria antiga da Santa Casa)

Convênio com o Estacionamento Paraki
Doadores podem estacionar gratuitamente no estacionamento Paraki

Informações
(16) 3509-1230

Rua Paulino Botelho de Abreu Sampaio, 573
CEP 13561-060, São Carlos – SP
E-mail: bs.captacao@santacasasaocarlos.com.br
Site: www.santacasasaocarlos.com.br

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de maio de 2019

“Luz à Primeira Vista” comemora “Dia Internacional da Luz”

Luz à Primeira Vista é uma iniciativa de divulgação científica inserida no projeto Pequeno Cidadão, criado em 1996 pela USP de São Carlos, em parceria com uma empresa de prestação de serviços profissionais, atendendo cerca de duas centenas de crianças. Seu objetivo é complementar a formação e a educação de alunos da rede pública da cidade com idades entre 10 e 14 anos por meio de atividades esportivas e culturais, além de dar reforço em áreas como matemática e português.

Na Luz à Primeira Vista, que comemora o Dia Internacional da Luz (16/05), representantes do IFSC – OSA Student Chapter* foram os responsáveis por congregar, no passado dia 14 do corrente mês, nos laboratórios de nossa Unidade, jovens visitantes em torno de experimentos interessantes que mostraram como a luz é usada no dia-a-dia, como funcionam as cores e como funciona um circuito laser. Jessyca Dipold, integrante do IFSC – OSA Student Chapter, explicou que esta iniciativa tem a duração de vinte minutos, já que são muitas as turmas que participam apenas no espaço de três dias que dura o evento.

*Desde sua criação, o IFSC-OSA Student Chapter, tem desenvolvido diversos eventos e atividades para a comunidade acadêmica, tanto para graduação quanto para pós-graduação. Algumas destas atividades também foram planejadas para a comunidade não acadêmica local, incluindo seminários, palestras e cursos relacionados à óptica e fotônica para os estudantes do ensino médio.

O IFSC – Osa Student Chapter pertence ao OSA – The Optical Society uma sociedade internacional que se dedica a congregar e promover a ciência e inovação nas áreas de óptica e fotônica, inclusive levando os conceitos científicos para fora da academia, ou seja, para mais perto do público leigo. Conectados com o OSA, existem os designados Student Chapter, estruturas acadêmicas formadas por estudantes de pós-graduação que se encontram espalhados por centenas de universidades em todo o mundo e que funcionam como apoio às atividades de divulgação dessas áreas do conhecimento.

No Brasil existem nove Student Chapter e o do IFSC é um dos que tem maior representatividade.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

20 de maio de 2019

No IFUSP: Desenvolvimento de novos dispositivos optoeletrônicos

Visão de um filme desordenado de P3HT – Foto: arquivo da pesquisadora Marília J. Caldas.

Uma ampla classe de materiais orgânicos tem atraído a atenção dos pesquisadores da área de física dos materiais nas últimas décadas, o que está ocorrendo muito em função das propriedades fundamentais e das diversas possibilidades de aplicações em dispositivos optoeletrônicos de última geração.

As principais características desses novos materiais, tais como: flexibilidade, facilidade de processamento e leveza, transporte de cargas razoável e propriedades óticas especiais, possibilitam a produção de componentes óticos e eletrônicos de grande envergadura, dobráveis ou elásticos, através de um processo de elaboração com custo relativamente baixo.

Neste caso, a curiosidade nasceu quando se verificou experimentalmente que filmes desordenados de um polímero orgânico (politiofeno P3HT) absorvem luz em uma dada região de energia, enquanto o mesmo composto quando desenhado em nanofios mostra emissão parcialmente polarizada naquela mesma energia. Estudos teóricos com dinâmica molecular clássica já haviam sido iniciados na Tese de Doutoramento de R. Ramos, no IFUSP, tocando apenas as diferentes morfologias ou configurações estruturais possíveis; passando agora na colaboração européia ao estudo quântico das propriedades óticas dos polímeros nessas diferentes configurações, o estudo conjunto experimental/teórico indicou a possibilidade de produção de dispositivos especiais, como amplificadores óticos ou dispositivos fotônicos, baseados em filmes nanoestruturados de politiofeno.

O artigo intitulado Tailoring optical properties and stimulated emission in nanostructured polythiophene foi publicado recentemente na revista Scientífic Reports, do grupo Nature, resultado dessa colaboração entre cientistas brasileiros e do exterior, e ressalta assim como filmes de (P3HT), já muito estudados e com grande potencial para células solares ou dispositivos emissores de luz, podem ser desenhados, configurados para diferentes aplicações. Esse estudo abre uma janela de oportunidade para o desenvolvimento de novos dispositivos optoeletrônicos.

Para consultar o artigo, clique AQUI.

(Com informações da Assessoria de Comunicação do IFUSP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de maio de 2019

Em Londres: “Security of Supply of Mineral Resources (SOS Minerals)”

(In: Revista Fapesp)

No último dia 09 do corrente mês, numa manhã especialmente ensolarada em Londres, ocorreu na Royal Society (que já foi presidida por Sir Isaac Newton), um dos eventos mais importantes sobre o futuro do planeta e com a participação de representantes da ciência brasileira.

O Security of Supply of Mineral Resources (SOS Minerals) (https://www.bgs.ac.uk/sosMinerals/home.html) é um dos mais ousados projetos financiados pelo Reino Unido através da Natural Environment Research Counci (NERC), em parceria com a FAPESP. Ao todo, são mais de 20 instituições científicas e mais de 50 empresas que participaram desse esforço científico, cujo um de seus principais objetivos é enfrentar o desafio de garantir o fornecimento de elementos críticos, como os elementos terras raras, para garantir o desenvolvimento da nova indústria com baixa emissão de carbono e a viabilidade do uso em grande escala de turbinas eólicas, placas solares e baterias.

Dr. Marcelo B. de Andrade

O Dr. Marcelo B. de Andrade, pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), foi um dos representantes do Brasil no evento. Nesta colaboração, a participação da FAPESP se deu por meio de dois projetos temáticos: SOS rare minerals (https://www.bgs.ac.uk/sosRare/research.html), que explora a caracterização e concentração de novas ocorrências de minerais contendo terras raras de maneira sustentável e o Mineral e-tech, que investiga a exploração mineral em alto mar.

“A importância da caracterização de novos minerais contendo elementos terras raras é estratégica para a independência da indústria do nosso país. Hoje, mais de 90% da produção dos elementos terras raras estão concentrados em um único país, China”, comenta Marcelo Andrade, que durante o evento teve a oportunidade de abordar as principais conquistas alcançadas nesse projeto, em conjunto com Daniel Atencio e Andrezza Azzi, do Instituto de Geociências (IGc-USP), e Frances Wall, da University of Exeter.

Durante a vigência do projeto, Marcelo foi um dos organizadores do Brazilian Symposium on Rare-Earth Elements (http://www.ifsc.usp.br/~emulabram/symposium.html) juntamente com especialistas da  University of Saint Andrews e Universidade de São Paulo, incluindo o IFSC/USP, IGc, Instituto de Química (IQ) e Escola Politécnica. Além disso, foram visitados depósitos minerais em Poços de Caldas e os pertencentes as empresas Companhia Brasileira de Mineração (CBMM) em Araxá e JORCAL em Cajati (SP).

Outro fato que chamou a atenção dos participantes foi a descrição da descoberta de dois novos minerais, realizadas com o apoio dos equipamentos de difração de raios X e espectroscopia Raman instalados no CCEM (https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/ifsc-usp-acolhe-centro-de-caracterizacao-de-especies-minerais/) e do EMULabRAM (http://www.ifsc.usp.br/~emulabram/) do IFSC/USP.

O primeiro mineral é proveniente da Amazônia. A waimirita-Y apresenta grande teor de elementos terras raras e tem grande potencial para ser utilizada como minério na obtenção de ítrio (https://doi.org/10.1180/minmag.2015.079.3.18). A segunda espécie mineral descoberta, parisita-(La), foi encontrada na região da Chapada Diamantina (BA) e contém uma grande proporção de elementos lantânio (La) e cério (Ce) (https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/parisita-la-reconhecido-novo-mineral-descoberto-na-chapada-diamantina-ba/).

Ao final, foram discutidos os trabalhos de pesquisa em andamento, como a investigação da ocorrência de monazita rica em enxofre, na Namíbia, e a caracterização de espécies minerais raras e inéditas da região de Poços de Caldas. Esses estudos são financiados pela FAPESP, RCUK (NERC) e são realizados em colaboração com instituições de grande prestígio, como o Natural History Museum, de Londres, a Camborne School of Mines, University of Exeter, a Universidade de Saint Andrews e a empresa de mineração Mkango Resources.

“A caracterização completa de novas ocorrências exige a utilização de técnicas bastante sofisticadas, como a difração de raios X e a espectroscopia Raman, que são fundamentais para a identificação das propriedades físicas e químicas dos minerais presentes. Sem esse conhecimento, o custo da extração e do beneficiamento dos elementos terras raras se tornaria inviável”, conclui Marcelo Andrade.

O Brasil possui um potencial enorme para a geração de energia limpa e não pode abrir mão de conhecer e explorar suas principais reservas de terras raras, cuja demanda mundial está aumentando. A formação de pessoal qualificado e o trabalho interdisciplinar de profissionais das áreas de física, geologia, química e engenharia, além de empresas e órgãos governamentais, é essencial.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de maio de 2019

Ensaio Fotográfico de Pessoas com Deficiência e a Autoestima

O programa USP Diversidade, vinculado à Pró-reitora de Cultura e Extensão da USP (Universidade de São Paulo) tem como um de seus objetivos criar espaços e formas de trazer para a comunidade universitária dos campus da USP e a sociedade para atividades que falem sobre diversidade de pessoas e pluralidade de ideias.

O grupo fará nas próximas semanas algumas atividades voltadas às pessoas com deficiência, relacionando autoestima e capacitismo. A primeira etapa consiste em dois ensaios fotográficos, um voltado à questão da autoestima e outro sobre atividades cotidianas e/ou nas quais pessoas sem deficiência não imaginem que pessoas com deficiência façam. Esse ensaio é uma parceria com o Grupo FOCA – Grupo de Fotografia do CAASO (Centro Acadêmico Armando Salles de Oliveira).

Como fruto desse ensaio fotográfico, serão apresentadas as fotos em campanha visual pelo campus da USP de São Carlos – cartazes e vídeo – além de divulgação por mídias sociais. Ao final do projeto, em junho, ocorrerá uma mesa redonda aberta ao público geral sobre Autoestima e Capacitismo no Palquinho da USP-São Carlos, Campus 1.

Para participar, basta acessar o QR-Code disponível no cartaz abaixo.