Notícias

9 de agosto de 2021

Produção científica do IFSC/USP na WOS – bimestre março e abril  de 2021

A Biblioteca do IFSC apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como interessantes no bimestre de março/abril  de 2021 pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters. Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP ou quem tem acesso ao Portal CAPES.

Para mais informações: sbiprod@ifsc.usp.br

 

ÁREA:   Agricultural Sciences

Development of cellulose-based bactericidal nanocomposites containing silver nanoparticles and their use as active food packaging

 

ÁREA:   Chemistry

A review on chemiresistive room temperature gas sensors based on metal oxide nanostructures, graphene and 2D transition metal dichalcogenides

Folding of xylan onto cellulose fibrils in plant cell walls revealed by solid-state NMR

Molecular docking and structure-based drug design strategies

Plasmonic biosensing: focus review

Yolk-shelled ZnCo2O4 microspheres: Surface properties and gas sensing application

 

ÁREA:   Clinical Medicine

Prevention of viral transmission during lung transplantation with hepatitis C-viraemic donors: an open-label, single-centre, pilot trial

 

ÁREA:   Computer Science

Clustering algorithms: a comparative approach

 

ÁREA:   Materials Science

A non-volatile organic electrochemical device as a low-voltage artificial synapse for neuromorphic computing

 

ÁREA:   Molecular Biology & Genetics

Functional and evolutionary insights from the genomes of three parasitoid Nasonia species

 

ÁREA:   Pharmacology & Toxicology

ADMET modeling approaches in drug discovery   

 

ÁREA:   Physics

Analyzing and modeling real-world phenomena with complex networks: a survey of applications

Antiproton flux, antiproton-to-proton flux ratio, and properties of elementary particle fluxes in primary cosmic rays measured with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Boosting the sensitivity of Nd3+-based luminescent nanothermometers

Bose-Einstein condensation: twenty years after

Observation of new properties of secondary cosmic rays lithium, beryllium, and boron by the alpha magnetic spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the boron to carbon flux ratio in cosmic rays from 1.9 GV to 2.6 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the helium flux in primary cosmic rays of rigidities 1.9 GV to 3 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the proton flux in primary cosmic rays from rigidity 1 GV to 1.8 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

The Kuramoto model in complex networks

The Pierre Auger Cosmic Ray Observatory

Towards understanding the origin of cosmic-ray positrons

 

ÁREA:   Space Science

Design concepts for the Cherenkov Telescope Array CTA: an advanced facility for ground-based high-energy gamma-ray astronomy

Detection of variable VHE γ-ray emission from the extra-galactic γ-ray binary LMC P3

Introducing the CTA concept

Multi-messenger observations of a binary neutron star merger

Observation of a large-scale anisotropy in the arrival directions of cosmic rays above 8 x 1018 eV

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de agosto de 2021

Até 12 de agosto: Inscrições abertas para DANÇA TUSP 60+

Estão abertas as inscrições para o curso DANÇA TUSP 60+, uma parceria entre o Teatro da USP, órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP e o Grupo Coordenador de Atividades de Cultura e Extensão da USP São Carlos.

O curso teve a sua primeira versão no primeiro semestre de 2021, integrando a programação de atividades de cultura e extensão universitária do programa USP60+ da PRCEU.

DANÇA TUSP 60+ acontecerá entre os meses de agosto e novembro, de forma gratuita e on-line, em decorrência da pandemia do COVID-19, e atenderá pessoas de todo o estado de São Paulo. O nosso objetivo é promover bem estar físico e mental, a partir de um programa que contempla exercícios de alongamento, flexibilidade, coordenação, equilíbrio e postura.

Trata-se de um curso de curta duração para o público adulto acima de 60 anos. Esperamos, adicionalmente, promover a proteção da saúde física e mental a partir de modalidades artísticas inclusivas. A Dança, que pode ser praticada por qualquer indivíduo em qualquer idade, ajuda a reduzir o estresse, a ansiedade, diminuir a tensão muscular, estimular a concentração e a memória; além de ser um importante mecanismo de socialização por conta da  prática coletiva.

As inscrições para o Dança TUSP 60+ acontecem entre os dias 01 e 12 de agosto de 2021 e as vagas serão distribuídas por sorteio dos inscritos, mantendo-se uma lista de espera. Serão oferecidas 40 vagas. Os interessados não precisam ter vínculo com a universidade e devem ter mais de 60 anos.

O curso será ministrado por Fabiana Granusso – arquiteta e urbanista pelo IAU-USP, bailarina formada em dança contemporânea pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. Atualmente participa junto a coletivos artísticos no interior do estado de São Paulo produzindo trabalhos com artistas locais e é assistente de produção do TUSP, na cidade de São Carlos, onde coordena os Módulos de Dança.

O curso é coordenado pela Profª Drª Maria Helena Franco de Araujo Bastos, diretora do TUSP e professora do Departamento de Artes Cênicas da USP, e está sob a supervisão pedagógica de Claudia Alves Fabiano, orientadora de arte dramática do TUSP no campus, além de doutoranda em Pedagogia do Teatro pela ECA-USP.

Para participar da atividade não é necessário ter experiência com dança.

Para fazer a inscrição, acesse AQUI o link e clique em (inscrever) no tópico inscrição.

E não esqueça de preencher (também) o formulário AQUI.

Período de realização do curso: 16 de agosto a 15 de novembro de 2021

horário: segundas-feiras – 8h30 às 9h30

Curso On-line via Plataforma Zoom

Coordenação: Fabiana Granusso – TUSP – campus São Carlos

Observações/pré-requisitos: necessário computador/celular com acesso à internet que permita realização de videoconferência; cadeira ou sofá. Desejável um tapete confortável (de yoga/colchonete).

A confirmação dos selecionados será enviada por e-mail com outras informações. Os inscritos serão incluídos em grupo de whatsapp referente à atividade.

Contato para dúvidas e esclarecimentos sobre o Dança TUSP 60+:  tuspdesaocarlos@usp.br

Ou acessem: instagram @tuspdesanca; facebook /tuspdesaocarlos

Siga o TUSP nas mídias sociais!

Link do site do TUSP: http://www.usp.br/tusp

Facebook: fb.com/tuspdesaocarlos 

Instagram: @tuspdesanca

Portal da Cultura: http://cultura.sc.usp.br/

#Tusp #TeatrodaUSP #TuspEmCasa  #prceu #tuspdesaocarlos #usp60+ #dançatusp60+

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de agosto de 2021

Vídeo Tour do Campus USP de São Carlos

VÍDEO TOUR REALIZADO NUMA PARCERIA ENTRE O ICMC/USP E O IFSC/USP

IMAGENS FORAM COLHIDAS E TRATADAS PELA EMPRESA PARCEIRA DO IFSC/USP – PROVE

AUTORIA DE BRÁS JOSÉ MUNIZ E ANDERSON MUNIZ (CHITÃO)

CONFIRA CLICANDO NA IMAGEM ABAIXO

6 de agosto de 2021

USP passa a integrar o Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica (SISFOTON)

Através da chamada pública realizada em março do corrente ano do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), A Universidade de São Paulo (USP) foi selecionada a integrar o Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica (SISFOTON), dentre quarenta propostas apresentadas.

Cada universidade teve direito a apresentar uma proposta, sendo que a Universidade de São Paulo apresentou a proposta de criação do Laboratório de Apoio à Inovação e ao Empreendedorismo em Tecnologias Fotônicas, envolvendo cerca de quarenta pesquisadores oriundos de diversas instituições da USP, e que se dedicam à área de Fotônica, sob a supervisão dos Profs. Vanderlei S. Bagnato e Cléber R. Mendonça, ambos pesquisadores do IFSC/USP.

O fundamento para a criação desta rede é de incentivar ainda mais as pesquisas nas áreas de Óptica e Fotônica, universalizando a infraestrutura existente na USP, ou seja, disponibilizando todos os equipamentos existentes para um maior número de cientistas oriundos não só de instituições públicas, como privadas, com destaque para as empresas que desenvolvem pesquisa e desenvolvimento nesta área do conhecimento.

Tendo como base a cedência de todos os equipamentos por cerca de 30% de seu funcionamento total, os pesquisadores de excelência internacional na área, com cerca de quarenta anos de atuação, permitirão o reforço no desenvolvimento de tecnologias e aplicações de materiais em diversas linhas de pesquisa, como, biofotônica, óptica não-linear, nanotecnologia e aprendizagem de máquina, entre outras. Nossa equipe possui uma grande experiência e infraestrutura ágil para formalização de parcerias institucionais com universidades e empresas, para pesquisa colaborativa em projetos, ou como prestação de serviços. Fazem parte da Proposta os seguintes laboratórios:

– Laboratório de apoio tecnológico – IFSC/USP;

– Laboratório de microscopia Raman, SNOM e AFM – IFSC/USP;

– Laboratório de microscopia óptica confocal de fluorescência – IFSC USP;

– Laboratório de biofotônica para cultura de células – IFSC/USP;

– Laboratório de biofotônica para cultivo e estudo de microrganismos – IFSC/USP;

– Laboratório de instrumentação e desenvolvimento – IFSC /USP;

– Laboratório de espalhamento de luz e átomos frios – IFSC/USP;

– Laboratório de gases quânticos – IFSC /USP;

– Laboratórios de aplicações ópticas em agricultura – IFSC/USP;

– Laboratório de nano-fármacos e foto-fármacos – IFSC/USP;

– Laboratório de síntese de fotossensibilizadores – DQ/UFSCAR;

– Laboratório de metrologia de tempo e frequência – Relógio Atômico e MASER – IFSC/USP;

– Laboratório de óptica oftálmica – IFSC/USP;

– Laboratório de ensaios ópticos interferométricos – OCT-IFSC/USP;

– Laboratório de óptica não-linear – IFSC/USP;

– Laboratório de microfabricação e nanoestruturas – IFSC/USP;

– Laboratório de instrumentação óptica aplicada a oftalmologia e a agricultura – IFSC/USP;

– Oficina de óptica – IFSC/USP;

– Laboratório de e metrologia de tempo e frequência – IFSC/USP;

– Laboratório de sensores ópticos e robótica – EESC/USP;

– Laboratório de medidas ópticas e ultravioleta – FFCL/USP – Ribeirão Preto;

A USP junta-se, assim, às outras sete instituições de pesquisa que foram igualmente selecionadas para este projeto e passará a oferecer os seguintes serviços:

-Espectroscopia linear, não linear e resolvida no tempo para a caracterização de novos materiais fotônicos na região espectroscópica do ultravioleta, visível, e infravermelho, incluindo as janelas terapêuticas e telecomunicações;

-Serviços de fabricação de lentes, espelhos dielétricos e metálicos, filtros de absorção e filme finos, elementos ópticos refrativos, divisores de feixe ópticos;

-Corte, polimento e lapidação de vidros ópticos;

-Evaporação de materiais dielétricos e metálicos;

-Técnicas de microfabricação a laser de materiais fotônicos em escalas nanométricas a micrométricas e suas caracterizações ópticas visando aplicações em telecomunicações e fotônica;

-Técnicas de processamento a laser de materiais fotônicos visando alterações pontuais das estruturas químicas e assim suas propriedades elétricas, ópticas e químicas para aplicações em dispositivos fotônicos e de catálise voltadas ao meio ambiente;

-Desenvolvimento de plataformas de Lasers aleatórios para fontes de luz em dispositivo fotônicos e sensores;

-Desenvolvimento de plataformas LIBS (Laser induced breakdown spectroscopy) com lasers de femtossegundos e de alta taxa de repetição;

-Nanofabricação, por exemplo, de materiais semicondutores para micro e nanoeletrônica;

-Obtenção de imagens multiespectrais no visível e utilizando-se o sistema de aquisição de imagens do tipo tomografia de coerência óptica – OCT de domínio espectral;

-Medidas de irradiância, absorção, fluorescência e espectro na região do UV, visível e infravermelho próximo;

-Medidas de microscopia óptica de transmissão, fluorescência e Raman;

-Caracterização óptica de equipamentos;

-Aferição de potência óptica de fontes de luz (UV-VIS-NIR, contínuo);

-Análise de microscopia confocal de fluorescência;

-Análise de microespectroscopia Raman;

-Espectroscopia UV-VIS, de Fluorescência e FTIR;

-Prototipagem de equipamentos ópticos nas áreas da saúde;

-Testes de nanopartículas;

-Síntese de nanopartículas;

-Testes com sensores;

-Caracterização de nanomateriais;

-Medidas de índice de refração, por exemplo, para a identificação das contribuições térmica e eletrônica de materiais dopados com íons emissores visando o desenvolvimento de novas tecnologias;

-Espectroscopia óptica não linear de materiais (e de novos materiais), por exemplo, por meio de aplicações de pulsos de femtossegundos para o processamento de materiais;

-Determinação de espectro de absorção, transmitância e fluorescência de materiais, por exemplo, para a determinação de propriedades óticas não lineares por meio de varredura-z, controle coerente da fluorescência excitada via absorção de dois fótons em misturas de compostos orgânicos, bem como, para análises de lentes solares;

-Desenho óptico de sistema integrados e de componentes individuais.

-Caracterização e Síntese de moléculas fotoativas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de agosto de 2021

Produção Científica do IFSC/USP no mês de agosto de 2021

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de agosto de 2021, clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

 

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico Nature Communications (VER AQUI).

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de agosto de 2021

IUCr parabeniza Profª Yvonne Primerano Mascarenhas

A União Internacional de Cristalografia (IUCr) publicou em sua última newsletter um destaque especial sobre a conquista do “Prêmio Joaquim da Costa Ribeiro”, promovido pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), por nossa docente e pesquisadora, Profª Yvonne Primerano Mascarenhas.

Sublinhando o fato de a Profª Yvonne ter sido a primeira mulher a conquistar o citado prêmio, a publicação enfatiza todo o percurso acadêmico da pesquisadora, parabenizando-a por seu desempenho e dedicação.

Para acessar a publicação, clique AQUI.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de julho de 2021

Doença de Alzheimer… 115 anos depois

Placas da proteína beta-amilóide presentes no cérebro de portadores da doença de Alzheimer (Crédito: Thomas Deerinck, NCMIR/SPL)

Por: Prof. Roberto N. Onody *

Há exatamente 115 anos, o Dr. Alois Alzheimer, médico alemão, teve uma paciente de 51 anos que apresentava sintomas de perda de memória, dificuldades na fala e comportamento imprevisível. Ao falecer, em 1906, a autópsia revelou a presença de emaranhados de fibras no seu cérebro.

A doença de Alzheimer é progressiva, degenerativa e, até agora, não tem cura. Estima-se que 50 milhões de pessoas padecem desta doença em todo o mundo 1. No Brasil, este número é de, aproximadamente, um milhão e quatrocentas mil pessoas 2. Com o aumento da expectativa de vida, o número de portadores do mal de Alzheimer tem crescido em todo o mundo. Acima de 85 anos, 33 % dos idosos sofrem da doença. A maioria é de mulheres.

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência. O termo demência designa, genericamente, pessoas que devido a alterações no cérebro têm perda de memória, fala e locomoção. Há um profundo e severo declínio das habilidades cognitivas que afetam o comportamento, as emoções e os relacionamentos. Outras formas de demência são a vascular, frontotemporal, Parkinson e Huntington. De maneira incorreta, usa-se muitas vezes o termo senilidade como sinônimo de demência. Deixa a impressão de que a demência vem junto com o envelhecimento, o que não é verdade.

Os principais sintomas são: perda de memória recente, datas e eventos (já na mudança típica que acompanha um envelhecimento sadio – há esquecimento de nomes e compromissos, mas, recordando-os mais adiante); dificuldades com números, pagamento de contas, dirigir para locais antes conhecidos ou as regras de um jogo favorito (já na mudança típica que vêm com a idade – erros ocasionais nas contas domésticas e necessidade esporádica de auxílio na utilização, por exemplo, do micro-ondas);  dificuldade de fala, escrita, de acompanhar ou continuar uma conversa (já no idoso saudável – esquecer a palavra apropriada numa conversação) ; colocar objetos em lugares não usuais e não se lembrar de tê-los posto ali (também acontece com idosos saudáveis, mas com menos frequência) e, finalmente, uma mudança de humor e personalidade (é normal porém, com a idade, o desenvolvimento de hábitos, manias e certa irritabilidade com a quebra de rotina) 3. Já foi dito que esquecer onde deixou as chaves é esquecimento, mas não lembrar para que elas servem é Alzheimer.

Na fase terminal, o doente está acamado ou numa cadeira de rodas, tem incontinência urinária e fecal, dificuldade de engolir, de compreender o que se passa ao seu redor e de reconhecer as pessoas. Necessita de um cuidador 24 horas. Infecções e pneumonia podem acelerar o óbito.

Para se diagnosticar o Alzheimer, várias ferramentas e testes devem ser utilizados. Na consulta médica, uma das primeiras perguntas será sobre a existência de familiares que tem ou tiveram algum tipo de demência. Em seguida, vem os testes de avaliação geral da saúde do paciente: pressão sanguínea, temperatura, pulso e a auscultação do coração e do pulmão. O paciente deve informar a dieta, a nutrição e a lista de medicamentos consumidos. Sintomas parecidos com os do Alzheimer podem ser causados pela depressão, insônia, problemas na tiróide, efeitos colaterais de certos medicamentos, drogas e consumo excessivo de álcool. O médico deverá testar os reflexos, coordenação, tônus muscular, força, movimento dos olhos e fala.

Existem 2 testes cognitivos (clínicos) importantes que ajudam muito o diagnóstico. O MMSE (Mini-Mental Status Exam), em que o profissional de saúde faz uma série de perguntas envolvendo habilidades mentais necessárias no nosso dia a dia. A pontuação máxima é 30. Se o indivíduo obtém entre 24-20, 20-13 ou menos de 12 pontos, o Alzheimer é considerado leve, moderado e severo, respectivamente. Uma pessoa com Alzheimer pontua de 2 a 4 pontos menos a cada ano que se passa. O segundo teste, o Mini-Cog, é o mais simples. Solicita-se que a pessoa memorize e repita, alguns minutos depois, 3 nomes de objetos comuns. Em seguida, pede-se a ela que desenhe um relógio com os 12 números na posição correta e coloque os ponteiros na hora escolhida pelo examinador.

Ao lado dos testes clínicos, é interessante realizar testes baseados em programas computacionais. A FDA (Food and Drug Administration) dos EUA autorizou os programas Cognigram, Contab Mobile, Cognivue, Cognision e ANAM (Automated Neuropsychological Assessment Metrics).

Imagens estruturais do cérebro, através de Ressonância Magnética Nuclear, Tomografia Computadorizada e PET-CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons) permitem descobrir acumulação excessiva da proteína beta-amilóide no cérebro. Junto com a proteína tau, ela forma a dupla vilã responsável pela doença de Alzheimer.

A proteína beta-amilóide é produzida em excesso e esse excesso vai se acumular no neurópilo, área em que se encontram os dendritos e células da glia, impedindo o tráfego correto de nutrientes (como a glicose) para os neurônios. A aglomeração de beta-amilóides junto com células mortas, acabam formando as chamadas placas senis, que sempre estão presentes na autópsia de pessoas com Alzheimer.  A formação da proteína tau ocorre nos microtúbulos que ligam o axônio do neurônio ao dendrito. Sua acumulação excessiva e emaranhada impede essa ligação. A quantidade de proteína tau, pode ser razoavelmente estimada pela análise do líquido cefalorraquidiano, mas este é um procedimento médico extremamente invasivo.

(Newsweek – Science)

Por este motivo, pesquisadores têm se debruçado sobre a possibilidade de diagnosticar o Alzheimer através de testes sanguíneos. A neurocientista Nancy Ip e sua equipe da Universidade de Hong Kong, desenvolveram testes para identificação do Alzheimer a partir da presença de 19 proteínas presentes no sangue. A beta-amilóide se agarra a outras proteínas e se degrada rapidamente. Utilizando espectrômetro de massa, está disponível nos EUA (desde outubro de 2020) o diagnóstico C2N, que mede o decaimento do nível de beta-amilóide no sangue, indicando sua acumulação no cérebro 4 .

Como acontece com todas as doenças, um diagnóstico precoce é muito importante, não para a cura (que não existe ainda) mas, para desacelerar o avanço da doença e, com medicamentos, que atenuam os efeitos mais pernósticos da doença. É raro o próprio paciente reconhecer sua condição. Pelo fato de o esquecimento fazer parte de um envelhecimento normal (saudável), a família também demora muito a reconhecer os sintomas e procurar ajuda médica.

Até aqui, os medicamentos utilizados para tratamento do Alzheimer são meros paliativos, apenas aliviam os sintomas buscando dar ao paciente uma melhor qualidade de vida. Na fase leve e moderada da doença, são indicados a Galantamina, a Donezepila e a Rivastigmina, que atuam no neurotransmissor acetilcolina. Na fase grave, recomenda-se a Memantina, um medicamento que atua no neurotransmissor glutamato.

Durante cerca de 18 anos, nenhum novo remédio contra o Alzheimer foi lançado pela indústria farmacêutica. Mas, em junho de 2021, a companhia de biotecnologia Biogen de Cambridge, Massachusetts, teve o medicamento Aducanumab aprovado, de forma acelerada, pela FDA (Food and Drug Administration) dos EUA 5.

Como dissemos antes, os medicamentos utilizados, até agora, para o Alzheimer visam apenas atenuar os seus efeitos e sintomas. Já O Aducanumab propõe, de fato, uma terapia para a doença, ao diminuir a produção de beta-amilóide. Aducanumab injeta anticorpos de forma intravenosa. Os estudos clínicos da fase III foram tumultuados e controversos. Somente após uma reanálise dos dados, foi que a Biogen obteve a aprovação da FDA.  A Biogen terá até 9 anos para provar (em novos testes clínicos) a eficiência da droga. Terá também que resolver o maior efeito colateral da Aducanumab, que é o inchamento do cérebro.

Segundo o ICER (Institute for Clinical and Economic Review) de Boston, o custo da droga deve ficar entre 2.500 e 8.300 dólares.  Como existem pelo menos outras 3 empresas (Lilly, Roche e Eisai) testando, na fase III, anticorpos anti-amilóide, o preço deve diminuir. A aprovação da Aducanumab já foi submetida à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

1Alzheimer’s & Dementia | Alzheimer’s Association

https://www.alz.org/alzheimer_s_dementia

2 ABRAz: Associação Brasileira de Alzheimer – Idosos

https://idosos.com.br/abraz-associacao-brasileira-alzheimer/

3 Alzheimer: perda de memória e outros sintomas (uol.com.br)

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2018/10/09/alzheimer-entenda-como-doenca-prejudica-o-cerebro-e-quais-seus-sintomas.htm

4 Alzheimer’s drug approval spotlights blood tests | Science (sciencemag.org)

1.Servick, Science Vol. 373 , 373 (23 jul 2021)

https://doi.org/10.1126/science.373.6553.373

5 Landmark Alzheimer’s drug approval confounds research community (nature.com)  

1.A. Mullard, Nature594, 309-310 (2021)

https://doi.org/10.1038/d41586-021-01546-2

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de julho de 2021

Pesquisadores do IFSC/USP desenvolvem novas abordagens para combater vírus da AIDS

Após um trabalho que durou mais de três anos, pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), liderados pelo pesquisador Prof. Francisco Eduardo Gontijo Guimarães, desenvolveram um tratamento novo para combater o vírus do HIV, um trabalho que foi capa da Revista ACS (American Chemical Society) no passado mês de junho.

No trabalho, os pesquisadores desenvolveram dois tipos de tratamento com base em fotoimunoterapia, utilizando anticorpos iguais aos presentes no corpo humano, tendo em seu interior fotossensibilizadores que têm a particularidade de combater não só as células infectadas com o vírus do HIV, mas também neutralizando o vírus circulante, que é fonte de novas infecções, tanto internas como externas.

Capa da Revista ACS

Ao contrário do que acontece com a administração dos vários fármacos que combatem o HIV (na forma de coquetel) e que apenas atuam principalmente no vírus que circula no sangue dos pacientes, a primeira abordagem realizada pelos pesquisadores do IFSC/USP, em colaboração com colegas da UNIFESP e do Reino Unido, teve como base a ligação de fotossensibilizadores (molécula ativa) que foram introduzidos no interior de um anticorpo. Quando iluminado por um tipo específico de luz, os fotossensibilizadores têm a propriedade de gerar uma quantidade grande de espécies reativas (radicais livres) que produzem a morte da célula alvo e a inativação do vírus circulante. O anticorpo atua com altíssima especificidade e é interpretado pelo organismo humano como se fosse real, propiciando uma baixa resposta autoimune. Esta estratégia é considerada importante atendendo ao fato de que na maioria dos casos os fotossensibilizadores mostram-se instáveis em meio aquoso, o que inviabiliza muito o processo de terapia fotodinâmica. Com esta forma de inserir os fotossensibilizadores dentro de um anticorpo, eles não sofrem qualquer ação contrária ao objetivo de se ligarem  ao vírus e às células doentes infectadas e destruí-los. A pesquisa contou com a expertise do pós-doutorando Dr. Mohammad Sadraeian, bolsista da FAPESP, que desenvolveu duas estratégias distintas, sendo que a primeira, descrita acima, compreendeu quatro fotossensibilizadores que foram inseridos no interior do anticorpo, sendo que eles ficaram blindados pela estrutura molecular dele.

Prof. Dr. Francisco Eduardo Gontijo Guimarães

A segunda estratégia, completamente desenvolvida no nosso país, foi ligar os fotossensibilizadores na estrutura externa do anticorpo. Assim, os anticorpos teriam capacidade de carregar entre um a quatro fotossensibilizadores. “Nós queríamos estudar a eficácia do tratamento alterando o número de moléculas fotossensibilizadoras por anticorpo e comparar os resultados da primeira estratégia de quatro fotossensibilizadores inseridos no anticorpo”, conforme explica o Prof. Dr. Francisco Eduardo Gontijo Guimarães. “O estudo compara as duas estratégias. Irradiando com um determinado tipo de luz, esses fotossensibilizadores provocam não só a degradação das proteínas dos “Spykes” existentes no “envelope” do vírus, mas também do próprio envelope, acabando por eliminá-lo”, acrescenta o Dr. Mahammad. Ou seja, esta segunda estratégia modifica os “Spykes” após a irradiação com luz, e com isso o vírus não consegue se ligar às células de defesa sadias, sendo que esta metodologia poderá ser utilizada para neutralizar outros tipos de vírus, incluindo o da COVID. “Como o vírus do HIV infecta as células de defesa do organismo, também demonstramos que conseguimos eliminar somente as células infectadas, utilizando a estratégia de anticorpos, algo que abre as portas para que no futuro possamos ir muito mais além em nossas pesquisas”, celebra o pesquisador.

Este trabalho também contou com a participação indispensável da Profª Drª Ana Paula Ulian de Araújo, do Grupo de Biofísica e Biologia Estrutural “Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP).

Para conferir o trabalho publicado na Revista American Chemical Society, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de julho de 2021

Procedimento Fotossônico para fibromialgia apresenta efeito prolongado em estudo até 300 dias após tratamento

Num recente artigo científico publicado no Journal of Novel Physiotherapies, pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) deram a conhecer um efeito prolongado no tratamento fotossônico de Fibromialgia nas palmas das mãos.

Entre 2019 e 2020, o grupo de pesquisadores acompanhou ao longo de 120 dias, um grupo de 40 pacientes fibromiálgicos que foram submetidos a 10 sessões de tratamento fotossônico, tendo se verificado que todos eles relataram a ausência das dores localizadas e generalizadas, e uma melhora muito significativa no desenvolvimento de suas atividades diárias, tendo proporcionado um aumento na qualidade de vida. Já entre 2020 e 2021, os pesquisadores repetiram as observações pelo tempo de 300 dias em um grupo constituído por 11 pacientes fibromiálgicos, tendo verificado o mesmo resultado apurado anteriormente.

Dr. Antonio de Aquino Junior

O tratamento fotossônico, que possibilita a ação combinada de recursos fisioterapêuticos, tem como base a normalização do limiar de dor junto ao sistema nervoso central, permitindo que os sintomas relativos à fibromialgia sejam revertidos, permitindo melhor qualidade do sono, diminuição da fadiga crônica, diminuição da dores generalizadas, permitindo ao paciente o retorno de sua qualidade de vida e das atividades profissionais. Ainda, sintomas como histórico de dores de cabeça, dismenorreia, distúrbios intestinais, entre outros, podem ser atenuados e até mesmo eliminados do dia-a-dia do paciente.

Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato

Na opinião do pesquisador do IFSC/USP e o autor principal do artigo científico, Dr. Antonio de Aquino Junior “atendendo a que a fibromialgia é considerada o segundo distúrbio reumático mais comum, com prevalência entre 2% a 8% da população, dependendo dos critérios diagnósticos utilizados, este estudo comprova a eficácia observada a longo prazo, mostrando a eficiência do tratamento fotossônico que, em todo o caso, deverá ser aplicado com alguma periodicidade no sentido de os pacientes obterem um bom estado fisiológico. Infelizmente não temos a cura, mas conseguimos desenvolver uma técnica que permite uma melhor qualidade de vida ao paciente”. Esse estudo, em parceria com a MultFISIO Brasil, clínica de fisioterapia de São Carlos e que está em diversas cidades do país, possibilitou o aperfeiçoamento da técnica, que agora está ainda mais eficiente em seus resultados.

Já para o Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, diretor do IFSC/USP e responsável pela pesquisa, “a técnica demonstra ser robusta o suficiente para ter uma abrangência de longo prazo, mostrando que não se trata de um alívio apenas temporário. Isso mostra que a técnica ajuda no processo de homeostase do organismo. Este é foco das nossas pesquisas e, sem dúvida, continuaremos a contribuir para a melhora da qualidade de vida das pessoas, aumentando ainda mais nossas atividades com parceiros clínicos como a MultFISIO Brasil”.

Steicy Beatriz Alves Setúbal, de 21 anos, que atualmente secretaria a filial da Clínica MultFisio Brasil em Cuiabá (MT), em parceria com o IFSC/USP, relata sua experiência no combate à fibromialgia e quais foram os resultados do tratamento fotossônico.

Clique na imagem ao lado para assistir à entrevista.

Este artigo científico publicado no Journal of Novel Physiotherapies (VEJA AQUI) foi assinado pelos pesquisadores Antonio Eduardo de Aquino Junior, Fernanda Mansano Carbinatto, Ana Carolina Fernandes, todos do IFSC/USP-Clínica MultFISIO Brasil, Daniel Marques Franco (Clínica MultFISIO Brasil), Andréia Aparecida Biffi de Lara (IFSC/USP), e Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP – Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Universidade Federal de São Carlos – Hagler Institute for Advanced Study, Texas A&M University, Texas, United States of America).

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de julho de 2021

“Startup Speed Dating”: conectando cientistas empreendedores, investidores e mercado

Startup Speed Dating é o primeiro evento aberto ao público do programa Innostart, uma pré-aceleração de startups de base científico-tecnológica (deeptechs) que ensina e apoia, durante 14 semanas, pesquisadores de mestrado/doutorado e docentes da USP São Carlos a levar suas pesquisas para o mercado, criando produtos, serviços e processos escaláveis, com potencial de impactar milhões de pessoas no Brasil e no mundo.

Nele, os interessados terão a oportunidade de escolher algumas das 17 startups pré-aceleradas pelo Núcleo de Empreendedorismo da USP São Carlos (NEU-SC) para conversar por até 10 minutos, conhecê-las melhor e demonstrar seu interesse como:

– Empresa interessada em parcerias e/ou cocriação (p.ex. iniciativas de corporate venturing/open innovation);

– Investidor(a)-anjo ou de venture capital buscando deeptechs para investir;

– Representante de ecossistemas, incubadoras e aceleradoras convidando startups com grande potencial para seus programas;

– Especialista em setores diversos oferecendo mentorias e conexões estratégicas para empreendedores;

– Potencial sócio(a) de uma startup de grande potencial científico-tecnológico;

– Estudante interessado(a) em trazer seu currículo para estagiar em uma startup de alto impacto.

O evento será realizado em um sábado (07/08) por meio de uma plataforma online e os encontros acontecerão em blocos: um “match” será feito previamente entre o que você e as startups estão buscando e, a cada 10 minutos, rotações acontecerão nas salas, permitindo que você possa conversar com cada uma das startups nos seguintes períodos:

– Manhã (das 10h às 12h): speed dating + networking

– Tarde (das 13h às 15h): speed dating + networking

Cada sessão de “speed dating” terá duração de 1h20 (das 10h às 11h20; das 13h às 14h20) e, em seguida, a sala ficará aberta a todos que quiserem se apresentar, fazer contatos e conversar.

OBS: Favor preencher o formulário APENAS se você tiver disponibilidade para participar do evento – especialmente no speed dating, pois os blocos de 10 minutos de interação são limitados.

Para acessar o link do formulário, clique AQUI.

A apresentação do programa e o resumo das startups estão disponíveis AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de julho de 2021

Semana da Óptica – Semóptica 2021 – comemora 25 anos

 

Recordando edição anterior

 

Continuando a difundir a ciência junto da sociedade

A tradicional Semana da Óptica, promovida anualmente pelo Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em estreita colaboração com o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) financiados pela FAPESP -, sediado no mesmo Instituto, comemora no próximo mês de agosto o seu 25º aniversário e uma vez mais de forma remota, tal como aconteceu em 2020 devido às restrições causadas pela pandemia.

Idealizada pelos próprios docentes e pesquisadores do IFSC/USP, onde se destacam nomes como os dos Profs. Vanderlei Salvador Bagnato, Sérgio Carlos Zilio, Milton Ferreira de Souza, Luís Gustavo Marcassa e Euclydes Marega Junior, dentre outros, a “Semóptica” sempre se afirmou como um evento de divulgação da ciência junto da sociedade, onde um dos principais vetores é mostrar à população de São Carlos e região – com destaque para os estudantes dos ensinos fundamental e médio – o que é a óptica, o que se pode fazer com ela e como essa área é importante, principalmente na área da saúde.

Em anos anteriores, esta “Semana da Óptica” apresentava uma programação intensa que incluía aulas, cursos, palestras e seminários para milhares de estudantes de ensino médio, superior e de pós-graduação da região, shows de física, culminando sempre com uma grande exposição que ocupava uma vasta área interna do Shopping em São Carlos.

Prof. Sebastião Pratavieira

Embora a pandemia impeça, por agora, a repetição desses atrativos presenciais, o certo é que a “Semóptica-2021” não irá perder seu brilho e importância pelo fato de ser realizada de forma virtual, apresentando uma programação diversificada, com visitas virtuais aos laboratórios do IFSC/USP, aulas e diversos tipos de conferências dedicadas aos jovens estudantes e até a empresas. “A “Semóptica” foi e continuará a ser um programa de sucesso, uma tradição que se mantém, um evento que tem sido responsável por muitos jovens terem abraçado a carreira científica, como eu, que me apaixonei pelo tema ainda no ensino médio quando participei em uma das edições. O fato da edição deste ano ser novamente virtual não retira a importância do evento, ao contrário, introduz muitas novidades”, destaca o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Sebastião Pratavieira.

A programação da “Semóptica – 2021”, no que diz respeito às conferências e seminários que ocorrerão entre os dias 23 e 27 de agosto, está organizada da seguinte forma:

 

23/08 – 14h00

“A vida sob a perspectiva da mecânica quântica” – Prof. Euclydes Marega Junior;

23/08 – 16h00

“Por quê usamos modelos animais em pesquisa biomédica?” – Profª Cristina Kurachi;

24/08 -14h00

“Somando e multiplicando cores” – Prof. Emanuel Henn;

24/08 – 16h00

“ESpectroscopia óptica” – Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes;

25/08 – 16h00

“Microscopia óptica confocal” – Prof. Francisco Gontijo Guimarães;

26/08 – 16h00

“Manipulando átomos com luz” – Profª Patrícia Castilho;

27/08 – 16h00

“Luminescência” – Prof. Sebastião Pratavieira e Profª Lilian Moriyama;

Esta será, novamente, uma oportunidade para entender melhor tudo aquilo que nos rodeia e a importância da ciência para todos nós.

O convite fica feito!

Acompanhe toda a programação no Canal Youtube do CEPOF!

Participe!

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

22 de julho de 2021

Vaga para PD com bolsa FAPESP em química inorgânica com ênfase em cristalografia

O Laboratório Multiusuário de Cristalografia Estrutural -LaMuCrEs – do IFSC/USP está com uma vaga para pós-doutorado, com bolsa FAPESP, em Química Inorgânica com Ênfase em Cristalografia. O projeto tem como objetivo o desenvolvimento de compostos de coordenação de interesse biológico, com ênfase na caracterização de estruturas por meio da técnica de difração de raios X de monocristal.

Os interessados em preencher esta vaga deverão possuir:

– Doutorado em química, subárea de química inorgânica, com ênfase em química de coordenação e cristalografia, preferência para os que defenderam tese de doutorado recentemente (obrigatório).

– Experiência em gerenciamento de laboratório de cristalografia (obrigatório);

– Experiência em operação de difratômetro de raios X de monocristal, e na elucidação de estruturas cristalinas de moléculas pequenas (obrigatório).

– Experiência em síntese de complexos de metais do bloco d e caracterização por meio de técnicas espectroscópicas (FT-IR, RMN, UV-Vis, Massas etc) (altamente recomendado).

– Experiência em ensaios biológicos (desejado).

– Proficiência em inglês (obrigatório).

– Ótimos desempenho acadêmico e produção científica.

– Motivação, liderança, organização e perseverança.

Os candidatos devem enviar o currículo, carta de interesse, duas cartas de recomendação e históricos acadêmicos (mestrado e/ou doutorado) para o pesquisador Javier Ellena (javiere@ifsc.usp.br).

Para obter mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de julho de 2021

Empresa de São Carlos desenvolve e exporta DNA polimerases

A empresa “Cellco Biotec”, sediada em São Carlos, desenvolveu um processo inédito para produzir, pela primeira vez no Brasil, DNA polimerases com altos padrões de qualidade, em escala compatível para a comercialização. O empreendimento, que teve apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP, foi tão bem-sucedido que, além de oferecer ao mercado brasileiro enzimas com qualidade comparável às importadas – e com preço mais atrativo –, permitiu à empresa assinar seu primeiro contrato de exportação para a Europa.

A pesquisadora responsável pelo projeto, Amanda Bernardes Muniz, explica que as DNA polimerases são enzimas amplamente utilizadas para a manipulação in vitro do DNA em clonagem, sequenciamento e mutagêneses de DNA, entre outras técnicas, com aplicação, por exemplo, em diagnósticos médicos e análises forenses com base em material genético.

“Apesar de ser um insumo de uso rotineiro em meio laboratorial, o Brasil não tinha uma produção da enzima dentro de padrões rigorosos de qualidade que viabilizasse sua comercialização. Nosso objetivo era produzir, no país, uma enzima com padrões comparáveis aos das que já são comercializadas”, diz Muniz ao Pesquisa para Inovação.

Segundo a pesquisadora, que tem formação em física e atua na área de biofísica molecular, os processos de controle de qualidade foram desenvolvidos pela empresa com o apoio da companhia alemã “Jena Bioscience”, que é uma das financiadoras da “Cellco”.

“A enzima é produzida em bactérias e, se houver qualquer outro DNA contaminante proveniente da produção, o resultado que se busca com a polimerase fica comprometido. Por isso o controle de qualidade rigoroso é fundamental para a comercialização”, afirma Muniz.

“Éramos usuários do produto e sentíamos as dificuldades da dependência em relação à importação”, conta a bióloga Maria Amélia Dotta, que atuava na indústria farmacêutica antes de se tornar uma das fundadoras da “Cellco”, em 2014.

“As variações de preços, sujeitas a reviravoltas cambiais, causavam problemas para a programação dos projetos e prazos de entrega”, diz Dotta. “Essa experiência no nosso trabalho com biologia molecular nos mostrava que havia ali uma oportunidade de desenvolvimento de um produto – e começamos a explorar isso como um projeto e optamos por submeter à FAPESP”, afirma.

A bióloga e a física se conheceram durante o doutorado, no Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo (USP), onde ambas já haviam se aprofundado na pesquisa sobre proteínas recombinantes. Muniz começou a atuar na empresa em 2016 e o projeto foi aprovado pelo PIPE-FAPESP no mesmo ano.

Em 2018, com o processo de produção da enzima já desenvolvido, a empresa obteve novo apoio do PIPE-FAPESP para a fase 2, para que fosse possível ganhar escala comercial. “Mesmo antes do fim do projeto o produto já estava no mercado, graças ao aprimoramento da enzima que conseguimos obter no projeto da Amanda”, diz Dotta.

Muniz explica que, com o emprego de engenharia genética, o processo de produção permitiu a obtenção de propriedades melhoradas da enzima – que é especificamente uma DNA polimerase da bactéria Thermus aquaticus (Taq DNA polimerase), uma das mais utilizadas, com crescente aplicação nas áreas de genotipagem e diagnóstica.

“Adicionando certos domínios proteicos [partes independentes da cadeia polipeptídica] nessa molécula, conseguimos produzir uma enzima capaz de fazer polimerases mais processivas, isto é, obtivemos uma enzima mais rápida que a Taq normal”, explica Muniz.

Segundo Dotta, o aprimoramento da produção obtido graças à pesquisa garantiu uma excelente resposta do mercado. “Desenvolvemos um produto de qualidade muito alta. Isso nos dá tranquilidade para oferecer um produto que foi exaustivamente estudado e testado”, afirma.

Para garantir a qualidade da enzima, é preciso evitar a presença de DNA microbiano e inibidores da reação de PCR em seu processo de preparação – um dos principais desafios para sua produção comercial e habilitação para qualquer emprego tecnológico.

A fim de desenvolver um controle de qualidade capaz de garantir a produção de uma enzima com alto rendimento e pureza, a “Cellco” utilizou como guia os processos de sua parceira alemã, a Jena Bioscience, que passou a comprar o produto brasileiro.

“Como em todos os produtos da “Cellco”, desenvolvemos todo o controle de qualidade com base nas exigências aplicadas pela Jena na compra de enzimas de outras empresas. Todos os nossos processos passam pelo controle de qualidade da Jena, que é muito rígido e nos dá segurança”, afirma Muniz.

De acordo com Dotta, desde 2018 a “Cellco” passou a exportar sua enzima para a Alemanha e se tornou o principal fornecedor da parceira “Jena Bioscience”. A empresa alemã, fundada em 1998, produz e fornece reagentes para laboratórios de pesquisa e indústrias farmacêuticas de vários países.

“Eles investiram na nossa empresa desde o início, possivelmente já projetando que nos tornássemos fornecedores. Eles viam no Brasil um mercado promissor para ciências da vida, em especial para reagentes”, diz a bióloga.

O mercado de DNA polimerases na América Latina, de acordo com as pesquisadoras, estava estimado em R$ 1 bilhão em 2020, com previsão de crescimento de 6,7% anuais até 2025, quando chegará a R$ 1,38 bilhão.

Além das duas fases do projeto de desenvolvimento da enzima – concluído em fevereiro de 2021–, a “Cellco” também obteve apoio de um projeto PIPE-FAPESP, ainda vigente, para o desenvolvimento de um kit de diagnóstico de Covid-19 por RT-qPCR (transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase quantitativa, na sigla em inglês) pelo método multiplex, o que barateia o produto.

A empresa já havia desenvolvido, em outro projeto PIPE-FAPESP, um processo produtivo de dNTPs (desoxirribonucleotídeos fosfatados), utilizados na técnica de PCR.

(Com informações da Agência Fapesp)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de julho de 2021

Seleção para a Direção do Observatório Nacional (MCTI)

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações abriu o Edital de seleção para o cargo de Diretor do Observatório Nacional (ON), no Rio de Janeiro, uma de suas unidades de pesquisa.

O ON é uma instituição centenária, que atua nas áreas de Astronomia, Geofísica e Metrologia e que tem como missão realizar pesquisa e desenvolvimento em Astronomia, Geofísica e Metrologia em Tempo e Frequência, formar pesquisadores em seus cursos de pós-graduação, capacitar profissionais, coordenar projetos e atividades nessas áreas e gerar, manter e disseminar a Hora Legal Brasileira.

Os candidatos interessados deverão enviar o seu currículo completo e um projeto de gestão alinhado com a visão estratégica do ON, conforme definido pelo Edital da chamada (VER AQUI).

O Comitê poderá fornecer mais detalhes sobre o processo seletivo através de seu Presidente, o Prof. Reinhardt Fuck (reinhardt@unb.br).

Comitê de Busca

Reinhardt Fuck (Presidente), Vanderlei Bagnato, Kepler de Souza Oliveira, Miriani Pastoriza, Ricardo Trindade.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de julho de 2021

Diretor do IFSC/USP conquista “Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia”

Prof. Vanderlei Bagnato torna-se o cientista brasileiro mais premiado no Brasil

O docente, pesquisador e atual Diretor do IFSC/USP acaba de conquistar o “Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia”, na categoria “Ciência”, tornando-se, possivelmente, o cientista brasileiro mais premiado.

Com o valor de R$500,000.00, este prêmio, instituído em 2019 pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) nas categorias “Ciência” e “Tecnologia”, está já consolidado como a maior premiação científica do Brasil, destacando cientistas que dedicam suas vidas à ciência e tecnologia, beneficiando a sociedade e ajudando a evoluir o mundo, sendo especialmente dedicado  a pesquisadores que colocaram nosso país em destaque no cenário científico mundial.

Na chamada de destaque deste prêmio na categoria “Ciência” pode-se ler o seguinte: “Vanderlei Salvador Bagnato: o físico que usou a luz para controlar os átomos e salvar vidas. Se um feixe de luz pudesse transformar o futuro da humanidade? Essa pergunta tem movido os trabalhos de Vanderlei Bagnato, que há mais de três décadas realiza pesquisas nas áreas de Óptica e Fotônica e contribui significativamente para as aplicações da fotodinâmica e da fototerapia nas áreas da Saúde”.

A partir de seus estudos, o físico demonstrou a eficácia da ação fotodinâmica para o controle de infecções, descontaminação de órgãos para transplante e tratamento de doenças como pneumonia, Parkinson e vários tipos de câncer. Essas técnicas foram adotadas por importantes associações brasileiras ligadas à saúde e têm se difundido por mais de 9 países da América Latina.

Antes de suas contribuições para a medicina, Bagnato já havia conquistado notoriedade internacional por suas pesquisas em Física Atômica, sendo um dos pioneiros nos estudos dos átomos frios e da turbulência quântica e o criador do primeiro relógio atômico do Brasil”.

Na categoria “Tecnologia”, o vencedor foi o Dr. Júlio César Fernandes, doutor em Engenharia Elétrica pela Unicamp e CEO da “Idea! Electronic Systems”.

Confira o anúncio do prêmio AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de julho de 2021

Estrutura de um complexo de septinas humanas é desvendada através de criomicroscopia eletrônica

O estudo dedicado às proteínas denominadas “septinas”, que há mais de quinze anos tem sido realizado pelo atualmente designado Grupo de Biofísica e Biologia Estrutural do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), sob a coordenação do pesquisador, Prof. Richard Garratt, conseguiu recentemente uma enorme evolução ao utilizar a técnica de criomicroscopia eletrônica em vez da tradicional  difração de raios-x, que necessita que seja formado um cristal da proteína para depois se realizar o experimento que irá determinar sua estrutura.

A nova técnica apresenta algumas vantagens, já que nela é realizado o estudo da molécula em solução, congelando a mesma de forma rápida em uma fina camada de gelo e permitindo, dessa forma, que se observem as posições atômicas e todos os pormenores em alta resolução.

Considerando que septinas são proteínas essenciais para a divisão celular e que atuam no estágio final desse processo, torna-se bastante importante entender toda sua estrutura e principalmente as consequências de  algumas de suas mutações, que são associadas com doenças específicas, como a infertilidade masculina. Conhecer a estrutura tridimensional também pode auxiliar a desvendar anomalias causadas por diversas outras doenças, como, por exemplo, o mal de Alzheimer, Parkinson e algumas formas de câncer, bem como a relação do Zika vírus com a microcefalia.

Pesquisadora do IFSC/USP – Deborah Cezar Mendonça

A aluna de doutorado em Física Biomolecular do IFSC/USP, Deborah Cezar Mendonça (27), orientada pelo Prof. Richard Garratt, foi a responsável por este estudo realizado no IFSC/USP e no Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano/CNPEM) – estrutura localizada em Campinas e detentora do único microscópio existente no Brasil e na América Latina que é capaz de executar esse trabalho -,  contribuindo para que nosso país integre agora o lote das mais avançadas pesquisas que adotaram há cerca de cinco anos esse tipo de metodologia no mundo.

Para o Prof. Garratt, ter executado este trabalho acarreta um sentimento de orgulho muito grande, principalmente porque este estudo foi feito integralmente no Brasil, por uma equipe multidisciplinar: “Para que este tipo de trabalho pudesse dar certo, o primeiro quesito foi ter uma equipe de bioquímicos e de biologistas moleculares capazes de produzir uma amostra de qualidade, uma outra equipe de pessoal especializado em microscopia para realizar as medidas nas condições otimizadas, bem como conhecimento sobre processamento dos dados e sua interpretação. Por último, você tem que ter, na ponta final, um lote de profissionais especializados em estruturas de septinas que apresentem as conclusões inerentes a todo o trabalho”, explica o pesquisador, que sublinha o extraordinário trabalho de parceria realizado pelo físico Rodrigo Portugal, do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) e pelo biofísico holandês, residente no Brasil, Marin van Heel.

Uma revolução na área da biologia estrutural

Tema relativo ao Prêmio Nobel de Química no ano de 2017, atribuído aos cientistas Richard Henderson (UK), Joachim Frank (EUA) e Jacques Dubochet (Suíça), a criomicroscopia eletrônica foi consagrada por permitir enxergar a estrutura atômica tridimensional de moléculas biológicas, sendo que um dos destaques destas pesquisas vencedoras do Prêmio Nobel coube a Henderson, que foi o primeiro a obter uma imagem tridimensional com resolução atômica usando criomicroscopia, em 1990. Até então, o método que permitia obter imagens mais detalhadas era a cristalografia, mas nem sempre funcionava, atendendo a que muitas estruturas em biologia eram resistentes ao próprio processo de cristalização.

Prof. Richard Garratt – IFSC/USP

A pesquisadora Deborah Mendonça (IFSC/USP), autora deste importante trabalho, afirma que a técnica é bastante importante quando se pensa e projeta o desenvolvimento de novos fármacos: “As septinas são importantes em diversos processos celulares e têm relação com algumas doenças, só que ainda é muito cedo para sabermos exatamente quais são os mecanismos que relacionam essa proteína com algumas das principais doenças. Para entender a função dessas proteínas, você tem que entender a estrutura delas. Dessa forma, podemos compreender como elas se polimerizam, bem como todos os detalhes intermoleculares, para só depois entender a função e, quem sabe, no futuro poder descobrir se existe alguma relação direta com as enfermidades no sentido de entrar em um caminho de aplicação”, sublinha a pesquisadora.

Um dos exemplos mais contundentes descritos pelo Prof. Richard Garratt diz respeito ao recente surto de Zika vírus, que surgiu associado à incidência de microcefalia. “Mas como é que o vírus causa microcefalia? Não sabemos!! Mas, uma pista muito interessante foi encontrada há cerca de dois anos, quando se verificou que o mecanismo de replicação do vírus dentro da célula do hospedeiro causa um efeito inesperado nas septinas; ou seja, um componente desse vírus afeta determinados locais das septinas, fazendo com que as células neuroprogenitoras localizadas no cérebro não se dividam adequadamente. Com este trabalho, vamos poder, em termos estruturais, entender melhor essas anomalias e essas engrenagens”, pontua o pesquisador, acrescentando que, no mesmo sentido, esta nova tecnologia foi fundamental no combate à COVID-19, pois foi graças a ela que em pouco mais de dois meses se conseguiu a identificação do vírus e obter a estrutura completa devidamente resolvida. Com este avanço científico, cada vez que o vírus sofre uma mutação sabe-se exatamente onde ela acontece, permitindo assim que se tenha uma ideia se essa mutação escapa – ou não – à ação das vacinas atualmente disponíveis. “A biologia funciona porque macromoléculas biológicas sabem interagir entre si adequadamente”, conclui o Prof. Richard Garratt.

Este trabalho já foi publicado no Journal of Molecular Biology e pode ser acessado (AQUI) por tempo limitado.

Este avanço no estudo das septinas faz parte de um movimento atual que acontece em vários institutos do país, onde diversos grupos estão ativos na implementação do uso da criomicroscopia eletrônica para manter o nível de suas pesquisas em biologia estrutural na fronteira do conhecimento.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de julho de 2021

Desvendando a estrutura molecular de proteínas do vírus SARS-CoV-2

Na sequência do trabalho desenvolvido pelos pesquisadores do IFSC/USP, André Godoy e Aline Nakamura, em setembro de 2020 (VER AQUI) no acelerador síncrotron (SIRIUS) do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), onde analisaram duas centenas de cristais de proteínas do vírus SARS-CoV-2 no sentido de desvendar a estrutura molecular dessas proteínas, os dois jovens pesquisadores viram agora seus estudos e resultados serem publicados na conceituada revista científica Journal of Molecular Biology.

Este trabalho é o primeiro com dados do SIRIUS, o novo acelerador de partículas brasileiro, e nele os pesquisadores descrevem o mecanismo molecular pelo qual a principal protease de SARS-CoV-2 se auto-processa para se tornar ativa, sendo que no final do artigo há uma animação que exemplifica todo o processo.

Para conferir este importante trabalho intitulado A Crystallographic Snapshot of SARS-CoV-2 Main Protease Maturation Process, clique na figura abaixo.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de julho de 2021

Prof. Eduardo Cesar Oswaldo Luiz Alves (UNICAMP) morreu sábado (10/07), aos 74 anos, vítima de infarto

Professor titular do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde fundou o Laboratório de Química do Estado Sólido, em 1985, Alves formou mais de 50 mestres e doutores, muitos dos quais são, hoje, líderes de pesquisa destacados no cenário nacional e internacional.

Ele foi um dos primeiros entre os pesquisadores brasileiros a desenvolver atividades na área de nanotecnologia, tendo coordenado o Laboratório de Síntese de Nanoestruturas e Interação com Biossistemas (NanoBioss/SisNano). Publicou mais de 200 artigos em periódicos científicos e teve depositadas 27 patentes de processos e aplicações, algumas internacionais, incluindo uma tecnologia voltada à remediação de efluentes de indústrias papeleiras e têxteis, que foi licenciada para o setor produtivo.

Alves era um dos pesquisadores do Projeto Temático FAPESP sobre Materiais Complexos Funcionais (Inomat), no âmbito dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), e foi coordenador do projeto FAPESP que financiou a construção da primeira linha de EXAFS (XAS), no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas.

“O professor Oswaldo Alves foi um cientista exemplar que deixou sua marca na ciência brasileira e mundial. Acima de tudo um ser humano digno e ético que sempre valorizou a importância da ciência e da cultura na formação do ser humano. Nos últimos meses, teve participação ativa na organização da série Conferências FAPESP 60 anos. Deixará saudades e fará falta!”, disse Ronaldo Pilli, vice-presidente da FAPESP.

Alves foi membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), entidade que presidiu entre 1998 e 2000, integrou o Conselho Científico do Instituto Serrapilheira e foi editor do boletim semanal de notícias LQES News – voltado ao desenvolvimento da ciência, tecnologia, inovação e nanotecnologias – e do Nano em Foco – editado em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial –, com uma linha editorial ligada a produtos comerciais, riscos e regulação da nanotecnologia.

“Ele foi um cientista brilhante com contribuições importantes não apenas como cientista, mas também como disseminador de ciência”, afirmou Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP.

Por suas contribuições à comunidade química brasileira foi agraciado com a medalha Simão Mathias (2004) e o Prêmio de Inovação Tecnológica (2008), ambos conferidos pela Sociedade Brasileira de Química. Recebeu, ainda, a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico (2002) e o prêmio Cientista do Ano (2016), conferido pela Nanocell, na modalidade de nanotecnologia.

Em nota, foi homenageado pela reitoria da Unicamp: “A perda desse ilustre professor e pesquisador deixa um grande vácuo no cenário da ciência brasileira. A reitoria da Unicamp, em nome da toda a comunidade, manifesta os seus sentimentos à família pela perda irreparável.”

Nascido em São Paulo, Alves formou-se em química industrial em 1967. Trabalhou por um curto período na Bayer do Brasil antes de concluir o bacharelado, a licenciatura e o doutorado em química na Unicamp. O pós-doutorado ele fez na França, no Laboratório de Espectroquímica de Infravermelho e Raman, no Centro Nacional de Pesquisa Científica (LASIR-CNRS).

O interesse pela ciência, no entanto, manifestou-se muito antes, quando ele ainda era aluno de escola pública e participava de clubes de ciências no bairro de Perdizes. “Tínhamos um pequeno laboratório com materiais doados por um dos bisnetos do cientista Vital Brazil, onde fizemos muitas experiências de química e biologia”, ele contou em entrevista à Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat), em 2015.

Antes mesmo de cursar química industrial, Alves fez um estágio no Instituto Biológico, no qual trabalhou com espectroscopia no infravermelho e polarografia aplicadas à indústria. Quando ingressou na Unicamp, obteve uma bolsa de iniciação científica da FAPESP para pesquisa com compostos de terras-raras.

Concluída a graduação, foi contratado como docente aos 25 anos, ao mesmo tempo em que iniciava o doutorado direto, com uma pesquisa sobre aplicação da espectroscopia vibracional em complexos moleculares. Em 1979, na França, deixou-se “contaminar”, como ele dizia, pela química do estado sólido dentro da perspectiva de materiais. “Ao retornar ao Brasil vimos a oportunidade de fundar o LQES”, contou à SBPMat.

Ao logo de uma carreira considerada brilhante por seus pares, Alves desenvolveu pesquisas com vidros dopados com quantum dots  e vidros para óptica não linear, técnicas de síntese de vários materiais bidimensionais e sua química de intercalação, sistemas químicos, purificação de nanotubos de carbono, interação de novos carbonos com biossistemas e nanopartículas de sílica com funcionalização antagônica para drug delivery, entre outras.

“A carreira científica é fascinante, sobretudo nos tempos em que vivemos, onde a quebra de paradigmas ocorrem amiúde”, afirmou Alves na entrevista à SBPMat. E recomendou: “Sempre que possível, devemos procurar um equilíbrio entre atitudes de pesquisa paper oriented e knowledge oriented e, sobretudo, não nos esquecermos de fazer uma segunda leitura de nossos resultados de pesquisa buscando, assim, examinar sua possível conexão com as necessidades do cidadão brasileiro e do desenvolvimento nacional.”

(In: Agência FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de julho de 2021

Esfriando a Antimatéria

Figura 1 – Ilustração artística. O material mais caro do mundo – um grama de antihidrogênio custa 62,5 trilhões de dólares (Crédito: meteoramida)

Por: Prof. Roberto N. Onody *

A existência da antimatéria (Figura 1) foi prevista teoricamente por P. Dirac em 1928.  A equação de Dirac descreve a teoria quântica relativística do elétron e une a Relatividade Especial com a Mecânica Quântica. Na sua formulação, ela já traz incorporada o conceito de spin e prevê a existência de uma partícula que tem a mesma massa do elétron, mas com carga oposta – o pósitron ou antielétron.

Por volta de 1912, o físico austríaco V. Hess realizou experimentos para descobrir a causa da radiação ionizante na baixa atmosfera terrestre. Pensava-se, então, que o responsável fosse o Sol. Aproveitando um dia de eclipse solar, Hess ascendeu num balão a cerca de 5.000 metros de altura e constatou que a ionização permanecia praticamente a mesma antes, durante ou depois do eclipse. Concluiu que o responsável pela radiação ionizante vinha do espaço exterior e os chamou de raios cósmicos. Em 1932, C. Anderson, um físico do Instituto de Tecnologia da California, estudando os raios cósmicos em uma câmera de nuvem, descobriu uma partícula que tinha a mesma massa que o elétron mas, com carga oposta – o pósitron previsto por Dirac. Hess e Anderson receberam juntos o prêmio Nobel de Física de 1936.

Figura 2 – O Desacelerador de Antiprótons (Crédito: CERN – Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire)

Quando um elétron e um pósitron se encontram, eles se aniquilam em 2 raios-gama (para pósitron e elétron com spins antiparalelos) ou 3 raios-gama (para spins paralelos). O processo de aniquilação com emissão de 2 raios-gama é muito mais provável do que o com 3 raios-gama. O raio gama emitido é uma radiação eletromagnética cem mil vezes mais energética do que a luz ultravioleta.

No interior de certos materiais, o pósitron e o elétron podem formar uma espécie de átomo – o positrônio, que decai em cerca de 10 – 9 s. No exame de Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET scan), injeta-se no paciente um material radioativo (em geral, fluorodeoxiglicose). Uma vez dentro do corpo, os órgãos e tecidos processam o material como se este fizesse parte normal do nosso metabolismo. Ao decair radioativamente, ele emite pósitrons que se aniquilam, produzindo raios-gama. Estes, por sua vez, são detectados e transformados em imagens por um computador. É a melhor tecnologia existente para distinguir um tumor benigno de um tumor maligno.

Em 1934 1, num esforço para detectar, experimentalmente, o antipróton, E. Lawrence projetou e patenteou o cíclotron. O aparelho podia acelerar partículas carregadas até energias da ordem de 106 eletronvolts.  O antipróton não foi encontrado, mas bombardeando alvos com partículas extremamente velozes, os átomos se desintegravam podendo formar novos elementos químicos (radioativos). Em 1954, Lawrence supervisionou a construção do bevatron, que acelerava prótons com energias acima de 109 eletronvolts.  O bevatron detectou o antipróton e o antinêutron em 1955 e 1956, respectivamente. A obtenção dessas antipartículas, juntamente com o antielétron (pósitron), deram início à busca dos antiátomos, mais precisamente, do antihidrogênio.

O hidrogênio é o elemento químico mais simples e abundante do universo, composto apenas, por um próton e um elétron. Em 1995, pesquisadores no CERN fizeram antiprótons colidirem com átomos de xenônio durante 3 semanas. Produziram apenas 9 átomos de antihidrogênio (formado por um antipróton e um pósitron). Eles se aniquilaram com a matéria ordinária em 40 bilionésimos de um segundo. Para se estudar o antihidrogênio, tinha que primeiro se aumentar a sua produção. Para isso, o CERN deu início à construção do Desacelerador de Antiprótons (Figura 2).

No estudo da antimatéria, para se conseguir bons resultados experimentais, é necessário primeiro esfriá-la. O vai e vem térmico de antiátomos faz com que, pelo efeito Doppler, a absorção e emissão de radiação fiquem mais largas, diminuindo a precisão da medida. Armadilhas magnéticas e aprisionamento de antiprótons no interior de átomos de hélio têm sido usados para confinar o antihidrogênio.

Figura 3 – O experimento ASACUSA (Atomic Spectroscopy And Collisions Using Slow Antiprotons) no CERN (Crédito: CERN)

O projeto ASACUSA (Figura 3) é um experimento em andamento no CERN, com parceria japonesa-europeia, para medir a massa do antipróton. Ao se manter juntos, átomos de hélio resfriados a 1,5 K e antiprótons, cerca de 3% dos átomos de hélio substituem um dos seus elétrons por um antipróton. Ajustando-se a frequência correta de um laser, pode-se excitar o hélio antiprotônico. Os resultados experimentais de 2011, provaram que próton e antipróton têm a mesma massa numa margem de erro de uma parte em um bilhão. Em 2015, essa precisão aumentou ainda mais, para sete partes em cem bilhões.

Outra maneira de se comparar a matéria com a antimatéria é pela análise do espectro de absorção. Cada elemento tem sua própria, característica e distinta, linhas de absorção. Será que o hidrogênio e o antihidrogênio têm espectro diferente? Para responder a essa pergunta, primeiro era necessário criar um número razoável de antihidrogênios e que eles permanecessem assim, por um bom tempo, sem serem aniquilados ao entrar em contacto com a matéria ordinária.

Em 2011, o experimento ALPHA (Figura 4) desenvolvido pelo CERN, conseguiu criar e armadilhar cerca de 300 antihidrogênios durante 1000 segundos!

Mais recentemente, em março de 2021 2, em artigo que foi capa da revista Nature, C. J. Baker et al. esfriaram átomos de antihidrogênios, presos numa armadilha magnética, utilizando um laser pulsado. Todo o experimento foi realizado no ALPHA 2, uma segunda geração do equipamento usado em 2011.

Figura 4 – O experimento ALPHA (Antihydrogen Laser PHysics Apparatus) (Crédito: CERN)

A energia cinética da nuvem de antihidrogênios é diminuída usando-se o fato de que a absorção de fótons depende da velocidade dos antiátomos. Antiátomos que têm direção e sentidos apostos à dos fótons incidentes são seletivamente excitados, sintonizando-se a frequência do fóton incidente um pouquinho abaixo da frequência de ressonância do átomo em repouso (efeito Doppler). Desenhando um perfil magnético apropriado, foi possível transformar esse esfriamento unidimensional em tridimensional. A redução da energia cinética ultrapassou uma ordem de magnitude.

Na armadilha magnética, cem mil antiprótons, vindos do desacelerador de antiprótons (Figura 2) foram misturados com três milhões de pósitrons vindos de um acumulador, produzindo cerca de mil antihidrogênios. O comprimento de onda do laser pulsado utilizado foi de 121,6 nanômetros (radiação Lyman-α), com os pulsos durando 15.10 – 9 s e repetidos a cada um décimo de segundo. Uma vez esfriados os antiátomos, os pesquisadores analisaram a transição 1S – 2S do antihidrogênio e constataram que o espectro, dentro da precisão experimental, em nada diferia do hidrogênio ordinário. Devido ao esfriamento a laser, a largura da linha diminuiu por um fator quatro.

O Modelo Padrão é o modelo teórico que melhor descreve (até agora) o mundo das partículas elementares. Tem tido muito sucesso e resistido a muitas comprovações experimentais. No Modelo padrão, para cada partícula existente há uma antipartícula correspondente com a mesma massa, spin e carga (em módulo, se houver). O Modelo Padrão (assim como, a Relatividade Geral e a Teoria Quântica de Campos) pressupõe simetria CPT, isto é, invariância das leis da Física por conjugação de Carga, Paridade e reversão Temporal. A violação da simetria CP (Carga e Paridade) foi encontrada no decaimento de mésons K (kaons) eletricamente neutros, por Cronin e Fitch em 1964. A invariância CPT implica que uma violação CP é sempre acompanhada de uma quebra da simetria por reversão temporal (T). No experimento, kaons se transformam em antikaons e vice-versa, mas não com a mesma probabilidade. Esse resultado, constitui um dos principais argumentos para explicar a primazia da matéria sobre antimatéria no universo em que vivemos.

Os experimentos aqui relatados, demonstram o esforço acadêmico para encontrar mínimas e sutis diferenças entre matéria e antimatéria. Representam um bom teste para possíveis violações de importantes simetrias fundamentais da natureza.

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

1 Antimatter | CERN (home.cern)

https://home.cern/science/physics/antimatter

2 C. J. Baker et al., Nature, 592, 35-42 (2021)

https://doi.org/10.1038/s41586-021-03289-6

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de julho de 2021

Pró-Reitoria de Pós-Graduação premiará melhores teses de 2019 e 2020

Novidade deste ano é a inclusão de três novas áreas voltadas para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Estão abertas, até o dia 18 de agosto, as inscrições para o Prêmio Tese Destaque USP, uma iniciativa da Pró-Reitoria de Pós-Graduação que tem como objetivo reconhecer e premiar as teses de doutorado de destaque defendidas nos Programas da USP, em todas as áreas do conhecimento, e estimular a constante busca pela excelência na pesquisa.

O autor da Tese Destaque USP receberá um prêmio no valor de R$ 10 mil e, seu orientador, R$ 5 mil. Também serão concedidas duas menções honrosas, que receberão diplomas de premiação assinados pelo reitor da Universidade.

São elegíveis as teses de doutorado defendidas na USP entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2020, em cada uma das nove grandes áreas do conhecimento: Ciências Agrárias; Ciências Biológicas; Ciências da Saúde; Ciências Exatas e da Terra; Ciências Humanas; Ciências Sociais Aplicadas; Engenharias; Letras, Linguística e Artes; e Multidisciplinar.

A novidade da edição deste ano é a inclusão de três áreas voltadas para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU): Sustentabilidade Ambiental, Sustentabilidade Econômica e Inclusão Social e Cultural.

“O modo de responder perguntas científicas relevantes tem sofrido aperfeiçoamentos, deixando de ser realizado sob a perspectiva de somente uma área de conhecimento para um modelo em que várias participam. Além deste fato, a ONU tem se esforçado para que as pesquisas, em todas as áreas, também se preocupem com o desenvolvimento sustentável em vários aspectos como uma maneira de melhorar a qualidade de vida na sociedade. A mudança no prêmio reflete essas mudanças, na qual todas as teses e áreas do conhecimento podem participar das três novas categorias baseadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Tenho certeza de que essas teses mostrarão para a sociedade e para a comunidade interna da Universidade a excelente qualidade da ciência e da formação de estudantes realizadas na USP”, destaca o pró-reitor de Pós-Graduação da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior.

Os trabalhos serão avaliados por 12 comissões julgadoras indicadas pela Pró-Reitoria, levando-se em conta critérios como originalidade da tese, relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação e valor agregado ao sistema educacional. O resultado será divulgado no dia 5 de outubro. A cerimônia de premiação será realizada no dia 20 de outubro.

As inscrições devem ser feitas, clicando AQUI.

Mais informações sobre as inscrições para o prêmio podem ser obtidas na página da Pró-Reitoria (VER AQUI).

O Prêmio Tese Destaque USP foi entregue pela primeira vez em 2011, para celebrar os 100 mil títulos da Pós-Graduação da Universidade e como uma forma de reconhecer a qualidade de seus alunos. Naquele ano, foram distribuídos 30 prêmios. Devido ao sucesso da iniciativa, o prêmio foi institucionalizado através da Resolução CoPGr 6423, de 27 de setembro de 2012, e já está em sua décima edição.

(Por: Adriana Cruz – Assessoria de Comunicação da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Fale conosco
Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
Obrigado pela mensagem! Assim que possível entraremos em contato..