Notícias

21 de novembro de 2017

IQSC/USP realiza 12º workshop da Pós-Graduação

Nos dias 27, 28 e 29 de novembro, o Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) promoverá o 12º Workshop de Pós-Graduação do IQSC, que contará com diversas palestras e apresentações orais.

Entre os palestrantes, incluem-se Carlos Gilberto Carlotti Junior, pró-reitor de Pós-Graduação da USP, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP e Glaucius Oliva, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e ex-presidente do CNPq.

Todas as atividades do workshop serão realizadas no anfiteatro térreo do IQSC, com as atividades tendo início às 8h30 e término às 17 horas.

Para mais informações sobre o Workshop, clique aqui.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

17 de novembro de 2017

Eleições para escolha de Diretor e Vice do Instituto de Física de São Carlos

O próximo dia 24 de novembro será marcado pelo processo eleitoral que definirá o Diretor e Vice-Diretor do IFSC/USP para o mandato 2018-2022, eleições que decorrerão, em primeiro turno, entre as 08h e as 10h, por meio de sistema eletrônico.

Concorrerão ao pleito os integrantes de uma única chapa inscrita, na circunstância, a constituída pelos Profs. Drs. Vanderlei Salvador Bagnato e Igor Polikarpov, docentes que já tiveram a oportunidade de apresentar suas linhas programáticas à comunidade do IFSC/USP em sessão realizada no Auditório “Prof. Sergio Mascarenhas”, no dia 13 do corrente mês.

Para acessar o Edital referente a este processo eleitoral, clique AQUI

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de novembro de 2017

USP: uma das universidades do mundo que mais emprega seus alunos

Em um ranking publicado pela renomada Times Higher Education (THE), divulgado no dia 15 deste mês, a Universidade de São Paulo foi inserida no grupo das 100 melhores universidades do mundo que mais empregam seus alunos, ou seja, que formam os profissionais mais procurados pelas empresas.

No total, o ranking traz 150 instituições de todo o mundo, sendo que a USP ocupa o 75º lugar, sendo que somente outras duas universidades da América Latina estão entre elas, nomeadamente, o Instituto Tecnológico de Estudos Superiores de Monterrey, no México, que ocupa a 101ª posição, e a Universidade Nacional Autônoma do México, na 141ª posição.

As quatro primeiras colocadas no ranking são dos Estados Unidos – Instituto Tecnológico da Califórnia (Caltech), Universidade de Harvard, Universidade de Columbia e MIT (Massachusetts Institute of Technology) -, sendo que a Universidade de Cambridge aparece na quinta posição – a única britânica no Top-10 – algo que está a preocupar – e muito – as autoridades locais, relacionando-se a queda do prestígio de suas universidades com a crise causada pelo “Brexit”.

O ranking é elaborado anualmente a partir de uma pesquisa feita na Internet com 2.500 pessoas, de mais de 22 países, responsáveis pela contratação de funcionários em suas respectivas empresas. Outros 3.500 diretores de empresas também opinaram.

Confira AQUI as 20 primeiras colocadas do ranking.

A publicação completa pode ser conferida no site da Times Higher Education.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de novembro de 2017

Biblioteca do IFSC/USP promove “Black Friday solidária”

Do dia 20 de novembro ao dia 1º de dezembro de 2017, os alunos que tiverem em débito com a biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) poderão “sanar suas dívidas” na Black Friday solidária, período durante o qual poderão devolver materiais atrasados* ou retirar impedimentos vigentes.

Além disso, no mesmo período, a biblioteca também estará recebendo materiais de limpeza (água sanitária, desinfetante, detergente, sabão em barra e em pó etc.), que serão doados ao abrigo de idosos “Helena Dornfeld”.

Para mais informações sobre a Black Friday solidária, compareça à biblioteca ou ligue para (016) 3373-9779.

*exceto para obras que estejam reservadas para outros usuários

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

 

17 de novembro de 2017

“Alme-se”: iniciativa espalhará “gentilezas” no próximo sábado (18)

“Alme-se” é uma iniciativa do Centro de Voluntariado Universitário (CVU),  inspirada no movimento The world need more love letters, e tem como principal objetivo espalhar pequenas gentilezas pelas ruas, procurando fazer o dia a dia de cada pessoa melhor através de cartas de esperança, amor e motivação, escritas com palavras que ofereçam conforto, ajuda e apoio, garantindo o sorriso de seu leitor.

No próximo sábado, 18, às 9 horas, no Centro de São Carlos, membros do CVU e convidados distribuirão rosas de papel crepom, cartões com mensagens positivas e abraços gratuitos às pessoas que passam pela rua. Os interessados em participar da iniciativa podem se inscrever no link https://goo.gl/TuAdSn.

Para mais informações sobre o “Alme-se”, clique aqui.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

14 de novembro de 2017

Festival de ideias Paris em São Paulo “O Amor ao Risco na Pesquisa?”

Numa organização do Escritório Acadêmico de Representação da Sorbonne Paris Cité (França) e da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani), com o apoio do Consulado da França em São Paulo, realiza-se nos próximos dias 28 e 29 do corrente mês, o evento Festival de ideias Paris em São Paulo O AMOR AO RISCO NA PESQUISA?, com a presença de pesquisadores das duas instituições. Com o evento Amor ao risco na pesquisa?, o Festival de Idées Paris desloca-se até a USP para dois dias de debates sobre o amor ao risco na pesquisa, convidando os pesquisadores e pesquisadoras de ambas as instituições a dialogar e confrontar pontos de vista sobre o risco assumido na pesquisa.

Toda pesquisa implica amor ao risco, ou somente uma assunção de risco, necessária ou contingente? O gosto pelo risco, se não se trata de amor, ainda existe? E a qual preço? Quais seriam os efeitos de seu desaparecimento? Os pesquisadores debaterão, nas mesas-redondas, campos disciplinares tão diversos como biologia computacional, inovação e literatura. Que riscos assumiram eles próprios no curso de sua vida de pesquisa? Quanto de amor ao risco é inerente à sua própria prática de pesquisa?

O Festival de ideias Paris em São Paulo O Amor ao Risco na Pesquisa? ocorrerá na Sala da Congregação do Instituto de Relações Internacionais (Av. Prof. Lucio Martins Rodrigues, s/n, travessas 4 e 5 – São Paulo). No dia 28 de novembro, o evento realiza-se entre as 13h30 e as 18h30, e no dia 29 de novembro, entre as 14 e as 20 horas

Confira o programa do evento, clicando AQUI.

Para se inscrever, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de novembro de 2017

Bolsas de Intercâmbio: Programa de Mobilidade de Pós-Graduação

A Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (AUCANI) lançou o edital nº 789/2007, referente a concessão de bolsas do Programa de Mobilidade de Pós-Graduação da Red de Macrouniversidades Públicas de América Latina y el Caribe, para períodos de intercâmbio de 90 a 150 dias (entre maio e dezembro de 2018), em instituições estrangeiras integrantes da Red Macro.

Serão indicados 3 (três) estudantes de cursos de pós-graduação da USP – Mestrado ou Doutorado.

As inscrições deverão ser realizadas até 9 de janeiro de 2018, exclusivamente via Internet, pelo Sistema Mundus, sendo que o candidato deve verificar os critérios, requisitos, condições e demais prazos no sistema Mundus. (Não é necessário fazer o login no sistema para consultar e se inscrever nos editais).

As dúvidas serão esclarecidas através do Fale Conosco (Assunto Editais – Intercâmbio).

Para visualizar o edital, clique AQUI,

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de novembro de 2017

Oportunidade de pesquisa no Grupo de Computação Interdisciplinar: iniciação científica e pós-graduação

O Grupo de Computação Interdisciplinar do Instituto de Física de São Carlos (GCI-IFSC/USP), através do docente Luciano da Fontoura Costa, oferece oportunidades de pesquisa a nível de iniciação científica e/ou pós-graduação na área de cienciometria, mais especificamente para o desenvolvimento de estudos sobre a eficiência sobre como os resultados científicos são transmitidos, como são formados grupos de colaboração, como caracterizar multidisciplinaridade, dentre outras questões relacionadas.

Para tanto, serão utilizados conceitos e métodos de redes complexas e reconhecimento de padrões.

Os interessados deverão contatar o professor Luciano no seguinte e-mail: ldfcosta@gmail.com

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

 

10 de novembro de 2017

O programa computacional que analisa narrativa de textos

Reconhecer os textos de seus escritores preferidos pode ser uma tarefa fácil para algumas pessoas. O estilo da narrativa, o uso de certas palavras, a descrição dos personagens, entre outras características de famosos textos literários, podem dar pistas sobre os autores e sobre a época que um texto foi produzido, mas, muitas vezes, essas características não são nítidas, mesmos para os leitores mais assíduos.

Assinaturas típicas obtidas para livros de três autores diferentes (um em cada linha). Os ciclos correspondem a retomadas de assuntos ao longo dos enredos (Imagem: Filipi Nascimento Silva e Luciano da Fontoura Costa)

Essa tarefa, no entanto, está sendo “automatizada” por programas de computador, como o criado por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Instituto de Matemática e de Computação (ICMC/USP)*, utilizando uma técnica de análise de imagens e visualização de grafos. Com participação do docente Luciano da Fontoura Costa, o estudo foi destacado pela MIT Technology Review por sua criatividade. “Através da caracterização de textos, é frequentemente possível identificar o estilo do autor, a época em que o texto foi escrito, o próprio autor, entre outras coisas”, explica Luciano.

Diante do dilúvio de informações que são geradas todos os dias na Internet, o interesse nesse tipo de análise é sempre crescente, já que, através dela, é possível filtrar informações pertinentes, facilitando as buscas por textos específicos, ou mesmo fazer-se recomendações de textos semelhantes.

Para caracterizar textos, uma das possibilidades é se trabalhar com a estatística de palavras, ou seja, analisar quantas vezes uma palavra específica é repetida no texto. Outra possibilidade mais conhecida é a análise por adjacência de palavras, isto é, analisar quantas vezes duas palavras aparecem juntas no texto.  “Para a construção de um grafo de relação entre palavras, transformamos cada palavra em um nó, gerando um grafo que analisará a adjacência das palavras”, elucida o docente. “Nós fizemos uma abordagem mesoscópica, ou seja, selecionamos diversas palavras seguidas, por exemplo 20, de trechos do texto, e analisamos as ligações entre os trechos semelhantes”.

Nesse tipo de análise, é possível identificar semelhanças não somente entre palavras, mas também na própria narrativa. “Se um evento é repetido no começo e no meio do texto, por exemplo, conseguimos observar como a narrativa se desenrola, extrapolando a análise para além da adjacência de palavras”, exemplifica Luciano.

Na pesquisa em questão, as obras de dez escritores diferentes foram analisadas, e em algumas delas é possível visualizar uma forte linearidade no enredo, o que é refletido nas imagens geradas. “Fizemos também a análise de todos os trechos de ‘Alice no país das maravilhas’, e só de se observar as figuras, é possível ter uma noção do enredo. Isso permite uma organização textual também através de trechos”, explica.

Diferentes técnicas podem ser empregadas para visualizar redes complexas. Algumas delas são herdadas dos métodos de visualização de grafos, enquanto outras levam em consideração a estrutura topológica destas redes, como a presença de hubs ou comunidades. Em geral, a visualização de uma rede baseia-se em determinar os vetores de posições (2D ou 3D) referentes a cada um dos vértices da rede. Outras propriedades como cor, forma, tamanho, etc. podem ser atribuídos aos vértices ou arestas, tanto usando informações extras, quanto utilizando propriedades obtidas de sua estrutura topológica. Métodos dirigidos por forças utilizam uma analogia física na qual cada vértice é representado por uma partícula carregada, e cada aresta por uma interação de forças entre elas. Vértices conectados ficam sujeitos a forças atrativas ao mesmo tempo em que todos os vértices repelem-se mutualmente. A figura ilustra o processo de visualização. À esquerda, é mostrada a rede na configuração inicial, com vértices aleatoriamente distribuídos sobre o plano. Técnicas de simulação molecular podem ser usadas para solucionar o sistema de partículas de modo que as novas posições representem um estado de equilíbrio (à direita). Na configuração final, vértices conectados são naturalmente dispostos mais próximos do que àqueles sem conexão. (Texto e imagem: Filipi Nascimento Silva e Luciano da Fontoura Costa)

Sob esse viés, vê-se que o estudo em questão caminha um pouco além em relação às análises tradicionais que, normalmente, consideram somente palavras adjacentes, e não o estilo ou enredo de textos. E, nesse sentido, a pesquisa também caminha em direção a análises de conteúdo de textos, algo que ainda é feito por poucos programas de computador até o momento. “No que se refere ao conteúdo, o desafio é um pouco maior, pois exige interpretação, algo que, além de desafiador, possui certo grau de subjetividade. Mas já conseguimos caminhar um pouco mais no que se refere à identificação da narrativa e/ou do enredo”, diz Luciano.

Ele enfatiza que a análise semântica de textos é bastante complexa, e que pode ser que demore alguns anos para que isso seja possível.  Na verdade, a solução plena deste problema deverá envolver a incorporação de boa parte da inteligência humana no computador (clique aqui para saber mais).

*Colaboraram no estudo o docente do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), Diego Raphael Amancio, e os pesquisadores, Henrique Ferraz Arruda (ICMC/USP), Vanessa Queiroz Marinho (ICMC/USP) e Thales Sinelli Lima (ICMC/USP)

**O estudo inclui três artigos, que estão disponíveis nos seguintes endereços: https://arxiv.org/abs/1708.07265https://arxiv.org/pdf/1606.09636.pdf e https://arxiv.org/pdf/1705.10415.pdf

8 de novembro de 2017

Os tortuosos caminhos da Ciência e Tecnologia no Brasil

Na edição de 07 do corrente mês do jornal A Folha de São Paulo, um dos destaques foi o artigo de opinião assinado pelo fundador do grupo ABC, Nizan Guanaes, tendo como tema Ciência é investimento.

De fato – e felizmente – começam a surgir, com alguma frequência, opiniões sobre a importância da Ciência e Tecnologia como baluarte para o desenvolvimento do país, uma importância estratégica que é levada muito a sério nas nações que, de fato, se empenham em desenvolver, modernizar, e com isso proporcionar mais qualidade de vida aos seus cidadãos; algo que parece estar longe de acontecer no Brasil, com a política a virar literalmente as costas aos cientistas e à ciência, cortando – de forma radical e abrupta – as verbas que deveriam estar reservadas à pesquisa nos seus mais variados quadrantes, principalmente no que toca à Saúde.

O destaque dado ao tema desse artigo veio na forma de declarações prestadas pela conceituadíssima chefe do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias da USP, Profª Lygia da Veiga Pereira, ao afirmar que a ciência é – em todo o mundo – sinônimo de crescimento sustentável da sociedade e da economia nacional, sendo que o que acontece no Brasil, com os cortes violentos realizados no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) em cerca de 44% só este ano, equivale à destruição de todas as infraestruturas de ciência, inovação e tecnologia erguidas durante décadas.

Coreia do Sul e Israel investem cerca de 4% de seu PIB em P&D, enquanto o Brasil apenas dedica 1% a essas áreas: mesmo assim, os pesquisadores de nosso país fizeram e fazem milagres, como transformar a nação na maior potência mundial agrícola, terem inventado o bioetanol ou inovando na exploração do pré-sal , exportando novas tecnologias relacionadas com aviação e, com isso, construindo e exportando aeronaves, já para não falar nos fantásticos avanços registrados na prevenção e combate a inúmeras doenças. Para Lygia Pereira “(…) não existe vontade política para o país avançar na ciência, quando a nação possui uma das melhores comunidades científicas do mundo (…)”. Sendo assim, quando os políticos não conseguem enxergar que a educação, ciência e tecnologia deveriam ser as prioridades nacionais destinadas a alavancar as restantes áreas e, com isso, gerar riqueza, está tudo dito.

Ainda abordando as áreas de Ciência e Tecnologia, foi extremamente interessante assistir ao último programa “Roda Viva”, exibido na TV Cultura, onde o atual cenário da ciência nacional foi debatido por pesquisadores ilustres, tais como: Carlos Henrique de Brito Cruz (Diretor Científico da FAPESP), Antonio José Roque da Silva (Diretor do Laboratório Nacional de Luz Sincrotron e do Projeto SIRIUS), Mayana Zatz (Diretora do Centro de Pesquisa do Genoma Humano e Células-Tronco do Instituto de Biociências da USP), e Alícia Kowaltowski (Professora do Departamento de Bioquímica da USP).

Um programa excelente e elucidativo, que merece a pena rever (CLIQUE NA FIGURA ABAIXO PARA ASSISTIR).

Fica, então, a pergunta: qual o real motivo de se tentar destruir a Ciência e Tecnologia do país?

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de novembro de 2017

Atualização da Produção Científica do Instituto de Física de São Carlos

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em outubro de 2017, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC/USP, no periódico Journal of Raman Spectroscopy.

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

8 de novembro de 2017

AUCANI: intercâmbio acadêmico internacional para docentes

A AUCANI – Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional lançou recentemente o Edital 787/2017, referente à seleção de professor da Universidade de São Paulo (USP) para representação acadêmica na Universitat de Barcelona (UB).

As inscrições encerram-se no dia 8 de dezembro de 2017 e deverão ser realizadas exclusivamente via Internet, pelo Sistema Mundus.

O candidato deve verificar os critérios, requisitos, condições e demais prazos no Sistema Mundus. (Não é necessário fazer o login no sistema para consultar e se inscrever nos editais).

Todas as dúvidas poderão ser encaminhadas pelo Fale Conosco do Sistema Mundus (Assunto Editais – Pesquisa).

Para acessar o edital, clique AQUI.

 

Inscrições abertas para o Programa de Cátedras Franco-Brasileiras no estado de São Paulo

Por outro lado, encontram-se abertas até dia 10 de novembro do corrente ano as inscrições para candidaturas ao Programa Cátedras Franco-Brasileiras no Estado de São Paulo, para mobilidade de professores visitantes, por um período de 45 dias a 2 meses, na Universidade de São Paulo.

O presente programa tem como objetivo apoiar novas colaborações ou projetos sobre temas emergentes, bem como fortalecer o desenvolvimento de cooperações de excelência pré-existentes.

A Universidade de São Paulo, a Universidade Estadual de Campinas e a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), em parceria com o Consulado Geral da França, em São Paulo, lançam pelo oitavo ano consecutivo o citado programa, que visa acolher professores ou pesquisadores de instituições francesas de ensino e de pesquisa, públicas ou privadas, com a exigência de haver reciprocidade com a acolhida do professor anfitrião da universidade brasileira na instituição francesa parceira do programa.

Este programa permite acolher – em todas as disciplinas – professores ou pesquisadores de instituições francesas, incluindo pesquisadores vinculados a laboratórios de P&D de empresas francesas, por uma duração de 45 dias a 2 meses.

O programa tem como objetivo apoiar novas colaborações ou projetos sobre temas emergentes, bem como fortalecer o desenvolvimento de cooperações de excelência pré-existentes.

Os candidatos selecionados receberão da USP, UNICAMP e UNESP uma bolsa mensal da universidade de valor de R$ 11.873,32/mês em 2018, referente ao salário de um professor convidado.

A direção das relações internacionais de cada universidade fica responsável pelo pagamento da bolsa.

O Instituto Francês do Brasil financiará a passagem aérea de ida e volta em classe econômica e o seguro internacional (responsabilidade civil, despesas de saúde, invalidez e repatriamento, etc.).

Para acessar o edital, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de novembro de 2017

TEC IN-2018 – 1ª Mostra de Tecnologia e Inovação de São Carlos

O docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, será o palestrante convidado no lançamento da TEC IN 2018 – 1ª Mostra de Tecnologia e Inovação de São Carlos, um evento promovido pela Prefeitura Municipal de São Carlos, através da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia.

O evento ocorrerá a partir das 09 horas, no Auditório Bento Prado de Almeida Ferraz Jr. – Paço Municipal de São Carlos (Rua Episcopal nº 1575 – Centro) – , sendo que a palestra de Vanderlei Bagnato abordará o tema A importância social da Pesquisa Científica.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de novembro de 2017

Biblioteca do IFSC/USP traz exibição diária de vídeos sobre plágio

Durante esta semana, a biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) fará a exibição diária de dois vídeos sobre plágio, um tema tão importante e polêmico na vida acadêmica.

A iniciativa faz parte das atividades da XX Semana do Livro e da Biblioteca na USP, que ocorrerá entre os dias 6 e 10 de novembro, e contará com atividades variadas, que serão realizadas nas diversas Unidades da USP.

Os vídeos “Um conto sobre plágio” e “Trapaças” serão exibidos diariamente no 1º piso da biblioteca do IFSC, com sessões as 10 e 15 horas.

Para mais informações, entre em contato na biblioteca através do número (16) 3373-9759.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

6 de novembro de 2017

CIERMag – vagas para pesquisadores na área de software

O Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo por Ressonância Magnética (CIERMag) dispõe, para contratação imediata, de vagas para pesquisadores em desenvolvimento de software. As posições oferecidas dizem respeito, respectivamente, a definição, desenvolvimento e construção de um Espectrômetro de Ressonância Magnética de concepção digital.

Entre as atribuições dos pesquisadores que ocuparão estas posições, está o desenvolvimento das camadas de software que definirão a funcionalidade do espectrômetro, tais como, interface com operador, controle de periféricos, suítes de métodos de RM etc.
– São necessários conhecimentos de linguagens de programação (tais como e na ordem de prioridade, Python, C++, C, VB.NET etc.);

– Conhecimentos de conceitos de Linguagem de Descrição de Hardware (VHDL ou Verilog) são altamente desejáveis, mas não obrigatórios;

– Conhecimentos de princípios de Ressonância Magnética são altamente desejáveis, mas não obrigatórios;

Os valores das bolsas seguem a tabela do CNPq em função do grau de especialização dos candidatos.

Os interessados deverão entrar em contato com Prof. Alberto Tannús através do Email goiano@ifsc.usp.br ou pelos telefones 55 (16) 3373 9836 ou 55 (16) 3373 6665 em horário comercial, mencionando “Projeto Espectrômetro Digital”, até 20 de Novembro de 2017.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de novembro de 2017

IUPAP envia carta ao Presidente da República sobre cortes na Ciência

Na tentativa de alertar o governo brasileiro para os prejuízos incalculáveis que serão causados devido aos cortes violentos, já em curso, nas áreas de Ciência e Tecnologia, bem como na eventual “fuga” de pesquisadores nacionais para outros países, o presidente da Assembleia Geral da IUPAP (União Internacional de Física Pura e Aplicada), Kennedy Reed, cujo congresso da entidade se realizou na USP, entre 11 e 13 de outubro último, endereçou no dia 19 desse mesmo mês uma carta ao Presidente da República, Michel Temer, explanando a preocupação de todos os membros do órgão perante o futuro incerto da ciência brasileira.

Embora tenha salientado que muitos países passam, de alguma forma, por constrangimentos econômicos e que a redução nos orçamentos é uma realidade, inclusive na área da ciência, o fato é que os cortes verificados em 2017, no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Brasil, na ordem dos 44% – bem como a expectativa de que novos cortes estimados em 15,5% ocorram em 2018 -, poderão comprometer o futuro da ciência e o desenvolvimento da Nação.

A missiva enviada ao Palácio do Planalto foi aprovada pela Assembleia Geral da IUPAP, estando publicada no website da entidade (AQUI).

Confira também a carta da IUPAP, na versão PDF (AQUI).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de novembro de 2017

IFSC/USP recebe no Anfiteatro Verde o “I Congresso de Fotoestética”

O IFSC/USP vai receber, ao longo do dia 19 do corrente mês, o I Congresso de Fotoestética, evento que ocorrerá no Anfiteatro Verde, da Unidade.

Coordenado pelo Prof. Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP), este congresso terá como principais destaques as seguintes palestras:

A ação da luz na estética (Prof. Vanderlei Bagnato – IFSC/USP);

Inovação – novas tecnologias na área estética (Drª Alessandra Keiko – USP);

Palestra e demonstração de três novos protocolos (Cecília Amparo Manoel – MMOPTICS/UNIARA):
Protocolo de recuperação pós-peeling de carbonização – reparação tecidual;
Protocolo ice-ambar para tratamento der manchas sem efeito rebote;
Protocolo ‘New Rejuvenating’ – rejuvenescimento fotônico anti-inflamatório.
Hipercromias e Rejuvenescimento (Drª Monica Salvagnini – (DERMOSCIENTIA).

Este evento conta com os apoios do IFSC/USP e da USP.

Para se inscrever no “I Congresso de Fotoestética” clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de outubro de 2017

USP São Carlos promove Feira do Livro da USP com diversas atividades gratuitas e abertas ao público

Na próxima semana, entre os dias 7 e 9 de novembro, das 10 às 21 horas, a USP São Carlos realizará a 4ª Festa do Livro da USP (FLUSP), evento incluso na 20ª Semana do Livro e da Biblioteca na USP.

Durante a FLUSP, que terá a maior parte de suas atividades concentrada no edifício E1 da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), serão realizadas apresentações musicais, lançamentos de livros, palestras e mesas-redondas, além de estandes com centenas de livros de diversas editoras, que oferecerão títulos com descontos de 30 a 50%.

Além dessas atividades, a FLUSP também trará espaços de leitura e um ponto de BookCrossing. No último dia da feira, 9 de novembro, será montado o planetário inflável do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), com a exibição em alta resolução de filmes sobre temas diversos relacionados à Ciência (formação do universo, células biológicas, óptica e luz etc.).

Atividades culturais

7 de novembro

Após a abertura oficial da FLUSP às 10 horas, será realizado o lançamento do livro “Versos desse Universo”, com o autor Ciro Julio Cellurale.

No período da tarde, às 15 horas, ocorrerá a mesa-redonda “Dar visibilidade ao invisível”, e às 17h00 haverá uma segunda mesa-redonda, intitulada “Novas diretrizes: construindo respeito”.

Finalmente, às 18h30, será realizada a palestra “Negociação Estratégica- aquisição de novos clientes, precificação e formação de parcerias”.

8 de novembro

Às 10 horas, ocorrerá o lançamento do livro “Energia renovável no Brasil: análise das principais fontes energéticas renováveis brasileiras”, com os autores Frederico Mauad, Luciano Ferreira e Tatiana Trindade.

Às 14 horas, ocorrerá o lançamento do livro “Flexo-Torção: Barras com Seção Aberta e Paredes delgadas: teoria e exemplos”, com os autores Dagoberto Mori e Jorge Muniar Neto.

Apresentações musicais

7 de novembro

Às 19h30, será realizado o show “Acusticamente Blues e Algo Mais”, com o gaitista e cantor David Tanganelli (clique aqui para mais informações).

8 de novembro

Às 18 horas, ocorrerá a apresentação do grupo “Integração Musical”, formado por alunos e funcionários da USP São Carlos, com um repertório que inclui canções do gênero pop, rock e choro (clique aqui para mais informações).

Logo após, às 19 horas, haverá a apresentação do músico Paulo Biachi, seguido pela apresentação da Mogiana Jazz Band, às 20 horas (clique aqui para mais informações).

9 de novembro

Às 13h30, o Coral da USP fará uma apresentação na escadaria do E1 (clique aqui para mais informações).

Todas as atividades da 4ª FLUSP são gratuitas e abertas ao público. Para acessar a programação completa da Feira, clique aqui.

(Créditos de imagem em destaque: Marcos Santos/USP Imagens)

26 de outubro de 2017

Avança a qualidade nos programas de pós-graduação

Segundo matéria publica na Revista FAPESP, edição de outubro, assinada por Fabrício Marques, o sistema brasileiro de pós-graduação avançou nos últimos quatro anos, quer na oferta de vagas, quanto nos indicadores de qualidade.

Assim, entre os anos de 2013 e 2017, o número de programas stricto sensu – que oferecem diplomas e são sujeitos a reconhecimento e autorização do Ministério da Educação para funcionar – cresceu em 25%. Atualmente, existem 4.175 programas, em comparação com 3.337 de quatro anos atrás, de acordo com a avaliação quadrienal da pós-graduação realizada pela Coordenação Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), cujos resultados foram divulgados em 19 de setembro.

São oferecidos 2.202 cursos de doutorado, 3.398 de mestrado e 703 de mestrado profissional. O número de programas de nível internacional, aqueles que recebem notas 6 e 7, as mais altas na escala da Capes, subiu de 412 para 465, representando agora 11% do total. No outro extremo, 119 programas (3%) receberam notas 1 ou 2 e seus cursos serão descredenciados. As solicitações de reconsideração de notas serão analisadas até o final do ano.

Todos os estados brasileiros tiveram programas avaliados – do Amapá, com apenas quatro, a São Paulo, com 894, contudo existe uma notável concentração dos cursos com notas 6 e 7 em seis unidades da federação: São Paulo (171), Rio de Janeiro (78), Rio Grande do Sul (61), Minas Gerais (56), Paraná (20) e Santa Catarina (20). Em termos relativos, o desempenho do Paraná chamou a atenção: tinha 11 programas com notas 6 e 7 em 2013 e hoje tem 20. Em 10 estados, não há um programa sequer com as duas notas mais elevadas. A maioria deles está nas regiões Norte e Centro-Oeste – mas nessa lista também está o Espírito Santo, no Sudeste.

A Universidade de São Paulo (USP) destaca-se em vários indicadores: teve 265 programas avaliados, quase o dobro da segunda colocada, a Universidade Estadual Paulista (Unesp), com 135, enquanto a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aparece em terceiro, com 116. A USP responde sozinha por 18% dos programas com notas 6 e 7 – são 83 ao todo. Num segundo pelotão, aparecem a UFRJ, com 39 programas, e a Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com 36, e a Estadual de Campinas (Unicamp), com 32.

A avaliação quadrienal repercute fortemente na comunidade acadêmica por ser usada como parâmetro sobre a relevância dos programas e dos grupos de pesquisa associados a eles, e por nortear a distribuição de bolsas e de verbas. Os programas com notas 6 e 7 têm mais autonomia e recebem financiamento diretamente da Capes, enquanto os com nota até 5 também são aquinhoados por intermédio da direção da universidade.

Por todas essas razões, é natural que as universidades se movimentem quando não ficam satisfeitas com os resultados. O desempenho da Unicamp manteve-se estável em relação a 2013, com 70% dos cursos com notas de 5 a 7, mas os resultados trouxeram uma surpresa desagradável: o número de programas com nota 7 caiu de 16 para 14.

Em declarações à Revista FAPESP, Rita Barradas Barata, diretora de avaliação da Capes, explicou que os critérios não são estáticos, sendo que as notas são definidas com base em critérios conhecidos, mas os pesos atribuídos a eles podem ser modificados por decisão dos coordenadores de área no final da avaliação, a fim de refletir a situação do conjunto de programas. Assim, não se comparam os programas com aquilo que eram há quatro anos, mas mostrando a posição de uns em relação aos outros , no corrente ano.

À parte o mal-estar, a Unicamp teve resultados bastante positivos, com a progressão para a nota 7 de programas em clínica odontológica e biologia vegetal, assim como diversos programas evoluíram da nota 5 para a 6.

A Capes dá apoio e monitora a pós-graduação brasileira desde 1976 e segue há quase 20 anos um modelo de avaliação em que os responsáveis pelos programas preenchem periodicamente um questionário com informações sobre vários quesitos: a proposta do programa, a qualificação do corpo docente, o perfil dos estudantes e a produção intelectual, além da inserção internacional dos cursos e a sua influência sobre outros programas. Tais dados são analisados primeiro por comitês de especialistas de 49 áreas do conhecimento, aos quais cabe apurar os resultados e recomendar notas. Em um segundo momento, o Conselho Técnico-Científico da Educação Superior da Capes, composto por coordenadores e coordenadores adjuntos das áreas dos programas acadêmicos e profissionais, reavalia os resultados e define as notas.

Tais etapas ocorreram entre agosto e setembro e duraram seis semanas. “Esgotamos nas primeiras quatro semanas os programas acadêmicos e nas duas últimas avaliamos os de mestrado profissional e os oferecidos por redes de instituições”, explica Rita Barradas Barata. O trabalho teve a participação de 1.550 membros da comunidade científica. Entre 1998 e 2013, as avaliações foram trienais. Com o crescimento do sistema, optou-se por ampliar o período e fazer o levantamento quadrienalmente.

A avaliação promovida pela Capes encontra paralelo em poucas iniciativas no mundo. Nos Estados Unidos, associações científicas fazem os processos de acreditação e de avaliação dos programas, mas de forma descentralizada. Nos países latino-americanos, os conselhos de pesquisa avaliam informações prestadas pelos programas e permitem ou não que continuem funcionando. Pelo tamanho da empreitada, nota-se que há uma semelhança com o sistema de avaliação das universidades do Reino Unido, que acontece a cada cinco anos – nesse caso, porém, a qualidade da pesquisa também é analisada junto com a do ensino e, com base na análise de indicadores e principalmente em avaliação por pares, define-se a distribuição de recursos para as instituições no período seguinte.

A regularidade da avaliação da Capes ajudou a moldar o sistema de pós-graduação brasileiro. A Unesp comemorou o crescimento dos programas nota 7 – eram três e agora são seis – e os de nota 6, que subiram de 15 para 21. O crescimento foi fruto de uma política de acompanhamento dos programas, com a exigência de relatórios anuais, com especial vigilância sobre os programas com nota 3. Não por acaso, a Unesp não teve nenhuma recomendação de descredenciamento. Já os programas de boa qualidade ganharam incentivos. A acreditação de um novo curso de pós-graduação na Capes depende de um processo semelhante ao da avaliação: a proposta de cada programa é analisada por uma comissão de especialistas na área, que recomenda uma nota. Se ela for igual ou superior a 3, a comissão encaminha um parecer ao Conselho Técnico-Científico da Educação Superior, a quem cabe a decisão final. A avaliação quadrienal não dá notas a cursos recém-criados. Não existem atalhos para alcançar as notas mais altas – o processo, em geral, é lento e cumulativo.

A pós-graduação da Universidade Federal do ABC (UFABC), instituição criada há apenas 11 anos, vem evoluindo paulatinamente. Dos 22 programas avaliados pela Capes, seis melhoraram a nota, um piorou e os outros 15 permaneceram no mesmo patamar. Três ganharam nota 5: o de nanociências e materiais avançados, o de ciência e tecnologia química e o de física. Na avaliação anterior, só o de física teve 5. Segundo o neurocientista Alexandre Kihara, pró-reitor de Pós-graduação da universidade, a avaliação privilegia instituições já consolidadas, sendo que as notas mais altas estão em parte relacionadas com o poder de nucleação que um programa tem, se ele trabalha em conjunto com programas mais novos ou se um egresso vira docente em outras universidades. Segundo Kihara, as instituições jovens têm dificuldades nesses quesitos.

Diversidade de critérios

Rogério Mugnaini, professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, estudou os critérios do Qualis-Periódicos, um sistema usado pela avaliação da Capes para classificar a produção dos programas de pós-graduação no que se refere aos artigos publicados em periódicos científicos, entre 1998 e 2012. Em um estudo apresentado em 2015, ele mostrou como a qualidade da produção dos programas é mensurada de formas variadas, a depender do campo do conhecimento, e apontou vulnerabilidades do modelo. Em áreas com tradição de publicar resultados em revistas estrangeiras indexadas, como física e química, indicadores de citação, principalmente o Fator de Impacto dos periódicos, são usados como referência da qualidade dos artigos.

Mugnaini afirmou (Revista FAPESP) que existe uma parte da produção publicada fora dessas bases que deixa de ser avaliada. Em áreas como geociências e nutrição, nas quais há um número restrito de periódicos indexados nas bases internacionais – como Web of Science e Scopus –, as citações não permitem distinguir a produção segundo seu impacto. Nesses casos, aceita-se como critério o fato de o periódico estar vinculado a alguma base de dados, na suposição de que passaram por algum crivo para chegar ali. Para Mugnaini, seria necessário auditar se as bases de dados aplicam os critérios de qualidade que declaram. Não há garantias de que sejam isentas de vieses. E também há campos do conhecimento, como artes e arquitetura e urbanismo, em que a qualidade das publicações, por não estarem vinculadas a revistas ou bases consagradas, é aferida por critérios como a origem diversa dos autores ou dos membros do conselho editorial do periódico.

Um dos aspectos da avaliação quadrienal que mais gera controvérsias tem a ver com a autonomia conferida a cada comitê de área para aferir a qualidade de seus programas. Para João Lima, da UNESP, tem comitês que tiram pontos do programa se o mestrado superar 24 meses e o doutorado, 48 meses, enquanto outros têm mais tolerância”, “É justo que a Capes utilize esses prazos como referência para duração de bolsas, mas não entendo por que penalizar um programa por algum atraso, já que isso não têm impacto em sua qualidade.” Lima, que foi coordenador de geografia da Capes entre 2008 e 2014, considera que a avaliação foi assumindo uma perspectiva muito tecnicista. “Existe uma receita a ser seguida que pode elevar a nota do programa ao longo do tempo por seus aspectos mais quantitativos. Mas há casos de programas de excelência que se recusaram a seguir essa receita, porque seus membros têm uma tradição mais humanista, e sofrem com isso”, explica Lima, referindo-se a programas consolidados de universidades tradicionais.

Para o médico Carlos Gilberto Carlotti Junior, pró-reitor de Pós-graduação da USP e professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), o sistema de avaliação deveria evoluir para captar mais elementos da excelência acadêmica, sendo que para ele é importante saber não apenas o quanto foi produzido, mas também qual é o impacto do conhecimento gerado tanto na ciência brasileira quanto na formulação de políticas públicas e no desenvolvimento do país”, sugere. Para ele, o produto final de um programa de pós-graduação não é a dissertação ou a tese, mas o aluno formado. Hoje, há vários aspectos sobre o aluno que não são mensurados, nem mesmo a qualidade da tese é avaliada.”

A USP, embora concentre programas de excelência, também enfrentou problemas na avaliação. Um curso de doutorado de clínica cirúrgica, por exemplo, recebeu nota 2 e será fechado. Outros seis programas tiveram nota 3 no mestrado e 2 no doutorado, situação que leva ao descredenciamento do doutorado. “Vamos nos reunir com cada programa e estudar o que fazer”, afirma Carlotti.

Rita Barradas Barata, da Capes, concorda que os critérios de avaliação precisam evoluir. Entre as mudanças cogitadas para a próxima avaliação quadrienal, estuda-se modificar o sistema de pontuação, atribuindo também notas intermediárias, como 6,5, em vez de apenas notas cheias. “Isso permitiria mostrar que o programa de alguma forma mudou de uma avaliação para outra, mesmo quando apenas acompanhou o movimento dos demais programas”, afirma. Mas as mudanças podem ser mais amplas. “O essencial é diminuir a ênfase na normatização e aumentar a preocupação com a qualidade. É preciso promover os artigos que tenham relevância, valorizar a flexibilidade da pós-graduação e a possibilidade de reconhecer formas diferentes de organização”, afirmou.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de outubro de 2017

Da informação à inteligência: a Revolução na Eletrônica a partir de 1970

Em uma matéria publicada pela revista Galileu em julho de 2014*, a autora introduz, logo no primeiro parágrafo, uma interessante observação: “o aparelho de telefone que você tem no bolso tem o poder de processamento e a capacidade de armazenamento várias vezes maiores do que o computador gigante que você usava para entrar no ICQ em 2003. Aliás, o seu celular é mais poderoso do que o computador da NASA que levou o Apollo 11 à Lua”.

A observação acima nos faz refletir sobre como a tecnologia eletrônica avançou assustadoramente nas últimas décadas, o que nos motiva a entender como essa evolução se deu desde o princípio, começando pela produção massificada do primeiro transistor, em 1947. “A maneira como os computadores modernos operam, até a forma como eles são programados, fundamenta-se, predominantemente, no formato digital”, explica Luciano da Fontoura Costa, docente do Grupo de Computação Interdisciplinar do Instituto de Física de São Carlos (GCI-IFSC/USP).

Até a década de 1970, os aparelhos eletrônicos tinham seu funcionamento em grande parte voltado à captação e processamento de sinais analógicos que, até hoje, tem sua importância para o funcionamento de dispositivos específicos**.  Mas, a partir desta década, os sinais digitais passaram a ocupar mais e mais espaço, por permitirem uma codificação da informação mais estável e menos sujeita a ruídos.

O primeiro marco

Microprocessador com EPROM (créditos: Wikimedia Commons)

Com o desenvolvimento dos transistores, os dispositivos eletrônicos passaram a ser produzidos em tamanhos e preços menores, envolvendo também menores gastos de energia. Os computadores, então, tiveram seu tamanho reduzido, enquanto suas capacidades de processamento aumentavam. Nessa linha evolutiva, os minicomputadores foram os primeiros a aparecer. Eles ainda eram grandes e caros (cerca de U$10 mil para cima, em configurações básicas), adquiridos principalmente pelo governo e empresas. “Para realmente viabilizar a produção em massa de computadores ao público geral, os circuitos integrados, conhecidos como microprocessadores, tiveram papel fundamental, já que essas peças continham diversos transistores em um único espaço, o que permitiu a produção de computadores pessoais pequenos e de custo acessível”, explica Luciano. “Os microcomputadores tinham como componente principal os microprocessadores, com um custo total bem menor que o dos minicomputadores”.

Esse novo modelo de funcionamento digital, uma quebra de paradigma na indústria da informática, foi sendo gradativamente extrapolado para os outros dispositivos eletrônicos (TVs, aparelhos de som, eletrodomésticos, aparelhos médicos, satélites etc.), que avançou fortemente até a década de 1980, e impulsionou o surgimento de diversos produtos e softwares mais flexíveis, a exemplo de editores de texto e planilhas.  “Em particular, o lançamento dos jogos eletrônicos interativos deram grande impulso à engenharia eletrônica e à informática. Os usuários desses jogos sempre apreciaram a rapidez e o visual dos jogos, o que estimulou a melhora da parte gráfica e da velocidade de execução dos computadores. Algumas das ferramentas utilizadas hoje no meio científico, inclusive, derivam em parte do desenvolvimento desses jogos”, comenta Luciano.

Nova quebra de paradigma 

Iniciada a década de 1980, computadores menores, mais baratos e multitarefas passaram a ser comercializados ao público. Mas a “grande sensação” viria no final da década, com popularização da Internet, que permitiria uma comunicação rápida, instantânea e, sobretudo, global. “O uso comercial público da Internet tem início em 1989, quando os computadores começam a ser interligados, primeiramente em empresas e universidades e, posteriormente, nos lares. Até então, dados eram compartilhados através de cartões de papel, fitas magnéticas e discos/disquetes”, elucida o docente.

A Internet evoluiu de discada para cabos ópticos e satélites e, assim como a evolução dos computadores, ela se tornou massificada e de baixo custo, e a velocidade de transmissão de dados também aumentou conforme os anos.

Entra em cena a inteligência artificial

Com a inserção da Internet no cotidiano de bilhares de pessoas, o compartilhamento de informações de maneira cada vez mais rápida é testemunhado – e testado – pela grande maioria das pessoas de forma contínua.

Créditos: Future of Life Institute

Mas uma nova Era na informática já teve início, e já podemos, inclusive, testemunhar esse novo momento, no qual tecnologias digitais, físicas e biológicas estão sendo completamente convergidas, dando origem à famosa “inteligência artificial”, que visa à criação de uma máquina que seja indistinguível do ser humano. “Esse é um dos grandes assuntos da atualidade”, afirma Luciano.

De acordo com o docente, os primeiros estudos dessa natureza remontam ao final do século XIX, passando por diversos ciclos, mas mantendo sempre a mesma motivação: emular o processamento neuronal humano e mimetizá-los nas máquinas.  “E o caminho é estudar o sistema nervoso dos seres humanos, para entender como eles aprendem para, posteriormente, replicar isso nas máquinas”, explica o docente. “O chamado deep learning, fundamentado nas redes neurais, tem se mostrado muito promissor tanto para a resolução de problemas quanto para a própria pesquisa científica em todas as áreas do conhecimento”.

Cada módulo básico de uma máquina pode ser comparado a um neurônio humano, e o grande desafio para pesquisadores nessa área é fazer com que vários microprocessadores “conversem”, integrem-se e gerem ações paralelas. “Os neurônios coordenam diversas ações paralelas no organismo humano, como a fala, a digestão, a respiração etc. É como se tivéssemos vários ‘processadores’ realizando essas ações ao mesmo tempo.  Os sistemas informatizados existentes possuem paralelismo a níveis ainda não comparáveis com o do sistema neuronal humano”, observa Luciano.

A próxima tendência

Entrando e saindo de foco durante as últimas décadas, os estudos de redes neurais já geraram diversos resultados. Atualmente, o “deep learning” é foco de atenção, explorando o processamento paralelo nas máquinas. “Com o avanço da tecnologia eletrônica, quase tudo hoje é automatizado, e geramos dados como nunca antes. Esses dados estão todos armazenados, e contém informação que pode levar à solução de uma infinidade de problemas. A questão que fica é: como extrair informações úteis dessa enorme quantidade de dados? A mineração de dados é um dos métodos para fazer esse filtro”, exemplifica o docente.

Uma das ações do “deep learning” é justamente analisar essa enorme quantidade de dados, e tentar tirar deles o máximo de informações possível. É uma nova ‘edição’ do paradigma neural que trabalhará com uma quantidade de dados jamais vista, inclusive tentando aprender automaticamente a partir das vastas quantidades de dados disponíveis. De acordo com uma matéria publicada no portal IFLScience, 90% dos dados mundiais hoje foram gerados nos últimos dois anos, com um geração diária de dados da ordem de 2,5 quintilhões de bytes.

Para se ter uma ideia de quão complexo é o desafio, a quantidade de estados binários dos neurônios que um ser humano possui é superior à quantidade de partículas elementares que existem no universo. Fica então fácil imaginar o quão desafiador é criar uma máquina capaz de gerar processamentos dessa ordem. Porém, as pesquisas indicam que estamos um pouco mais próximos de vencer esse desafio, que implicará em revisões ainda mais fundamentais do papel da informatização no mundo dos humanos.

*Matéria disponível neste link

**Sistemas de equações diferenciais, para simulações de aerodinâmica ou de estruturas, por exemplo, ainda funcionam com sinais analógicos

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

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