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3 de dezembro de 2018

Na Colômbia: Bagnato fala sobre relações entre academia e setor produtivo

Contar com infraestruturas modernas e com parques tecnológicos onde os pesquisadores e empresários trabalhem conjuntamente no desenvolvimento de suas ideias, são bases fundamentais que deverão ser inseridas em uma estratégia de inovação, devidamente enquadradas nos processos burocráticos.

Em entrevista à Agência de Notícias UN, da Colômbia, quando de sua recente visita aquele país para participar em uma banca de defesa de tese, o Diretor do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, destacou a própria experiência da Universidade de São Paulo na introdução feita acima: “Quando a USP, na década de 90, começou a dar os primeiros passos rumo à inovação e à transferência tecnológica, não havia uma única empresa que partilhasse ideias, projetos e espaços de debate com ela: hoje, contamos com cerca de 200 incubadoras. É certo que algumas delas não irão sobreviver, mas certamente que a maioria terá a projeção esperada por seus criadores. Um dos exemplos de sucesso é uma empresa da área de óptica que começou apenas com três pessoas e que ousou um dia iniciar um processo de desenvolvimento de satélites de telecomunicações, contando hoje com cerca de trezentos funcionários”, comenta o cientista.

Para Bagnato, atendendo a que construir laboratórios para pesquisa é extremamente oneroso, as universidades têm todas as condições para disponibilizar seus espaços não só para a geração de conhecimento, mas, também, para inovação e progresso. Na opinião do Diretor do IFSC/USP, estudantes professores e servidores devem estar sempre atentos na identificação de problemas que possam surgir no seio das sociedades, para que possam desenvolver soluções eficazes que sejam aplicadas em curto espaço de tempo: “Não se espera nem se deseja que os cientistas se transformem em empresários: o quje se espera e deseja é que eles possam transformar suas ideias em produtos, até para que as universidades façam parte integrante do processo de geração de riqueza para o país, tal como aconteceu na Europa, no pós-guerra, algo que, inclusive, a América Latina poderia seguir o exemplo através de um modelo que fosse capaz de combinar necessidades e oportunidades.

Para Vanderlei Bagnato, embora o financiamento público para a ciência seja fundamental, o certo é que as universidades devem demonstrar para a sociedade que essa transformação de paradigma vale a pena e que se podem colher resultados muito positivos para o país.

Outro aspecto abordado por Bagnato em sua entrevista, é que, embora haja um grande potencial humano e um interesse crescente pela área de inovação, os alunos continuam sua formação tendo como objetivo principal obter uma posição em uma empresa, e é por isso que deve haver uma mudança de mentalidade que lhes permita prosseguir seus estudos no sentido de criarem novos produtos e empregos.

Uma boa estratégia, que começou a dar seus primeiros frutos na Universidade de São Paulo, foi a implementação de cursos de empreendedorismo para que os alunos adquiram conhecimentos mais abrangentes, e logo a partir do primeiro semestre de suas carreiras, inclusive com a utilização do idioma inglês, que deve ser obrigatório. “Embora a pecuária no Brasil seja muito forte, os estudantes dos Estados Unidos são os que investem nesse campo. Nosso objetivo é mudar essa situação a partir de um tipo de educação na área financeira que permita aos nossos alunos gerenciar melhor seus recursos “, afirma Vanderlei Bagnato, acrescentando que ter uma unidade especializada em inovação e empreendedorismo é fundamental para esse propósito.

(Traduzido e adaptado por Rui Sintra – jornalista – no original da autoria de fin/JCMG/dmh /LOF/UN – UNIMEDIOS – Universidade Nacional de Colombia)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de novembro de 2018

Oportunidades para financiamento da “National Geographic”

No próximo dia 10 de dezembro ocorrerá das 14h às 16h, no Auditório do IEE – Instituto de Energia e Ambiente da USP (Av. Prof. Luciano Gualberto, 1289 – Cidade Universitária – São Paulo), a palestra Oportunidades para Financiamento da National Geographic, um evento aberto a todos os docentes, pesquisadores, funcionários e alunos da USP, por forma a conhecerem o importante processo de financiamento de tese/pesquisa proposto pela National Geographic à comunidade uspiana.

O evento é organizado por meio da parceria entre a National Geographic, o Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (MAE/USP) e a Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani/USP).

Este evento tem entrada livre

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de novembro de 2018

“Colloquium diei”“Biologia estrutural de proteínas transmembranares”

O IFSC/USP realizou no dia 30 do corrente mês a última edição de 2018 do programa Colloquium diei, com o colóquio Biologia estrutural de proteínas transmembranares, apresentado pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Andre Ambrosio.

Em sua apresentação, o palestrante sublinhou o fato do IFSC ser pioneiro na área de cristalografia de proteínas na América Latina e, ainda hoje, um dos principais centros de pesquisa em biologia estrutural nessa região.

Neste sentido, como docente recém-contratado junto ao Grupo de Cristalografia do FCI, o palestrante apresentou um panorama geral dos mais novos assuntos de sua linha de pesquisa; tratam-se de estudos estruturais de proteínas transmembranares mitocondriais, com importância no desenvolvimento do câncer.

A abordagem experimental faz uso de cristalografia de microcristais crescidos em fase lipídica cúbica e crio-microscopia eletrônica de transmissão. Esta linha de pesquisa vai ao encontro de iniciativas públicas em andamento no Brasil voltadas para a implementação e disponibilização de infraestruturas estados-da-arte abertas para a comunidade científica.

Estas são: (i) o Projeto SIRIUS (fonte de luz sincrotron de quarta geração), que prevê a construção de uma linha de cristalografia de raios X de nanofoco (< 1 µm x 1 µm) e alto brilho (> 1026 fótons.s-1.mm-2.mrad-2.0.1%BW e (ii) o Titan Krios, que é um microscópio eletrônico de última geração, equipado com sistema de detecção direta de elétrons, e coleta de dados – em condições criogênicas – de partículas proteicas isoladas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de novembro de 2018

CNPq: Inscrições abertas para “Prêmio de Fotografia – Ciência & Arte”

Estão abertas até às 18 horas do dia 18 de janeiro de 2019 as inscrições para o VIII Prêmio de Fotografia – Ciência & Arte, edição 2018, um evento promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e que tem como objetivos fomentar a produção de imagens com a temática de Ciência, Tecnologia e Inovação, contribuir com a divulgação e a popularização da ciência e tecnologia e ampliar o banco de imagens do CNPq, sendo apresentado em duas categorias:

I – Imagens produzidas por Câmeras Fotográficas

II – Imagens produzidas por Instrumentos Especiais

As premiações consistem em:

Importância em dinheiro para os premiados por categoria.

– 1º lugar – R$ 8.000,00 (oito mil reais)

– 2º lugar – R$ 5.000,00 (cinco mil reais)

– 3º lugar – R$ 2.000,00 (dois mil reais)

O primeiro colocado de cada categoria terá direito a passagem aérea e hospedagem para participar da 71ª Reunião Anual da SBPC, em julho de 2019, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande/MS, onde irá expor suas imagens e receber a premiação.

Mais informações, entre em contato pelo e-mail pfoto@cnpq.br ou acesse www.premiofotografia.cnpq.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de novembro de 2018

Ex-aluno do IFSC/USP atuando no setor financeiro nacional

O atual coordenador de validação de modelos de risco de mercado do Itaú-Unibanco, Nelson Mesquita Fernandes, de 34 anos, nasceu em Santos (SP), mas mudou-se para São Carlos quando decidiu cursar Bacharelado em Física no Instituto de Física de São Carlos. Até aos 12 anos de idade, Nelson viveu em Santos, onde realizou grande parte do ensino fundamental no Colégio Santa Cecília, tendo-se mudado, aos 18 anos, para a cidade de Birigui, interior de São Paulo, onde concluiu os ensinos fundamental e médio no Instituto Noroeste de Birigui. Nessa época, Nelson já demonstrava grande interesse na área de ciências exatas, mesmo tendo facilidade com as demais disciplinas.

Assim que finalizou o ensino médio, sua decisão foi ingressar na Universidade de São Paulo, tendo escolhido a USP de São Carlos, pois já tinha recebido boas indicações da cidade e do campus universitário. No princípio, Nelson queria cursar Engenharia, mas, em razão da grande concorrência, cogitou fazer matemática. “Minha amiga recomendou que prestasse vestibular para ingressar no IFSC/USP, porque, além da matemática, eu poderia aprender física. Achei uma boa ideia e prestei o vestibular para estudar no Instituto”, conta ele. O pesquisador diz que ficou bastante surpreso, positivamente, quando ingressou no IFSC/USP, pois vislumbrou, desde logo, que teria a oportunidade de aprender com excelentes docentes. Pelo fato de ter realizado sua iniciação científica logo no segundo semestre do curso, Nelson Fernandes não precisou fazer mestrado quando terminou a graduação, tendo realizado o doutorado no laboratório de neurobiofísica, sob orientação do Prof. Dr. Roland Köberle, do Grupo de Física Teórica do nosso Instituto.

O ex-aluno do IFSC/USP explica que resolveu realizar o doutorado porque os físicos que possuem essa formação são mais valorizados, tanto na área acadêmica, quanto na industrial. “Tenho a impressão de que o físico, apenas com a graduação, não tem a possibilidade de seguir carreira. É difícil conhecer um físico que não tenha concluído doutorado”, afirma. Na época em que estudava no Instituto de Física de São Carlos, ele não descartava a possibilidade de atuar na academia, mas as chances de trabalhar no setor industrial foram maiores. Nelson teve dificuldades para encontrar um emprego no mercado, já que a maioria das empresas, naquela época, buscava profissionais com formação em matemática, estatística ou engenharia. Antes de finalizar seu doutorado, encontrou um anúncio de uma empresa que precisava de um físico com doutorado. “Mandei o meu currículo para esse fundo de investimento privado, em São Paulo, e após uma semana fui contratado”, revela.

O ex-aluno do nosso Instituto trabalhou durante quatro anos nessa empresa, onde teve a oportunidade de aprender muito, tendo desenvolvido modelos de investimentos. Posteriormente, ingressou no Itaú-Unibanco, em São Paulo, onde trabalhou como especialista de validação de modelos de risco de mercado. Após um ano na empresa foi promovido ao cargo de coordenador dessa mesma área, supervisionando atualmente uma equipe de quatro colaboradores. Seu próximo passo é continuar investindo no setor de gestão, para que no futuro possa atingir o cargo de gerente da área de validação da companhia.

Segundo Nelson Fernandes, um físico com doutorado, em início de carreira, poderá auferir em torno de cem mil reais por ano, no setor financeiro, enquanto que um coordenador de risco, tal como ele, poderá faturar aproximadamente duzentos mil reais, anualmente.

Contudo, seu conselho para aqueles que já frequentam nosso Instituto, ou que queiram ingressar, e cujo objetivo seja trabalhar no setor financeiro, é que se dediquem e aproveitem a excelente qualidade dos docentes e pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos, pois é difícil encontrar uma instituição que se iguale a esta em termos de qualidade, de excelência.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bonagamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de novembro de 2018

Prof. Milton Ferreira de Souza (IFSC/USP) é homenageado pelo ParqTec

O ParqTec, através de seu Conselho de Curadores, realizará no próximo dia 30 do corrente mês, a partir das 19h00, a cerimônia de homenagem ao docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Milton Ferreira de Souza, concedendo-lhe, na circunstância, o prêmio “Peão da Tecnologia 2018”.

A cerimônia ocorrerá no saguão do Solar da Inovação, localizado no São Carlos Science Park – ParqTec, situado na Rodovia SP 215 – Luiz Augusto de Oliveira, km 148,8 – Bairro Parque Tecnológico – São Carlos.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de novembro de 2018

Curso de “Arduino”: IFSC/USP recebe alunos do SENAC

Oito horas de aulas divididas em dois dias de um curso que abordou as principais características da plataforma Arduíno para uma utilização lata em termos profissionais.

Esta foi a proposta lançada e concretizada na realização de um mini-curso promovido pelo IFSC/USP, realizado nos dias 20 e 21 de novembro, em estreita parceria com uma das muitas turmas que frequentam o SENAC de São Carlos e, neste caso específico, com uma turma do Curso Técnico e Informática.

Rodrigo Barreto

Para o Prof. Rodrigo Barreto (SENAC), que acompanha esta turma no curso do IFSC/USP, as aulas ministradas pelo técnico de nosso Instituto, Antenor Petrilli Filho, sob supervisão do Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes, têm sido impecáveis e de uma utilidade muito grande: “Estes alunos têm um projeto no SENAC relacionado com um grupo de robótica e como eles estão aprendendo toda a parte de hardware e como funcionam os componentes dos computadores, e porque algumas de suas competências têm como base a eletrônica, tem sido muito interessante poder unir todas elas neste curso de Arduíno. Estes alunos já tiveram anteriormente algum contato com a plataforma “Arduino”, mas a abordagem feita neste curso tem sido decisiva para que eles entendam tudo aquilo que se pode fazer com a plataforma e dar andamento a qualquer projeto que seja lançado”, comentou Rodrigo Barreto, que aproveitou para agradecer ao IFSC/USP a oportunidade dada ao SENAC para levar seus alunos para dentro da Universidade, proporcionando-lhes uma experiência que irá ficar gravada para sempre em suas memórias.

Antenor Petrilli Filho explicando os conceitos do “Arduino”

Para Antenor Petrilli Filho, o importante neste curso é poder passar alguns dos pontos fundamentais do Arduino e tentar adequar o vocabulário, atendendo a que esta turma tem alunos com várias faixas etárias “É a primeira vez que o SENAC visita o IFSC/USP e esperamos poder trazer mais turmas dessa prestigiada escola, bem como alunos de outras instituições”, acrescenta Antenor, cuja opinião é corroborada por Leandro de Oliveira, técnico de ensino do IFSC/USP, que assiste Antenor e que salienta o quanto essa turma do SENAC interage e tem vontade de aprender.

Carlos (36) é um dos alunos deste curso e confessa que já tinha “brincado” um pouco com o “Arduino”: “Sensacional poder estar neste curso e entrar mais profundamente na plataforma e ver todas suas potencialidades. Com isto, poderei dar corpo a alguns de meus projetos futuros”, enfatiza Carlos, que elogia a forma como as aulas foram programadas.

 

 

Maria Carolina (22) ainda não decidiu qual a área profissional que irá seguir, mas salienta que o curso é bem legal: “Estou bastante entusiasmada, até agora tem sido fácil. Acho que a programação é que vai dar mais trabalho”.

Embora cada aluno tenha a sua própria expectativa, o certo é que esta turma sairá do IFSC/USP com mais conhecimento agregado e a experiência do ambiente universitário.

Que assim seja!

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de novembro de 2018

Colóquio do PPGF/UFSCar com o Prof. Phillipe Courteille (IFSC)

O Programa de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal de São Carlos (PPGF/UFSCar) organiza na próxima quinta-feira, dia 29 do corrente mês, às 16 horas, na sala Swieca Nova, o colóquio intitulado Fenômenos de auto-organização induzidas por luz em gases atômicos ultrafrios e aplicações para sensoriamento inércia, que será apresentado pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Phillipe Courteille.

O espalhamento de luz por um conjunto de átomos é, do ponto de vista microscópico, um processo intrinsecamente cooperativo. Em nuvens atômicas frias, processos cooperativos podem dar origem a fenômenos de auto-organização e auto-sincronização, que são ainda mais pronunciados em dimensões reduzidas.

Neste âmbito o palestrante discutirá o exemplo de condensados de Bose-Einstein desenvolvendo instabilidades macroscópicas, quando eles interagem com os modos ópticos contrapropagantes de uma cavidade óptica anular.

Courteille também exemplificará como esses efeitos cooperativos podem ser aproveitados para monitorar ‘ao vivo’, isto é, de maneira não-invasiva, a dinâmica de ondas de matéria coerente, abrindo o caminho para novas aplicações em sensoriamento quântico e gravimetria.

(Em colaboração com o PPGF/UFSCar)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de novembro de 2018

“Mais do que atacar as causas é necessário saber evitá-las”

Terminou no dia 14 do corrente mês, no Vaticano, a Plenária da Pontifícia Academia das Ciências do Vaticano, onde os cientistas da Academia debateram o tema Papéis transformadores da ciência na sociedade: da ciência emergente às soluções para o bem estar das pessoas.

A Plenária teve início no dia 12, com o Papa Francisco recebendo os cientistas em audiência.

Em seu discurso, o Pontífice reiterou a necessidade de uma mudança de estilo de vida para promover um desenvolvimento integral e sustentável, uma mensagem que, para o Diretor do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato – único membro brasileiro da Academia –, é muito clara: a ciência tem que se antecipar aos problemas com os quais a humanidade se confronta diariamente, como a poluição, o uso excessivo de medicamentos e as mudanças climáticas.

“O Papa foi muito feliz”, comenta Vanderlei Bagnato “Enquanto nos preocupamos em sanar o efeito, seria mais importante combater a causa”.

Clique abaixo para ouvir a entrevista feita a Vanderlei Bagnato por Bianca Fraccalvieri, do Vatican News.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de novembro de 2018

No CDCC – “Christi Natalis”: Concerto de Natal do Brasileto Ensemble

O grupo vocal Brasileto Ensemble apresenta no próximo dia 04 de dezembro, no CDCC, a partir das 20h00, o concerto de natal – Christi Natalis, como parte da Semana “Natal das Estrelas”.

No programa serão interpretadas peças de diversos compositores, como Ernst Mahle (1929), Felix-Bartholdy Mendelssohn (1809-1847), Jose Miguel Galán (1977), Ralph Vaughan Williams (1872-1958), Georg Fridrich Haendel (685-1759), Frédéric Boissierère (John Henry Hopkins, Jr. (1820-1891), José Alfredo Oliveira (1951), C. Wood (1911-2001), José de Assis Valente (1911-1958), François-Auguste Gevaert (1828-1908), Otávio Henrique de Oliveira, Blecaute (1919-1983), James Lord Pierpont (1822-1893), Irving Berlin (1905-1991), François Couperin e Grand (1668-1733), Adolf Adam (1803-1853); Stefan Karpiniec (1953), Hector MacCarthy (1888-1989), Otávio Henrique de Oliveira, Blecaute (1919-1983), Mário de Sampayo Ribeiro (1822-1893), além de canções natalinas tradicionais e folclóricas.

Como pianista acompanhador, participará Hélio Tanomaru, natural de Naruto (Tokushima – Japão), que teve a sua formação musical com importantes professores como Rosa Tólon, João Fernando Paluan, Fernando Corvisier e Simone Gorete. É bacharelando em Piano Erudito pela USP com foco nas áreas de piano solo e correpetição de cantores e já se apresentou em recitais solos e concertos com orquestras do interior do Estado de São Paulo nas cidades de Lins, São Carlos e Ribeirão Preto.

A direção do grupo estará a cargo da mezzosoprano Luciana Gonçalves, natural de São Carlos, Bacharel em Música (Composição) pela Unicamp, aluna de canto lírico de Niza de Castro Tank e Glédys Pierri, tendo-se já apresentado com orquestras do interior e em diversos recitais pelo Estado de São Paulo.

O Brasileto Ensemble já foi um coro de câmara (hoje é um grupo vocal) e foi criado com a finalidade de dar a oportunidade aos alunos da professora Luciana Gonçalves de praticar o que aprendem nas aulas individuais, tanto de técnica vocal quanto de composição e arranjo. O repertório abrange todos os períodos da música erudita e também da música tradicional e folclórica, brasileira e estrangeira.

Em atividade desde 2004, o grupo já realizou mais de 80 apresentações nas cidades de Araraquara, São Carlos, Brotas, Piracicaba, Pirassununga, Matão, Rio Claro e Campinas.

Este concerto tem entrada gratuita.

Para saber mais sobre o coro, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de novembro de 2018

“Photocatalytic study of CuWO4 for the degradation of Rhodamine-B dye”

O Grupo de Pesquisa em Nanomateriais e Cverâmicas Avançadas (NaCA/IFSC), sediado no Campus – 2, realizou no dia 23 do corrente mês mais um seminário, apresentado pela doutoranda na área de Desenvolvimento, Caracterização e Aplicação de Materiais, Naiara Arantes Lima, subordinado ao tema Photocatalytic study of CuWO4 for the degradation of Rhodamine-B dye.

Em sua apresentação, Naiara começou por abordar como o atual processo da indústria têxtil de papel e curtume consome uma quantidade considerável de corantes orgânicos, como Rodamina-B, que são altamente tóxicos, carcinogênicos e teratogênicos.

Em sua palestra, Naiara pontuou como estes corantes são produtos economicamente vantajosos devido à boa fixação e estabilidade térmica / química, que mantém a cor por um longo período de tempo, sendo que, e por outro lado, como subproduto do processo de tingimento, há uma grande quantidade de água contaminada com Rodamina-B, que é descartada no ambiente sem tratamento adequado para a remoção / degradação das moléculas de corante.

Conhecendo este problema e com o objetivo de resolvê-lo, são necessários novos materiais capazes de degradar esses corantes, devolvendo a água tratada ao meio ambiente. Para ser factível, este material deve ter três características principais: alta eficiência, baixo custo e síntese simples. Na visão destes requisitos, a palestrante evidenciou como alguns óxidos semicondutores nanoparticulados foram estudados devido a sua eficiência como fotocatalisadores na degradação destes corantes. Principalmente por serem fotoativados com radiação na faixa visível do espectro eletromagnético.

Para a palestrante, é possível degradar Rodamina-B usando uma fonte limpa, barata, segura e abundante, que é a luz do sol. Entretanto, os mecanismos responsáveis pela fotoatividade ainda não estão totalmente elucidados. Por esta razão, a atividade fotocatalítica e a mecânica envolvida na degradação da Rodamina-B foram estudadas usando CuWO4 como catalisador e H2O2 como o agente sacrificial na reação.

O catalisador escolhido foi sintetizado pelos métodos Coprecipitation (CM), Hydrothermal (HM) e modificado por precursores poliméricos (MPP). Estes catalisadores foram estudados por termogravimetria, difração de raios X, microscopia eletrônica de varredura, análise de área superficial por BET e UV-Vis. CuWO4 com e sem adição do agente de sacrifício, para ter a melhor eficiência na fotodegradação de Rodamina-B, usando radiação visível.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de novembro de 2018

“Biofotônica: onde os fotóns e a vida se encontram”

Realizou-se no dia 23 deste mês, a partir das 10h30, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC/USP), mais uma edição do programa Colloquium diei, desta vez com a palestra subordinada ao tema Biofotônica: onde os fotóns e a vida se encontram, apresentada pelo Prof. Sebastião Pratavieira, docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC)
A biofotônica investiga, especialmente, os fenômenos envolvidos na interação da luz (fotóns) com sistemas biológicos (vida).

Dentre as várias possibilidades dessa área, destaca-se seu uso como ferramenta para o entendimento de fenômenos básicos em biologia molecular e celular, mas, contudo, sua maior aplicação está em técnicas de diagnóstico precoce e tratamento de diversas patologias.

Um dos principais benefícios do uso de técnicas ópticas que compõem a Biofotônica é que elas preservam a integridade dos tecidos e células biológicas examinadas. Neste colóquio, o palestrante apresentou alguns fenômenos fundamentais importantes que ocorrem quando a luz interage com moléculas do nosso corpo, tendo seguidamente apresentado as técnicas ópticas de espectroscopia e imagem (macroscópica e microscópica), a instrumentação que seu grupo desenvolve para realizá-las, como elas são analisadas e como essas tecnologias podem ser usadas para caracterizar células e tecidos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de novembro de 2018

Vanderlei Bagnato e William Phillips em palestra na Universidade de Maryland

O Departamento de Física da Universidade de Maryland (EUA) recebe no próximo dia 1º de dezembro, entre as 19 e as 20h30, uma palestra/apresentação pública coordenada pelos professores William Daniel Phillips (laureado com o Prêmio Nobel de Física em 1997) e Vanderlei Salvador Bagnato (Diretor do IFSC/USP), subordinada ao tema From Platinum Cylinder to Planck’s Constant: The biggest revolution in measurement since the French Revolution.

Os palestrantes realizarão, conjuntamente, demonstrações sobre os princípios físicos envolvidos na metrologia, incluindo uma demonstração ao vivo do novo conceito do quilograma, tendo como base o fato de que, por mais de 200 anos, o quilograma – a unidade de massa – foi definido como a massa de um objeto específico correspondente a um cilindro de platina mantido sob fortes medidas de segurança em Paris.

Essa definição antiga do quilograma já não é suficiente para a medição moderna, sendo que em março de 2019 ela será substituída por uma outra, mais sutil e definida, que envolve fixar o valor de uma constante fundamental da natureza – Constante de Planck -, que relaciona a energia de um fóton (uma partícula de luz) com a frequência da luz.

Este será um evento extraordinário que animará alunos, docentes e pesquisadores da Universidade de Maryland, nomeadamente para que todos possam ficar por dentro da história que antecede essa mudança histórica e como a fixação de uma constante fundamental da natureza pode ser usada para definir a unidade de massa, entre outros fatores.

Vanderlei Bagnato e William Phillips são ambos membros da Academia Nacional de Ciências dos EUA e são os últimos Presidente e Vice-Presidente da Comissão C2 da União Internacional de Física Pura e Aplicada, que é responsável pelas Unidades de Medição e Constantes Fundamentais da Natureza .

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de novembro de 2018

Colóquio no IFUSP apresenta “Universidade, USP, etc…”

Realiza-se no dia 29 do corrente mês, a partir das 16 horas, no Auditório Abrahão de Moraes (IFUSP), o colóquio intitulado Universidade, USP, etc…, com a participação do Prof. Dr. Luiz Bevilacqua – (IEA-USP).

A velocidade com que avança o conhecimento científico e as tecnologias derivadas não para de crescer. Mais que a era do conhecimento estamos vivendo a era do choque cultural. A Universidade, porém, persiste prisioneira nas celas das especializações departamentais.

A educação pretende formar profissionais para um mundo que entrou em um estado crítico de instabilidade. Os currículos olham para trás. A universidade se vê em um espelho.

Na realidade, a universidade entrou em um estado de grave de esquizofrenia. A pesquisa e a pós-graduação seguem a trajetória de redução da entropia do conhecimento, mas a graduação permanece na trajetória de acelerado decaimento para o zero absoluto.

A Universidade, como a concebemos tradicionalmente, está se tornando supérflua na nossa sociedade. Tende a ser provedora de diplomas e não de competências para o novo mundo que nos atropela, etc…

A entrada para este evento é franca, sem necessidade de inscrição prévia.

Transmissão online: www.iptv.usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de novembro de 2018

O Espectro de Fraunhofer no “Canal Oficiência” – TV/USP-CEPOF

O espectro de Fraunhofer – ou Linhas de Fraunhofer –, nas áreas de Física e Óptica, são um conjunto de linhas espectrais associadas originalmente a faixas escuras existentes no espectro solar, e que foram catalogadas pelo físico alemão Joseph von Fraunhofer (1787–1826).

As Linhas de Fraunhofer são de suma importância para a pesquisa da composição de corpos celestes que emitem energia eletromagnética. O fenômeno ocorre porque os fótons podem ser absorvidos por um átomo, causando o salto de um elétron de um orbital atômico para outro. Cada salto, chamado também de excitação, é associado com um comprimento de onda específico. Através do estudo de absorções do espectro eletromagnético luminoso visível podemos ver nas regiões ou camadas frias do exterior da superfície solar a evidência de átomos de muitos elementos.

Na TV/USP-CEPOF e também no Youtube, em seu canal Oficiência, o Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes explica tudo sobre o tema e “mete a mão na massa”, exemplificando através de experimentos.

Clique na imagem para assistir a esta interessante aula.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de novembro de 2018

Vaga para docente na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Encontram-se abertas, até meados de janeiro, as inscrições para concurso público para preenchimento de uma vaga para professor adjunto em Física Teórica no Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O regime de trabalho é de quarenta horas semanais, em tempo integral, com dedicação exclusiva.

Para consultar o edital do concurso, clique AQUI.

Para acessar os formulários e outras informações, clique AQUI.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de novembro de 2018

“Café com Física”: Denis Cândido apresenta seminário

Em uma apresentação baseada em sua tese de doutorado defendida recentemente, o pesquisador Dr. Denis Cândido (IFSC/USP) foi o palestrante convidado em mais uma edição da iniciativa Café com Física, subordinada ao tema Blurring the boundaries between topological and non-topological physical phenomena in dots.

Em sua apresentação, Denis elucidou como foi investigada a estrutura eletrônica e as propriedades de transporte de pontos quânticos cilíndricos topologicamente triviais e não-triviais, definidos por confinamento de poços quânticos (QWs) InAs1-xBix/AlSb, e, ainda pontos quânticos cilíndricos definidos a partir de confinamento desses poços contendo Bi, em ambos os regimes trivial (d < dc) e não-trivial (d > dc).

Como resultado dessas pesquisa, descobriiu-se que os pontos quânticos topologicamente triviais e não triviais têm propriedades de transporte semelhantes, algo que apresenta grande contraste com as suas versões semi-infinitas, como por exemplo uma fita.

Mais especificamente, através de cálculos detalhados, que envolvem uma solução analítica do problema de autovalores dos pontos quânticos, demonstrou-se que pontos quânticos cilíndricos triviais e não-triviais possuem estados de borda semelhantes, isto é, estados quânticos helicoidais protegidos contra espalhamento elástico não magnético.

Curiosamente, esses mesmos pontos quânticos triviais exibem estados helicoidais geometricamente robustos, similarmente aos pontos quânticos topologicamente não-triviais, em uma ampla faixa de parâmetros do sistema, como por exemplo, o raio do ponto quântico.

O tema deste Café com Física está descrito nos artigos, destacados abaixo, sendo que um deles foi aceito na prestigiada Physical Review Letters e o outro também como uma “Rapid Communication” e “Editors’ Suggestion”, no tradicional Physical Review B.

[1] D. R. Candido, M. E. Flatté and J. C. Egues, Phys. Rev. Lett., to appear; arXiv:1803.02936.

[2] D. R. Candido, M. Kharitonov, J. C. Egues, and E. Hankiewicz, Phys. Rev. B 98, 161111(R) (2018), (Editors’ Suggestion).

Denis defendeu seu doutorado dia 29 de junho de 2018 e deverá seguir para um pós-doutorado nos Estados Unidos (Chicago e Iowa), em Janeiro de 2019, tendo sido um doutorado de grande sucesso, tendo em vista as publicações de altíssimo nível.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de novembro de 2018

Entre 14 e 24 de novembro – “Escola de Cristalografia Molecular – 2018”

O IFSC organiza, em suas instalações, entre os dias 14 e 24 do corrente mês, a Escola de Cristalografia Molecular – 2018, subordinada ao tema Do processamento de dados à estrutura refinada, um evento destinado a pós-doutorandos e a jovens cientistas.

Tendo como tópicos principais o processamento de dados de difração, faseamento e determinação de estrutura e refinamento e validação de modelos, esta escola tem como organizadores locais os docentes e pesquisadores do IFSC/USP, João Renato Muniz, Richard Garratt e Glaucius Oliva, contando ainda com um Comitê Internacional composto pelos pesquisadores Kyle Stevenson e Ronan Keegan, ambos pertencentes ao Grupo CCP4, Laboratório STFC Rutherford Appleton, Reino Unido.

A sessão de abertura do evento realiza-se no dia 14, às 08h30, na Sala F-210 do IFSC, enquanto as aulas ocorrerão no Anfiteatro Novo de nosso Instituto

Para conferir a programação da Escola de Cristalografia Molecular, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de novembro de 2018

No IFSC/USP: Workshop “Ciência do Petróleo: Meios Porosos”

Fundamental para o desenvolvimento da indústria petrolífera, a Ciência do Petróleo oferece conhecimento, não apenas para a exploração desse produto, como também para seu uso de forma ambientalmente segura e economicamente viável.

Para aproximar essa indústria e grupos que desenvolvem pesquisa na área dentro da Universidade, o Laboratório de Espectroscopia de Alta Resolução por Ressonância Magnética Nuclear (LEAR), do Instituto de Física de São Carlos – USP, e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, promovem, nos dias 26 e 27 de novembro, no Espaço de Eventos do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP, o Workshop “Ciência do Petróleo – Meios Porosos”.

No evento, especialistas ligados à USP, Unicamp, Unesp, Unifesp, UFPA, Cenpes/Petrobras, IBM, Wikki Brasil, Bruker do Brasil e Oxiteno, entre outras instituições e empresas, discutirão temas científicos de relevo nas áreas de Geologia, Geofísica, Física, Matemática, Química, Engenharia, Biologia e Computação para a Indústria do Petróleo, com destaque para Rochas Reservatório e Meios Porosos em geral.

Serão também abordados tópicos relacionados com a história e a importância das Indústrias do Petróleo e Petroquímica no Brasil, a presença da Petrobrás na USP, bem como os benefícios da pesquisa já desenvolvida para outras áreas, como Engenharia Civil, Odontologia e Medicina.

Na abertura do Workshop, será proposta a realização de uma Conferência USP/Petrobras, com o intuito de estimular um movimento de colaboração multidisciplinar entre as duas instituições, através da integração dos Grupos de Pesquisa da USP e Gerências do Cenpes. Será destacada a importância dos recursos da Petrobras/ANP que são investidos na USP para estudos de interesse da empresa, envolvendo estruturação do parque de instrumentos científicos, consolidação de infraestrutura e realização de construções, que afetam a Universidade como um todo, incluindo linhas de pesquisa não diretamente ligadas à Indústria do Petróleo.

O Workshop será coordenado pelo professor Tito J. Bonagamba (Instituto de Física de São Carlos – USP).

Apoio: IEARP/USP, IFSC/USP, FFCLRP/USP, SUPERA Parque, Bruker do Brasil e AUREMN.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas clicando AQUI.

Mais informações: iearp@usp.br ou (16) 3315 0368.

Confira, abaixo, o cartaz com a programação do evento.

(Com informações de J.Henriques – IEA Polo de Ribeirão Preto)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de novembro de 2018

Saindo do IFSC/USP e entrando no imenso mundo da óptica

Após se formar em engenharia mecânica aeronáutica e também em eletrônica, pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP), Mario Antonio Stefani (54) sentiu falta de adquirir ainda mais conhecimento básico na área. Foi nesse momento, na década de oitenta, que este egresso da Universidade de São Paulo decidiu fazer seu mestrado e doutorado em física no IFSC-USP, na área de óptica/laser, um campo que estava começando a se desenvolver no Brasil.

Como era final da década de 80 e o Brasil acabava de sair de uma ditadura e de uma crise econômica, Mario enxergou grandes oportunidades numa área em que se utilizava laser. Para ele, até os dias de hoje, há muito que fazer no Brasil, o que torna o país um local com grandes oportunidades para os futuros profissionais que tenham vocação empreendedora. Mario conta, ainda, que naquela época os alunos que estudavam na Física já se deslumbravam com a área de lasers, um campo com diversas opções de atuação e novas soluções tecnológicas: fato que mexeu com a mente do engenheiro e o trouxe para o Instituto de Física de São Carlos.

“O caminho é sempre esse, da tecnologia básica para a aplicada. A física era tecnologia básica e conhecimento científico e eu tinha background de engenheiro, ou seja, já sabia transformar uma coisa em outra. Hoje, se você ingressar na Física, irá se deparar com diversas pesquisas, tecnologias básicas e várias oportunidades de futuras aplicações no mercado”, explica o profissional.

Satélite CBERS

Durante seu mestrado e doutorado, Mario já trabalhava na Opto, empresa de tecnologia optoeletrônica sediada em São Carlos e criada por um grupo de pesquisadores oriundos do próprio IFSC-USP. Assim, todos os seus trabalhos de mestrado e doutorado foram realizados dentro da própria empresa, onde acabou por ser o responsável pelo departamento de novos produtos da firma. Segundo ele, foi uma grande oportunidade que apareceu em seu caminho profissional: “Eu tive o apoio de alguns professores que enxergavam a importância de se fazer o mestrado e doutorado, trabalhando com aquilo que você aprendeu e criou na indústria, uma quebra de paradigma na época”, diz Mario Stefani.

Durante seu mestrado, ele desenvolveu um princípio de impressora a laser, um trabalho complexo que gerou várias outras tecnologias, além da forma de controle dessas máquinas. Essa base tecnológica deu origem a diversos outros produtos para a empresa, como lasers para aplicações médicas na retina, câmeras para o fundo do olho, bem como sistemas de monitoramento agroambientais. Posteriormente, já em seu doutorado, Mario criou um medidor de distância a laser, que rendeu diversas aplicações, tanto industriais quanto na área de defesa e espaço. Essa bagagem permitiu que a Opto – empresa na qual Mario se tornou sócio há vinte e nove anos – participasse de uma série de programas estratégicos na área de defesa e espaço. A Opto, por exemplo, desenvolveu as câmaras de sensoriamento remoto brasileiras para os satélites CBERS, numa parceria do Brasil com a China. Ou seja, todo esse conhecimento em óptica e laser adquiridos por Mario na engenharia e na física, desde a graduação até o doutorado, foi fundamental para a criação de todos os produtos que desenvolveu.

Durante essas quase três décadas em que se dedica à Opto, Mario revela que sempre passou por altos e baixos, sendo essa a primeira lição que aprendeu. Desde quando participou da fundação da Opto, em 1986, ele acompanhou diversas crises, principalmente, durante a criação dos primeiros produtos desenvolvidos pela empresa, numa época em que Mario ainda não tinha noções de qualidade, processo, legislação fiscal e trabalhista e normas de segurança, tópicos que para ele eram totalmente estranhos para um físico. “Foi a primeira pancada que a gente levou”.

Um ano após a fundação da firma, o Prof. Dr. Milton, um dos sócios fundadores que havia dado aulas para ele no IFSC/USP, conseguiu convencer um banco a investir na empresa e deu certo. A primeira mudança durante essa nova fase da companhia foi exatamente substituir os artigos científicos pela busca e criação de aplicações que dessem retorno financeiro. Foi assim que ele e sua equipe acabaram desenvolvendo uma série de produtos para a área industrial e, posteriormente, para a área médica. Para ele, no começo foi muito difícil encontrar os produtos em que a Opto pudesse competir no mercado e ganhar dinheiro, mas, depois de muitas tentativas e erros, a equipe acabou por encontrar o caminho. Um desses produtos, um modelo de refletor de luz fria, foi o “ganha pão” da firma por longo tempo e chegou a ter participação de quarenta e sete por cento do mercado mundial para a Opto.
Mario lembra, porém, que depois de quase vinte anos neste mercado, produtos destinados ao segmento odontológico, os chineses conseguiram entrar com produtos de baixa qualidade e extremamente baratos e acabaram por expulsar a empresa deste segmento. “Essa é uma das lições mais importantes. A solução de hoje pode não ser a de amanhã. De uma hora para outra as coisas mudam, pois além do risco de ruptura tecnológica, que é inerente à nossa atividade, existem riscos de mercado, de gestão e de legislação fiscal entre outros”.

Para os alunos que estão cursando Física na USP, Mario sugere que eles se aproximem dos empresários para que possam adquirir as experiências desses profissionais, já que muitos estão atuando há trinta ou quarenta anos e têm muitas histórias para contar. “Essas histórias são reais, vivências muito importantes, principalmente porque o Brasil só vai melhorar enquanto essa experiência não for perdida, quando os erros poderem ser evitados: as lições têm que ser aprendidas”, finaliza nosso entrevistado.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bonagamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP