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23 de agosto de 2018

Prof. Vanderlei Bagnato toma posse como diretor do IFSC/USP

Perante autoridades civis e religiosas, dentre muitos convidados, a Sede Avenida do São Carlos Clube recebeu no dia 17 de agosto, pelas 19 horas, a Sessão Solene de Posse dos novos diretores e vice-diretores de três unidades da Universidade de São Paulo instaladas no Campus USP de São Carlos, uma cerimônia conjunta que foi presidida pelo Reitor da USP, Prof. Vahan Agopyan, tendo a acompanhá-lo o Vice-Reitor, Prof. Antonio Carlos Hernandes e o Secretário Geral da USP, Prof. Pedro Vitoriano de Oliveira, dentre outros dirigentes da Universidade de São Paulo.

Nesta cerimônia foram empossados os seguintes dirigentes:

Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP): Prof. Vanderlei Salvador Bagnato (Diretor) e Prof. Igor Polikarpov (Vice-Diretor);

Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP) – Profª Maria Cristina de Oliveira (Diretora) e Prof. André Carlos de Carvalho (Vice-Diretor);

Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP): Prof. Emanuel Carrilho (Diretor) e Prof. Hamilton Varela de Albuquerque (Vice-Diretor).

Dirigindo-se aos presentes, tendo destacado alunos, docentes e servidores o IFSC/USP e com ênfase nas presenças de seus familiares e dos dirigentes da USP, coube a Vanderlei Bagnato ser o primeiro orador após a assinatura de seu compromisso de honra como diretor do IFSC/USP, um discurso que transcrevemos abaixo:

“Deixem explicar para todos a razão de estarmos a fazer aqui uma posse conjunta.

Prof. Igor Polikarpov lê compromisso de honra

O Campus USP de São Carlos tem hoje cinco unidades e temos que sinalizar o que seremos a partir de agora. Não mais seremos cinco unidades formando um Campus, mas seremos, sim, um Campus constituído por cinco unidades e, com esse propósito, nossa determinação e nossos esforços serão conjuntos a partir daqui e queremos realizar juntos, crescer juntos e nos sustentar uns aos outros. O Campus USP de São Carlos brilhará ainda mais nessa constelação da USP. Além disso, estamos realizando este Ato de Posse no centro da cidade de São Carlos, bem na frente da Câmara Municipal e da Praça Central. Isto para sinalizar que a USP está no centro da cidade e, com ela, suas lideranças pretendem promover ainda mais o desenvolvimento e bem-estar desta cidade que nos abriga. Não estamos apenas em São Carlos – somos parte de São Carlos. Dito isto, poderei falar algumas palavras sobre este ato.

Esta é uma ocasião muito especial para os novos seis diretores e vice-diretores que estão aqui sendo empossados. Primeiro, somos pesquisadores de carreira e poderíamos estar continuando nossos trabalhos, orientando nossos alunos, trabalhando em nossos laboratórios, em nossos projetos. Achamos, então, que chegou a hora de dar um pouco mais ao todo e promover nossas unidades, criando condições de trabalho para os demais. Se temos tempo de semear e colher, queremos, como diretores e vice-diretores, semear o futuro, por forma a que nossa instituição possa produzir ainda mais e permitir colheitas muito mais fartas do que as anteriores. A missão não parece fácil perante a realidade atual, mas vou seguir como sempre fiz – e acredito que este seja o sentimento dos demais que hoje tomam posse.

Pensar as possibilidades a partir das impossibilidades: quero olhar o futuro e ser capaz de fazer planos e promessas que todos esperam. Sinto que isso pode ser feito, pois temos um passado onde construímos qualidade e competência. Para dirigir, é preciso ter coragem, mas, mais ainda, sensibilidade e delicadeza para conduzir o tempo e o espaço da gestão. Estamos recebendo unidades da USP que foram relativamente bem administradas, mas todos sabem que nada é tão bom que não possa ser melhorado e não tem ruim que não possa piorar ainda mais. Estamos assumindo a obrigação de melhorar o que já está bom e nunca permitir o ruim de ficar pior. Os desafios são sempre maiores que nossas habilidades e o tempo disponível, mas é para isso que existem nossas equipes: contaremos com todos os funcionários e colegas de cada Instituto, para termos a certeza que nossas forças serão amplificadas e nosso tempo utilizado para a realização de nossa missão. Estamos assumindo unidades da maior Universidade do país, da América Latina e uma das maiores do mundo, e a mais democrática, também.

Aqui, cada centavo que uma criança coleta de esmola em um farol, para comprar uma bala na padaria, faz com que parte desse dinheiro venha – através de imposto – viabilizar a missão da Universidade. Isto é uma responsabilidade de tirar o sono e o fôlego. Mantida pelo enorme esforço de nossa população, não podemos virar a face às necessidades da sociedade; é necessário que façamos a melhor ciência possível e com ela a melhor possibilidade de soluções para a sociedade. É necessário formarmos os melhores profissionais, sem, contudo, deixar de prepará-los para darem o melhor de si pelo país. Como dizia Einstein – sou físico, portanto tenho que o citar – “O homem erudito é um descobridor de fatos que já existem, mas o homem sábio é um criador de valores que não existem e que ela faz existir”. Pois bem, apesar de não ser um homem sábio, terei que ser um diretor sábio, pois é necessário pensar diferente para criar novas condições e valores, que são a busca constante da nossa Universidade.
Temos que ousar em fazer coisas diferentes por forma a mudar o status atual das coisas. Como recentemente escrevi em um plano acadêmico elaborado para o meu Instituto, trabalharemos com valores norteados por alguns princípios:

– Ética profissional, permitindo dessa forma o respeito aos direitos de todos;
– Lisura em todas as atividades;
– Transparência nos atos administrativos e acadêmicos;
– Pluralismo para aceitar tos os pontos de vista e poder conviver com a opinião de cada um;
– e Comprometimento com todos os que estaremos dirigindo – estudantes, funcionários e docentes -, de forma a produzirmos o melhor possível em termos de preparo para o exercício da cidadania e para o avanço do conhecimento na área da Física.

Nossa visão de futuro é ser uma unidade de ensino superior em constante desenvolvimento, constituída por princípios de qualidade, sendo formadora de profissionais capazes de dar resposta pronta aos anseios da sociedade e do mercado de trabalho. Queremos, sendo parte da USP, estar alinhados com seus macros propósitos, além de ser uma unidade referência do país e atingir os padrões internacionais de qualidade. Nunca estaremos contentes se não atingirmos o todo. Tudo isso, sem perder a nossa elevada responsabilidade social.

Para nós, o dia de hoje antecipa o futuro, onde temos a responsabilidade de começar a traçá-lo. Este ato de posse é, para nós, mais do que um desafio dentre os vários que já investimos em nossas vidas; é um momento onde todos apostam em nossa capacidade e em nossas promessas que fazemos perante todos os que contribuem para nossa comunidade universitária. Ao fazer essas promessas, que RO dizer que neste mesmo instante tudo já se modifica, pois algo acontece: estamos comprometidos com todos. Como diz Eduardo Cagliano “A utopia está no horizonte: me aproximo do espaço e ela se afasta do espaço, Caminho pelo espaço e o horizonte corre pelo espaço. Por mais que caminhe, jamais o alcançarei. Para que serve então a utopia? Serve exatamente para que eu não deixe de caminhar”. Aqui é o mesmo! Por vezes seguimos utopias e, acreditem, esta é a forma de podermos alcançar locais ainda não explorados; e, ao chegarmos lá, ainda teremos mais para alcançar. Esperamos contribuir para a melhoria de tudo aquilo que nos incomoda, inclusive a grande desigualdade social que existe no nosso país.

Concluindo: o nosso conceito de passado não é aquilo que passou, mas aquilo que ficou do que passou. Iremos deixar um bom passado para quem vier depois de nós.

Agora, fora do conceito oficial, gostaria de falar um pouco com o coração. Meu querido Vahan, Hernandes, Sylvio Canuto e restantes colegas, a nossa Universidade passa por pequenos tremores que não chegam a ser terremotos e que vocês têm gerido de forma brilhante, sem nenhuma vítima – e é difícil suportar esses tremores sem causar vítimas e vocês têm conseguido isso. Numa linguagem que meu querido Reitor e amigo entende bem, não podemos sustentar um edifício apenas com uma coluna, nem se pode estabilizar uma edificação com muitas colunas totalmente desalinhadas, com cargas mal distribuídas. O Campus USP de São Carlos é para a USP um conjunto de cinco colunas, nas quais a Universidade pode se sustentar. Em São Carlos, essas cinco colunas têm a estrutura necessária para contribuir para a estabilidade que a USP necessita. Meu querido Reitor, meu colega do IFSC e Vice-Reitor Hernandes. Sobre as colunas do Campus USP de São Carlos a Universidade de São Paulo pode ampliar suas edificações, pois a nossa solidez está ao seu dispor e ao dispor da sociedade de São Carlos.

Muito obrigado a todos e que Deus me ajude a ser um bom diretor”.

(Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP)

22 de agosto de 2018

“Café com Física”: “Emergent Random Fields in Frustrated Magnets”

O Prof. Rajesh Narayanan, docente e pesquisador do Departamento de Física do Instituto Indiano de Tecnologia de Madras (Índia), foi o palestrante convidado em mais um programa da série Café com Física, realizado na tarde do dia 22 de agosto, nas dependências de nosso Instituto, tendo apresentado o seminário intitulado Emergent Random Fields in Frustrated Magnets.

As principais linhas de pesquisa de Rajesh Narayanan vertem sobre Teoria da Matéria Condensada: Teorias de Campo Quântico aplicadas a sistemas de matéria condensada, Transições de Fase Quântica e Física de desordens fortes.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de agosto de 2018

Do IFSC/USP para a Microsoft nos Estados Unidos

André Muezerie, ex-aluno do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), tem 38 anos e atualmente mora nos Estados Unidos, onde trabalha na sede da conceituada Microsoft, na cidade de Redmond, estado de Washington.

Nascido na Holanda, André realizou a maior parte de seu ensino fundamental em São Bernardo do Campo, São Paulo, no colégio São José. Naquela época, pelo fato de ainda estar aprendendo o português, teve bastante dificuldade com as disciplinas sociais, porém, sempre teve maior facilidade com as exatas. Durante o ensino médio, sua família mudou-se para São Carlos, onde André fez curso colegial técnico em eletrônica na Escola Técnica Estadual Paulino Botelho. Um de seus professores do “cursinho” havia comentado com ele sobre o curso de Física Computacional oferecido pelo IFSC-USP. André achou o título da disciplina bastante curioso, pesquisou sobre o curso e decidiu que ingressaria no Instituto de Física de São Carlos.

Após terminar sua graduação, o ex-aluno do IFSC-USP pretendia continuar na área acadêmica, tendo por isso iniciado o seu mestrado. Foi mais tarde, durante o doutorado, que resolveu ir para o setor industrial: “Eu me dei conta de que as oportunidades na indústria eram maiores e mais gratificantes para mim. Tenho bastante satisfação de trabalhar com algo mais concreto e ver esse trabalho amadurecer”. Assim que terminou o seu doutorado, André Muezerie começou a trabalhar numa startup em São Carlos, chamada 3WT – Wireless Web Word Tech -, onde atuou no desenvolvimento de sistemas embarcados.

Após um ano e meio, uma ex-colega do André, que também estudou no IFSC/USP, avisou-o que um recrutador da Microsoft estava à procura de novos profissionais e foi aí que o jovem resolveu enviar o seu currículo para participar da entrevista. Após passar por diversas etapas do recrutamento, André recebeu duas ofertas de emprego para trabalhar dentro da renomada empresa: a primeira era para atuar no grupo responsável pelo desenvolvimento do compartilhamento de arquivos do Windows, conhecido como SMB, enquanto a segunda oferta foi para trabalhar em outro grupo que desenvolvia um produto para prover alta disponibilidade no Windows Server, setor em que André atua até hoje como desenvolvedor.

“Eu escolhi trabalhar com essa equipe, porque o produto que eles desenvolvem é mais abrangente, além do fato de que eles interagem muito com componentes de outros grupos. Então, achei que teria maior oportunidade de aprender coisas novas nesse setor e ter mais sucesso na minha carreira”, explica o ex-aluno do IFSC-USP. A ansiedade foi o principal obstáculo que André Muezerie enfrentou quando começou a trabalhar na Microsoft, já que não sabia como seria o seu futuro profissional na empresa. Porém, ainda de acordo com o físico computacional, no final tudo decorreu de forma tranquila.

Segundo nosso entrevistado, o salário bruto de quem ingressa numa companhia parecida com a Microsoft, nos Estados Unidos, varia de acordo com a cidade e com o estado, mas pode chegar a, aproximadamente, R$ 229.000,00 por ano. “Nós sabemos que o pessoal que trabalha na Califórnia ganha cerca de vinte ou trinta por cento a mais do que aquele que trabalha em Washington”, pontua André, sublinhando que essa diferença se deve ao fato do custo de vida na Califórnia ser mais alto, principalmente devido aos altos preços de moradia e à cobrança de imposto de renda estadual em acréscimo ao Federal, que é comum a todos os estados.

Trabalhando há oito anos na Microsoft, André Muezerie acredita na possibilidade de crescer profissionalmente, uma vez que a empresa oferece oportunidades para que seus funcionários mudem de projetos e de grupos dentro da própria firma, fator que tem dado bons resultados à empresa e aos próprios empregados. Por fim, segundo a opinião de André Muezerie, os alunos que ingressarem no IFSC deverão se dedicar bastante ao curso, traçar um objetivo profissional e batalhar muito para alcançarem o objetivo almejado. Ele completa, ainda, sugerindo aos alunos pensarem grande, não se restringindo aos mercados locais ou nichos específicos.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bogamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de agosto de 2018

“Café com Física” – “Geometrically Frustrated Coulomb Liquids”

Em mais uma edição da iniciativa Café com Física, realizada no dia 21 de agosto, o IFSC/USP recebeu o Dr. Vladimir Dobrosavljevic, docente e pesquisador do Departamento de Física e do National High Magnetic Field Laboratory – Universidade Estadual da Florida (EUA), que dissertou sobre o tema Geometrically Frustrated Coulomb Liquids.

Graduado em Física, em 1983, na Universidade de Física de Belgrado (Iugoslávia), Vladimir fez seu mestrado e doutorado nos anos de 1985 e 1988 na Brown University – Providence (EUA), sendo que seu interesse pelo tema das transições metal-isolante é um dos destaques de sua vida acadêmica, tema esse que chegou a um foco renovado nos últimos dezoito anos, com a descoberta da supercondutividade em alta temperatura e que desencadeou muita atividade no estudo de “metais ruins”.

Muitos dos materiais desta família consistem em metais de transição ou mesmo elementos de terras raras, correspondentes a compostos que estão essencialmente à beira do magnetismo. Aqui, as abordagens convencionais se mostraram de pouca ajuda, mas pesquisas recentes levaram a uma verdadeira avalanche de ideias e técnicas novas e excitantes, tanto na frente experimental quanto na teórica.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de agosto de 2018

IEA/USP promove “Eleições 2018: Propostas para o Brasil”

Diante de um processo eleitoral que ocorre em meio a uma profunda crise econômica, institucional e política, o Instituto de Estudos Avançados da USP reunirá renomados especialistas no ciclo Eleições 2018: Propostas para o Brasil.

Com o objetivo de debater proposições para o país que, posteriormente, serão encaminhadas aos eleitos, gostaríamos de contar com sua presença para fomentar e enriquecer o diálogo, principalmente nos temas afins.

A seguir, listamos os encontros agendados e os especialistas convidados.

31/08: EDUCAÇÃO
José Goldemberg, presidente da Fapesp, ex-ministro da Educação e ex-reitor da USP;
Maurício Holanda, ex-secretário municipal de Educação de Sobral-CE e secretário adjunto de Educação do Estado do Ceará;
Mediador: Nilson José Machado, coordenador do Grupo sobre Educação Básica Pública Brasileira do IEA;

03/09: ECONOMIA
Marcos Lisboa, presidente do Insper e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda;
Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal – CCIF e ex-secretário de Política Econômica do governo federal;
Mediador: Glauco Arbix, coordenador do Observatório da Inovação e Competitividade (OIC) do IEA;

17/09: CIÊNCIA, TECNOLOGIA & INOVAÇÃO
Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente da Fapesp;
Fernanda De Negri, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea;
Mediador: Mario Sérgio Salerno, coordenador geral do Observatório da Inovação e Competitividade (OIC) do IEA;

20/09: GESTÃO PÚBLICA
Evelyn Levy, consultora e especialista em gestão pública para organismos internacionais e ex-Secretária Nacional de Gestão;
Humberto Falcão Martins, professor da EBAPE-FGV, ex-Secretário Nacional de Gestão;
Moderador: Fernando Luis Abrucio, professor e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, coordenador do curso de Administração Pública;

28/09: SAÚDE
Drauzio Varella, ex-diretor do serviço de Imunologia do Hospital do Câncer e um dos pioneiros no tratamento da AIDS no Brasil;
Mario Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da USP – FMUSP;
Mediador: José Eduardo Krieger, da FMUSP e ex-pró-reitor de Pesquisa da USP;

Os encontros serão sempre das 10h às 12h no IEA.

Para obter mais informações, clique AQUI.

Confirmação da presença através do email marmac@usp.br indicando o tema do encontro.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de agosto de 2018

Para diretor do IFSC/USP: Sem ciência não há progresso e riqueza

Uma sociedade é nada quando menospreza a ciência e o conhecimento, estando principalmente nas mãos dela inverter a situação.

Lançamento Apolo XI

Para o cientista e professor da USP no Campus de São Carlos, atual Diretor de nosso Instituto, Prof. Vanderlei Bagnato, o melhor exemplo de como uma sociedade pode – e deve – reagir à frase acima escrita, vem dos Estados Unidos, na década de 60 do século passado, quando as autoridades descobriram que tinham que fazer uma grande ação científica junto da sociedade americana, para que ela passasse a ter um capital técnico-científico elevado. Foi uma decisão não apenas com base para legitimar as ações do governo de então, mas principalmente para valorizar o quanto essas mesmas ações iriam desenvolver o próprio país daí em diante.

Foi assim que os Estados Unidos começaram uma verdadeira ação massiva na implantação de museus, construção de laboratórios, criação de brinquedos educativos relacionados com ciência, enfim, valorizando a educação fora do ambiente formal da área científica, algo que até aí tinha sido desprezado.

O entusiasmo dos americanos no lançamento da nave Apolo XI

Essa ação causou uma verdadeira revolução nos Estados Unidos e todo o mundo começou a valorizar a ciência nos mais diversos segmentos: esse sucesso resultou, por exemplo, em um apoio total da sociedade ao projeto Apolo, que logrou enviar os primeiros homens à lua, entre outros inúmeros projetos científicos da NASA, bem como a formação de grandes instituições de apoio a tecnologias dedicadas à saúde e a outras áreas consideradas de ponta. Para que tudo isso acontecesse nos Estados Unidos, o governo teve que ser parte do processo e os cientistas tiveram que assumir, por seu lado, o controle, a ação desse processo, algo que está longe de acontecer no Brasil, já que o primeiro passo deveria ter sido o governo criar programas que permitissem os cientistas divulgar a ciência, a nível popular.

Bagnato recorda que houve uma época em que o CNPq começou a fazer, com alguma frequência, editais para a divulgação da ciência: “O CNPq continua fazendo isso, mas atualmente de uma forma muito tímida, muito modesta, não dando continuidade aquilo que iniciou, diga-se, com algum entusiasmo. Então, é necessário que haja, de alguma maneira, uma ação nacional no nosso país para que a ciência tome espaço nos noticiários, na media e na mente das pessoas, algo que possa ter um impacto tão forte quanto a indignação referente à corrupção, à incompetência das lideranças nacionais, a um inconformismo popular igual ao que tem animado a sociedade relativamente a tudo isso”, sublinha o pesquisador.

Para este cientista, o fato é que não se pode esperar algo positivo dos líderes nacionais a este respeito, restando, para isso, esperar algo que venha da sociedade, sendo necessário que se popularize a ciência, tornando-a um patrimônio social: a isso se chama capital técnico-científico. “O capital cultural é tudo aquilo que diz respeito à cultura que é partilhada por todos, independente da condição social, ou da capacidade intelectual. Há fatos que devem ser responsabilidade de todos nós, independente da escolaridade, raça, credo ou status social. E com o designado capital técnico-científico é a mesma coisa, ou seja, todos temos que participar desse grande movimento. Obviamente, quem ensina ciências tem que saber de ciências: você não pode pedir para um vereador sair por aí dando aulas sobre o que não sabe. Então, essa ação envolve vários atores: existe quem fala, existe quem organiza, quem valoriza, quem escuta, etc..”, enfatiza Vanderlei Bagnato.

No exterior, crianças convivem com ciência desde tenra idade

Na opinião de Bagnato, há necessidade de se aproveitar aquilo que existe, começando exatamente pelas pequenas cidades, dando, como exemplo, a cidade de São Carlos: “A cidade de São Carlos tem um museu e ele tem que ser altamente frequentado. Daí, nós precisamos do poder legislativo da cidade para fazer alguns programas, para implementar e votar alguns projetos que atraiam as escolas públicas e as privadas, conclamando as universidades e os institutos de pesquisa instalados na cidade a colaborarem ativamente. Existem inúmeras possibilidades, incluindo a participação de instituições privadas, começando, por exemplo, com a Fundação Ayrton Senna, que financia inúmeros projetos, e a própria UNESCO, só para dar dois exemplos. Repare que São Carlos nunca recebeu uma exposição patrocinada pela UNESCO. Tudo isso e muito mais tem que ser feito e é extremamente importante que nós tenhamos a legitimidade e o apoio das autoridades locais para fazer isso”, salienta o cientista.

Recentemente eleito Diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da USP, Vanderlei Bagnato tem sido um dos que mais tem promovido ações para disseminar o conhecimento científico junto da população, só que, segundo sua apreciação, o efeito é muito pequeno: “Os canais de TV, as rádios, os jornais e a media eletrônica devem valorizar essa atitude em prol do empoderamento e da educação da população relativamente ao conhecimento, à ciência, introduzindo conceitos positivos e educacionais no seio dela”, enfatiza o cientista, acrescentando que acredita que a população brasileira, comparativamente ao que aconteceu nos Estados Unidos, na década de 60, estará ao nível daquilo que se espera dela: ou seja, quem decide a evolução do conhecimento de uma população é a liderança política e obviamente, neste caso, a liderança técnico-científica. “Se nós decidirmos que temos que prover educação científica e que temos que criar esse capital técnico-científico na educação, a sociedade vai adquirir isso. Ela já adquiriu outros capitais, porque não pode adquirir mais esse?”, questiona Vanderlei.

Em relação ao Instituto no qual é diretor, Vanderlei Bagnato afirma que o IFSC/USP tem uma responsabilidade enorme, já que a instituição começou a fazer divulgação científica exatamente para quem não é cientista, havendo a necessidade de ter ações massivas envolvendo a media escrita, falada e a televisiva. “Nosso Instituto é um dos que tem que liderar isso, porque se ele não fizer mais ninguém faz”.

Para concluir, Vanderlei Bagnato também lamenta o fato de não existir uma representação da ciência nos órgãos legislativos e executivos. “Há necessidade de termos pessoas que valorizem a ciência e o capital técnico-científico, principalmente nos órgãos legislativos. Não temos deputados, nem senadores, muito menos vereadores que defendam essa necessidade. Por exemplo, quando tivemos representantes científicos nos poderes legislativo e executivo aqui em São Carlos, vimos que o efeito disso foi muito positivo, independente de partidos políticos. Tem pessoas (poucas) que estão disponíveis para fazer esse trabalho, até porque estão completamente engajadas em sua missão científica, em fazer ciência para que o país avance”.

Para este cientista, se não houver pragmatismo nos próximos três anos, o Brasil vai ter grandes dificuldades em se recuperar, pois não tem como criar perspectivas para as pessoas e nem as pessoas que estão dentro das universidades estão enxergando até onde se pretende chegar para dar a volta ao ponto atual da situação nacional.

(Fotos – créditos: Nasa / Shutterstock / IFSC)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de agosto de 2018

A USP/São Carlos no Projeto Rondon – “Operação Palmares”

Realizou-se entre os dias 13 e 29 de julho último, no estado de Alagoas, mais uma edição do Projeto Rondon, ao qual foi dado o nome de Operação Palmares, cujo intuito foi levar oficinas de capacitação a doze municípios daquele estado.

Os professores e estudantes voluntários chegaram a Maceió no dia 13 de julho e ficaram hospedados no 59º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército Brasileiro para as atividades de abertura e integração entre as equipes das diversas Instituições de Ensino Superior. Entre elas esteve a equipe que representou o Campus USP de São Carlos, constituída pelos Profs. Otavio Thiemann (IFSC/USP) (Coordenador) e Marcia Cristina Branciforti (EESC/USP), e os alunos Rassiê Tainy de Paula (Licenciatura Ciências Exatas – Hab. Química – IFSC/IQSC/ICMC), Jéssica Cristina Ramos (Licenciatura Ciências Exatas – Hab. Física – – IFSC/IQSC/ICMC), Renata Gonçalves Fernandes (Bacharelado em Química – Ênfase Gestão da Qualidade – IQSC), Priscille Dreux Fraga (Engenharia Ambiental – EESC), Mário Berni De Marque (Engenharia Ambiental – EESC), Carolina Silva Costa (Engenharia Civil – EESC), Gabriel Linares Silveira Batista (Engenharia Aeronáutica – EESC) e Thiago Borges Gobbo de Melo (Bacharelado em Sistemas de Informação – ICMC), tendo como destino a cidade de Olivença, localizada no coração do sertão alagoano.

Equipe com líder da comunidade rural

Desenvolvido pelo Ministério da Defesa, em parceria com governos estaduais, municipais e Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e privadas, o Projeto Rondon tem como missão contribuir para a formação do jovem universitário como cidadão e para o desenvolvimento sustentável das comunidades carentes. A primeira operação do Projeto RondonOperação Piloto ou Operação Zero -, ocorreu em julho de 1967, e, na altura, contou com a participação de 30 alunos e dois professores oriundos de universidades localizadas no Rio de Janeiro, que desenvolveram suas atividades em diversos locais no estado de Rondônia.

Vista aérea de Olivença

O Projeto Rondon tem como objetivo beneficiar os municípios previamente selecionados com o envio de professores e alunos universitários de diferentes áreas do conhecimento. Poderosa ferramenta de transformação, tanto de universitários quanto das comunidades beneficiadas, o Projeto Rondon prioriza a formação de multiplicadores entre produtores, agentes públicos, professores e lideranças locais, permitindo, com isso, que as ações tenham efeitos duradouros, favorecendo no longo prazo a população, a economia, o meio ambiente e a administração locais. O aprimoramento de valores humanitários dos rondonistas manifesta-se na intensificação do sentimento de responsabilidade social e coletiva, em prol da cidadania, de defesa dos interesses nacionais, contribuindo na sua formação acadêmica e proporcionando-lhe o conhecimento da realidade brasileira.

Otavio Thiemann

Pessoa com elevado espírito humanitário, o Prof. Otavio Thiemann já cogitava, desde há alguns anos, participar do Projeto Rondon, até porque se trata do maior projeto de extensão universitária do Brasil, algo que não passa despercebido a quem, como ele, nutre uma vontade enorme de apoiar e integrar projetos de índole social. “Ano passado, um grupo de alunos me procurou e fizeram o convite para eu integrar, como professor coordenador, a equipe que estava sendo formada para apresentar um projeto e atuar no Projeto Rondon de 2018, comenta Thiemann. Mesmo sem saber onde iriam ocorrer as atividades, o docente do IFSC/USP aceitou imediatamente o convite: mais tarde, soube que o destino seria o estado de Alagoas, na designada Operação Palmares, que incluía doze municípios, entre os quais a cidade de Olivença, onde se desenrolariam todas as atividades da equipe.

Marcia Branciforti

Cada equipe tem que ter dois docentes, um deles assumindo a função de coordenador, sendo que houve algumas dificuldades em compor a equipe do Campus USP de São Carlos: enquanto os alunos estavam perfeitamente organizados e prontos para a missão, arranjar um docente disponível para completar o grupo foi complicado, em virtude de compromissos assumidos pelos docentes e do projeto se desenrolar em pleno período de férias. Quase na véspera da partida e por fortes motivos pessoais, um dos docentes convidados para participar foi obrigado a se afastar do projeto, tendo a Profª Marcia Cristina Branciforti aceitado o inesperado convite feito por Otavio Thiemann e substituído seu colega. “Foi um sufoco, uma correria, pois tive que alterar todo meu calendário de férias dois dias antes de viajar”, salienta Marcia, acrescentando que aceitou de imediato o convite, pois desde 2012 que desejava participar do projeto, mas, devido a diversos compromissos, nunca conseguiu concretizar essa aspiração. “Também foi um desafio enorme participar de um projeto que foi montado por outras pessoas e decidir passar dezessete dias longe de casa e da família com um grupo completamente desconhecido”, pontua a docente.

Cada cidade inserida na Operação Palmares recebeu duas equipes – Tecnologia e Saúde – sendo que a equipe do Campus USP de São Carlos estava inserida na área de “Tecnologia”, na cidade de Olivença, voltada para várias temáticas, como, por exemplo, indústria, agropecuária, empreendedorismo e educação, com a realização de inúmeras oficinas ministradas pelos alunos e que foram ocorrendo nos períodos da manhã, tarde e noite, ao longo das semanas que durou o evento.

Saliente-se que as cidades são escolhidas pela coordenação-geral do Projeto Rondon, pelo que, em fevereiro último, o Prof. Otavio Thiemann participou da designada Viagem Precursora, com visita à cidade de Olivença, para ali fazer um levantamento das necessidades, bem como um primeiro contato com a Prefeitura local.

 

A realidade de Olivença

Oficina de robótica

Para a Profª Marcia Branciforti, o que mais a fascinou foi o fato da cidade de Olivença estar longe de tudo, principalmente da capital do estado, Maceió, bem no meio do sertão alagoano. “Quando chegamos à cidade constatamos que era minúscula, com cerca de 11.700 habitantes, sendo que 80% deles residem e trabalham no campo”. No que diz respeito às oficinas, os alunos realizaram mais de trinta, tendo repetido algumas a pedido da própria população, que acolheu os rondonistas uspianos de forma extraordinária. “Um viés das oficinas foi voltado para o público infanto-juvenil, algo que teve muito impacto nas comunidades locais, todas elas com muita carência do tipo de atividades que organizamos – robótica, construção de brinquedos, cidades desenhadas, entre outras. Já no público adulto, o grande interesse esteve na oficina de empreendedorismo, que teve que ser desdobrada para dar resposta aos pedidos feitos pela população”, elucida Otavio Thiemann.

Empreendedorismo

Oficina “Cidade Desenhada”

Olivença não possui qualquer empresa instalada em seu território. A população divide-se nas tarefas rurais, ocupando alguns (pouquíssimos) cargos públicos no centro da cidade, ou subsistindo graças ao programa “Bolsa Família”. Então, é fácil de imaginar que todo o mundo que participou das oficinas de empreendedorismo tinha (e tem) o intuito de montar o seu pequeno negócio, pelo que a participação foi enorme. Outra oficina que atraiu interesse foi a criação de hortas individuais, tendo em vista a criação de hortas comunitárias no futuro, independente da escassez de água naquela região, que é um problema grave.

A figura do “Anjo”

Como complemento importante do sucesso desta edição do Projeto Rondon, coube ao 59º Batalhão de Infantaria (Maceió) designar treze militares, entre sargentos e oficiais, cabendo a cada um acompanhar o desenrolar do processo em cada cidade. Eles foram importantes no auxílio às equipes de rondonistas, estabelecendo elos com as comunidades locais e reportando as necessidades à sua unidade. A presença de cada militar junto das comunidades foi uma espécie de tônico para elas, uma garantia de segurança e confiança. Eles são chamados de “Anjos” neste projeto e são escolhidos a dedo. “Esses militares são selecionados pelos superiores pelo seu comportamento e empatia com as pessoas e são encarados como ídolos junto das populações”, esclarece Thiemann.

Balanço final

Criação de horta

Para Otavio Thiemann e Marcia Branciforti, um fato que deve ser enaltecido é a participação dos alunos da USP de São Carlos na Operação Palmares, principalmente no que diz respeito à competência, entrega, dedicação e preocupação com todos os detalhes que envolveram seu trabalho e que resultaram, dentre outros fatores, em uma relação muito próxima e extremamente coordenada e amistosa junto das comunidades abrangidas, trabalhando afincadamente, enfrentando e resolvendo alguns problemas, por forma a que tudo desse certo. Marcia e Otavio afirmam que vão querer repetir a experiência – talvez não imediatamente -, independente do fato de terem que ficar longe das famílias, o que, de alguma forma, é sempre penoso: contudo, segundo eles, vale a pena o sacrifício em prol de comunidades carentes. “Foi uma experiência fantástica!”, concluem ambos.

 

Clique na imagem abaixo para assistir a um pequeno vídeo (autoria do aluno  Gabriel Linares Silveira Batista) que ilustra bem a alma do Rondon.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de agosto de 2018

IFSC/USP: Triplicando atendimento no tratamento da artrose

Devido ao grande número de pacientes que têm procurado atendimento na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF), instalada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, nomeadamente no que diz respeito aos tratamentos dos processos dolorosos causados por artrose, a coordenação daquela unidade decidiu triplicar a capacidade de atendimento.

Assim, dos habituais trinta atendimentos mensais, a equipe da UTF começa agora a atender cento e dez pacientes por mês, indo ao encontro da súbita e enorme demanda por esses serviços (gratuitos), consubstanciada por várias centenas de pacientes, oriundos de todos os estados de nosso país e mesmo do exterior, que têm contatado o IFSC/USP e a UTF no sentido de se poderem cadastrar para iniciar os tratamentos.

(Foto: Secuvita)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de agosto de 2018

IFSC/USP abre portas para entrada na área da petrofísica

Ao contrário do que acontece com a maioria dos profissionais que resolve apostar na área de ciências exatas, André Alves de Souza – que veio de São Bernardo do Campo para estudar em São Carlos – não tinha qualquer gosto pelos números, já que seu interesse estava totalmente voltado às ciências humanas, paixão que durou até aos 20 anos de idade.

Para André, hoje com 38 anos, a mudança para a área de exatas surgiu devido aos seus planos de ter maiores possibilidades de carreira como engenheiro e, para ele, naquele ponto, a área de humanas não apresentava tantas oportunidades quanto a de exatas. Assim, André Souza ingressou na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no curso de Engenharia Física, sem, contudo, ter algo específico em mente: era algo novo para estudar, uma área ampla.

Após terminar o curso de cinco anos, André sentiu que, apesar de ter tido uma boa base acadêmica, ainda estava perdido, sem saber qual o caminho a seguir, já que a Engenharia Física abrangia um campo bastante diversificado. Assim, decidiu ingressar no Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), onde realizou sua pós-graduação sob orientação do Prof. Dr. Tito J. Bonagamba, na área de Ressonância Magnética (RM). Quando estava no terceiro ano de seu doutorado, um amigo, que trabalhava no Rio de Janeiro, incentivou-o a conhecer a área da petrofísica: foi quando o ex-aluno do IFSC-USP se apaixonou pela área: “Fui da paixão pelas humanas para o encantamento das exatas, de uma forma surpreendentemente natural”, salienta André , com humor.

André trabalha ainda hoje nessa área, como Pesquisador Associado, numa empresa onde realiza projetos com várias indústrias, fazendo, inclusive, prospecções de rochas. Pelo fato de ter saído da academia, que para ele era um ambiente mais livre, sentiu certo impacto quando entrou para a área produtiva, em 2010, algo que foi se atenuando perante a habituação a um determinado foco que só é encontrado no setor produtivo, bem como à expectativa de uma evolução contínua na área, que é muito grande e promissora.

A empresa onde André desenvolve sua atividade (www.slb.com) é líder mundial em prestação de serviços em tecnologia e soluções em informação e no gerenciamento integrado de projetos para o setor de exploração e produção de óleo e gás, sendo que, atualmente, a empresa emprega aproximadamente 123.000 funcionários em todo o mundo, trabalhando em mais de 85 países. É uma empresa de alto padrão, que investe fortemente em pesquisas, visando suportar e aumentar sua liderança tecnológica. No Brasil, a empresa está presente há quase 70 anos, sempre investindo no desenvolvimento, tanto de mão-de-obra especializada brasileira quanto de técnicas e tecnologias de ponta para o setor nacional.

Segundo André, um profissional com pós-graduação, como ele, que optar por trabalhar na área da petrofísica, poderá receber um salário superior a R$6.500,00 (que é o piso da engenharia, por exemplo), mas avisa aos alunos que pretenderem trilhar o caminho da Física, que eles irão precisar se focar muito nos estudos: “Eles têm que procurar algo que gostem. O bom da física, é que ela tem essa abrangência de áreas. Eles não devem pensar apenas em dinheiro, têm que focar em fazer aquilo que gostam”, finaliza.

(Entrevista constante no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bogamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de agosto de 2018

Prof. Trajano disserta sobre “A verdadeira história da aviação”

A verdadeira história da aviação foi o título de mais uma palestra inserida no já tradicional programa Colloquium diei, promovido pelo nosso Instituto, realizada no dia 17 de agosto, com a participação do Prof. Rogério Trajano (IFSC/USP).

O Prof. Rogério Trajano foi Professor Pesquisador do IFSC por mais de três décadas e desde o início de sua carreira mostrou enorme interesse sobre a história da ciência e da tecnologia.

Prova disso é que, por muitos anos, ministrou brilhantemente diversos cursos sobre essa temática, além de ter proferido inúmeras palestras sobre os mais diversos períodos da ciência.

Em sua apresentação, o Prof. Rogério Trajano debateu a verdadeira história da aviação, que ainda é envolta de muitas controvérsias.

Assista AQUI ao colóquio.

Assessoria de Comunicação – IFSC – USP

17 de agosto de 2018

Representantes do Poder Legislativo de São Carlos visitam IFSC/USP

A Universidade de São Paulo tem no Campus USP de São Carlos uma das suas partes mais produtivas. As cinco unidades que compõem o Campus somam, aproximadamente, quinhentos professores e realizam formação de profissionais e pesquisa.

Utilizando-se desta competência, o Campus da USP de São Carlos realiza diversas ações de divulgação e complementação da educação de nossos cidadãos. É estimado que, dos recursos externos que entram nas unidades da USP de São Carlos, ao redor de R$ 60 mi, de cada unidade, permanecem na cidade e região. Isto significa que, através dos salários dos docentes, funcionários, projetos de pesquisa e estudantes, o Campus USP de São Carlos traz e deposita na região em torno de R$ 300 milhões por ano, já para não citar todo benefício que ele traz para a nossa cidade e região, movimentando de forma considerável a economia local.

Apesar de ser inquestionável o valor da USP de São Carlos para a região, o relacionamento desta grande excelência com os poderes locais (legislativo, executivo e judiciário) ainda é pequeno. A ausência de canais eficientes de comunicação deixa de otimizar o uso que a cidade e sociedade podem fazer desta competência. Temos, sim, iniciativas isoladas, mas, no momento que o país vive, torna-se fundamental uma cooperação conjunta, por forma a que se tornem mais cotidianas as atividades ricas em responsabilidade social.

Procurando vencer essa barreira e de fato trabalhar em conjunto em prol da sociedade, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) começa uma sequência de encontros com a Câmara de Vereadores, com a finalidade de promover conhecimento e atuação conjunta. A Universidade não vai desviar sua função de gerar conhecimento e recursos humanos, mas pode fazer isso conjugadamente com as necessidades de nossa sociedade e beneficiar o povo que, de fato, paga tudo isso.

No dia 10 de agosto do corrente ano, a primeira reunião IFSC-USP/Vereadores já foi um passo importante na direção de mostrar que, se houver uma ação conjunta, a competência da cidade poderá transformar a “cidade dos doutores” na cidade referência para o Brasil.

As presenças do Vereador Roberto Mori e do representante do Vereador Elton Carvalho, Abner Macedo, deverão dar a partida para uma nova São Carlos, onde, em conjunto, a competência fará a diferença.

Neste primeiro encontro, vários grupos de pesquisa do IFSC/USP tiveram a oportunidade de, sucintamente, apresentarem aos representantes do poder legislativo da cidade seus estudos e trabalhos que se encontram em curso em prol da sociedade, tendo-se seguido uma visita aos laboratórios.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de agosto de 2018

IFSC/USP recebe fisioterapeuta da seleção feminina de vôlei

No próximo dia 14 de setembro, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) receberá o fisioterapeuta da seleção brasileira de voleibol feminino, Alexandre Ramos.

Nesse dia, e em visita coordenada pelo pesquisador de nosso Instituto, Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, acontecerão breves apresentações relativas à área tecnológica voltada à fisioterapia, atualmente de grande destaque no IFSC, bem como troca de experiências junto aos profissionais que atuam na Unidade de Terapia Fotodinâmica da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos.

Segundo Antonio Aquino, o desenvolvimento de novas tecnologias, como aquelas que o IFSC/USP vem trabalhando, não apenas é importante para a saúde pública, como também pode ser utilizada em larga escala na recuperação de atletas de alto nível.

Por seu turno, nos dias 15 e 16 desse mesmo mês, o fisioterapeuta Alexandre Ramos ministrará o curso de Bandagens Terapêuticas na cidade de São Carlos. Neste curso serão apresentadas as bandagens Kinesio Taping/ Dynamic Tape/ Bandagem Rígida (Atletic Tape), além das técnicas de Mcconnell Taping e de Mulligan. Ainda, 80% do curso será prático, com abrangência nas áreas de coluna, membros superiores/inferiores e pelve.

Para mais informações e/ou inscrições para este curso, clique AQUI, ou contate o watsapp (16) 988498166

(Créditos fotos: ASCOM/UVA e Surto Olímpico)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de agosto de 2018

Intercâmbio internacional para docentes e alunos de pós-graduação (USP)

Budapest University of Technology and Economics (Hungria)

A Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (AUCANI) acaba de divulgar o lançamento de três editais relativos a intercâmbios internacionais.

O primeiro edital é o 910/2018, referente ao Programa Erasmus, com oferta de três bolsas destinadas a docentes, para a Budapest University of Technology and Economics (Hungria), ação que deverá ser realizada até julho de 2019.

As inscrições deverão ser realizadas até 1 de outubro de 2018.

O programa é voltado a professores da USP para a realização de atividades de docência (aulas, cursos, seminários, workshops, tutoria de estudantes, troca de experiência docente etc).

O intercâmbio ocorrerá no âmbito da “Ação-chave 1 – Mobilidade de Indivíduos (Key Action 1 – Mobility of Individuals)” do Erasmus +, programa da União Europeia cujo intuito é impulsionar qualificações e empregabilidade por meio da educação, formação, juventude e desporto.

Este edital e todas as republicações a ele referentes ficarão disponíveis na área pública do Sistema Mundus, opção Editais – Docentes, sob o código 910

As dúvidas devem ser enviadas exclusivamente pelo Fale Conosco do Sistema Mundus (Assunto Editais – Intercâmbio).

Igualmente com destino à Budapest University of Technology and Economics (Hungria) e inserido no mesmo programa ERASMUS, foi lançado o edital 911/2018 que prevê a concessão de duas vagas de intercâmbio, exclusivamente dedicadas a alunos de doutorado, com início obrigatório em maio de 2019.

As inscrições serão acolhidas até 1º de outubro de 2018 exclusivamente via Internet, pelo Sistema Mundus. Não é necessário login (Consultas e inscrições devem ser feitas exclusivamente na área de acesso público: opção Editais – Alunos de Pós-graduação);

O programa é voltado a estudantes de Pós-Graduação para a realização de parte de suas atividades de pesquisa e aprendizado estritamente ligadas a projeto que resulte em tese a ser apresentada à unidade USP de origem para obtenção de título de Doutor.

Este Edital e todas as republicações a ele referentes ficarão disponíveis na área pública do Sistema Mundus, opção Editais – Alunos de Pós-Graduação, sob o código 911

University of Groningen (Países Baixos)

O terceiro edital (912/2018), também referente ao Programa ERASMUS, destina-se a alunos de mestrado para seleção e concessão de até 3 (três) vagas de intercâmbio na University of Groningen (Países Baixos), com início entre novembro de 2018 e janeiro de 2019.

O programa é voltado a estudantes de Pós-Graduação para a realização de parte de suas atividades de pesquisa e aprendizado estritamente ligadas a projeto que resulte em dissertação a ser apresentada à unidade USP de origem para obtenção de título de Mestre.

Este Edital e todas as republicações a ele referentes ficarão disponíveis na área pública do Sistema Mundus, opção Editais – Alunos de Pós-Graduação, sob o código 912, onde poderão ser feitas as inscrições.

As inscrições serão acolhidas até 17 de setembro de 2018.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de agosto de 2018

FAPESP abre chamada de propostas para o programa PIPE

A FAPESP lançou chamada de propostas para o 4º Ciclo de Análise de 2018 do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).

Estão reservados até R$ 15 milhões para atendimento às propostas selecionadas. O prazo final para submissão de projetos pelo SAGe termina no dia 29 de outubro de 2018.

As propostas de financiamento devem conter projetos de pesquisa que possam ser desenvolvidos em duas etapas: 1) demonstração da viabilidade tecnológica de produto ou processo, com duração máxima de nove meses e recursos de até R$ 200 mil; 2) desenvolvimento do produto ou processo inovador, com duração máxima de 24 meses e recursos de até R$ 1 milhão.

Quando os proponentes já tiverem realizado atividades tecnológicas que demonstrem a viabilidade do projeto podem submeter propostas diretamente à Fase 2.

Podem apresentar propostas pesquisadores vinculados a empresas de pequeno porte (com até 250 empregados) com unidade de pesquisa e desenvolvimento no Estado de São Paulo.

Para conhecer as normas para submissão de propostas, clique AQUI.

A FAPESP divulgará o resultado enviando a cada proponente os pareceres técnicos dos avaliadores. Os pareceres podem ser úteis para o aperfeiçoamento da proposta, seja ela aprovada ou não. Em caso de não aprovação, o proponente poderá aperfeiçoar a proposta, corrigindo as falhas apontadas, e submeter nova solicitação em edital subsequente.

A chamada está publicada em: www.fapesp.br/pipe/chamada-4-2018.

Para atender os interessados em participar da chamada, a FAPESP realizará, no dia 26 de setembro, das 9 às 12h, o evento Diálogo sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena Empresa.

O evento, realizado em parceria com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e o Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), tem como objetivo oferecer às empresas que apresentaram ou têm interesse em apresentar projeto ao Programa FAPESP de Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) a oportunidade de resolver dúvidas antes do fim do prazo para apresentar propostas para o 4º Ciclo de Análise de Propostas para o Programa PIPE 2018.

Clique AQUI para mais informações sobre o evento.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de agosto de 2018

No IFSC/USP: tratamento da artrose com ultrassom e laser

Os protocolos e equipamentos desenvolvidos no IFSC/USP para tratamento dos processos doloridos da artrose foram destaques no Jornal Nacional da TV-Globo na sua edição de 08 de agosto.

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, cerca de 50 milhões de brasileiros têm artrose, uma inflamação que provoca o desgaste da cartilagem dos ossos e que não tem cura.

Clique AQUI para assistir à reportagem do “Jornal Nacional”.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de agosto de 2018

Abertura de candidaturas para o “Prêmio Péter Murányi” – Edição 2019

A Fundação Péter Murányi lançou recentemente a 18ª edição de seu prêmio, que tem como foco Ciência e Tecnologia. O vencedor receberá R$ 200 mil e um troféu, o segundo e o terceiro colocados ganharão R$ 30 mil e R$ 20 mil, respectivamente.

Os interessados devem enviar projetos até 31 de agosto.

A iniciativa precisa ser indicada por uma instituição cadastrada na entidade e que atenda a três critérios fundamentais: inovação da proposta; possibilidades de aplicação prática; e como o trabalho impacta e beneficia populações em desenvolvimento.

Os candidatos poderão se inscrever até 31 de agosto, devendo enviar e-mail para premio2019@fundacaopetermuranyi.org.br com o assunto “Cadastro no Colégio Indicador 2019”.

No e-mail devem ser anexados carta de indicação do colégio indicador, declaração de participação, formulário de participação, currículo Lattes (em PDF), síntese do trabalho (em PDF) e apresentação do trabalho (em PDF).

Para acessar os modelos dos documentos, clique AQUI.

Os modelos dos documentos estão disponíveis no site do prêmio.

Aberto para toda a América Latina, o Prêmio Péter Murányi é realizado anualmente, alternando os temas “Alimentação”, “Educação”, “Saúde” e “Ciência e Tecnologia”.

A seleção e o julgamento das iniciativas serão feitos em fevereiro de 2019, e a cerimônia de entrega dos prêmios acontecerá no mês de abril, em São Paulo.

Para mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de agosto de 2018

“Espectroscopia de fotoelétrons excitados por raios-x (XPS)”

Ocorreu entre os dias 08 e 10 de agosto, nas instalações do IFSC/USP, no Campus-2 da USP de São Carlos, o minicurso subordinado ao tema Espectroscopia de fotoelétrons excitados por raios-x (XPS), promovido pelo Grupo de Nanomateriais e Cerâmicas Avançadas (NaCA-IFSC/USP), coordenado pelo docente de nosso Instituto, Prof. Dr. Renato Gonçalves, tendo como público-alvo alunos de pós-graduação, pesquisadores e professores.

A XPS é considerada a técnica de análise de superfície mais importante e a mais amplamente utilizada na caracterização de estrutura eletrônica de materiais, pelo que este evento abordou os conceitos fundamentais e análise de dados de materiais metálicos, polímeros e semicondutores.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de agosto de 2018

Pesquisas científicas em São Carlos são destaques na TV-Globo

Um dos principais polos de tecnologia do país – São Carlos e região – foi destaque na edição do programa Bom dia São Paulo, na TV-Globo, referente ao dia 07 de agosto do corrente ano, nomeadamente nas pesquisas que são feitas nas universidades e centros de pesquisa aqui sediados, com um apelo a um maior investimento público na área científica, em prol da população.

Em declarações feitas no programa, o Prof. Vanderlei Bagnato, Diretor do IFSC/USP, explica o que ainda tem que ser feito nessa área.

Para assistir ao vídeo sobre esse programa, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de agosto de 2018

No IFSC/USP: colóquio aborda “Simulando buracos negros com água”

Maurício Richartz, docente e pesquisador da Universidade Federal do ABC (UFABC), foi o palestrante convidado em mais uma edição do programa Colloquium diei, realizado no dia 10 de agosto nas instalações de nosso Instituto, tendo apresentado o tema “Simulando buracos negros com água”.

Em sua apresentação, Richartz salientou os Modelos Análogos de Gravitação, introduzidos por Unruh em 1981, que contribuem para um melhor entendimento teórico de importantes fenômenos que ocorrem na fronteira entre Gravitação e Teoria Quântica de Campos, sabendo-se, contudo, que realizações experimentais de tais modelos só começaram a surgir há dez anos.

Neste colóquio, o palestrante convidado explicou a teoria básica por trás dos modelos análogos e como eles podem ser usados para reproduzir buracos negros (e os efeitos da radiação Hawking e da superradiância) em laboratório.

Um breve panorama histórico foi igualmente apresentado, tendo sido discutidos os recentes experimentos realizados, bem como seus resultados.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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