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20 de fevereiro de 2018

Estudo e Pesquisa: livros ou Internet? Quando usar um ou outro?

Recorrer ao universo on-line para coletar informações, materiais impressos, dados etc., pode, muitas vezes, ser uma ótima opção.  Entretanto, livros existem há séculos e contém uma vasta quantidade de conhecimento e sabedoria organizados.  Estudantes e pesquisadores, hoje em dia, têm duas principais opções de referência: livros ou Internet.  Quando usar um ou outro?

Caminhos (organizados ou não) de busca

WWW representada como uma rede complexa. Cada página web é representada por um nó, e os links nas páginas são indicados por conexões dirigidas (setas). Surfar no WWW pode frequentemente ser entendido como uma caminhada aleagória, no sentido de poder tomar caminhos diferentes, ao longo da rede complexa (créditos: Henrique Ferraz de Arruda e Luciano da F. Costa)

Suponha que você precise redigir um trabalho de computação. Ao digitar essa frase no Google, você irá se deparar com milhões de resultados, e escolherá acessar páginas que lhe pareçam mais interessantes ou confiáveis.  Cada pessoa seguirá um caminho diferente no mundo virtual, definido por seus gostos e interesses.  Interessantemente, se duas buscas forem realizadas pela mesma pessoa em dias ou mesmo horários ou lugares diferentes, sequências distintas de tópicos serão, muito provavelmente, obtidas.  De fato, existe um elemento estatístico por trás das nossas escolhas na WWW, levando a sequências de visitas que podem ser entendidas como uma caminhada aleatória.  É importante observar aqui que, por aleatório, queremos dizer que os resultados não possuem uma ordem fixa, e não que a busca seja feita de forma desordenada.

No caso da busca para o exemplo mencionado acima (trabalho de computação), muitos dos tópicos sugeridos pelos buscadores também trarão informações sobre Turing, Ada Lovelace, computadores antigos e modernos, tecnologia, teoria, anúncios de computadores, filmes envolvendo computadores (por exemplo, “2001: Uma Odisseia no Espaço”), dentre muitas outras possibilidades.  Esse turbilhão de informações fornecido por milhares de páginas indexadas nos buscadores com certeza trará informações muito completas e valiosas sobre o tema pesquisado, mas, ao mesmo tempo, pode também desviar o foco da busca original.

Não seria de todo improvável que alguém, tendo iniciado sua busca no tema “computação” procedesse para a vida de Turing, se interessasse pelo trabalho deste cientista, seguisse para Bletcheley Park (onde Turing trabalhou durante a Segunda Guerra), e acabasse fazendo um tour virtual desta vila inglesa.   Ou então se interessasse pelos aspectos de inteligência artificial do futurístico filme “2001: Uma Odisseia no Espaço”, e acabasse por assistir ao mesmo.  Embora isto não seja um problema em si, podendo até ser entendido como uma divagação prazerosa, tais desvios de caminho podem enviesar a pesquisa sobre o tema inicial de interesse. “As buscas que fazemos na Internet quase sempre têm um propósito, mas elas possuem, ao mesmo tempo, componente aleatório, no sentido de poder seguir caminhos diferentes. Isso, porque ao digitarmos ‘computação’ num buscador, por exemplo, sempre serão mostradas diversas páginas de naturezas diferentes que, nem sempre, trarão as informações de forma organizada para o nosso propósito específico”, observa Luciano da Fontoura Costa, docente do Grupo de Computação Interdisciplinar do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

É justamente por causa dessa diversidade, em até certo ponto aleatória, de exibição de páginas na Internet que, muitas vezes, acabamos seguindo para algum assunto específico, desviando de outros tópicos também importantes no contexto da pesquisa inicial. “O caminho particular que percorremos na rede pode ser incompleto, tendo em vista a vastidão de informações fornecidas e o nosso tempo limitado”, comenta Luciano.

Abordagem por Redes Complexas

Para entender melhor o exposto, transforme essa situação em uma rede complexa, na qual cada nó representa um tópico relacionado ao conceito computação (que é o nó inicial), enquanto cada possível sequência entre esses tópicos são representadas por ligações dirigidas entre nós.  Dificilmente, através de buscas na Internet, será possível conhecer a topologia completa da rede.  No caso do exemplo citado, será muito difícil, através de um buscador, encontrar os mais importantes tópicos relacionados.  Isso exigiria um tempo muito grande, do qual não dispomos.

A representação por redes complexas, um dos principais tópicos da pesquisa de Luciano, permite uma melhor compreensão da dinâmica das caminhadas nas buscas na WWW.  Tais dinâmicas dependerão da topologia de interconexão de tópicos na Internet. Interessantemente, tópicos tendem a formar comunidades na WWW, no sentido de temas relacionados possuírem mais conexões entre si do que com outros tópicos.  Sabe-se, da pesquisa de redes complexas, que as caminhadas aleatórias em redes com estas comunidades tendem a ficar restritas por longo tempo dentro de uma mesma comunidade, limitando assim o acesso a outros assuntos relacionados tão ou mais interessantes e importantes.

Entram em cena os livros

Possível organização hierárquica e sistemática do conteúdo relacionado ao tema “computação”. Esta organização é bastante simplificada e reduzida e possui apenas intenção didática. Tais tipos de organizações são tipicamente adotadas em livros, conforme diretamente refletido nos respectivos sumários (créditos: Henrique Ferraz de Arruda e Luciano da F. Costa)

Contrastemos agora este tipo de estudo/pesquisa com o que é normalmente realizado utilizando-se livros.   “O livro, em geral, tem uma estrutura hierárquica, formada por capítulos, subcapítulos, seções etc., o que define um tipo de árvore. Assim, a informação já fica organizada sistematicamente em largura e profundidade, permitindo um mapa com as informações mais importantes que se referem ao assunto escolhido”, comenta Luciano.

Ao se observar o sumário de um livro, teremos uma visão panorâmica da maioria dos tópicos relacionados, organizados de maneira sistemática e, muito provavelmente, por progressivo nível de complexidade.  Isto permite uma escolha mais efetiva dos assuntos a serem estudados em maior profundidade, e sempre podemos retornar a este mapa para revisão do que ainda pode ser estudado.  De certa forma, é como se estivéssemos descobrindo um novo território e pudéssemos escolher entre fazer isto através de trilhas ao acaso, ou dispor de um mapa de satélite da região.

Nada em excesso

Isto quer dizer que devamos utilizar apenas livros para estudo e pesquisa? Não, com certeza.

Embora os livros e apostilas normalmente cubram sistematicamente os principais tópicos de um assunto específico, a Internet tem uma infinidade de informações que muitos livros podem não ter.  Portanto, respondendo à pergunta no início desta matéria, o ideal pode ser consultar livros e também a Internet. “Se você quer conhecer um assunto de forma abrangente, recomendo que se parta de um documento sistematizado, que pode ser um livro, apostila, notas de aula etc. E isso pode, inclusive, estar na própria Internet. O ideal é ter uma visão geral do assunto primeiro, e depois ir escolhendo os tópicos mais específicos a serem complementados”, recomenda o docente. “É bom ter uma ideia do caminho antes de iniciar a caminhada. O texto sistematizado pode funcionar como um mapa e, a partir dele, você identifica pontos de exploração e complementação na Internet”, sugere.

De acordo com Luciano, já existem estudos que têm como foco a geração de estruturas sistematizadas percorrendo a Internet, mas “a sistematização automática plena permanece um grande desafio. Isso, porque a solução adequada para isso exige um nível de inteligência comparável à humana”, complementa o docente.

Existe ainda outro importante ponto a ser considerado: o tipo de busca e escolha entre livros ou Internet também deve levar em conta o objetivo da busca.  O que se sugere nesta matéria são levantamentos relacionados a tópicos sobre os quais desejamos aprender ou acumular informações.   Entretanto, muitas vezes desejamos apenas “surfar” livremente pelas ondas da informação.   Neste caso, a Internet é, sem dúvida, um recurso muito atraente, contribuindo, inclusive, para a descoberta de novos fatos e interesses.

Podemos lembrar o antigo ditado grego que sugeria “nada em excesso”, no sentido de que é pertinente realizarmos tanto buscas objetivas quanto explorações livres, assim como utilizarmos, às vezes livros, às vezes a Internet, unindo o útil ao agradável, enquanto complementamos e enriquecemos o nosso conhecimento.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de fevereiro de 2018

2º Encontro Paulista de Lideres acontece este mês na UFSCar

Realiza-se nos próximos dias 24 e 25 de fevereiro, no Teatro Florestan Fernandes, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o 2º Encontro Paulista de Líderes, um evento destinado a todos os diretores e presidentes de empresas juniores do estado de São Paulo.

Está já confirmada a presença de 400 estudantes que terão a oportunidade de se capacitar e conectar, desenvolvendo habilidades de liderança e trabalho em equipe.

Nesta segunda edição do evento, a Federação de Empresas Juniores do Estado de São Paulo (FEJESP) está organizando o evento, em conjunto com os núcleos: Núcleo das Empresas Juniores da Unicamp, Núcleo UFSCar Júnior, USP Júnior e Núcleo UNESP, além do apoio da Pro-Reitoria de Extensão da UFSCar (ProEx) e do Núcleo UFSCar Empresa (NUEmp).

O evento, com duração de dois dias, contará com palestras, workshops, dinâmicas e muita conexão entre os participantes.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de fevereiro de 2018

Em novembro: IAU/USP organiza SIGraDi-2018 – Technopolíticas

O Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Carlos (IAU/USP) organiza entre os dias 07 e 09 de novembro do corrente ano, em suas instalações localizadas no Campus USP de São Carlos, o 22º Congresso da Sociedade Iberoamericana de Gráfica Digital (SIGraDi), uma associação sem fins lucrativos e que reúne arquitetos, urbanistas, designers e artistas vinculados aos meios digitais, cujos principais objetivos são promover o debate acadêmico sobre os meios digitais e suas aplicações e impulsionar a pesquisa e educação nessa área do conhecimento.

O tema proposto para este congresso é Tecnopolíticas, com enfoque particular às tecnologias digitais e seus usos na arquitetura, no design, nas artes e afins, pretendendo-se ampliar o debate em curso nestas áreas.

No que diz respeito às sessões temáticas que serão apresentadas neste congresso por um lote de pesquisadores de renome, elas estão organizadas da seguinte forma:

* Teorias e práticas de projeto em contextos digitais;
* Morfogênese, síntese e análise das formas;
* Fabricação e construção digital;
* Informação, modelos e simulações;
* Interfaces e dispositivos;
* Ensino, pesquisa e extensão em contextos digitais;
* Indústrias criativas e práticas artísticas;
* Tecnologias digitais e sociedade.

Datas importantes:

26 de março de 2018 – Data limite para o envio dos resumos:
30 de abril de 2018- Notificação dos resumos aprovados:
25 de junho de 2018 – Data limite para o envio dos artigos completos:
20 de agosto de 2018 – Notificação de artigos completos aprovados:
24 de setembro de 2018 – Envio de artigos definitivos:
5 e 6 de novembro de 2018 – Workshops:
7, 8 e 9 de novembro de 2018 – Congresso:

Para obter mais informações, clique AQUI

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de fevereiro de 2018

Reitor e vice-reitor apresentam novos projetos para a USP

Treze projetos que deverão ser desenvolvidos pela nova gestão da USP foram apresentados no Encontro de Dirigentes da universidade, um evento realizado nos dias 6 e 7 deste mês, em Piracicaba, naquela que foi a primeira reunião dos diretores das unidades, institutos especializados, museus e outros órgãos da USP conduzida pelos novos reitor e vice-reitor, Vahan Agopyan e Antonio Carlos Hernandes.

Agopyan deu início à reunião agradecendo a confiança e o apoio dos cerca de 100 dirigentes presentes. “Com este grupo, temos condições de levar nossa universidade para a excelência, bem como a responsabilidade de garantir a continuidade das atividades, sem ter folga financeira. Para isso, teremos de usar a criatividade para propor novos projetos e buscar novas formas de recursos para conduzir esse trabalho”, disse.

Os projetos foram divididos em três blocos, de acordo com os eixos que constam no plano de gestão reitoral: Relação com a Sociedade, Busca da Excelência Acadêmica e Valorização dos Recursos Humanos.
No eixo Relação com a Sociedade, um dos projetos apresentados foi o “USP Municípios”, voltado ao desenvolvimento de atividades de apoio às cidades, incluindo o oferecimento de cursos de aperfeiçoamento e de formação de pessoal na área da administração pública municipal.

O programa deverá estar sincronizado com outro, o “Bandeirantes USP”, que deverá envolver alunos de graduação e de pós-graduação e professores no desenvolvimento de projetos em regiões social ou economicamente carentes.

No eixo Busca da Excelência Acadêmica, uma das novidades foi o Programa de Estímulo à Fixação de Pós-Doutores, que se destina à busca de jovens doutores, em todas as áreas do conhecimento, para revigorar a pesquisa científica, tecnológica, artística e cultural na USP.

Segundo Hernandes, o objetivo é oferecer aos pós-doutores oportunidades de contratação, de modo a permitir a execução simultânea de atividades de pesquisa e de atribuições didáticas no ensino de graduação.

Outro projeto dentro do eixo da excelência acadêmica prevê a criação de cursos de graduação interdisciplinares, nos mesmos moldes do curso de Ciências Moleculares. “Vamos realizar estudos de viabilidade para criação de cursos inovadores que possam atender às demandas futuras da sociedade, principalmente nas áreas de humanidades e de formação de professores”, disse Agopyan.

Com a finalidade de proporcionar melhor qualidade de vida a alunos de graduação e de pós-graduação, deverá ser implementado o “Programa de Acolhimento aos Estudantes da USP”. O projeto deverá se alinhar a outros dois já desenvolvidos na universidade: o Escritório de Carreira e o Escritório de Atividades Esportivas.

Também será incrementado o Programa Institucional de Apoio aos Novos Docentes da USP, que oferece recursos aos novos professores que submeterem proposta de pesquisa à FAPESP.

No que se refere à gestão administrativa, Agopyan anunciou a criação do Escritório de Captação de Recursos Financeiros; a ampliação dos serviços compartilhados (licitações, materiais, financeiro e terceirizados) e o aperfeiçoamento dos processos administrativos, financeiros e de recursos humanos, entre outros projetos.

O reitor também apresentou os nomes indicados para as Pró-Reitorias, que ainda deverão passar pela deliberação do Conselho Universitário. São eles (titulares e adjuntos, respectivamente): Edmund Chada Baracat e Maria Vitória Lopes Badra Bentley (Graduação); Carlos Gilberto Carlotti Junior e Márcio Castro Silva Filho (Pós-Graduação); Sylvio Roberto Accioly Canuto e Emma Otta (Pesquisa); e Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado e Margarida Maria Krohling Kunsch (Cultura e Extensão Universitária).

A reunião do Conselho Universitário da USP está prevista para o dia 13 de março.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de fevereiro de 2018

IFSC/USP é exemplo na aproximação da academia com o setor industrial

Quais as habilidades e as competências que os alunos adquirem quando finalizam seus cursos superiores?

Esta pergunta está sendo feita pelas universidades dos Estados Unidos e Canadá, entre outros países, no sentido de avaliar o quanto ainda falta para que os alunos, em suas pós-graduações, possam desenvolver capacidades que vão além do conceito estritamente acadêmico, desbravando rumos que possam levá-los a uma participação extremamente competente na área não acadêmica – setor industrial.

Na matéria intitulada “À procura da versatilidade”, publicada na Revista FAPESP (Edição 264, de fevereiro de 2018), assinada por Rodrigo de Oliveira Andrade, este assunto é abordado de forma alargada, apresentando o IFSC/USP como uma das instituições de ensino e pesquisa no Brasil que já começou a desenvolver ideias e ações no sentido de mostrar aos estudantes as possibilidades de atuação tanto no ambiente acadêmico, quanto no industrial. Inclusive, o diretor da Unidade, Prof. Tito José Bonagamba, salienta que parte expressiva dos projetos de pesquisa desenvolvidos por estudantes de pós-graduação interage com a indústria, dando assim corpo às ideias que emergem na academia e se transferem para o setor produtivo, gerando assim riqueza e inovação para o país.

Para ler o artigo publicado na Revista FAPESP, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de fevereiro de 2018

USP é eleita a universidade mais empreendedora do Brasil

A Brasil Júnior – Confederação Brasileira de Empresas Juniores elegeu a USP, pelo segundo ano consecutivo, como a instituição de ensino superior mais empreendedora do Brasil, atendendo a fatores relacionados com posicionamento na internacionalização, cultura e extensão, inovação e empreendedorismo, entre outros quesitos.

O índice elaborado pela Brasil Júnior colocou a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) na 2ª posição, seguida pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), sendo que as universidades públicas dominaram as dez primeiras posições do ranking, representando 90% das instituições nas primeiras colocações. A única particular foi a PUC-Rio, que ocupou o quinto lugar.

Com a participação de 10 mil universitários das 27 unidades da federação, a pesquisa também coletou a percepção dos estudantes, dos quais menos da metade concorda total, ou parcialmente, em termos gerais, que a grade curricular oferecida é flexível para que eles possam se engajar em atividades extracurriculares, enquanto mais de 50% discordam total ou parcialmente que a grade curricular do curso o auxilia a desenvolver competências empreendedoras.

Os alunos avaliaram, ainda, que os principais desafios nesse sentido são em relação à quantidade de disciplinas, pouca disponibilidade ou flexibilidade de horários, distanciamento da aplicação prática e do mercado e à formação dos professores.

(Com informações : Investe São Paulo)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de fevereiro de 2018

IFSC/USP realiza “1st Einstein Day” com ciclo de palestras

No dia 14 de março, quarta-feira, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), por meio da docente Betti Hartmann, realizará o 1st Einstein Day (1º Dia de Einstein), evento que celebrará o nascimento de 139 anos de Albert Einstein, com a realização de quatro palestras introdutórias, graduação, que falarão sobre as principais contribuições do famoso físico.

As palestras serão ministradas por Betti Hartmann, Daniel Augusto Turolla Vanzella (IFSC/USP) e Azadeh Mohammadi (UFPE- Recife).

Para mais informações sobre as palestras e o evento, acesse http://www.ifsc.usp.br/~bhartmann/1o_dia_einstein.html

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

2 de fevereiro de 2018

Atualização da Produção Científica do IFSC/USP: janeiro 2018

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em novembro de 2017, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC/USP, no periódico Physical Review Letters

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

31 de janeiro de 2018

Para alunos de graduação – workshop na Georgetown University (USA)

A Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (AUCANI) lançou o edital 808/2018 para pré-seleção de até 2 (dois) estudantes de graduação da USP interessados em participar do workshop intitulado Improving Outcomes for Vulnerable Populations: How Can Innovation Expand Health, Education, and Economic Inclusion?, no âmbito do Programa The Georgetown University Santander Partnership on Social Economy, na Georgetown University, Estados Unidos.

As inscrições podem ser realizadas até às 12 horas de 16 de fevereiro de 2018, conforme é especificado no EDITAL, exclusivamente via Internet, pelo Sistema Mundus.

O candidato deve verificar os critérios, requisitos, condições e demais prazos no sistema Mundus. (Não é necessário fazer o login no sistema para consultar e se inscrever nos editais).

As dúvidas serão esclarecidas através do Fale Conosco – Assunto Editais – Intercâmbio.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de janeiro de 2018

Escola de Caracterização de Nanomateriais e Nanoestruturas (UFRJ)

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), campus Xerém, juntamente com a Divisão de Metrologia de Materiais (Dimat), localizada no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), oferecerá a “Escola de Caracterização de Nanomateriais e Nanoestruturas” no período de 5 a 9 de março de 2018. O objetivo da escola é apresentar conceitos teóricos e práticos sobre técnicas avançadas de preparação e caracterização de nanomateriais incluindo microscopia eletrônica de varredura e transmissão, análise química de superfícies, microscopia de ponta de prova, espectroscopia óptica, preparação de amostras biológicas para estudo por microscopia eletrônica de transmissão, simulação e modelagem, materiais 2D, espalhamento de raios-X a baixo ângulo e fundamentos de física e química do estado sólido. O público alvo desta escola são alunos de graduação, mestrado e doutorado, pós-docs, pesquisadores e engenheiros que desejem aprofundar seus conceitos em nanotecnologia e técnicas avançadas de preparação e caracterização de nanomateriais e nanoestruturas.

Os interessados em participar deverão se inscrever pela Internet (clique aqui para se inscrever). Os valores da inscrição variam entre R$50,00 (alunos de graduação) e R$800,00 (profissionais de empresas privadas).

Para mais informações, acesse o site oficial da Escola.

Informações retiradas do site oficial do evento

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

29 de janeiro de 2018

Nomeação de novos membros para o Conselho Superior do órgão

Em decreto publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo de 24 de janeiro de 2018, o governador Geraldo Alckmin nomeou novos membros do Conselho Superior da FAPESP.

Foram nomeados para mandatos de seis anos, indicados pela Universidade de São Paulo (USP), os professores José Goldemberg, Marco Antonio Zago e Ignácio Maria Poveda Velasco.

O Prof. Goldemberg, atual presidente da FAPESP, foi reconduzido ao Conselho Superior da Fundação, enquanto os Profs. Zago e Velasco assumirão seus cargos após 18 de abril de 2018.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de janeiro de 2018

Relatório aponta melhora na produção científica do Brasil (2011-2016)

A elaboração de um relatório subordinado ao título Research in Brazil, produzido pela equipe de analistas de dados da Clarivate Analytics para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), apresenta elementos que confirmam uma significativa melhora de desempenho da pesquisa brasileira no período compreendido entre os anos de 2011 e 2016.

Os dados analisados foram obtidos do InCites, plataforma analítica baseada nos documentos (artigos, trabalhos de eventos, livros, patentes, sites e estruturas químicas, compostos e reações) indexados na base de dados multidisciplinar Web of Science, editada pela Clarivate Analytics, um trabalho que anteriormente era produzido pela Thomson Reuters).

O citado relatório, cujas considerações estão devidamente desenvolvidas e explicadas no Portal do SIBi/USP, procura responder a perguntas sobre como a pesquisa brasileira está mudando e como o desempenho foi afetado por mudanças na política e no financiamento. Usando a bibliometria para analisar documentos de pesquisa brasileiros publicados entre 2011 e 2016, foram identificados pontos fortes e oportunidades para a política de pesquisa e ciência brasileira.

Além dos dados de desempenho global, o relatório contém apêndices que apresentam informações metodológicas e perfis dos estados brasileiros mais produtivos.

Para acessar esta matéria, na íntegra, clique AQUI.

(In: Portal SIBi/USP – Acontece)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de janeiro de 2018

Colaboração entre Espanha e IFSC sobre estudo de peixes elétricos

A neurociência é uma área que tem ganhado grande destaque nos últimos tempos, especialmente em razão de novos estudos multidisciplinares e pesquisas relacionados à inteligência artificial. A neurobiofísica, por sua vez, é um dos ramos da neurociência, que se utiliza de ferramentas da física para estudar  certos fenômenos biológicos, entre eles o funcionamento do sistema nervoso de seres vivos, incluindo seres humanos. “A Neurobiofísica busca uma ‘compreensão capaz de permitir a elaboração de modelos realistas que funcionem como os sistemas vivos’”, explica Lírio Onofre Batista de Almeida, pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Um dos grandes desafios nessa área de estudos é encontrar respostas para explicar como se dá o processamento de informações pelo cérebro humano. “Nossos pensamentos são feitos de pulsos elétricos e neurotransmissores químicos, que carregam informações de uma célula nervosa para a outra. A estrutura dos pulsos elétricos e o modo como as informações são codificadas e transmitidas de um neurônio a outro é o que pesquisadores da área tentam encontrar. Porém, a complexa e numerosa rede de conexões entre estas células nervosas torna esta tarefa muito difícil”, diz Lírio.

Um dos caminhos para encontrar tais respostas é a realização de experimentos com sistemas nervosos mais simples do que o dos humanos. Com essa estratégia em mente, Lírio, que já trabalha com pesquisas na área de neurobiofísica há mais de uma década, já fez estudos do cérebro de moscas e, atualmente, pesquisa o sistema nervoso de tuviras, peixes que utilizam pulsos elétricos para comunicacao e localização (enxergar) em águas escuras.

Em colaboração com pesquisadores do Grupo de Neurocomputação Biológica da Universidad Autónoma de Madrid, ele estudou o peixe elefante, que também tem em seu arsenal sensorial emissores e sensores elétricos, mas que só existe no hemisfério Norte. O objetivo do estudo foi explorar a visão do peixe, que tem grande sensibilidade a movimentos, mesmo com muito pouca luz, funcionando como um mecanismo de defesa para esses peixes. “Nosso estudo tentou entender a interação da parte visual dos peixes elefantes com o sistema elétrico dos mesmos. Implementamos um protocolo experimental em closed loop, ou seja, inserimos estímulos visuais estruturados em função das respostas elétricas do próprio peixe em tempo real, para verificar como ele respondia a isso”, elucida.

Peixe elefante elétrico

Ao realizar os experimentos com os peixes elefantes, Lírio e seus colaboradores exploraram o processamento sensorial multimodal, e verificaram que eles responderam mais fortemente aos estímulos de luz quando seus sinais elétricos também eram estimulados, resultado já esperado pelos pesquisadores. “O peixe se comporta de uma maneira totalmente diferente nesse caso. Foi interessante estudar esse peixe, pois ele possui os chamados ‘neurônios multimodais’, que são capazes de processar informações vindas de vários elementos de diferentes naturezas sensoriais. O trabalho foi inovador nesse sentido”, conta Lírio.

O estudo rendeu uma apresentação de resumo na 26ª edição do Encontro de Neurociência Computacional (clique aqui para acessar). Lírio conta que a continuidade deste estudo já está sendo feita no IFSC, mas dessa vez tendo novamente as tuviras como protagonistas. “As tuviras, no entanto, não respondem tão bem como os peixes elefantes aos estímulos visuais, portanto é difícil conseguir aplicar a mesma metodologia, explorando a característica multimodal. Além disso, estamos realizando outros experimentos com as tuviras, de natureza mais comportamental, tentando verificar qual a estratégia de comunicação elétrica entre elas”, conclui Lírio.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

24 de janeiro de 2018

Aprovados no Sisu deverão fazer matrícula nos dias 5, 6 e 7 de fevereiro

O candidato aprovado na chamada regular do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o ingresso na Universidade, deverá fazer sua matrícula presencialmente na USP nos dias 5, 6 e 7 de fevereiro. O Ministério da Educação (MEC) divulgará o resultado no próximo dia 29 de janeiro.

O aluno classificado deverá apresentar o certificado de conclusão do Ensino Médio ou diploma de curso superior (para os candidatos que já concluíram uma graduação); o histórico escolar; um documento de identidade oficial e uma foto 3×4 recente.

O candidato que se autodeclara preto, pardo ou indígena (PPI) deverá, no ato da matrícula, assinar formulário de autodeclaração confirmando a informação prestada no processo de inscrição como pertencente ao grupo PPI.

A matrícula deverá ser feita na Unidade de Ensino e Pesquisa para qual foi o candidato foi aprovado (clique AQUI para acessar a lista completa dos locais). Também está disponível no site da Pró-Reitoria de Graduação o cronograma completo referente à lista de espera e às demais chamadas do Sisu.

Nota mínima

Em 2018, na USP, foram reservadas 2.745 vagas para o Sisu, que estão distribuídas em três modalidades: 423 serão para ampla concorrência; 1.312 para estudantes que tenham cursado o ensino médio integralmente em escolas públicas; e 1.010 para alunos oriundos de escolas públicas e autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI). Em relação ao vestibular de 2017, houve aumento de 407 vagas.

Neste ano, todas as 42 Unidades de Ensino e Pesquisa da USP disponibilizaram vagas para o Sisu, sendo que três delas aderiram ao sistema pela primeira vez: a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), a Faculdade de Medicina (FM) e o Instituto de Física (IF). Nos links a seguir estão publicadas as tabelas com a distribuição das vagas por área:

Humanas

Exatas

Biológicas

Clique AQUI e confira as notas mínimas para cada um dos cursos oferecidos pela USP.

(Com informações do Jornal da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de janeiro de 2018

Biblioteca do IFSC/USP seleciona estagiário: estágio de seis meses

A biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está com uma vaga aberta para contratação de um estagiário para trabalhar por seis meses, a partir de 19 de fevereiro. O candidato deve ser aluno de graduação da USP a partir do 2º ano, e ter disponibilidade para estagiar por 20 horas semanais, no período noturno.

Os interessados em participar da seleção deverão entregar pessoalmente na biblioteca do IFSC ou enviar ao e-mail bib@ifsc.usp.br os seguintes documentos: currículo simplificado e histórico escolar atualizado, gerado pelo sistema Jupiter.

Para mais informações, basta entrar em contato pelos telefones (16) 3373-9778 ou 3373-8063.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

5 de janeiro de 2018

Projeto de pesquisador do IFSC/USP é selecionado pelo Instituto Serrapilheira

O docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Rafael Guido, foi um dos sessenta e cinco contemplados com o financiamento do Instituto Serrapilheira, primeira instituição privada de fomento à pesquisa no Brasil.

Através de sua primeira chamada pública, o instituto irá fornecer até R$ 100 mil para que os cientistas apresentem a viabilidade de suas ideias durante 2018. As bolsas foram disputadas por 1.955 candidatos, de 331 instituições, distribuídas por 26 unidades federativas do País. Um dos critérios para a seleção foi o ano de conclusão do doutorado: só puderam participar os que terminaram há, no máximo, dez anos. Foram aprovados aqueles que apresentaram as propostas mais ousadas.

A USP foi a instituição com o maior número de pesquisadores selecionados, sendo que entre eles está Rafael Guido, com um projeto na área de Química e Ciências da Vida.

Para mais informações sobre o resultado da seleção, clique AQUI.

(Com informações do Jornal da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de janeiro de 2018

Atualização da Produção Científica do IFSC/USP: dezembro 2017

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em novembro de 2017, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC/USP, no periódico The Astrophysical Journal Letters.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

22 de dezembro de 2017

Uma referência mundial de ensino dentro do Instituto de Física de São Carlos

Embora a sistema educacional brasileiro quase sempre ande na contramão das tendências mundiais, uma das ações de ensino realizada no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) vai ao encontro delas: trata-se dos Laboratórios Avançados de Física (LAvFis), sediados no prédio dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF-IFSC/USP).

A criação dos LAvFis remonta à década de 1970, quando o docente sênior do IFSC, Máximo Siu Li, iniciava sua carreira docente no já extinto Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC/USP). “Nessa época, esses laboratórios eram chamados de ‘Laboratórios de Estrutura da Matéria’, nos quais eram realizadas práticas de disciplinas que englobavam esse tema. A alteração da nomenclatura para ‘Laboratórios Avançados’ se deu em razão dos novos equipamentos adquiridos, e pelo maior número de experimentos que passaram a ser realizados”, relembra.

Desde então, os LAvFis tiveram uma evolução expressiva, e contaram com a colaboração de muitos docentes do IFSC, estando na raiz de sua fundação, por exemplo, Horácio Panepucci, Rene Ayres Carvalho e Robert Lee Zimmerman.

Para o que e para quem

Passados muitos anos, e contando com a colaboração de muitos docentes e funcionários do IFSC para seu aprimoramento, os Laboratórios são hoje uma referência nacional e internacional em práticas de ensino.

Foto tirada nos LAvFis em 2003. À esquerda, o professor Máximo, acompanhado de alunos de graduação do IFSC (Créditos: Danielle Jacinto)

Atualmente, os LAvFis oferecem práticas para 28 experimentos, tendo como objetivo principal a realização e a análise de experimentos históricos, cujos primeiros executores foram famosos nomes da Física- grande parte deles ganhadores de prêmios Nobel.

Embora práticas em laboratório sejam realizadas pelos alunos do IFSC desde seu primeiro ano de graduação, as práticas dos LAvFis costumam ser feitas apenas por alunos dos últimos anos dos cursos, e o grande diferencial é que elas englobam praticamente toda a teoria e a prática aprendidas durante os anos anteriores. “Nesse momento, nós sempre esperamos que o aluno consiga aplicar eficientemente todos os conhecimentos adquiridos desde o primeiro ano de curso, especialmente no que diz respeito às técnicas experimentais”, afirma Marcos José Semenzato, funcionário do IFSC e responsável pelo suporte técnico dos LAvFis há 15 anos. “Nesses laboratórios, os alunos poderão praticar e experimentar os fundamentos ensinados nos anos anteriores. A dificuldade experimental é o que gera o envolvimento do aluno”.

Os experimentos envolvem desde conceitos históricos de Física (determinação da velocidade da luz e carga de elétrons, por exemplo) até técnicas mais avançadas que, na grande maioria das universidades, estão disponíveis apenas em cursos de pós-graduação. Além disso, os alunos são constantemente cobrados no sentido de utilizar corretamente a instrumentação associada a cada experimento e, principalmente, saber como e por que os equipamentos empregados funcionam. “Nos Laboratórios de Física I, II, III e IV, os alunos recebem uma ‘receita de bolo’, com um passo a passo do que deve ser feito. Nos LAvFis, nós damos o pontapé inicial, com apenas sugestões de ações a serem adotadas. Mas é o aluno quem determina a maneira que o experimento será feito”, explica Antonio Ricardo Zanatta, docente do IFSC e um dos atuais coordenadores dos LAvFis[T1] .

Os LAvFis atendem entre 40 e 50 alunos por semestre, sendo que as práticas são realizadas durante dois semestres no total. Munidos de apostilas individualizadas de cada experimento, e contando com o auxílio dos técnicos e docentes, os alunos passam nos LAvFis oito horas por semana, imersos nos experimentos.

Além dos experimentos, eles também elaboram pré-relatórios e relatórios semanais, que são apresentados oralmente a uma banca composta por três docentes (normalmente, os docentes responsáveis pelos LAvFis), totalizando dez apresentações orais por semestre[T2]. “Antes de cada experimento, as equipes apresentam um pré-relatório a fim de indicar se estão aptos, ou não, a realizar o experimento. Caso positivo, as equipes iniciam a realização da prática, com duração estimada de 1 a 2 semanas, ao final da qual apresentam o relatório final. Em seu formato atual, cada equipe de alunos perfaz um total de cinco diferentes experimentos por semestre. As apresentações duram cerca de 20, 30 minutos, e nada é feito de forma escrita. A arguição é oral e individualizada”, explica Zanatta.

Por meio de tantas práticas e de tantos “rituais” de ensino realizados nos LAvFis, os alunos adquirem ‘segurança experimental’. “Muitas vezes, somos surpreendidos pelos alunos, pois deixamos as propostas experimentais previamente prontas e os alunos desmontam tudo para remontar sua própria proposta. É maravilhoso quando iniciativas assim acontecem”, diz Marcos.

Ele reafirma que tais práticas preparam os alunos para uma pós-graduação, na qual rotinas desse tipo são frequentes. Imersos nesses experimentos e tendo conhecimento sobre como expressar bons resultados, esses alunos são preparados para a pós-graduação para qualquer lugar do Brasil. “Tentamos, através dessas práticas, aproximar mais o aluno de um ambiente de pesquisa do que de um ambiente de graduação”, conta Marcos. “Os experimentos são todos formatados para que os alunos consigam vencer essa etapa. Nossa preocupação é formar um aluno que tenha conduta e conhecimento para discutir resultados experimentais e ter, ao mesmo tempo, consciência do método experimental no qual ele está inserido, e qual é a técnica que está sendo utilizada”.

Embora os estudantes tenham autonomia total para a realização dos experimentos, de acordo com Zanatta, a intervenção dos docentes e técnicos é de suma importância. “Temos um programa extenso a ser cumprido, e o que define os LAvFis é a análise detalhada dos resultados experimentais, e também damos orientações nesse sentido. E caso o aluno tenha realmente vontade de crescer e desenvolver esse tipo de habilidade, nós estaremos aqui para acompanhá-lo de perto e estimulá-lo”, afirma.

Marcos diz que sua contribuição caminha no sentido do ensinar, conduzindo os experimentos, trazendo sugestões e, sobretudo, tranquilidade ao aluno. “Quando o aluno sente-se acolhido, ele adquire confiança, não somente em nós, mas naquilo que ele está fazendo. A partir daí, ele começa a obter resultados experimentais encorajadores”, diz.

Um grande diferencial de ensino

Com esse formato de ensinar, as práticas realizadas nos LAvFis são únicas, e reconhecidas inclusive em território internacional. “Acredito que esse formato de laboratório seja único, principalmente no que se refere à infraestrutura. O professores estrangeiros que nos visitam afirmam que em suas universidades não há nada parecido com os LAvFis. Tivemos muitos alunos que fizeram intercâmbio no exterior, e nos relataram ter feito apenas uma prática durante o semestre. Aqui, cada equipe de alunos costuma fazer ao menos cinco”, conta Zanatta.

Da esq.: Marcos Semenzato, Zanatta e Danielle Jacinto (responsável pela alimentação e atualização da página do LAvFis)

Outro diferencial de ensino nos LAvFis diz respeito ao chamado Tópicos Especiais, atividade semanal que reúne todos os envolvidos dos LAvFis (alunos, docentes e suporte técnico), e durante a qual os alunos fazem apresentações orais aos próprios colegas. “Se não temos massa crítica para essas apresentações, convidamos algum pesquisador, normalmente do IFSC, para falar sobre algum tema científico relacionado”, explica Zanatta.

Marcos afirma que, a cada apresentação, é possível observar a evolução dos alunos. E mesmo que alguns não consigam se tornar especialistas em apresentar seminários, o mínimo que será conseguido é uma boa desinibição. “Falar em público é muito difícil. As apresentações orais ajudam o aluno a vencer esse medo e, sobretudo, enxergar a importância de se comunicar bem, algo que é importante em qualquer área do conhecimento”, diz.

Máximo, que acompanhou desde o princípio a evolução dos LAvFis, e desempenhou papel fundamental para que ela fosse possível, afirma que o interesse do aluno é a condição principal para o sucesso das atividades. “Muito dinheiro público foi aplicado aqui, e temos a obrigação de conscientizar o aluno sobre isso e nos esforçar para que ele realmente se envolva e se dedique às atividades”, diz.

Mas ele afirma que o reconhecimento dos alunos é algo que, de fato, concretiza-se, e o formato da disciplina permite uma interação bastante grande entre eles e os professores. “No formato tradicional de aulas, essa aproximação não é tão grande. Nesse sentido, ficamos muito satisfeitos, pois podemos ver de perto o reconhecimento dos estudantes”.  

Fazendo um apanhado geral de todas as ações realizadas nos LAvFis, que foram descritas anteriormente, é possível notar que tais práticas congregam características que vão ao encontro daquelas já utilizadas largamente em países considerados potências em educação, a exemplo da valorização do trabalho em grupo, o estímulo à autonomia do aluno, as atividades “mão na massa” e o desenvolvimento das habilidades orais e escritas. Traz certo alívio saber que, mesmo em um país no qual as práticas de ensino parecem estar distantes do ideal, ainda exista uma referência mundial em ensino.

[T1]Atualmente, coordenam também os LAvFis o docente Osvaldo Novais de Oliveira Jr., e o docente sênior Máximo Siu Li

[T2]Cinco para os relatórios e cinco para os pré-relatórios

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

18 de dezembro de 2017

Uma década de Clube de Ciências

O último dia 6 de novembro foi bastante especial para a professora Leila Beltramini, docente sênior do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e coordenadora das atividades de educação e difusão científica do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar/FAPESP), sediado no IFSC. Nesta data foi realizado o workshop do Clube de Ciências, projeto desenvolvido no Espaço Interativo de Ciências (EIC), anexo ao Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC/USP), e sede de tais atividades do CIBFar.

Alunos do Clube de Ciências durante a apresentação de pôsteres

Mas não foi somente por essa razão que a data foi especial. Além de comemorar a atividade final do projeto, os alunos, docentes e monitores que se reuniram no espaço de convivência “Horácio Panepucci” celebraram também uma década de atividades do Clube de Ciências.

O clube conta com a colaboração e dedicação da educadora do IFSC, Gislaine Costa do Santos, com bolsistas do Programa Unificado de bolsas da USP, alunos de graduação do curso de Licenciatura em Ciências Exatas, que atuam como monitores, e nos anos iniciais contou com a participação da professora Nelma Bossolan, também do IFSC. O Clube de Ciências tem duração de um ano letivo, durante o qual os participantes, alunos dos últimos anos do ensino fundamental e do ensino médio de escolas públicas de São Carlos, realizam experimentos seguindo os critérios do método científico. Além dos encontros semanais, em que propõem, desenvolvem, observam, coletam dados, analisam e discutem os experimentos, os clubistas participam ativamente de outras atividades, como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) e viagens científico/culturais em outras cidades do estado. “O clube tem como principal objetivo estimular e ‘descobrir’ jovens talentosos, oriundos de escolas públicas, a conhecerem e vivenciarem as diferentes faces da Ciência, estimulando-os para que se empenhem a entrar em universidades públicas no futuro. Temos acompanhado os ex-clubistas do ensino médio, e cerca de 80%, ingressam em universidades públicas”, comemora Leila. “Colecionamos declarações em que os clubistas afirmam que o Clube de Ciências foi, de fato, um divisor de água nas escolhas de seus cursos de graduação, quer sejam eles na área de exatas ou biológicas. Para nós estes são os ‘gols’ mais preciosos do trabalho de educação e difusão científica do CIBFar”.

Perspectivas para os próximos anos

Durante os dez anos de existência do Clube de Ciências, a equipe colecionou uma infinidade de bons momentos e resultados positivos. Para Leila, algo realmente marcante durante os anos foi testemunhar a interação e participação dos alunos, resultante da socialização que também é trabalhada no Clube. “Alguns clubistas chegam para nós como ‘alunos problemas’ em suas escolas. Através das atividades desenvolvidas, conseguimos entrosar esses alunos com seus colegas. A socialização que o Clube traz certamente é mais um diferencial”, diz.

Há alguns anos, bolsas de pré-iniciação científica eram oferecidas aos clubistas que se destacavam. “Convidávamos esses alunos para estagiar nos laboratórios do Grupo de Biofísica, orientados por doutorandos ou pós-doutores. Já tivemos cerca de dez alunos contemplados por essas bolsas, e todos eles foram para a universidade”, relembra.

Porém, em razão das verbas reduzidas nos últimos dois anos, as bolsas não foram mais disponibilizadas, mas Leila afirma que pretende resgatá-las assim que possível, o que pode ser viabilizado em 2018 graças a uma parceira do Clube de Ciências com a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, através da Diretoria Regional de Ensino de São Carlos. “Estamos tentando ‘reativar’ esse lado da pré-iniciação científica, que também é muito gratificante, além de servir como um estímulo a mais para os alunos”, finaliza a docente.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de dezembro de 2017

Clube de Astronomia do IFSC e seu primeiro ano de sucesso

No início do ano letivo de 2017, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), por iniciativa da aluna do curso de Física Computacional, Vitória Baldan, fundou o Clube de Astronomia (CAIFSC).

Aberto a todos os estudantes interessados pelo tema, o Clube, desde que foi inaugurado, já promoveu diversas palestras, perpassando por diversos tópicos de cosmologia e astrofísica, como, por exemplo, sistema solar, estrelas, galáxias etc. “A ideia principal, na realidade, era trazer conhecimento desses temas aos próprios membros do Clube, para que uma base concreta de conhecimentos fosse formada e, a partir dela, pudéssemos avançar com outros projetos”, recorda Vitória.

Parte dos membros do CAIFSC em uma das visitas em campo na área II (créditos: CAIFSC)

Os membros do CAIFSC reúnem-se semanalmente, todas as quintas-feiras, às 18 horas, na sala 146 (LEF-IFSC/USP). “Nossas reuniões são abertas a qualquer interessado. Normalmente, algum membro da organização ministra uma palestra, que é seguida de debates”, explica. “Como as palestras podem se tornar cansativas para algumas pessoas, mesclamos os encontros entre palestras e workshops, sendo que no segundo caso todos participam ativamente. Em nosso último workshop, por exemplo, ensinamos os participantes a programar para astronomia em Python”.

Outra ação “mão na massa” do CAIFSC são as visitas em campo realizadas na área II da USP São Carlos, iniciativa que ocorre duas vezes por semestre. “Ficamos acampados em um local do campus onde conseguimos visualizar chuva de meteoros”, conta Vitória.

Entre palestras, workshops, e um time de estudantes entusiasmado pela astronomia, surgiu um novo projeto para o Clube: a construção de um telescópio dobsoniano, que será montado pelos “sócios” do CAIFSC. “Fizemos uma “vaquinha” on-line para comprar as peças requeridas para a construção do telescópio, e já conseguimos arrecadar 80% do valor necessário”, comemora Vitória.

Além das ações já citadas, existem outras que, por enquanto, estão apenas na mente dos membros do CAIFSC, mas que muito em breve devem ser concretizadas. Uma delas é ministrar palestras sobre astronomia a alunos do ensino médio de escolas públicas e particulares de São Carlos. “Em 2018, queremos começar essa divulgação nas escolas pra valer, priorizando sempre as escolas públicas”.

O CAIFSC está com suas portas abertas para receber novos membros e novas ideias. Para mais informações, acesse https://www.facebook.com/caifsc/

 

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