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19 de agosto: Programa de Apoio à Saúde Mental – “Conceitos iniciais do projeto”
Se você acha que sua saúde mental não está bem, assista no próximo dia 19 de agosto, pelas 15h00, este vídeo, onde será explicada qual a intenção do projeto e outras informações pertinentes com a psicóloga do IFSC/USP, Bárbara Kolstock Monteiro (Clique na imagem).

Diretor do IFSC/USP ministra Aula Magna na Santa Casa de Misericórdia de São Carlos
O diretor do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, foi o palestrante convidado para proferir a Aula Magna para os trinta e dois alunos aprovados na primeira turma do Curso Técnico de Enfermagem do Instituto de Ensino e Pesquisa da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, um evento que ocorreu no dia 16 deste mês, naquela instituição.
“Desafios atuais na Saúde e como a tecnologia poderá ajudar” foi o tema abordado pelo nosso docente e pesquisador em sua Aula Magna, onde explanou a importância que os profissionais de enfermagem têm no seio da sociedade e sua relevância no contexto da saúde pública.
Ao se referir aos estudantes, o Prof. Bagnato enfatizou que eles deverão sempre procurar uma formação adequada ao longo de suas carreiras, já que são o principal apoio dos pacientes, e, por isso, são considerados servidores de uma causa muito própria e particular, sendo que, por esses fatos, todos eles deverão estar a par das tecnologias que podem auxiliá-los no desempenho de suas funções.
(Com informações da SCMSC / Foto: SCMSC)
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

A água metálica

Figura 2 – A gota de Cloro-Potássio, sem vapor de água, tem cor prateada, com diâmetro aproximado de 5 mm. Na presença de vapor de água, ela adquire uma forte tonalidade amarelo-ouro [(c)…(f)]. É a água metálica. Em (g), a cor da película passa a ser bronze; em (h), roxo azulado e em (i), branco acinzentado (com a formação de hidróxidos alcalinos) (Crédito: P.E. Mason et al 3)
Desde pequenos aprendemos o quão perigoso é uma descarga elétrica se estivermos imersos na água. Quando uma tempestade se aproxima, devemos sair da piscina ou da água do mar. A água, como a encontramos na natureza, é uma boa condutora de eletricidade. Isso ocorre, porque a água é um ótimo solvente e nela encontramos sais minerais e outras substâncias dissolvidas. A água pura, formada somente por moléculas de H2O, é um isolante.
Para entendermos melhor a posição que a água ocupa como condutora elétrica, precisamos compará-la com outros materiais. A resistência elétrica R de um material é diretamente proporcional ao seu comprimento L e inversamente proporcional à secção transversal A do fluxo de carga elétrica, isto é, R = ρ L/A, onde ρ é a constante de proporcionalidade (que, na verdade, depende da temperatura) denominada resistividade elétrica. O inverso da resistividade é a condutividade elétrica σ = 1/ρ.
Na Tabela ao lado, apresentamos a condutividade elétrica (medida a 20oC) de alguns materiais 1.
Consultando a tabela, vemos que a condutividade elétrica é uma quantidade que varia por 32 ordens de grandeza… de 10 – 25 a 10 7. Pela enorme densidade de elétrons livres, os metais encabeçam a lista como os melhores condutores elétricos; no centro, temos os semicondutores como o Arsenieto de Gálio e, fechando a tabela, temos os melhores isolantes elétricos como o Teflon. Vemos que a água ocupa uma posição intermediária.
Tentativas de metalizar a água por aumento de pressão sobre o gelo, até aqui, não tiveram nenhum sucesso. Segundo Hermann et al. 2, a pressão necessária para obter água metálica é da ordem de 48 milhões de atmosferas!… um valor inacessível hoje nos laboratórios. Pressões dessa ordem de grandeza, só podem ser encontradas no interior de grandes planetas ou de estrelas.
Uma equipe internacional de cientistas3 encontrou uma alternativa muito criativa para o problema – conseguiram metalizar a água, lançando vapor de água diretamente sobre gotas de uma liga metálica de Sódio-Potássio. Essa liga é um metal alcalino (ou seja, é um grande doador de elétrons) e, à temperatura ambiente, se encontra no estado líquido. Dessa forma, eles puderam não só ver, mas também filmar, a transição de fase vapor de água – água metálica (veja vídeo 4).

Figura 1 – Na câmera de vácuo, a liga de NaK goteja num ritmo de 10 gotas/segundo. Quando vapor de água entra na câmera, a uma pressão de 10 -7 atmosferas, forma-se sobre a superfície da gota, uma fina camada de cor dourada – é a água metálica! (Crédito: HZB)
Metais alcalinos em contacto com a água formam uma mistura explosiva (veja vídeo 5). Para evitar isso, o experimento foi realizado no interior de uma câmera de vácuo, com um controle fino da entrada de vapor de água (veja Figura 1). Quando o vapor se deposita, forma uma camada fina sobre a gota de liga Sódio-Potássio, suprimindo dessa forma, a explosão. O bico goteja a uma razão de 10 gotas/segundo. Quando a pressão do vapor de água aumenta para cerca de 10 -7 atmosferas, ocorre a transição.
Entre a formação de uma gota e sua posterior queda, passam-se cerca de 10 segundos. Na Figura 2 (a), temos a gota da liga Sódio-Potássio na ausência total de vapor de água – ela é cor de prata, sem nenhuma mancha de outra cor e com diâmetro aproximado de 5 mm. Porém, na presença de vapor de água, entre 2 e 5 segundos após a sua formação, ela adquire uma forte tonalidade amarelo-ouro – estamos vendo uma película de água metálica!
Após 6 segundos, a cor da película passa a ser bronze, em seguida roxo azulado e, finalmente branco acinzentado. Esta última etapa, corresponde à formação de hidróxidos alcalinos em consequência da reação química da água com a liga metálica. A película transiente de água metálica apareceu em todas (centenas) gotas consecutivas, desde que a pressão fosse mantida em 10 -7 atmosferas.
A formação temporária (e não homogênea) da película de água metálica ocorre porque a velocidade com que a liga fornece elétrons é maior do que a velocidade de crescimento da camada de água, que foi estimada em cerca de 80 monocamadas por segundo3. Durante um certo tempo, a água está dopada com 5 1021 elétrons por centímetro cúbico.
Para caracterizar e comprovar que a película de água estava no estado metálico, a equipe iluminou as gotas de Sódio-Potássio (NaK) e coletou a luz refletida num espectrômetro que detectava da luz visível até a luz ultravioleta. Depois de subtrair o espectro devido à lâmpada, eles compararam o espectro da luz refletida sem e com a presença de vapor de água. Na presença de vapor de água, um pico de absorção de luz, bem proeminente, surge a 2,74 eV, que corresponde a uma frequência plasmônica de 664 THz (no visível, violeta). Na superfície de metais, o acoplamento de uma onda eletromagnética com o movimento de elétrons livres ou de condução, gera um movimento oscilatório que pode entrar em ressonância. O valor crítico, em que essa ressonância ocorre, é chamado de frequência plasmônica. Nessa frequência, a luz é quase totalmente absorvida, não havendo, praticamente, reflexão. Para o NaK puro, o pico de absorção ocorre em 4,5 eV, que corresponde a uma frequência plasmônica de 1091 THz (ultravioleta).
Utilizando as facilidades do sincrotron BESSY II, em Berlim, eles realizaram medidas de espectroscopia fotoeletrônica de raios-x. A energia de raios-x utilizada foi de 330 eV. Como no caso do experimento com reflexão de luz, eles estudaram o NaK com e sem a presença de vapor de água. A largura de banda de condução encontrada foi de 2,7 eV e 1,1 eV, respectivamente.
Conforme declarou R. Seidel, supervisor do experimento no sincrotron BESSY II, “Você pode ver a transição de fase para a água metálica a olho nu! A gota de Cloro-Potássio prateada se cobre de um brilho dourado, é muito impressionante!”
*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP
(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)
Referências:
1 Electrical resistivity and conductivity – Wikipedia
2 A. Hermann et al., Proc. Natl Acad. Sci. USA 109, 745–750 (2012),
https://doi.org/10.1073/pnas.1118694109
3 P.E. Mason et al., Nature, volume 595, 673–676 (2021)
DOI: 10.1038/s41586-021-03646-5
4 Veja o filme em
https://www.youtube.com/watch?v=DlDb_zWZC_w&feature=emb_rel_pause
5 Metais Alcalinos: Reações Com Agua – YouTube
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Portaria GR-7670 – Retorno às atividades presenciais na USP – Orientações do IFSC
Prezados Colaboradores, Funcionários e Docentes do IFSC,
Com base na Portaria GR-7670 do Magnífico Reitor, expedida no dia 12 e publicada no dia 13 últimos, comunico que:
1-A partir de 23/ago/2021, todos os funcionários, docentes e colaboradores já imunizados com uma das vacinas (14 dias após ter completado a vacinação), devem retornar ao trabalho presencial em jornada normal e horários regulares. Para isso devem apresentar o comprovante de vacinação à Chefia Imediata e devem registrar o ponto de forma regular, tal como era praticado antes da pandemia.
2-Aqueles que ainda não concluíram a imunização (faltando ambas as doses, faltando a última dose ou ainda não decorridos os 14 dias desde a última dose ou dose única), devem retornar ao trabalho assim que completarem o ciclo de imunização ou através de convocação, tal como vinha sendo praticado até então.
3-Casos em que a vacinação deveria ter sido realizada e não ocorreu, têm até o dia 24/ago/2021 para iniciar a regularização e comunicar ao IFSC.
4-Casos excepcionais de impedimento para obediência à Portaria reitoral, serão tratados individualmente pela Diretoria do IFSC.
5-Tudo será feito para recebê-los dentro das regras sanitárias recomendadas. Esperamos que todos obedeçam de forma rigorosa às regras que serão praticadas para esta primeira etapa do retorno presencial.
6-Recomendo que todos leiam a Portaria GR-7670 em sua íntegra (AQUI):
Contamos com a colaboração de todos.
Atenciosamente,
Prof. Vanderlei S. Bagnato
Diretor do IFSC
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

IFSC/USP lança programa de vídeos em apoio à saúde mental de sua comunidade
Numa iniciativa do IFSC/USP, será lançado no próximo dia 12 de agosto, às 15h, através do Canal Youtube de nosso Instituto (youtube.com/ifscusp1) uma coleção de vídeos em apoio à Saúde Mental de nossa comunidade, com a participação da psicóloga Bárbara Kolstock Monteiro, profissional-parceira em nossa instituição.
“Conversando sobre saúde mental: o IFSC/USP e o bem-estar de sua comunidade – A saúde mental no contexto da pandemia”, será o tema desta programação que será lançada neste momento crucial da pandemia, onde, esse apoio e diálogos tornam-se cada vez mais necessários, cuidando assim nossa comunidade, principalmente, a atenção aos nossos alunos, que se mantêm em regime de confinamento. Além dos com nossos funcionários e docentes, que também estão em teletrabalho.
De fato, os nossos estudantes, que permanecem pelo segundo ano consecutivo em seus respectivos cursos (on-line), sem nunca terem frequentado aulas presenciais, é o maior público-alvo desta iniciativa, que abordará temas relativos à manutenção de uma boa saúde mental, tais como: ansiedade, estresse, depressão e pânico – dentre outros. Esta ação se configura como forte ferramenta e de grande importância em apoio a nossa comunidade, num momento tão desgastante.
Não esqueça: no próximo dia 12 de agosto, às 15h, no Canal Youtube do IFSC/USP, esperamos vocês!
(CLIQUE NA IMAGEM ACIMA)
Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Prof. Glaucius Oliva é o novo vice-presidente da ABC para a região São Paulo
A diretoria da Academia Brasileira de Ciências (ABC), em sua reunião virtual realizada no passado dia 06 de agosto, elegeu o docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Glaucius Oliva, para o cargo de vice-presidente Regional da ABC para a Região de São Paulo, ocupando, assim, o cargo deixado em aberto desde 11 de julho último com o falecimento do Prof. Oswaldo Luís Alves. O mandato do Prof. Oliva, bem como de todos os membros desta Diretoria, segue até maio de 2022.
Glaucius Oliva é professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo em São Carlos (IFSC-USP). É coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CIBFar/Cepid) da Fapesp.
Doutorado em cristalografia de proteínas pela Universidade de Londres (1988), seus principais interesses de pesquisa estão centrados em biologia estrutural e química medicinal aplicados ao planejamento e desenvolvimento de novos fármacos, com particular ênfase em doenças infecciosas endêmicas brasileiras. Hoje lidera uma equipe de pesquisas com composição multidisciplinar de físicos, biólogos e químicos. Também tem liderado projetos em colaboração com empresas farmacêuticas nacionais.
Foi diretor (2010) e presidente (2011-2015) do Conselho Nacional e Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), bem como fundador e membro do governing board do Conselho Global de Pesquisas (GRC, na sigla em inglês).
É comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, membro da TWAS (The World Academy of Sciences for the advancement of science in developing countries) e fellow do Birkbeck College da Universidade de Londres.
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Colação de Grau no IFSC/USP – 06 de agosto de 2021
“A diferença entre força e coragem”
O IFSC/USP realizou no dia 06 de agosto mais uma Colação de Grau (remota) de vinte aluno(a)s pertencentes aos cursos de Bacharelado em Física, Bacharelado em Física Computacional, Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares, e Licenciatura e Ciências Exatas, uma cerimônia que foi presidida pelo diretor do Instituto, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, e pelo Presidente da Comissão de Graduação, Prof. Luiz Gustavo Marcassa, marcando, assim, o fim da formação básica dos estudantes e o início de seu caminho rumo a uma profissão.
Salientando as dificuldades em face à pandemia e após ter parabenizado aluno(a)s, familiares e seus amigos, o diretor do IFSC/USP salientou que é na Universidade que o/a aluno/a aprende como ser e como não ser, tendo como resultado final que “de qualquer forma, ele aprende”… O Prof. Vanderlei Bagnato pontuou que o(a)s aluno(a)s completam agora sua formação porque quer o Instituto de Física de São Carlos, quer a própria USP, como um todo, não abaixaram a cabeça, e ao contrário de outras instituições, fizeram o melhor que estava ao seu alcance para que os jovens estudantes chegassem à Colação de Grau sem que ficassem ainda mais prejudicados devido ao período de pandemia. ”Quando chegamos e este momento, percebemos que não é o conhecimento que muda o mundo, mas sim as pessoas, e a partir de agora vocês fazem parte dessa realidade, ou seja, vocês estão inseridos na categoria daquele(a)s que devem ajudar: deixaram de ser uma promessa e passaram a ser parte de um processo de mudança”, sublinhou o diretor do IFSC/USP.
Para o orador, o tempo correspondente à graduação sempre é inesquecível, não se comparando a uma pós-graduação, já que é um período onde o(a) aluno(a) se molda, fato que determinará aquilo que ele/ela será no futuro, tendo em consideração as reflexões que cada jovem terá que fazer mediante algumas questões e ponderações que foram colocadas pelo Prof. Bagnato. “Será que conquistei tudo e todos? Será que aproveitei tudo aquilo que podia? Será que fiz bons amigos? Esta minha etapa foi feita com paixão? As respostas você encontra para que com elas você atinja seus objetivos”. Afirmando que a maior escuridão que existe não é quando o Sol ou as mais poderosas fontes de luz podem resolver, já que a maior escuridão está na mente das pessoas “e por isso estamos vivendo uma época de escuridão mental”, o orador afirmou que a partir daquele momento o(a)s aluno(a)s, com suas contribuições para a Ciência e Tecnologia terão agora que se tornar em fontes de luz para a mente de muitos. “Espero que vocês sejam fortes o suficiente para sempre manterem o brilho acesso; lembrem-se que a partir de hoje há uma escuridão de mentes esperando pela vossa luz, a luz que esperamos ter dado e contribuído modestamente aqui, no IFSC/USP”, ponderou o diretor do IFSC/USP. Já para o Presidente da Comissão de Graduação do Instituto, Prof. Luiz Gustavo Marcassa, que usou brevemente da palavra, o fato mais destacado é que, embora tenham havido as piores consequências possíveis devido à pandemia, o certo é todo(a)s – docentes e discentes – conseguiram, de alguma forma, ganhar novas habilidades, até aí desconhecidas. “Vocês estão duplamente de parabéns pelos esforços que fizeram e por sua vitória, atendendo a que todo(a)s possuem agora as ferramentas necessárias para abordarem os problemas da sociedade e como educar as pessoas. Vocês tão prontos para o futuro”
A diferença entre força e coragem
Como fonte de reflexão para todo(a)s o(a)s estudantes, o diretor do IFSC/USP leu o seguinte texto intitulado “A diferença entre força e coragem”, que nos permitimos transcrever abaixo:
“É preciso ter força para ser firme, mas é preciso coragem para ser gentil;
É preciso ter força para se defender, mas é preciso coragem para baixar a guarda quando necessário;
É preciso ter força para ganhar uma guerra, mas é preciso coragem para se render;
É preciso ter força para estar certo, mas é preciso coragem para ter dúvida;
É preciso ter força para manter-se em forma, mas é preciso coragem para ficar de pé;
É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem para sentir as próprias dores;
É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrar os próprios males a todos;
É preciso ter força para suportar o abuso, mas é preciso coragem para fazê-lo parar;
É preciso ter força para ficar sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio;
É preciso ter força para amar, mas é preciso coragem para ser amado;
É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso ter muito mais coragem para viver”.
Já no final da cerimônia de Colação de Grau, o Prof. Vanderlei Bagnato homenageou os pais, amigos e restantes familiares do(a)s aluno(a)s do IFSC/USP, tendo recitado um poema dedicado às comemorações do “Dia dos Pais” (08 de agosto). O diretor do IFSC/USP encerrou a cerimônia com seguinte frase dedicada a tod(a)s. “Nós escolhemos uma profissão que é fundamental para a sociedade, mas que demanda de nós a análise e não a intolerância aos pequenos fracassos. Aqui, no IFSC/USP queremos sempre transmitir que só é bem sucedido(a) aquele(a) que sabe administrar o fracasso. Nossa rotina é uma rotina de sacrifício, por isso, nunca desanimem, pois tudo que receberam aqui irá permanecer para sempre com vocês, pois serão sempre vencedore(a)s. Usem os elementos que vocês têm, rumo à vitória”
Aluno(a)s formado(s)
Bacharelado em Física
Clara Rodrigues Vidor
Felipe Pereira Alves
Gabriel dos Reis Trindade
Gabriel Henrique Armando Jorge
João Hiroyuki de Melo Inagaki
Renato Mafra Moysés
Bacharelado em Física Computacional
Bruno Sartorelli Laissener
Felipe Maraboli Simões Neves
Filipe Antunes Marinho
Gabriela Ruiz
Henrique Félix da Silva
Victor Foscarini Almeida
Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares
Camilla dos Santos Costa
Ian Berthold de Haan
João Paulo Cassucci dos Santos
Juliana Naomi Yamauti Costa
Nayla Naomi Kusimoto Takeuti
Renan dos Reis
Licenciatura em Ciências Exatas
Alessandra Rodrigues Santos
Vinicius Bianchi
Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Produção científica do IFSC/USP na WOS – bimestre março e abril de 2021
A Biblioteca do IFSC apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como interessantes no bimestre de março/abril de 2021 pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters. Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP ou quem tem acesso ao Portal CAPES.
Para mais informações: sbiprod@ifsc.usp.br
ÁREA: Agricultural Sciences
ÁREA: Chemistry
Folding of xylan onto cellulose fibrils in plant cell walls revealed by solid-state NMR
Molecular docking and structure-based drug design strategies
Plasmonic biosensing: focus review
Yolk-shelled ZnCo2O4 microspheres: Surface properties and gas sensing application
ÁREA: Clinical Medicine
ÁREA: Computer Science
Clustering algorithms: a comparative approach
ÁREA: Materials Science
ÁREA: Molecular Biology & Genetics
Functional and evolutionary insights from the genomes of three parasitoid Nasonia species
ÁREA: Pharmacology & Toxicology
ADMET modeling approaches in drug discovery
ÁREA: Physics
Analyzing and modeling real-world phenomena with complex networks: a survey of applications
Boosting the sensitivity of Nd3+-based luminescent nanothermometers
Bose-Einstein condensation: twenty years after
The Kuramoto model in complex networks
The Pierre Auger Cosmic Ray Observatory
Towards understanding the origin of cosmic-ray positrons
ÁREA: Space Science
Detection of variable VHE γ-ray emission from the extra-galactic γ-ray binary LMC P3
Multi-messenger observations of a binary neutron star merger
Observation of a large-scale anisotropy in the arrival directions of cosmic rays above 8 x 1018 eV
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Até 12 de agosto: Inscrições abertas para DANÇA TUSP 60+
Estão abertas as inscrições para o curso DANÇA TUSP 60+, uma parceria entre o Teatro da USP, órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP e o Grupo Coordenador de Atividades de Cultura e Extensão da USP São Carlos.
O curso teve a sua primeira versão no primeiro semestre de 2021, integrando a programação de atividades de cultura e extensão universitária do programa USP60+ da PRCEU.
O DANÇA TUSP 60+ acontecerá entre os meses de agosto e novembro, de forma gratuita e on-line, em decorrência da pandemia do COVID-19, e atenderá pessoas de todo o estado de São Paulo. O nosso objetivo é promover bem estar físico e mental, a partir de um programa que contempla exercícios de alongamento, flexibilidade, coordenação, equilíbrio e postura.
Trata-se de um curso de curta duração para o público adulto acima de 60 anos. Esperamos, adicionalmente, promover a proteção da saúde física e mental a partir de modalidades artísticas inclusivas. A Dança, que pode ser praticada por qualquer indivíduo em qualquer idade, ajuda a reduzir o estresse, a ansiedade, diminuir a tensão muscular, estimular a concentração e a memória; além de ser um importante mecanismo de socialização por conta da prática coletiva.
As inscrições para o Dança TUSP 60+ acontecem entre os dias 01 e 12 de agosto de 2021 e as vagas serão distribuídas por sorteio dos inscritos, mantendo-se uma lista de espera. Serão oferecidas 40 vagas. Os interessados não precisam ter vínculo com a universidade e devem ter mais de 60 anos.
O curso será ministrado por Fabiana Granusso – arquiteta e urbanista pelo IAU-USP, bailarina formada em dança contemporânea pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. Atualmente participa junto a coletivos artísticos no interior do estado de São Paulo produzindo trabalhos com artistas locais e é assistente de produção do TUSP, na cidade de São Carlos, onde coordena os Módulos de Dança.
O curso é coordenado pela Profª Drª Maria Helena Franco de Araujo Bastos, diretora do TUSP e professora do Departamento de Artes Cênicas da USP, e está sob a supervisão pedagógica de Claudia Alves Fabiano, orientadora de arte dramática do TUSP no campus, além de doutoranda em Pedagogia do Teatro pela ECA-USP.
Para participar da atividade não é necessário ter experiência com dança.
Para fazer a inscrição, acesse AQUI o link e clique em (inscrever) no tópico inscrição.
E não esqueça de preencher (também) o formulário AQUI.
Período de realização do curso: 16 de agosto a 15 de novembro de 2021
horário: segundas-feiras – 8h30 às 9h30
Curso On-line via Plataforma Zoom
Coordenação: Fabiana Granusso – TUSP – campus São Carlos
Observações/pré-requisitos: necessário computador/celular com acesso à internet que permita realização de videoconferência; cadeira ou sofá. Desejável um tapete confortável (de yoga/colchonete).
A confirmação dos selecionados será enviada por e-mail com outras informações. Os inscritos serão incluídos em grupo de whatsapp referente à atividade.
Contato para dúvidas e esclarecimentos sobre o Dança TUSP 60+: tuspdesaocarlos@usp.br
Ou acessem: instagram @tuspdesanca; facebook /tuspdesaocarlos
Siga o TUSP nas mídias sociais!
Link do site do TUSP: http://www.usp.br/tusp
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Portal da Cultura: http://cultura.sc.usp.br/
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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Vídeo Tour do Campus USP de São Carlos
VÍDEO TOUR REALIZADO NUMA PARCERIA ENTRE O ICMC/USP E O IFSC/USP
IMAGENS FORAM COLHIDAS E TRATADAS PELA EMPRESA PARCEIRA DO IFSC/USP – PROVE
AUTORIA DE BRÁS JOSÉ MUNIZ E ANDERSON MUNIZ (CHITÃO)
CONFIRA CLICANDO NA IMAGEM ABAIXO

Abertura virtual da exposição de ciências “A vida: do visível ao invisível”
LINK DE ACESSO PARA A ABERTURA OFICIAL

USP passa a integrar o Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica (SISFOTON)
Através da chamada pública realizada em março do corrente ano do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), A Universidade de São Paulo (USP) foi selecionada a integrar o Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica (SISFOTON), dentre quarenta propostas apresentadas.
Cada universidade teve direito a apresentar uma proposta, sendo que a Universidade de São Paulo apresentou a proposta de criação do Laboratório de Apoio à Inovação e ao Empreendedorismo em Tecnologias Fotônicas, envolvendo cerca de quarenta pesquisadores oriundos de diversas instituições da USP, e que se dedicam à área de Fotônica, sob a supervisão dos Profs. Vanderlei S. Bagnato e Cléber R. Mendonça, ambos pesquisadores do IFSC/USP.
O fundamento para a criação desta rede é de incentivar ainda mais as pesquisas nas áreas de Óptica e Fotônica, universalizando a infraestrutura existente na USP, ou seja, disponibilizando todos os equipamentos existentes para um maior número de cientistas oriundos não só de instituições públicas, como privadas, com destaque para as empresas que desenvolvem pesquisa e desenvolvimento nesta área do conhecimento.
Tendo como base a cedência de todos os equipamentos por cerca de 30% de seu funcionamento total, os pesquisadores de excelência internacional na área, com cerca de quarenta anos de atuação, permitirão o reforço no desenvolvimento de tecnologias e aplicações de materiais em diversas linhas de pesquisa, como, biofotônica, óptica não-linear, nanotecnologia e aprendizagem de máquina, entre outras. Nossa equipe possui uma grande experiência e infraestrutura ágil para formalização de parcerias institucionais com universidades e empresas, para pesquisa colaborativa em projetos, ou como prestação de serviços. Fazem parte da Proposta os seguintes laboratórios:
– Laboratório de apoio tecnológico – IFSC/USP;
– Laboratório de microscopia Raman, SNOM e AFM – IFSC/USP;
– Laboratório de microscopia óptica confocal de fluorescência – IFSC USP;
– Laboratório de biofotônica para cultura de células – IFSC/USP;
– Laboratório de biofotônica para cultivo e estudo de microrganismos – IFSC/USP;
– Laboratório de instrumentação e desenvolvimento – IFSC /USP;
– Laboratório de espalhamento de luz e átomos frios – IFSC/USP;
– Laboratório de gases quânticos – IFSC /USP;
– Laboratórios de aplicações ópticas em agricultura – IFSC/USP;
– Laboratório de nano-fármacos e foto-fármacos – IFSC/USP;
– Laboratório de síntese de fotossensibilizadores – DQ/UFSCAR;
– Laboratório de metrologia de tempo e frequência – Relógio Atômico e MASER – IFSC/USP;
– Laboratório de óptica oftálmica – IFSC/USP;
– Laboratório de ensaios ópticos interferométricos – OCT-IFSC/USP;
– Laboratório de óptica não-linear – IFSC/USP;
– Laboratório de microfabricação e nanoestruturas – IFSC/USP;
– Laboratório de instrumentação óptica aplicada a oftalmologia e a agricultura – IFSC/USP;
– Oficina de óptica – IFSC/USP;
– Laboratório de e metrologia de tempo e frequência – IFSC/USP;
– Laboratório de sensores ópticos e robótica – EESC/USP;
– Laboratório de medidas ópticas e ultravioleta – FFCL/USP – Ribeirão Preto;
A USP junta-se, assim, às outras sete instituições de pesquisa que foram igualmente selecionadas para este projeto e passará a oferecer os seguintes serviços:
-Espectroscopia linear, não linear e resolvida no tempo para a caracterização de novos materiais fotônicos na região espectroscópica do ultravioleta, visível, e infravermelho, incluindo as janelas terapêuticas e telecomunicações;
-Serviços de fabricação de lentes, espelhos dielétricos e metálicos, filtros de absorção e filme finos, elementos ópticos refrativos, divisores de feixe ópticos;
-Corte, polimento e lapidação de vidros ópticos;
-Evaporação de materiais dielétricos e metálicos;
-Técnicas de microfabricação a laser de materiais fotônicos em escalas nanométricas a micrométricas e suas caracterizações ópticas visando aplicações em telecomunicações e fotônica;
-Técnicas de processamento a laser de materiais fotônicos visando alterações pontuais das estruturas químicas e assim suas propriedades elétricas, ópticas e químicas para aplicações em dispositivos fotônicos e de catálise voltadas ao meio ambiente;
-Desenvolvimento de plataformas de Lasers aleatórios para fontes de luz em dispositivo fotônicos e sensores;
-Desenvolvimento de plataformas LIBS (Laser induced breakdown spectroscopy) com lasers de femtossegundos e de alta taxa de repetição;
-Nanofabricação, por exemplo, de materiais semicondutores para micro e nanoeletrônica;
-Obtenção de imagens multiespectrais no visível e utilizando-se o sistema de aquisição de imagens do tipo tomografia de coerência óptica – OCT de domínio espectral;
-Medidas de irradiância, absorção, fluorescência e espectro na região do UV, visível e infravermelho próximo;
-Medidas de microscopia óptica de transmissão, fluorescência e Raman;
-Caracterização óptica de equipamentos;
-Aferição de potência óptica de fontes de luz (UV-VIS-NIR, contínuo);
-Análise de microscopia confocal de fluorescência;
-Análise de microespectroscopia Raman;
-Espectroscopia UV-VIS, de Fluorescência e FTIR;
-Prototipagem de equipamentos ópticos nas áreas da saúde;
-Testes de nanopartículas;
-Síntese de nanopartículas;
-Testes com sensores;
-Caracterização de nanomateriais;
-Medidas de índice de refração, por exemplo, para a identificação das contribuições térmica e eletrônica de materiais dopados com íons emissores visando o desenvolvimento de novas tecnologias;
-Espectroscopia óptica não linear de materiais (e de novos materiais), por exemplo, por meio de aplicações de pulsos de femtossegundos para o processamento de materiais;
-Determinação de espectro de absorção, transmitância e fluorescência de materiais, por exemplo, para a determinação de propriedades óticas não lineares por meio de varredura-z, controle coerente da fluorescência excitada via absorção de dois fótons em misturas de compostos orgânicos, bem como, para análises de lentes solares;
-Desenho óptico de sistema integrados e de componentes individuais.
-Caracterização e Síntese de moléculas fotoativas.
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Produção Científica do IFSC/USP no mês de agosto de 2021
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A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico Nature Communications (VER AQUI).
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IUCr parabeniza Profª Yvonne Primerano Mascarenhas
A União Internacional de Cristalografia (IUCr) publicou em sua última newsletter um destaque especial sobre a conquista do “Prêmio Joaquim da Costa Ribeiro”, promovido pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), por nossa docente e pesquisadora, Profª Yvonne Primerano Mascarenhas.
Sublinhando o fato de a Profª Yvonne ter sido a primeira mulher a conquistar o citado prêmio, a publicação enfatiza todo o percurso acadêmico da pesquisadora, parabenizando-a por seu desempenho e dedicação.
Para acessar a publicação, clique AQUI.
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Doença de Alzheimer… 115 anos depois

Placas da proteína beta-amilóide presentes no cérebro de portadores da doença de Alzheimer (Crédito: Thomas Deerinck, NCMIR/SPL)
Por: Prof. Roberto N. Onody *
Há exatamente 115 anos, o Dr. Alois Alzheimer, médico alemão, teve uma paciente de 51 anos que apresentava sintomas de perda de memória, dificuldades na fala e comportamento imprevisível. Ao falecer, em 1906, a autópsia revelou a presença de emaranhados de fibras no seu cérebro.
A doença de Alzheimer é progressiva, degenerativa e, até agora, não tem cura. Estima-se que 50 milhões de pessoas padecem desta doença em todo o mundo 1. No Brasil, este número é de, aproximadamente, um milhão e quatrocentas mil pessoas 2. Com o aumento da expectativa de vida, o número de portadores do mal de Alzheimer tem crescido em todo o mundo. Acima de 85 anos, 33 % dos idosos sofrem da doença. A maioria é de mulheres.
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência. O termo demência designa, genericamente, pessoas que devido a alterações no cérebro têm perda de memória, fala e locomoção. Há um profundo e severo declínio das habilidades cognitivas que afetam o comportamento, as emoções e os relacionamentos. Outras formas de demência são a vascular, frontotemporal, Parkinson e Huntington. De maneira incorreta, usa-se muitas vezes o termo senilidade como sinônimo de demência. Deixa a impressão de que a demência vem junto com o envelhecimento, o que não é verdade.
Os principais sintomas são: perda de memória recente, datas e eventos (já na mudança típica que acompanha um envelhecimento sadio – há esquecimento de nomes e compromissos, mas, recordando-os mais adiante); dificuldades com números, pagamento de contas, dirigir para locais antes conhecidos ou as regras de um jogo favorito (já na mudança típica que vêm com a idade – erros ocasionais nas contas domésticas e necessidade esporádica de auxílio na utilização, por exemplo, do micro-ondas); dificuldade de fala, escrita, de acompanhar ou continuar uma conversa (já no idoso saudável – esquecer a palavra apropriada numa conversação) ; colocar objetos em lugares não usuais e não se lembrar de tê-los posto ali (também acontece com idosos saudáveis, mas com menos frequência) e, finalmente, uma mudança de humor e personalidade (é normal porém, com a idade, o desenvolvimento de hábitos, manias e certa irritabilidade com a quebra de rotina) 3. Já foi dito que esquecer onde deixou as chaves é esquecimento, mas não lembrar para que elas servem é Alzheimer.
Na fase terminal, o doente está acamado ou numa cadeira de rodas, tem incontinência urinária e fecal, dificuldade de engolir, de compreender o que se passa ao seu redor e de reconhecer as pessoas. Necessita de um cuidador 24 horas. Infecções e pneumonia podem acelerar o óbito.
Para se diagnosticar o Alzheimer, várias ferramentas e testes devem ser utilizados. Na consulta médica, uma das primeiras perguntas será sobre a existência de familiares que tem ou tiveram algum tipo de demência. Em seguida, vem os testes de avaliação geral da saúde do paciente: pressão sanguínea, temperatura, pulso e a auscultação do coração e do pulmão. O paciente deve informar a dieta, a nutrição e a lista de medicamentos consumidos. Sintomas parecidos com os do Alzheimer podem ser causados pela depressão, insônia, problemas na tiróide, efeitos colaterais de certos medicamentos, drogas e consumo excessivo de álcool. O médico deverá testar os reflexos, coordenação, tônus muscular, força, movimento dos olhos e fala.
Existem 2 testes cognitivos (clínicos) importantes que ajudam muito o diagnóstico. O MMSE (Mini-Mental Status Exam), em que o profissional de saúde faz uma série de perguntas envolvendo habilidades mentais necessárias no nosso dia a dia. A pontuação máxima é 30. Se o indivíduo obtém entre 24-20, 20-13 ou menos de 12 pontos, o Alzheimer é considerado leve, moderado e severo, respectivamente. Uma pessoa com Alzheimer pontua de 2 a 4 pontos menos a cada ano que se passa. O segundo teste, o Mini-Cog, é o mais simples. Solicita-se que a pessoa memorize e repita, alguns minutos depois, 3 nomes de objetos comuns. Em seguida, pede-se a ela que desenhe um relógio com os 12 números na posição correta e coloque os ponteiros na hora escolhida pelo examinador.
Ao lado dos testes clínicos, é interessante realizar testes baseados em programas computacionais. A FDA (Food and Drug Administration) dos EUA autorizou os programas Cognigram, Contab Mobile, Cognivue, Cognision e ANAM (Automated Neuropsychological Assessment Metrics).
Imagens estruturais do cérebro, através de Ressonância Magnética Nuclear, Tomografia Computadorizada e PET-CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons) permitem descobrir acumulação excessiva da proteína beta-amilóide no cérebro. Junto com a proteína tau, ela forma a dupla vilã responsável pela doença de Alzheimer.
A proteína beta-amilóide é produzida em excesso e esse excesso vai se acumular no neurópilo, área em que se encontram os dendritos e células da glia, impedindo o tráfego correto de nutrientes (como a glicose) para os neurônios. A aglomeração de beta-amilóides junto com células mortas, acabam formando as chamadas placas senis, que sempre estão presentes na autópsia de pessoas com Alzheimer. A formação da proteína tau ocorre nos microtúbulos que ligam o axônio do neurônio ao dendrito. Sua acumulação excessiva e emaranhada impede essa ligação. A quantidade de proteína tau, pode ser razoavelmente estimada pela análise do líquido cefalorraquidiano, mas este é um procedimento médico extremamente invasivo.

(Newsweek – Science)
Por este motivo, pesquisadores têm se debruçado sobre a possibilidade de diagnosticar o Alzheimer através de testes sanguíneos. A neurocientista Nancy Ip e sua equipe da Universidade de Hong Kong, desenvolveram testes para identificação do Alzheimer a partir da presença de 19 proteínas presentes no sangue. A beta-amilóide se agarra a outras proteínas e se degrada rapidamente. Utilizando espectrômetro de massa, está disponível nos EUA (desde outubro de 2020) o diagnóstico C2N, que mede o decaimento do nível de beta-amilóide no sangue, indicando sua acumulação no cérebro 4 .
Como acontece com todas as doenças, um diagnóstico precoce é muito importante, não para a cura (que não existe ainda) mas, para desacelerar o avanço da doença e, com medicamentos, que atenuam os efeitos mais pernósticos da doença. É raro o próprio paciente reconhecer sua condição. Pelo fato de o esquecimento fazer parte de um envelhecimento normal (saudável), a família também demora muito a reconhecer os sintomas e procurar ajuda médica.
Até aqui, os medicamentos utilizados para tratamento do Alzheimer são meros paliativos, apenas aliviam os sintomas buscando dar ao paciente uma melhor qualidade de vida. Na fase leve e moderada da doença, são indicados a Galantamina, a Donezepila e a Rivastigmina, que atuam no neurotransmissor acetilcolina. Na fase grave, recomenda-se a Memantina, um medicamento que atua no neurotransmissor glutamato.
Durante cerca de 18 anos, nenhum novo remédio contra o Alzheimer foi lançado pela indústria farmacêutica. Mas, em junho de 2021, a companhia de biotecnologia Biogen de Cambridge, Massachusetts, teve o medicamento Aducanumab aprovado, de forma acelerada, pela FDA (Food and Drug Administration) dos EUA 5.
Como dissemos antes, os medicamentos utilizados, até agora, para o Alzheimer visam apenas atenuar os seus efeitos e sintomas. Já O Aducanumab propõe, de fato, uma terapia para a doença, ao diminuir a produção de beta-amilóide. Aducanumab injeta anticorpos de forma intravenosa. Os estudos clínicos da fase III foram tumultuados e controversos. Somente após uma reanálise dos dados, foi que a Biogen obteve a aprovação da FDA. A Biogen terá até 9 anos para provar (em novos testes clínicos) a eficiência da droga. Terá também que resolver o maior efeito colateral da Aducanumab, que é o inchamento do cérebro.
Segundo o ICER (Institute for Clinical and Economic Review) de Boston, o custo da droga deve ficar entre 2.500 e 8.300 dólares. Como existem pelo menos outras 3 empresas (Lilly, Roche e Eisai) testando, na fase III, anticorpos anti-amilóide, o preço deve diminuir. A aprovação da Aducanumab já foi submetida à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP
(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)
Referências:
1Alzheimer’s & Dementia | Alzheimer’s Association
https://www.alz.org/alzheimer_s_dementia
2 ABRAz: Associação Brasileira de Alzheimer – Idosos
https://idosos.com.br/abraz-associacao-brasileira-alzheimer/
3 Alzheimer: perda de memória e outros sintomas (uol.com.br)
4 Alzheimer’s drug approval spotlights blood tests | Science (sciencemag.org)
1.Servick, Science Vol. 373 , 373 (23 jul 2021)
https://doi.org/10.1126/science.373.6553.373
5 Landmark Alzheimer’s drug approval confounds research community (nature.com)
1.A. Mullard, Nature594, 309-310 (2021)
https://doi.org/10.1038/d41586-021-01546-2
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Pesquisadores do IFSC/USP desenvolvem novas abordagens para combater vírus da AIDS
Após um trabalho que durou mais de três anos, pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), liderados pelo pesquisador Prof. Francisco Eduardo Gontijo Guimarães, desenvolveram um tratamento novo para combater o vírus do HIV, um trabalho que foi capa da Revista ACS (American Chemical Society) no passado mês de junho.
No trabalho, os pesquisadores desenvolveram dois tipos de tratamento com base em fotoimunoterapia, utilizando anticorpos iguais aos presentes no corpo humano, tendo em seu interior fotossensibilizadores que têm a particularidade de combater não só as células infectadas com o vírus do HIV, mas também neutralizando o vírus circulante, que é fonte de novas infecções, tanto internas como externas.

Capa da Revista ACS
Ao contrário do que acontece com a administração dos vários fármacos que combatem o HIV (na forma de coquetel) e que apenas atuam principalmente no vírus que circula no sangue dos pacientes, a primeira abordagem realizada pelos pesquisadores do IFSC/USP, em colaboração com colegas da UNIFESP e do Reino Unido, teve como base a ligação de fotossensibilizadores (molécula ativa) que foram introduzidos no interior de um anticorpo. Quando iluminado por um tipo específico de luz, os fotossensibilizadores têm a propriedade de gerar uma quantidade grande de espécies reativas (radicais livres) que produzem a morte da célula alvo e a inativação do vírus circulante. O anticorpo atua com altíssima especificidade e é interpretado pelo organismo humano como se fosse real, propiciando uma baixa resposta autoimune. Esta estratégia é considerada importante atendendo ao fato de que na maioria dos casos os fotossensibilizadores mostram-se instáveis em meio aquoso, o que inviabiliza muito o processo de terapia fotodinâmica. Com esta forma de inserir os fotossensibilizadores dentro de um anticorpo, eles não sofrem qualquer ação contrária ao objetivo de se ligarem ao vírus e às células doentes infectadas e destruí-los. A pesquisa contou com a expertise do pós-doutorando Dr. Mohammad Sadraeian, bolsista da FAPESP, que desenvolveu duas estratégias distintas, sendo que a primeira, descrita acima, compreendeu quatro fotossensibilizadores que foram inseridos no interior do anticorpo, sendo que eles ficaram blindados pela estrutura molecular dele.

Prof. Dr. Francisco Eduardo Gontijo Guimarães
A segunda estratégia, completamente desenvolvida no nosso país, foi ligar os fotossensibilizadores na estrutura externa do anticorpo. Assim, os anticorpos teriam capacidade de carregar entre um a quatro fotossensibilizadores. “Nós queríamos estudar a eficácia do tratamento alterando o número de moléculas fotossensibilizadoras por anticorpo e comparar os resultados da primeira estratégia de quatro fotossensibilizadores inseridos no anticorpo”, conforme explica o Prof. Dr. Francisco Eduardo Gontijo Guimarães. “O estudo compara as duas estratégias. Irradiando com um determinado tipo de luz, esses fotossensibilizadores provocam não só a degradação das proteínas dos “Spykes” existentes no “envelope” do vírus, mas também do próprio envelope, acabando por eliminá-lo”, acrescenta o Dr. Mahammad. Ou seja, esta segunda estratégia modifica os “Spykes” após a irradiação com luz, e com isso o vírus não consegue se ligar às células de defesa sadias, sendo que esta metodologia poderá ser utilizada para neutralizar outros tipos de vírus, incluindo o da COVID. “Como o vírus do HIV infecta as células de defesa do organismo, também demonstramos que conseguimos eliminar somente as células infectadas, utilizando a estratégia de anticorpos, algo que abre as portas para que no futuro possamos ir muito mais além em nossas pesquisas”, celebra o pesquisador.
Este trabalho também contou com a participação indispensável da Profª Drª Ana Paula Ulian de Araújo, do Grupo de Biofísica e Biologia Estrutural “Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP).
Para conferir o trabalho publicado na Revista American Chemical Society, clique AQUI.
Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Procedimento Fotossônico para fibromialgia apresenta efeito prolongado em estudo até 300 dias após tratamento
Num recente artigo científico publicado no Journal of Novel Physiotherapies, pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) deram a conhecer um efeito prolongado no tratamento fotossônico de Fibromialgia nas palmas das mãos.
Entre 2019 e 2020, o grupo de pesquisadores acompanhou ao longo de 120 dias, um grupo de 40 pacientes fibromiálgicos que foram submetidos a 10 sessões de tratamento fotossônico, tendo se verificado que todos eles relataram a ausência das dores localizadas e generalizadas, e uma melhora muito significativa no desenvolvimento de suas atividades diárias, tendo proporcionado um aumento na qualidade de vida. Já entre 2020 e 2021, os pesquisadores repetiram as observações pelo tempo de 300 dias em um grupo constituído por 11 pacientes fibromiálgicos, tendo verificado o mesmo resultado apurado anteriormente.

Dr. Antonio de Aquino Junior
O tratamento fotossônico, que possibilita a ação combinada de recursos fisioterapêuticos, tem como base a normalização do limiar de dor junto ao sistema nervoso central, permitindo que os sintomas relativos à fibromialgia sejam revertidos, permitindo melhor qualidade do sono, diminuição da fadiga crônica, diminuição da dores generalizadas, permitindo ao paciente o retorno de sua qualidade de vida e das atividades profissionais. Ainda, sintomas como histórico de dores de cabeça, dismenorreia, distúrbios intestinais, entre outros, podem ser atenuados e até mesmo eliminados do dia-a-dia do paciente.

Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato
Na opinião do pesquisador do IFSC/USP e o autor principal do artigo científico, Dr. Antonio de Aquino Junior “atendendo a que a fibromialgia é considerada o segundo distúrbio reumático mais comum, com prevalência entre 2% a 8% da população, dependendo dos critérios diagnósticos utilizados, este estudo comprova a eficácia observada a longo prazo, mostrando a eficiência do tratamento fotossônico que, em todo o caso, deverá ser aplicado com alguma periodicidade no sentido de os pacientes obterem um bom estado fisiológico. Infelizmente não temos a cura, mas conseguimos desenvolver uma técnica que permite uma melhor qualidade de vida ao paciente”. Esse estudo, em parceria com a MultFISIO Brasil, clínica de fisioterapia de São Carlos e que está em diversas cidades do país, possibilitou o aperfeiçoamento da técnica, que agora está ainda mais eficiente em seus resultados.
Já para o Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, diretor do IFSC/USP e responsável pela pesquisa, “a técnica demonstra ser robusta o suficiente para ter uma abrangência de longo prazo, mostrando que não se trata de um alívio apenas temporário. Isso mostra que a técnica ajuda no processo de homeostase do organismo. Este é foco das nossas pesquisas e, sem dúvida, continuaremos a contribuir para a melhora da qualidade de vida das pessoas, aumentando ainda mais nossas atividades com parceiros clínicos como a MultFISIO Brasil”.
Steicy Beatriz Alves Setúbal, de 21 anos, que atualmente secretaria a filial da Clínica MultFisio Brasil em Cuiabá (MT), em parceria com o IFSC/USP, relata sua experiência no combate à fibromialgia e quais foram os resultados do tratamento fotossônico.
Clique na imagem ao lado para assistir à entrevista.
Este artigo científico publicado no Journal of Novel Physiotherapies (VEJA AQUI) foi assinado pelos pesquisadores Antonio Eduardo de Aquino Junior, Fernanda Mansano Carbinatto, Ana Carolina Fernandes, todos do IFSC/USP-Clínica MultFISIO Brasil, Daniel Marques Franco (Clínica MultFISIO Brasil), Andréia Aparecida Biffi de Lara (IFSC/USP), e Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP – Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, Universidade Federal de São Carlos – Hagler Institute for Advanced Study, Texas A&M University, Texas, United States of America).
Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP