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6 de setembro de 2021

Molécula encontrada em veneno de serpente trava a multiplicação do novo coronavírus – Destaque na BBC

Uma molécula identificada no veneno da serpente jararacuçu (espécie brasileira) tem a capacidade de frear a multiplicação do novo coronavírus. O resultado dessa pesquisa realizada por cientistas do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Araraquara, e devidamente testada em amostra de coronavírus, isolada no Instituto de Ciências Biomédicas da USP, foi já publicada na revista científica internacional “Molecules”, apontando que, em ensaios realizados com células de macacos, essa molécula inibe em cerca de 75% a possibilidade do vírus se multiplicar.

Esta descoberta, bastante divulgada em nível nacional, abre portas para que em um futuro próximo se possam desenvolver fármacos eficazes que não gerem efeitos colaterais para o tratamento de pacientes infectados pela COVID-19, isto porque a molécula estudada não apresenta toxicidade para as células, sendo, por outro lado, eficaz na redução da velocidade de infeção do vírus.

Embora o foco no mundo seja imunizar completamente as populações através das vacinas disponíveis, o certo é que essa ação poderá ainda demorar algum tempo, sendo necessário ter uma espécie de plano B, entrando aí a aplicação de novos fármacos que possam proteger as pessoas contra o vírus

Em uma das etapas deste estudo, o composto foi testado especificamente contra a enzima PLPro, que foi obtida no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), sendo os Profs. Glaucius Oliva e Rafael Guido os coordenadores desta pesquisa.

Com a divulgação destes estudos em destaque no âmbito internacional, o pesquisador Rafael Guido comentou o desenvolvimento dessas pesquisas em uma curta entrevista para a BBC News (VER AQUI).

Daqui para a frente, os pesquisadores ainda terão outras etapas neste estudo, como, por exemplo, investigar se esta molécula poderá exercer um papel mais ativo nas células, impedindo-as de serem invadidas pelo vírus.

A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o trabalho contou com a participação de pesquisadores do ICB/USP, IFSC/USP, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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