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23 de junho de 2022

Grupo de Biotecnologia Molecular do IFSC/USP oferece oportunidade de bolsas de Doutorado Direto / Doutorado / Mestrado

O Grupo de Biotecnologia Molecular (GBM) do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP) está procurando candidatos para bolsas de Doutorado Direto/Doutorado e/ou Mestrado nas áreas de Biologia Molecular, Bioquímica, Engenharia Bioquímica, Fermentação ou áreas correlatas.

O(A)s candidato(a)s irão participar do projeto que envolve colaboração com uma empresa biotecnológica, visando a descoberta, caracterização e produção heteróloga de novas enzimas ativas em carboidratos complexos com potencial aplicado.

Os candidatos qualificados devem manifestar seu interesse, enviando por e-mail com assunto “DDM Biomol” seu currículo lattes e histórico de graduação da Universidade ao Prof. Igor Polikarpov, IFSC-USP, pelo e-mail: ipolikarpov@ifsc.usp.br.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de junho de 2022

Duas vagas para estagiários no IEA-USP Polo de São Carlos – Inscrições entre 20 de junho e 30 de julho de 2022

O Instituto de Estudos Avançados da USP, Polo de São Carlos (IEA/USP) está selecionando dois estagiários para desenvolverem atividades naquele órgão.

A primeira vaga é para o desenvolvimento de atividades de apoio administrativo e de informática no IEA-USP Polo São Carlos. Participará das atividades de apoio à organização de reuniões e eventos do IEA-USP Polo São Carlos e também de atualização do portal e redes sociais do IEA.

Requisitos: estar cursando curso de Graduação em Administração ou Informática (estar matriculado nos períodos: 3º, 4º, 5º ou 6º período)

Período de inscrição: de 20 de junho a 30 de julho/2022.

Documentos necessários: certificado de matrícula e histórico escolar completo.

As inscrições poderão ser feitas através do e-mail: ieasc@sc.usp.br

Carga horária: 20 (vinte) horas semanais

Duração: 12 meses

Valor da remuneração: O estagiário selecionado será remunerado mediante bolsa de complementação educacional, cujo valor será de R$ 808,00, em jornada de atividade de 20 (vinte) horas semanais, sem vínculo empregatício com o IEA-USP Polo de São Carlos.

A segunda vaga destina-se a apoiar as atividades mantidas pelo IEA-USP Polo de São Carlos relacionadas à difusão científica e apoio ao ensino nas Escolas Públicas (EP) nas áreas de ensino de fundamentos de computação e uso pedagógico da informática.
A atividade compreende também a inserção de matérias relativas a difusão científica e de apoio às EP nas diversas sessões do Portal CiênciaWeb cujo endereço eletrônico é www.usp.br/cienciaweb.

Requisitos: estar cursando Graduação em qualquer curso da USP (estar matriculado nos períodos: 3º, 4º, 5º ou 6º período letivo)

Período de inscrição: de 20 de junho a 30 de julho/2022.

Documentos necessários: certificado de matrícula e histórico escolar completo.

As inscrições poderão ser feitas através do e-mail: ieasc@sc.usp.br

Carga horária: 20 (vinte) horas semanais

Duração: 12 meses

Valor da remuneração: O estagiário selecionado será remunerado mediante bolsa de complementação educacional, cujo valor será de R$ 808,00, em jornada de atividade de 20 (vinte) horas semanais, sem vínculo empregatício com o IEA-USP POLO SÃO CARLOS.

Para obter mais informações sobre estas duas vagas, envie email para  rosemari@sc.usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de junho de 2022

Laboratório Multiusuário de Cristalografia Estrutural (LaMuCrEs): Uma infraestrutura de excelência no IFSC/USP

Profs. Javier Ellena, Eduardo Ernesto Castellano e Alzir Azevedo Batista

Sob a coordenação do Prof. Eduardo Castellano, que deu continuidade ao trabalho pioneiro iniciado pela Profª Yvonne Primerano Mascarenhas, o LaMuCrEs – Laboratório Multiusuário de Cristalografia Estrutural, alocado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), desde muito cedo se apresentou como uma das principais infraestruturas dedicadas à área de cristalografia, com uma destacada atuação em diversas áreas, tais como a determinação de estruturas moleculares por difração de raios X e a correlação entre conformação e propriedades fisicoquímicas e biológicas dos compostos estudados. Tudo isso graças à existência de uma série de difratômetros específicos e únicos existentes no hemisfério sul, que a partir do ano 2000 ficaram disponíveis para todos os cientistas que quisessem utilizá-lo.

Além de sua atuação em nível acadêmico, o LaMuCrEs também atuou ao nível de pesquisas aplicadas e colaborações com as indústrias, com inúmeras contribuições de transferência, principalmente nas áreas relacionadas aos estudos de materiais industriais e seu controle de qualidade, desenho e controle de sistemas de detecção, indústrias da área extrativas de minerais regionais e nacionais, indústrias farmacoquímicas e farmacêuticas, e catalizadores para indústria de petróleo, entre outras. Assim, o LaMuCrEs tornou-se uma referência na caracterização do estado sólido, tornando a cidade de São Carlos em um centro de excelência nessa área.

Com o passar dos anos, os equipamentos foram ficando obsoletos, fazendo com que a eficácia e rapidez das pesquisas começassem a ficar comprometidas devido aos inevitáveis avanços da tecnologia. Ao detectar essas dificuldades iniciais, a equipe do LaMuCrEs iniciou, desde há cinco anos a esta parte, um processo de revitalização e modernização de todo o laboratório, que atualmente – e mantendo suas características de multiusuário – volta a ocupar o seu lugar de destaque na área de cristalografia.

Uma das novas áreas dedicadas à pesquisa

Prof. Javier Ellena: “Muito trabalho, muito esforço, mas valeu a pena”

Em primeiro lugar, a equipe conseguiu ver aprovado um projeto temático – PRONEX – iniciado em 2017, para a aquisição de um equipamento de última geração para difração de raios-x de monocristal – único na América Latina -, que já está devidamente montado e em funcionamento, com os apoios da FAPESP e do CNPq, e que trará uma dinâmica muito grande a toda a atividade do laboratório. “Voltamos a estar agora em condições plenas para que qualquer pesquisador do Brasil ou do exterior possa realizar os seus trabalhos neste laboratório, inclusive enviando as suas amostras para serem analisadas. O novo equipamento vai permitir fazer experimentos com altíssima qualidade e realizar coisas que até agora não conseguíamos fazer, como, por exemplo, executar medidas em função de temperatura ou  da pressão, medidas Raman, etc.. Contudo, a principal característica é a qualidade dos dados que esse equipamento pode fornecer, de forma extremamente rápida e precisa. Por exemplo, a análise de uma amostra de um mineral demora apenas dois minutos. Tudo isso permitirá alargar o nosso conjunto de colaborações nacionais e internacionais. Foram anos de trabalho intenso, de esforço”, explica o Prof. Javier Ellena, um dos pesquisadores responsáveis pelo LaMuCrEs.

Em segundo lugar e com o apoio incondicional dos diretores do IFSC/USP, Profs. Vanderlei Bagnato e Osvaldo Novais de Oliveira Junior, o velho laboratório alocado no Instituto foi readequado e redimensionado para suas novas missões, apresentando agora espaços devidamente divididos e organizados em uma área total de 200m2. “Com este novo espaço os pesquisadores poderão, a partir de agora, ter condições adequadas para desenvolverem seus trabalhos. Foram mais de cinco milhões de reais investidos na modernização do LaMuCrEs, não apenas com a aquisição e instalação do novo equipamento, mas também com a contratação da sua manutenção por um período de sete anos”. conclui o pesquisador.

O Comité Gestor do LaMuCrEs é constituído pelos Prof. Yvonne Primerano Mascarenhas, Eduardo Ernesto Castellano, Javier Ellena e Alzir Azevedo Batista.

Equipamento de última geração para difração de raios-x de monocristal

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de junho de 2022

Webinar: “Como escolher a melhor revista para publicar seu artigo usando a “Web of Science”

Escolher a melhor revista científica para publicar seu artigo requer uma série de estratégias que podem incluir critérios como escopo, corpo editorial, periodicidade e alcance. Para além desses elementos básicos, indicadores e métricas podem ser adicionados para estabelecer o fator de impacto, meia-vida, índice de imediaticidade, etc. Tais informações podem ser obtidas em índices internacionais multidisciplinares de citações como o Journal Citation Reports.

Registre-se para participar.

Na véspera do evento, enviaremos por e-mail um lembrete e o link da transmissão do Webinar.

Data: 23 de junho de 2022
Horário: 14h-16h
Inscrições (CLIQUE AQUI)

== PROGRAMAÇÃO ==

– Contexto geral da publicação científica na atualidade
– Ranking internacional de revistas científicas: Journal Citation Report (JCR) e seus indicadores
– Fator de Impacto: o que é e para que serve
– Outras métricas de avaliação de revistas
– Como selecionar a melhor revista para seu artigo
– Exemplos e casos práticos das áreas de Biológicas, Exatas e Humanas

Transmissão online.

Instrutora:   Deborah Dias – Especialista de Treinamento a clientes – Clarivate

Organização: Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica (AGUIA) em parceria com a Clarivate

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de junho de 2022

Seminário Especial aborda “Desafios na Educação e Ciência no Brasil”

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebe no próximo dia 22 de junho, às 16h00, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, o Seminário Especial subordinado ao tema “Desafios na Educação e Ciência no Brasil – Face ao negacionismo e os cortes no financiamento”.

Este seminário contará com as presenças do Prof. Dr. Ricardo Magnus Osório Galvão, pesquisador do Instituto de Física da USP, e da Drª Mariana Moura, do Instituto de Ciência e Tecnologia da UNIFESP.

Este evento ocorrerá de forma híbrida, podendo também ser assistido, ao vivo, através do Canal Youtube do IFSC/USP (VER AQUI).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de junho de 2022

TV Câmara São Carlos e CEPOF-IFSC/USP firmam parceria para a exibição de programas educacionais e científicos

Prof. Vanderlei Bagnato, Luiz Francisco Francelin, Vereador Roselei Françoso e a assessora educacional do CEPOF-IFSC/USP Mirian Barbosa

O presidente da Câmara Municipal de São Carlos, Vereador Roselei Françoso (MDB), recebeu no passado dia 10 de junho, o diretor do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF), que se encontra alocado no IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, que esteve acompanhado pela assessora educacional, Mirian Barbosa.

Acompanhado do coordenador da TV Câmara São Carlos, Luiz Francisco Francelin, Roselei colocou a grade da TV à disposição da produção educacional feita pela USP e, em especial, pelo programa coordenado pelo Prof. Bagnato. “O professor Bagnato já tem uma produção de conteúdo consagrada e muito interessante. E agora, temos mais um canal aberto para exibir e levar um pouco mais de conhecimento para toda a população da cidade”, frisou Roselei.

Segundo o presidente da Câmara, o canal aberto em sinal digital da TV Câmara, no ar desde fevereiro deste ano após celebração de convênio com a Câmara dos Deputados, tem o objetivo de estreitar a relação com a população. “Nós queremos aproximar o Legislativo do cidadão são-carlense, até para que ele possa fiscalizar e cobrar os parlamentares e o Poder Público e também aproveitar esse canal para exibir o conteúdo de excelência produzido pelas nossas instituições de pesquisa e ensino”, salientou o presidente da Câmara.

Para o Prof. Vanderlei Bagnato, esta iniciativa é bastante importante porque irá possibilitar ampliar o acesso aos conteúdos já produzidos, sendo objetivo principal alcançar o maior número possível de pessoas, em especial de alunos dos ensinos fundamental e médio.

Na reunião, ficou definida uma parceria entre as instituições, que possibilitará a exibição na grade de programação da TV Câmara São Carlos dos programas produzidos pelo PROVE, parceira do CEPOF na produção de vídeos educativos e científicos. “A finalidade dessas parcerias é fomentar e qualificar a grade de programas exibidos em parcerias estabelecidas com instituições públicas da cidade, como destacou o coordenador da TV Câmara.

Segundo o Prof. Vanderlei Bagnato, o IFSC/USP gera muito material educativo que tem a finalidade de contribuir para a melhoria da educação dos jovens fora do ambiente escolar. Exposições, aulas especiais e programas que são difundidos nas mídias sociais – Youtube e canais de TV próprios -, constituem, segundo Bagnato, as bases onde se procura completar a educação que é ministrada a esses jovens em suas escolas a. “Nosso foco é produzir e divulgar programas com conceitos de matemática, história da ciência e como as descobertas científicas são importantes para a humanidade e para o meio ambiente; todos esses valores têm que ser difundidos não só aos jovens, como também ao cidadão comum, que merece e deve entender como é que a ciência está contribuindo para a sua melhoria de vida, e/ou como a ciência pode ser incorporada ao seu cotidiano para essa mesma finalidade”, sublinha o cientista, que complementa, afirmando que “Fazer uma parceria com um canal público, onde estaremos levando periodicamente programas educativos e culturais para toda a população de São Carlos e região, é uma das atividades que a Universidade faz com prazer, entendendo que é uma de suas obrigações dentro do atual panorama de necessidades para a melhoria da educação em todo o país”.

A TV Câmara pode ser sintonizada em TV aberta/digital no canal 49.3 UHF.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de junho de 2022

Artigos do IFSC/USP mais citados no Essential Science Indicators – Bimestre Jan/Fev 2022

 

A Biblioteca do IFSC apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como interessantes no bimestre de jan/fev de 2022 pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters. Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP ou quem tem acesso ao Portal CAPES.

Para mais informações: sbiprod@ifsc.usp.br

 

ÁREA:   Agricultural Sciences

Development of cellulose-based bactericidal nanocomposites containing silver nanoparticles and their use as active food packaging

 

ÁREA:   Chemistry

A review on chemiresistive room temperature gas sensors based on metal oxide nanostructures, graphene and 2D transition metal dichalcogenides

Emergence of complexity inhierarchically organized chiral particles

Folding of xylan onto cellulose fibrils in plant cell walls revealed by solid-state NMR

Molecular docking and structure-based drug design strategies

Plasmonic biosensing: focus review

Yolk-shelled ZnCo2O4 microspheres: Surface properties and gas sensing application

 

ÁREA:   Clinical Medicine

Features of third generation photosensitizers used in anticancer photodynamic therapy: Review

 

ÁREA:   Computer Science

Clustering algorithms: A comparative approach

 

ÁREA:   Materials Science

A non-volatile organic electrochemical device as a low-voltage artificial synapse for neuromorphic computing

 

ÁREA:   Molecular Biology & Genetics

Functional and evolutionary insights from the genomes of three parasitoid Nasonia species

 

ÁREA: Pharmacology & Toxicology  

 

ADMET modeling approaches in drug discovery

 

ÁREA:   Physics

Antiproton flux, antiproton-to-proton flux ratio, and properties of elementary particle fluxes in primary cosmic rays measured with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Boosting the sensitivity of Nd3+-based luminescent nanothermometers

Bose-Einstein condensation: twenty years after

Generalized Geometric Quantum Speed Limits   

Observation of the Identical Rigidity Dependence of He, C, and O Cosmic Rays at High Rigidities by the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Observation of new properties of secondary cosmic rays lithium, beryllium, and boron by the alpha magnetic spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the boron to carbon flux ratio in cosmic rays from 1.9 GV to 2.6 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the helium flux in primary cosmic rays of rigidities 1.9 GV to 3 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the proton flux in primary cosmic rays from rigidity 1 GV to 1.8 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Revisiting the optical bandgap of semiconductors and the proposal of a unified methodology to its determination

The Kuramoto model in complex networks

The Pierre Auger Cosmic Ray Observatory

Towards understanding the origin of cosmic-ray positrons

 

ÁREA:   Space Science

Detection of variable VHE γ-ray emission from the extra-galactic γ-ray binary LMC P3

Introducing the CTA concept

Multi-messenger observations of a binary neutron star merger

Observation of a large-scale anisotropy in the arrival directions of cosmic rays above 8 x 1018 eV

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de junho de 2022

Cientistas do IFSC/USP são homenageados com o “Prêmio Trajetória pela Inovação”

Diretor do IFSC/USP Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior com o premiado Prof.Jarbas Castro Neto – Foto de Marcos Santos (USP)

Homenagem da USP aos que se destacaram na produção de inovações científicas, tecnológicas ou culturais

Numa iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação da USP (PRPI/USP), foi atribuído no dia 07 de junho p.p o “Prêmio USP Trajetória pela Inovação” a diversos cientistas da Universidade de São Paulo que se destacaram, ao longo de suas atividades acadêmicas, na produção de inovações científicas, tecnológicas ou culturais, contribuindo para a excelência da USP e para o desenvolvimento do País.

Na cerimônia de entrega dos Prêmios, o coordenador  da Agência USP de Inovação (Auspin), Luiz Henrique Catalani, afirmou que a USP, em seus 88 anos de existência, tornou-se a universidade brasileira que mais produz ciência e também soluções na área de inovação. “Temos 2.284 empresas com DNA USP, ou seja, empresas que nasceram a partir de pessoas da Universidade. Dos 21 unicórnios brasileiros, sete nasceram na USP; dois terços de seus fundadores são formados pela USP; e, ao todo, esses 21 unicórnios empregam 2.400 alumni da Universidade. Geramos cientistas inovadores e empreendedores, sendo importante celebrar aqueles que têm se destacado e que devem ser reconhecidos pela inovação, uma atividade que agora é reconhecida como atividade-fim da Universidade”.

Dos seis prêmios, três vieram para a USP de São Carlos

Receberam o prêmio os professores Antonio Adilton Oliveira Carneiro (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – FFCLRP), Akemi Ino (Instituto de Arquitetura e Urbanismo – IAU/USP São Carlos), Daniela Prócida Raggio (Faculdade de Odontologia – FO), Jarbas Caiado de Castro Neto (IFSC/USP São Carlos), Maria Rita dos Santos e Passos Bueno (Instituto de Biociências – IB) e Sérgio Mascarenhas de Oliveira (IFSC/USP São Carlos e Instituto de Estudos Avançados – IEA), in memoriam.

Prêmio USP Trajetória pela Inovação: Jarbas Caiado de Castro Neto (IFSC); Antonio Adilton Oliveira Carneiro (FFCLRP); Fausto Medeiros Mendes, representando a laureada Daniela Prócida Raggio (FO); Yvone Mascarenhas, filha do homenageado Sérgio Mascarenhas de Oliveira (in memoriam), Akemi Ino (IAU) e Maria Rita dos Santos e Passos Bueno (IB) – Foto: Marcos Santos (USP)

Para o diretor do IFSC/USP, Prof Osvaldo Novais de Oliveira Junior, trata-se de uma grande honra ter dois agraciados com este “Prêmio Trajetória pela Inovação”. “Inovação é uma das áreas mais relevantes no país e nós precisamos transformar o conhecimento que é gerado nos institutos  de pesquisa das universidades em riqueza para a sociedade e isso é feito através da inovação. São Carlos tem um histórico já longo de contribuições na geração de tecnologia e em particular o nosso Instituto , o que para nós é motivo de grande orgulho ter dois agraciados entre os premiados pela USP – Os Profs. Jarbas Caiado Neto e Sérgio Mascarenhas (in memoriam).

Prof.Vanderlei Bagnato

Já na opinião do Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, coordenador do Grupo de Óptica do IFSC/USP, estrutura onde pertence o Prof. Jarbas Caiado Neto “A USP, por intermédio do “Prêmio Trajetória pela Inovação”, procura valorizar uma atividade que está hoje no discurso e nas ações do governo, bem como em praticamente todos quantos se propõem dirigir instituições brasileiras”, Para o Prof. Bagnato, a necessidade da inovação é a necessidade de fortalecer a transformação do conhecimento em riqueza de forma disseminada para a população, para a melhoria da economia brasileira e para fortalecer a ação social. “Através da inovação, as universidade podem também gerar novos empregos, com novos produtos destinados a solucionar problemas da sociedade. Esse ano, o fato de termos tido dois cientistas do IFSC/USP entre os cinco ganhadores do prêmio mostra a vitalidade que a nossa unidade tem para a realização da inovação tecnológica, que converte o conhecimento em benefícios para a própria sociedade”, enfatiza o pesquisador.

Quanto ao Prof. Jarbas Castro Neto, um dos ganhadores do prêmio, apresenta uma trajetória enorme, com inúmeras contribuições para a formação de diversas empresas em São Carlos e região, tendo gerado muitos empregos e, com eles, muitos produtos que hoje apoiam as pessoas em diversos segmentos.

Quanto ao segundo premiado, o Prof. Sérgio Mascarenhas (in memoriam) foi o fundador do IFSC/USP e desde o início deu diretrizes para que aqui se estabelecessem atividades de inovação, quando essa palavra ainda não estava no dicionário das instituições de pesquisa do Brasil.

Sublinhando igualmente o prêmio atribuído à Profª Akemi Ino (IAU/USP), o Prof. Vanderlei Bagnato classificou essa conquista como uma valorização das obras e a maneira como o Instituto de Arquitetura e Urbanismo lida com a produção e com a preservação da arquitetura no País. “Tudo isso coloca a cidade de São Carlos e Universidade de São Paulo dentro do panorama social nacional. É um orgulho muito grande para a cidade que dos seis premiados de toda a USP, três sejam do Campus USP de São Carlos e dentre eles dois sejam do IFSC/USP.

Criado em 2016, o prêmio tem como objetivo reconhecer e valorizar as ações dos docentes da USP que se destacaram, ao longo de suas atividades acadêmicas, na produção de inovações científicas, tecnológicas ou culturais, contribuindo assim para a excelência do resultado institucional e para o desenvolvimento socioeconômico do País.

(Com colaboração de Erika Yamamoto – USP)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de junho de 2022

O Quadriculo – Uma figura geométrica intermediária entre o quadrado e o círculo

Figura 1 – A equação da superelipse em coordenadas cartesianas, com a ≠ 0 e b ≠ 0 e o expoente p ≥ 0. O quadrículo corresponde ao caso a = b e p ≥ 2 (Crédito: R. N. Onody)

Por: Prof. Roberto N. Onody *

Confesso que quando fui escolher o título desse trabalho, hesitei muito antes de optar pela palavra quadrículo. Isso porque, nos dicionários esse termo já existe, mas com significado bem diferente daquele que eu quero emprestar aqui. Nos dicionários, quadrículo significa quadrado pequeno.

Figura 2 – Curvas da superelipse para os valores a = b = 1, temos: (A) Um formato Apple Watch, para p = 4; (B) Um formato estrela, para p = 1/3 (Crédito: R. N. Onody)

Peço vênia ao leitor mais atento às questões de língua portuguesa ou brasileira, para atribuir à palavra quadrículo um novo significado – uma figura geométrica intermediária entre o quadrado e o círculo. Dessa maneira, quadrículo é um neologismo incompleto construído por aglutinação. O acento tônico é necessário para distinguir da primeira pessoa (no tempo presente) do verbo quadricular. A palavra inglesa correspondente é – squircle (square + circle), com o mesmo significado matemático. Descartei, por sua tenebrosa sonoridade, a alternativa do neologismo quadráculo.

Há que se tomar cuidado com a palavra quadrículo (squircle), pois ela tem 2 significados matemáticos bem diferentes [1].

Um deles se refere à curva de uma superelipse.  A superelipse foi proposta por Gabriel Lamé em 1818 (veja Figura 1). Na equação, temos os ´semieixos´ a ≠ 0 e b ≠ 0 e o expoente p ≥ 0. O quadrículo corresponde ao caso particular em que os ´semieixos´ são iguais (a = b) e o expoente p ≥ 2. Quando p = 2, temos o círculo de raio a e no limite p → ∞ obtemos, assintoticamente, o quadrado com aresta 2a.

Vemos na Figura 2 (A) que, com a = b = 1 e p = 4, o quadrículo ganha a forma de um design da Apple. Para o parâmetro p no intervalo (0,2), a curva adquire o formato de uma estrela de 4 pontas [Figura 2 (B)]. No limite p → 0, ela colapsa no formato do sinal aritmético +.

Figura 3 – A equação do quadrículo de Fernández Guasti em coordenadas cartesianas. Diferentemente do parâmetro p da superelipse (que só forma um quadrado no limite do infinito), o parâmetro s varia continuamente no intervalo [0,1]. Para s = 0 é um círculo de raio r, para s = 1 é um quadrado de aresta 2r (para |x| ≤ r e |y| ≤ r) (Crédito: R. N. Onody)

Uma outra definição matemática do quadrículo, foi proposta por Fernández Guasti [2], ao estudar padrões de difração da luz através de aberturas com contornos na forma do quadrículo (Figura 3).

Na Figura 4, temos as curvas do quadrículo de Fernández Guasti (que abreviaremos FG) para diferentes valores do parâmetro s [3]. Para s = 0 é um círculo de raio r e para s = 1 é um quadrado de aresta 2r.

Figura 4 – Curvas do quadrículo FG para vários valores do parâmetro s. Ela é um círculo para s = 0 e um quadrado para s = 1 (para |x| ≤ r e |y| ≤ r) (Crédito: ref. [3])

Se na equação do quadrículo de FG (Figura 3) fizermos r = s, obteremos uma outra transição contínua para 0 ≤ s ≤ 1 [4]. Só que, desta vez, começa como um único ponto em s = 0 que se transforma num quadrado com aresta de tamanho 2 em s = 1 (Figura 5).

O quadrículo de FG pode ser estendido para três dimensões (veja equação na Figura 6). Nesse caso, temos em s = 0 uma esfera e em s = 1, um cubo (Figura 7).

Figura 5 – Curvas do quadrículo FG quando r = s para diferentes valores do parâmetro s. Ela é um ponto para s = 0 e um quadrado de aresta igual a 2 para s = 1 (para |x| ≤ 1 e |y| ≤ 1) (Crédito: ref. [4])

A palavra ´squircle´ também tem sido usada como uma forma de pensar, agir e desenvolver novas habilidades num mundo cada vez mais complexo e competitivo. Nesse contexto, o objetivo é fazer caminhar juntos a razão (square) e a intuição (circle) de maneira sinérgica [5].

 

 

Figura 6 – Equação da versão tridimensional. Crédito: ref. [3]

 

 

Figura 7 – Superfícies 3D. Para s = 0 temos uma esfera de raio r, para s = 1 temos um cubo com aresta 2r para |x| ≤ r, |y| ≤ r e |z| ≤ r. (Crédito: ref. [3])

 

 

 

 

 

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

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(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

[1] Squircle — from Wolfram MathWorld

[2] doi:10.1016/j.ijleo.2005.01.018 (uam.mx)

[3] Chamberlain Fong, squircular calculations (arxiv.org)

[4] Chamberlain Fong, Mappings for Squaring the Circular Disc (arxiv.org)

[5] Francis Cholle, “Squircle: a new way to think for a new world”, ed. Squircle Academy (2020).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de junho de 2022

Futuros professores dão aulas com novos métodos de trabalhar conteúdos

Alunos da E.E Aracy Leite Pereira Lopes protagonizam ação

Numa interessante ação de integração dos alunos do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP com as escolas do ensino médio sediadas na cidade de São Carlos, realizou-se no dia 31 de maio, na Escola Estadual Aracy Leite Pereira Lopes, um minicurso de física subordinado ao tema “Conservação de Energia”.

Este minicurso traduziu-se em uma aula de física com a participação de dois futuros professores, inserida no Estágio Supervisionado de Ensino de Física, disciplina obrigatória de Habilitação em Física  do citado curso, uma ação que foi coordenada pelo docente do IFSC/USP, Prof. Marcelo Barros. “Esta ação foi preparada como parte de uma disciplina eletiva para os alunos do ensino médio – 1ª, 2ª e 3ª séries. O que se notou nesta ação foi que os alunos se engajaram bastante nesta aula, já que ela ocorreu fora dos parâmetros normais, fazendo com que todos eles participassem mais ativamente. Os futuros professores que participaram desta aula mostraram-se perfeitamente sintonizados com a metodologia de ensino utilizada, tendo implementado uma aula muito ativa, com a criação de trabalhos em grupo, interação com materiais e realização de testes conceituais, algo que deixou para trás a imagem de uma aula tradicional, o que, de fato, entusiasmou os alunos”, enfatiza o Prof. Marcelo Barros, que transportou para essa aula uma miniatura de montanha-russa (apoio e patrocínio do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica – CEPOF – IFSC/USP), tendo, a partir daí e junto com os futuros professores, motivado os alunos a compreenderem os conceitos de energia.

Bruna Borges Freri (21), aluna do último ano do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas – Habilitação em Física, foi uma das futuras professoras que participou deste minicurso, relatando que é sempre interessante pensar e criar novos métodos de trabalhar os conteúdos. “Principalmente neste período pós-pandemia, a atenção dos alunos está bem dispersa; já era esperado que isso acontecesse, principalmente por causa dos mecanismos que eles utilizavam para estudar. Assim, quando usamos as metodologias mais ativas, vemos que os alunos se entregam totalmente às ações, tornando-se protagonistas, o que faz com que a participação deles seja muito maior. Está sendo muito interessante toda esta experiência, algo que certamente levarei para a minha futura vida profissional, um contato que está sendo muito valioso para mim”, sublinha Bruna, que  já está dando aulas de matemática e que já aplica, com muito sucesso, algumas dessas metodologias.

Brenda Santos é aluna do 1ºA da Escola Estadual Aracy Leite Pereira Lopes e, tal como seus colegas, participou ativamente desta aula. “Está sendo muito interessante ter estes conhecimentos sobre um tema tão vasto como este “Conservação de Energia”, e principalmente observar quais são e como se revelam os conceitos de energia potencial, energia gravitacional e energia cinética, através da miniatura de uma montanha-russa que o Prof. Marcelo trouxe para a aula. Foi muito legal”, comentou a jovem estudante que, apesar do seu entusiasmo com a aula, pretende seguir a área de psicologia, ou de direito.

A Coordenação do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP está a cargo da Profª Cibelle Celestino Silva.

Por último, um destaque muito particular para a Escola Estadual Aracy Leite Pereira Lopes, um estabelecimento de ensino que está sendo devidamente melhorado em termos de estrutura, extraordinariamente limpo e arrumado, com um ambiente interno bastante calmo e acolhedor. Parabéns à diretoria da escola.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de junho de 2022

Pesquisador-colaborador e aluno do IFSC/USP são premiados pela SBQ e RSC

O Prof. Dr. Alzir Azevedo Batista, docente e pesquisador do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (DQ-UFSCar), que desde há anos mantém uma colaboração ininterrupta com o Grupo de Cristalografia do IFSC/USP, foi homenageado com a outorga da Medalha “Simão Mathias” no dia 31 de maio p.p pela Sociedade Brasileira de Química (SBQ), no decurso da abertura da 45ª reunião anual da instituição, ocorrida na cidade de Maceió.

Desenvolvendo no IFSC/USP pesquisas para o desenvolvimento de fármacos, principalmente para o tratamento de câncer com base em metais, bem como na parte estrutural, que é bastante importante para o desenvolvimento global de suas pesquisas, para o homenageado, o significado desta premiação é um reconhecimento pelos trabalhos realizados ao longo do tempo. “Ninguém faz ciência sozinho e para ter conquistado este reconhecimento de nossa comunidade foi através de um trabalho árduo, longo, mas com muito apoio, principalmente de meus colegas e dos meus colaboradores. E, dentro desse lote de colaboradores, cito alguns do IFSC/USP, como os Profs. Eduardo Castellano, Javier Elenna, Glaucius Oliva, Otaciro Nascimento e Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, entre outros, que desde sempre me deram apoio em toda a minha longa carreira e que contribuíram grandemente para este prêmio”, realça o cientista.

Para o premiado, a medalha conquistada tem duas faces: uma dedicada aos colegas do IFSC/USP e a outra em agradecimento a todos os colegas do Departamento de Química da UFSCar, de onde o Prof. Alzir é oriundo. “Sempre tive um grande apoio dos colegas do meu departamento e da área biológica, bem como de outros que estão fora de São Carlos, como são os casos da Profª Denise (UNIFRAN) e do Prof. Pavan (UNESP de Araraquara), entre outros, não esquecendo, claro, os meus alunos de graduação e de pós-graduação”, complementa o pesquisador.

A Medalha Simão Mathias foi instituída pela Diretoria e Conselho Consultivo da SBQ para homenagear personalidades que se destacaram em suas contribuições para o desenvolvimento da Química, em nosso país, e por importantes contribuições à Sociedade Brasileira de Química.

“Prêmio Jovem Pesquisador” atribuído pela SBQ e RSC

Na mesma cerimônia realizada pela Sociedade Brasileira de Química foi atribuído o “Prêmio Jovem Pesquisador” ao aluno de Pós-Doutorado do IFSC/USP, João Honorato de Araújo Neto, instituído conjuntamente pela SBQ e Royal Society of Chemistry (RSC), tratando-se de um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido por jovens pesquisadores no Brasil nas mais diversas áreas, quer através de publicações científicas e pesquisas inovadoras, quer ainda na amplitude de suas colaborações no decurso de seus trabalhos, estando este prêmio dividido em duas categorias – para doutorandos e para doutorados concluídos recentemente.

João Honorato afirma que o destaque de toda a sua obra se deve a uma espécie de “teia” onde sobressaem os Profs. Eduardo Castellano, Javier Ellena e Alzir Batista. “Fiz o mestrado e doutorado com o Prof. Alzir, sendo que nossa área, que é a biorgânica, é completamente interdisciplinar. Não somos especialistas em técnicas, mas sabemos utilizar o que há de bom em todas elas, e nesses trabalhos realizados com o Prof. Alzir tive a oportunidade de trabalhar com várias técnicas espectroscópicas em síntese e caracterização de compostos. Tive também contato com biólogos que faziam e nos ensinavam as aplicações de novos compostos, principalmente para os tratamentos de câncer, tuberculose, leishmaniose e Doença de Chagas”, enfatiza João.

Foi essa característica interdisciplinar que permitiu a João Honorato  conhecer de tudo um pouco e poder saber qual a informação que cada técnica poderia fornecer. “A coroa do bolo veio através dos Profs. Eduardo Castellano e Javier Elenna, que permitiram que eu conhecesse a designada “rainha das técnicas”, que é a caracterização do estado sólido – a difração de raios-x -, algo que foi fantástico. Tudo isso contribuiu, creio eu, para que conquistasse este prêmio de que muito me orgulho”, comemora o pesquisador.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de junho de 2022

Atualização da produção científica do IFSC/USP em maio de 2022

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de maio de 2022,  clique AQUI ou acesse o Repositório da Produção USP, clicando AQUI.

A figura acima foi extraída do artigo intitulado “Functional graphitic carbon (IV) nitride: A versatile sensing material”, publicado na “Coordination Chemistry Reviews” (VEJA AQUI)

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de junho de 2022

O regresso das visitas monitoradas às unidades de ensino e institutos de pesquisa da USP

Suspensa desde março de 2020 devido à pandemia de covid-19, a programação relativa às visitas monitoradas (gratuitas) às unidades de ensino e institutos de pesquisa da USP, bem como aos museus e centros de cultura, integradas no programa “USP e as Profissões”, regressam já a partir deste mês de junho com a consequente reabertura dos agendamentos.

Estas visitas monitoradas são especialmente dedicadas aos estudantes do ensino médio e dos cursos pré-vestibulares que estão em processo de escolha de carreira para ingresso no ensino superior, promovendo assim um contato direto dos estudantes e de seus familiares com os locais onde são ministrados os cursos e desenvolvidas as pesquisas da Universidade, o que permite visitar salas de aula e laboratórios, e interagir com pesquisadores e técnicos.

Confira abaixo as datas de agendamento e das visitas nas unidades do Campus USP de São Carlos:

29 de agosto 08h00 
Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) São Carlos;
100 Vagas – Inscrições a partir de 01/08 ;

29 de agosto 08h00 e 14h00
Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) São Carlos;
50 Vagas – Inscrições a partir de 01/08;

29 de agosto 14h00 
Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) São Carlos;
90 Vagas – Inscrições a partir de 01/08;

29 de agosto 14h30
Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC); 200 Vagas – Inscrições a partir de 01/08;

30 de agosto 08h00 e 14h00 
Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) São Carlos;
50 Vagas – Inscrições a partir de 01/08;

30 de agosto 08h00 
Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) São Carlos;
100 Vagas – Inscrições a partir de 01/08;

30 de agosto 14h00 
Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) São Carlos;
90 Vagas – Inscrições a partir de 01/08;

O agendamento para visitar o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) inicia-se no dia 01 de agosto, oferecendo, no total, 240 vagas, sendo que as visitas se realizam nos dias 29 e 30 de agosto, às 13h00.

Para se inscrever, a partir do dia 01 de agosto, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de junho de 2022

Contratação de 08 docentes para o Instituto de Física da USP (IFUSP)

Estão abertas até às 23h59min do dia 15 de junho as inscrições para o processo seletivo para contratação de 08 (oito) docentes por prazo determinado (até 31/07/23), como Professor Contratado junto ao Departamento de Física Experimental, na Área de Física.

Os pedidos de inscrição deverão ser feitos, exclusivamente, por meio do link (VER AQUI).

O Edital, bem como as orientações para o processo, estão disponíveis AQUI.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de junho de 2022

Simpósio de Homenagem aos 70 anos do Prof. Roberto Mendonça Faria

“Tenho que dar um respiro… Ninguém faz nada sozinho… Estou muito emocionado …”

Foram muitos os que quiseram demonstrar, quer presencialmente, quer de forma remota, o apreço, carinho, admiração e respeito pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Roberto Mendonça Faria, durante o simpósio que ocorreu no dia 03 de junho, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” e que marcou o septuagésimo aniversário do cientista, sublinhando, inevitavelmente, todo o trabalho desenvolvido ao longo de várias décadas em prol da ciência brasileira. Os depoimentos de colegas, técnicos, ex-alunos, parceiros nacionais e de além fronteiras, bem como de familiares, marcaram este evento carregado de emoção para todos os participantes, mas de uma forma muito especial para o homenageado.

Visivelmente emocionado em todos os momentos deste evento, o Prof. Roberto Mendonça Faria fez questão de sublinhar, durante seu discurso, que o trabalho desenvolvido ao longo dos anos e que viria a ser integrado em uma rede vastíssima  do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Eletrônica Orgânica, nada teria sido se não fosse o trabalho árduo desenvolvido pela vasta equipe que tem acompanhado o pesquisador. Para o homenageado, essa simbiose se deu não só às atividades que foram, e estão sendo desenvolvidas, mas também a um conjunto de relações humanas, onde as pessoas se tornaram muito amigas.

“Ninguém faz nada sozinho… Não foi o Faria que foi o grande agregador! Foram as EQUIPES que contribuíram para que tudo acontecesse e uma característica que sempre me definiu é o fato de ser muito teimoso, algo que acabou me ajudando em algumas coisas (…) Estou muito emocionado (…)”, sublinhou o homenageado.

Para conferir como ocorreu este simpósio, acesse o link do Youtube clicando na imagem abaixo.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de junho de 2022

Equipamento desenvolvido no IFSC/USP monitora os sinais vitais em doentes acamados

Pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), alocado no mesmo Instituto, liderados pelo Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, concluíram os testes finais relativos ao desenvolvimento de um sistema integrado especialmente concebido para monitorar os sinais vitais de pacientes acamados em unidades hospitalares.

Através de uma série de sensores estrategicamente colocados no leito hospitalar e integrados através de um sistema online, o equipamento permite que médicos e enfermeiros acompanhem e monitorem os sinais vitais de um paciente acamado, através de dados que chegam em tempo real à estação de enfermagem que controla os setores de internação.

O sistema de sensores disponibiliza o monitoramento do sistema de oximetria – níveis de oxigênio que são administrados ao paciente -, a frequência dos batimentos cardíacos, e o monitoramento da entrega de soro, sendo que a relação da taxa de gotejamento e volume programados acionam um alarme para substituição.

Da mesma forma, um outro sensor monitora a movimentação do paciente na cama, acionando alarmes quando são detectados espasmos ou movimentos intensos anormais. Para complementar, o sistema tem ainda a particularidade de monitorar a temperatura e níveis de suor e pressão arterial do paciente, disparando alarmes em caso dos níveis normais sofrerem alterações.

O IFSC/USP aguarda agora o estabelecimento de parcerias com empresas  para que este sistema possa, em breve, estar disponível para utilização.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de maio de 2022

Colóquio do IFSC/USP – Física Social: revelando as leis da sociedade

O IFSC/USP realizou no dia 27 de maio, às 10h30, mais um colóquio, desta vez com a participação do docente e pesquisador doe nosso Instituto, Prof. José Fernando Fontanari.

Em sua apresentação, o palestrante começou por colocar a questão se é possível estudar  fenômenos sociais com o mesmo grau de rigor com que a Física trata  da matéria inanimada, cuja resposta foi dada na primeira metade do século XIX pelo polímata belga Adolphe Quételet no livro “Sobre o homem e o desenvolvimento de suas faculdades: ensaios de uma Física Social”.

Esse livro  lançou as bases para a construção da Física Social, cuja meta era descobrir as leis da sociedade e, assim,  colocar as ciências sociais no mesmo nível da astronomia,  cujas leis Newton havia revelado pouco mais de um século antes.

O insight de Quételet  é que a distribuição das observações  é fundamental e  tem um caráter universal.

O Prof. Fontanari apresentou, de forma resumida, a aplicação desse insight na caracterização de nosso universo  artificial –  textos e cidades –  e mais profundamente no entendimento do ainda misterioso fenômeno da sabedoria das massas, descoberto por Francis Galton  em 1907:  a  média das previsões  de um grupo de pessoas  – a previsão coletiva –  é melhor do que a previsão  de cada uma delas ou, pelo menos, melhor do que a maioria delas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de maio de 2022

“Semana da Óptica 2022”- motivando os mais novos para a ciência – A luz para o bem estar do ser humano

A Óptica é o ramo da Física que se dedica ao estudo de fenômenos relacionados à luz. Nessa importante parte da Física, são estudados os fenômenos da refração, reflexão, difração, dispersão, formação de imagens em espelhos e lentes, interação entre a luz e os objetos e os diversos instrumentos ópticos.

É com base nestes princípios que os cientistas se têm debruçado desde há décadas em pesquisas que visam utilizar a luz para as mais diversas vertentes, incluindo a área da saúde, promovendo novas abordagens para diagnóstico e combate a doenças consideradas graves. E todos esses estudos se originaram a partir da luz do Sol e de suas radiações, atendendo a que todos os seres vivos dependem dessas duas componentes para sobreviver. Os vegetais, por exemplo, só conseguem realizar a fotossíntese através do Sol (da luz), enquanto os humanos precisam da  vitamina D para que fiquem fortes.

Em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou esse ano como o “Ano Internacional da Luz”, reconhecendo a importância das tecnologias que foram desenvolvidas à base de luz para beneficiar a humanidade, e como o entendimento da luz e da interação da luz com a matéria foram importantes tanto para o avanço do conhecimento quanto para a melhoria da qualidade de vida.

Exposição paleontológica “Dinossauros”

Em artigo publicado na Scielo (2015), os pesquisadores Prof. Vanderlei Bagnato e Sebastião Pratavieira salientaram que “Quando falamos de luz, há diversos pontos importantes. Primeiro, toda a luz deve ser produzida, podendo as fontes serem naturais ou artificiais. Uma vez produzida, ela apresenta propriedades que em geral dependeram da forma como foi produzida. Finalmente, temos sua interação com a matéria e as consequências desta interação.

Dentre as fontes de luz, não há dúvida que a mais importante para nós é o Sol. A luz do Sol, produzida através de mecanismos nucleares, percorre uma grande distância até chegar ao nosso planeta, onde, encontrando aqui matéria, transforma-se em calor e energia química, dando a vida ao planeta.

Show da Física

Se por alguma razão o Sol interrompesse seu fornecimento de luz, em poucas horas começaria um inverno intenso, não haveria forma adequada de formarmos moléculas essenciais à vida através das fotoreações e a partir daí a vida seria extinta. Todos os seres vivos são um “pequeno pedaço” do Sol através da energia química que carregam. Neste sentido, as civilizações antigas tinham razão ao afirmar que “somos filhos da luz”. A vida, hoje, depende integralmente da energia do Sol que chega até nós através da luz por ele emitida. A nossa dependência com a luz é muito mais íntima do que se possa imaginar e neste sentido não se pode poder entender o mundo ao nosso redor se não entendermos a luz e sua interação com a matéria”.

Este é, assim, um pressuposto importantíssimo para que anualmente se comemore o “Dia Internacional da Luz”, algo que o Grupo de Óptica, e o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), alocado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), vem fazendo anualmente através da realização da Semana da Óptica (SEMÓPTICA), e que tem angariado apoios institucionais de diversas entidades e órgãos públicos. Uma semana inteira para repassar aos jovens estudantes e seus professores não só a importância da luz, mas também o contexto onde ela se insere dentro da imensidão de conhecimentos que é a ciência. Enquanto que em países mais desenvolvidos o ensino da ciência mais fundamental é repassada inicialmente às crianças em idade pré-escolar, preparando-as para o seu desenvolvimento escolar e, eventualmente, para se apaixonarem pela ciência, em outros países, como o Brasil, esse ensino, na maior parte das vezes, só é facultado – com deficiências de diversa ordem – aos jovens estudantes no ensino médio. Para suprir algumas dessas dificuldades e para atrair os mais jovens para a ciência, a “Semana da Óptica – 2022” cumpriu seus objetivos, levando até esse público diversas iniciativas que ocorreram entre os dias 16 e 20 de maio, quer nas instalações do IFSC/USP, quer ainda no Museu da Ciência “Prof. Mário Tolentino”, em São Carlos, que congregou centenas de jovens alunos dos ensinos fundamental e médio, juntamente com seus professores.

“SEMÓPTICA – 2022” – Programação rica e diversificada

“Razões para ser um físico”, com o Prof. Vanderlei Bagnato

A edição de 2022 da “SEMÓPTICA” foi realmente fantástica, com uma programação intensa e divertida, com palestras, minicursos, apresentação e demonstração dos kits didáticos “Aventuras na Ciência”, inúmeras atividades interativas inseridas na exposição “Vida – do visível ao invisível”, shows de física, exposição paleontológica intitulada “Dinossauros”, e um planetário onde os jovens puderam observar “O nascimento do sistema solar”. Já de uma forma mais intimista. Coube ao Prof. Vanderlei Bagnato (IFSC/USP), promover uma palestra aberta a professores e alunos subordinada ao tema “Razões para ser um físico”, onde partilhou suas experiências pessoais, enquanto cientista, ao serviço da ciência e tecnologia, comemorando, assim, o “Dia do Físico” (19/05).

Para o Prof. Euclydes Marega Junior, que juntamente com o Prof. Sebastião Pratavieira coordenou este evento, a ideia de inserir o “Dia Internacional da Luz” e o “Dia do Físico” nesta “Semana da Óptica” foi algo muito importante, já que estimulou os jovens estudantes a entenderem a ciência de uma forma mais consistente. “O objetivo deste evento foi tentar atrair os jovens estudantes para a ciência, incentivá-los a desenvolverem suas habilidades e conhecimentos e tentar incutir neles que a ciência é algo importante e fundamental para a sociedade. O papel do cientista na sociedade é algo que todos eles também podem fazer, já que a sociedade sempre irá apoiar os cientistas a partir do momento em que ela saiba exatamente o que eles estão fazendo por ela. Isso é muito importante”, sublinha o pesquisador.

A “SEMÓPTICA 2022”, teve os apoios da FAPESP, CNPq, MCTI, Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Secretaria de Educação de São Carlos e Diretoria de Ensino – Região de São Carlos.

Para o ano tem mais.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de maio de 2022

Parceria entre Texas A&M University e IFSC/USP – Pesquisador norte-americano exalta integração em nosso Instituto

Prof. Vladislav Yakovlev com seus colegas e alunos (Crédito: Biomedical Engineering Texas A&M University website)

É a segunda vez que o docente e pesquisador do Departamento de Engenharia Biomédica da Texas A&M University (EUA), Prof. Vladislav Yakovlev (57), visita o IFSC/USP, numa parceria científica que se encontra estabelecida entre as as duas instituições, até porque, segundo o pesquisador, os EUA consideram o Brasil como um parceiro estratégico, sendo que esta parceria é considerada particularmente importante para o Estado do Texas, dadas as similaridades científicas com aquilo que se faz nos institutos de pesquisa e nas universidades sediadas no Estado de São Paulo.

Texas A&M University

Nascido em Moscou (ainda na antiga URSS), Vladislav Yakovlev obteve seu PhD em física e eletrônica quântica na Universidade Estadual de Moscou, em 1990, tendo-se mudado para os EUA, em 1991 e trabalhado inicialmente em uma startup (Novatec Laser Systems), onde construiu um sistema amplificador oscilador de Ti – safira de femtosegundo para uso na ablação de córnea, descobrindo o que agora é conhecido como Bladeless Lasik. Ao longo dos anos, o cientista foi-se integrando na área de ciências biomédicas, estando neste momento desenvolvendo trabalhos na área de desenvolvimento de ferramentas para o estudo de sistemas biológicos, com foco no aperfeiçoamento de instalações médico-cirúrgicas com abordagens científicas avançadas. Apesar desta área não ser nova no mundo científico, o Prof. Yakovlev afirma que ela é cada vez mais popular devido à sua expansão  nas fronteiras da ciência e tecnologia mundiais.

“É um campo de conhecimento que fica bem no meio de um cruzamento científico onde interagem a ciência, propriamente dita, a engenharia, química, biologia, matemática e física, entre outras, por forma a que todas elas contribuam para o desenvolvimento e aprimoramento de novas ferramentas e conceitos que auxiliem os médicos a tratar as principais doenças que continuam a ameaçar a vida do ser humano”, esclarece o pesquisador.

A colaboração com o IFSC/USP

Prof. Vladislav Yakovlev

A importância desta colaboração entre a Texas A&M University e o IFSC/USP é, para o pesquisador norte-americano, uma das mais importantes que sua universidade mantém com o Brasil e principalmente com o Estado de São Paulo, por intermédio da USP, algo que nasceu mesmo antes da pandemia, já que é a área de medicina que mais está sendo estudada e pesquisada pelas duas instituições, até porque os problemas relacionados com a saúde são um dos maiores destaques  e preocupações no futuro da humanidade. “Esta colaboração com o Instituto de Física de São Carlos surgiu, principalmente, visando uma atuação conjunta na área de doenças infecciosas, o que tem ocasionado intercâmbios valiosos entre nós, permitindo que pesquisadores da minha universidade e do IFSC/USP se tenham visitado mutuamente no passado recente, realizando pesquisas conjuntas”, salienta Yakovlev, acrescentado que a importância fundamental para os dois países e para as duas universidade é que hajam bastantes trocas de ideias, com a expansão da ciência e da multidisciplinaridade nas pesquisas que são feitas e no conhecimento gerado. “Existem muitos problemas na área médica que precisam ser estudados e resolvidos no mundo, como é o caso das doenças infecciosas que atingem simultaneamente os dois países, além da prevenção e combate ao câncer, que se encontra na agenda de muitos grupos de pesquisa de ambas as instituições. O Estado do Texas tem um dos maiores centros de combate ao câncer do mundo, sendo que numerosas instituições existentes no Estado de São Paulo e no Brasil, como um todo, não ficam atrás, daí a necessidade de trabalharmos juntos. A população está crescendo e temos que trabalhar muito para que os diagnósticos e os tratamentos sejam cada vez mais eficazes, menos dispendiosos e menos demorados, por isso temos que que encontrar alternativas e soluções. O IFSC/USP, e principalmente o seu Grupo de Óptica, é um dos poucos lugares que tem trabalhado com extrema eficiência nesses alvos, com técnicas inovadoras que poderão auxiliar as populações. Por isso temos que unir esforços para que estes grupos de pesquisa espalhados pelo mundo lutem lado a lado no mesmo sentido, na mesma direção, motivos pelos quais terá que haver uma maior interação entre China, EUA, Europa, Rússia, etc.”, pontua o Prof. Yakovlev.

No IFSC/USP todas as áreas da Física trabalham juntas

Para o Prof. Vladislav Yakovlev, o IFSC/USP é um modelo de organização no seu conjunto, com um destaque natural para o Grupo de Óptica, atendendo a que os trabalhos desenvolvidos nesse grupo estão diretamente ligados aos estudo do pesquisador norte-americano, principalmente na área da saúde. “Este grupo, liderado pelo Prof. Vanderlei Bagnato, tal como os outros grupos que se dedicam a esta área particular, está a fazer um trabalho verdadeiramente incrível e fomentando as interações que falei atrás. Há muita sinergia neste Grupo de Óptica, principalmente no que diz respeito à multidisciplinaridade nos estudos e pesquisas, tudo isso representando a ciência do futuro, ao contrário do que acontecia antigamente, onde as áreas do conhecimento eram estanques. Está mais do que provado que não podemos separar as áreas do conhecimento, porque elas fazem parte de um todo, elas têm que estar unidas para a resolução dos problemas que surgem diariamente na ciência e esta é a única maneira de seguir em frente”, sublinha o pesquisador, que exalta, como maior destaque, a integração de toda a infraestrutura do IFSC/USP, com todas as áreas da Física a trabalharem juntas em muitos projetos. Para ele, a transferência de conhecimento no IFSC/USP é bastante relevante e tem atraído a atenção de muitos grupos internacionais, dando como exemplo a Texas A&M University, bem como as pesquisas de ponta que são feitas em diversos níveis e para diversos problemas. “É um trabalho incrível que vejo aqui”, afirma Yakovlev.

Ver mais alunos e cientistas a se visitarem para realizarem pesquisas conjuntas que possam atingir níveis ainda mais elevados na ciência e inovação é, para o pesquisador norte-americano, o próximo passo que deverá ser dado nesta parceria.

A carreira do Prof. Yakovlev reflete uma enorme quantidade de trabalhos pioneiros em óptica de alta velocidade. Algumas dessas realizações incluem seu trabalho em amplificadores paramétricos ópticos de luz branca contínua, amplamente adaptados como fontes amplamente sintonizáveis de pulsos de laser ultracurtos usados para imagens de alta velocidade e espectroscopia.

O Prof. Vladislav Yakovlev recebeu em 2021 o “Prêmio Harold E. Edgerton em Óptica de Alta Velocidade” da Sociedade Internacional de Óptica e Fotônica (SPIE).

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de maio de 2022

Hibernação, torpor e sono – Distinguir os animais que hibernam daqueles que passam por um estado de torpor diário

Figura-1: Diagrama esquemático para distinguir torpor diário e hibernação. (a) A variação da temperatura do corpo de um animal entorpecido, abaixa durante a noite e aumenta durante o dia. (b) A variação da temperatura de um animal que hiberna, dura meses, e é entremeado por breves intervalos de despertar fisiológico. Durante esses pequenos intervalos, os parâmetros fisiológicos retomam seus valores pré-hibernação (Crédito: ref. [1])

Por: Prof. Roberto N. Onody *

A saúde das células de um organismo vivo depende de parâmetros vitais como temperatura, osmolaridade e oxigenação. Para sua preservação, os animais têm que dar respostas fisiológicas às mudanças ambientais, num processo chamado homeostase.

Alguns animais dão uma resposta extraordinária às alterações ambientais – a hibernação. A hibernação é um conjunto de estratégias fisiológicas escolhidas para enfrentar um ambiente muito hostil e adverso, como grandes mudanças de temperatura, falta de comida ou de água. Em geral, o estado de hibernação se caracteriza por uma diminuição da temperatura do corpo, decréscimo da pulsação e da pressão arterial, diminuição do metabolismo e de toda a atividade do animal. A palavra hibernação vem do latim hibernare, que significa ´passar o inverno´.

De maneira surpreendente, o número de animais diferentes que se beneficiam da hibernação é, realmente, muito grande. Inclui tanto animais heterotérmicos (isto é, que não mantêm a temperatura do seu corpo constante, aproximando-a da temperatura ambiente) como répteis, anfíbios e peixes, e os animais homeotérmicos (isto é, que mantêm a temperatura do seu corpo, aproximadamente, constante) como os mamíferos e aves.

É preciso distinguir os animais que, de fato, hibernam daqueles que passam por um estado de torpor diário. Na Figura 1, temos um gráfico esquemático mostrando a diferença [1].  A variação da temperatura de um animal que hiberna é pontuada por breves intervalos de despertar fisiológico (entrementes, o animal não está acordado, consciente). Durante esses curtos intervalos, os parâmetros fisiológicos retomam seus valores pré-hibernação. Esses intervalos de despertar não existem no estado de torpor. Sabe-se que, durante esses intervalos de despertar, a máquina biológica entra em ação: ocorre divisão celular para produzir proteínas e reparar células, estímulo do sistema imunológico e reversão das contrações dos dendritos dos neurônios. Essas contrações sempre ocorrem durante o torpor.

Figura-2: O noitibó-de-nuttal (Phalaenoptilus nuttallii), única ave conhecida que hiberna (por até 100 dias) (Crédito: VeVET : Ahhh o frio… )

Para não sofrer os efeitos de mudanças climáticas, as aves migram em vez de hibernar. Só se conhece uma ave que hiberna – é a noitibó-de-nuttal, uma ave norte-americana (Figura 2).

Aves como o beija-flor não dormem e nem hibernam, mas passam por um torpor diário. Durante o dia, sua temperatura corporal é de cerca de 40oC, batendo o coração num ritmo frenético (1.200 vezes por minuto). À noite, sua temperatura cai para 18oC e coração desacelera para cerca de 50 batidas por minuto.

Nós, seres humanos, durante o sono, temos um decaimento de 1 a 2 graus Celsius da nossa temperatura corporal, uma diminuição de cerca de 10% do nosso metabolismo e da pressão arterial. Quando a temperatura aumenta, nós transpiramos e perdemos calor na forma de suor; quando a temperatura diminui, nós trememos para aumentar a produção de calor.

Todos os animais, para sobreviverem, devem manter a temperatura corporal dentro de um certo intervalo. Abaixo de 0oC, cristais de gelo podem se formar no interior das células, rompendo suas membranas. Acima de 40oC, as proteínas se desnaturam, perdendo sua função.

Para controlar sua temperatura, o animal tem que produzir calor (animal endotérmico ou, popularmente, de ´sangue quente´) ou receber (ou mesmo perder) calor do sol (animal ectotérmico, de ´sangue frio´). Um animal endotérmico pode ser homeotérmico ou heterotérmico. Por outro lado, todo animal ectotérmico é heterotérmico.

A hibernação de animais de sangue frio (peixes, répteis e anfíbios) é chamada de brumação.  Ao contrário dos animais de sangue quente (que, antes de hibernarem, se empanturram de alimentos), eles não precisam se alimentar antes de brumar. Quando está muito frio, colocam-se em um lugar que tenha sol, abaixam a temperatura corporal aproximando-a da temperatura ambiente, diminuem o ritmo metabólico, a respiração e as batidas cardíacas. Se está muito quente, as alterações fisiológicas se repetem, só que desta vez, o animal procura um lugar fresco e à sombra. Este último caso também é chamado de estivação. Entre exemplos de animais que brumam estão algumas espécies de serpentes, tartarugas, jacarés, sapos, peixes, abelhas e até o pequeno caracol.

Figura-3: O fofinho lêmure anão (Fat-tailed Dwarf Lemur). Antes de hibernar, seu peso aumenta em 40%. Essa gordura extra se acumula na sua cauda, daí seu nome ´Fat-tailed´ (Crédito: ref. [2])

Entre os animais de sangue quente que hibernam, o destaque fica para os mamíferos, principalmente aqueles de pequeno porte. São esquilos, morcegos, porcos-espinhos, gambás e marmotas. Estas últimas, famosas por, supostamente, conseguirem prever se o próximo inverno será muito rigoroso ou não, hibernam por 5 meses. Neste período perdem um quarto do seu peso, diminuem seus batimentos cardíacos de 100 para apenas 10 batimentos por minuto e sua temperatura corporal de 37 para apenas 2 graus Celsius!

Quando falamos em hibernação, a imagem imediata que nos vem à cabeça é a de um urso. Essa é uma percepção comum – o urso como modelo de hibernação. É, porém, equivocada. Hoje, a maioria dos biólogos prefere caracterizar como torpor! Isto porque a temperatura corporal dos ursos cai apenas 5oC durante a ´hibernação´ e as batidas cardíacas diminuem de 50 para 20 por minuto (muito pouco quando comparamos, por exemplo, com a marmota). Os ursos são animais enormes (que pesam entre 400 e 700 kg) e muito fortes – a mordida de um urso pardo pode esmagar uma bola de boliche. Antes do inverno eles precisam engordar muito (cerca de 1,5 kg por dia!) para queimar calorias durante a dormência. Mas, é uma obesidade saudável.  Saem do inverno bem ´fit´, com um peso 30 % menor.

O único primata conhecido que hiberna é um lêmure anão encontrado na ilha de Madagascar (Figura 3). Sua temperatura corporal, que é de 37oC diminui para 16 oC. Seu batimento cardíaco despenca de 180 para apenas 8 batidas por minuto [2]. Eles podem hibernar por até 7 meses!

Vamos agora, analisar os mecanismos biológicos envolvidos na hibernação. Entre eles, o controle térmico corporal tem um papel fundamental e o sistema nervoso autônomo é o encarregado desse controle.

A sensitividade térmica do nosso corpo se deve à presença de termorreceptores [3]. Termorreceptores são terminais nervosos livres encontrados na pele, fígado, músculos esqueléticos e no hipotálamo. No ser humano, o número de termorreceptores para o frio é 3,5 vezes maior do que para o quente.

No hipotálamo (Figura 4), neurônios termicamente sensíveis disparam os mecanismos de resposta ao calor e ao frio. Essa resposta é dada por diversos órgãos. Diretamente, pelo fígado e músculos esqueléticos e, indiretamente, pelo coração e a tiróide.

Na parte anterior do hipotálamo fica uma região chamada de pré–óptica. Ela é o verdadeiro centro de coordenação térmica, pois recebe sinais de termorreceptores periféricos (pele e medula espinhal) e os compara com aqueles vindos de termorreceptores centrais (hipotálamo). Ela os integra e escolhe a melhor resposta regulatória para dadas condições térmicas internas e externas (ambientais).

Figura-4: O hipotálamo é um órgão multifuncional. Ele controla a temperatura corporal, a fome, a sede, a fadiga e o ritmo circadiano. (Crédito: Medical News Today)

É também nessa região pré–óptica do hipotálamo que se dispara o sinal de alarme contra invasores no nosso corpo. O metabolismo de bactérias e vírus e a ação defensiva dos leucócitos, produzem pirogênios (moléculas de polissacarídeos ou peptídeos).  A presença dessas substâncias pirogênicas, diminui a atividade de neurônios sensíveis ao calor e aumenta a atividade dos neurônios sensíveis ao frio, causando a febre. O alarme defensivo foi acionado.

Experimentos realizados em mamíferos demonstraram que o aquecimento (resfriamento) da região pré–óptica reduz (aumenta) a taxa metabólica. Em outras palavras, a variação de temperatura nessa região altera a atividade dos neurônios. Voltaremos a esse assunto mais adiante.

Guardadas as devidas proporções (e precauções), o sono se assemelha muito à hibernação. Basicamente, o sono pode ser dividido em quatro fases: REM – movimento rápido dos olhos (Rapid Eye Moviment) e NREM – não REM, com 3 fases denominadas N1, N2 e N3, detectadas pelo eletroencefalograma. Quando nos deitamos para dormir, o sono se inicia com as 3 fases N1, N2 e N3 (nessa ordem). Cerca de 90 minutos depois vem a primeira fase REM, que dura de 10 a 60 minutos. Em seguida, elas vão se alternando com diferentes durações.

Durante a fase REM, as ondas cerebrais, a respiração e a pulsação aumentam de tal forma que se parecem com o da vigília. É a fase mais cheia de sonhos (agitados). Nessa fase, para evitar danos a nós mesmos e aos outros, nossos músculos estão paralisados!

Durante a fase NREM, há uma diminuição da temperatura corporal e do ritmo metabólico. Os vasos sanguíneos da nossa pele se dilatam, favorecendo a dissipação de calor. Exceto pelas amplitudes envolvidas (nos valores da queda da temperatura e do ritmo metabólico), a fase NREM é muito semelhante ao torpor.

Vejamos agora as diferenças. Ao contrário do que acontece na vigília, importantes experimentos demostraram que, durante a fase REM, alterar a temperatura da região pré-biótica não modifica a atividade dos neurônios. Ao contrário da fase NREM, durante o torpor não se observou dilatação de vasos cutâneos.

O torpor natural é caracterizado por uma diminuição espontânea da atividade metabólica e, consequentemente, da temperatura corporal. A temperatura do corpo pode se aproximar da temperatura ambiente, desde que esta fique acima de 0oC. Isso mostra, que a regulação térmica está deprimida, mas, ainda está presente.

Uma vez que o estado de torpor existe em todas as ordens de mamíferos (incluindo os primatas), acredita-se que a característica de supressão da taxa de metabolismo já estivesse presente em algum ancestral evolutivo. Portanto, em algumas espécies, os genes responsáveis pelo torpor foram silenciados.  Será possível reativá-los?

Existe um caso humano, reportado na literatura [4], que se aproxima do torpor. Um senhor de 51 anos tinha ataques de suor violentíssimos, várias vezes por dia. Esses ataques eram unilaterais, pois atingiam somente o lado esquerdo do seu corpo. Aconteciam, estando o paciente em pé ou deitado. Começaram após uma infecção identificada como do tipo influenza. Os ataques de suor duravam cerca de uma hora e meia, após o que ele sentia muita fraqueza, lentidão mental, tremores e muito frio. Sua temperatura baixava para apenas 31oC por, aproximadamente, 80 minutos. Todos os exames foram feitos, diagnósticos possíveis e medicamentos testados, sem resultado. Após 1 ano os sintomas simplesmente desapareceram.

A hipotermia terapêutica em seres humanos é muito utilizada em casos de injúrias cerebrais e coronárias. No processo de hipotermia, a cada 1oC de queda na temperatura de nosso corpo, há uma redução de 6% no consumo de oxigênio nos tecidos e de 10% no nosso cérebro. Porém, abaixo de 32oC esse ritmo diminui. Quando a temperatura chega a 15oC, nosso cérebro está consumindo apenas 17% do oxigênio daquele utilizado em nível normal. Mas, esses níveis de hipotermia só podem ser atingidos com enorme suporte de equipamentos clínicos especializados e coordenação humana.

Uma maneira alternativa (e, talvez, mais eficaz) de conseguir induzir torpor em mamíferos, seja reduzindo o seu metabolismo. O metabolismo envolve a ação de múltiplas enzimas e inclui o catabolismo – em que uma molécula complexa é quebrada em moléculas mais simples liberando energia e o anabolismo – que é o processo oposto, utiliza energia e moléculas mais simples para produzir moléculas mais complexas.

Buscando-se provocar torpor em mamíferos de maneira artificial (o chamado torpor sintético), várias substâncias têm sido testadas. Sulfeto de hidrogênio, N6-cyclohexyladenosine, 3-iodothyronamine (um hormônio da tiróide), etc. Na maioria dos casos, essas substâncias tiveram sucesso apenas em mamíferos de pequeno porte como ratos e esquilos.

O torpor sintético em seres humanos tem particular interesse em longas viagens espaciais. Um astronauta metabolicamente quiescente, ensejaria uma diminuição de consumo de oxigênio, comida, água, e quem sabe, até uma redução dos efeitos nocivos nos ossos e nos músculos da microgravidade.

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

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(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

[1] Cellular, Molecular, and Physiological Adaptations of Hibernation: The Solution to Environmental Challenges | Annual Review of Cell and Developmental Biology (doi.org) 

[2] Fat-tailed Dwarf Lemur – Duke Lemur Center

[3] The Central Control of Energy Expenditure: Exploiting Torpor for Medical Applications | Annual Review of Physiology (annualreviews.org)

[4] Paroxysmal episodic central thermoregulatory failure

https://doi.org/10.1212/WNL.58.8.1300

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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