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27 de setembro de 2012

Brasil sagra-se campeão geral na Olimpíada Iberoamericana de Física – 2012

O Brasil sagrou-se campeão geral entre as equipes que disputaram a 17ª edição da Olímpiada Iberoamericana de Física – 2012, um evento que decorreu na cidade de Granada, Espanha, entre os dias 17 de outubro e 22 de setembro.

OIBF_2012_-_PROF_VENCEDORES

A equipe vencedora foi liderada pelos professores Deric Simão, Rafael Trigueiro, Ronaldo Fogo, Carlito Lariucci e Teixeira Jr.

Quanto à equipe de alunos, ela foi constituída por Ilo Pereira Sá Emerenciano (Medalha de Ouro), Victor Matheo de Sousa Fernandes (Medalha de Ouro), Luciano Drozda Dantas Martins (Medalha de Prata) e Liara Guinsberg (Medalha de Bronze), sendo que esta jovem estudante participou na EFC – Escola de Física Contemporânea do IFSC, em 2010.

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A Olimpíada Iberoamericana de Física de 2012 decorreu na Universidade de Granada, tendo sido organizada conjuntamente pelo Ministério Espanhol de Cultura e Esporte, a própria universidade, e a Real Sociedade Espanhola de Física, com os patrocínios da Prefeitura de Granada, Ministério da Ciência e Inovação de Espanha e FEDER – Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional – União Europeia.

 

Assessoria de Comunicação

26 de setembro de 2012

A física no esporte

Ballet, patinação no gelo, box, futebol, basquete. Não importa a modalidade. Para tirar o melhor proveito e obter o melhor desempenho em qualquer esporte, use a física a seu favor!

Chico-4A ciência básica mais “fuçada” de todas tem tudo a ver com uma performance melhor por parte dos esportistas. Isso porque são as leis da física que regem movimentos, velocidade, força, inércia, atrito, interferindo diretamente nas modalidades esportivas.

A tecnologia, nesse sentido, tem aberto mais possibilidades. Hoje é possível observar movimentos em velocidades muito lentas, monitorar músculos durante a execução de saltos e a quantidade de oxigênio no organismo, entre outras coisas. “Os atletas sempre tiveram conhecimento sobre o auxílio da física nos esportes e sempre a utilizaram a seu favor, mas agora, com a tecnologia que permite a observação detalhada, essa ciência pode ser mais bem explorada nos esportes”, afirma o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Francisco Eduardo Gontijo Guimarães.

Para tirar proveito máximo da física, os atletas e seus treinadores têm que ter em mente alguns pontos chaves. Começando pela noção básica de que é preciso superação do tempo, distância e inércia (esta última influenciando diretamente na aceleração dos corpos). “O atleta sai do repouso e tem que buscar a máxima aceleração para conseguir melhor velocidade”, explica Guimarães. “A rapidez com que um corpo altera sua velocidade é determinada pela inércia”.

Não coincidentemente, a física lida exatamente com essas três problemáticas e, por esse motivo, pode se tornar uma grande aliada do atleta, uma vez que ambos – o atleta e a física – “lutam” contra o mesmo “inimigo”.

A física nos esportes

O jogador do esporte mais popular no mundo e especialmente no Brasil relaciona-se o tempo todo com a física. O futebolista não pensa se o percurso da bola, ao ser chutada, deve ser parabólico ou retilíneo, mas ele sabe que dar “efeito” na bola é ideal na cobrança de faltas, ou chutá-la e fazer com que ela se movimente sem giro é ideal para passes. “Numa cobrança de falta, o atleta, instintivamente, fará com que ela se movimente em tal direção que sobreponha a barreira e se encaminhe para direção do gol. É o giro ou ‘efeito’ que faz com que a bola faça a curva”, explica o docente.

Chico-6Nesse caso, o movimento do ar interfere no movimento da bola. A composição entre o giro da bola e a passagem do ar por ela pode alterar o movimento e o efeito final, pode ser a responsável por um gol cinematográfico.

Técnica semelhante pode ser usada no vôlei. No saque, bolas com efeito são comuns, pois dessa forma fica imprevisível para o adversário saber sua posição final. Já nos passes, isso não pode ocorrer. O toque do levantador deve ser feito sem dar qualquer efeito na bola, para que o atacante saiba muito bem para onde deve correr e dar sua cortada. “Nessa modalidade, as leis de impacto ou impulso estão diretamente relacionadas. Existem técnicas específicas ensinadas aos jogadores para aprender a lidar com o impacto entre corpos, nesse caso, bola e mão”, explica Guimarães.

O jogador de vôlei, além das técnicas relacionadas à trajetória da bola, tem de saber lidar com a força da gravidade, afinal seu melhor desempenho é superá-la ao máximo, para conseguir dar fortes impulsos e saltos muito altos.

Na patinação no gelo, bem como nas pistas de skate, os atletas têm de lidar com o atrito: no primeiro caso, ele é muito pequeno por causa do gelo. No segundo caso, o efeito do atrito é minimizado pelas rodas de skate. É a ausência de atrito que traz a beleza aos dois esportes, pois a habilidade do atleta em lidar com a falta de uma força (atrito) que o mantenha de pé preso ao chão será diretamente proporcional ao seu bom desempenho.

“Run, Forrest, run!”

Nas provas de atletismo e natação, novamente, o protagonista é o atrito. “O atleta tem que pensar na distância, aceleração, impulso. Durante as provas de nado e corrida, eles se preocupam em como se impulsionar da melhor maneira possível, minimizando efeitos provocados pelo atrito do ar e água”, diz Guimarães, complementando com a informação de que a velocidade também é um aspecto essencial nessas modalidades, especialmente na corrida. Basta lembrar do desempenho do corredor jamaicano, Usain Bolt, que bateu recordes de velocidade nas olimpíadas de Londres, correndo a 43,9 Km/h. “Se, na modalidade de salto a distância, um atleta saltasse na velocidade de Bolt, pularia uma distância de 10m, batendo um recorde mundial, que hoje é de 8,9m”, explica GuimChico-5arães. “Algum atleta pode chegar lá, mas muita física e fisiologia humana ainda devem ser empregadas para isso”.

No salto a distância, inclusive, o esportista deve ter uma coisa em mente: para fazer o melhor salto, deve se preocupar em atingir a velocidade máxima antes de saltar, aliando-a ao melhor ângulo de entrada no momento do salto que, nessa modalidade, tem número exato. “Além de se preocupar em atingir a velocidade máxima antes do salto, ele deve se preocupar com o ângulo em que irá pular. O ângulo ideal é 45º. Se pular acima desse ângulo, sua trajetória parábolica será tal que ele não atingirá a distância máxima. O mesmo ocorre se ele pular num ângulo menor que 45º”, explica Guimarães.

Por ser uma ciência básica que está envolvida com tudo que nos rodeia, a física pode ser uma grande aliada dos atletas. Depende, como quase tudo que está ao nosso redor, do uso que será feito dela. Os atletas, para chegarem à perfeição, lidam com os mesmos desafios de um mágico: a máxima rapidez para proporcionar o melhor (e mais belo) desempenho. No caso do atleta, a física pode ser o ingrediente principal a seu favor. E, para isso, não é preciso mágica: somente inteligência e disposição para saber usá-la.

Assessoria de Comunicação

25 de setembro de 2012

ICMC realiza feira de recrutamento

SemcompNa próxima quarta-feira, 26, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP) realizará a 3ª Feira de Recrutamento- atividade inserida na Semana da Computação– na qual o objetivo é aproximar o mercado de trabalho ao ambiente acadêmico.

Para cumprir tal objetivo, os organizadores da Feira trarão 15 empresas líderes de mercado à biblioteca do ICMC “Prof. Achille Bassi”, entre as 12 e 18 horas do dia 26, possibilitando aos participantes da Feira deixar seu currículo e concorrer a prêmios.

Também nos dias 26, 27 e 28 de setembro, diversas empresas estarão com estandes montados nas dependências do ICMC, permitindo que os alunos possam obter mais informações sobre tais empresas e participar de processos seletivos.

Para mais informações a respeito do evento, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

24 de setembro de 2012

Docentes do IFSC ministrarão palestras

Entre os dias 19 e 24 de maio do próximo ano, o Rio de Janeiro sediará a 18ª Ismar Meeting, evento que reunirá palestrantes do mundo todo para falar de temas científicos diversificados, centrado no tema de Ressonância Magnética Nuclear (RMN).

Dentre os palestranteISMARlogos, vindos de diversos países, dois docentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) foram convidados a dar palestras: Tito José Bonagamba, como um dos palestrantes principais, e Eduardo Ribeiro de Azevêdo que, além de membro integrante do Comitê Científico do evento, será igualmente um dos palestrantes convidados.

Os interessados em participar podem fazer sua inscrição pelo site do evento a partir do dia 15 de outubro de 2012. Outras datas importantes podem ser vistas através do site.

Para saber mais sobre o congresso (datas chave, programação, palestrantes convidados etc.), clique aqui.

 

 

Assessoria de Comunicação

24 de setembro de 2012

O Céu sobre São Carlos

A astronomia, ciência natural que estuda os corpos celestes, sempre teve um “quê” de sobrenatural. Não é à toa! O céu reúne uma infinidade de fenômenos e astros, como planetas, estrelas e galáxias, sobre os quais temos muito pouco conhecimento, o que destaca, ainda mais, o aspecto misterioso e enigmático dos corpos celestes e do local que os abriga.

O_Ceu_sobre_So_CarlosMas, a partir de hoje, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) dará uma mãozinha aos curiosos que vivem com a cabeça “no mundo da Lua”. Toda semana, publicaremos O Céu sobre São Carlos, série de pequenas reportagens, nas quais daremos uma “previsão astronômica”, com comentários, dicas e curiosidades a respeito dos principais fenômenos a serem observados durante a semana no céu de nossa cidade, possibilitando que todos compreendam e se maravilhem com os fenômenos celestes, sem precisar do auxílio de grandes equipamentos.

Nosso objetivo é dar um toque de previsibilidade aos fenômenos do céu observável, sem tirar o romantismo e o “charme” daqueles que apreciam um pôr do Sol enigmático, uma lua cheia de magia e encantos, ou simplesmente uma noite escura, repleta de estrelas.

O Céu sobre São Carlos- semana 28/09 a 05/10

22 de setembro

O Sol estará posicionado mais ao Sul da esfera celeste nos próximos seis meses, ao passar pelo equinócio no dia 22 de setembro. Isso representa noites mais curtas e dias mais longos durante toda a primavera no Hemisfério Sul e, consequentemente, períodos de observação progressivamente mais curtos no céu sobre São Carlos. O aumento da nebulosidade ao longo da primavera também limitará a observação nesse período. Por outro lado, as chuvas no fim de tarde proporcionarão uma atmosfera livre de poluentes, o que facilitará a observação do céu noturno.

29 de setembro

Urano estará em oposição máxima em 29 de setembro, ou seja, a Terra se encontrará exatamente entre o Sol e o planeta azul-esverdeado. Em oposição, Urano será observado toda a noite a partir do momento que nasce, no leste ao pôr do Sol até o seu poente a Oeste ao nascer do dia. Poucas pessoas tiveram a oportunidade de ver esse planeta, já que sua distância não permite que seja visto a olho nu. Pode ser que você consiga ver esse planeta intrigante através de um binóculo ou telescópio. Uma boa dica é observar o seu movimento por vários dias em relação a estrelas fixas conhecidas na sua proximidade.

30 de setembro

Dica_para_o_dia_29-1Durante a semana, a Lua crescente passará pela constelação de Peixes, atingindo seu ápice de luminosidade em 30 de setembro, quando nosso satélite estará ao lado do planeta Urano, sobre nossas cabeças, ainda em Peixes. A primeira cheia após o equinócio é chamada “Lua da Colheita” no hemisfério Norte, por iluminar os campos durante toda a noite no período da colheita. Ela nascerá nesse dia a Leste, pouco depois das 18h30, e terá como acompanhante a estrela brilhante Formalhaut, da constelação de Peixe Austral.

Aquele que acordou cedo deve observar o planeta Vênus na constelação de Leão. Já para os que curtem mais o final da tarde, os planetas Mercúrio e Saturno serão vistos ao longo da semana, exatamente, a Oeste, na constelação de Virgem, logo após lusco-fusco rubro-azulado formado no pôr do Sol. Esta claridade forte, que se alonga noite adentro, é um fenômeno atmosférico típico dessa época do ano e poderá atrapalhar os desavisados na observação do pequeno planeta Mercúrio. Para facilitar a localização, Mercúrio estará posicionado no horizonte a Oeste, à esquerda de Arcturo. Este astro brilhante é chamado de “Estrela da Primavera” e mostrará seu último esplendor nessa época após se ocultar na face da Terra pelos próximos seis meses, quando trocará de cena com Formalhaut, a sua estrela em oposição.

4 e 5 de outubro

Nos dias que se seguem, a Lua percorrerá a constelação de Áries, alcançando Touro no dia 4 de outubro, com 85% de sua iluminação. A constelação de Touro nascerá a Leste por volta das 23 horas e terá o planeta Júpiter como visitante (clique aqui para ver ilustração). Júpiter e Aldebaran (a estrela alfa de Touro), estarão acompanhados à direita no horizonte pelas Três Marias, na constelação do guerreiro Orion, e por Sírius, estrela alfa de grande luminosidade da constelação de Cão Maior. Aproveite para observar a passagem da Lua por Júpiter entre os dias 4 e 5 de outubro, sempre no mesmo horário (por volta da meia-noite), caso a nebulosidade permitir. Já para aqueles que acordam cedo, essa aproximação poderá ser acompanhada próxima ao amanhecer, um pouco ao Norte e bem acima de nossas cabeças no mesmo período.

Dica_para_os_dias_4_e_5A dica final é para aqueles que têm curiosidade em conhecer o planeta Mercúrio: será muito interessante acompanhar a sua trajetória de aproximação com Saturno durante a próxima semana. Ficará fácil localizar Mercúrio no horizonte ao pôr do Sol, pois este planeta anão passará ao lado do gigante Saturno, que se encontra estacionado perto da reluzente estrela Spica. A menor aproximação destes astros será vista ao pôr do Sol em 5 de outubro. Procure um ponto alto de observação com cadeira cativa sob o céu de São Carlos para melhor observar Mercúrio. O planeta realizará movimento retrógado pela casa de Virgem nas duas próximas semanas, sempre à luz do fim da tarde. O uso de binóculo auxiliará na observação do espetáculo.

Finalmente, Marte, o planeta vermelho, estará visível um pouco acima de Saturno e Mercúrio, em Libra. Nessa posição é muito comum confundir Marte (“ares”) com a estrela Antares (“antimarte”)alaranjada, localizada pouco acima, em Escorpião (clique aqui para ver ilustração).

Previsão fornecida pelo docente do IFSC, Francisco Eduardo Gontijo Guimarães

Glossário

Oposição de um astro– posição para a qual o astro, a Terra e o Sol, estão alinhados em um dado período do ano. Assim, todo astro que se encontra na posição oposta à do Sol estará em oposição. Quem está ligado percebe que todo astro que nasce a Leste ao pôr do Sol está em oposição e que ele será observável em sua trajetória pelo céu noturno até o seu ocaso a Oeste ao nascer do dia.
Equinócio– fenômeno em que a duração do dia é igual a da noite e os hemisférios Norte e Sul recebem a mesma quantidade de luz;
Estrela alfa– estrela mais brilhante da constelação
Lusco-fusco– transição entre o dia e a noite, o entardecer
Ocaso- pôr do Sol

Assessoria de Comunicação

21 de setembro de 2012

Solicitação acadêmica é atendida por Ministério

No último domingo, 16 de setembro, em matéria intitulada País terá mais duas estatais neste ano, publicada na edição impressa do jornal O Estado de São Paulo, anunciou-se a criação de uma Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação (Embrapii) que, de acordo com a essa matéria, servirá de instrumento para “planejar e monitorar a ação pública e privada”.

Faria-Embrapii-1A criação da Embrapii, que será oficializada ainda este ano, surge graças a um documento redigido entre 2010 e 2011 por um time de pesquisadores brasileiros, que traz dados sobre o cenário brasileiro, especificamente sobre a ciência e tecnologia desenvolvidos no país.

O documento, que se transformou no livro intitulado Ciência, tecnologia e inovação para um Brasil competitivo, é o resultado de um trabalho coordenado pelo docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Roberto Mendonça Faria, com o apoio dos pesquisadores, Jacobus Willibrordus Swart (Unicamp), Jailson, Bittencourt de Andrade (UFBA) e João Batista Calixto (UFSC).

Com os números apresentados no documento – que demorou um ano e meio para ser elaborado – alguns fatores negativos foram evidenciados, principalmente sobre a baixa quantidade de empresas brasileiras dedicadas à produção de manufaturas tecnológicas. “As indústrias brasileiras de alta, média e, até mesmo, pequena intensidade tecnológica vêm perdendo muita competitividade no cenário internacional e isso é muito preocupante para o desenvolvimento do país”, afirma Faria, justificando a dissertação do documento.

Diante disso, o documento propõe diversas ações para reverter esse quadro e trazer melhoras nesse campo, inclusive sugerindo a criação de uma empresa brasileira de pesquisa na área de inovação tecnológica, pedido que foi atendido pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) este ano. “O que propusemos no livro foi a criação de uma empresa muito parecida com a Embrapa**, mas, obviamente, voltada à área de inovação tecnológica na indústria”, conta Faria.

Alarme soado

Durante a dissertação do documento, Faria e seus colaboradores apontam deficiências encontradas em setores industriais estratégicos e mostram urgência de melhora nos setores de bens de capital, semicondutores e eletrônica, químico, fármacos e medicamentos, e tecnologia da informação e comunicação. “Fazer a análise de uma situação de comércio internacional em diversos setores da indústria é algo muito complexo e difícil, que exigiu um estudo grande por parte dos membros responsáveis pela confecção do documento. Durante um ano e meio levantamos muitos dados de diferentes segmentos industriais estratégicos ao país que precisam melhorar urgentemente para que tenhamos um desenvolvimento efetivo”. Segundo Faria, o Brasil importa muitos produtos dos setores citados acima e, dessa forma, além de perder divisas em dinheiro, o setor industrial perde cada vez mais fôlego, aumentando o desemprego no país, entre outros fatores.

Ainda ligado a esses aspectos, o documento faz uma análise detalhada sobre a educação brasileira e aponta que, para que o país se torne competitivo, é preciso preparar melhor seu capital humano, começando, inclusive, pelo ensino fundamental. “Nesse aspecto, compete a toda sociedade dedicar-se a soluções no ensino fundamental, médio e universitário”, afirma Faria.

Sobre esse ponto, o docente fala sobre um dos “espelhos” para o Brasil, a Coreia do Sul, que há trinta anos tinha situação muito parecida com a brasileira, no que diz respeito à educação e à indústria, e hoje apresenta índices de desenvolvimento exemplares nessas duas áreas.

De acordo com Faria, uma comissão já foi montada para iniciar a construção da Embrapii e, embora sua estrutura física provavelmente demore alguns anos para ser concluída, as discussões em torno da nova empresa tecnológica devem estar a todo vapor ainda no decurso deste ano.

Faria-EmbrapiiSobre o papel das universidades e do governo, Faria destaca que é importante não esquecer as funções específicas que cabem a cada um. As primeiras têm a obrigação de capacitar pessoas, formar recursos humanos, enquanto que o governo deve oferecer subsídios para que pesquisas se tornem, quando possível, produtos ou projetos em benefício à sociedade. “O grande produto das universidades, por missão, é a formação de recursos humanos altamente competentes. Transformar esse conhecimento em processos ou produtos industriais não é missão da universidade, mas da indústria”, diz o docente.

Mas, a melhora do diálogo entre governo e pesquisadores já é nítida. Prova disso é a criação da Embrapii, sugerida em um documento escrito por pesquisadores e que terá papel fundamental no desenvolvimento da ciência e tecnologia do país.

Assim, o que se coloca à frente é o caminho inicial que o Brasil deve trilhar para seu efetivo desenvolvimento. Seguindo nessa direção, é provável que, num futuro muito próximo, governo, universidades e a sociedade, como um todo, estejam mais próximos uns dos outros, trazendo mais benefícios a todos e colocando o Brasil numa posição de destaque em diversos setores, inclusive no científico e, esperançosamente, no social.

Para saber mais sobre o livro Ciência, tecnologia e inovação para um Brasil competitivo, clique aqui.

* Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

** Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Assessoria de Comunicação

20 de setembro de 2012

Evento trará palestras com temas diversificados

Na próxima segunda-feira, 24, tem início mais uma edição da “Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT)”, que conta com a colaboração de todas as Unidades do campus São Carlos para sua realização.

Na programação, cinco palestras dde assuntos variados discutirão temáticas importantes, como câncer e HPV, estresse, segurança, entre outros.

O evento será realizado nos auditórios do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), Centro de Tecnologia Educacional para Engenharia (CETEPE/USP) e Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP).

Para participar do SIPAT não é necessário o pagamento de nenhuma taxa.

Para mais detalhes sobre a programação do evento, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

18 de setembro de 2012

Palestra será precedida por atração musical

Como parte da 17ª Semana de Arte e Cultura da USP São Carlos, hoje, 18 de setembro, o Grupo Choro e Prática Casa Velha fará apresentação musical, no auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”, antecedendo à palestra do programa Ciência às 19 horas.

O grupo musical, que dedica-se à experimentação da inserção do gênero “choro” em diversos ambientes, com a exploração de várias linguagens artísticas, é formado por músicos do conservatório de Tatuí, e conta com os instrumentos flauta, violão, trombone, cavaquinho e pandeiro.  O evento acontece entre às 18 e 18h50, e a entrada é franca.

Logo na sequência, às 19 horas, como parte do programa “Ciência às 19 horas”, haverá o início da palestra “O que é a massa? E o bóson de Higgs?”, que será ministrada pelo docente do Departamento de Física da Universidad Nacional de La Plata (Argentina), Carlos Garcia Canal. A entrada para palestra também é gratuita.

Assessoria de Comunicação

18 de setembro de 2012

A parceria científica entre Brasil e China

Já é sabido que Brasil e a 2ª maior economia mundial, China, têm estreitado seu relacionamento há algum tempo. Mas, pensar nessa parceria, que é cada vez mais forte, sempre nos remete ao campo econômico dos dois países.

Jiyong-1Porém, há algum tempo, laços têm-se formado entre China e Brasil no que diz respeito ao conhecimento cientifico e tecnológico. E prova disso é Jiyong Fu, um chinês de 34 anos que veio para o Brasil em 2010 fazer seu pós-doutoramento, orientado pelo docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), José Carlos Egues de Menezes.

Na sua bagagem, para o Brasil, Jiyong já trazia muita experiência na área acadêmica.

Graduado em física pela Qufu Normal University (China), em 2001, concluiu mestrado e doutorado também na China, na Shandong University, em 2006.

No mesmo ano, iniciou seu pós-doutorado na University of Science and Technology (China), trabalhando ao mesmo tempo como professor-associado na Qufu Normal University.

Entre o tempo em que exercia a função de pesquisador e professor associado, Jiyong começou a trocar e-mails com Egues. “Depois de ler algumas publicações do professor Egues, na internet, fiquei muito interessado no que li, pois a pesquisa do professor era muito similar à minha. Então, enviei e-mail a ele, que respondeu, dizendo que poderíamos produzir muitas coisas juntos”, recorda Jiyong.

Mas, para chegar ao Brasil, o pesquisador passou por algumas dificuldades. Sua vontade era ter vindo ao Brasil em 2008, mas teve que cumprir um contrato de mais dois anos na Qufu University, onde trabalhava, mesmo com o primeiro pós-doutorado já finalizado na China. “Mesmo trabalhando na China, a maior parte de meu tempo dediquei ao IFSC lendo as pesquisas do professor Egues e me inteirando sobre o que estava sendo pesquisado aqui”, conta. “No final, a universidade na qual eu trabalhava me deu o documento que eu precisava para conseguir o visto de estudante e vir para o Brasil”.

Então, em março de 2010, finalmente, Jiyong chegou em São Carlos e passou a trabalhar com o professor Egues. O plano inicial de Jiyong era passar um ano no Brasil, mas, diante da fluidez de sua pesquisa, decidiu estender sua estada e permanecer no nosso país.

Sobre sua escolha pelo Brasil, Jiyong a justifica: as pesquisas desenvolvidas aqui, em sua opinião, são tão boas ou melhores do que as que teve conhecimento em outros países da Europa ou dos Estados Unidos. Ele conta que seu orientador, na China, indicou o Brasil para seu pós-doutoramento e, depois de ter conhecimento sobre a pesquisa de Egues, não teve mais dúvidas sobre seu destino de estudos. “Meu orientador, na China, já tinha vindo ao Brasil pelo menos três vezes e recomendou o país muito bem”, diz o pesquisador.

No que diz respeito às diferenças entre China e Brasil, nas áreas de ensino e pesquisa, Jiyong aponta a atmosfera tranquila do Instituto. “Aqui eu posso conversar com todos livre e tranquilamente. Não há uma distância grande entre aluno e professor, todos conversam de igual para igual. Na China, em alguns grupos de pesquisa, os orientadores mantém muita distância dos alunos, o que em minha opinião prejudica o desenvolvimento da pesquisa”.

Nesses dois anos e meio em que está no Brasil, em companhia da esposa, Jiyong já voltou à China para visitar a família. Mas agora só voltará ao país asiático depois de finalizar o pós-doutorado, o que ele acredita que irá acontecer em, no máximo, um ano.

Jiyong_FuSobre os planos futuros, Jiyong diz que prefere voltar à China para trabalhar como pesquisador em universidades. “Eu gosto de silêncio para trabalhar e por isso não conseguiria trabalhar numa indústria”, conta.

Mas, mesmo com planos para voltar ao país de origem, Jiyong não deixa de elogiar o Brasil, São Carlos e, principalmente, o IFSC. Ficam ótimas impressões das pessoas com as quais trabalhou, da infraestrutura do Instituto e a boa recordação de todos os momentos que viveu aqui. E a partir disso, ele se torna uma prova viva de que a parceria entre os dois países tem dado muito certo, realçando o fato de que esse tipo de relacionamento, num futuro muito próximo, só tende a crescer.

Assessoria de Comunicação

17 de setembro de 2012

Chamada de propostas de pesquisa

A FAPESP e a Rede Interamericana de Academias de Ciências (IANAS, na sigla em inglês) lançaram no dia 14 de setembro uma chamada de propostas de pesquisa no âmbito do acordo de cooperação firmado entre as duas instituições.

Podem participar da chamada pesquisadores indicados pelas academias nacionais de ciências filiadas à IANAS.

As pesquisas poderão envolver qualquer área do conhecimento e deverão ser realizadas em universidades e instituições de pesquisa no Estado de São Paulo.

As propostas de projetos deverão ser submetidas pelos pesquisadores interessados à academia de ciências de seu país de origem, que as encaminharão para a IANAS.

Os projetos de pesquisa dos candidatos pré-selecionados pelas academias filiadas à IANAS serão submetidos ao processo de análise de propostas da FAPESP, que é baseado no mérito científico e utiliza revisores externos e pareceres de comitês científicos para embasar suas decisões.

As propostas aprovadas serão apoiadas por meio de mecanismos de financiamento à pesquisa utilizados pela FAPESP, como concessão de Bolsas de Pós-Doutorado, o Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes e Auxílio à Pesquisa – Pesquisador Visitante.

Bolsas de Pós-Doutorado são concedidas pela FAPESP a cientistas promissores em suas áreas de pesquisa, que obtiveram o título de doutor há menos de sete anos. O Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes oferece bolsa e o financiamento necessário para que o pesquisador desenvolva seu projeto.

Por sua vez, o Auxílio Pesquisador Visitante cobre as despesas da visita de pesquisadores experientes, vinculados a instituições de pesquisa do exterior ou do Brasil, a uma instituição de pesquisa no Estado de São Paulo, por um período de duas semanas a 12 meses.

Essa modalidade de Auxílio da FAPESP trouxe 240 cientistas estrangeiros para visitar universidades e instituições de pesquisa do Estado de São Paulo em 2011, resultando em uma média de quatro pesquisadores por semana. A meta é aumentar cada vez mais esse número nos próximos anos.

O prazo limite para submissão de propostas à FAPESP dos candidatos pré-selecionados pela IANAS é até 4 de fevereiro de 2013.

Mais informações: www.fapesp.br/acordos/ianas.

 

 

(Assessoria de Comunicação com informações da FAPESP)

14 de setembro de 2012

Docentes e funcionários homenageiam Guilherme Fontes Leal Ferreira

Livre docente pela Universidade de São Paulo desde 1973, tem mais de 50 artigos publicados em periódicos, é pesquisador sênior da Prefeitura Municipal de São Carlos, docente sênior do Grupo de Polímeros do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e um dos pioneiros da física em São Carlos.

LogoOs itens acima fazem parte do invejável currículo de Guilherme Fontes Leal Ferreira, docente do IFSC que, mesmo aposentado pelo Instituto, desde 1991, continua participando ativamente das pesquisas desenvolvidas no IFSC, bem como na orientação de alunos.

Como um gesto simbólico de reconhecimento à atuação do docente, já há tantos anos prestando importantes colaborações à Universidade (e fora dela), na manhã de 6 de setembro, familiares, alunos e ex-alunos de Guilherme juntaram-se aos docentes e funcionários do IFSC, no auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, para homenageá-lo.

Nessa homenagem, a mesa de honra do auditório foi composta pelo docente e diretor do IFSC, Antonio Carlos Hernandes, pelo pró-reitor de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago, pelo docente do IFSC e coordenador do Grupo de Polímeros, Roberto Mendonça Faria, e pelo docente e um dos fundadores do IFSC, Sérgio Mascarenhas.

Na solenidade, que teve duração aproximada de uma hora, as individualidades que compuseram a mesa de honra prestaram breves, mas significativas homenagens ao docente. O Prof. Hernandes frisou a colaboração e ajuda de Guilherme aos estudantes, enquanto que o pró-reitor Zago discorreu sobre a evolução tecnológica de São Carlos e a colaboração do IFSC e, em particular, de Guilherme, para preservação do status tecnológico do município. Por seu turno, o Prof. Faria recordou à plateia nomes de pesquisadores que passaram pelo Instituto e que puderam contar com a ajuda de Guilherme, tendo finalizado sua homenagem com um texto escrito pelo docente do IFSC, Luiz Nunes de Oliveira, discorrendo sobre as conquistas, capacidade, cidadania e modéstia do homenageado.

o Prof. Sérgio Mascarenhas foi o último a se pronunciar e, emocionado, relembrou diversos momentos da carreira acadêmica de Guilherme, nos quais ele próprio [Sérgio] esteve presente, desde quando ambos eram ainda estudantes de graduação na Faculdade Nacional de Filosofia (FNF), da Universidade do Brasil.

A cerimônia foi concluída com o agradecimento de Guilherme a todos pela amizade e colaboração durante os anos de sua carreira acadêmica.

Para finalizar a homenagem com louvor, os presentes, junto ao homenageado, dirigiram-se às dependências do Grupo de Polímeros para inauguração do Laboratório de Eletrônica Orgânica (LEO), batizado com o nome do Prof. Guilherme Ferreira, perpetuando, oficialmente, a passagem do docente pelo Instituto.

Confira, abaixo, algumas fotos do evento:

Guilherme-1

Guilherme-2

Guilherme-3

Guilherme-4

Guilherme-5

Guilherme-8

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação

14 de setembro de 2012

O Brasil no Universo

Você já deve ter ouvido falar de radiações gama. Não? Nem mesmo depois do acidente nuclear em Fukushima, ocorrido há dois anos, ou mesmo depois das polêmicas em torno da produção de urânio enriquecido, no Irã, em 2011?

CTA-4Para aqueles que não se recordam, a radiação gama – “parente” das radiações ultravioleta (emitidas pelo sol) e raios-X (emitidas por aparelhos elétricos) – é a mais energética das radiações conhecidas. Desta forma, raios gama são radiações ionizantes que podem afetar células do corpo humano, causando malefícios à saúde, em casos de alta dose de exposição.

Existem várias fontes de radiação gama terrestres. Entre elas estão alguns materiais radioativos naturais, como o Cobalto e o Niquel. Nestes elementos, os raios gamas são produzidos quando o núcleo do átomo passa de um nível mais excitado para outro de menor energia. A diferença de energia entre os estados inicial e final do núcleo é emitida na forma de radiação gama. Este mesmo fenômeno acontece quando uma bomba nuclear explode, por exemplo.

Na década de 60, em plena Guerra Fria, os Estados Unidos da América e a então URSS puseram em órbita satélites que detectavam raios gama. A intensão dos satélites era monitorar os testes nucleares realizados pelos inimigos através da detecção da radiação gama emitida na detonação. Assim que os satélites foram lançados, eles detectaram várias explosões de raios gama, pondo em alerta vermelho os exércitos das duas super-potências.

Felizmente, nenhuma guerra foi iniciada já que rapidamente se descobriu que os raios gama, então detectados pelos satélites, não provinham da Terra, mas sim do cosmos. Foi quando nasceram os estudos da Astrofísica de Raios Gama.

Sessenta anos depois, sabemos muito mais sobre os raios gama produzidos em ambientes astrofísicos. Diferente técnicas de medida foram desenvolvidas e vários objetos foram identificados como emissores de radiação gama. Entre eles, podemos citar: remanescentes de supernova, galáxias com núcleo ativo, pulsares e muitos outros. No entanto, pouco se sabe como esses raios gama são produzidos. Tem-se conhecimento, no entanto, que os mecanismos de produção de raios gamas em objetos extraterrestres não são reações nucleares tais como as descritas acima. Processos muito mais complicados e violentos, que envolvem a aceleração de partículas por campos magnéticos, têm sido propostos para explicar a produção de raios gamas neste objetos. A maior parte desses modelos astrofísicos ainda não pode ser provada nem descartada, pela falta de medidas experimentais.

Para melhorar nossa compreensão a respeito desses objetos, uma colaboração de mil pesquisadores, espalhados por 27 países do globo, foi formada para construir um observatório único, de nome CTA (Cherenkov Telescope Array). Este experimento contará com tecnologia de ponta, capaz de medir radiação gama produzida durante os fenômenos astrofísicos com sensibilidade dez vezes maior que qualquer outro observatório em funcionamento. “Esse será o experimento mais importante dessa área nos próximos anos”, afirma o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e um dos pesquisadores envolvidos no projeto, Luiz Vitor de Souza.

O CTA possibilitará avanços significativos na compreensão de como os raios gama são produzidos e, portanto, de como esses monstros celestes funcionam. “Por ser a radiação de mais alta energia, ela traz informações diferentes daquelas fornecidas pela luz visível”, explica Vitor. Neste caso, qualidade e quantidade estarão em jogo. Segundo Luiz Vitor, hoje tem-se conhecimento de apenas cem fontes extraterrestres emissoras de raios gama de altas energias. Com o CTA, esse número sobe para mil.

O projeto, iniciado em 2010, é financiado por agências de fomento à pesquisa do mundo todo, inclusive do Brasil (FAPESP e CNPq), no qual, além de Vitor, mais sete pesquisadores estão envolvidos no projeto de construção do observatório. Estes são responsáveis pela construção de partes do protótipo, sendo que uma versão completa do equipamento já começou a ser construída na Alemanha. “Este protótipo alemão servirá para que a tecnologia do equipamento seja testada”, conta o docente.

Sem comparação

CTAO CTA contará com cem telescópios operados conjuntamente, o que oferecerá a possibilidade de recolher dados mais refinados e imagens de mais alta resolução. “Uma fonte de baixa intensidade não pode ser visualizada nos observatórios em funcionamento. O CTA preencherá essa lacuna”.

O sucesso do Observatório depende fundamentalmente da construção dos telescópios, pois, sem um bom instrumento os dados coletados não terão a precisão requerida. Cada telescópio do CTA tem várias partes com funções especificas: orientação, captação de luz, transformação da luz em sinal eletrônico (vide ilustração). “Todas as partes do telescópio devem se encaixar perfeitamente, para que possamos ter o melhor instrumento já construído com o intuito de estudar a radiação gama”, explica Vitor.”Por isso, estudos detalhados de cada parte estão sendo realizados nesta fase do projeto”.

A colaboração brasileira no CTA tem participado na construção destes equipamentos através de parcerias com a indústria nacional. O projeto do “corpo” do telescópio foi desenhado pela empresa Orbital Engenharia, de São José dos Campos, enquanto que o revestimento dos espelhos, que serve para refletir a luz e protegê-los de quaisquer intempéries, está sendo desenvolvido pela empresa Opto Eletrônica, de São Carlos. “No momento, temos um projeto desenvolvido pelas empresas nacionais e estamos realizando testes dos protótipos. O objetivo é criar, em parceria com essas empresas, um produto que atenda aos altos padrões do Observatório, de forma que a indústria nacional possa participar da construção dos 100 telescópios previstos”, diz Vitor.

O observatório, com inauguração prevista para 2015, tem dois locais favoritos para sua instalação: Namíbia (sul da África) e Argentina. A escolha do local segue determinados requisitos, como altitude e planícidade do terreno, céu muito limpo, sem poluição e sem contaminação de luz. “Infelizmente, não encontramos no Brasil nenhum local que ofereça essas condições”, justifica o docente.

CTA-5Desta forma, mesmo não estando entre os nomes para sediar o CTA, o Brasil não deixa de ter papel importante na empreitada: O local exato onde o observatório será construído só será decidido no próximo ano, bem como os países escolhidos para construir as diversas partes dos telescópios, e entre os candidatos a sediar o CTA está a Argentina.

Talvez, esse seja um bom momento para deixar a rivalidade entre Brasil e Argentina limitada somente ao futebol. Afinal, a escolha da Argentina como sede definitiva pode abrir muitas portas à participação brasileira no projeto em questão e colocar o Brasil como referência em assuntos importantes, desta vez relacionados com o universo.

Para saber mais, acesse http://www.cta-observatory.org/

Assessoria de Comunicação

13 de setembro de 2012

O que é a massa? E o bóson de Higgs?

Realiza-se no dia 18 de setembro, pelas 19 horas, no Auditório Prof. Sergio Mascarenhas (IFSC), mais uma edição do programa Ciência às 19 Horas, tendo como palestrante convidado o Prof. Dr. Carlos Garcia Canal, docente do Departamento de Física da Universidad Nacional de La Plata – Argentina.

Subordinada ao tema O que é a massa? E o bóson de Higgs, a palestra que será apresentada pelo Prof. Canal fará um breve relato das origens de massa e inércia, e, através da evolução de conceitos sobre a constituição da matéria, será apresentada a argumentação que a massa dos corpos macroscópicos se deve à massa e interações de seus constituintes, ou seja, os átomos, núcleos atômicos e partículas elementares, como quarks e elétrons.

Finalmente, o palestrante lançará a discussão sobre o problema da origem da massa no contexto das teorias atuais, que descrevem as interações (forças) entre corpos, como um processo de troca de partículas ditas intermediárias. Por um lado, tais teorias baseiam-se em princípios de simetria que exigem que as partículas intermediárias tenham massa nula. Por outro lado, estas mesmas teorias dizem que o alcance da força é tanto menor quanto maior for a massa daquelas partículas.

A descrição das forças nucleares, que se sabe ser de curto alcance, exige a ruptura das simetrias sobre as quais as teorias são baseadas. O conflito é resolvido, magistralmente, pelo chamado mecanismo de Higgs, que implica a existência do famoso bóson de Higgs e que talvez tenha sido descoberto, recentemente, no acelerador de partículas LHC do laboratório CERN, em Genebra, Suíça.

Este evento tem entrada franca.

Assessoria de Comunicação

13 de setembro de 2012

INOF leva estudante de ensino médio à Washington DC

Na semana entre os dias 3 e 8 de setembro, o aluno do terceiro ano do ensino médio da escola “Prof. Carlos Augusto de Camargo” (Piedade-SP), Alexsander da Silva Cardoso, teve a oportunidade de conhecer diversos museus da cidade de Washington (EUA), viagem que ganhou como prêmio por sua participação e destaque em uma Feira de Ciências estadual, organizada pelo docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e coordenador do Instituto Nacional de Óptica e Fotônica (INOF), Vanderlei Salvador Bagnato.

O aluno, acompanhado da coordenadora de difusão científica do Grupo de Óptica do IFSC, Wilma Barrionuevo, durante os passeios e visitas aos museus, mostrou grande curiosidade científica, filmando e fotografando os locais. Alexsander deu destaque ao Museu do ar e do espaço, que abriga aviões, foguetes da NASA e naves espaciais.

Ao retornar ao Brasil, Alexsander agradeceu a oportunidade e seu interesse em aprender inglês já se manifestou. Afirmou, ainda, que continuará desenvolvendo protótipos tecnológicos e tem como meta tornar-se aluno do curso de Engenharia Elétrica da USP de São Carlos.

Confira, abaixo, algumas fotos da viagem do aluno.

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Imagens: divulgação Grupo de Óptica

Assessoria de Comunicação

12 de setembro de 2012

Delegação da University of Southern Denmark visita IFSC

Uma delegação da University of Southern Denmark visitou o IFSC no dia 12 de Setembro, tendo participado de uma programação previamente estabelecida com o Instituto de Física.

A comitiva dinamarquesa foi constituída pelos Professores Horst-Günter Rubham, diretor da faculdade de engenharia (instituto) daquela universidade, Hennng Andersen, diretor de estudos, e Jorgen Henriksen, diretor de relações internacionais.

Os visitantes foram recebidos e acompanhados pelo Vice-Diretor do IFSC, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Jr, e ainda pelos docentes Professores Vanderlei Bagnato, Euclydes Marega e Cristina Kurachi, todos do IFSC, e Larissa Lima (EESC).

O motivo da visita dos acadêmicos dinamarqueses foi observar quais os métodos e linhas de pesquisa e de ensino que o IFSC desenvolve, tendo como meta o estabelecimento de uma eventual cooperação bilateral.

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Assessoria de Comunicação

12 de setembro de 2012

Docentes do IFSC entram para Academia de Ciências do estado

Oito docentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Igor Polikarpov, Francisco Castilho Alcaraz, Glaucius Oliva, Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, Roberto Mendonça Faria, Richard Charles Garratt, Sérgio Carlos Zílio e Vanderlei Salvador Bagnato foram eleitos, em 2012, para fazer parte da Academia de Ciências do Estado de São Paulo.

A cerimônia de posse dos docentes ocorrerá no próximo dia 27 de setembro, às 18h30, no Palácio dos Bandeirantes e contará com a presença do Governador do Estado, Geraldo Alckmin.

Para acessar a lista de todos os acadêmicos eleitos em 2012 para Academia de Ciências do Estado de São Paulo, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

10 de setembro de 2012

IFSC sediará mais uma Escola Avançada

FAPESPEm chamada divulgada na última semana, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) divulgou o resultado da sétima chamada da Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), modalidade que oferece recursos para organização de cursos de curta duração em pesquisa avançada nas diferentes áreas de conhecimento no estado de São Paulo.

Até o momento, somente duas propostas foram selecionadas e, entre elas, a do docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Vanderlei Salvador Bagnato, com o título “Modernos desafios: uso da biofotônica no diagnóstico e no tratamento do câncer”.

Os professores que lecionarão as disciplinas na ESPCA “deverão ser cientistas de excelente qualificação e destaque em seus campos de pesquisa, do Brasil e do exterior”.

Alunos de graduação e pós-graduação poderão participar da ESPCA e, além disso, apresentarem, em seções de pôsteres, os resultados de suas pesquisas, discutindo os progressos e resultados com os participantes.

Para mais informações sobre a ESPCA, acesse http://www.fapesp.br/espca

Assessoria de Comunicação

6 de setembro de 2012

Perfeito conforto nos ares

Se há alguns anos, viagens de avião eram luxo para poucos, elas hoje são tão ou mais comuns do que as realizadas por terra. E, com o barateamento das passagens aéreas, o número de usuários de aeronaves aumentou significativamente, tornando-se inevitável não pensar em melhorias e ajustes para esse meio de transporte.

Jurandir-1Com isso em mente, pesquisadores da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) deram-se conta de que, mais do que nunca, o conforto do usuário nas cabines precisava ser aprimorado; e, para tornar os voos dos passageiros (ainda) mais confortáveis, procuraram por especialistas no assunto, entre eles, o docente da Escola Politécnica da USP, Jurandir Itizo Yanagihara que, em 2008, deu início ao projeto de pesquisa “Conforto em cabines de aeronaves: desafios científicos e tecnológicos num projeto cooperativo multidisciplinar”, descrito com detalhes no último Colloquium diei ocorrido no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Reunindo especialistas de diversas áreas de exatas e inclusive biológicas, Jurandir e sua equipe (composta por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realizaram diversas simulações, com o foco voltado ao conforto do usuário, realizando testes ergonômicos, de pressão do ambiente, conforto visual, necessidades especiais e segurança, entre outros quesitos. “Com a popularização das viagens de avião, a preocupação com o conforto passou a ser mais importante do que nunca”, diz o docente.

Desde o seu início, a pesquisa utilizou algumas informações já conhecidas para basear os estudos, como, por exemplo, o fato de que o aumento de pressão no interior das cabines causa menos fadiga aos usuários durante o voo. “Hoje, existe uma tendência de se construir o avião de dentro para fora, começando pelas cabines”, informa o pesquisador. “Há, inclusive, o intuito de se fazer cabines parecidas com escritórios, para que o passageiro tenha a possibilidade de trabalhar enquanto viaja”.

Outro tópico já bastante explorado na pesquisa diz respeito ao conforto térmico. Alguns equipamentos foram construídos para fazer simulações relacionadas à temperatura nas cabines, culminando na construção de um modelo humano com sistema térmico para avaliar este tópico. “Nas simulações feitas com voluntários, viu-se que aqueles que tinham o controle sobre o ambiente térmico obtinham uma maior sensação de conforto”, conta Jurandir.

Conforto acústico também foi levado em consideração. De acordo com Jurandir, já foram feitas avaliações subjetivas de ruídos e vibrações com voluntários. Também foram feitos testes para se medir o efeito do campo visual, sempre se levando em conta o conforto do passageiro. “Já tínhamos dados de que corredores muito grandes, como os de supermercados, trazem desconforto visual a certas pessoas. Já existem, inclusive, aeronaves com divisórias entre certa quantidade de assentos, para resolver esse problema”, exemplifica Yanagihara.

Na equipe de Jurandir, da qual até psiquiatras fazem parte (abordando os aspectos psicofísicos da experiência de voo), os físicos não poderiam ficar de fora. Segundo o docente, o que diferencia a atuação de um engenheiro e de um físico na pesquisa em questão refere-se à parte aplicada. “O engenheiro, depois de fazer a análise dos fenômenos, pensa em como utilizá-los na prática, enquanto o físico pensa em como os fenômenos podem ser utilizados ainda na fase do projeto. Afinal, para fazermos um bom projeto, precisamos conhecer muito bem os fenômenos físicos envolvidos” afirma o pesquisador.

Jurandir-2Até o momento, mil voluntários já participaram da pesquisa. Todas as simulações são realizadas no Departamento de Engenharia Mecânica da Poli/USP, em São Paulo, onde foi criado um laboratório para tal propósito. Os resultados são avaliados através de questionários, respondidos pelos próprios voluntários, e o objetivo final da pesquisa, de acordo com Jurandir, é se criar uma equação geral de conforto.

O pesquisador afirma que o conhecimento que vem sendo produzido durante a pesquisa será usufruído, diretamente, pela sociedade. E alguns leitores podem estar se perguntando quanto tempo levará para que os preços de passagens em cabines tão confortáveis possam ser acessíveis a qualquer usuário disposto a fazer seus deslocamentos pelos ares.

Tal quesito ainda não foi levantado na pesquisa de Jurandir, mas, seguindo-se a tendência de popularização dos voos, pode ser que, num primeiro momento, o conforto total não esteja disponível a todos, mas em um futuro próximo talvez seja possível a qualquer passageiro acomodar-se numa poltrona de avião que seja mais confortável que sua própria cama.

Assessoria de Comunicação

5 de setembro de 2012

Um milhão e duzentos mil alunos participam da 1ª Fase

No dia 04 de setembro, um milhão e duzentos mil alunos fizeram a 1ª fase da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (OBFEP), sendo que é a primeira vez que a Olimpíada ocorre em todo território brasileiro; em 2010 e 2011, a OBFEP aconteceu de forma piloto em alguns estados, como uma atividade da OBF (Olimpíada Brasileira de Física).

Participam da OBFEP estudantes do Ensino Médio e do último ano do Ensino Fundamental de escolas Municipais, Estaduais e Federais.

A OBFEP ocorre em duas fases, sendo a 1ª uma prova teórica e a 2ª fase composta de uma parte teórica e uma prática. Na 2ª fase, que acontecerá em 10 de novembro para cerca de 50 mil estudantes, cada aluno, além da prova teórica, receberá um kit com o qual fará experimentos, compreendendo medidas e análise dos resultados. O objetivo do experimento é despertar no aluno seu talento criativo e inovador.

A OBFEP é organizada pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), conta com financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), através do CNPq, e pode-se citar entre seus objetivos: contribuir para a melhoria da qualidade do ensino em ciências na educação básica; promover maior inclusão social por meio da difusão da ciência; ampliar o uso das tecnologias da informação e da comunicação com fins educacionais; ampliar canais de colaboração entre universidades, institutos, sociedades científicas e escolas públicas; fomentar a integração entre escola e comunidade.

Para mais informações, acesse o portal:  www.obfep.org.br

 

(Informações da Comissão da OBFEP – Sociedade Brasileira de Física)

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