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23 de fevereiro de 2015

Criado novo antimicrobial bucal com aplicação de terapia fotodinâmica

Uma metodologia inédita de terapia fotodinâmica, combinando LED azul e Curcumina – corante derivado da planta Cúrcuma -, constitui uma nova forma de desinfecção bucal, principalmente na área odontológica. O objetivo dessa técnica é prolongar o efeito de desinfecção durante cirurgias bucais invasivas e não-invasivas, evitando que as bactérias alojadas na boca de um paciente se espalhem por todo o ambiente cirúrgico e, inclusive, pela corrente sanguínea do próprio paciente.

Esse método está descrito no trabalho intitulado Effects of Photodynamic Therapy with blue Light and Curcumin as Mouth Rinse for Oral Disinfection: A Randomized Controlled Trial, que é assinado por pesquisadores do IFSC/USP e por dois odontologistas, propondo o uso da Curcumina associada ao LED azul – aplicado por uma “caneta”.

O ortodontista, pesquisador eVitor1300 doutorando do IFSC, Dr. Vitor Hugo Panhóca, que participou dessa pesquisa, explica que a boca possui diversos micro-organismos que vivem nela, sem causar danos. Mas podem ocorrer complicações na saúde do indivíduo, quando o número de micróbios aumenta muito podendo provocar desmineralizações no esmalte, cárie e periodontite. Em procedimentos invasivos, os micro-organismos podem entrar na corrente sanguínea e provocar doenças como endocardite bacteriana – inflamação que afeta as válvulas e o tecido que reveste o coração -, febre reumática – doença inflamatória que se desenvolve após uma infecção provocada pela bactéria do estreptococo – e glomerunefrite – doença renal causada por inflamação dos glomérulos, responsáveis pela filtração do sangue e produção da urina. Nossa intenção não é zerar a quantidade de microorganismos existentes na boca do indivíduo, mas sim gerar homeostase entre as bactérias, para que a doença não evolua, diz Vitor. Já o Dr. Diego Portes Vieira Leite, outro odontologista envolvido na pesquisa, reforça que essas bactérias podem atingir a corrente sanguínea e alojar-se no coração, causando problemas cardíacos devido à má desinfecção bucal mesmo após uma simples escovação dental.

Diego1300Atualmente, para realizar qualquer intervenção odontológica, um profissional aplica água e spray de ar, criando uma espécie de aerossol. Além de contaminar o próprio ambiente cirúrgico, esse método pode infectar outros pacientes e também os próprios especialistas que realizam os tratamentos. Já o novo método, que é aplicado antes de se iniciar qualquer intervenção bucal, mantém a boca desinfetada durante todo o procedimento cirúrgico evitando infecções cruzadas. A Curcumina é um corante fotossensível, ou seja, ela absorve a luz gerada pelo LED azul, provocando a terapia fotodinâmica antimicrobiana. O LED azul estimula a Curcumina a produzir um oxigênio tóxico que mata a célula e a própria bactéria, explica Diego Portes.

A Dra. Fernanda Rossi Paolillo, pesquisadora do Grupo de Óptica do IFSC/USP, que realizou o processamento de microbiologia e de dados, e elaborou o artigo desse trabalho, diz que a Curcumina é aFernanda1300 melhor opção para esse método, porque raramente causa alergia nos indivíduos, sendo igualmente um tempero bastante conhecido na gastronomia indiana. Mas é preciso utilizar baixas doses e concentrações desses elementos para que não causem toxidade, manchas ou outros problemas aos pacientes, diz ela.

O LED azul, ao contrário das outras cores, é encontrado com maior facilidade nos consultórios odontológicos por serem usados para cura de restaurações de resina, o que viabiliza seu uso em descontaminação bucal na clínica odontológica. O LED azul tem um comprimento de onda menor e maior frequência de vibração eletromagnética, Opcao1-200permitindo, por isso, que transmita mais energia na superfície a ser tratada gerando maior efeito de descontaminação na terapia fotodinâmica antimicrobial, completa o pesquisador Vitor Hugo Panhóca.

A “caneta” utilizada pelos pesquisadores possui dois tipos de ponteiras – cilíndrica e esferoidal -, que adéquam à intensidade do LED. Assim, o profissional pode aplicar a luz em um determinado ponto ou em toda a região bucal do paciente. Ambas as ponteiras já foram patenteadas.

Próximos passos…

Após os resultados positivos obtidos com esse novo método, o pesquisador Vitor Hugo Panhóca diz que está elaborando um novo trabalho, cujo objetivo é tornar mais prático e eficaz o processo de clareamento dental. Já Diego Portes pretende iniciar seu projeto de mestrado na Unicastelo, em São José dos Campos (SP), envolvendo um bisturi ultrassônico. A ferramenta já foi desenvolvida, mas agora vou adequá-la à área odontológica, para realizar cortes em tecido mole, conclui ele.

Para conferir o citado artigo, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

20 de fevereiro de 2015

Imagem por Ressonância Magnética na análise de Esteatose Hepática

fi1-200Em novembro de 2014, o site Plos One destacou o artigo intitulado “Is MR spectroscopy really the best MR-based method for the evaluation of fatty liver in diabetic patients in clinical practice?”, texto co-escrito pelo Prof. Dr. Fernando Fernandes Paiva (IFSC-USP), em parceria com pesquisadores de universidades brasileiras e francesas, que propõe o uso da imagem por ressonância magnética (IRM) como novo método para analisar a esteatose hepática, substituindo a tradicional técnica – biópsia hepática – e a espectroscopia por ressonância magnética (ERM). A esteatose hepática é uma doença causada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado e pode ser dividida em doença gordurosa alcoólica – quando há abuso de bebida alcoólica – ou doença gordurosa não alcoólica. No segundo caso, a esteatose hepática pode ter diferentes causas, como, por exemplo, sobrepeso ou obesidade e diabetes. Quando não controlada, a doença pode evoluir e culminar em diferentes condições patológicas como, por exemplo, em cirrose hepática.

A esteatose hepática é uma doença reversível e é necessária a realização de exames para que seja avaliado o risco de sua progressão. Atualmente, uma das principais técnicas de análise da esteatose é a biópsia hepática, processo em que parte do tecido do fígado é extraída para avaliação do percentual de gordura. Além de ser um método invasivo – portanto, bastante incômodo para o paciente -, a biópsia verifica apenas uma determinada região do órgão, impossibilitando a avaliação de todo o acúmulo de gordura que se aloja em diferentes segmentos da glândula. Muitas vezes, essa metodologia fornece dados falso-positivos ou falso-negativos. Por exemplo, um médico pode extrair uma pequena parte do fígado em que há alto percentual de gordura, mas isso não significa que todo o órgão esteja afetado. Aliás, uma amostra Paiva350que não detecta a gordura pode dar a falsa impressão de que não há lipídios nas demais partes do fígado. Mesmo assim, Fernando Paiva afirma que a biópsia tem um papel fundamental na análise de esteatose, apesar da avaliação também poder ser feita através do ultrassom, permitindo a análise da textura do órgão. O problema é que o resultado obtido pelo ultrassom não é quantitativo e há grande variabilidade, dependendo do especialista que opera o procedimento, explica o docente.

Nos últimos anos, uma série de estudos tem tentado encontrar alternativas para a biópsia hepática. Nesse sentido, a espectroscopia por ressonância magnética se apresenta como forte candidata na avaliação de gordura hepática. O método, completamente não invasivo, possibilita a diferenciação entre água e gordura, explorando as características físicas distintas do sinal de ressonância magnética de cada uma das duas substâncias. Com isso, é possível determinar a quantidade de gordura e a água presente em uma determinada região do fígado, e, então, calcular a fração do lipídio.

Foto2-350O docente do IFSC-USP explica que um dos problemas da ERM se assemelha muito à limitação da biópsia: os dados são adquiridos apenas de uma pequena região do fígado, impossibilitando uma avaliação mais global do órgão. Além disso, para que seja possível maximizar a eficiência e acurácia da quantificação dos dados, é necessário que a aquisição seja feita em uma amostra estática: A desvantagem é que o paciente não consegue fazer apneia pelo tempo necessário, para que as medidas saiam sem nenhum artefato que possa comprometer a qualidade do sinal; não há como impedir o paciente de respirar por alguns minutos. Então, em razão desse detalhe, não conseguimos garantir a qualidade necessária para todos os pacientes, revela Fernando Paiva, que ressalta: Mesmo com esses e alguns outros problemas envolvendo movimentações, essa técnica tem se mostrado eficiente na avaliação da doença.

Imagem por Ressonância Magnética

Então, coloca-se a questão: uma vez comprovada a viabilidade da EMR, será que a imagem por ressonância magnética também pode ser um método não invasivo conclusivo nos diagnósticos de esteatose hepática? Fernando Paiva explica que essa técnica permite uma análise mais ampla do fígado, o que deve sanar algumas deficiências da biópsia e também da Espectroscopia. A IRM fornece uma imagem que cobre todo o fígado, o que permite verificar o padrão de distribuição da gordura ao longo de todo esse órgão, avaliando suas diferentes regiões de uma única vez.

O objetivo principal dessa foto1350pesquisa é permitir que a técnica de imagem por ressonância magnética, que tem se mostrado tão eficaz quanto às demais, permita a criação de um mapa de percentual de gordura localizada no fígado do paciente, para que se possa verificar, através de cores, a quantidade exata de água e lipídio. A ideia desse trabalho é avaliar as informações das diferentes regiões do fígado obtidas pelas técnicas de imagem, para que possamos verificar qual a eficiência dessa metodologia, quando comparada com a espectroscopia e a biópsia.

Tal como acontece com a técnica de EMR, também na imagem por ressonância magnética os pesquisadores têm tido dificuldades para realizar as análises, devido aos movimentos causados pela respiração dos próprios pacientes, já que uma aquisição típica de dados leva cerca de quatro minutos para oferecer resultados adequados. Outro fator problemático é o ferro: muitos pacientes de esteatose possuem acúmulo de ferro no fígado, que causa efeito negativo em exames com metodologias à base de ressonância magnética, comprometendo a qualidade dos dados e dificultando a correta avaliação do percentual de gordura.

Apesar das dificuldades, os primeiros resultados publicados na revista Plos One mostram que a técnica é promissora e deve se consolidar como uma alternativa não invasiva importante para avaliação de gordura hepática. Porém, Fernando Paiva diz que os pacientes de esteatose hepática só deverão aproveitar o conforto e agilidade dos exames através da técnica IRM, daqui a aproximadamente cinco anos, tempo que os pesquisadores estimam para validar as normas de segurança e minimizar os problemas da nova metodologia, que já foi aplicada em cerca de oitenta pacientes diabéticos voluntários. A vantagem da IRM é que, em um único exame, poderemos obter um panorama geral do órgão do paciente, conclui Fernando Paiva.

Para conferir o trabalho publicado na Plos One, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

20 de fevereiro de 2015

Inscrições abertas para curso de capacitação

Estão abertas, até 4 de março, as inscrições para o Programa Formação de Agentes Colaboradores da Inovação, iniciativa da Agência USP de Inovação que tem como objetivo capacitar técnicos de nível superior para tornarem-se colaboradores da Agência, auxiliando pesquisadores a identificar conhecimentos passíveis de se transformar em novas tecnologias e patentes.

Os participantes farão 16 horas de treinamento, distribuídas em dois sábados- 7 e 21 de março. Os treinamentos ocorrerão no anfiteatro do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) “Professor Sérgio Mascarenhas”, das 9 às 16 horas.

Os interessados deverão preencher o formulário de inscrição (clique aqui para acessá-lo) e enviá-lo, acompanhado de recomendação do superior imediato, chefe do departamento ou diretor, ao e-mail eventosinovacao@usp.br até a data limite de inscrição.

Assessoria de Comunicação

19 de fevereiro de 2015

Inscrições abertas para curso de capacitação

Agencia_USP_de_Inovacao-_logoEstão abertas, até 4 de março, as inscrições para o Programa Formação de Agentes Colaboradores da Inovação, iniciativa da Agência USP de Inovação que tem como objetivo capacitar técnicos de nível superior para tornarem-se colaboradores da Agência, auxiliando pesquisadores a identificar conhecimentos passíveis de se transformar em novas tecnologias e patentes.

Os participantes farão 16 horas de treinamento, distribuídas em dois sábados- 7 e 21 de março. Os treinamentos ocorrerão no anfiteatro do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) “Professor Sérgio Mascarenhas”, das 9 às 16 horas.

Os interessados deverão preencher o formulário de inscrição (clique aqui para acessá-lo) e enviá-lo, acompanhado de recomendação do superior imediato, chefe do departamento ou diretor, ao e-mail eventosinovacao@usp.br até a data limite de inscrição.

Assessoria de Comunicação

19 de fevereiro de 2015

São Carlos sedia primeira edição do G&GC-2015

gegccert124O Instituto de Física de São Carlos sediará, entre os dias 01 e 09 de agosto deste ano, a Advanced School on Glasses and Glass Ceramics (G&GC 2015), um evento internacional que reunirá alunos de mestrado e pós-doutorado que realizam pesquisas na área de vidros e vitrocerâmicos no Brasil e no exterior. A Escola é amparada pelo programa Escolas São Paulo de Ciência Avançada da FAPESP e organizada pelo Center for Research, Technology and Education in Vitreous Materials (CeRTEV), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da FAPESP, que reúne grupos de pesquisa do Departamento de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São Carlos (DEMa-UFSCar), do IFSC/USP, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e da UNESP.

Foram disponibilizadas cem vagas para estudantes de pós-graduação, sendo que cinquenta eram destinadas a alunos brasileiros e as demais a estudantes estrangeiros – esses participantes terão suas hospedagens pagas pela organização do evento. O objetivo da G&GC 2015 é oferecer aos alunos uma visão global dos principais avanços científicos e tecnológicos nesse campo, bem como os problemas e as perspectivas para pesquisas futuras. A G&GC 2015 trará palestras e aulas teóricas e práticas com renomados pesquisadores de diversos países, que deverão abordar temas como, por exemplo, fundamentos de estrutura, processos de relaxação, cristalização e propriedades, estrutura molecular, nano e microestrutura, processos dinâmicos, as propriedades mecânicas, ópticas, elétricas e biológicas dessas classes de materiais vítreos, entre outros assuntos. Após acompanharem essas palestras e treinamentos, os participantes deverão apresentar um pequeno trabalho de conclusão de curso.

Durante a G&GC 2015, os alunos terão Schneider300a oportunidade de visitar os laboratórios do CeRTEV na USP e na UFSCar, onde conhecerão as atividades de pesquisa desenvolvidas na área de vidros e vitro-cerâmicas e a infra-estrutura disponível.

O Prof. Dr. José Fabian Schneider, docente do Grupo de Ressonância Magnética do IFSC/USP e pesquisador do CeRTEV, diz que o evento é baseado em um dos programas da FAPESP que visa, além de formar os participantes, incrementar a visibilidade das instituições de pesquisa do Estado como polos de referência internacional. Uma equipe do CeRTEV montou o projeto da Escola, que foi apoiada pela FAPESP. A ideia é oferecer uma escola de excelência intensiva, com nove dias de duração.

A Escola deverá mergulhar os participantes em temas como propriedades de vidros, técnicas de análises e aplicações, incentivando a que todos interajam tanto com os colegas, quanto com os docentes. Além de assistirem as aulas, os estudantes terão a oportunidade de mostrar seu trabalho de pesquisa e discuti-lo com outros colegas e com pesquisadores. O interessante é que teremos especialistas internacionais que poderão contribuir à formação dos estudantes e dar visibilidade às pesquisas dos participantes brasileiros, diz o Prof. José Schneider.

fapesplo-250Essa interação entre cada participante poderá resultar na troca de experiências e na formação de redes de contatos, já que os alunos brasileiros e estrangeiros se misturarão de uma forma mais descontraída. Sendo assim, espera-se que essa relação entre pesquisadores nacionais e internacionais resulte, também, em novos projetos acadêmicos e contribua para que os jovens de todo o Brasil e do mundo conheçam as pesquisas de nível internacional que são realizadas na cidade de São Carlos. A nossa expectativa é que todos os estudantes tenham um bom aproveitamento da escola. O mais importante é que consigamos favorecer a colaboração entre os participantes porque, no futuro, isso significará mais fluidez de nossos projetos de colaboração com o exterior, através da rede de parcerias que poderá ser criada pelos alunos durante o curso.

Por fim, Schneider revela que poderá haver uma segunda edição da escola, com novos tópicos a serem abordados, caso haja um grande impacto e demanda nesta primeira edição.

Os seguintes docentes e pesquisadores apresentarão palestras no curso: Hellmut Eckert (Universidade de São Paulo/Brasil), Paulo Sergio Pizani (Universidade Federal de São Carlos/Brasil), Edgar Dutra Zanotto (Universidade Federal de São Carlos/Brasil), Prabhat Gupta (Ohio StateUniversity/Estados Unidos), José Pedro Rino (Universidade Federal de São Carlos/Brasil), Francisco Carlos Serbena (Universidade Estadual de Ponta Grossa/Brasil), Vincenzo M. Sglavo (University of Trento/Itália), Andrea Simone de Camargo Alvarez Bernardez (Universidade de São Paulo/Brasil), John Michael Ballato (ClemsonUniversity/Estados Unidos), Aswini Ghosh (Indian Association for the Cultivation of Sience/Índia), Steve Jung (Mo-Sci Corporation/Estados Unidos) e Alexander Priven (Corning Inc./Coréia).

O CeRTEV

Inserido entre os 17 CEPID (Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão) da FAPESP, o CeRTEV tem como objetivo mapear o “genoma” do vidro e desenvolver vidros e vitrocerâmicos funcionais através de pesquisas fundamentais sobre estrutura e propriedades, utilizando métodos de caracterização de materiais no estado da arte.

Constituído por catorze pesquisadores, que atuam na USP, UFSCar e UNESP, além de especialistas nas áreas de engenharia, química e física de materiais vítreos, nomeadamente em cristalização e em uma vasta gama de técnicas de caracterização funcional, o CeRTEV desenvolve materiais com novas funcionalidades, como, por exemplo, alta resistência mecânica e condutividade elétrica, atividade biológica e óptica ou catalítica.

Os 14 pesquisadores do Centro supervisionam aproximadamente cinquenta estudantes de graduação e pós-graduação envolvidos em pesquisas com vidros e vitrocerâmicos, inseridos em uma rede de colaborações nacionais e internacionais.

Clique AQUI para obter mais informações sobre a Advanced School on Glasses and Glass-Ceramics.

Assessoria de Comunicação

16 de fevereiro de 2015

IFSC recebe pesquisadores eslovacos da Universidade de Bratislava

O Instituto de Física de São Carlos recebeu, na manhã do dia 11 de fevereiro, uma delegação da Slovenská Technická Univerzita V Bratislave (STU) (Universidade Técnica da Eslováquia na Bratislava), com o intuito de firmar uma possível colaboração com essa universidade européia.

Eslovaquia1-300A delegação, constituída pelos pesquisadores do Instituto de Eletrônica e Fotônica daquela instituição, Peter Telek e Martin Donoval, e pelo parceiro externo daquela Universidade, Martin Visvader, foi acompanhada pelo Prof. Dr. Richard Garratt, docente do Grupo de Cristalografia do IFSC/USP e presidente da Comissão de Relações Internacionais (CRInt/IFSC), que apresentou as principais linhas de pesquisas e grupos da nossa unidade, bem como o número de alunos e docentes que integram o IFSC.

O pesquisador Martin Donoval salientou que a STU criou fortes colaborações com instituições de ensino superior e de pesquisa da União Européia, mas que agora a ideia é buscar novas parcerias com universidades fora da Europa, como, por exemplo, na América Latina e na área dos BRICS, sendo que o Brasil é um dos pontos de partida para buscar esses links cooperativos. As pesquisas desenvolvidas no Instituto de Física de São Carlos nos agradaram bastante, revelou o pesquisador, que acrescentou ter se interessado muito pelas atividades realizadas no Grupo de Óptica do IFSC/USP, já que uma das unidades da STU também desenvolve projetos na área de eletrônica e fotônica. Os pesquisadores eslovacos também se interessaram bastante pela área da cristalografia, em razão de sua interação com a área de química medicinal, principalmente, no auxílio para o desenvolvimento de novos fármacos – dedicados as doenças tropicais e negligenciadas.

Martin também explicou que na STU existem aproximadamente cinquenta especialistas das áreas de química e física que fazem pesquisas com lasers, LED’s, bem como com optoeletrônica. Por essa razão – e não só -, nós temos muito interesse em criar colaborações com o Instituto de Física de São Carlos, sendo que o foco é realizarmos estudos com semicondutores, métodos de caracterização, optoeletrônica e biossensores, entre outros, concluiu ele.

Além de poder render bons resultados para pesquisas realizadas conjuntamente no Brasil e na Eslováquia, essa possível parceria poderá permitir que os estudantes de ambas as instituições realizem intercâmbio, algo que, tanto o IFSC, quanto a STU, vêem com bons olhos em um futuro próximo.

A Slovenská Technická Univerzita V Bratislave

A STU, instituição pública fundada em 1937, recebe aproximadamente dezessete mil alunos por ano. Localizada na Eslováquia, a universidade agrega sete faculdades nas cidades de Bratislava e Trnava, sendo elas: Faculdade de Engenharia Civil; Faculdade de Engenharia Mecânica; Faculdade de Engenharia Elétrica e Informação Tecnológica; Faculdade de Química e Tecnologia de Alimentos; Faculdade de Arquitetura; Faculdade de Ciência de Materiais e Tecnologia; e Faculdade de Informática e Tecnologias de Informação.

Além das faculdades, a STU congrega os seguintes institutos: Instituto de Comunicação e Lingüística Aplicada; Instituto de Ciência da Computação e Matemática; Instituto de Engenharia Elétrica; Instituto de Eletrônica e Fotônica; Instituto de Engenharia Nuclear e Física; Instituto de Engenharia Elétrica e de Energia Aplicada; Instituto de Robótica e Cibernética; Instituto de Telecomunicações; e Instituto Tecnológico de Esportes.

Assessoria de Comunicação

16 de fevereiro de 2015

Estudo rende prêmio à docente do IFSC nos EUA

No Grupo de Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos do Instituto de Física de São Carlos (CCMC- IFSC/USP), uma das linhas de pesquisa refere-se ao estudo de materiais eletrocerâmicos e suas aplicações na indústria eletroeletrônica. Tais materiais podem ter dois formatos: o da cerâmica tradicional ou filmes finos, neste último caso utilizados para exercer funções específicas dentro de dispositivos diversos, como computadores, celulares etc.

Para transformar os materiais eletrocerâmicos em condutores elétricos, um dos processos conhecidos é a sinterização, no qual a cerâmica é prensada para adquirir um novo formato, passando posteriormente por um tratamento térmico que irá otimizar suas propriedades físicas e mecânicas.

Peko-_eletroceramicaNa sinterização tradicional, a cerâmica “verde” (sem tratamento térmico) é colocada num forno e aquecida a 1400ºC, consumindo grande quantidade de energia e tempo para transformar-se em eletrocerâmica. No método conhecido por Hot Isostatic, a temperatura de sinterização é menor (200ºC), comparada à convencional. Já através do método Two-step sintering, a temperatura de sinterização é baixa, porém o tempo do processo é grande (em torno de 20 horas), tornando esse método pouco eficaz.

Pelo grande consumo de tempo e energia gastos pelas técnicas tradicionais de sinterização, novos métodos têm sido criados e estudados por pesquisadores do mundo todo, e uma das promessas é a técnica conhecida como Eletric Field Assisted (em português, Sinterização assistida por corrente elétrica) que, como o próprio nome sugere, utiliza corrente elétrica para sinterizar materiais cerâmicos.

Métodos modernos mais eficientes

No universo de novas técnicas para sinterização, o docente do CCMC, Jean Claude M´Peko, durante um pós-doutoramento na University of Colorado at Boulder (EUA), realizado entre 2012 e 2014, aprofundou seus estudos na Eletric Field Assisted Flash Sintering, uma técnica de sinterização na qual um campo elétrico é aplicado sobre um metal condutor ou semicondutor para que a corrente elétrica que circulará nele seja aproveitada para sinterizar os materiais cerâmicos. “Esse método foi criado pelo professor Rishi Raj em 2010, com quem eu trabalhei durante o pós-doutoramento”, conta M´Peko.

M´Peko diz que o Flash Sintering não é um fenômeno bem compreendido. Na comunidade científica, a principal controvérsia a respeito da técnica seria sobre o responsável pela sinterização dos materiais: o campo elétrico aplicado aos metais ou a corrente elétrica que passa pela amostra cerâmica.

PekoPara tentar sanar essa questão, M´Peko aprofundou-se na técnica e estudou a Flash Sintering aplicada em uma cerâmica de Zirconia dopada com Yttria, célula combustível que, de acordo com M´Peko, será o futuro da gasolina. “Na realidade, nosso estudo focou-se na sinterização de um mesmo material para duas técnicas diferentes de sinterização: a Flash Sintering e a sinterização convencional. A intenção era entender melhor a primeira técnica. Utilizando também a técnica de espectroscopia de impedância, analisamos, em nível estrutural, quais propriedades do material eletrocerâmico foram alteradas”, elucida M´Peko.

Depois do experimento, algumas questões foram respondidas. Uma delas é que, após submetida à Flash Sintering, a cerâmica passou a ter alguns “defeitos”, responsáveis diretos por uma sinterização imediata do material. “Acredito que a temperatura influencie no resultado, mas é provável que o campo elétrico dê pontapé inicial ao processo”, opina M´Peko.

Reconhecimento internacional

Por seus estudos relacionados a uma técnica nova e- ao que tudo indica- promissora, M´Peko foi contempado, em agosto do ano passado, com o Hoffman Award Winners. Ele acredita que o mérito do trabalho em questão tenha sido a busca pela compreensão do fenômeno da Flash Sintering que, segundo M´Peko, já incita o apelo de muitas indústrias de eletroeletrônicos pelo mundo. “A Flash Sintering é um método novo, e a comunidade científica precisa entender a fenomenologia por trás dessa técnica. Já existem colaborações de estudiosos de diversos países e, inclusive, empresas interessadas em investir nela”, conta M´Peko.

Ele afirma que quanto melhor a compreensão do fenômeno por trás da Flash Sintering, melhor a otimização do método- dependendo, até o momento, do material que será utilizado. Como, neste caso, os materiais utilizados (cerâmicos) compõem grande parte dos utensílios que utilizamos regularmente, a Flash Sintering deve ter um grande número de estudiosos pela frente que, no futuro, devem abrir inúmeras possibilidades de aplicação. Fica a dica para os atuais- e futuros- cientistas.

14 de fevereiro de 2015

Comunidade do IFSC/USP vota em trabalhos artísticos de alunos

Na última semana, professores, alunos e funcionários do IFSC/USP votaram nas melhores fotografias e ilustrações de alunos de ensino fundamental e médio participantes da OBF – Olimpíada Brasileira de Física. Essa votação foi parte das Atividades Paralelas da VOTAO_OBF-300OBF, uma atividade que tem o objetivo de estimular os alunos que participaram das provas da OBF a despertarem para a Física e para a ciência em geral, através da arte.

O tema das Atividades Paralelas de 2014 foi A Luz na Vida e na Ciência, em homenagem ao Ano Internacional da Luz. O concurso, bastante amplo, inclui ilustrações, fotografias com tema livre e, também, desafios de física, que consistem em experimentos realizados por equipes de alunos coordenados por um professor.

As Atividades Paralelas da OBF são organizadas pela Dra. Wilma Barrionuevo e pelo Prof. Euclydes Marega, docentes do Grupo de Óptica do IFSC/USP, os quais trabalharam durante todo o ano de 2014 para garantir a organização e a logística de divulgação, orientação e recebimento das largas dezenas de trabalhos inscritos que foram enviados por escolas de todo o Brasil, a maioria dos quais com bastante qualidade artística e científica.

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Para que fosse representativa e justa, a votação foi realizada em três etapas. A primeira votação foi realizada por meio de um júri formado por fotógrafos e artistas plásticos, os quais julgaram a qualidade artística das fotos. O segundo júri, popular, consistiu no registro do número de curtições de cada foto no Facebook, onde qualquer pessoa poderia votar. A terceira votação, realizada no nosso Instituto, registrou mais os aspectos científicos dos trabalhos apresentados.

Os resultados foram bastante interessantes. As fotografias registraram mais os aspectos científicos. A primeira colocada pelo Júri Artístico registrou o reflexo de uma flor no olho (a). Já a primeira colocada pelo Júri científico (IFSC) consistiu na foto de um arco-iris formado por gotas de um irrigador (b). A segunda colocada trazia fenômenos de reflexo e de refração em bolhas de sabão (c). Finalmente, as terceiras colocadas foram as fotografias de um raio (d) e a formação de um arco-íris em um CD transparente (e).

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As ilustrações misturaram abordagens científicas e, também, lúdicas. Alguns dos alunos consideram como luz o momento de fecundação do óvulo e o momento do nascimento de um bebê.

De modo geral, foram enviados mais trabalhos em 2014, em todas as modalidades. Nos últimos dois anos, o aumento na participação de alunos foi de 2,2 vezes (de 68 para 151) no número de ilustrações. Já nas fotografias, o número de trabalhos foi 8 vezes maior (de 21 para 161).

Assessoria de Comunicação

13 de fevereiro de 2015

International Balzan Prize Foundation

Já estão abertas as inscrições para o Prêmio Balzan 2014, concedido anualmente a pesquisadores internacionais.

Balzan_prize-_logoPesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) que estiverem interessados em concorrer deverão entrar em contato com a Comissão de Pesquisa da Unidade, que enviará as indicações à Pró-Reitoria de Pesquisa da USP até 23 de fevereiro.

Concorrerão ao prêmio trabalhos com os seguintes temas: história da arte europeia, história econômica, oceanografia e física de partículas (incluindo observação de neutrino e raios-gama).

Para mais informações sobre o prêmio, acesse http://www.balzan.org/en

Assessoria de Comunicação

13 de fevereiro de 2015

IFSC/USP apóia Núcleo de Medicina Nuclear da SCMSC

O Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) vai colaborar ativamente com a Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC), agregando competências no Núcleo de Medicina Nuclear daquela unidade de saúde, nomeadamente disponibilizando técnicas que são desenvolvidas no citado Grupo e que complementam um diversificado número de terapias, como, por exemplo, no tratamento de mucosites e de câncer de pele.

Para o Prof. Vanderlei Bagnato, pesquisador e docente do Grupo de Óptica do IFSC-USP e coordenador do Instituto Nacional de Óptica e Fotônica (INOF) e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), embora o grupo não trabalhe com a área nuclear, o certo é que houve, com o decorrer do tempo, um desejo crescente, manifestado pelos próprios médicos, para que o Grupo viesse a colaborar com eles no sentido de colocar as tecnologias que são desenvolvidas no Instituto, em paralelo com as tecnologias de diagnóstico e tratamento que são utilizadas na SCMSC, tudo para melhorar a vida dos pacientes. Isso foi uma procura dos próprios médicos da Santa Casa, porque hoje nós atuamos em diversos centros brasileiros de câncer, com as técnicas de laser e terapia (terapia fotodinâmica, tratamento de feridas, etc.), fazendo com que nos juntemos a eles no sentido de conciliar com a pesquisa feita no Grupo. Todo o desenvolvimento é feito aqui no IFSC, sublinha Bagnato.

Ou seja, a filosofia adotada com a SCMSC será a mesma que norteou o Grupo de Óptica do IFSC-USP a criar e manter um Centro em Jaú, bem como outros que se encontram espalhados pelo País, onde o Grupo dará apoio com as técnicas que desenvolve e o serviço que presta, principalmente aos pacientes com câncer ou diabetes, através do desenvolvimento de tecnologias aplicáveis que possam beneficiar os cidadãos de São Carlos. Nossa diretriz sempre foi – e continuará a ser – a de realizar ciência e inovação com responsabilidade social. Isso significa que, toda vez que a ciência é capaz de levar algum benefício para a sociedade, ela vai e leva; coloca em prática. VANDERLEI_BAGNATO_-_FEV2015300Não estamos fazendo isso nos últimos três meses… Estamos fazendo nos últimos vinte e cinco anos, complementa Vanderlei Bagnato, que acrescenta, enfaticamente, que A ciência paga pelo povo tem que ter um retorno possível direto ao povo.

Contudo, embora a ação do Grupo de Óptica do IFSC-USP esteja consolidada em vários pontos do Estado de São Paulo e mesmo no País, o interessante é que na cidade de São Carlos essa ação é pouco significativa. Para o Prof. Bagnato, uma das explicações para esse fenômeno pode estar no fato do Campus da USP São Carlos não ter ainda uma área dedicada à saúde. São Carlos é o maior parque de indústria na área de óptica da América Latina. Então, conseguimos fazer uma interface muito grande entre a cidade e aquilo que dependia da área de exatas, que é o forte do nosso campus, e, hoje, os nossos trabalhos foram as sementes que geraram mais de mil postos de trabalho aqui na cidade e cerca de sete mil – indiretamente – com as empresas locais, enfatiza o pesquisador.

Ainda segundo nosso entrevistado, como o Campus USP São Carlos é muito forte em engenharia, física e química, ele cumpriu muito bem a sua parte de transferir a tecnologia para as empresas, mas, por não possuir uma área dedicada à saúde ou à educação, viu-se limitado a criar outras interfaces, que acabaram sendo feitas com outras regiões. Sem desprimor para ninguém, de fato é muito mais fácil você lidar com um médico que seja cientista, do que com um médico não cientista. Então, é muito mais fácil eu atuar com uma escola de medicina, do que com um hospital que não realiza pesquisa, diz Bagnato que nutre uma nova esperança no futuro, porque como atualmente existe uma Faculdade de Medicina e um desejo dos médicos em participar com ensaios clínicos e validação de certos protocolos, envolvendo seus pacientes – algo que seguramente levará largos benefícios para o tratamento dos mesmos. O panorama começa a mudar. Nós estamos já trazendo uma parceria com a saúde pública e nosso objetivo é trazer uma unidade da saúde pública para dentro do Campus USP de São Carlos, finaliza Vanderlei Bagnato.

Assessoria de Comunicação

12 de fevereiro de 2015

Pesquisadora mexicana aborda propriedades interfaciais

Na manhã do dia 12 de fevereiro, ocorreu, no Rocio_Sanchez_250Anfiteatro Novo do IFSC/USP, mais uma edição do Seminário Especial, desta vez, com a Dra. Rocío Aguilar-Sánchez, da Facultad de Ciencias Químicas, da Benemérita Universidad Autónoma de Puebla, Mexico, que apresentou a palestra Electron transport and reactivity through single molecule junctions – an STM approach –.

Entre os temas abordados na apresentação da Dra. Rocío Aguilar-Sánchez, destacaram-se as propriedades interfaciais e eletrônicas de sistemas moleculares imprensados entre dois eletrôdos.

Com início no século XVI, hoje a Benemérita Universidad Autónoma de Puebla oferece cursos na área de química, economia política, investigação e inovação educacional, sociologia, estratégia de comunicação, fiolosofia, história, engenharias, entre outros campos.

Assessoria de Comunicação

12 de fevereiro de 2015

Morre Val Fitch – Prêmio Nobel de Física

O Prêmio Nobel de Física de 1980, Val Fitch, faleceu no último dia 05 de fevereiro, aos 91 anos, em sua casa localizada na cidade de Nova Jersey, Estados Unidos. O físico nuclear era conhecido por ter explicado por que a antimatéria – colisão de matéria e do seu oposto – não destruiu o universo durante sua formação.

Entre as diversas contribuições do físico, destacam-se a natureza fundamental da matéria e das partículas físicas, a descoberta da matéria e antimatéria, que obedecem as leis da física de formas paralelas, e sua teoria sobre como ambas podem ter evitado sua aniquilação mútua, ao entrarem em contato no universo primitivo, deixando um resíduo que resultaria na formação das estrelas, galáxias e, inclusive, da vida. Estes feitos foram baseados em experimentos realizados por Val Fitch em 1964, em cooperação com o físico James Cronin.

Val Fitch nasceu em 10 de março de 1923, em Marreiman, Nebraska, e era o mais novo de três filhos criados por um casal formado por um criador de gado e uma professora. Durante sua trajetória profissional, Val foi presidente da Sociedade Americana de Física (1988-1989), cargo que sucedeu seu trabalho no Projeto Manhattan. Além disso, o físico nuclear colaborou na projeção do detonador para a bomba atômica que destruiu a cidade de Nagasaki, Japão, no fim da Segunda Guerra Mundial. Val era professor emérito da Princeton University, Nova Jérsei, Estados Unidos.

Assessoria de Comunicação

12 de fevereiro de 2015

Workshops do LABMAN – 2015

Estão abertas as inscrições para os workshops que antecedem o 1st Latin America Brain Mapping Network Meeting (LABMAN 2015), encontro organizado pelo Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicaslabman-200 da Universidade de São Paulo, em parceria com a Organization for Human Brain Mapping (OHBM), que será realizado entre os dias 13 e 14 de março. O LABMAN 2015, que será aberto a qualquer pessoa interessada, reunirá grupos de pesquisa sobre neurociência da América Latina, além de especialistas do Reino Unido, Holanda, Alemanha e Estados Unidos.

O dia 13 de março, primeiro dia do encontro, será dedicado a discussão sobre os métodos de imagem cerebral, enquanto que no segundo dia serão abordadas as técnicas de mapeamento cerebral. Para isso, os especialistas abordarão temas como imagem atômica e funcional do cérebro humano, medicina translacional, análise de imagens e eletrofisiologia, neuroimagem, ressonância magnética, modelagem computacional de dados de imagem cerebral funcional, o cérebro multimodal em ações de saúde, os campos magnéticos para anatomia e função de imagem cerebral, entre outros tópicos.

No dia 12 de março, os workshops que antecedem o encontro, serão divididos em quatro categorias, sendo elas: BESA, EEG-fMRI, fNIRs e FreeSurfer. No BESA, será apresentado o uso básico de software BESA, enquanto que no EEG-fMRI será ministrado os conceitos essenciais de ressonância magnética funcional (fMRI), da eletroencefalografia (EEG), bem como da combinação de ambos os métodos (EEG-fMRI). Já o curso fNIRS introduzirá os fundamentos da funcional Near-Infrared Spectroscopy (fNIRS), ferramenta invasiva que tem se tornado valiosa como método da área de neurociência. Além desses cursos, o FreeSurfer será ministrado por quatro docentes do Martino’s Center Lab, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), EUA, que abordarão os conceitos básicos do software FreeSurfer.

Os seguintes nomes constituem o comitê organizador do encontro: Edson Amaro Jr. (Presidente), Jorge Armony (Presidente Eleito), Fernanda Tovar Moll (Secretária), Erika Proal (Secretária Eleita), Gonzalo Rojas (Tesoureiro), Maria de Iglesia Vayá e Maria Luisa Bringas (Tesoureiras Eleitas), Andrea Cristina de Lima-Pardini, Catarina Boffino, Emily Castro, Theo Marins, Katerina Lukasova, Kelly Cotosck, Lucas Lessa, Marcelo Camargo Batiztuzzo, Maria da Graça Martin, Mariana Nucci Silva, Paulo Rodrigo Bazán, Raymundo Machado de Azevedo Neto e Renata Ligia Guedes.

O período para submissão de resumos ao 1st Latin America Brain Mapping Network Meeting encerra-se em 20 de fevereiro, e deve ser enviado para o e-mail contact@labman.org.

Para se inscrever aos workshops do LABMAN 2015, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

11 de fevereiro de 2015

Imagem não-linear é discutida por pesquisador do Institut Fresnel

Na tarde do dia 11 de fevereiro, o Instituto de Hilton250Física de São Carlos recebeu, na sala F-210, o Dr. Hilton B. de Aguiar, do Institut Fersnel, França, que ministrou o Seminário Especial intitulado Nonlinear imaging in turbid biological media: depolarization effects and superpenetration, em que apresentou os recursos atuais de imagem não-linear, tendo também discutido um estudo sobre os efeitos de despolarização.

Sediado na Aix Marseille Université, França, o Institut Fresnel é o resultado da fusão de três laboratórios voltados a pesquisas na área de fotônica, eletromagnetismo e imagem. As atividades de pesquisa ainda incluem fibras fotônicas e meta-materiais, segmentação ativa e processamento multidimensional, reconstrução eletromagnética e microondas, danos a laser e biofotônica, entre outros temas.

Assessoria de Comunicação

11 de fevereiro de 2015

“Luz, Ciência e Ação”

Luz, Ciência e Ação: este é o tema central definido para a 67ª. Reunião Anual da SBPC, um evento que acontecerá entre os dias 12 e 18 de julho de 2015 ,no campus da Universidade Federal de São Carlos, em São Carlos.

O tema escolhido é alusivo ao Ano Internacional da Luz, que em 2015 será celebrado em diversos países, por decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em reconhecimento à importância das tecnologias associadas à luz na promoção do desenvolvimento sustentável e na busca de soluções para os desafios globais nos campos da energia, educação, agricultura e saúde.

Para obter mais informações sobre o evento, clique AQUI.

Assista ao VÍDEO DE DIVULGAÇÃO.

Assessoria de Comunicação

11 de fevereiro de 2015

Novo colaborador

Renato_VitalinoA partir de 9 de janeiro, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) conta com novo servidor: Renato Vitalino Gonçalves, docente admitido junto ao Grupo de Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos (CCMC).

O IFSC dá boas-vindas ao novo colaborador.

Assessoria de Comunicação

11 de fevereiro de 2015

Atualização da Produção Científica do IFSC

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em janeiro de 2015, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Neurocomputing.

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Assessoria de Comunicação

10 de fevereiro de 2015

SPRINT – São Paulo Researchers in International Collaboration

As colaborações internacionais em pesquisa sprint-200apoiadas pela FAPESP contam, a partir de agora, com o SPRINT – São Paulo Researchers in International Collaboration, uma estratégia de organização que consiste no anúncio simultâneo de oportunidades de colaboração internacional com diversos parceiros da FAPESP.

O programa SPRINT tem como principais objetivos, estimular e promover o avanço da pesquisa científica por meio do engajamento dos pesquisadores vinculados a instituições de pesquisa do Estado de São Paulo com pesquisadores parceiros no exterior, bem como oferecer financiamento para a fase inicial de colaborações internacionais em pesquisa, com expectativas claras de que a próxima fase seja a apresentação, pelos pesquisadores do Estado de São Paulo, de propostas de pesquisa nas linhas regulares da FAPESP para a continuidade da pesquisa iniciada no âmbito do SPRINT e consequente consolidação da parceria.

A partir de financiamento inicial (“seedfunding”), espera-se a sustentabilidade das novas colaborações.

fapespb-200Anualmente serão abertas quatro chamadas com data limite para apresentação de propostas sempre na última segunda-feira de cada um dos seguintes meses: janeiro, abril, julho e outubro, pelo que o citado programa traz excelentesoportunidades de cooperação com várias universidades, com as quais os pesquisadores do IFSC-USP já têm interação.

As quatro chamadas referentes ao ano de 2015 já estão disponíveis, conforme os links abaixo.

Chamada SPRINT 1/2015

Chamada SPRINT 3/2014

Chamada SPRINT 2/2014

Todas as questões relacionadas a este Programa deverão ser direcionadas para: sprint@fapesp.br

Clique AQUI para acessar todas as informações relativas ao SPRINT – São Paulo Researchers in International Collaboration.

Assessoria de Comunicação

9 de fevereiro de 2015

Prazo para inscrição antecipada termina em março

ibro-2015-200Ocorrerá entre os dias 7 e 11 de Julho, pela primeira vez na América Latina, no Centro de Convenções SulAmérica (RJ), o 9th World Congress International Brain Research Organization (IBRO 2015), cujo prazo para inscrição antecipada e submissão de resumos termina em 13 de março.

O evento, que reunirá estudantes do ensino superior e pesquisadores de diversos países, discutirá as principais pesquisas desenvolvidas durante os últimos anos na área de neurociência. Para aprofundar a compreensão da estrutura e função do cérebro, o congresso trará em sua programação, palestras, simpósios e mini-simpósios com especialistas nacionais e internacionais, bem como apresentação de pôsteres.

O comitê organizacional local é constituído por Roberto Lent (Brasil), Cecilia Hedin-Pereira (Brasil), Luiz Eugenio Mello (Brasil) e Stevens Rehen (Brasil). Enquanto que o comitê de programa é formado por Rafael Linden (Brasil), Christian Giaume (França), Megan Holmes (Escócia), Christine van Broeckhoven (Bélgica), Um-Ming Poo (Estados Unidos), Min Zhuo (Canadá), Keiji Tanaka (Japão), Freda Miller (Candá), Andrew Schwartz (Estados Unidos), Roberto Lent (Brasil) e Dora F. Ventura (Brasil).

Odesenvolvimento da neurociência no Brasil

Um dos pioneiros da neurociência no Brasil foi o Prof. Miguel Rolando Covian. Em 1955, o docente veio da Argentina ao Brasil, onde assumiu a direção do Departamento de Fisiologia e Biofísica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sediado em Ribeirão Preto (SP).

Miguel Covian tinha vasto conhecimento no campo da neurociência, tendo sido um dos criadores da neuroendocrinologia e compartilhado suas experiências com diversos docentes, como o Prof. Antunes-Rodrigues, atual presidente da Sociedade Brasileira de Fisiologia, que também colabora com a disseminação da neurociência pelo Brasil, através de especialistas que trabalharam ou ainda atuam em diversas universidades do país.

Atualmente, a neurociência conta com grupos de pesquisa bastante reconhecidos em diversos estados do Brasil contando ainda com o apoio de instituições, como, por exemplo, a Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC), Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (FAPERJ), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e JZ Brasil.

Para conferir a programação e outras informações referentes ao IBRO 2015, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

9 de fevereiro de 2015

Instituto de Física de São Carlos participa de rede internacional

milho-200O Instituto de Física de São Carlos tem cooperado com o projeto Monitoring Genetically Modified Organisms in Food and Feed by Innovative Biosensor Approaches, uma iniciativa coordenada pela Universidade do Porto, Portugal, através da pesquisadora Profa. Dra. Cristina Delerue-Matos, cujo objetivo principal é criar uma rede ativa de colaboração, intensificando e promovendo o intercâmbio de pesquisadores entre instituições da Europa e América Latina.

Essa rede, composta por centros de pesquisas e universidades de Portugal, Espanha, França, Brasil e Argentina, também tem o intuito de desenvolver novos nanobiossensores e dispositivos baseados em nanomateriais que poderão analisar a presença de organismos geneticamente modificados (OGM’s) em alimentos e produtos biotecnológicos. Em determinadas quantidades, os OGM’s podem causar diversos danos à saúde, entre os quais, numerosos tipos de alergias e até poluição do meio ambiente.

Além do intercâmbio entre os profissionais que atuam nessa área, o projeto tem promovido workshops BEATRIZ1-200que contribuem para a difusão do conhecimento, principalmente dentro da comunidade científica. Durante o mês de janeiro, o Prof. Dr. Valtencir Zucolotto (IFSC-USP), coordenador do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do IFSC, recebeu a Profa. Dra. Beatriz Lópes-Ruiz, especialista na área farmacêutica e docente da Universidad Complutense de Madrid (Espanha). Atualmente, o docente trabalha com a pesquisadora Maria Cristina Freitas, do Instituto Superior de Engenharia do Porto – ISEP (Portugal), que tem realizado estudos sobre o controle de qualidade de alimentos no IFSC-USP.

LT-150A docente Beatriz Lópes-Ruiz, que se surpreendeu com a qualidade da infraestrutura do IFSC-USP, se mostra bastante esperançosa com o impacto que o projeto pode causar, já que há uma grande mobilidade da comunidade científica, com grupos trabalhando em várias vertentes dessa pesquisa e facilitando a colaboração entre cada instituição envolvida. A jovem pesquisadora Maria Cristina Freitas já finalizou o seu mestrado em Portugal e pretende iniciar seu doutorado no IFSC, em razão de sua estadia em nossos laboratórios – fator que reforça o conceito de intercâmbio proposto pela iniciativa.

O Prof. Valtencir Zucolotto ZUCO1-300sublinha que o Instituto de Física de São Carlos tem recebido alunos de Portugal, Espanha, Suíça, e de diversos outros países europeus e latino-americanos, envolvidos neste e em outros projetos. Além disso, ele conta que a Unidade já desenvolveu sistemas que detectam a quantidade de proteínas relacionadas aos Organismos Geneticamente Modificados. O IFSC tem colaborado com esse projeto de maneira bastante importante, recebendo pesquisadores e desenvolvendo esse tipo de tecnologia, sendo que esse trabalho tem oferecido uma visibilidade internacional para o nosso Instituto, através de um tema que é bastante relevante em termos mundiais, afirma.

Outra MARIA1-200vertente bastante importante dessa rede é sua contribuição à saúde pública. Além das técnicas desenvolvidas no IFSC, outros grupos da rede já projetaram novos dispositivos que também detectam a quantidade de transgênicos nos alimentos. Na União Européia existe uma legislação direcionada a alimentos biotecnológicos. Se um produto alimentício tem mais de 0,9% de transgênicos em sua composição, deve haver uma etiqueta alertando o consumidor, explica a pesquisadora Maria Cristina. Nos Estados Unidos, esse processo é facultativo a partir de 0,5%, enquanto que no Brasil a quantidade é raramente identificada nas embalagens dos alimentos. Mesmo assim, Maria Cristina acredita que o alerta nas embalagens poderá vigorar em nosso país: No Brasil, já tenho encontrado muitos pacotes de alimentos com o alerta de transgênicos, diz.

O trabalho em questão deverá ser finalizado em outubro, mas Beatriz garante que há chances de renová-lo: Espero que possamos solicitar outro projeto para continuarmos com essa proposta. Assim que terminarmos as apresentações dos workshops, estaremos em contato periodicamente com nossos parceiros, através de vídeo-transferência, para atualizarmos todo o trabalho conjunto, conclui Beatriz.

Além do Instituto de Física de São Carlos, a Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Parnaíba, também representa o Brasil na rede internacional.

Assessoria de Comunicação