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2 de março de 2015

Funcionário do IFSC é aprovado no vestibular

Os dias de trabalho do funcionário do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) Welson Luciano Coelho, servidor do Instituto desde 2010, costumam ser movimentados. Lotado no Serviço de Expediente, Welson é responsável pelo recebimento e postagem de correspondências, encaminhamento e distribuição dos malotes, além da “alimentação” do sistema Columba, software criado para o envio e recebimento de documentos eletrônicos.

UFSCar-_logoSua rotina, no entanto, está prestes a mudar, e ficar ainda mais agitada. Isso porque Welson foi recentemente aprovado no curso de Educação Física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e suas aulas, que serão ministradas no período noturno, ocuparão praticamente todo tempo restante do funcionário, que trabalha no IFSC das 8 às 17h.

Mas ele não se importa com os dias corridos que terá pela frente. Tomado pela felicidade de ter sido aprovado numa excelente universidade pública, o gosto dessa vitória é especial para o futuro educador físico que, durante toda vida, estudou em escolas públicas e, no ano passado, não teve tempo para se preparar para o Enem, processo seletivo adotado pelas universidades federais para o ingresso nos cursos. “Somente durante a semana que antecedeu o Enem é que consegui abrir alguns livros e revisar alguns assuntos”, relembra.

Mas como ingressar num curso concorrido de uma universidade pública sem ter estudado incontáveis horas, como é o costume dos vestibulandos? Welson tem a resposta na ponta da língua: sua bagagem de conhecimentos adquirida durante o ensino médio, graças a um projeto de complementação de aulas, coordenado à época, coincidentemente, por uma docente do IFSC, Yvonne Primerano Mascarenhas. “Os alunos da Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC iam até minha escola e ministravam aulas de matemática, física e química, e alunos do curso de letras da UFSCar nos davam aulas de redação”, conta. “Acredito que somente com o ensino regular de minha escola eu não estaria aqui, hoje. Por isso, devo muito à professora Yvonne”.

E, realmente, os fatos comprovam que o ensino recebido por Welson no ensino médio, há nove anos, foi bem absorvido. Sua nota no Enem foi extremamente satisfatória e lhe rendeu aprovação imediata no curso de Educação Física.

Welson_e_YvonnePorém, essa não é a primeira aprovação de Welson no vestibular. Em 2007, ele foi aprovado no Bacharelado em Informática no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), mas, pela falta de afinidade com o curso, após dois anos, desistiu de finalizá-lo. Passados seis anos, ele começou a frequentar academias e eventos relacionados à educação física e teve a certeza de que esse era o diploma que gostaria de ter em casa. “Pela primeira vez em minha vida, comecei a me interessar de verdade por um assunto. Passei a ler livros a respeito e me apaixonei pela área”, conta.

Mesmo que sua futura graduação não tenha a ver com o serviço que realiza na USP, Welson afirma que sua rotina profissional será afetada de forma positiva. “A partir do momento em que terei ainda mais responsabilidades, sobrará menos tempo para distrações. Isso, com certeza, aumentará minha produtividade e meu ânimo, inclusive no trabalho”, afirma Welson.

Como servidor em uma universidade, a influência do meio acadêmico já pode ser sentida na vida de Welson. Ele conta que, quando concluir a graduação, já tem planos de fazer pós-graduação e seguir carreira de pesquisador. “Isso é algo que me atrai bastante”, diz.

Sem dúvidas, o futuro reserva muitas novas possibilidades a Welson. E mesmo ansioso pelo que está por vir, o funcionário não se esquece do que foi aprendido no passado e tornou possível sua atual conquista. E, sobre isso, ele finaliza com a seguinte mensagem: “Quando você tem um aprendizado sólido, não se esquece do que aprendeu e leva para sempre. Todo aprendizado que tive no ensino médio foi um divisor de águas em minha vida”, conclui.

Imagem: Yvonne Mascarenhas e Welson Coelho

Assessoria de Comunicação

27 de fevereiro de 2015

Prêmios Bernhard Gross, Paulo Freire e Horácio C. Panepucci

destaque-calouros200O auditório Prof. Sérgio Mascarenhas recebeu, na manhã do dia 24 de fevereiro, os calouros do Instituto de Física de São Carlos, em um encontro amistoso com os Profs. Drs. Tito José Bonagamba, atual Diretor do IFSC/USP, e Luís Gustavo Marcassa, Presidente da Comissão de Graduação da nossa Unidade.

Em seu discurso, Tito Bonagamba agradeceu aos docentes, funcionários e alunos veteranos que têm cooperado com o IFSC na recepção dos calouros, tendo destacado o histórico do Instituto de Física de São Carlos, uma Unidade que nasceu na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), tendo se juntado, posteriormente, ao Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), até ter se tornado uma instituição independente da USP, em 1994. O IFSC conviveu bastante com a EESC e IQSC, o que possibilitou que contribuíssemos com o crescimento das unidades. Essas parcerias foram fundamentais para o nosso Instituto, salientou TITO-350Tito. Obviamente, após falar sobre a história do IFSC/USP, foi preciso mencionar também os Profs. Drs. Yvonne e Sérgio Mascarenhas, pioneiros do nosso Instituto e que chegaram a São Carlos ainda na década de 1950, tendo cooperado com o desenvolvimento e crescimento da Unidade até os dias atuais.

O diretor também frisou a intensa atuação do Instituto em pesquisa básica e aplicada, bem como no seu caráter inter e multidisciplinar. O corpo docente, constituído por professores brasileiros e estrangeiros, também foi lembrado pelo diretor, que destacou a qualidade administrativa do IFSC/USP e sua pós-graduação, que há quarenta anos recebe notas prestigiosas da CAPES*. Além disso, Tito Bonagamba dissertou sobre a infraestrutura do IFSC, sua proximidade com a sociedade, bem como a empregabilidade, tendo em vista que, hoje, ex-alunos do Instituto exercem cargos tanto em empresas spin-off – fundadas por docentes e pesquisadores do IFSC, como a Opto Eletronics, sediada em São Carlos -, quanto em empresas multinacionais e em instituições de ensino superior.

Seguidamente, o Prof. Luís Gustavo Marcassa falou sobre a Comissão de Graduação do IFSC/USP, tendo incentivado a presença dos calouros nos colóquios e eventos promovidos e organizados pelo Instituto de Física de São Carlos. Posteriormente, o docente do Grupo de Fotônica do IFSC abordou a nova etapa da vida desses estudantes que agora deixam a adolescência para entrarem na fase da vida adulta. Trabalhem e aproveitem bastante esse ritual de passagem.

LNUNES-350Após o encontro, os novos alunos do IFSC/USP assistiram à palestra A Física de ontem e a Física de amanhã, apresentada pelo Prof. Dr. Luiz Nunes de Oliveira, docente do Grupo de Física Teórica do Instituto de Física de São Carlos. Em sua apresentação, o docente falou sobre algumas das pesquisas que marcaram a história da ciência, como, por exemplo, o fenômeno do arco-íris, que foi a primeira explicação científica de René Descartes, no século XVI; e a invenção da máquina a vapor, realizada por James Watt no século XVII.

Luiz Nunes, que se formou em física na primeira turma do IFSC/USP, também é membro da Academia Brasileira de Ciência – ABC e do corpo editorial da Brazilian Journal of Physics. Além de graduação e mestrado em Física pela USP, o docente tem pós-doutorado pela University of California System, Estados Unidos, e pela Ohio State University, também nos Estados Unidos.

Prêmios Bernhard Gross, Paulo Freire e Horácio Carlos Panepucci – 2015

Igualmente integrada na programação da XVII Semana de Recepção aos Calouros 2015, o Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas recebeu, nesse mesmo dia, a cerimônia de entrega dos Prêmios Bernhard Gross, Paulo Freire e Horácio Carlos Panepucci, um evento que contou, na abertura, com as palavras de boas vindas do PREMIO_1-350Presidente da Comissão de Graduação do IFSC/USP, Prof. Dr. Luis Gustavo Marcassa. Coube ao Prof. Dr. Luiz Nunes de Oliveira abrir a sessão, recordando a vida e obra do Prof. Dr. Bernhard Gross, pesquisador que deixou sua notável marca no Instituto de Física de São Carlos e que dá nome ao prêmio que, anualmente, distingue os melhores alunos dos cursos do IFSC/USP.

Curso de Bacharelado em Física:

O Prêmio Bernhard Gross para o melhor desempenho acadêmico ao longo de todo o curso foi para Paulo César Ventura da Silva, e o de melhor desempenho acadêmico no ano de 2014, para Gabriela Fernandes Martins. As distinções foram entregues pelo Prof. Dr. Lidério Ioratti Júnior.

Curso de Bacharelado em Física Computacional:

O Prêmio Bernhard Gross para o melhor desempenho acadêmico ao longo de todo o curso foi para Milena Menezes Carvalho (representada por Jessica Dipold), e o de melhor desempenho acadêmico no ano de 2014, para Gabriel de Freitas Soga. As distinções foram entregues pelo Prof. Dr. Luiz Nunes de Oliveira.

Curso de Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares

O Prêmio Bernhard Gross para o melhor desempenho acadêmico ao longo de todo o curso foi para Marcelo Saito Nogueira, e o de melhor desempenho acadêmico no ano de 2014, para Amanda Sofie Rios. As distinções foram entregues pela Profa. Dra. Ana Paula Ulian Araújo.

Curso de Licenciatura em Ciências Exatas

O Prêmio Bernhard Gross para o melhor desempenho acadêmico ao longo de todo o curso foi para Ellen Betoni Momo, e o de melhor desempenho acadêmico no ano de 2014, para Patrícia Fernanda Rossi. As distinções foram entregues pela Profa. Dra. Cibelle Celestino Silva.

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Prêmios Paulo Freire e Horácio Carlos Panepucci

A Mesa de Honra desta cerimônia foi constituída pelos Profs. Drs. Luiz Nunes de Oliveira, que PREMIO_3-350representou o Diretor do IFSC/USP (coordenação do Bacharelado em Física Computacional), Cibelle Celestino Silva (coordenação do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas), Ana Paula Ulian de Araújo (coordenação do Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares), Lidério Ioratti Júnior (coordenação do Bacharelado em Física), Germano Trimiliosi Filho (Diretor do Instituto de Química de São Carlos), Maria Cristina Ferreira de Oliveira (Vice-Diretora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação) e Luis Gustavo Marcassa (Presidente da Comissão de Graduação do IFSC/USP).

Antecedendo a entrega dos prêmios, coube à Profa. Dra. Ana Cláudia Kasseboehmer recordar a vida e obra do Prof. Paulo Freire, o mesmo acontecendo com a figura do inesquecível Prof. Dr. Horácio Carlos Panepucci, que além de ter sido um pesquisador de renome do nosso Instituto, assumiu, por dois mandatos, o cargo de Diretor do IFSC/USP, uma vida e obra devidamente recordada, por vezes com relatos emocionados feitos pelo Prof. Dr. Cláudio José Magon, seu ex-aluno.

Prêmio Paulo Freire

Os professores homenageados com o Prêmio Paulo Freire foram eleitos através de votação ocorrida entre os alunos durante o fim do segundo semestre de 2014 e os resultados foram os seguintes:

Curso de Licenciatura em Ciências Exatas:

Prêmio Paulo Freire para a Profa. Dra. Ana Cláudia Kasseboehmer, entregue por Gabriela Bueno Denari, em representação dos alunos que ingressaram em 2011;

Prêmio Paulo Freire para PREMIO_4-350a Profa. Dra. Regilene Delazari dos Santos Oliveira, entregue por Gevair Norberto de Souza, em representação dos alunos que ingressaram em 2012;

Prêmio Paulo Freire para o Prof. Dr. José Fernando Fontanari, entregue por Paulo Eduardo Moretti, em representação dos alunos que ingressaram em 2013;

Prêmio Paulo Freire para a Profa. Dra. Sueli Mieko Tanaka Aki, entregue por Victor José de Oliveira e Caio Vinicius Sgobe, em representação dos alunos que ingressaram em 2014;

Prêmio Paulo Freire para o servidor do IFSC/USP, Rodrigo Coppi, entregue por Patrícia Fernanda Rossi, em representação dos alunos do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas.

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Prêmio Horácio Carlos Panepucci

Curso de Bacharelado em Física:

Prêmio Horácio Carlos Panepucci para o Prof. Dr. Rodrigo Gonçalves Pereira, entregue por Matheus Schossler, em representação dos alunos que ingressaram em 2011;

Prêmio Horácio Carlos Panepucci para o Prof. Dr. José Fabian Schneider, entregue por Iago Israel, em representação dos alunos que ingressaram em 2012;

Prêmio Horácio Carlos Panepucci para o Prof. Dr. Daniel Augusto Turolla Vanzella, entregue por Clara Tessaroli Borges, em representação dos alunos que ingressaram em 2013;

Prêmio Horácio Carlos Panepucci para o Prof. Dr. Carlos Henrique Grossi, entregue por Humberto Ribeiro, em representação dos alunos que ingressaram em 2014;

Curso de Bacharelado em Física Computacional:

PREMIO_5-350Prêmio Horácio Carlos Panepucci para o Prof. Dr. Alberto Tannús, entregue por Marlon Melhado, em representação dos alunos que ingressaram em 2011;

Prêmio Horácio Carlos Panepucci para o Prof. Dr. Carlos Antônio Ruggiero, entregue por Leonardo Giovanni Prati, em representação dos alunos que ingressaram em 2012;

Prêmio Horácio Carlos Panepucci para o Prof. Dr. Gonzalo Trevieso, entregue por Gabriel Soga, em representação dos alunos que ingressaram em 2013;

Prêmio Horácio Carlos Panepucci para o Prof. Dr. Leonardo Paulo Maia, entregue por Jacque Guaruti, em representação dos alunos que ingressaram em 2014;

Curso de Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares:

Prêmio Horácio Carlos Panepucci para o Prof. Dr. Rafael Victório Carvalho Guido, entregue por Mariana Lopes, em representação dos alunos que ingressaram em 2011;

Prêmio Horácio Carlos Panepucci para o Prof. Dr. Alessandro Silva Nascimento, entregue por Nicolau Palma, em representação dos alunos que ingressaram em 2012;

Prêmio Horácio Carlos Panepucci para o Prof. Dr. PREMIO_6-350Luis Nunes de Oliveira, entregue por André Zimermmane, em representação dos alunos que ingressaram em 2013;

Prêmio Horácio Carlos Panepucci para o Prof. Dr. Valdir Antônio Menegatto (representado pela Profa. Dra. Maria Cristina Ferreira de Oliveira), entregue por Camila Tanimoto, em representação dos alunos que ingressaram em 2014;

Prêmio Especial Horácio Carlos Panepucci – Habilitação em Óptica e Fotônica, para o Prof. Dr. Cleber Renato Mendonça, entregue por Pablo Gabriel Santos Dias, em representação dos alunos do segundo, terceiro e quarto ano;

Prêmio Especial Horácio Carlos Panepucci – Melhor Monitor das Disciplinas Ministradas em 2013, para Guilherme Araújo, entregue por Iago Israel.

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Esta cerimônia finalizou com uma representação teatral levada à cena pelo grupo Atuando em Si.

*Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

Assessoria de Comunicação

27 de fevereiro de 2015

IFSC/USP foi destaque em 2013

O Instituto de Física de São Carlos, através de seus docentes e servidores, foi destaque, em 2013, em diversas atividades de cultura e extensão devidamente assinaladas e reconhecidas institucionalmente pela Universidade de São Paulo, através da sua Pró-Reitoria de Cultura e Extensão.

Desta forma, indo ao encontro à promoção da qualificação das ações e atividades promovidas pela USP, os citados destaques foram para o Prof. Dr. Luiz Agostinho Ferreira, responsável pelo programa Ciência às 19 Horas, os Profs. Drs. Antonio Carlos Hernandes e Eduardo Ribeiro de Azevêdo, responsáveis pelo programa Universitário por um Dia, juntamente com o Educador Herbert Alexandre João e o Licenciado Cláudio Boense Bretas; o Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, responsável pela organização da 4ª Semana da Escrita Científica e o Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, responsável pela organização da Semóptica 2013 – XIII Semana da Óptica.

Ao fazer este reconhecimento, a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP fez questão de reafirmar seu compromisso em fortalecer a valorizar as atividades de cultura e extensão, colocando-as como um dos pilares da Universidade, equânime com o ensino e pesquisa.

Assessoria de Comunicação

26 de fevereiro de 2015

Novos alunos visitam o IFSC e assistem à Aula MAGNA

Visita-250Nessa quarta-feira, 25 de fevereiro, os novos alunos do Instituto de Física de São Carlos realizaram uma visita guiada aos Laboratórios de Ensino e Pesquisa, bem como à biblioteca do IFSC/USP, tendo, também, assistido a uma Aula MAGNA com o Prof. Luiz Davidovich, docente do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ambos os eventos integraram a programação da XVII Semana de Recepção aos Calouros da USP – 2015.

Em sua Aula, ministrada no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, do Instituto de Física de Luiz-250São Carlos, Luiz Davidovich abordou três trabalhos da Academia Brasileira de Ciências que são baseados em um tema no qual o docente tem se dedicado parcialmente: a educação superior. Na ocasião, o Prof. Davidovich destacou alguns sucessos envolvendo a educação no Brasil, tendo também abordado o atual estado do ensino em nosso país, tendo falado ainda sobre os cientistas brasileiros e estrangeiros e a reforma da educação superior no Brasil.

Luiz Davidovich tem graduação em física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, e doutorado, também na área de física, pela University of Rochester, Estados Unidos. Atualmente ele é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde atua com emaranhamento quântico, descoerência, dispositivos para computação publico-250quântica, reconstrução de estados quânticos, teoria do laser e metrologia quântica. O docente também é membro da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento (TWAS) e da National Academy of Sciences (EUA). Já foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, tendo também recebido o Prêmio TWAS de Física, o Prêmio Álvaro Alberta, pelo CNPq, e a Medalha Tamandaré, pela Marinha do Brasil.

Assessoria de Comunicação

26 de fevereiro de 2015

IFSC ganha prêmio em Cuba

Há quatro anos, em 2011, o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Antonio Carlos Hernandes, oficializou um projeto de divulgação científica, iniciado em 2000 no Grupo Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos (CCMC): o Laboratório de Difusão Científica (LaDiC). “O LaDiC é a materialização de um grande esforço de divulgação científica que realizamos por meio de nosso CEPID* de Materiais Cerâmicos, hoje Materiais Funcionais”, explica Hernandes.

Cuba-_bandeiraDos diversos frutos resultantes do projeto, que tem como objetivo principal a divulgação e difusão da ciência a alunos e professores do ensino médio de escolas públicas, deu-se início a uma parceria entre pesquisadores brasileiros e cubanos, iniciada em 2010, com o projeto intitulado “Desenvolvimento e avaliação de estratégias que visam estimular o ingresso de estudantes do ensino médio na carreira de física: um estudo nas cidades de São Carlos (Brasil) e Santiago (Cuba)”.

Dentre os diversos colaboradores desse projeto, que teve duração de dois anos (2010-2012), esteve a atualmente pós-doutoranda do Instituto de Química de São Carlos (IQSC), Ariane Baffa**, colaboradora no LaDiC desde 2004. “Esse projeto conjunto foi financiado pela CAPES***, e teve como foco a aplicação de estratégias já desenvolvidas no LaDiC”, relembra Ariane.

No projeto, estudantes do curso de Licenciatura em Física da Universidad de Oriente (Cuba) foram diretamente envolvidos e uma das atividades de destaque foi a “Portas Abertas”, na qual estudantes do ensino médio cubano foram até a universidade para conhecer suas dependências, além do curso universitário de física, em si. “Essa atividade é similar à ‘Universitário por Um Dia [1Dia]‘, que é realizada aqui no IFSC desde 2000″, exemplifica Ariane.

Durante os dois anos de duração do projeto, Ariane, Hernandes e os colaboradores de Cuba, representados pelos docentes da Universidad de Oriente Juán Guillaron Lláser e Luis Manuel Méndez Pérez, desenvolveram e aplicaram diversas atividades em salas de aula nos dois países, e os resultados positivos atingidos mais tarde lhes renderiam o prêmio cubano no Balance de Ciencia, Innovación y Postgrado 2014, como trabalho de maior impacto no Ensino Superior. “É uma satisfação ver o resultado de um trabalho de pesquisa reconhecido. Dá-nos mais enAriane_Baffa-_Cuba-1ergia e motivação para continuar. Toda a equipe, cubana e brasileira, é grata ao governo cubano pelo reconhecimento”, declara Hernandes.

Lá e cá: o que muda?

De acordo com Ariane, a qualidade de ensino oferecida em Santiago e em São Carlos é muito parecida. Mas algumas diferenças podem ser notadas. Ariane conta que, embora possuam laboratórios nas escolas do ensino médio, os professores cubanos pouco os utilizam- em São Carlos, poucas escolas possuem tal infraestrutura. “Acabamos por sugerir diversas atividades que pudessem ser feitas nesses espaços, atividades que, inclusive, já realizávamos no LaDiC”, conta Ariane.

Com a aplicação de atividades já realizadas no LaDiC, foi feito um trabalho metodológico em conjunto com os professores do Departamento de Física da Universidad de Oriente em relação a conceitos de física ensinados nos cursos sobre os quais os alunos mais têm dúvidas. Com um mapeamento prévio em mãos, os pesquisadores criaram metodologias que facilitassem a compreensão dos conceitos.

Sobre o prêmio concedido pelas autoridades cubanas aos pesquisadores cubanos e brasileiros, Ariane acredita que o mérito do trabalho- e responsabilidade pelo prêmio- tenha sido o envolvimento de estudantes de diversos níveis de ensino (fundamental, médio e universitário).

A atual pesquisa de Ariane, realizada na Saarland University (Alemanha)****, tem como tema o estudo da argumentação científica na formação inicial de professores de ciências. Mesmo a distância, ela ainda colabora com projetos do LaDiC. Sua experiência internacional certamente será de grande valia para dar continuidade ao crescimento do Laboratório que, sem dúvidas, tem um papel importante no despertar de futuros cientistas.

Imagem concedida pela assessoria de comunicação do CCMC

*Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão Científica

**Ariane é supervisionada pela docente do IQSC, Salete Linhares

***Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior

****Na Alemanha, Ariane trabalha com o professor Armin Weinberger do Department of Educational Technology

 

Assessoria de Comunicação

25 de fevereiro de 2015

Scattering Amplitutes as a Flux-Tube Gas

Em mais uma edição do programa Café com Física, que Pedro_Vieira_200aconteceu na tarde do dia 25 de fevereiro, na sala F-210 (IFSC/USP), o pesquisador Pedro Vieira, do Perimeter Institute for Theoretical Physics, ministrou a palestra Scattering Amplitudes as a Flux-Tube Gas, onde falou sobre o progresso de pesquisas envolvendo teorias de gauge. Além disso, ele abordou o desenvolvimento de estudos sobre a teoria quântica de campos, tendo como base as chamadas técnicas de integralidade.

O Perimeter Institute for Theoretical Physics, sediado em Waterloo, Ontário, Canadá, é um dos principais centros de investigação científica e de formação de profissionais que atuam com física teórica fundamental.

Assessoria de Comunicação

25 de fevereiro de 2015

Recepção Conjunta dos Calouros 2015

Na manhã do último dia 23 de fevereiro, o Salão de Eventos do Campus USP São Carlos recebeu os novos estudantes da Universidade de São Paulo, que participaram da primeira Recepção Conjunta dos Calouros 2015, um evento que congregou aproximadamente mil pessoas – entre alunos, familiares e docentes da USP -, tendo contado com a presença do Pró-Reitor de Graduação da USP, Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes, em representação do Reitor, dos Diretores das cinco unidades da Universidade, nomeadamente, os Profs. Drs. Tito José Bonagamba (Instituto de Física de São Carlos), Paulo Sergio Varoto (Escola de Engenharia de São Carlos), Germano Tremiliosi Filho (Instituto de Química de São Carlos), Alexandre Nolasco de Carvalho (Instituto de Ciências Matemáticas e Computação), do Vice-Diretor do Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Prof. Dr. Eduvaldo Paulo Sichieri, do Vice-Diretor da EESC/USP, Prof. Dr. Sergio PersivalBaroncini Proença, e do Vice-Prefeito do Campus USP São Carlos, Prof. Dr. Antônio Nêlson Rodrigues da Silva.

Em seu discurso, Antonio Carlos Hernandes desejou que a primeira edição de recepção conjunta (inédita) se repita pelos próximos anos, tendo pedido para que os novos alunos da Universidade de São Paulo conheçam de fato a instituição de que agora mesa-350fazem parte. No site da USP temos todas as informações da Universidade. Isso é fundamental, porque esse é o ponto de partida para vocês terem contato com a instituição, sublinhou o Pró-Reitor. Hernandes enfatizou o quanto a recepção aos calouros é especial para todos que fazem parte da USP, porque a chegada de novos alunos reflete a certeza da renovação e a confirmação dos compromissos que a instituição tem para com a sociedade. A inquietação e a vontade de mudar, com cada um de vocês, nos revigora a cada ano. Agora, vocês iniciam uma nova etapa na vida e estamos juntos aqui para recebê-los no seio de uma das universidades mais importantes do país.

O docente ainda disse que os alunos serão instigados a compreender, avaliar e gerar conhecimento. Nós buscamos a formação de profissionais comprometidos, competentes, virtuosos, éticos e solidários. Aproveitem as múltiplas possibilidades e facilidades que a Universidade vos oferece. Respeitamos muito a conquista de vocês ao serem aprovados em um vestibular tão concorrido e esperamos que aproveitem essa fase com responsabilidade, ética e sabedoria em todas as atividades oferecidas pela USP. Hernandes-350Sejam todos muito bem-vindos.

Na ocasião, o diretor do IFSC/USP, Prof. Tito José Bonagamba, parabenizou os alunos pelo grande êxito alcançado no vestibular, tendo salientado que o dia da recepção marca a “nova data de nascimento dos calouros”, que é acompanhado de um natural momento de alegria, não somente para os estudantes, mas também para os familiares e amigos. Também estamos muito contentes por receber, como alunos, grande parcela da nata dos estudantes do ensino médio brasileiro, afirmou. Tito Bonagamba disse que, assim como esses novos estudantes, muitas personalidades tiveram a magnífica oportunidade de ingressar na USP, tendo mudado positivamente a história do Brasil. Entre as diversas figuras de prestígio, destacam-se homens da lei, escritores, políticos, cientistas, engenheiros, arquitetos, filósofos, médicos, entre outros oriundos de todas as áreas de formação profissional que a USP ofereceu e continua oferecendo, desde 11 de agosto de 1827. Em particular, nosso Campus tem oferecido cursos e grandes oportunidades aos seus alunos há mais de 60 anos. Alguns já entraram brilhantes na USP, outros se transformaram aqui! Não percam essa oportunidade e aproveitem-na ao máximo, destacou o Diretor, que enfatizou as cinco unidades bem integradas que existem no Campus USP São Carlos, que formam profissionais nas áreas de arquitetura, engenharia, computação , matemática, química e física.

O docente ainda disse que os estudantes terão a oportunidade de ter contato direto com vários docentes de destaque, que constituem a Universidade de São Paulo e que ajudarão na formação dos amadurecimentos profissionais dos jovens alunos. Aproveitem intensamente o que será oferecido a vocês. Não será fácil, pois as disciplinas serão de alto nível e a cobrança por bons resultados estará sempre presente. Por fim, o Prof. Tito Bonagamba desejou sucesso a todos, esperando que esses futuros profissionais alcancem as metas almejadas, tornando-se excelentes Tito-350especialistas com a carteira cheia, não apenas de dinheiro, mas repleta de cidadania e reconhecimento ao apoio que tiveram do Estado de São Paulo e dos cidadão paulistas, brasileiros que financiam a USP.

Por seu turno, o diretor eleito da EESC/USP, Paulo Varoto, parabenizou os novos estudantes, tendo dito que a partir da recepção não haveria mais alunos estudando apenas para passar de ano. Essa etapa já foi feita. Agora, vocês têm que trabalhar e estudar para ter uma profissão. E a principal função desta universidade é trabalhar vocês para que mudem a forma de pensar. Aproveitem também a cidade de São Carlos, que respira e transpira ciência, concluiu. Posteriormente, o Vice-Diretor da mesma Unidade, Sergio Proença, enalteceu o excelente ambiente universitário da USP, tendo também sublinhado a vocação natural para o ensino e pesquisa presente em todas as unidades da Universidade. Essa vocação favorece a formação de profissionais que contribuem com a produção científica altamente qualificada, disse. Além disso, ele fez um breve resumo sobre a Escola de Engenharia de São Carlos, cuja principal função é zelar pela formação de engenheiros.

Já em seu discurso, o Prof. Dr. Alexandre Nolasco de publico01Carvalho deu as boas-vindas aos ingressantes das cinco unidades do Campus USP de São Carlos, tendo enfatizado o orgulho e satisfação que essas instituições sentem porcontribuírem à formação desses futuros profissionais. Parabéns aos alunos por essa importante conquista. A partir de agora, vocês fazem parte da Universidade de São Paulo, a mais prestigiosa universidade brasileira. Seguidamente, o diretor do IQSC, Prof. Germano Tremiliosi Filho, agradeceu aos familiares dos novos alunos por terem incentivado esses jovens a fazer parte da comunidade uspiana. O nosso país precisa de vocês, disse ele aos estudantes.

Na oportunidade, o Prof. Eduvaldo Sichieri também parabenizou os alunos e seus familiares, tendo destacado o quinto aniversário do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU-USP), que se celebra este ano – anteriormente, o Departamento de Arquitetura e Urbanismo era parte integrante da EESC/USP. Por fim, o Vice-Prefeito do Campus, Prof. Antônio Silva, pediu para que os alunos se tornem parceiros da Prefeitura do Campus, sendo os olhos e ouvidos dessa comunidade e mantendo a excelência dos serviços do Campus USP São Carlos.

Quem assistiu a essa cerimônia, com certeza que sentiu o espírito de união que envolveu os novos alunos da USP São Carlos. Embora todos os alunos ingressantes sejam das áreas da física, química, matemática e ciências da computação, engenharias e arquitetura, licenciaturas e bacharelados, o certo é que, antes de tudo e acima de tudo, todos são… USP!

Confira, abaixo, imagens de alguns momentos da cerimônia.

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Assessoria de Comunicação

24 de fevereiro de 2015

Desenvolvimento de nanotubos de óxidos metálicos e nanopartículas metálicas

No dia 24 de fevereiro, pelas 16h, na Sala F-202 Renato-250do Instituto de Física de São Carlos, o Prof. Dr. Renato Vitalino Gonçalves, do Grupo de Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos do IFSC/USP, apresentou a palestra Desenvolvimento de nanotubos de óxidos metálicos e nanopartículas metálicas: mecanismos da reação e desafios, onde abordou os desafios e as perspectivas para a produção eficiente de H2, utilizando água, luz solar e nanotubos de óxidos metálicos, tendo também discutido a síntese de crescimento desses nanotubos por anodização e um método físico de deposição de nanopartículas “limpas” sem utilizar precursores orgânicos como agentes redutores ou estabilizadores.

O Prof. Renato Gonçalves tem bacharelado e mestrado em Física pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, e doutorado, também em Física, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é docente do Grupo de Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos do IFSC/USP, onde atua com síntese de materiais à base de fosfatos e vanadatos de antimônio, estruturas nanotubulares de óxidos metálicos aplicados na geração fotocatalítica de hidrogênio pela reação de “water splitting” como combustível renovável na geração de energia, entre outros temas.

Assessoria de Comunicação

24 de fevereiro de 2015

Evento reúne dezenas de pesquisadores nacionais e estrangeiros

Workshop_Diogo_2015-_logoEntre os dias 23 e 27 fevereiro, ocorre o Workshop on Quantum Information and Thermodynamics, evento que reunirá pesquisadores nacionais e internacionais para discutir diversos tópicos relacionados à termodinâmica e a aplicação de ferramentas teóricas dessa área de pesquisa.

Palestrantes de diversas universidades estarão presentes no evento entre as quais  Universidade de São Paulo (USP), University of Massachusetts (EUA), International School for Advanced Studies (Itália), Vienna University of Technology (Áustria), Universidad de Buenos Aires (Argentina), entre outras, que somam 41 palestrantes de diversas nacionalidades.

O evento está sendo sediado no Hotel Anacã, que fica localizado à Avenida São Carlos, 2690, São Carlos, SP.

Para mais informações sobre o workshop, acesse seu site oficial.

Assessoria de Comunicação

24 de fevereiro de 2015

IFSC destaca Brasil no mundo

Mais de mil cientistas espalhados pelo globo planejam, em conjunto, realizar um sonho ambicioso: colocar em funcionamento uma centena de telescópios capazes de captar radiações gama vindas do universo.

CTA_logoO local onde serão instalados os telescópios – um único deserto abrigará todos eles – ainda não foi definido, mas o país que construirá parte destes imponentes captadores de raios cósmicos já foi escolhido: Brasil. Vitória para o país, comemoração ainda maior para o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), uma vez que na liderança dessa parte específica do projeto está o docente do Instituto, Luiz Vitor de Souza de Filho.

Luiz Vitor já está há quatro anos envolvido no projeto, denominado Cherenkov Telescope Array (CTA). Logo no início de sua participação, ele e o docente da Universidade Federal do ABC (UFABC), Marcelo Augusto Leigui de Oliveira, usaram sua experiência na construção deste tipo de instrumentos e propuseram conceber e construir, no Brasil, o suporte da câmara dos telescópios do CTA. O suporte, uma estrutura metálica com 16 metros de comprimento e 4,5 toneladas, tem como função posicionar os instrumentos ópticos do telescópio (espelhos e câmara sensível à luz), e é essencial para o bom desempenho do telescópio, garantindo a aquisição de boas imagens.

Pesquisadores franceses também propuseram a concepção de um suporte equivalente e ficou decidido que cada grupo dos dois países seguiria seus desenvolvimentos e dois modelos independentes de estruturas deveriam ser propostos à colaboração internacional do CTA. O melhor projeto seria escolhido para equipar os telescópios. “Foi um trabalho de três anos de duração durante os quais examinamos todos os requisitos de funcionamento da estrutura e projetamos todos os detalhes para atender às demandas.”, explica Luiz Vitor. “Estudamos várias formas para a estrutura, buscando atender a todos os requisitos com o menor custo e máxima durabilidade. Por se tratar de um equipamento que operará por pelo menos 20 anos no deserto, diversos materiais, formas de montagem e manutenção foram estudadas”.

A solução encontrada foi submetida a duas bancas de especialistas, uma nacional e outra internacional. Tendo sido o projeto brasileiro aprovado por ambas, iniciou-se a construção de um protótipo. Em novembro de 2014 o protótipo foi montado em um telescópio completo em funcionamento em Berlim (Alemanha). Nos dois meses seguintes, o suporte brasileiro foi testado através de medidas do seu comportamento nas mais diversas condições de operação e sobrevivência, enquanto o telescópio se movia, com vento e neve.

O protótipo brasileiro foi aprovado em todos os quesitos e se mostrou superior à proposta francesa. Desta forma, o Brasil tornou-se o responsável por construir esta parte dos telescópios.

Made in Brazil

Idealizado e concretizado totalmente em território brasileiro, vale destacar que o sucesso do empreendimento em questão é o resultado não somente da união de forças intelectuais, mas da disposição em concretizar uma parceria rara no Brasil entre empresa e universidade.

A empresa parceira escolhida foi a Orbital Engenharia (São José do Rio Preto-SP), empresa com tradição em projetos que requerem soluções inovadoras. Ao lado acadêmico coube a contribuição científica, enquanto à empresa coube a concepção e montagem do equipamento. “No projeto CTA tivemos vários desafios: desenvolver o projeto de fabricação, de modo a atender aos requisitos de montagem em campo e vida útil do equipamento, fabricar o modelo de engenharia devido às dimensões e precisões requeridas, realizar a pré-montagem para nos assegurar que tudo ocorreria corretamente durante a instalação na Alemanha e, por fim, a própria montagem do equipamento em Berlim sobre o disco do telescópio e com a câmera, para verificar se o comportamento estrutural na prática correu como projetado”, detalha Célio Costa Vaz, presidente da Orbital.

Luiz_Vitor-_CTA_2015-2Para Luiz Vitor, o maior desafio do projeto foi conseguir coordenar todas as partes envolvidas, uma vez que colaborações internacionais têm requisitos muito precisos. “É muito difícil encontrar uma empresa disposta a se envolver em pesquisa no Brasil, pois projetos científicos tem uma dinâmica diferente da que rege o setor industrial tradicional”, afirma. “Para que o nosso projeto tivesse êxito, era preciso que a empresa participante tivesse uma ‘mentalidade de pesquisa’. Como resultado desse trabalho conjunto, deu-se início o processo de depósito de uma patente, referente ao desenvolvimento de um equipamento de ajuste de posição de alta carga com grande precisão”, conta Luiz Vitor.

A primeira etapa de elaboração e construção do protótipo foi financiada pela FAPESP e se encerrou no final de janeiro com a aprovação final da estrutura brasileira. “Agora temos a responsabilidade de construir 25 suportes para os telescópios do CTA nos próximos dois anos. Será uma contribuição importante e 100% brasileira para o mais importante experimento da área a ser construído nas próximas décadas”, afirma o docente que, novamente, pleiteará o apoio junto à FAPESP para essa segunda fase do projeto.

Sobre a imagem do Brasil no exterior após a significativa participação no CTA, o docente é enfático e afirma que o Brasil já é visto de outra forma pelos cientistas internacionais. “Participo da construção de grandes experimentos internacionais de astrofísica de partículas há 15 anos. Percebo uma evolução muito positiva do nível de confiança e respeito que as colaborações internacionais depositam no Brasil. A mudança é, a meu ver, decorrente da seriedade e competência dos envolvidos: pesquisadores, agências de fomento e empresas inovadoras”, opina o docente.

Já em relação à parceria bem-sucedida entre empresa e universidade, Célio conta que trabalhar com pesquisadores requer um planejamento de maior prazo, uma vez que se deve aguardar pelo período de análise e aprovação dos pedidos de apoio aos projetos submetidos pelos pesquisadores. “Porém, uma vez superada essa etapa, os projetos são desenvolvidos de acordo com os planos previamente estabelecidos de modo muito regular”, ressalta o empresário.

Diante do exposto, fica claro que o Brasil está pronto para ocupar uma posição de maior destaque no cenário internacional de grandes experimentos científicos, hipótese que ganha força graças a projetos como o descrito anteriormente.

Assessoria de Comunicação

23 de fevereiro de 2015

Falecimento do físico Alejandro Szanto de Toledo

Faleceu no dia 21 de fevereiro, em São Paulo, o físico Alejandro Szanto de Toledo, professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP) e membro do Conselho Superior da FAPESP e morreu no sábado (21/02), em São Paulo.

Nascido em Tanger, Marrocos, em 9 de julho de 1945, o Prof. Toledo graduou-se em Física, pela USP, em 1967, tendo concluído seu mestrado em 1970 e doutorado em 1976, igualmente pela Universidade de São Paulo.

Era professor titular do IFUSP desde 1989, membro titular da Academia Brasileira de Ciências desde 1997 e da Academia Paulista de Ciências desde 1996, sendo que desde 2013 integrava o Conselho Superior da FAPESP. Foi membro do Conselho Deliberativo do CNPq de 1996 a 2001 e coordenador do projeto de construção do Acelerador Linear Supercondutor do IFUSP.

Fez pós-doutorado no Max-Planck Institut für Kernphysik, na Alemanha, entre 1977 e 1978, quando iniciou seus trabalhos em reações nucleares induzidas por íons pesados e desenvolveu técnicas experimentais para o estudo da espectroscopia nuclear de estados com alto spin em núcleos leves.

De volta ao Brasil, desenvolveu estudos experimentais no Laboratório Pelletron, implantando uma nova linha de pesquisa sobre a fusão de núcleos pesados-leves.

Manteve colaborações internacionais com o Nuclear Structure Research Laboratory, com o Argonne National Laboratory, a Michigan State University, nos Estados Unidos, e com o Centre de Recherches Nucléaires, na França (1995), entre outros, em problemas diversos na área de reações nucleares induzidas por íons pesados. O tema central das colaborações se caracterizou como o estudo da dinâmica envolvido na colisão de íons pesados leves, destacando processos altamente dissipativos.

Toledo coordenava o Projeto Temático “Física nuclear de altas energias no RHIC e LHC”, apoiado pela FAPESP. Publicou mais de 320 artigos científicos, que foram citados mais de 14 mil vezes.

(Com informações da FAPESP)

Assessoria de Comunicação

23 de fevereiro de 2015

Programação criativa e humanizada

Mais um ano letivo está prestes a ter início e os alunos dos cursos de graduação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) se preparam para recepcionar os novos ingressantes.

Assim como nos anos anteriores, veteranos dos cursos realizarão a Semana de Recepção aos Calouros no IFSC, mas 2015 traz novidades na programação que colocarão o aspecto “humanização” em evidência mais do que em qualquer outra edição do evento.

Aline Marina Marciano, aluna do curso de Bacharelado de Física e uma das organizadoras da Semana, destaca uma das atividades: o cadastramento de medula óssea. Através de uma parceria com o Hospital “Amaral Carvalho” (Jaú- SP), será feita coleta de sangue de todos aqueles dispostos a participar da iniciativa. “Convocamos veteranos, calouros e seus pais para a atividade, e já fizemos uma campanha de divulgação. Espalharemos banners pelo campus para que todos, inclusive de outros cursos, participem. Isso ocorrerá em um dos dias da Semana de Recepção“, conta a estudante.

A preocupação dos veteranos com a saúde mental dos calouros sempre foi o foco da Semana de Recepção, bem como a saúde física. Com isso em mente, Aline conta que um “mutirão da saúde” será convidado a participar do evento, para medir a pressão e os níveis de glicose dos calouros. “Já reparamos que, assim que ingressam na universidade, os alunos tornam-se muito sedentários. Queremos conscientizar os alunos e levá-los para Atlética e incentivá-los à prática de esportes”, exemplifica Aline.

Crise hídrica e temas polêmicos

Sustentabilidade do meio ambiente também foi uma preocupação dos organizadores que trarão a educadora da Superintendência de Gestão Ambiental do campus, Patrícia Cristina Silva Leme, para ministrar uma palestra que terá a água como principal tema.

Assuntos polêmicos também terão espaço de discussão. Assédio sexual contra calouras e homofobia serão tópicos de debate na Semana. “O professor Tito Bonagamba [diretor do IFSC] tem nos apoiado muito para concretizar essa discussão, e estamos muito contentes com isso! Ele quer reforçar debates relacionados ao respeito às bixetes e a calouros homossexuais”.

Integração sadia

Desde que foi inaugurada, a Semana de Recepção no IFSC sempre focou a integração entre calouros e veteranos e, em 2015, esta tradição permanecerá com o incentivo à participação no Centro de Estudos da Física em São Carlos (CEFISC). “Quando os alunos fazem parte do CEFISC, eles sentem-se parte da organização e acabam interagindo mais”, afirma Aline.

A gincana esportiva e o Show de Talentos, atividades já feitas em outros anos, serão mantidos. Os calouros também serão levados à gincana da Atlética do CAASO “Tô à toa”, realizada todos os anos e que conta com atividades esportivas diversas, como queimada, tênis de mesa, entre outras coisas.

Novo prêmio à vista?

Aline se recorda da importância que a Semana de Recepção do IFSC teve em sua vida quando ela ingressou no curso de bacharelado. Para ela, tudo o que acontece durante a Semana pode ser crucial na vida do calouro, tanto para sua estabilidade no curso, quanto para uma permanência feliz. “Quando fui caloura, participei de todas as atividades da Semana. Caso eu não tivesse feito isso, tenho certeza de que não teria me integrado como me integrei. Quero fazer pelos calouros o que fizeram por mim no passado”, conta.

Para ela, a Semana de Recepção serve, principalmente, para mostrar ao aluno que é importante, além de estudar, praticar esportes, fazer trotes solidários e conhecer pessoas novas. “Em especial no IFSC, onde a maioria dos estudantes seguirá carreira acadêmica, é importante trabalhar a desenvoltura para outras coisas”, elucida Aline.

Em 2010, a Semana de Recepção aos Calouros do IFSC ganhou o prêmio de Melhor Semana de Recepção da USP e, em 2014, recebeu uma menção honrosa . Aline conta que, este ano, os organizadores têm o intuito de se inscrever para concorrer ao prêmio novamente. Porém, esse não é o foco. “De nada adianta ganharmos o prêmio e não vermos calouros e veteranos integrados e felizes”, afirma.

De fato, ser contemplado com prêmios de Melhor Semana de Recepção, não deve ser o principal objetivo dos organizadores. Porém, sendo a inovação e, sobretudo, solidariedade os nortes da Semana de Recepção aos Calouros no IFSC, o prêmio deve ser uma consequência, assim como a felicidade e satisfação de seus participantes.

Semana de Recepção aos Calouros no IFSC

Quando: 23 a 27 de fevereiro

Onde: IFSC e campus

Programação:

Clique aqui para acessar a programação da Semana de Recepção dos cursos de Bacharelado

Clique aqui para acessar a programação da Semana de Recepção da Licenciatura

Assessoria de Comunicação

23 de fevereiro de 2015

Criado novo antimicrobial bucal com aplicação de terapia fotodinâmica

Uma metodologia inédita de terapia fotodinâmica, combinando LED azul e Curcumina – corante derivado da planta Cúrcuma -, constitui uma nova forma de desinfecção bucal, principalmente na área odontológica. O objetivo dessa técnica é prolongar o efeito de desinfecção durante cirurgias bucais invasivas e não-invasivas, evitando que as bactérias alojadas na boca de um paciente se espalhem por todo o ambiente cirúrgico e, inclusive, pela corrente sanguínea do próprio paciente.

Esse método está descrito no trabalho intitulado Effects of Photodynamic Therapy with blue Light and Curcumin as Mouth Rinse for Oral Disinfection: A Randomized Controlled Trial, que é assinado por pesquisadores do IFSC/USP e por dois odontologistas, propondo o uso da Curcumina associada ao LED azul – aplicado por uma “caneta”.

O ortodontista, pesquisador eVitor1300 doutorando do IFSC, Dr. Vitor Hugo Panhóca, que participou dessa pesquisa, explica que a boca possui diversos micro-organismos que vivem nela, sem causar danos. Mas podem ocorrer complicações na saúde do indivíduo, quando o número de micróbios aumenta muito podendo provocar desmineralizações no esmalte, cárie e periodontite. Em procedimentos invasivos, os micro-organismos podem entrar na corrente sanguínea e provocar doenças como endocardite bacteriana – inflamação que afeta as válvulas e o tecido que reveste o coração -, febre reumática – doença inflamatória que se desenvolve após uma infecção provocada pela bactéria do estreptococo – e glomerunefrite – doença renal causada por inflamação dos glomérulos, responsáveis pela filtração do sangue e produção da urina. Nossa intenção não é zerar a quantidade de microorganismos existentes na boca do indivíduo, mas sim gerar homeostase entre as bactérias, para que a doença não evolua, diz Vitor. Já o Dr. Diego Portes Vieira Leite, outro odontologista envolvido na pesquisa, reforça que essas bactérias podem atingir a corrente sanguínea e alojar-se no coração, causando problemas cardíacos devido à má desinfecção bucal mesmo após uma simples escovação dental.

Diego1300Atualmente, para realizar qualquer intervenção odontológica, um profissional aplica água e spray de ar, criando uma espécie de aerossol. Além de contaminar o próprio ambiente cirúrgico, esse método pode infectar outros pacientes e também os próprios especialistas que realizam os tratamentos. Já o novo método, que é aplicado antes de se iniciar qualquer intervenção bucal, mantém a boca desinfetada durante todo o procedimento cirúrgico evitando infecções cruzadas. A Curcumina é um corante fotossensível, ou seja, ela absorve a luz gerada pelo LED azul, provocando a terapia fotodinâmica antimicrobiana. O LED azul estimula a Curcumina a produzir um oxigênio tóxico que mata a célula e a própria bactéria, explica Diego Portes.

A Dra. Fernanda Rossi Paolillo, pesquisadora do Grupo de Óptica do IFSC/USP, que realizou o processamento de microbiologia e de dados, e elaborou o artigo desse trabalho, diz que a Curcumina é aFernanda1300 melhor opção para esse método, porque raramente causa alergia nos indivíduos, sendo igualmente um tempero bastante conhecido na gastronomia indiana. Mas é preciso utilizar baixas doses e concentrações desses elementos para que não causem toxidade, manchas ou outros problemas aos pacientes, diz ela.

O LED azul, ao contrário das outras cores, é encontrado com maior facilidade nos consultórios odontológicos por serem usados para cura de restaurações de resina, o que viabiliza seu uso em descontaminação bucal na clínica odontológica. O LED azul tem um comprimento de onda menor e maior frequência de vibração eletromagnética, Opcao1-200permitindo, por isso, que transmita mais energia na superfície a ser tratada gerando maior efeito de descontaminação na terapia fotodinâmica antimicrobial, completa o pesquisador Vitor Hugo Panhóca.

A “caneta” utilizada pelos pesquisadores possui dois tipos de ponteiras – cilíndrica e esferoidal -, que adéquam à intensidade do LED. Assim, o profissional pode aplicar a luz em um determinado ponto ou em toda a região bucal do paciente. Ambas as ponteiras já foram patenteadas.

Próximos passos…

Após os resultados positivos obtidos com esse novo método, o pesquisador Vitor Hugo Panhóca diz que está elaborando um novo trabalho, cujo objetivo é tornar mais prático e eficaz o processo de clareamento dental. Já Diego Portes pretende iniciar seu projeto de mestrado na Unicastelo, em São José dos Campos (SP), envolvendo um bisturi ultrassônico. A ferramenta já foi desenvolvida, mas agora vou adequá-la à área odontológica, para realizar cortes em tecido mole, conclui ele.

Para conferir o citado artigo, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

20 de fevereiro de 2015

Imagem por Ressonância Magnética na análise de Esteatose Hepática

fi1-200Em novembro de 2014, o site Plos One destacou o artigo intitulado “Is MR spectroscopy really the best MR-based method for the evaluation of fatty liver in diabetic patients in clinical practice?”, texto co-escrito pelo Prof. Dr. Fernando Fernandes Paiva (IFSC-USP), em parceria com pesquisadores de universidades brasileiras e francesas, que propõe o uso da imagem por ressonância magnética (IRM) como novo método para analisar a esteatose hepática, substituindo a tradicional técnica – biópsia hepática – e a espectroscopia por ressonância magnética (ERM). A esteatose hepática é uma doença causada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado e pode ser dividida em doença gordurosa alcoólica – quando há abuso de bebida alcoólica – ou doença gordurosa não alcoólica. No segundo caso, a esteatose hepática pode ter diferentes causas, como, por exemplo, sobrepeso ou obesidade e diabetes. Quando não controlada, a doença pode evoluir e culminar em diferentes condições patológicas como, por exemplo, em cirrose hepática.

A esteatose hepática é uma doença reversível e é necessária a realização de exames para que seja avaliado o risco de sua progressão. Atualmente, uma das principais técnicas de análise da esteatose é a biópsia hepática, processo em que parte do tecido do fígado é extraída para avaliação do percentual de gordura. Além de ser um método invasivo – portanto, bastante incômodo para o paciente -, a biópsia verifica apenas uma determinada região do órgão, impossibilitando a avaliação de todo o acúmulo de gordura que se aloja em diferentes segmentos da glândula. Muitas vezes, essa metodologia fornece dados falso-positivos ou falso-negativos. Por exemplo, um médico pode extrair uma pequena parte do fígado em que há alto percentual de gordura, mas isso não significa que todo o órgão esteja afetado. Aliás, uma amostra Paiva350que não detecta a gordura pode dar a falsa impressão de que não há lipídios nas demais partes do fígado. Mesmo assim, Fernando Paiva afirma que a biópsia tem um papel fundamental na análise de esteatose, apesar da avaliação também poder ser feita através do ultrassom, permitindo a análise da textura do órgão. O problema é que o resultado obtido pelo ultrassom não é quantitativo e há grande variabilidade, dependendo do especialista que opera o procedimento, explica o docente.

Nos últimos anos, uma série de estudos tem tentado encontrar alternativas para a biópsia hepática. Nesse sentido, a espectroscopia por ressonância magnética se apresenta como forte candidata na avaliação de gordura hepática. O método, completamente não invasivo, possibilita a diferenciação entre água e gordura, explorando as características físicas distintas do sinal de ressonância magnética de cada uma das duas substâncias. Com isso, é possível determinar a quantidade de gordura e a água presente em uma determinada região do fígado, e, então, calcular a fração do lipídio.

Foto2-350O docente do IFSC-USP explica que um dos problemas da ERM se assemelha muito à limitação da biópsia: os dados são adquiridos apenas de uma pequena região do fígado, impossibilitando uma avaliação mais global do órgão. Além disso, para que seja possível maximizar a eficiência e acurácia da quantificação dos dados, é necessário que a aquisição seja feita em uma amostra estática: A desvantagem é que o paciente não consegue fazer apneia pelo tempo necessário, para que as medidas saiam sem nenhum artefato que possa comprometer a qualidade do sinal; não há como impedir o paciente de respirar por alguns minutos. Então, em razão desse detalhe, não conseguimos garantir a qualidade necessária para todos os pacientes, revela Fernando Paiva, que ressalta: Mesmo com esses e alguns outros problemas envolvendo movimentações, essa técnica tem se mostrado eficiente na avaliação da doença.

Imagem por Ressonância Magnética

Então, coloca-se a questão: uma vez comprovada a viabilidade da EMR, será que a imagem por ressonância magnética também pode ser um método não invasivo conclusivo nos diagnósticos de esteatose hepática? Fernando Paiva explica que essa técnica permite uma análise mais ampla do fígado, o que deve sanar algumas deficiências da biópsia e também da Espectroscopia. A IRM fornece uma imagem que cobre todo o fígado, o que permite verificar o padrão de distribuição da gordura ao longo de todo esse órgão, avaliando suas diferentes regiões de uma única vez.

O objetivo principal dessa foto1350pesquisa é permitir que a técnica de imagem por ressonância magnética, que tem se mostrado tão eficaz quanto às demais, permita a criação de um mapa de percentual de gordura localizada no fígado do paciente, para que se possa verificar, através de cores, a quantidade exata de água e lipídio. A ideia desse trabalho é avaliar as informações das diferentes regiões do fígado obtidas pelas técnicas de imagem, para que possamos verificar qual a eficiência dessa metodologia, quando comparada com a espectroscopia e a biópsia.

Tal como acontece com a técnica de EMR, também na imagem por ressonância magnética os pesquisadores têm tido dificuldades para realizar as análises, devido aos movimentos causados pela respiração dos próprios pacientes, já que uma aquisição típica de dados leva cerca de quatro minutos para oferecer resultados adequados. Outro fator problemático é o ferro: muitos pacientes de esteatose possuem acúmulo de ferro no fígado, que causa efeito negativo em exames com metodologias à base de ressonância magnética, comprometendo a qualidade dos dados e dificultando a correta avaliação do percentual de gordura.

Apesar das dificuldades, os primeiros resultados publicados na revista Plos One mostram que a técnica é promissora e deve se consolidar como uma alternativa não invasiva importante para avaliação de gordura hepática. Porém, Fernando Paiva diz que os pacientes de esteatose hepática só deverão aproveitar o conforto e agilidade dos exames através da técnica IRM, daqui a aproximadamente cinco anos, tempo que os pesquisadores estimam para validar as normas de segurança e minimizar os problemas da nova metodologia, que já foi aplicada em cerca de oitenta pacientes diabéticos voluntários. A vantagem da IRM é que, em um único exame, poderemos obter um panorama geral do órgão do paciente, conclui Fernando Paiva.

Para conferir o trabalho publicado na Plos One, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

20 de fevereiro de 2015

Inscrições abertas para curso de capacitação

Estão abertas, até 4 de março, as inscrições para o Programa Formação de Agentes Colaboradores da Inovação, iniciativa da Agência USP de Inovação que tem como objetivo capacitar técnicos de nível superior para tornarem-se colaboradores da Agência, auxiliando pesquisadores a identificar conhecimentos passíveis de se transformar em novas tecnologias e patentes.

Os participantes farão 16 horas de treinamento, distribuídas em dois sábados- 7 e 21 de março. Os treinamentos ocorrerão no anfiteatro do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) “Professor Sérgio Mascarenhas”, das 9 às 16 horas.

Os interessados deverão preencher o formulário de inscrição (clique aqui para acessá-lo) e enviá-lo, acompanhado de recomendação do superior imediato, chefe do departamento ou diretor, ao e-mail eventosinovacao@usp.br até a data limite de inscrição.

Assessoria de Comunicação

19 de fevereiro de 2015

Inscrições abertas para curso de capacitação

Agencia_USP_de_Inovacao-_logoEstão abertas, até 4 de março, as inscrições para o Programa Formação de Agentes Colaboradores da Inovação, iniciativa da Agência USP de Inovação que tem como objetivo capacitar técnicos de nível superior para tornarem-se colaboradores da Agência, auxiliando pesquisadores a identificar conhecimentos passíveis de se transformar em novas tecnologias e patentes.

Os participantes farão 16 horas de treinamento, distribuídas em dois sábados- 7 e 21 de março. Os treinamentos ocorrerão no anfiteatro do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) “Professor Sérgio Mascarenhas”, das 9 às 16 horas.

Os interessados deverão preencher o formulário de inscrição (clique aqui para acessá-lo) e enviá-lo, acompanhado de recomendação do superior imediato, chefe do departamento ou diretor, ao e-mail eventosinovacao@usp.br até a data limite de inscrição.

Assessoria de Comunicação

19 de fevereiro de 2015

São Carlos sedia primeira edição do G&GC-2015

gegccert124O Instituto de Física de São Carlos sediará, entre os dias 01 e 09 de agosto deste ano, a Advanced School on Glasses and Glass Ceramics (G&GC 2015), um evento internacional que reunirá alunos de mestrado e pós-doutorado que realizam pesquisas na área de vidros e vitrocerâmicos no Brasil e no exterior. A Escola é amparada pelo programa Escolas São Paulo de Ciência Avançada da FAPESP e organizada pelo Center for Research, Technology and Education in Vitreous Materials (CeRTEV), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da FAPESP, que reúne grupos de pesquisa do Departamento de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São Carlos (DEMa-UFSCar), do IFSC/USP, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e da UNESP.

Foram disponibilizadas cem vagas para estudantes de pós-graduação, sendo que cinquenta eram destinadas a alunos brasileiros e as demais a estudantes estrangeiros – esses participantes terão suas hospedagens pagas pela organização do evento. O objetivo da G&GC 2015 é oferecer aos alunos uma visão global dos principais avanços científicos e tecnológicos nesse campo, bem como os problemas e as perspectivas para pesquisas futuras. A G&GC 2015 trará palestras e aulas teóricas e práticas com renomados pesquisadores de diversos países, que deverão abordar temas como, por exemplo, fundamentos de estrutura, processos de relaxação, cristalização e propriedades, estrutura molecular, nano e microestrutura, processos dinâmicos, as propriedades mecânicas, ópticas, elétricas e biológicas dessas classes de materiais vítreos, entre outros assuntos. Após acompanharem essas palestras e treinamentos, os participantes deverão apresentar um pequeno trabalho de conclusão de curso.

Durante a G&GC 2015, os alunos terão Schneider300a oportunidade de visitar os laboratórios do CeRTEV na USP e na UFSCar, onde conhecerão as atividades de pesquisa desenvolvidas na área de vidros e vitro-cerâmicas e a infra-estrutura disponível.

O Prof. Dr. José Fabian Schneider, docente do Grupo de Ressonância Magnética do IFSC/USP e pesquisador do CeRTEV, diz que o evento é baseado em um dos programas da FAPESP que visa, além de formar os participantes, incrementar a visibilidade das instituições de pesquisa do Estado como polos de referência internacional. Uma equipe do CeRTEV montou o projeto da Escola, que foi apoiada pela FAPESP. A ideia é oferecer uma escola de excelência intensiva, com nove dias de duração.

A Escola deverá mergulhar os participantes em temas como propriedades de vidros, técnicas de análises e aplicações, incentivando a que todos interajam tanto com os colegas, quanto com os docentes. Além de assistirem as aulas, os estudantes terão a oportunidade de mostrar seu trabalho de pesquisa e discuti-lo com outros colegas e com pesquisadores. O interessante é que teremos especialistas internacionais que poderão contribuir à formação dos estudantes e dar visibilidade às pesquisas dos participantes brasileiros, diz o Prof. José Schneider.

fapesplo-250Essa interação entre cada participante poderá resultar na troca de experiências e na formação de redes de contatos, já que os alunos brasileiros e estrangeiros se misturarão de uma forma mais descontraída. Sendo assim, espera-se que essa relação entre pesquisadores nacionais e internacionais resulte, também, em novos projetos acadêmicos e contribua para que os jovens de todo o Brasil e do mundo conheçam as pesquisas de nível internacional que são realizadas na cidade de São Carlos. A nossa expectativa é que todos os estudantes tenham um bom aproveitamento da escola. O mais importante é que consigamos favorecer a colaboração entre os participantes porque, no futuro, isso significará mais fluidez de nossos projetos de colaboração com o exterior, através da rede de parcerias que poderá ser criada pelos alunos durante o curso.

Por fim, Schneider revela que poderá haver uma segunda edição da escola, com novos tópicos a serem abordados, caso haja um grande impacto e demanda nesta primeira edição.

Os seguintes docentes e pesquisadores apresentarão palestras no curso: Hellmut Eckert (Universidade de São Paulo/Brasil), Paulo Sergio Pizani (Universidade Federal de São Carlos/Brasil), Edgar Dutra Zanotto (Universidade Federal de São Carlos/Brasil), Prabhat Gupta (Ohio StateUniversity/Estados Unidos), José Pedro Rino (Universidade Federal de São Carlos/Brasil), Francisco Carlos Serbena (Universidade Estadual de Ponta Grossa/Brasil), Vincenzo M. Sglavo (University of Trento/Itália), Andrea Simone de Camargo Alvarez Bernardez (Universidade de São Paulo/Brasil), John Michael Ballato (ClemsonUniversity/Estados Unidos), Aswini Ghosh (Indian Association for the Cultivation of Sience/Índia), Steve Jung (Mo-Sci Corporation/Estados Unidos) e Alexander Priven (Corning Inc./Coréia).

O CeRTEV

Inserido entre os 17 CEPID (Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão) da FAPESP, o CeRTEV tem como objetivo mapear o “genoma” do vidro e desenvolver vidros e vitrocerâmicos funcionais através de pesquisas fundamentais sobre estrutura e propriedades, utilizando métodos de caracterização de materiais no estado da arte.

Constituído por catorze pesquisadores, que atuam na USP, UFSCar e UNESP, além de especialistas nas áreas de engenharia, química e física de materiais vítreos, nomeadamente em cristalização e em uma vasta gama de técnicas de caracterização funcional, o CeRTEV desenvolve materiais com novas funcionalidades, como, por exemplo, alta resistência mecânica e condutividade elétrica, atividade biológica e óptica ou catalítica.

Os 14 pesquisadores do Centro supervisionam aproximadamente cinquenta estudantes de graduação e pós-graduação envolvidos em pesquisas com vidros e vitrocerâmicos, inseridos em uma rede de colaborações nacionais e internacionais.

Clique AQUI para obter mais informações sobre a Advanced School on Glasses and Glass-Ceramics.

Assessoria de Comunicação

16 de fevereiro de 2015

IFSC recebe pesquisadores eslovacos da Universidade de Bratislava

O Instituto de Física de São Carlos recebeu, na manhã do dia 11 de fevereiro, uma delegação da Slovenská Technická Univerzita V Bratislave (STU) (Universidade Técnica da Eslováquia na Bratislava), com o intuito de firmar uma possível colaboração com essa universidade européia.

Eslovaquia1-300A delegação, constituída pelos pesquisadores do Instituto de Eletrônica e Fotônica daquela instituição, Peter Telek e Martin Donoval, e pelo parceiro externo daquela Universidade, Martin Visvader, foi acompanhada pelo Prof. Dr. Richard Garratt, docente do Grupo de Cristalografia do IFSC/USP e presidente da Comissão de Relações Internacionais (CRInt/IFSC), que apresentou as principais linhas de pesquisas e grupos da nossa unidade, bem como o número de alunos e docentes que integram o IFSC.

O pesquisador Martin Donoval salientou que a STU criou fortes colaborações com instituições de ensino superior e de pesquisa da União Européia, mas que agora a ideia é buscar novas parcerias com universidades fora da Europa, como, por exemplo, na América Latina e na área dos BRICS, sendo que o Brasil é um dos pontos de partida para buscar esses links cooperativos. As pesquisas desenvolvidas no Instituto de Física de São Carlos nos agradaram bastante, revelou o pesquisador, que acrescentou ter se interessado muito pelas atividades realizadas no Grupo de Óptica do IFSC/USP, já que uma das unidades da STU também desenvolve projetos na área de eletrônica e fotônica. Os pesquisadores eslovacos também se interessaram bastante pela área da cristalografia, em razão de sua interação com a área de química medicinal, principalmente, no auxílio para o desenvolvimento de novos fármacos – dedicados as doenças tropicais e negligenciadas.

Martin também explicou que na STU existem aproximadamente cinquenta especialistas das áreas de química e física que fazem pesquisas com lasers, LED’s, bem como com optoeletrônica. Por essa razão – e não só -, nós temos muito interesse em criar colaborações com o Instituto de Física de São Carlos, sendo que o foco é realizarmos estudos com semicondutores, métodos de caracterização, optoeletrônica e biossensores, entre outros, concluiu ele.

Além de poder render bons resultados para pesquisas realizadas conjuntamente no Brasil e na Eslováquia, essa possível parceria poderá permitir que os estudantes de ambas as instituições realizem intercâmbio, algo que, tanto o IFSC, quanto a STU, vêem com bons olhos em um futuro próximo.

A Slovenská Technická Univerzita V Bratislave

A STU, instituição pública fundada em 1937, recebe aproximadamente dezessete mil alunos por ano. Localizada na Eslováquia, a universidade agrega sete faculdades nas cidades de Bratislava e Trnava, sendo elas: Faculdade de Engenharia Civil; Faculdade de Engenharia Mecânica; Faculdade de Engenharia Elétrica e Informação Tecnológica; Faculdade de Química e Tecnologia de Alimentos; Faculdade de Arquitetura; Faculdade de Ciência de Materiais e Tecnologia; e Faculdade de Informática e Tecnologias de Informação.

Além das faculdades, a STU congrega os seguintes institutos: Instituto de Comunicação e Lingüística Aplicada; Instituto de Ciência da Computação e Matemática; Instituto de Engenharia Elétrica; Instituto de Eletrônica e Fotônica; Instituto de Engenharia Nuclear e Física; Instituto de Engenharia Elétrica e de Energia Aplicada; Instituto de Robótica e Cibernética; Instituto de Telecomunicações; e Instituto Tecnológico de Esportes.

Assessoria de Comunicação

16 de fevereiro de 2015

Estudo rende prêmio à docente do IFSC nos EUA

No Grupo de Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos do Instituto de Física de São Carlos (CCMC- IFSC/USP), uma das linhas de pesquisa refere-se ao estudo de materiais eletrocerâmicos e suas aplicações na indústria eletroeletrônica. Tais materiais podem ter dois formatos: o da cerâmica tradicional ou filmes finos, neste último caso utilizados para exercer funções específicas dentro de dispositivos diversos, como computadores, celulares etc.

Para transformar os materiais eletrocerâmicos em condutores elétricos, um dos processos conhecidos é a sinterização, no qual a cerâmica é prensada para adquirir um novo formato, passando posteriormente por um tratamento térmico que irá otimizar suas propriedades físicas e mecânicas.

Peko-_eletroceramicaNa sinterização tradicional, a cerâmica “verde” (sem tratamento térmico) é colocada num forno e aquecida a 1400ºC, consumindo grande quantidade de energia e tempo para transformar-se em eletrocerâmica. No método conhecido por Hot Isostatic, a temperatura de sinterização é menor (200ºC), comparada à convencional. Já através do método Two-step sintering, a temperatura de sinterização é baixa, porém o tempo do processo é grande (em torno de 20 horas), tornando esse método pouco eficaz.

Pelo grande consumo de tempo e energia gastos pelas técnicas tradicionais de sinterização, novos métodos têm sido criados e estudados por pesquisadores do mundo todo, e uma das promessas é a técnica conhecida como Eletric Field Assisted (em português, Sinterização assistida por corrente elétrica) que, como o próprio nome sugere, utiliza corrente elétrica para sinterizar materiais cerâmicos.

Métodos modernos mais eficientes

No universo de novas técnicas para sinterização, o docente do CCMC, Jean Claude M´Peko, durante um pós-doutoramento na University of Colorado at Boulder (EUA), realizado entre 2012 e 2014, aprofundou seus estudos na Eletric Field Assisted Flash Sintering, uma técnica de sinterização na qual um campo elétrico é aplicado sobre um metal condutor ou semicondutor para que a corrente elétrica que circulará nele seja aproveitada para sinterizar os materiais cerâmicos. “Esse método foi criado pelo professor Rishi Raj em 2010, com quem eu trabalhei durante o pós-doutoramento”, conta M´Peko.

M´Peko diz que o Flash Sintering não é um fenômeno bem compreendido. Na comunidade científica, a principal controvérsia a respeito da técnica seria sobre o responsável pela sinterização dos materiais: o campo elétrico aplicado aos metais ou a corrente elétrica que passa pela amostra cerâmica.

PekoPara tentar sanar essa questão, M´Peko aprofundou-se na técnica e estudou a Flash Sintering aplicada em uma cerâmica de Zirconia dopada com Yttria, célula combustível que, de acordo com M´Peko, será o futuro da gasolina. “Na realidade, nosso estudo focou-se na sinterização de um mesmo material para duas técnicas diferentes de sinterização: a Flash Sintering e a sinterização convencional. A intenção era entender melhor a primeira técnica. Utilizando também a técnica de espectroscopia de impedância, analisamos, em nível estrutural, quais propriedades do material eletrocerâmico foram alteradas”, elucida M´Peko.

Depois do experimento, algumas questões foram respondidas. Uma delas é que, após submetida à Flash Sintering, a cerâmica passou a ter alguns “defeitos”, responsáveis diretos por uma sinterização imediata do material. “Acredito que a temperatura influencie no resultado, mas é provável que o campo elétrico dê pontapé inicial ao processo”, opina M´Peko.

Reconhecimento internacional

Por seus estudos relacionados a uma técnica nova e- ao que tudo indica- promissora, M´Peko foi contempado, em agosto do ano passado, com o Hoffman Award Winners. Ele acredita que o mérito do trabalho em questão tenha sido a busca pela compreensão do fenômeno da Flash Sintering que, segundo M´Peko, já incita o apelo de muitas indústrias de eletroeletrônicos pelo mundo. “A Flash Sintering é um método novo, e a comunidade científica precisa entender a fenomenologia por trás dessa técnica. Já existem colaborações de estudiosos de diversos países e, inclusive, empresas interessadas em investir nela”, conta M´Peko.

Ele afirma que quanto melhor a compreensão do fenômeno por trás da Flash Sintering, melhor a otimização do método- dependendo, até o momento, do material que será utilizado. Como, neste caso, os materiais utilizados (cerâmicos) compõem grande parte dos utensílios que utilizamos regularmente, a Flash Sintering deve ter um grande número de estudiosos pela frente que, no futuro, devem abrir inúmeras possibilidades de aplicação. Fica a dica para os atuais- e futuros- cientistas.

14 de fevereiro de 2015

Comunidade do IFSC/USP vota em trabalhos artísticos de alunos

Na última semana, professores, alunos e funcionários do IFSC/USP votaram nas melhores fotografias e ilustrações de alunos de ensino fundamental e médio participantes da OBF – Olimpíada Brasileira de Física. Essa votação foi parte das Atividades Paralelas da VOTAO_OBF-300OBF, uma atividade que tem o objetivo de estimular os alunos que participaram das provas da OBF a despertarem para a Física e para a ciência em geral, através da arte.

O tema das Atividades Paralelas de 2014 foi A Luz na Vida e na Ciência, em homenagem ao Ano Internacional da Luz. O concurso, bastante amplo, inclui ilustrações, fotografias com tema livre e, também, desafios de física, que consistem em experimentos realizados por equipes de alunos coordenados por um professor.

As Atividades Paralelas da OBF são organizadas pela Dra. Wilma Barrionuevo e pelo Prof. Euclydes Marega, docentes do Grupo de Óptica do IFSC/USP, os quais trabalharam durante todo o ano de 2014 para garantir a organização e a logística de divulgação, orientação e recebimento das largas dezenas de trabalhos inscritos que foram enviados por escolas de todo o Brasil, a maioria dos quais com bastante qualidade artística e científica.

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Para que fosse representativa e justa, a votação foi realizada em três etapas. A primeira votação foi realizada por meio de um júri formado por fotógrafos e artistas plásticos, os quais julgaram a qualidade artística das fotos. O segundo júri, popular, consistiu no registro do número de curtições de cada foto no Facebook, onde qualquer pessoa poderia votar. A terceira votação, realizada no nosso Instituto, registrou mais os aspectos científicos dos trabalhos apresentados.

Os resultados foram bastante interessantes. As fotografias registraram mais os aspectos científicos. A primeira colocada pelo Júri Artístico registrou o reflexo de uma flor no olho (a). Já a primeira colocada pelo Júri científico (IFSC) consistiu na foto de um arco-iris formado por gotas de um irrigador (b). A segunda colocada trazia fenômenos de reflexo e de refração em bolhas de sabão (c). Finalmente, as terceiras colocadas foram as fotografias de um raio (d) e a formação de um arco-íris em um CD transparente (e).

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As ilustrações misturaram abordagens científicas e, também, lúdicas. Alguns dos alunos consideram como luz o momento de fecundação do óvulo e o momento do nascimento de um bebê.

De modo geral, foram enviados mais trabalhos em 2014, em todas as modalidades. Nos últimos dois anos, o aumento na participação de alunos foi de 2,2 vezes (de 68 para 151) no número de ilustrações. Já nas fotografias, o número de trabalhos foi 8 vezes maior (de 21 para 161).

Assessoria de Comunicação

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