Notícias

15 de abril de 2021

CORALUSP com inscrições abertas para novos integrantes

O CORALUSP está com as inscrições abertas para 10 coros, com repertórios, horários e locais de ensaio diversos para contemplar todos os tipos de público.

As inscrições vão até 30 de abril, ou enquanto durarem as vagas.

O CORALUSP tem 13 grupos corais;Diversos estilos musicais;
É preciso ter 18 anos ou mais;
Gratuito;
Não é preciso experiência para a maior parte dos coros;
Não é necessário vínculo com USP;
Grupos em vários locais de São Paulo;
Durante a pandemia, os ensaios estão ocorrendo de forma virtual;
Os interessados devem consultar as informações sobre os grupos e preencher a ficha de inscrição no site (AQUI).

Baixe o flyer interativo virtual (AQUI) e compartilhe com seus amigos.

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de abril de 2021

ICB-USP promove homenagem aos 90 anos do Prof. Sérgio Olavo Pinto da Costa

Com 66 anos de carreira acadêmica, Costa foi um dos precursores das pesquisas genômicas no Brasil. Evento será no dia 22 de abril e contará com o lançamento do livro “O Homem Microbiano”.

O Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) irá homenagear o professor Sérgio Olavo Pinto da Costa no dia 22 de abril, às 15 horas, em evento transmitido no canal do ICB no Youtube (AQUI).

Um dos pioneiros em pesquisas genômicas no Brasil, Costa cursou Medicina na Universidade Federal do Paraná e logo filiou-se à USP, onde desenvolveu pesquisas e orientou profissionais que se tornaram referências em Biologia Molecular, Genômica e Microbiologia. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Genética e Comendador e Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.

Durante a homenagem, será lançado o seu livro O Homem Microbiano, resultado de reflexões com base na genômica, a grande paixão intelectual do autor. “Um produto de sua mente inquieta, ousada e privilegiada, nunca intimidada por barreiras limitadoras. Ao contrário, Sérgio Olavo – sempre tomado pela ousadia típica dos pioneiros – aborda magistralmente uma biologia molecular totalmente integrada às demais ciências”, informa a Pedagógica Editorial, responsável pela edição da obra.

O evento contará com a participação dos seguintes ex-alunos, colegas, amigos e professores: Luís Carlos de Souza Ferreira, diretor do ICB-USP; Ana Clara Schenberg (ICB-USP); João Lúcio de Azevedo (Esalq-USP); Isaac Roitman (UnB); Walter Coli (IQ-USP); Catarina Takahashi (FFCLRP-USP); Eliana Dessen (IB-USP); Adriana F. de Souza (Ipeci-Unisantos); Sergio Echeverrigaray (Carvi-UCS); Luisa Lina Villa (FM-USP); Christina Bonato (UFPB); Mônica B. Rodrigues (UFMG); Salete Newton (Universidade do Kansas) e Ophelis de A. Françoso Jr. (Pedagógica Editorial).

Para adquirir o livro, entre em contato com

pedagogicaeditorial@gmail.com

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de abril de 2021

IFSC/USP seleciona voluntários para pesquisa em tratamento de zumbido

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está selecionando voluntários de ambos os sexos, com idades entre 18 e 60 anos, para participarem da pesquisa de tratamento de zumbido, com o equipamento Vacumlaser que promove a pressão negativa associada ao laser de baixa potência.

Esta é uma iniciativa do IFSC/USP, com o apoio da FAPESP e da empresa MMOPTICS, onde estarão vetados de participar pessoas com as seguintes características:

– Portadores de diabetes;

– Portadores de marca-passo;

– Pessoas com alterações de pressão arterial;

– Pessoas sob suspeita de infeção por COVID-19 e

– Grávidas.

Este tratamento está aprovado pelo Comité de Ética da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC) sob o número CAAE: 40341220.0.0000.8148.

Esta pesquisa de tratamento será realizada pela doutoranda Profª Patrícia Tamae, com supervisão do Dr. Vitor Hugo Panhoca e Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, pesquisadores do IFSC/USP.

O zumbido está muitas vezes associado a labirintite, tontura, vertigem e disfunção temporomandibular.

Os interessados em participar desta pesquisa para tratamento de zumbidos deverão se inscrever para realizar a triagem, enviando mensagem no whatsapp da pesquisadora Profa. Patricia Tamae no número 16-99798-4665.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de abril de 2021

O experimento do Muon g-2 – Fortes evidências de uma nova física

Os primeiros resultados do experimento Muon g-2, hospedado no Fermilab (EUA) mostram partículas fundamentais, chamadas múons, se comportando de uma forma não prevista pelo Modelo Padrão da física de partículas.

Anunciados no passado dia 7 de abril do corrente ano, esses resultados confirmam e reforçam as descobertas de um experimento anterior de mesmo nome realizado no Laboratório Nacional de Brookhaven*.

Combinados, os dois resultados mostram fortes evidências de que o melhor modelo teórico do mundo subatômico é incompleto.

Uma explicação potencial seria a existência de partículas ou forças não descobertas.

O Grupo de Física Teórica do IFSC/USP, coordenado pelo Prof. Diogo Rodrigues Boito, tem trabalhado ultimamente em temas relacionados com este assunto

No vídeo abaixo, é explicado o que é um múon, como o experimento Muon g-2 funciona e a importância desse resultado.

* O Laboratório Nacional de Brookhaven (ou BNL, de Brookhaven National Laboratory) é um laboratório nacional do Departamento de Energia dos Estados Unidos situado em Upton (Nova Iorque), em Long Island, a cerca de 90 quilómetros a este da cidade de Nova Iorque, numa antiga base do exército americano. Funciona desde 1947 e nele foram desenvolvidas pesquisas que conduziram a sete prêmios Nobel. Neste laboratório encontra-se o Colisor Relativístico de Íons Pesados, ou RHIC (Relativistic Heavy Ion Collider), em inglês. Em Brookhaven são desenvolvidas pesquisas nas áreas da física nuclear, física de partículas, ciência e tecnologia da energia, ambiente, nanociência e segurança nacional.

Para acessar o vídeo (em inglês), clique na imagem abaixo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP
13 de abril de 2021

Profª Yvonne Mascarenhas em destaque no canal “Mulheres na Ciência”

Ganhadora do “Prêmio Joaquim da Costa Ribeiro – 2021”, a nossa docente, pesquisadora e pioneira do Instituto de Física de São Carlos, Profª Yvonne Primerano Mascarenhas, foi a convidada do canal “Mulheres na Ciência”, na rubrica “Mulheres Incríveis”.

Para conferir esta entrevista clique na imagem abaixo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de abril de 2021

Acolhimento e orientação psicológica para a comunidade do IFSC/USP

A psicóloga ao serviço do IFSC/USP, Barbara Kolstock Monteiro, mantém seu atendimento à comunidade do IFSC/USP (docentes, alunos e funcionários), com o intuito de ajudar a manter uma boa saúde mental.

Acolhimento e orientação psicológica são serviços importantes disponibilizados desde há algum tempo no nosso Instituto.

Clique na imagem abaixo e confira a mensagem de Barbara Kolstock.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de abril de 2021

Produção científica no IFSC/USP – março de 2021

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de março de 2021, clique AQUI,  ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

 

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico Food Chemistry (AQUI)

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de abril de 2021

(NEUSC) – Empreendedorismo na USP!

Que tal aprender sobre empreendedorismo, startups e gestão da inovação na prática, ser treinado por importantes agentes do mercado nacional e internacional sem gastar muito tempo?

O Núcleo de Empreendedorismo da USP – São Carlos (NEU-SC)! É uma extracurricular para você que se interessa por empreender, mas não sabe muito bem por onde começar, tem dificuldade para encontrar gente disponível para te ajudar e acha as informações muito confusas!

Ou até mesmo para você que já participou de algumas extracurriculares, mas não tem certeza se sabe empreender da melhor maneira possível.

O que você vai encontrar no Núcleo de Empreendedorismo da USP – São Carlos (NEU-SC)?

– Hackathons;

– Espaços de coworking e prototipagem de novas ideias;

– Pré-aceleração de startups de base científica;

– Conexão direta com o mercado de trabalho nacional e internacional;

– Ambiente inovador e disruptivo;

– Trabalho remoto e operação de forma assíncrona;

Procuramos novos membros. MAS, vai ser só até o dia 30/04, preste atenção!

Quer fazer parte da construção de um ecossistema de inovação que gera cada dia mais impacto positivo na região, se tornando ainda mais relevante e atrativo para pesquisadores, empresas e investidores do Brasil e do mundo?

Temos um projeto de aceleração começando já em maio (Innostart).

Por isso, recomendamos fortemente que você aproveite essa oportunidade.

Para se inscrever no nosso processo, CLIQUE AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de abril de 2021

Campus USP de São Carlos recepciona calouros de forma remota

Patrícia Cari e Maestro Sérgio Alberto de Oliveira

Foi uma forma diferente de acolher os novos alunos dos diversos cursos ministrados no Campus USP de São Carlos, no decurso da XIII Semana de Recepção aos Calouros, cuja sessão inaugural ocorreu no dia 12 de abril, no período da manhã, já que a tradicional festa anual, que se prolongava presencialmente por uma semana, ficou comprometida devido às restrições causadas pela pandemia, tendo sido realizada este ano de forma virtual.

Contudo, essa impossibilidade de os alunos poderem interagir presencialmente com colegas, professores e funcionários, e de conhecerem todos os magníficos pormenores do Campus, foi de alguma forma superada pelo bonito acolhimento online que foi realizado remotamente no primeiro dia das comemorações, com a presença de cerca de setecentos participantes, entre alunos, familiares e comunidade acadêmica.

Prof. Sergio Paulo Campana Filho

Após a execução do Hino Nacional Brasileiro, interpretado ao piano pelo Maestro Sérgio Alberto de Oliveira e com a voz de Patrícia Cari, do Coral da USP de São Carlos, coube ao Prefeito do Campus USP de São Carlos, Prof. Sergio Paulo Campana Filho, abrir a série de breves discursos que foram proferidos pelas restantes entidades presentes, a saber: Vice-Reitor da USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes, Diretor da Escola de Engenharia de São Carlos (EEESC/USP), Prof. Edson Wendland, Diretor do Instituto de Física de São Carlos IFSC/USP), Prof. Vanderlei Bagnato, Diretora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), Profª Maria Cristina Oliveira, Diretor do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU/USP), Prof. Joubert Lancha, e o Diretor do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), Prof. Emanuel Carrilho.

Em seu discurso, o Prof. Campana Filho deu as boas vindas aos novos estudantes, tendo parabenizado todos por terem ingressado na USP, uma Universidade que a partir de agora abre suas portas para as novas etapas da vida, inclusive para que todos conquistem novas e fortes amizades, algo que irá transformar as vidas dos calouros. “A USP nos transforma e vocês estão iniciando essa fase de transformação hoje, a partir deste momento, e ela vai se acentuar ao longo dos anos, com sua participação, já que a Universidade não é uma entidade estática e ela conta com vocês para alcançar novos horizontes”. O Prefeito do Campus da USP de São Carlos chamou a atenção de todos para as características do Campus, local onde, para além de sua beleza natural, é um local de reconhecida  excelência por tudo o que é desenvolvido nele em termos de pesquisa, ensino, extensão e ações sociais.

Prof. Emanuel Carrilho

O Diretor do Instituto de Química de São Carlos e atual Presidente do Conselho Gestor do Campos, Prof. Emanuel Carrilho, foi o segundo orador desta sessão, tendo sublinhado o fato da USP contemplar todas as áreas do conhecimento, onde o o Campus da USP de São Carlos, de forma especial, contribui fortemente na área das ciências exatas, da inovação, e por gerar um grande número de patentes. “Nosso Campus é um celeiro de startups, onde muitas empresas de ponta nascem aqui. E, fiquem cientes de uma coisa: a primeira alegria de vocês é quando entram na USP e a segunda será quando vocês se formarem, ou seja, quando saírem da USP”, pontuou o Diretor do IQSC/USP. Em seu discurso, o Prof. Emanuel Carrilho chamou atenção para a responsabilidade social que os novos alunos terão a partir de agora perante a sociedade, da mesma forma que os dirigentes e governantes da Nação têm a responsabilidade perante essa mesma sociedade de combater esta pandemia. “Não é aceitável nós, na Academia, fazermos todos os esforços para avançar o conhecimento para encontrar formas de combater esta epidemia e não ter um eco da sociedade por conta dos dirigentes”, enfatizou o orador, tendo acrescentado que os alunos que agora ingressam no Campus de São Carlos estão na melhor Universidade do Brasil e da América Latina, e uma das melhores no mundo e que, por isso, devem aproveitar todo o conhecimento que irão adquirir ao longo dos anos.

Prof. Joubert Lancha

Ao fazer um resumo da criação do Instituto de Arquitetura e Urbanismo  (IAU/USP), que muito enriqueceu o Campus USP de São Carlos desde o ano de 2010, o Diretor da Unidade, Prof. Joubert Lancha aproveitou para enaltecer os cursos ministrados na Unidade e o perfil dos profissionais que são formados, sempre tendo em consideração as realidades, as demandas e as desigualdades sociais bem visíveis em nossas cidades. No que respeita à Universidade, como um todo, o Prof. Joubert Lancha teceu as seguintes considerações: “A USP tem se empenhado, com afinco, neste período trágico de nossas vidas e de nosso País, com o devido distanciamento social e realizando suas atividades através de conexões remotas para com isso manter e reafirmar o seu papel sócio-cultural único, potencializando seu estreito vínculo com a sociedade paulista e brasileira. Com o comprometimento e apoio de toda comunidade, as Unidades deste Campus se uniram também ao desafio (…). Uma instituição pública de ensino e pesquisa cresce e revela sua importância quando participa do debate social e político de um estado, de uma nação”, afirmou o dirigente.

A Diretora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), Profª Maria Cristina Ferreira de Oliveira, iniciou seu breve discurso parabenizando os alunos por terem conseguido vencer os desafios inerentes à entrada na Universidade, principalmente em um ano tão difícil e atípico, recheado de restrições. Embora sentindo tristeza pelo momento que se vive e pelos condicionamentos estabelecidos, que também impõem a proibição de uma confraternização presencial, a Diretora do ICMC/USP salientou, em contraponto, que a alegria de receber os novos alunos no Campus USP de São Carlos é sempre enorme, mesmo que seja de forma virtual, para comemorar a conquista dos jovens terem entrado na USP. “Junto com o sentimento de tristeza, tenho um sentimento de orgulho porque, apesar de tudo, a USP não parou e continuamos a executar, entre outras, nossa importante missão de formar. Com este momento atípico estamos vivenciando um aprendizado intensivo de como lidar e interagir com nossos alunos de forma remota, o que tem demandado um enorme esforço de alunos, professores e funcionários; por isso, vamos ter paciência, boa vontade e tolerância”, pontuou a docente. Para a Profª Maria Cristina, ser aluno da USP é uma oportunidade a que todos têm acesso e ingressar nela é fruto da capacidade e do esforço de cada um e também do esforço e compromisso de muitas pessoas que ajudam e apoiam, entre elas os familiares de cada jovem, e da sociedade como um todo, já que é ela que financia a USP para que, entre outras coisas, forme profissionais altamente qualificados.

Profª Maria Cristina Ferreira de Oliveira

“Todos vocês estão felizes, certo? Afinal, o número de pessoas que entra na USP é uma fração muito pequena comparada com o número de todos aqueles que gostariam de entrar”. Foi assim, que, após dar as boas-vindas aos calouros, o Diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Vanderlei Bagnato, iniciou o seu discurso, chamando a atenção para o fato da Universidade de São Paulo ser uma referência e, segundo o orador, tudo o que acontece na USP vira padrão. “Se, na USP, a forma como ensinamos ou se a forma como conduzimos os estudantes muda, isso tem logo repercussão em outras instituições de ensino, o que acarreta uma enorme responsabilidade. Frequentemente, o Brasil e o mundo muitas vezes olham nossos alunos de outra forma, porque eles são referências, porque eles têm e apresentam uma conduta adequada. Vocês não estão na USP apenas para receber os diplomas, vocês estão aqui para determinar o caminho de suas vidas”, pontuou o Diretor do IFSC/USP. Em seu discurso, o Prof. Vanderlei Bagnato afirmou que os quadros formados pela USP se tornam em profissionais de liderança, profissionais que estão na linha da frente rumo ao desenvolvimento da Nação e participando em inúmeros desenvolvimentos mundiais. “Devido a essa postura, a essa excelência, é importante que tenhamos, todos nós, um código de conduta e ética: uspiano não rouba e não trapaceia, ao contrário, repudia quem faz isso. Também é importante lembrar de quem está pagando a conta, que é a sociedade, os cidadãos, principalmente os do estado de São Paulo e não podemos trair essa sociedade que, com muito sacrifício, nos mantém”, pontuou o dirigente. O orador fez questão de afirmar que a pretensão da USP é que o aluno conquiste uma independência, que se deixe moldar para algo que vai além, que é a informação e educação rumo a um conceito pleno de cidadania. Algumas dicas dadas pelo orador: “Você, aluno, tem que conviver com a diversidade, por isso o respeito é fundamental. Você, aluno, faça amigos entre colegas, funcionários e professores, pois essas amizades serão eternas. Você, aluno, respeite a cidade,

Prof. Vanderlei Bagnato

pois ela será sua segunda casa nos próximos anos. Comemore as vitórias e não desanime com as derrotas, pois elas são apenas maus momentos que servirão para você aprender a recomeçar: se fizer isso, você se tornará uma pessoa excepcional. Dedique-se ao estudo, porque este é o momento para isso e vai marcar seu caminho na Academia”. No final de seu discurso, o Diretor do IFSC/USP salientou: “Na vida, nós sempre fazemos atos bons e maus, até porque o convívio com a sociedade nos induz, por vezes, a errar. Atos maus, que viram hábito, tornam-se vícios. Hábitos bons, que viram hábitos, tornam-se virtudes, e na USP, particularmente no Campus de São Carlos, queremos formar cidadãos virtuosos que fiquem conscientes do Bem, para que juntos possamos criar uma sociedade digna.

Prof. Edson Wendland

O Diretor da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Prof. Edson Wendland, foi o orador seguinte nesta sessão remota da abertura da “XIII Semana de Recepção dos Calouros do Campus USP de São Carlos – 2021”, tendo enaltecido a vitória de todos os alunos que entraram nos diversos cursos das Unidades da USP de São Carlos e parabenizado os familiares por essa grande conquista dos jovens, tendo garantido que a transformação que agora se inicia em todos os jovens terá seus frutos daqui a quatro ou cinco anos, no momento em que colarem grau e se apresentarem a seus familiares como adultos plenamente formados, deixando para trás todas a dificuldades encontradas pelo caminho, principalmente este período difícil de pandemia. “Vocês, que foram selecionados e passaram nesse processo, enfrentaram enormes dificuldades para continuar fazendo uma preparação de forma remota; mesmo assim, conseguiram excelentes resultados naquela que é a melhor universidade do Brasil, o que demonstra a capacidade, força de vontade e competência que demonstraram. Durante os primeiros indícios da pandemia, em 2020, a USP tomou a decisão de não parar e de continuar seu trabalho junto dos alunos, o que se traduziu em um tremendo esforço e na tomada de decisões muito difíceis, sendo que a EESC foi, desde logo, uma das primeiras unidades a aderir a esse esforço. Por sua vez, os alunos devem contribuir para a evolução da USP, como um todo”, finalizou o dirigente.

Esperado com particular interesse, coube ao Vice-Reitor da USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes, encerrar a abertura da XIII Semana de Recepção aos Calouros do Campus USP de São Carlos, tendo começado por agradecer aos diretores das Unidades e ao Prefeito do Campus o empenho em realizarem uma cerimônia inédita por sistema remoto. Após parabenizar os ingressantes e familiares, o Prof. Antonio Carlos Hernandese pediu para que os alunos sempre tomem atenção às orientações dos diretores, já que a Universidade começa agora a fazer parte da vida de cada um. “A USP tem estado na liderança ao longo de muitos anos e tem contribuído de maneira muito significativa para que a sociedade brasileira tenha atingido uma condição de vida muito melhor, seja através de desenvolvimentos tecnológicos, gerando empresas e emprego, seja através de políticas públicas dedicadas às mais de cinco mil cidades espalhadas pelo território nacional, bem como em todas as outras áreas onde a universidade atua – saúde, cultura, meio ambiente etc.”, lembrou o Vice-Reitor.

Prof. Antonio Carlos Hernandes

Com 183 cursos de graduação e com uma quantidade de opções que ainda irão ser divulgadas, a USP cumpre o seu papel de ser um agente transformador do País, algo que tem sido uma constante ao longo de mais de 85 anos. “A USP é uma universidade que tem o tamanho de muitas cidades do interior do estado e que com os seus sete campi, distantes entre si, congrega uma população de entre 110 a 115 mil pessoas, isso contando com alunos (60 mil de graduação), (30 mil de pós-graduação), professores, servidores técnicos e administrativos e servidores de empresas que prestam serviço, além de outras 100 mil pessoas que realizam cursos de pós: ou seja, um contingente de pessoas praticamente igual ao número de habitantes da cidade de São Carlos, e desenvolvendo ações que estão integradas em sua própria missão – formando recursos humanos de qualidade que sejam capazes de ser lideranças para o desenvolvimento do estado e do País”, salientou orador. Para o Vice-Reitor, é essencial que a USP seja pública, ou seja, que ela não cobre qualquer mensalidade. Contudo, existe um custo associado a todos que estão envolvidos nesse processo. “Esse custo, esse dinheiro, vem através dos impostos dos cidadãos de do estado de São Paulo quando adquirem mercadorias e que constitui aquilo que é essencial para a pesquisa e para o ensino”, pontuou o dirigente.

Já no que diz respeito à missão que cada estudante tem na USP, o Vice-Reitor foi direto na afirmação que a função de cada aluno que ingressa na Universidade é ser um agente transformador não só na Universidade, como também, junto de sua família, colegas e da sociedade. Em termos sociais, a USP mantém um processo de avaliação sócio-econômica para alunos provenientes de famílias com dificuldades, traduzido num papel social fundamental protagonizado pela Universidade e com centenas de exemplos de sucesso que, segundo o orador, devem ser seguidos. “Não estranhe o fato de durante o seu curso você receber convites para trabalhar em um determinado laboratório, ou uma empresa oferecendo um estágio. Isso é normal acontecer na Universidade de São Paulo, só que você não pode perder o foco, e esse foco é concluir o seu curso, ou fazer a etapa seguinte, que é a pós-graduação. As oportunidade vão aparecer ao longo do processo da sua formação. É aqui que você começa a definir o seu futuro, construindo a sua rede, o seu network e o futuro só depende de você.Confie na sua família e receba o apoio dela, pois isso vai ser fundamental”, concluiu o Vice-Reitor da USP.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de abril de 2021

Entre 12 e 16 de abril: IFSC/USP recepciona seus calouros

Integrada na realização da XIII Semana de Recepção aos Calouros da USP-2021, que se inicia no próximo dia 12, às 08h00 (VER AQUI), com uma cerimônia virtual, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) iniciará igualmente sua própria programação de acolhimento aos novos alunos  entre os dias 12 e 16 do corrente mês.

Desta forma, no dia 12, às 10h00, inicia-se a Semana de Recepção aos alunos de nosso Instituto com uma conversa entre os novos ingressantes, o diretor do IFSC/USP e o Presidente da Comissão de Graduação, na circunstância, os Profs. Vanderlei Bagnato e Luis Gustavo Marcassa, evento que será transmitido pelo Canal Youtube (VER AQUI).

Seguidamente, às 14h00, os alunos pertencentes aos Cursos de Bacharelado e de Licenciatura participarão da sessão de apresentação do Centro de Estudos de Física de São Carlos (CEFISC) e da Secretaria Acadêmica de Licenciatura e Ciências Exatas (SACEx), iniciativas estas que ocorrerão em salas virtuais distintas, apenas dedicadas aos interessados.

A última iniciativa deste dia acontecerá às 17h30, através do Canal Youtube do IFSC/USP, com a cerimônia de entrega dos Prêmios Prof. Horácio Panepucci e Paulo Freire, onde na circunstância serão homenageados diversos professores, uma iniciativa que estará a cargo do CEFISC e da SACEx e que será igualmente transmitida pelo Canal Youtube (VER AQUI)).

No dia 13 de abril, às 10h00 e 14h00 serão apresentados aos novos alunos, respectivamente, os Ambientes Virtuais Institucionais/Sociais do Instituto, bem como os Coordenadores dos Cursos de Física, Física Computacional e Ciências Físicas e Biomoleculares, através de transmissões fechadas.

Os dias 14 e 15 serão dedicados a atividades extracurriculares, eventos recreativos e confraternizações, sendo que o dia 16 de abril terá como destaque a Aula Magna que será ministrada pelo Prof. Sérgio Rezende (Universidade Federal de Pernambuco), intitulada “Ciência e Tecnologia no Brasil: Avanços históricos e ameaças atuais”, programada para acontecer às 10h30 e aberta ao público através do Canal Youtube do IFSC/USP.

Às 14 horas desse mesmo dia, a Semana de Recepção aos Calouros do IFSC/USP terminará com uma atividade de integração, denominada “Arte à Tarde”.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de abril de 2021

No IFSC/USP – Alunos homenageiam seus mestres

Karla Yelisetty, Pedro dos Santos Silva e Lucas Adam Julião

Pela primeira vez em sua história (15 anos), a outorga dos prêmios Paulo Freire e Horacio C. Panepucci foi realizada de forma remota devido às restrições causadas pela pandemia.

Contudo, o brilho e a importância desse momento bonito, onde os alunos do Instituto homenageiam seus mestres, se manteve incólume graças à competência da organização do evento, constituída pelos membros do Centro de Estudos de Física de São Carlos (CEFISC) e da Secretaria Acadêmica da Licenciatura em Ciências Exatas (SACEx), que souberam adequar o momento à situação que atualmente vivemos.

Uma vez mais, coube ao Diretor do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, abrir esta cerimônia, recordando que todos gostam muito de valorizar os alunos, mas é sempre importante os estudantes reconhecerem as qualidades de seus professores e, com isso, a qualidade do ensino da Instituição. Para o Diretor do IFSC/USP e para o Presidente da Comissão de Graduação, Prof. Luís Gustavo Marcassa, que igualmente fez questão de estar presente na cerimônia online “Uma pessoa que dá um prêmio geralmente é uma pessoa que merece receber um prêmio”, sublinhou o Diretor. Com esta cerimônia, os alunos do IFSC/USP mantiveram a tradição que inunda todos de um orgulho inestimável, pois os professores que foram homenageados representam também todos os restantes docentes.

Matheus Issa

A apresentação desta cerimônia esteve a cargo de Karla Yelisetty (aluna de graduação em Física), Pedro dos Santos Silva (aluno de graduação em Ciências Físicas e Biomoleculares) e Lucas Adam Julião (aluno da Licenciatura em Ciências Exatas), tendo-se começado por reservar um minuto de silêncio em memória das vítimas da Covid-19, ao que se seguiu uma homenagem pública aos funcionários do IFSC/USP que asseguraram o funcionamento da Instituição e contribuíram para que os alunos continuassem com seus trabalhos, mesmo de forma remota. Uma Menção Honrosa foi entretanto lida pelos apresentadores a todos os professores dos cursos de Física, Física Computacional, Ciências Físicas e Biomoleculares, e Licenciatura em Ciências Exatas. O momento seguinte foi de reflexão, respeito e saudade, com a Homenagem Póstuma ao Prof. Ricardo De Marco (IFSC/USP), falecido recentemente vítima de acidente, um momento protagonizado pelo aluno Matheus Issa, que, com a devida vênia, passamos a transcrever abaixo.

Cristiane: “Com certeza que o Ricardo, onde ele estiver, está muito feliz por receber esta homenagem dos alunos. Não raro, chegava em casa feliz por ter discutido novas ideias com os alunos. Sempre dizia que não era fácil ser professor e pesquisador no Brasil, mas para ele não existia outra profissão. Ele foi muito feliz na docência e no convívio com os alunos do Instituto de Física de São Carlos. Em meu nome e em nome de minha família, muito obrigado a vocês”.

“Todos os dias a vida nos mostra quão finita e rápida ela é. No entanto, ela ao mesmo tempo se mostra continuamente mais importante e vibrante quando estamos rodeados de pessoas que contribuem  positivamente com a vivência e que acabam formando cada momento único e eterno. A todo o instante iremos cruzar com pessoas que nos tocaram tão internamente e de uma forma tão humana, que deixaram memórias marcantes, as quais nunca poderão ser apagadas. Às vezes, esses indivíduos são nossos amigos; às vezes, professores; às vezes familiares, tanto de sangue quanto de consideração. Mas, de vez em quando, eles são uma combinação inigualável  de cada uma dessas características. De vez em quando, eles são como o Prof. Ricardo. Tive a ilustre oportunidade de ter aula com ele no ano passado, embora já cruzasse por diversas vezes com ele nos corredores e laboratórios do Campus-2. Um período tão difícil e com tantas instabilidades como 2020 testou nossa humanidade com paixão a todo o momento e é nessa ocasião que a compreensão com o próximo se torna uma atitude heroísmo e de destaque. Sua inestimável dedicação e excelência no exercício da docência e da pesquisa fizeram com que cada uma das aulas ministradas fosse uma experiência incomparável. Peço licença para citar nosso Patrono da Educação Brasileira, Paulo Freire: ‘Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou sua construção’. O Prof. Ricardo sempre assumiu a posição, enquanto professor, de estimular exatamente o que coloca o educador brasileiro, provocando sempre o despertar da curiosidade e a busca constante de novas informações. Em nome de todos os alunos e da Comunidade do IFSC/USP (pausa) expresso o meu muito obrigado por tudo e a minha completa admiração (pausa) por ele ter sido esse exemplo de integridade e competência intelectual que estará para sempre na nossa memória e influenciará eternamente nossas vidas”.

Conectada a esta cerimônia esteve Cristiane, esposa do Prof. Ricardo De Marco, bastante emocionada.

 

Vencedores do “Prêmio Paulo Freire”

Melhores docentes

Curso de Licenciatura em Ciências Exatas

 

Profª Adriana do Carmo Bellotti (Alunos 2017)

Me sinto com a sensação de missão cumprida em ter ensinado a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Foi desafiadora para todos nós esta aprendizagem e sinto que este prêmio foi um reconhecimento pelo meu desempenho. Agradeço a todos vocês e desejo que a Língua Brasileira de Sinais seja cada vez mais difunmdida.

Faço votos para que a semente tenha sido plantada.

 

Profª Adriana do Carmo Bellotti (Alunos 2018)

Disciplina de Didática – “Nova surpresa em receber mais este prêmio.

De fato, amo o que faço e sempre busco fazer o meu melhor. Por isso, acho que consegui esse objetivo. Estarei sempre à disposição de vocês, meus alunos, para contribuir para a sua formação.

Muito obrigada por esta homenagem

 

Prof. Paulo Barbeitas Miranda (IFSC/USP) (Alunos 2019)

Agradeço imensamente aos alunos e estou muito comovido com este prêmio. O ano de 2020 foi muito desafiador para todos nós, mas enfrentamos esse período juntos. As turmas da Licenciatura me chamam muito a atenção porque os alunos são muito engajados. Talvez não seja digno de receber um prêmio com o nome de Paulo Freire.

Muito obrigado a todos vocês.

 

Prof. Otávio Thiemann (IFSC/USP) (Alunos 2020)

Agradeço profundamente a honra dessa distinção. Confesso que ensinar à distância é um processo muito difícil e por vezes eu me enrolei todo. Por isso peço desculpas e agradeço a paciência que vocês tiveram. Acho que a maior distinção cabe a vocês por terem escutado alguém falar de biologia de forma remota.

Agradeço humildemente este prêmio.

 

 

Vencedores

Prêmio “Horacio C. Panepucci”

 

Prof. Leonardo Maia (IFSC/USP) – (Alunos dos Cursos de Física Computacional e Física – 2017)

Queria poder dizer que foi uma satisfação ganhar este prêmio, mas não foi e vocês sabem porquê. Deviamos estar celebrando a vida e a civilização. Não tem como estarmos felizes na forma como estamos vivendo nos últimos tempos. Estamos de luto. Nosso País está passando pela maior catástrofe da sua história.

Precisamos interromper esse genocídio brasileiro intensificado agora.

 

 

Profª Solange Rezende (ICMC/USP) – (Alunos do Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares – 2017)

Foi a primeira disciplina que ministrei para um curso do Instituto de Física, com 30 anos de USP. “Aprendizagem é experiência, tudo o resto é informação (Einstein)”. Agradeço este reconhecimento porque consegui exercitar a minha essência, mesmo neste cenário. Tenho certeza que promovi grandes transformações este ano, mas o certo é que eu fui muito transformada com essa turma. Foi com eles que aprendi esse ensino remoto. Só tenho que agradecer ter estado no IFSC e agradecer a cada um de vocês. Muito obrigada.

 

 

Prof. Éric Castro Andrade (IFSC/USP) – (Alunos do Curso de Física – 2018)

Fico muito feliz pelo reconhecimento, especialmente porque 2018 foi difícil, já que começamos em sistema presencial e depois tivemos que migrar para o sistema remoto e isso foi um desafio. Parabéns para vocês que não desistiram. A Física ajudou em certa medida a superar algumas dificuldades e a nos fazer esquecer um pouco o confinamento.

Muito obrigado a todos.

 

 

Prof. Thiago Alexandre Pardo (ICMC/USP) – (Alunos do Curso de Física Computacional – 2018)

Muito feliz por este reconhecimento. Em 15 anos de USP, foi a primeira vez que ministrei uma disciplina no IFSC e de fato foi muito bom e espero repetir mais vezes essa ou outras disciplinas. O ensino e o aprendizado é uma via de duas mãos: de um lado está o professor e do outro lado está o aluno. Esta homenagem que vocês estão me fazendo, eu preciso compartilhar com os meus alunos.

Agradeço imenso ao IFSC e a vocês por este reconhecimento.

 

Prof. Luiz Nunes de Oliveira (IFSC/USP) – (Alunos dos Cursos de Física Computacional e Física (2019), e Ciências Físicas e Biomoleculares (2018 e 2019)

Precisam ver a magnitude do trabalho que vocês estão fazendo aqui. Vocês estão dando continuidade a uma comemoração que dura há 14 anos. Das 42 Unidades da USP, só aqui no IFSC é que existem alunos que fazem este reconhecimento aos professores. Vocês estão mantendo a tradição e estão mantendo o entusiasmo. Esta foi a cerimônia mais tocante que vi até hoje.

Muito obrigado a todos vocês.

 

Profª Regilene Oliveira (ICMC/USP) – (Alunos do Curso de Física – 2020)

Me sinto muito honrada por receber este prêmio.Todos nós queremos ser reconhecidos pelo trabalho e este é o melhor, senão o maior reconhecimento que podemos receber – dos nossos alunos. Dar aula remota se tornou um verdadeiro desafio, mas mesmo no ensino remoto podemos ser facilitadores do aprendizado.

Muito obrigada por este reconhecimento.

 

 

Profª Miriam Manoel (ICMC/USP) – (Alunos do Curso de Física Computacional – 2020)

Fico com uma vontade enorme de falar montes de coisas aqui, principalmente da alegria que sinto em receber este prêmio.; Ao contrário do que possa parecer, adorei dar aulas remotas e foi impressionante sentir todo o grupo de alunos a cerca de 30 cm de mim. Essa sensação me deixou ainda mais próxima dos meus alunos. Ensinei e aprendi…

Recebi muita energia positiva de meus alunos, sempre dedicados e atenciosos. Muito obrigada a todos vocês

 

 

Prof. Alessandro Nascimento (IFSC/USP) – (Alunos do Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares – 2020)

Confesso que estou muito feliz e emocionado com este prêmio, mas isso leva-me a pensar no seguinte: “Será que eu mereço?” Guardo no meu coração todas as experiências passadas com meus alunos, mesmo em tempos difícieis como aqueles que vivemos em 2020. Espero que os alunos ingressantes neste ano de 2021 consigam vivenciar todas as experiências de grupo, mesmo que sejam remotas. Vocês estão todos convidados para beber um café comigo assim que a situação da pandemia normalizar.

Muito obrigado.

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de abril de 2021

207 alunos no Curso de Inovação e Empreendedorismo

Prof. Alessandro Nascimento

Uma experiência singular para a formação dos alunos da USP São Carlos, agregando, em simultâneo, palestras proferidas por pessoas que atuam no setor produtivo e que trazem para eles uma visão mais prática da inovação no contexto do mercado

Como forma de aproveitar o período inter-semestral de docentes e discentes, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) lançou este ano o Curso de Inovação e Empreendedorismo dedicada a todos os alunos de graduação  da USP São Carlos, estando neste momento inscritos 207 alunos oriundos do Instituto de Física, Instituto de Química, Instituto de Ciências Matemáticas e Computação e Escola de Engenharia.

Coordenada pelo Prof. Alessandro Nascimento (IFSC/USP), esta disciplina optativa livre, inovadora, é uma forma de maximizar o aproveitamento do aluno no seu curso sem sobrecarregar o semestre letivo com um número elevado de disciplinas. A adesão dos alunos a este Curso de Inovação e Empreendedorismo mostra que a oferta de disciplinas no período entre os semestres é algo que interessa aos alunos, fato que surpreendeu os professores que não esperavam por tantas inscrições.

O Prof. Alessandro Nascimento destaca que a disciplina combina atividades práticas propostas pelos docentes do IFSC/USP com um material fantástico que foi desenvolvido pela Agência USP de Inovação (AUSPIN). “Conseguimos trazer a visão de inovação e de empreendedorismo pela ótica de quem vivencia a inovação diariamente. Esta experiência também é singular e está se mostrando muito proveitosa para a formação dos nossos alunos, agregando, em simultâneo, palestras proferidas por pessoas que atuam no setor produtivo e que trazem para eles uma visão mais prática da inovação no contexto do mercado”.

Este curso inova, também, ao agregar alunos da graduação e da pós-graduação, uma experiência compartilhada e que em grande parte só foi possível por conta do formato online que a USP adotou para as aulas, devido à pandemia da COVID-19, e pelo apoio dado pelo Escritório de Ações para Imersão no Mercado de Trabalho (EAIMT). “Esta parceria tem uma razão: entendemos que este curso pode despertar o espírito empreendedor em alguns dos nossos alunos, dando-lhes mais conhecimento, para que vejam o empreendedorismo e a inovação como oportunidades de construção de uma carreira, até porque o IFSC/USP tem vários exemplos de alunos egressos que escolheram o empreendedorismo como opção e carreira. Por isso, esperamos que muitos outros sigam este caminho”, finaliza Alessandro Nascimento.

As aulas deste curso foram gravadas e editadas pela PROVE, empresa parceira cujos profissionais estão ao serviço do IFSC/USP e CEPOF.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de abril de 2021

Aula Magna do IFSC/USP com Prof. Sérgio Rezende

O IFSC/USP irá transmitir no próximo dia 16 de abril, às 10h30, a Aula Magna especialmente dedicada aos alunos de nosso Instituto, mas aberta a todos os interessados, que será ministrada pelo Prof. Sérgio Rezende (Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Nesta Aula Magna, subordinada ao título Ciência e Tecnologia no Brasil: Avanços históricos e ameaças atuais, o palestrante irá primeiramente destacar o fato da ciência se ter iniciado tardiamente no Brasil.

Na década de 1960 o País tinha pouquíssimos cientistas e pesquisadores, não havia regime de tempo integral para docentes nem ambiente de pesquisa nas universidades. Também não havia engenheiros ou especialistas em setores básicos da indústria, o parque industrial nacional era incipiente e não existia cultura de inovação nas empresas.

Na palestra, serão apresentados os marcos que levaram a uma mudança neste cenário nas últimas décadas e que proporcionaram grande avanço no quadro de C&T no Brasil. Todas as áreas do conhecimento tiveram grande progresso, e a Física está entre aquelas que mais avançaram e ganharam competitividade internacional.

O Prof. Sérgio Rezende mostrará, também, que o retrocesso nos últimos anos, e em especial no atual governo, representam uma ameaça para fazer com que C&T contribuam para o desenvolvimento econômico. No final,o palestrante apresentará sugestões de atitudes e ações para a comunidade acadêmica reagir às ameaças atuais e tentar impedir que haja um retrocesso ainda maior no processo histórico recente.

O convite ao Prof. Sérgio Rezende

A escolha do ex-ministro Sérgio Rezende para proferir a Aula Magna para os cursos de bacharelado e licenciatura do IFSC/USP coincide com o fato de que esta Instituição defende e continuará sempre a defender o valor da Ciência na sociedade e a formação de recursos humanos que possam ajudar o país a se desenvolver, quer na área tecnológica, quer na área econômica.

Para o diretor do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato “O Prof. Sérgio Rezende foi um ministro crítico que conseguiu avaliar determinadas necessidades do País, tendo conseguido implementar ações que tornaram a Ciência em algo mais relevante. Durante seu mandato como ministro, pela primeira vez a Ciência brasileira esteve em evidência no mundo. Como nós queremos que o Brasil seja um participante importante na Ciência mundial, para a humanidade e, em especial, para a sociedade brasileira e da América Latina, é importante ouvir as sugestões e as ameaças que hoje pairam sobre o desenvolvimento científico. Se Ciência não há competência e sem competência não há desenvolvimento científico e tecnológico, e muito menos promoção de uma sociedade cada vez melhor e digna de todos os brasileiros”.

Esta Aula Magna está inserida no programa Colloquium diei do IFSC/USP e será transmitida remotamente (VER LINK AQUI).

A não perder!

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de abril de 2021

Já se pesquisa a criação da “Rede de Internet Quântica”

Crédito: Pakpoom Makpan/iStock/Getty Image

Por: Prof. Roberto N. Onody *

Antes de ler este artigo, recomendo uma rápida leitura do texto sobre o computador quântico publicado em 11/12/2020 1.

Enquanto um computador clássico opera utilizando bits, variáveis que podem assumir somente os valores zero ou um, o computador quântico funciona utilizando os chamados qubits, que opera numa superposição desses estados, isto é, numa combinação linear ponderada de zeros e uns. No momento, os computadores quânticos que vem sendo estudados são aqueles que utilizam ou a polarização dos fótons, ou os circuitos supercondutores (que operam em baixas temperaturas). A velocidade de processamento de um computador quântico é exponencialmente maior do que aquela do computador clássico.

Muito embora, a construção de computadores quânticos esteja dando apenas seus primeiros passos, já se pesquisa quais seriam os requisitos necessários para a criação de uma rede de computadores quânticos interligados, isto é, uma rede de Internet quântica!

Para termos uma ideia de quão importante o assunto vem se tornando, em dezembro de 2018, o congresso norte americano aprovou um documento para implementar um programa nacional de iniciativa quântica2. Seu objetivo – estabelecer metas e prioridades para, em dez anos, acelerar o desenvolvimento da ciência de informação quântica e aplicações tecnológicas. Em março de 2020, a administração Trump fez uma proposta orçamentária de 1,5 bilhões de dólares (para o ano fiscal de 2021) para as áreas de inteligência artificial e ciência de informação quântica 3.

Redes terrestres, usualmente utilizam cabos de fibra ótica para transporte do sinal. Porém, ao longo da fibra ótica, fótons se perdem e há, consequentemente, um enfraquecimento do sinal. Na internet clássica, o problema se resolve através do uso de nós retransmissores.  Neles, o sinal é amplificado e reemitido. Mas, no caso da internet quântica, a leitura feita por um retransmissor simplesmente destrói o estado de superposição e emaranhamento.

Numa comunicação quântica, pares de fótons emaranhados são enviados pela fibra ótica. o sinal segue encriptado ao longo de toda a fibra ótica até um repetidor que desencripta, encripta novamente e reenvia. Em 2017, foi feita a primeira comunicação quântica terrestre de longa distância entre Pequim e Shangai, uma distância de aproximadamente 2.000 km 4. Ela não foi genuinamente quântica porque utilizou 32 repetidores clássicos, que são exatamente os pontos vulneráveis para possíveis ataques de hackers. Como os repetidores quânticos, que estão em desenvolvimento atualmente, ainda estão engatinhando e sem uma implementação prática, os cientistas estão buscando uma solução não terrestre, via satélite.

Agora, em 2020, Juan Yin et al. 5 conseguiram enviar chaves quânticas (usando emaranhamento de fótons) a partir do satélite chinês de comunicação quântica Micius para duas bases terrestres em Delingha e Nanshan (distância de 1.120 km) na China, sem a utilização de nenhum repetidor.

Algoritmos de encriptação e desencriptação são praticamente de domínio público, o que faz a segurança de uma comunicação é a chave que encripta e desencripta a mensagem. Sabemos que uma chave clássica, mesmo que demore um tempo muito grande, pode ser quebrada. A interceptação é feita através de medidas que um bisbilhoteiro qualquer, mal-intencionado ou não, pode fazer monitorando, por um certo tempo, um canal clássico. Daí a necessidade de se usar uma chave quântica 6.

Esta é gerada no satélite Micius através de fótons emaranhados que, por serem independentes da fonte, são completamente seguros não deixando brechas para possíveis ataques. Esses pares de fótons emaranhados são, então, conduzidos para dois transmissores independentes (que estão dentro do próprio satélite Micius) e enviados aos telescópios das 2 estações terrestres. É preciso ressalvar aqui, que a velocidade de transmissão é realmente muito baixa, cerca de 0,12 bits por segundo. Mas, é um começo.

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

(Agradecimento: Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

1 Tendo como base os qubits – eis o Computador Quântico – Portal IFSC (usp.br)

2 H.R.6227 – 115th Congress (2017-2018): National Quantum Initiative Act | Congress.gov | Library of Congress

3 FY21 Budget Request: DOE Office of Science | American Institute of Physics (aip.org)

4 Is China the Leader in Quantum Communications? | Inside Science

5 Juan Yin et al, Nature 582, 501-505 (2020).

6 Erika K. Carlson, Physics 13, 104 (2020) 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de abril de 2021

O sucesso da vacina RNA contra a COVID-19 – Nanomedicina em destaque

Phizer/BioNTech e Moderna arriscaram quase tudo em um curto espaço de tempo e conseguiram testar e produzir em larga escala duas vacinas com base em RNA contra a COVID-19, em uma exitosa campanha que abriu uma nova janela no campo da imunologia.

Embora diversos pesquisadores no mundo estivessem trabalhando nessa vertente há já algum tempo, o certo é que pandemia obrigou a uma aceleração no desenvolvimento dessa tecnologia que tem como principal combatente o próprio corpo humano.

É do conhecimento de todos que uma vacina tem o objetivo de “despertar” e “sensibilizar” o sistema imunológico, utilizando algum material extraído de determinadas bactérias, vírus, etc., de forma a que o corpo humano desenvolva uma espécie de “memória”. Assim, quando determinadas bactérias ou vírus atacam, o sistema imunológico reconhece esse ataque e responde contra-atacando.

A emergência da pandemia da COVID-19 obrigou a que cientistas de todo o mundo se unissem em torno do desenvolvimento de diversas vacinas, tendo apostado naquelas que são tidas como convencionais, ou seja, com base no vírus inativado, ou em seus fragmentos, cultivando-o em laboratório. Processo moroso e arriscado, contudo, exitoso, quando se fala em COVID-19.

O caminho da vacina (NIH)

Contudo, a janela da ciência se escancarou quando foi apresentada a proposta de desenvolver vacinas contra a COVID-19 de RNA, produzidas em laboratório. “A abordagem do RNA é um fato bastante interessante e importante porque esses RNA’s, idênticos aos virais, são introduzidos dentro de células do sistema imune do corpo humano e as induzem a produzirem partes de uma proteína que o vírus também fabrica (SPIKE), facilmente identificada por cada uma das pontas que já conhecemos na imagem do vírus da COVID-19. Com a fabricação dessas proteínas, o sistema imunológico fica com uma espécie de “impressão digital” e, em contato com o vírus, reconhece que isso é algo perigoso que não pertence ao corpo humano, desenvolvendo então uma imunidade”, salienta o Prof. Valtencir Zucolotto, pesquisador e docente do IFSC/USP, Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano).

Entrada fulgurante da nanomedicina no combate à COVID-19

Ao contrário do DNA, que é uma molécula relativamente mais estável e que se pode armazenar ao longo de meses e anos a temperaturas que variam entre 4° e -20°, o RNA é muito mais instável, degradando-se com bastante facilidade, motivo pelo qual o desenvolvimento de uma vacina RNA se torna extremamente complexa. Foi para resolver esse problema que os cientistas decidiram introduzir o RNA em uma cápsula que pudesse travar essa instabilidade a longo prazo – uma nanocápsula lipídica. Essa “roupagem” nanotecnológica evitaria também que o RNA fosse degradado por enzimas do corpo humano. “No início dessa nova pesquisa os cientistas se debateram com uma contrariedade, que era a necessidade de manter a vacina a uma temperatura extrema de -80°, algo que foi sendo aprimorado até os dias de hoje, mantendo-a a uma temperatura ideal de -20º, algo que é compatível através da utilização de uma geladeira industrial. “Tudo isso foi graças à estabilidade que essa nanopartícula oferece para acolher o RNA, sendo que a partir daí o início da aplicação da vacina estava desenhado”, pontua Zucolotto.

A introdução do RNA no corpo humano

Prof. Valtencir Zucolotto

A área de nanomedicina designada “Smart Drug Delivery” já vem sendo estudada e desenvolvida há décadas, usando nanopartículas (ou nanocápsulas), algo que tem sido uma constante no GNano do IFSC/USP. De fato, quando se administram essas nanocápsulas no corpo humano, dependendo de como elas foram preparadas, elas circulam por algum tempo no organismo até começarem a funcionar para aquilo que foram desenhadas. Por exemplo, se elas foram projetadas para atingir um tumor, elas podem se acumular nessa região, destruindo somente as células tumorais. Algo semelhante acontece no caso da vacina RNA, como explica o Prof. Zucolotto. “Essas nanopartículas vão para dentro das células, produzindo partes das proteínas do vírus da COVID-19, fazendo com que o corpo comece a produzir numa resposta imunológica contra isso. Resultado: a pessoa fica imune”. A importância da nanocápsula é que ela garante a atividade e estabilidade do RNA, de forma a que ele entre e permaneça no corpo, completamente ativo.

Estas pesquisas e testes já estavam sendo feitas anteriormente à pandemia, obviamente em escala bastante reduzida e de forma experimental em seres humanos, sendo que neste desenvolvimento de vacinas tudo isto foi aplicado em termos globais, sendo, por isso, a consolidação da nanomedicina no mundo. Um imunizante guardado dentro de uma nanocápsula e destinado a bilhões de pessoas.

Estados Unidos, Alemanha, Áustria, França, Itália, Grécia, Portugal, Espanha e República Tcheca foram os primeiros países a administrarem a vacina RNA.

Os trabalhos no GNano

Quanto aos trabalhos que estão sendo desenvolvidos no GNano, cuja coordenação está a cargo do Prof. Zucolotto, eles estão divididos em duas áreas distintas: diagnóstico e terapia. Na área de diagnóstico estão sendo desenvolvidos sistemas para detecção da COVID-19, enquanto, que na de terapia, os trabalhos se direcionam para o encapsulamento de duas moléculas antivirais para a COVID-19, nomeadamente para o tratamento da inflamação dos alvéolos pulmonares.

Ambas as pesquisas ainda estão em sigilo.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de abril de 2021

Pesquisadores desenvolvem novo método para descontaminar água

Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Espectroscopia de Materiais Funcionais (Lemaf) do IFSC/USP, em parceria com colegas do African Centre of Excellence for Water and Environmental Research (Acewater), da Nigéria, conseguiu resultados muito promissores para o desenvolvimento de uma nova forma segura e de baixo custo para a descontaminação de água – fotocatálise -, tendo como principal objetivo a implementação da mesma em países subdesenvolvidos, ou em desenvolvimento, onde as doenças, muitas delas fatais, associadas a águas contaminadas, continuam a ser uma realidade em grande parte do planeta

Esta pesquisa foi coordenada pelos pesquisadores do IFSC/USP, Profs. Andréa de Camargo e Hellmut Eckert, e por Emmanuel Unuabonah, diretor do Acewater e professor da Redeemer’s University, da Nigéria. que, com o apoio da FAPESP, permaneceu três meses em nosso Instituto para acompanhar o desenvolvimento do trabalho.

Em entrevista concedida à Agência FAPESP, a Profª Andréa de Camargo confirmou que a fotocatálise é, de fato, a forma mais eficiente de descontaminação da água, tendo a equipe desenvolvido um método que utiliza nanocompósitos fotocatalíticos baseados em precursores de baixo custo, abundantes nos países da África subsaariana e também no Brasil, e em radiação solar, o que proporciona uma solução sustentável para regiões nas quais o abastecimento de energia elétrica estável constitui um problema. Assim, ao interagir com a radiação solar, o material libera espécies reativas de oxigênio – como o oxigênio singleto – que destrói microrganismos e degrada resíduos de antibióticos e efluentes agrícolas.

Profª Andréa de Carmargo

Para produzir os nanocompósitos, os pesquisadores utilizaram como precursores argila (caulinita), semente de mamão papaia ou casca de banana (como fontes de carbono) e sais de metais (cloreto de cobre ou cloreto de zinco). “Nanocompósitos formados por caulinita, sementes de papaia, cobre e zinco mostraram-se eficientes para a purificação de água contaminada por Escherichia coli resistente a múltiplas drogas e metais”, afirma De Camargo.

O estudo identificou três mecanismos de desinfecção, dependendo do compósito estudado: a interação eletrostática, identificada para o compósito dopado com zinco, em que cargas superficiais positivas interagem fortemente com grupos carboxílicos das paredes celulares das bactérias, levando-as a aderir às superfícies do compósito; a toxicidade metálica, identificada, em menor ou maior escala, para os três compósitos testados; e a fotocatálise, com a geração de oxigênio singleto a partir do oxigênio molecular em presença da luz solar e a oxidação de lipídeos e proteínas em torno das membranas celulares das bactérias, levando à sua destruição.

“Apesar de os três mecanismos terem sido identificados, ainda não está claro se ocorrem simultânea ou sequencialmente. Em todo caso, a prova do conceito está dada: materiais híbridos nanocompósitos baseados em precursores de baixo custo foram eficientemente utilizados para a desinfecção de água contaminada com bactérias multirresistentes”, sublinhou Andréa de Camargo à Agência FAPESP, tendo acrescentado que “Considerando o consumo diário médio por adultos saudáveis, que é de três litros e meio, os resíduos de cobre e zinco presentes na água tratada, respectivamente de 0,8 miligrama e de 0,51 miligrama por litro, estão abaixo do máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde [OMS]”, ou seja, os resíduos de cobre e zinco presentes na água tratada não são prejudiciais para o consumo humano.

Recordamos que o acesso à água potável vem diminuindo, devido ao progressivo descarte de poluentes domésticos, agrícolas, industriais e hospitalares no meio ambiente. Microrganismos nocivos, nitratos, fosfatos, fluoretos, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e metais pesados – como cádmio, mercúrio e chumbo – estão entre os principais contaminantes.

Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 2 bilhões de pessoas bebem água contaminada por fezes, sendo também um drama a contaminação da água por cepas de bactérias resistentes a múltiplas drogas e metais, selecionadas pelo descarte indiscriminado de antibióticos no meio ambiente.

(Com informações da Agência FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de abril de 2021

Workshop “A Física e a Aeronáutica” reúne estudantes e professores

Alunas e alunos da disciplina de Laboratório de Física Geral II, em 2018

Idealizado como a atividade final das disciplinas de Laboratório de Física Geral I e II oferecidas à distância durante 2020 às alunas e aos alunos do primeiro ano do Curso de Engenharia Aeronáutica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), realizou-se no dia 29/03/2021, de forma virtual, o Workshop “A Física e a Aeronáutica”, evento que foi coordenado pelo docente das disciplinas e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Tito J. Bonagamba.

Desde o segundo semestre de 2018, além das atividades previstas nas ementas dessas duas disciplinas experimentais, estão sendo inseridas palestras especiais, cujos conteúdos envolvem aplicações dos conceitos físicos apresentados em aula na área de Engenharia Aeronáutica, proferidas por docentes da área de Engenharia.

Como exemplos dos temas integrados de Física e Engenharia Aeronáutica discutidos nas palestras especiais, incluem-se:

i) medidas de grandezas físicas e equipamentos de cockpits de aviões;

ii) giroscópio e navegação aérea;

(iii) ressonância mecânica e flutter; e

(iv) expansão adiabática de gases e motores de combustão interna.

Com essas atividades de integração entre a Física e a Engenharia Aeronáutica, com destaque para a participação de docentes do Departamento de Engenharia Aeronáutica (SAA) da EESC/USP, o interesse pela Física nas duas disciplinas tem sido estimulado, com bons resultados.

Além deste estímulo, essas atividades têm antecipado a importante integração das alunas e dos alunos com os docentes do SAA/EESC/USP e o envolvimento com temas da Engenharia Aeronáutica.

O workshop foi realizado com as seguintes palestras:

– “Santos Dumont e suas importantes contribuições”, Prof. Henrique Lins de Barros (CBPF);

– “Motores de Combustão Interna – Turbinas de Avião”, Prof. Délson Luiz Módolo (Departamento de Engenharia Mecânica/UNESP/Bauru);

– “Conservação da Energia, o princípio para a energia renovável”, Prof. Hernán Darío Cerón Muñoz (SAA/EESC/USP);

– “Sensoriamento em Sistemas Aeronáuticos”, Prof. Jorge Henrique Bidinotto (SAA/EESC/USP);

Acesse abaixo outras matérias sobre essas atividades, desde 2018:

outubro de 2018

dezembro de 2018

abril de 2019

junho de 2019

dezembro de 2020

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de abril de 2021

Workshop de integração em prol do desenvolvimento do Judô

A Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP), da Universidade de São Paulo (USP), e o Club Athletico Paulistano (CAP), realizaram, no dia 20/03/2021, um workshop dedicado ao Judô, uma das modalidades esportivas mais importantes do Brasil. Este evento foi de grande relevância para as duas instituições, que visam integrar seus conhecimentos em prol do desenvolvimento da modalidade, tanto no ambiente esportivo quanto acadêmico, demonstrando os esforços da EEFERP/USP para atuar fora dos muros da Universidade e do CAP, para interagir com a Academia.

O evento, idealizado e coordenado pelo Prof. Tito José Bonagamba, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), USP, contou com a presença equipe de Judô do CAP, liderada pelo Prof. Douglas Vieira, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles. O Prof. Douglas Vieira alcançou este expressivo êxito quando era aluno do quarto ano do curso de Educação Física da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE), USP, um orgulho para a Universidade.

A EEFERP/USP esteve representada pelos Professores Cristiano Roque Antunes Barreira (Diretor da Unidade), Marcelo Papoti (Vice-Diretor da Unidade) e Enrico Fuini Puggina (Coordenador do Programa de Pós-Graduação da Unidade).

Prof. Tito José Bonagamba

Um fato importante a destacar nesta equipe de docentes que representou a USP é que todos atuaram esportivamente em diferentes modalidades e continuam contribuindo para o desenvolvimento delas, incluindo o Judô.

Por sua vez, o Prof. Douglas Vieira participou do evento acompanhado por membros da sua equipe técnica, incluindo os treinadores Giovani Marcon, Marcos Dagnino, Rainner Ociscki e Eugênio Diniz, bem como a psicóloga Cristina Madi.

Além desses participantes, o evento foi enriquecido com a presença de atletas e pesquisadores da área, incluindo alunos de graduação e pós-graduação.

Coube ao Prof. Tito J. Bonagamba realizar a abertura do evento, apresentando o Projeto “Judô na EEFERP/USP”, criado em 2017, dando destaque à Clínica de Avaliação Multidisciplinar de Atletas de Alto Rendimento. Em sua apresentação, ele fez um paralelo entre as categorias docentes da USP e as graduações no Judô, classificando os Professores Doutores como Faixas Pretas, Livre-Docentes como Faixas Vermelhas e Brancas e os Titulares como Faixas Vermelhas, sendo os dois últimos conhecidos como Kodanshas. Na sequência, o Prof. Bonagamba apresentou os perfis acadêmicos dos docentes da EEFERP/USP que atuam no Projeto, todos Kodanshas acadêmicos, e destacou a importância da parceria entre o CAP e a EEFERP/USP, que está sendo solidamente construída. Ao mencionar o termo Kodansha, agradeceu a prestigiosa presença do Prof. Douglas Vieira (Faixa Vermelha e Branca 7º Dan), destacando seu brilhante currículo esportivo e sua passagem pela USP, e agradecendo sua disposição para colaborar com a EEFERP/USP em um projeto que visa o aprimoramento do Judô, tanto no ambiente esportivo quanto acadêmico.

Após a abertura do evento, os Profs. Cristiano R. A. Barreira e Douglas Vieira fizeram seus pronunciamentos, destacando suas expectativas com a parceria.

Prof. Cristiano Roque Antunes Barreira

O Prof. Cristiano Barreira, valendo-se da analogia entre as titulações acadêmicas e as graduações no Judô, lembrou que o prof. Tito J. Bonagamba atua no ambiente da Universidade como um Kodansha, isto é, como um norteador central para a parceria que se concretiza nesse encontro. Para ele, trata-se de estreitar a relação com a sociedade aplicando conhecimentos de ponta no alto rendimento esportivo. Ao mesmo tempo, frisou, trata-se de identificar problemas em situações únicas e reais do contexto do alto rendimento para fazer avançar o conhecimento científico.

Prof. Douglas Vieira

O Prof. Douglas Vieira fez sua saudação inicial e expressou seus agradecimentos, em especial ao Prof. Tito José Bonagamba, por propor o projeto de colaboração entre a EEFERP/USP e o CAP. Também agradeceu a todos os técnicos, professores e profissionais que estavam participando do Workshop, pontuando a importância para o CAP de ter uma instituição como a EEFERP/USP à frente dos estudos e avaliações propostos para auxiliar na melhoria das condições dos treinos. Ressaltou também que a união dos conhecimentos científicos e práticos, com certeza, permitirão aos atletas de Judô do clube alcançarem resultados esportivos expressivos. Finalmente, saudou os atletas presentes, pedindo a especial atenção deles para entenderem e aproveitarem o esforço que está sendo realizado dentro da parceria EEFERP/USP e CAP, participando com empenho das atividades propostas, que, certamente, trarão benefícios esportivos para todos os envolvidos.

Na sequência, os Profs. Douglas Vieira e Marcelo Papoti apresentaram as infraestruturas e atividades do CAP e da EEFERP/USP, respectivamente.

Em ato contínuo, foram apresentadas três palestras associadas às atividades da Clínica de Avaliação Multidisciplinar de Atletas de Alto Rendimento da EEFERP/USP.

A primeira palestra foi apresentada pelo Prof. Marcelo Papoti, versando sobre os metabolismos energéticos e os protocolos utilizados para estimativa da participação metabólica dentro da prática do Judô, a partir do Special Judo Fitness Test, associados a testes considerados “padrão outro” para avaliação metabólica, com destaque para às respostas do consumo de oxigênio (obtido por meio da técnica de retro-extrapolação) e das concentrações sanguíneas de lactato.

Prof. Marcelo Papoti

Em seguida, o Prof. Enrico F. Puggina apresentou a palestra sobre as demandas motoras impostas pela modalidade, bem como mensurações das derivações de força e potência muscular por meio de diferentes técnicas de salto vertical em tapete sensorizado, avaliações com células de carga, dinamômetro isocinético e dinamometria convencional. Tais técnicas são importantes para a compreensão da máxima capacidade de produção de força muscular dos atletas, bem como da curva força-velocidade manifestada pelos judocas em esforços intensos.

Prof. Enrico Fuini Puggina

Finalmente, o Prof. Cristiano R. A. Barreira concluiu o evento, com a apresentação de um tema de fundamental importância para a(o)s atletas, a Psicologia do Esporte. Acolhendo as especificidades culturais da Arte Marcial, a abordagem psicológica apresentada se pautou na concepção originária do Judô e seus princípios norteadores. Traduzindo-se como “caminho suave”, o Judô é concebido como processo de formação existencial que se equilibra entre a busca pela “máxima eficiência” e a busca pela “prosperidade e benefício mútuo”, o que implica indagar-se e responder incessantemente sobre como efetivar tais princípios em cada situação. Desse modo, sem qualquer contradição entre uma e outra, a tradição legada desde a raiz do Judô se atualiza por meio das ciências.

Embora tratando de temas distintos, os três palestrantes mostraram grande integração entre seus conhecimentos e as atividades propostas, que são fundamentais para que, em conjunto com a competente Equipe de Judô do CAP, possam prescrever o treinamento mais adequado de forma personalizada para cada atleta.

Todas as atividades foram realizadas com importantes debates entre os membros do CAP e da EEFERP/USP, sendo o evento concluído com excelentes perspectivas para as duas instituições e respectivos participantes, com uma visão de que a parceria trará expressivos frutos, tanto para a preparação dos atletas quanto para o desenvolvimento do Judô. Em função do sucesso do workshop, novas atividades estão sendo programadas, já com a integração das duas equipes.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de março de 2021

No IFUSP: “Fusão termonuclear controlada” é destaque no programa “Física para Todos”

O Instituto de Física da USP (IFUSP) realiza no próximo dia 10 de abril, às 19h30, mais uma edição do programa “Física para Todos” (de forma virtual), com a participação do pesquisador Vinícius Njaim Duarte, da Universidade de Princeton (New Jersey – EUA), que dissertará sobre o tema “Fusão termonuclear controlada: energia limpa, segura e inesgotável”.

Em sua apresentação, o palestrante irá fazer uma retrospectiva de como, desde a década de 1950, as pesquisas vêm sendo realizadas com o objetivo de se reproduzir em laboratório, de maneira auto-sustentada, as reações de fusão nuclear que ocorrem naturalmente no interior das estrelas. O controle do processo tem o potencial de fornecer à humanidade energia segura, não poluente e praticamente ilimitada, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis.

Esta apresentação pretende delinear, de maneira simples, uma perspectiva histórica das pesquisas em fusão e seu progresso, onde serão igualmente discutidos os principais desafios científicos e tecnológicos que ainda precisam ser enfrentados para a construção de reatores comerciais à fusão nuclear.

Vinícius Njaim Duarte é doutor em Física pelo IFUSP, recebeu o “Prêmio José Leite Lopes de Melhor Tese de Doutorado de 2018” (CAPES), tendo sido orientado pelo Prof. Ricardo Galvão.

Realizou seu pós-doutoramento na Universidade de Princeton, onde hoje atua como pesquisador.

Para acompanhar esta transmissão ao vivo pelo sistema ZOOM, clique AQUI e para acompanhar o evento pelo Youtube do Instituto de Física da USP, clique AQUI.

Para mais informações sobre o programa “Física para Todos”, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de março de 2021

CEAS/EESC realiza webinar em comemoração ao “Mês da Mulher”

Em comemoração ao “Mês da Mulher”, o Centro de Engenharia Aplicada à Saúde (CEAS) da EESC  realizará no dia 29 de março, às 14 horas, o II Webinar CEAS – O papel da Mulher nas Ciências Exatas visando a aplicações na Saúde

O evento contará com a participação da professora Yvonne Mascarenhas, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC). Ela foi a primeira mulher a receber o Prêmio Joaquim da Costa Ribeiro – 2021, outorgado recentemente pela Sociedade Brasileira de Física (SBF).  Segundo a SBF, a premiação é um reconhecimento “por suas atividades de pesquisa pioneiras em cristalografia de raios X e por iniciar uma sólida comunidade científica nesta área no Brasil”.

Nesse webinar, a professora Yvonne apresentará algumas contribuições dos grupos do IFSC na área da Saúde.

O evento também contará com contribuições de três professoras da EESC, colaboradoras regulares do CEAS:

Zilda de Castro Silveira, do Departamento de Engenharia Mecânica;
Liliane Ventura, do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação e
Marcia Cristina Branciforti, do Departamento de Engenharia de Materiais

O CEAS, criado em 2012, tem como missão dar apoio ao desenvolvimento de projetos de pesquisa e inovação de Engenharia com aplicação na área da Saúde, alocando tais projetos e disponibilizando serviços de laboratórios. Além disso, busca articular projetos de pesquisa entre os professores da EESC e de outras instituições no País e no Exterior, fomentando o intercâmbio científico e tecnológico entre os grupos de pesquisa. Também atua na divulgação e extensão, para a comunidade, dos benefícios gerados pelos projetos de pesquisa e inovação alocados no CEAS, facultando o acesso da população a terapias modernas e diagnósticos mais precisos.

A transmissão será feita através do Canal Youtube da Biblioteca da EESC/USP (AQUI).

Mais informações:
ceas@eesc.usp.br
siqueira@sc.usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP