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26 de maio de 2021

Aluna e docente do IFSC/USP são premiados internacionalmente pela SPIE

A aluna de nosso Instituto, Natália Portes de Oliveira, foi distinguida recentemente com uma bolsa de estudos no valor aproximado de (USD) 3.000,00 pela Associação Internacional em Óptica e Fotônica (SPIE), sediada em Washington (EUA), sendo a única brasileira dentre os cerca de outros setenta estudantes selecionados em todo o mundo.

Segundo os responsáveis pela SPIE, esta bolsa de estudos é uma forma de incentivar a jovem aluna a continuar seus estudos, atendendo à contribuição que a jovem tem dado até agora, de forma destacada, para os estudos e pesquisas nas áreas de óptica, fotônica e áreas correlatas.

Docente distinguido

Por outro lado, também o docente e pesquisador de nosso Instituto, Prof. Sebastião Pratavieira, foi distinguido pela SPIE com a atribuição do título “Campeão da Comunidade SPIE”, uma distinção internacional que é atribuída a pesquisadores da área de óptica e fotônica, em início de carreira, que tenham já contribuído de forma destacada com trabalhos junto à associação.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de maio de 2021

Vidro – impressão 3D e miniaturização

Por: Prof. Roberto N. Onody *

Sabe-se que o vidro já era conhecido no Egito e na Mesopotâmia cerca de 3.500 anos A.C. É, portanto, um dos materiais mais antigos usados pela humanidade. Seu componente químico preponderante é o dióxido de silício, ou sílica, que se funde à temperatura aproximada de 2.000 oC (para silicatos, a temperatura de fusão é menor, cerca de 1.500 oC). Ao longo do tempo, várias técnicas foram desenvolvidas que permitem dar diferentes formas ao vidro – da forma utilitária à forma artística.

No mundo, são produzidos, anualmente, mais do que 120 milhões de toneladas métricas de vidro. Fabricando desde garrafas e fibras óticas, até as telas touchscreens de smartphones. Muito embora o vidro tenha ótimas propriedades óticas, térmicas e mecânicas, sua grande desvantagem econômica, está na necessidade de altas temperaturas para sua confecção. Daí a preferência de utilização de polímeros termoplásticos na produção, por exemplo, de microlentes e de modernos instrumentos biomédicos.

Uma outra vantagem dos produtos manufaturados com polímeros, é a possibilidade de sua produção em larga escala industrial, utilizando a técnica da moldagem por injeção, que é rápida e econômica. Para polímeros termoplásticos, essa técnica requer temperaturas moderadas de cerca de 200 a 250 oC.

Em 2017, um grupo de pesquisadores da Universidade de Friburgo 1 adaptou uma impressora 3D para imprimir vidro, em vez de metais ou plásticos. Utilizando um polímero misturado a nanopartículas de sílica, eles imprimiram a mistura em várias formas e com tamanhos variando de 100 a 200 micrômetros (Figura 1). Depois de curar o polímero com luz ultravioleta, eles aqueceram o sistema a cerca de 800 oC, eliminando o polímero e fundindo a sílica para a obtenção do vidro.

Figura-1: a) Micro estereolitografia do portão de um castelo (barra de escala = 270 µm). b) Micro litografia de um chip microfluídico (barra de escala na inserção = 200 µm). c) Microestrutura de difração ótica. Embaixo – padrão de projeção quando ela é iluminada com luz laser verde (barra de escala = 100 µm). d) Microlentes fabricadas usando litografia cinza (barra de escala na inserção = 100 µm). 1 µm = 1 micrômetro = 10 – 6 m (Crédito: Kotz F. et al.1)

As peças de vidro assim obtidas, tinham um valor muito baixo do coeficiente de expansão térmica (da ordem de 5,2 10 -7/oC, para temperaturas entre 20 e 600 oC). Em outras palavras, tinham alta resistência a choques térmicos. Além disso, nenhuma delas apresentou qualquer alteração das suas propriedades óticas, quando atacadas quimicamente por ácidos, álcool, etc.

Muito embora, a miniaturização, a complexidade e a qualidade das peças tenham despertado a atenção da indústria, a necessidade de fazer individualmente cada peça, tornava a técnica pouco atrativa.

Seguindo essa mesma linha de usar impressoras 3D para fabricar vidro, Nguyen et al. 2 adaptaram uma técnica chamada DIW (Direct Ink Writing). Ela consiste em acrescentar, camada sobre camada, a tinta que é extrudada por um bico sobre a superfície de Teflon (Figura 2). A tinta é uma mistura de nanopartículas de sílica com o líquido tetraglime (tetraetileno glicol dimetil éter). Muito sensível é a escolha da proporção dessa mistura, pois ela deve permitir que a tinta mantenha a sua forma, após a deposição, e que ela seque, sem trincar.

 

Figura-2: Processo de impressão 3D do vidro: a) A tinta sílica-tetraglime é extrudada com a resolução desejada (barra de escala = 500 µm). b) A tinta é impressa, com a geometria escolhida, sobre uma malha de Teflon (barra de escala = 5 mm). c) A tinta é secada, deixando sobre o Teflon, uma forma compacta e porosa de sílica e substâncias orgânicas. d) Tratamento térmico de 600oC elimina os resíduos orgânicos e de 1.500oC sinteriza um vidro transparente e de alta qualidade (Crédito: Nguyen T et al.2)

Em 2018, Kotz et al. 3 investigaram a utilização de Glassomer, um nano composto de sílica que é solido à temperatura ambiente. Esse material pode ser utilizado em moldes de polímeros (que já existem em escala industrial) e com técnicas de manufaturas subtrativas (Figura 3).

 

Figura-3: Manufatura subtrativa utilizando Glassomer: a) Esculpindo a forma desejada, manualmente. b) Separação térmica a 600 oC, deixando apenas sílica que é, então, fundida a 1.300 oC (barra de escala = 1,3 cm) (Crédito: Kotz F. et al.3)

Muito embora as técnicas descritas acima permitam produzir vidros miniaturizados de alta qualidade e com várias geometrias, a sua manufatura é individual e lenta. A indústria anseia produzir vidro em grande escala e com baixo custo. No mundo dos plásticos, esses objetivos são atingidos utilizando-se a técnica de moldagem por injeção.

Figura-4: A e B – Mais de 200 peças (~brancas) feitas por moldagem por injeção. Elas foram produzidas a uma velocidade de 1 peça a cada 5 segundos. Após sinterizadas, elas se tornam vidros transparentes. C, D e E – exemplos de estruturas macroscópicas complexas construídas pelo processo de moldagem por injeção (barras de escala – 10 mm) (Crédito: Mader M. et al. 4)

Em abril de 2021, Mader M. et al.4 , utilizaram nanopartículas de sílica misturadas com polietileno glicol (PEG) e polivinil butiral (PVB). A proporção dos componentes faz com que a mistura tenha a consistência de uma pasta de dente. Esta pasta é então, injetada em moldes com a geometria desejada. Toda essa parte é feita à temperatura ambiente (Figura 4).

Em seguida, usa-se água para retirar o PEG. Isso deve ser feito cautelosamente, para não trincar o material. Para queimar e eliminar o PVB, eleva-se a temperatura para 600 oC e finalmente, para fundir a sílica, eleva-se a temperatura para 1.300 oC. O resultado é um vidro transparente e de alta qualidade. Segundo os autores, esse processo traz uma economia de 60% na produção de vidros.

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

1 Kotz F. et al. Nature volume 544, 337–339(2017)

https://doi.org/10.1038/nature22061 

2 Nguyen T et al. Adv. Mater. 29, 1701181 (2017)

https://doi.org/10.1002/adma.201701181

3 Kotz F. et al., Adv. Mater. 30, 1707100 (2018) 

https://doi.org/10.1002/adma.201707100

4 Mader M. et al.  Science, Vol. 372, Issue 6538, 182-186 (2021)

https://doi.org/10.1126/science.abf1537

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de maio de 2021

IFSC/USP investe em novas tecnologias de ensino

Prof. Sebastião Pratavieira

Os efeitos da pandemia de COVID-19, que desde o ano de 2020 se abateram sobre o mundo, obrigaram a alterações drásticas na vida das pessoas em todos os aspectos –  profissional, pessoal e social -, fazendo com que fossem criadas e exploradas novas formas de interação entre as pessoas, como forma de evitar a proliferação do vírus.

Com o encerramento de escolas e universidades, graves problemas surgiram na área de educação em todo o mundo e o Brasil não fugiu à regra. Um pouco por todo o país as aulas passaram a ser gravadas e transmitidas de forma remota, uma estratégia inicial que preencheu, em parte, as necessidades relativas à continuação da formação dos jovens. Com o decorrer do tempo, verificou-se que esse tipo de aulas tinha um inconveniente: a ausência da interação entre professores e alunos, algo que interferia com o próprio aproveitamento escolar dos jovens: os tradicionais power-point e imagens gravadas passaram a diminuir o interesse pela aprendizado dos alunos, enquanto os professores começaram a sentir alguma frustração por não poderem interagir minimamente com os jovens durante as aulas. Em suma, as aulas remotas começaram a ser consideradas “chatas” e sem entusiasmo para a maioria da comunidade escolar.

Prof. Euclydes Marega Junior

Para de algum modo reverter a situação, a diretoria do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) decidiu alterar esse cenário, tendo recentemente investido pesado em novas tecnologias para melhorar substancialmente a realização de aulas remotas, introduzindo o conceito de “aulas síncronas”, o que tem permitido uma melhor interação entre alunos e professores. “Com esta nova metodologia, o professor consegue utilizar a lousa “ao vivo”, explicando detalhadamente conceitos de forma mais prática, permitindo que os alunos interajam em tempo real, interrompendo as aulas em qualquer momento para colocar questões ou comentários, de alguma forma parecido com o que ocorre nas aulas presenciais”, comenta o Prof. Sebastião Pratavieira.

Da mesma forma, o Laboratório de Ensino de Física – LEF do IFSC/USP também teve um investimento apreciável em uma nova infraestrutura. “Com esta infraestrutura, o Instituto garante aos alunos, durante as aulas práticas, o acompanhamento dos experimentos que são realizados pelos professores, tirando dúvidas em tempo real, em qualquer momento”, salienta o Prof. Euclydes Marega Junior. Três câmeras de alta resolução, uma ilha de edição e monitores de TV para acompanhamento permitem agora que professores e alunos dialoguem ao vivo em tempo real no LEF.

No Grupo de Óptica (GO) do IFSC/USP foi igualmente instalada uma infraestrutura composta por uma câmera direcionada para a lousa e um monitor de TV para que o professor interaja diretamente com seus alunos, em tempo real. Nada de power-point ou imagens: tudo é feito em tempo real. Com estas novas tecnologias, já se percebe que alunos e professores se sentem mais motivados e mais próximos uns dos outros, discutindo ao vivo os conteúdos das disciplinas e dos experimentos em laboratório.

Veja o exemplo, clicando na imagem abaixo

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de maio de 2021

19 de maio – IFSC/USP comemora o “Dia do Físico”

Foto de arquivo

Imagine um profissional que vive compenetrado em observar a natureza, entendê-la, criar e fazer modelos que expliquem os fenômenos naturais e procurando descobrir as leis que governam tudo em nosso redor – do micro ao macro-mundo: este é o Físico.

Às vezes, ele está tão focado em seu trabalho, em suas pesquisas, que coisas banais ao seu redor passam despercebidas. Este profissional maravilhoso, que avança o entendimento das coisas, é quem lança as bases para o avanço da civilização.

Mesmo na história, foram os Físicos que criaram os elementos fundamentais que permitiram as grandes navegações, permitiram o avanço do entendimento do Universo, promoveram o avanço dos instrumentos de transporte e também tornaram nossa vida cada vez melhor e mais fácil.

Se não fossem os Físicos, não teríamos internet, não teríamos telefone celular, nem o carro, o avião, o trem, a televisão, e muitas outras coisas. É graças aos Físicos que o mundo microscópico das coisas foi desvendado e, fazendo isto, abriram as portas para o progresso. O progresso eletrônico, óptico e seus derivados, promovido pela física, que fez do século XX uma mudança tremenda na civilização humana. Avançamos mais em cem anos do que em toda nossa existência.

A Física proporcionou sair da ficção e ir para a realidade das viagens espaciais, dentre outras coisas. Nas últimas décadas, a física coalesceu-se com outras ciências, como a biologia, química e matemática (de quem nunca se separou desde o início!): uma revolução que está ocorrendo. A biologia, com as bases moleculares, tornou-se uma ciência com mais física que nunca. O desenho de novas moléculas para tratar doenças, para produzir novos materiais, mudou os hábitos de todos. Os Físicos estão na indústria, nas escolas, nas universidades, no comércio, na bolsa de valores e em quase tudo mais.  O Físico é um profissional treinado para ser um observador e uma peça chave para a resolução de problemas envolvendo dados. A física, agora, tem vários desafios: dotar a vida do planeta com maior sustentabilidade, combater as bactérias resistentes, melhorar as atividades básicas – como transporte – e revolucionar a computação com os computadores quânticos.

Apesar do Físico se ter tornado um elemento fundamental na vida moderna, estão faltando Físicos. Neste sentido, queremos usar o “Dia do Físico” para lembrar a importância desse profissional na civilização moderna e motivar os jovens a considerarem esta carreira como opção.

Parabéns aos atuais Físicos e a todos que já estão se determinando a seguirem essa área de conhecimento.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de maio de 2021

16 de maio de 2021 – “Dia Internacional da Luz”

Com os enormes desafios lançados a todos os pesquisadores do mundo, principalmente a partir do início do ano de 2020, com a pandemia, muitas foram as vezes em que a sociedade perdeu a confiança na capacidade científica para minimizar e resolver aquela que, eventualmente, foi (e continua na ser) uma das maiores ameaças ao ser humano. Os últimos doze meses demonstraram, de forma clara, a importância das soluções encontradas para minimizar os efeitos da pandemia baseadas em evidências em variadíssimos campos de ação, que vão da saúde à engenharia.

A data de 16 de maio comemora habitualmente o Dia Internacional da Luz, uma celebração anual promovida pela Organização das Nações Unidas – ONU (VEJA AQUI), que tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da ciência e da tecnologia da luz em suas vidas, quer nas áreas de saúde e comunicações, quer, ainda, na preservação ambiental e no desenvolvimento sustentável, pelo que o mote escolhido para este ano é Confie na Ciência – uma mensagem de incentivo aos cientistas do mundo e ao público em geral a assinarem e apoiarem uma declaração afirmando sua confiança na ciência e a importância da confiança do público no processo científico.

Nestas comemorações do Dia Internacional da Luz, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura lançou o portal  “Trust Science” (Confie na Ciência) para que todos possam assinar o “Compromisso Trust Science” (AQUI), como forma de apoiar o papel crucial do processo científico na melhoria de nossa qualidade de vida.

Nesse portal estão igualmente elencados os cientistas que a ONU elegeu como “os campeões do Trust Science”, encontrando-se, entre eles, o diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Vanderlei Bagnato (único brasileiro), por suas importantes contribuições científicas, o que para o nosso Instituto é uma honra e satisfação. (VER AQUI).

Dia 16 de maio, às 16h00, o Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (Cepof), alocado em nosso Instituto, irá igualmente comemorar a efeméride com uma Live em seu canal do Instagram, com a participação do Prof. Vanderlei Bagnato.

Que este Dia Internacional da Luz seja o merecido reconhecimento de todos por uma ciência que nunca negou sua participação e eficácia no cotidiano, principalmente nos momentos mais difíceis da humanidade.

Acesse AQUI o link para assistir à Live do Cepof.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de maio de 2021

Premiações – Competição USP de Conhecimentos

Em 2020, quase 60 mil estudantes da rede pública oriundos de 642 municípios participaram da CUCo

Foi realizada na manhã de hoje, dia 14 de maio, a cerimônia de premiação da quarta edição da Competição USP de Conhecimentos (CUCo), uma competição criada exclusivamente para os estudantes do ensino médio da rede pública do Estado de São Paulo, com o propósito de incentivá-los a melhorar seu desempenho e ingressar nos cursos de graduação da USP.

“A CUCo é uma maneira de apresentar aos estudantes do ensino médio as possibilidades que existem por meio do ensino. É uma forma de estimular esses jovens que serão os grandes cientistas, os grandes profissionais que contribuirão para o desenvolvimento do nosso País. Se nós quisermos modificar a situação trágica em que a educação se encontra no Brasil, todos nós temos que nos empenhar, mesmo que para isso tenhamos que combater duramente os negacionistas, aqueles que consideram a educação uma perversidade para a juventude”, afirmou o reitor Vahan Agopyan.

Mesmo com as dificuldades causadas pela pandemia da covid-19, quase 60 mil estudantes da rede pública se inscreveram na competição. Ao todo, 3.707 escolas participaram, atingindo 642 dos 645 municípios do Estado de São Paulo, índice inédito de abrangência da competição.

Foram agraciadas 11 escolas que tiveram o maior índice de participação na competição, 20 professores incentivadores e 78 professores de destaque.

Também foram premiados 6.738 estudantes dos três anos do ensino médio, que receberam certificado e acesso à plataforma on-line com material complementar de estudo. Destes, 404 se inscreveram no vestibular da Fuvest e 96 foram aprovados e ingressaram na Universidade.

“A participação da família é muito importante nesta etapa da vida do jovem estudante. Nestes quatro anos da CUCo, já tivemos quase 1.800 alunos aprovados em um dos 183 cursos da USP. Uma grande parte desses alunos são os primeiros de suas famílias a ingressar em uma universidade pública, ou seja, são 1.800 famílias contagiadas por esse processo de mudança que tanto precisamos no Brasil. Por isso, é fundamental que continuemos firmes nessa luta para podermos avançar cada vez mais”, destaca o vice-reitor Antonio Carlos Hernandes, coordenador-geral do Programa Vem pra USP!.

A premiação da CUCo – que normalmente acontece em várias etapas, com eventos presenciais realizados em diversas cidades do Estado – foi realizada virtualmente e contou com a presença de dirigentes da USP, representantes da Secretaria Estadual de Educação e de instituições de ensino.

Durante a cerimônia, também foi lançado o site do Programa Vem pra USP!, com cursos e videoaulas voltados especialmente para estudantes e professores do ensino médio, além de informações sobre formas de ingresso, cursos, ações e projetos vinculados ao programa, como a CUCo e o Hub USP na Escola.

Vem pra USP!

A Competição USP de Conhecimentos é uma das ações do Programa Vem pra USP!, que tem como metas valorizar os estudantes do ensino médio das escolas públicas estaduais e criar ações que tragam benefícios às escolas, aos professores, aos seus alunos e à USP.

Criado em 2017, o Vem Pra USP! é uma parceria da Universidade com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e a Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest). O programa também conta com a colaboração das Diretorias Regionais de Ensino, do Centro Paula Souza e das escolas vinculadas.

(Por Erika Yamamoto – Jornal da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de maio de 2021

A saúde mental nos estudantes universitários

O que acontece na vida dos jovens que ingressam na universidade? Certamente é um momento em que são apresentadas aos jovens outras realidades e demandas sociais, psicológicas, cognitivas e emocionais, o que exige novos recursos de adaptação. Quando se pensa em novas demandas quando se ingressa em uma universidade, dentro de um período normal (que não pandêmico), logo temos, como primeira análise os jovens saírem de casa dos pais, de uma vida supostamente estabilizada ao longo de anos, para se tornarem em indivíduos independentes, adquirindo novas responsabilidades, começando pelas mais simples – aluguel de um local para morar, administração do dinheiro, planejamento e aquisição de alimentos, gestão das contas domésticas, organização da rotina de horários, o medo do insucesso acadêmico em face ao nível de exigência dos cursos, dedicação total aos estudos, etc.. Importante destacar que se torna necessário avaliar sempre a questão do histórico individual do jovem que entra na universidade, ou seja, como está a vida dele? Teve ou tem alguma condição de sofrimento psicológico? Tem uma família que dá suporte emocional e acolhedor, independente do apoio financeiro? Quando pensamos em um período como o que se vive atualmente – pandêmico -, os jovens universitários confrontam-se com dificuldades acrescidas – organizar o ambiente doméstico para poder estudar e programar toda sua vida para acompanhar as aulas remotas, um índice alto de concentração e uma organização temporal para que ele não se desvincule de sua responsabilidade maior, que é estudar. É bem diferente do que um contexto acadêmico de sala de aula, onde você tem um horário determinado para estar lá, para se confrontar obrigatoriamente com o professor e com a matéria. Em suma, o ingresso de um jovem na universidade implica afirmar que ele tem ali uma série de mecanismos de adaptação acionados.

Riscos

Até há pouco tempo atrás, pouco se falava ou estudava sobre saúde mental, o que equivale a dizer que essa área não era importante, haja visto que os primeiros estudos realizados no Brasil datam de 1957, tendo sofrido alguns desenvolvimentos até ao momento atual, mas ainda com um olhar bastante distante. Por exemplo, dados relativos ao ano de 2004, divulgados pelo Forum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários Estudantis (FORNAPRACE), mostraram que das 40 universidades participantes só 34% tinham serviços de atenção à saúde mental dos estudantes, sendo que em 2019, segundo o mesmo Forum, tendo como base o perfil sócio-econômico e cultural dos estudantes de graduação das universidades federais, mostrou que  83,5 dos estudantes tinham dificuldades emocionais que interferiram em sua vida acadêmica: desses,  11,1% encontravam-se em tratamento psicológico; 63,7% nunca procuraram atendimento psicológico; 7,5% tomavam medicação psiquiátrica (VER AQUI).

Ainda podemos aqui salientar um estudo realizado por Moretti & Hubner (VER AQUI) em 2017, relativo a uma avaliação de níveis de estresse de 102 alunos de uma universidade particular de São Paulo, onde 93% apresentavam sinais indicativos da necessidade de receberem cuidados em relação ao estresse. Estes indicadores precisam ser olhados no contexto acadêmico, já que, para além de doenças, eles podem levar a um baixo desempenho dos alunos e, por consequência, a elevados índices de evasão, já para não falar em suicídios. Os principais adoecimentos estão relacionados com depressão, estresse, ansiedade, distúrbios alimentares, uso e abuso de álcool, drogas, cafeína e medicamentos, entre outros fatores.

Soluções

A necessidade e urgência na criação de programas de apoio psicológico aos estudantes universitários são ações prementes para que situações como são descritas acima não prevaleçam. O exemplo vem do Instituto de Física de São Carlos (USP), traduzido num suporte institucional realizado pela psicóloga Drª Bárbara Kolstok Monteiro, com acompanhamentos periódicos, palestras e oferecimento de condições que favoreçam uma boa saúde mental, sem tabus, ações essas que são extensivas aos professores. Cuidar da saúde mental dos estudantes universitários é um componente extremamente importante, não só tendo em vista um bom desenvolvimento profissional, como também pessoal. Cada vez mais se aposta na valorização das “Soft-Skills”, das habilidades sociais para o mercado de trabalho, mas isso não se desenvolve em uma aula de cálculo, ou em outra qualquer. O que é necessário é ter condições que favoreçam o desenvolvimento dessas habilidades e um ambiente preparado para estimular esse desenvolvimento, necessariamente programado e sistematizado, para que se evite que pessoas que apresentem mais dificuldades de comunicação – por timidez, por exemplo – fiquem desfavorecidas em relação a outras mais desinibidas, quando os graus de conhecimento se apresentam iguais.

(In: Jornal Primeira Página – São Carlos – 09/05/2021)

Rui Sintra – Jornalista IFSC/USP / Bárbara Kolstok Monteiro – Psicóloga IFSC/USP

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de maio de 2021

Oportunidade: Bolsa de Desenvolvimento Técnico Industrial

Procurando valorizar a cooperação entre a Universidade de São Paulo e o Setor Produtivo, com o intuito de alavancar pesquisas e a economia do país, o Instituto de Física de São Carlos e a Agência USP de Inovação estão realizando um projeto de apoio ao docente no sentido de facilitar a realização de Convênios, Contratos e Registros de Propriedades Intelectuais.

Para isso está contratando um bolsista que deverá conduzir este projeto de apoio ao IFSC e ao Campus de São Carlos.

Atividades:

Atuar na condução de processos de identificação de oportunidades de inovação, assegurando a proteção às propriedades intelectuais e transferência das tecnologias geradas na USP e estimular o desenvolvimento de uma política de cooperação e sinergia entre a Universidade e entidades externas.

– Apoiar e orientar os pesquisadores na elaboração e trâmites internos de convênios e contratos.

– Apoiar os pesquisadores da USP na busca de financiamento e de parceiros externos.

– Estabelecer e executar contato com os demais campi, com o objetivo de apoiar o trabalho entre as unidades, estimulando a formação de redes de cooperação.

– Estabelecer e incrementar interação com incubadoras de empresas.

– Orientar e apoiar pesquisadores e grupos de pesquisa no processo de incubação de novos negócios, para a elaboração de plano de negócio e estratégias de implantação obedecendo a legislação pertinente.

– Conduzir processo de investigação e apoiar na realização de relatórios de patentes e direitos autorais, prestando orientação técnico-jurídica aos usuários, visando permitir a obtenção dos direitos de propriedade dos mesmos.

– Executar outras atividades correlatas, conforme necessidade, ou a critério de seu supervisor.

Pré-requisitos:

– Curso de Graduação Completo, com carga horária mínima fixada pelo MEC;
– Inglês técnico ou superior.

– Experiência na área de pesquisa, desenvolvimento ou inovação;

– Disponibilidade para 40 horas semanais;

Seleção:

Inscrições até o dia 20/05/2021.

Previsão de início: 01/06/2021 pelo período inicial de 6 meses, podendo ser renovável.

O selecionado receberá uma bolsa de R$ 3.000,00 mensais.

Envie um e-mail contendo os seguintes documentos para convenios@ifsc.usp.br

1 –  Currículo;
2 – Histórico da Graduação;
3 – (Opcional) Link da plataforma Lattes;
44 – (Opcional) Referências para recomendação.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de maio de 2021

31/05 a 02/06: “SBFOTON – International Optics and Photonics Conference 2021”

Subordinada ao tema Keep on Shining” — a touch of hope for the present and the future, realiza-se entre os dias 31 de maio e 02 de junho do corrente ano, de forma remota,  a SBFOTON International Optics and Photonics Conference – 2021, cujas inscrições vão até o próximo dia 26.

Sendo a principal conferência internacional específica na área de Fotônica e tecnologias correlatas realizada no Brasil, este evento incluirá sessões plenárias e sessões técnicas revisadas por pares, além de visitas virtuais a laboratórios fotônicos, sessões tutoriais, uma competição de trabalhos realizados por estudantes e reuniões com participantes, contando com o técnico da IEEE International Photonics Society (IPS).

Do vastíssimo lote de palestrantes nacionais e estrangeiros, está já confirmada a participação de Donna Strickland, docente e pesquisadora do Departamento de Física e Astronomia da Universidade de Waterloo (Canadá), uma das ganhadoras do Prêmio Nobel de Física de 2018. Com ela, além de outros renomados nomes, participarão como palestrantes cientistas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP): Profs. Vanderlei Salvador Bagnato, Cristina Kurachi e Lino Misoguti.

Na organização do evento, o IFSC/USP também apresenta uma equipe de peso, com os  Profs. Vanderlei Bagnato, Cristina Kurachi, Cleber Mendonça, Lino Misoguti, Sebastião Pratavieira e Daniel Magalhães.

Este é um um dos mais completos eventos na área de Fotônica, pelo que se aconselha aos interessados em participar que agilizem suas inscrições.

Para conferir o programa deste evento, clique AQUI.

Para se inscrever, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de maio de 2021

“Pwn2Win – CTF” – competição internacional de computação em Segurança e TI

Estão abertas a partir do dia 02 de maio próximo as inscrições (gratuitas) para a sétima edição do “Pwn2Win – CTF”, um evento online internacional, inserido, como o nome indica, no CTF – Capture The Flag, um tipo de competição de computação com foco em Segurança/Tecnologia da Informação e áreas correlatas (programação, redes, web, etc), que exige trabalho em equipe e pensamento “fora da caixa” para resolução de problemas e obtenção das flags (códigos que comprovam a resolução e dão pontos para as equipes).

O Pwn2Win é organizado anualmente pelo ELT – (Epic Leet Team – VER AQUI) e convidados desde 2014, com a participação, em anos anteriores, de vários alunos e ex-alunos do IFSC/USP, a exemplo do que acontece nesta sétima edição, cuja organização conta com as experiências de André de Freitas Smaira, Doutor pelo IFSC e atual Professor Substituto e Analista de TI na UFSCar, Paulo Matias, Doutor pelo IFSC e atual Professor Adjunto da UFSCar, e Vinicius Henrique Aurichio, Doutor pelo IFSC e atual Cientista de Dados.

Sobre os organizadores:

O ELT é o time brasileiro mais bem colocado nos rankings internacionais de competições de segurança cibernética nos últimos 7 anos consecutivos. O Pwn2Win é uma das ações da equipe para promover divulgação científica, dentre outras iniciativas, como a publicação de artigos introdutórios em parceria com o portal Mente Binária (VER AQUI). O ELT busca sempre colaborar com a sociedade brasileira para a promoção de melhorias em segurança cibernética, tendo obtido destaque em 2017 com o comprometimento de maior impacto já obtido em testes públicos do sistema de votação eletrônica brasileiro, ocasião na qual a equipe propôs diversas sugestões de melhorias ao TSE.

Breve retrospectiva:

Em 2016 ( VER AQUI) esta iniciativa se transformou em um evento internacional listado no CTFtime, site que organiza e ranqueia dados relacionados a esse tipo de competição, sendo que essa evolução trouxe, agregada, uma enorme responsabilidade quanto à qualidade do evento, de forma que os organizadores tiveram que superar enormes desafios em infra-estrutura, obtendo apoio da UFSCar para essa finalidade. Nesse ano, o evento congregou 864 times de 71 países dos 5 continentes, destacando Brasil, EUA, Coreia, Rússia e Taiwan como os países com mais times inscritos, que puderam se divertir com 53 desafios de 10 categorias diferentes. 30 GB de tráfego de dados foi o tráfego apurado nessa edição

Em 2017 (VER AQUI) foi inaugurada uma plataforma completamente nova desenvolvida pelo time, exclusivamente para a competição (NIZKCTF). Nesse ano, foram inscritos 283 times de 43 países, com destaque para EUA, Brasil, China, Coréia e Japão, e ainda a Alemanha, origem do time vencedor – a ESPR, a quem foi oferecido um prêmio de R$ 1000,00 em dinheiro. Na ocasião, os alemães decidiram doar o dinheiro para o Hospital de Câncer de Barretos (Hospital do Amor), atitude extremamente nobre que a organização do evento fez questão de acatar com muita satisfação. Esta edição congregou 37 desafios de 13 categorias.

Em 2018 (VER AQUI), devido a uma sobreposição de datas com outro evento importante e a um reduzido patrocínio, a organização viu cair o número de inscrições, mas, mesmo assim, conseguiu reunir 206 times oriuendos de 44 países, com destaque para EUA, Brasil, Rússia, Índia e Polônia, sendo que a equipe de Taiwan (Balsn) acabou por sair vitoriosa. Nesta edição, o evento apresentou 30 desafios divididos em 10 categorias.

Em 2019 (VER AQUI) houve um acréscimo  de patrocínios e apoios diversos, como, por exemplo, da UFSCar e do ITA, tendo a organização congregado 269 times inscritos de 42 países, com destaque para EUA, Brasil, Japão, Índia e França tendo-se realizado 27 desafios divididos em 9 categorias.

Em 2020 (VER AQUI) o evento foi transferido para o primeiro semestre, já que nesse período existe uma quantidade menor de grandes eventos, tendo a organização inscrito 864 times oriundos de 78 países, com destaque para Índia, EUA, Brasil, Rússia e Coréia, uma competição que resultou em 24 desafios divididos em 8 categorias.

2021 – A edição deste ano está sendo pródiga em patrocínios de alto nível, como, por exemplo, Google, Telefônica e BugHunt, entre outras empresas e instituições que estão prestes a aderir a esta competição, mantendo-se o apoio da UFSCar

Este evento ocorrerá no dia 28 de maio (sexta-feira), a partir das 13h37, terminando no dia 30 (domingo), à mesma hora.

Um desafio bem legal, aberto a todos e de forma inteiramente gratuita.

Mais informações podem ser obtidas AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de maio de 2021

Bactérias, Celulose e Água Limpa

Figura-1: A membrana de celulose (superhidrofílica) produzida pela bactéria Gluconacetobacter hansenii é ótima para separar o óleo da água (Crédito: Zahra Ashrafi)

Por: Prof. Roberto N. Onody *

Deixe um prato sem lavar, por um certo tempo, e você notará a formação de um produto viscoso – um biofilme feito por bactérias. Tipos diferentes de bactérias produzem biofilmes diferentes.

A Gluconacetobacter hansenii é uma bactéria que oxida o açúcar ou o etanol e produz ácido acético. Essas bactérias são verdadeiras fabricas de celulose (C6H10O5)n, o mesmo material encontrado nos tecidos vegetais e que dá firmeza às plantas, só que muito mais puros. A rede de microfibras de celulose (veja Figura 1), fabricada pela Gluconacetobacter hansenii, adora água e forma uma membrana superhidrofílica. Essa membrana é o lar dessas bactérias, elas vivem ali.

Pesquisadores da Universidade do Estado da Carolina do Norte publicaram recentemente, na revista Langmuir 1, um estudo mostrando a extraordinária capacidade dessa membrana de separar e filtrar o óleo da água. Depois de removerem as bactérias e os resíduos de não celulose, o que sobra é uma membrana de celulose muito pura e robusta (Figura 2). Para que essa membrana se torne um excelente filtro é necessário que ela esteja embebida em água. Em outras palavras, a água deve molhar a membrana. Recapitulemos, brevemente, a teoria de quando um líquido molha (ou não) uma superfície.

Figura-2: À esquerda, imagem da membrana (seca) feita por microscópio de força atômica, mostrando a variação de sua espessura (em nanômetros) e o entrelaçamento das nanofibras de celulose. À direita, imagem em 3D, apresentando a microestrutura dos poros (Crédito: Z. Ashrafi et al. 1)

O estudo de molhamento de uma superfície, envolve as 3 fases – líquida (L), sólida (S) e gasosa (G). As moléculas que se encontram na fronteira, entre uma fase A e B, interagem entre si com um conjunto de forças bem diferentes daquelas envolvendo as moléculas que se encontram no interior da fase A ou da fase B (as forças de coesão). Essas forças são chamadas de tensões superficiais: γSL, γSG e γLG. Para uma superfície sólida rígida, lisa, plana e quimicamente homogênea (veja Figura 3), T. Young deduziu, em 1805, a relação de Young γSG = γSL + γLG cos(θC) que se obtém da 2ª. Lei de Newton para o equilíbrio das componentes horizontais das forças. Na vertical, o equilíbrio se faz pelas forças de adesão e θC é o ângulo de contacto. Se a superfície não é quimicamente homogênea, haverá uma distribuição (histerese) de ângulos de contacto, entre um valor máximo e mínimo.

Se o líquido for água (óleo) e molhar o substrato então, a superfície é chamada hidrofílica (oleofílica) e hidrofóbica (oleofóbica), caso contrário. Se θC > 150o, diz-se que ela é superhidrofóbica (superoleofóbica). É o que acontece, por exemplo, com a água nas pétalas da flor de Lotus ou num tecido impermeabilizado.

Superfícies reais não são lisas, mas sim, rugosas. Há dois modelos que descrevem o molhamento de superfícies rugosas.

Figura-3: As tensões superficiais entre as fases sólida, líquida e gasosa e o ângulo de contacto θC (Crédito: ref. 2) 

No modelo de Wenzel (Figura 4), o líquido penetra a superfície rugosa no ponto de contacto. Devido à rugosidade, a área da interface líquido-sólido, aumenta por um fator r. O líquido molha toda a área da interface. O novo ângulo de contacto θ* passa a ser descrito pela equação de Wenzel cos(θ*) = r cos(θC)

No modelo de Cassie (Figura 5), o líquido molha somente uma fração f da interface. Há bolsões de ar armadilhados. A equação de Cassie se escreve cos(θ*) = r f cos(θC) + f – 1

Se f = 1, recuperamos a equação de Wenzel. Voltemos agora, ao artigo de Z. Ashrafi et al. 1.

A separação do óleo da água é de suma importância no socorro ambiental, seja pelo derramamento de óleo ou tratamento do esgoto industrial. Há algumas décadas, a pesquisa cientifica se concentrou em membranas com superfícies superhidrofóbica-superoleofílica (chamadas de removedoras de óleo), muitas delas, contendo perigosos componentes a base de fluoretos. Mas, há dois problemas com essas membranas.

O primeiro é que, à medida que o óleo se acumula sobre a membrana, ela perde seu caráter superoleofílico, diminuindo o fluxo de separação. O óleo tem que ser removido e reciclado, o que diminui o tempo de vida do material. O segundo é que a água é mais densa do que o óleo e uma separação, guiada pela gravidade, não é possível.

Figura-4: O modelo de Wenzel é apropriado para sistemas em que o líquido e a superfície rugosa têm fortes forças de adesão (Crédito: ref. 2) 

Pensou-se, então, em fazer uma inversão dessas propriedades e se utilizar membranas com superfícies, simultaneamente, superhidrofílica e superoleofóbica (também chamadas de removedoras de água). Porém, se uma superfície tem energia suficientemente baixa para repelir o óleo, ela também repelirá a água, pois esta tem fortes forças de coesão, devido à presença de uma rede de pontes de hidrogênio. A tensão superficial da água é maior do que a dos óleos. Portanto, encontrar superfícies superoleofóbicas é um desafio.

A solução veio através de inspiração biológica. A escama dos peixes é superoleofóbica, com ângulo de contacto (do óleo com a escama) em torno de 156o. A explicação está no fato de as escamas possuírem micro e nano estruturas nas escamas com camadas de hidrogel cheias de água3 (o muco). Como a celulose produzida pela Gluconacetobacter hansenii tem estrutura semelhante, se infiltrarmos essa membrana com água, antes de iniciarmos a filtragem, a superfície atrairá moléculas de água e repelirá gotas de óleo (Figura 6). Se fizermos passar pela membrana de celulose embebida em água, uma corrente de mistura água e óleo (com pressão externa ou usando a própria ação da gravidade) o óleo ficará retido.

Figura-5: O modelo de Cassie é mais apropriado para sistemas em que o líquido e a superfície rugosa têm fracas forças de adesão (Crédito: ref. 2)

Os autores da pesquisa1 estudaram membranas biosintéticas de celulose. As nanofibras emaranhadas possuíam um diâmetro médio de 35 nanômetros, formando um substrato, em que a rugosidade da superfície tinha um raio quadrático médio de cerca de 57 nanômetros. Essas membranas eram então aquecidas num forno para secar e, depois de resfriadas, eram pesadas, mergulhadas em água e novamente pesadas. A capacidade média de absorção de água foi de 98,3 %, para membranas com uma espessura média de 1 mm. O valor médio estimado do ângulo de contacto do óleo com a membrana foi de 174,5o, revelando ser ela superoleofóbica. O óleo utilizado foi o n-dodecano C12 H26, cuja tensão superficial, à temperatura ambiente, vale 25 dinas/cm (contra 72 dinas/cm da água).

Finalmente, vamos analisar os resultados dos experimentos. Uma mistura de água e óleo atravessa as biomembranas (com ou sem pressão externa) e mede-se a eficiência da filtragem ε, definida por ε (%) = 100 (1 – Cf /Ci), onde, Cf é a concentração de óleo (em mg) final, depois da filtragem e Ci é a concentração de óleo (em mg) inicial, antes da filtragem. O resultado foi muito bom. Eles obtiveram ε = 99,9% à pressão de 2,3 atm e ε=99,0% à pressão de 1 atm.

Vejamos as razões para tão bom desempenho. A celulose que compõe a membrana é naturalmente hidrofílica, pois contém muitos grupos de hidroxila, que permitem a formação de pontes de hidrogênio com as moléculas da água. A água embebida na membrana, tem forte força de coesão com as moléculas da água contida na mistura óleo-água. Forma-se, sobre a membrana, uma película de água que repele o óleo, mas deixa fluir a água. Segundo os pesquisadores, esse sistema pode ser bem descrito pelo modelo de Cassie.

Figura-6 No alto, um substrato com baixa energia superficial repele tanto as gotas de óleo quanto as de água. Embaixo, o mesmo substrato embebido em água permite a passagem de água, mas repele o óleo (Crédito: Z. Ashrafi et al. 1)

No Brasil, a cepa bacteriana Gluconacetobacter hansenii também tem sido bastante estudada nos seus mais diferentes aspectos: produção e caracterização da celulose 4, tratamento de lesões da pele 5, aplicações em cosméticos 6 e sequenciamento do genoma 7.

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

1 Z. Ashrafi, Z. Hu, L. Lucia e W. Krause, Langmuir 2021, 37, 2552−2562

https://doi.org/10.1021/acs.langmuir.0c02717

2 https://en.wikipedia.org/wiki/Wetting

3 Z. Ashrafi, Z. Hu, L. Lucia e W. Krause, ACS Appl. Mater. Interfaces 2019, 11, 21275−21293

4 Revista Matéria, V. 25, no. 4, ISSN 1517-7076 artigos e12844, 2020

5 https://periodicos.ufjf.br/index.php/enfermagem/article/view/3809

6 J. D.P. de Amorim et al., DOI:10.34117/bjdv5n10-099

7https://por.kyhistotechs.com/genome-sequence-plasmid-transformation-model-high-yield-bacterial-cellulose-producer-gluconacetobacter-78520097

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de maio de 2021

“MultiFISIO” – Uma empresa com o selo “DNA/USP”

A MultFISIO Brasil, entrou recentemente para o seleto grupo de empresas com o DNA/USP.

O selo DNA/USP foi criado com intuito de promover iniciativas e empresas ligadas ao ambiente de inovação que a Universidade de São Paulo oferece.

A empresa, nascida em São Carlos, foi selecionada, pois apresenta em seu quadro societário, pesquisadores vinculados ao Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior e Dra. Fernanda Mansano Carbinatto. Ainda, como parte fundamental da empresa se encontra o fisioterapeuta Daniel Marques Franco, colaborador do IFSC/USP em projetos de pesquisa.

O Dr. Antonio Aquino salienta que a empresa se sente muito honrada em fazer parte desse seleto grupo de empresas aptas a utilizar o selo DNA/USP, pois ele é o sinal da inovação e empreendedorismo que nasceu dentro da USP. “Hoje conseguimos levar para a população o que existe de mais moderno em tratamento para proporcionarmos uma melhor qualidade de vida para quem sofre com dores crônicas e inflamatórias.

Para saber mais sobre a marca DNA/USP e consultar outras empresas com o selo, clique AQUI.

Para maiores informações sobre os tratamentos da MultiFISIO, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de maio de 2021

Alumna: Programa gratuito de mentoria para graduandas

A Alumna, projeto voluntário e gratuito de mentoria para alunas de graduação de todo o país, está com inscrições abertas no site alumna.com.br, até o 28 de maio. São cinquenta vagas e as selecionadas terão, durante seis meses (de julho a dezembro de 2021), acompanhamento de uma profissional experiente para troca de aprendizados e dicas de desenvolvimento de carreira.

O programa é totalmente sem custo para a selecionada e tem como público-alvo graduandas de qualquer universidade (pública ou privada) do país, dos cursos de humanidades, engenharias e STEM (ciência, tecnologia, engenharias e matemática). Mentorias semelhantes chegam a custar até R$ 2.000 no mercado. Na primeira turma, que começou em janeiro, 13 estudantes passaram pelo processo de aceleração de carreira.

Cada aluna terá acompanhamento individual com base na sua formação acadêmica, perfil e interesses. Além disso, estão previstas mentorias coletivas sobre carreira e softskills. As mentoras, que na época da faculdade tiveram as mesmas dúvidas das hoje graduandas, atualmente são profissionais experientes que trabalham em grandes empresas como a Colgate,  pesquisadoras em instituições como Berkeley, diplomatas ou empreendedoras.

A seleção acontece em duas fases. Na primeira, a candidata deve preencher um formulário para avaliação do perfil socioeconômico. Na segunda etapa, as pré-selecionadas recebem um novo formulário com perguntas abertas e devem enviar um vídeo contando um pouco sobre si. São especialmente encorajadas a se inscrever aquelas que sejam a primeira geração da família na universidade, além de mulheres pretas e periféricas.

Fundada em 2020, a história da Alumna (que nasceu como Alma Mater) começou há mais de 15 anos, quando duas estudantes de Relações Internacionais da Universidade de Brasília se conheceram e formaram uma parceria que dura até hoje. Além de amigas e mentoras informais, elas perceberam que mais mulheres precisavam desse apoio que encontraram uma na outra e também em suas redes profissionais.

Neste ano, a Alma Mater foi selecionada para o Future Females Business School, iniciativa apoiada pelo governo britânico que ajuda empreendedoras a desenvolver negócios de impacto social por meio de um programa de aceleração de três meses.

No começo de maio, o programa estreou uma nova marca, Alumna, para honrar e representar as mulheres que vencem batalhas diárias, mudam estatísticas e querem construir uma sociedade melhor. A meta é impactar 10 mil mulheres até 2025.

Inscrições para programa gratuito de mentoria – Alumna
Candidaturas e informações, clique AQUI.

Instagram: https://www.instagram.com/alumna_br/
Público-alvo: alunas de graduação de qualquer universidade pública ou privada do Brasil.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de maio de 2021

“Minas do IFSC” – Um fórum para alunas recém-chegadas ao IFSC/USP

Ampliar os mecanismos com a finalidade de congregar as alunas recém-chegadas ao Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), colocando-as em estreita interação com as veteranas, para que todas juntas possam suprir dificuldades e barreiras que eventualmente possam surgir no processo de formação.

Este é, um suma, o principal objetivo do Minas do IFSC, criado no primeiro trimestre deste ano por um interessante, organizado e entusiasmado grupo de alunas, pesquisadoras e professoras voluntárias do IFSC/USP, que se organizaram em um forum essencialmente feminino, cujo ponto central, além de levar adiante o objetivo mencionado acima, tem igualmente como foco a troca de experiências e o compartilhamento de dúvidas e ideias consideradas vitais para o sucesso do projeto.

Com uma plataforma já concebida e disponível, Minas do IFSC está aberta à participação de todas as interessadas, sendo que ela foi idealizada e construída para:

– Congregar ações para dar visibilidade, discutir e fortalecer o trabalho das mulheres do IFSC;

– Funcionar como “fórum virtual” para comunicar atividades/encontros, etc.;

– Proporcionar um canal aberto para conectar as alunas do início da graduação às estudantes e pesquisadoras mais experientes;

– Divulgar a agenda do Canal Youtube da plataforma.

Uma ideia e ação fantásticas promovidas pelas Minas do IFSC.

Clique AQUI para conhecer a plataforma Minas do IFSC.

Visite igualmente o grupo em:
instagram (onde vai rolar o sorteio!): https://www.instagram.com/minasdoifsc/

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de maio de 2021

Cerca de 3 mil professores do ensino médio participam de curso de capacitação do Programa “Vem pra USP!”

O curso de capacitação “Ensino híbrido na prática de sala de aula” é uma das ações do projeto HUB USP na Escola

A iniciativa para o oferecimento do curso surgiu a partir da demanda de professores, coordenadores e diretores da rede estadual que participam do programa Vem pra USP!, dentro da proposta do HUB USP na Escola – Foto: Jeso Carneiro via Flickr – CC

O projeto HUB USP na Escola, uma das ações que integram o programa Vem pra USP!, está oferecendo o curso de capacitação Ensino híbrido na prática de sala de aula para cerca de 3 mil professores do ensino médio público de São Paulo. O curso, que é gratuito, tem carga horária de 12 horas.

Antonio Carlos Hernandes – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A iniciativa surgiu a partir da demanda de professores, coordenadores e diretores da rede estadual que participam do programa Vem pra USP!. O oferecimento do curso faz parte da proposta do HUB USP na Escola, projeto que tem como principal premissa oferecer conteúdo e ferramentas que contribuam para o aprimoramento da rotina didática e para o avanço e valorização da escola pública e de seus agentes.

Mensalmente, um boletim com informações sobre as iniciativas da Universidade e depoimentos de professores é enviado a esse público. Um site exclusivo para o HUB USP na Escola será lançado no dia 14 de maio, durante a cerimônia de premiação da Competição USP de Conhecimentos (Cuco).

“Dentro do programa Vem pra USP!, buscamos criar atividades e projetos inovadores que possam valorizar a aproximação da comunidade escolar com a USP. O HUB USP na Escola surgiu com essa missão: aumentar a conexão dos mais de 6 mil professores colaboradores do ensino médio com a USP, por meio de conteúdo e ferramentas que contribuam para o avanço da escola pública”, explica o vice-reitor da USP, Antonio Carlos Hernandes, que é o idealizador e coordenador do Vem pra USP!.

Valorização

Herbert Alexandre João – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

O ensino híbrido já havia sido tema de um curso promovido pelo governo do Estado, por meio da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Estado de São Paulo, mas os docentes sentiram a necessidade de um complemento mais voltado ao dia a dia, focado na valorização da escuta ativa dos professores, as vivências e suas experiências.

“Esta primeira experiência foi muito produtiva. O curso tem como objetivo promover uma discussão coletiva e agregar ideias de maneira colaborativa para que os professores possam suprir suas necessidades formativas, neste momento em que tantos desafios se impõem com o uso das tecnologias, de novas metodologias de ensino e de engajar os estudantes”, explica o educador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), colaborador do programa Vem pra USP! e coordenador do curso, Herbert Alexandre João.

As atividades são desenvolvidas no ambiente virtual de aprendizagem Cursos de Extensão da USP. Nessa plataforma, os docentes têm à sua disposição conteúdos complementares, como artigos e vídeos; um plantão tira-dúvidas ao vivo, inclusive com suporte tecnológico; e um fórum de discussão onde têm a possibilidade de desenvolver planos coletivos de aulas, tutoriais para o uso de ferramentas tecnológicas, atividades com a associação de metodologias de ensino a determinadas ferramentas, entre outras ações.

Canal Youtube

Nos dias 13 e 27 de abril, foram oferecidas duas aulas ao vivo, replicadas durante três dias e que atingiram mais de 18 mil visualizações no canal do Vem pra USP! no YouTube. Além disso, nesse período, o canal ganhou mais de mil novos professores inscritos.

Vanderlete Maria Lozano Chiuffa Correra – Foto: Divulgação

Ao final do curso, que deve se encerrar no fim do mês de maio, os participantes deverão entregar um relato de experiência ou proposta de ensino de implementação de aula na modalidade de ensino híbrido. “Esse material será compilado como um banco de boas práticas, no qual os professores terão acesso às ideias e poderão adaptá-las às suas necessidades”, explica João.

“Garantimos nessa parceria com o HUB USP na Escola o processo contínuo da formação dos nossos professores. A capacitação em ensino híbrido veio desmistificar a temática e dar mais segurança aos nossos professores, agregando possibilidades formativas para nossa rede. É de suma importância fazermos parceria em um momento atípico em que vivemos”, comemora a diretora de Ensino de São Bernardo, Vanderlete Maria Lozano Chiuffa Correra.

(Adriana Cruz  Assessoria de Imprensa da Reitoria – Jornal da USP)

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

6 de maio de 2021

Produção científica do IFSC/USP relativa ao mês de abril de 2021

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica, cadastradas no mês de Abril de 2021, clique AQUI, ou acesse o quadro em destaque (em movimento) no final da página principal do IFSC/USP.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico Biosensors and Bioelectronics (VER AQUI).

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

5 de maio de 2021

Entre 10 e 14 de maio: “I Semana de Ações Positivas para a Fibromioalgia”

O Instituto de Física de São Carlos  (IFSC/USP), por meio da parceria com a MultFISIO Brasil, Clínica de Fisioterapia, realiza entre os dias 10 e 14 de maio a “I Semana de Ações Positivas para a Fibromialgia”.

Esse evento especial, planejado para destacar o “Dia Mundial da Fibromialgia”, trará ao longo da semana LIVES importantes com pessoas de relevância na luta pelos direitos dos pacientes fibromiálgicos, como a presidente em exercício da ANFIBRO (Associação Nacional dos Fibromiálgicos), Dra. Caren Cunha, e a voluntária de Fibromialgia, em São Carlos, Tatiana Silvia Magri, diversos profissionais, como a fisioterapeuta Fabiane Girelli e a psicóloga Elga Moreira. O evento conta ainda com a participação do diretor do Instituto de Física de São Carlos, Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato.

Esta iniciativa será totalmente realizada online e sem custos, através do Instagram da @multfisiobrasil, apresentado pelo pesquisador Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior.

Acompanhe abaixo as palestras e horários:

10/05 às 19:00 – Dra. Fabiane Girelli – Fisioterapeuta (RS) – Tema: Fibromialgia e a atenção especial ao paciente;

11/05 às 19:00 – Dra. Caren Cunha – Presidente Nacional da ANFIBRO – Tema: Fibromialgia e a luta pelos direitos do Fibromiálgico;

12/05 às 19:00 – Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato IFSC/USP – Tema: Tecnologias a Serviço da Saúde;

13/05 às 19:30 – Elga Moreira – Psicóloga CRP06/48245-3 – Tema: Minha experiência pessoal e profissional com a Fibromialgia;

14/05 às 19:00 – Tatiana Silvia Magri – Voluntária Fibromialgia – São Carlos-SP – Tema: Fibromialgia e a luta diária do paciente;

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de maio de 2021

No mês dedicado ao Físico – IFCE realiza “5ª Jornada de Física”

Minicursos, entrevistas e inúmeras lives: estas serão as componentes principais do “5º Evento Científico Unificado – Jornada de Física”, que ocorrerá de forma remota entre os dias 17 e 21 de maio, numa organização conjunta dos Cursos de Licenciatura em Física do Instituto Federal do Ceará (IFCE), e que este ano se subordinará ao tema “O que os físicos fazem: diálogos sobre formação acadêmica e atuação profissional”.

A ideia deste evento científico surgiu em 2016, sendo que em 2019 a organização celebrou os 100 anos da observação do Eclipse em Sobral, no Ceará, cujos resultados (imagens fotográficas) foram essenciais para comprovação da deflexão da luz pela gravidade, previsão da Relatividade Geral. Em vista da importância científica da cidade de Sobral, a terceira edição do Evento Científico Unificado: Jornada de Física, teve como tema “Sobral e a Relatividade Geral: 100 anos da confirmação da curvatura da luz pela gravidade” e foi sediado pelo IFCE Sobral, pela UVA Sobral e CED Sobral, constituindo uma parte da programação do Centenário de Eclipse.

Em 2020, a quarta edição estava programada para ocorrer na cidade de Fortaleza/CE, mas, devido ao estado de saúde pública e o agravamento das infecções pelo novo corona vírus, decidiu-se por realizar apenas uma programação virtual que foi denominada de “Evento Online do Dia do Físico”.

Agora, em 2021, o evento apresenta-se ainda mais robusto e diversificado, com a participação de cerca de duas dezenas de vários institutos federais e universidades federais e estaduais, numa programação riquíssima.

O IFSC/USP marcará presença na programação deste evento com uma Live que acontecerá no dia 19 de maio – “Dia do Físico” -, entre as 10h40 e as 12h00, com a participação do docente e pesquisador, Prof. Vanderlei Bagnato (veja a programação completa na imagem abaixo).

Para fazer sua inscrições neste evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de maio de 2021

CEPOF-IFSC/USP lança série de vídeos – “Matemática Divertida e Fantástica”

“Matemática Divertida e Fantástica” é o novo programa constituído por uma série de vídeos que aborda, de forma descomplicada e acessível a todos, as soluções para as inúmeras questões que são colocadas diariamente a todos os cidadãos e que, inevitavelmente, têm como resposta a matemática.

Este programa está sendo desenvolvido pelo Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF) e pelo INCT Óptica Básica e Aplicada, sediados no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), sobre coordenação do docente e pesquisador Prof. Vanderlei Bagnato.

Atendendo a que o mundo vive dependendo de quantidades (quantificações), a matemática mais não é do que um decodificador e um simplificador das soluções para os problemas comuns, não sendo preciso, por isso, ser um matemático para resolver as questões do cotidiano. Contudo, ter um raciocínio lógico e simples é fundamental para a vida de todos nós.

Assim, o programa “Matemática Divertida e Fantástica” mais não é do que a apresentação de um conjunto de formas simples para se criar, nos indivíduos,  um raciocínio matemático que seja capaz de os conduzir a soluções simples cujas questões são colocadas a toda a hora e em qualquer lugar ao longo da vida.

Vale a pena seguir este programa tão interessante.

Inscreva-se no Canal Youtube do CEPOF e receba atualizações sobre este e outros programas.

Acesse o Canal e siga este novo programa AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de abril de 2021

Restrição de acesso ao Campus da USP em São Carlos devido à pandemia de COVID-19

Respeite as normas de biossegurança

Como é do conhecimento de todos, desde meados de março de 2020 o acesso ao Campus está restrito aos membros de nossa comunidade devidamente identificados, e aos funcionários de empresas prestadoras de serviços desde que previamente autorizados, em consequência da pandemia de COVID-19 e conforme deliberação do Conselho Gestor do Campus, a qual a PUSP-SC é responsável pela implementação.

Tais restrições continuam vigentes e, como também é do conhecimento de toda a comunidade, é exigido que ao acessar o Campus, independentemente de pertencer à comunidade e de se deslocar a pé, em bicicleta, motocicleta ou automóvel, o indivíduo porte máscara facial em consonância com o Decreto nº 64.959, de 04/05/2020, do Governo do Estado de São Paulo.

Entretanto, infelizmente parte da comunidade resiste à obrigação de portar máscara no momento em que ingressa no Campus e alguns chegam mesmo a questionar os vigias das portarias da Área 1, em atitude desrespeitosa e por vezes agressiva.

Importante destacar que mesmo que o veículo possua TAG e, dessa maneira a cancela da portaria se abra automaticamente, é imperioso parar na portaria para que o vigia de plantão identifique o motorista e passageiros, confirmando também o uso de máscaras.

Assim, este comunicado objetiva reiterar a necessidade de observarmos as normas vigentes e nesse sentido apela para a consciência e senso de responsabilidade de todos. Esperamos e agradecemos a colaboração de todos.

(Prefeitura do Campus (PUSP-SC))

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP