Notícias

13 de julho de 2021

Esfriando a Antimatéria

Figura 1 – Ilustração artística. O material mais caro do mundo – um grama de antihidrogênio custa 62,5 trilhões de dólares (Crédito: meteoramida)

Por: Prof. Roberto N. Onody *

A existência da antimatéria (Figura 1) foi prevista teoricamente por P. Dirac em 1928.  A equação de Dirac descreve a teoria quântica relativística do elétron e une a Relatividade Especial com a Mecânica Quântica. Na sua formulação, ela já traz incorporada o conceito de spin e prevê a existência de uma partícula que tem a mesma massa do elétron, mas com carga oposta – o pósitron ou antielétron.

Por volta de 1912, o físico austríaco V. Hess realizou experimentos para descobrir a causa da radiação ionizante na baixa atmosfera terrestre. Pensava-se, então, que o responsável fosse o Sol. Aproveitando um dia de eclipse solar, Hess ascendeu num balão a cerca de 5.000 metros de altura e constatou que a ionização permanecia praticamente a mesma antes, durante ou depois do eclipse. Concluiu que o responsável pela radiação ionizante vinha do espaço exterior e os chamou de raios cósmicos. Em 1932, C. Anderson, um físico do Instituto de Tecnologia da California, estudando os raios cósmicos em uma câmera de nuvem, descobriu uma partícula que tinha a mesma massa que o elétron mas, com carga oposta – o pósitron previsto por Dirac. Hess e Anderson receberam juntos o prêmio Nobel de Física de 1936.

Figura 2 – O Desacelerador de Antiprótons (Crédito: CERN – Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire)

Quando um elétron e um pósitron se encontram, eles se aniquilam em 2 raios-gama (para pósitron e elétron com spins antiparalelos) ou 3 raios-gama (para spins paralelos). O processo de aniquilação com emissão de 2 raios-gama é muito mais provável do que o com 3 raios-gama. O raio gama emitido é uma radiação eletromagnética cem mil vezes mais energética do que a luz ultravioleta.

No interior de certos materiais, o pósitron e o elétron podem formar uma espécie de átomo – o positrônio, que decai em cerca de 10 – 9 s. No exame de Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET scan), injeta-se no paciente um material radioativo (em geral, fluorodeoxiglicose). Uma vez dentro do corpo, os órgãos e tecidos processam o material como se este fizesse parte normal do nosso metabolismo. Ao decair radioativamente, ele emite pósitrons que se aniquilam, produzindo raios-gama. Estes, por sua vez, são detectados e transformados em imagens por um computador. É a melhor tecnologia existente para distinguir um tumor benigno de um tumor maligno.

Em 1934 1, num esforço para detectar, experimentalmente, o antipróton, E. Lawrence projetou e patenteou o cíclotron. O aparelho podia acelerar partículas carregadas até energias da ordem de 106 eletronvolts.  O antipróton não foi encontrado, mas bombardeando alvos com partículas extremamente velozes, os átomos se desintegravam podendo formar novos elementos químicos (radioativos). Em 1954, Lawrence supervisionou a construção do bevatron, que acelerava prótons com energias acima de 109 eletronvolts.  O bevatron detectou o antipróton e o antinêutron em 1955 e 1956, respectivamente. A obtenção dessas antipartículas, juntamente com o antielétron (pósitron), deram início à busca dos antiátomos, mais precisamente, do antihidrogênio.

O hidrogênio é o elemento químico mais simples e abundante do universo, composto apenas, por um próton e um elétron. Em 1995, pesquisadores no CERN fizeram antiprótons colidirem com átomos de xenônio durante 3 semanas. Produziram apenas 9 átomos de antihidrogênio (formado por um antipróton e um pósitron). Eles se aniquilaram com a matéria ordinária em 40 bilionésimos de um segundo. Para se estudar o antihidrogênio, tinha que primeiro se aumentar a sua produção. Para isso, o CERN deu início à construção do Desacelerador de Antiprótons (Figura 2).

No estudo da antimatéria, para se conseguir bons resultados experimentais, é necessário primeiro esfriá-la. O vai e vem térmico de antiátomos faz com que, pelo efeito Doppler, a absorção e emissão de radiação fiquem mais largas, diminuindo a precisão da medida. Armadilhas magnéticas e aprisionamento de antiprótons no interior de átomos de hélio têm sido usados para confinar o antihidrogênio.

Figura 3 – O experimento ASACUSA (Atomic Spectroscopy And Collisions Using Slow Antiprotons) no CERN (Crédito: CERN)

O projeto ASACUSA (Figura 3) é um experimento em andamento no CERN, com parceria japonesa-europeia, para medir a massa do antipróton. Ao se manter juntos, átomos de hélio resfriados a 1,5 K e antiprótons, cerca de 3% dos átomos de hélio substituem um dos seus elétrons por um antipróton. Ajustando-se a frequência correta de um laser, pode-se excitar o hélio antiprotônico. Os resultados experimentais de 2011, provaram que próton e antipróton têm a mesma massa numa margem de erro de uma parte em um bilhão. Em 2015, essa precisão aumentou ainda mais, para sete partes em cem bilhões.

Outra maneira de se comparar a matéria com a antimatéria é pela análise do espectro de absorção. Cada elemento tem sua própria, característica e distinta, linhas de absorção. Será que o hidrogênio e o antihidrogênio têm espectro diferente? Para responder a essa pergunta, primeiro era necessário criar um número razoável de antihidrogênios e que eles permanecessem assim, por um bom tempo, sem serem aniquilados ao entrar em contacto com a matéria ordinária.

Em 2011, o experimento ALPHA (Figura 4) desenvolvido pelo CERN, conseguiu criar e armadilhar cerca de 300 antihidrogênios durante 1000 segundos!

Mais recentemente, em março de 2021 2, em artigo que foi capa da revista Nature, C. J. Baker et al. esfriaram átomos de antihidrogênios, presos numa armadilha magnética, utilizando um laser pulsado. Todo o experimento foi realizado no ALPHA 2, uma segunda geração do equipamento usado em 2011.

Figura 4 – O experimento ALPHA (Antihydrogen Laser PHysics Apparatus) (Crédito: CERN)

A energia cinética da nuvem de antihidrogênios é diminuída usando-se o fato de que a absorção de fótons depende da velocidade dos antiátomos. Antiátomos que têm direção e sentidos apostos à dos fótons incidentes são seletivamente excitados, sintonizando-se a frequência do fóton incidente um pouquinho abaixo da frequência de ressonância do átomo em repouso (efeito Doppler). Desenhando um perfil magnético apropriado, foi possível transformar esse esfriamento unidimensional em tridimensional. A redução da energia cinética ultrapassou uma ordem de magnitude.

Na armadilha magnética, cem mil antiprótons, vindos do desacelerador de antiprótons (Figura 2) foram misturados com três milhões de pósitrons vindos de um acumulador, produzindo cerca de mil antihidrogênios. O comprimento de onda do laser pulsado utilizado foi de 121,6 nanômetros (radiação Lyman-α), com os pulsos durando 15.10 – 9 s e repetidos a cada um décimo de segundo. Uma vez esfriados os antiátomos, os pesquisadores analisaram a transição 1S – 2S do antihidrogênio e constataram que o espectro, dentro da precisão experimental, em nada diferia do hidrogênio ordinário. Devido ao esfriamento a laser, a largura da linha diminuiu por um fator quatro.

O Modelo Padrão é o modelo teórico que melhor descreve (até agora) o mundo das partículas elementares. Tem tido muito sucesso e resistido a muitas comprovações experimentais. No Modelo padrão, para cada partícula existente há uma antipartícula correspondente com a mesma massa, spin e carga (em módulo, se houver). O Modelo Padrão (assim como, a Relatividade Geral e a Teoria Quântica de Campos) pressupõe simetria CPT, isto é, invariância das leis da Física por conjugação de Carga, Paridade e reversão Temporal. A violação da simetria CP (Carga e Paridade) foi encontrada no decaimento de mésons K (kaons) eletricamente neutros, por Cronin e Fitch em 1964. A invariância CPT implica que uma violação CP é sempre acompanhada de uma quebra da simetria por reversão temporal (T). No experimento, kaons se transformam em antikaons e vice-versa, mas não com a mesma probabilidade. Esse resultado, constitui um dos principais argumentos para explicar a primazia da matéria sobre antimatéria no universo em que vivemos.

Os experimentos aqui relatados, demonstram o esforço acadêmico para encontrar mínimas e sutis diferenças entre matéria e antimatéria. Representam um bom teste para possíveis violações de importantes simetrias fundamentais da natureza.

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

1 Antimatter | CERN (home.cern)

https://home.cern/science/physics/antimatter

2 C. J. Baker et al., Nature, 592, 35-42 (2021)

https://doi.org/10.1038/s41586-021-03289-6

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de julho de 2021

Pró-Reitoria de Pós-Graduação premiará melhores teses de 2019 e 2020

Novidade deste ano é a inclusão de três novas áreas voltadas para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Estão abertas, até o dia 18 de agosto, as inscrições para o Prêmio Tese Destaque USP, uma iniciativa da Pró-Reitoria de Pós-Graduação que tem como objetivo reconhecer e premiar as teses de doutorado de destaque defendidas nos Programas da USP, em todas as áreas do conhecimento, e estimular a constante busca pela excelência na pesquisa.

O autor da Tese Destaque USP receberá um prêmio no valor de R$ 10 mil e, seu orientador, R$ 5 mil. Também serão concedidas duas menções honrosas, que receberão diplomas de premiação assinados pelo reitor da Universidade.

São elegíveis as teses de doutorado defendidas na USP entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2020, em cada uma das nove grandes áreas do conhecimento: Ciências Agrárias; Ciências Biológicas; Ciências da Saúde; Ciências Exatas e da Terra; Ciências Humanas; Ciências Sociais Aplicadas; Engenharias; Letras, Linguística e Artes; e Multidisciplinar.

A novidade da edição deste ano é a inclusão de três áreas voltadas para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU): Sustentabilidade Ambiental, Sustentabilidade Econômica e Inclusão Social e Cultural.

“O modo de responder perguntas científicas relevantes tem sofrido aperfeiçoamentos, deixando de ser realizado sob a perspectiva de somente uma área de conhecimento para um modelo em que várias participam. Além deste fato, a ONU tem se esforçado para que as pesquisas, em todas as áreas, também se preocupem com o desenvolvimento sustentável em vários aspectos como uma maneira de melhorar a qualidade de vida na sociedade. A mudança no prêmio reflete essas mudanças, na qual todas as teses e áreas do conhecimento podem participar das três novas categorias baseadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Tenho certeza de que essas teses mostrarão para a sociedade e para a comunidade interna da Universidade a excelente qualidade da ciência e da formação de estudantes realizadas na USP”, destaca o pró-reitor de Pós-Graduação da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior.

Os trabalhos serão avaliados por 12 comissões julgadoras indicadas pela Pró-Reitoria, levando-se em conta critérios como originalidade da tese, relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação e valor agregado ao sistema educacional. O resultado será divulgado no dia 5 de outubro. A cerimônia de premiação será realizada no dia 20 de outubro.

As inscrições devem ser feitas, clicando AQUI.

Mais informações sobre as inscrições para o prêmio podem ser obtidas na página da Pró-Reitoria (VER AQUI).

O Prêmio Tese Destaque USP foi entregue pela primeira vez em 2011, para celebrar os 100 mil títulos da Pós-Graduação da Universidade e como uma forma de reconhecer a qualidade de seus alunos. Naquele ano, foram distribuídos 30 prêmios. Devido ao sucesso da iniciativa, o prêmio foi institucionalizado através da Resolução CoPGr 6423, de 27 de setembro de 2012, e já está em sua décima edição.

(Por: Adriana Cruz – Assessoria de Comunicação da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de julho de 2021

Estudos de Rochas Reservatório: permeabilidade ao petróleo e capacidade de armazenar CO2 – Uma parceria entre Academia e Indústria

O Laboratório de Espectroscopia de Alta Resolução por Ressonância Magnética Nuclear (LEAR), do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tem, ao longo dos últimos anos, feito um grande esforço para identificar e estabelecer colaborações com setores externos à Academia, sempre fundamentadas em ciência básica.

Um dos resultados de destaque em 2021 nessa busca por colaborações com alto grau de complexidade, fora do ambiente acadêmico, foi o êxito do projeto desenvolvido em parceria com colaboradores da IBM Research e do Cenpes/Petrobras, dedicado à estimativa da permeabilidade de rochas reservatório de petróleo, um parâmetro fundamental para determinar a viabilidade econômica de um reservatório.

Para essa finalidade, foram geradas imagens tridimensionais de rochas reservatório através de Tomografia de Raios-X, que são processadas e analisadas por meio de softwares sofisticados desenvolvidos pelos membros da equipe.

Os resultados desse projeto foram apresentados em um artigo recentemente publicado na revista Nature Scientific Reports (VER AQUI).

É importante destacar neste projeto a fundamental participação de três pesquisadores formados no LEAR: Éverton Lucas de Oliveira, Mariane Barsi Andreeta e Willian Andrighetto Trevizan (Cenpes/Petrobras). Destacam-se também no projeto a participação de pesquisadores experientes no ambiente da IBM Research, Mathias Steiner, Rodrigo Neumann Barros Ferreira e Hugo Barbalho.

Como fruto deste trabalho, a IBM Research abriu uma nova perspectiva de utilizar a computação de alto desempenho para inovar em iniciativas para capturar e armazenar dióxido de carbono em poros de rochas reservatório de petróleo, questão fundamental para amenizar os impactos ambientais deste gás de efeito estufa, em nota recentemente publicada em seu blog (VER AQUI).

O docente do IFSC/USP e coordenador do LEAR, Prof. Tito José Bonagamba, um dos autores do artigo, sublinha a importância desses projetos de alto grau de complexidade em colaboração com empresas ou indústrias, fruto de grandes esforços realizados para que essas necessárias parcerias sejam estabelecidas e ocorram em prol, tanto da formação de recursos humanos qualificados em um real ambiente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, quanto do desenvolvimento socioeconômico do País, algo esperado para universidades de classe mundial que visam interagir eficientemente com a Sociedade.

Dentro desse processo de aproximação ao ambiente empresarial ou industrial, o Prof. Bonagamba agradece a receptividade e o apoio de duas lideranças, Vinicius de França Machado (Cenpes/Petrobras) e Ulisses Mello (IBM Research).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de julho de 2021

Pesquisadora do IFSC/USP ganha prêmio SBF de melhor tese de doutorado de 2019

A Pós-Doutoranda do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada do IFSC/USP, Drª Clarissa Martins Siqueira, foi a vencedora do “Prêmio SBF de Tese de Doutorado de 2019” – Área de Física de Partículas – instituído pela Sociedade Brasileira de Física.

O título do trabalho da pesquisadora – “Complementaridade em análises de modelos de matéria escura” (VER AQUI), teve a orientação do  Prof.  Paulo S. Rodrigues da Silva (UFPB).

Os “Prêmios SBF de Tese de Doutorado” foram criados com o propósito de estimular e valorizar os trabalhos de excelência e padrão internacional nas diferentes áreas da Física,  por teses defendidas nos programas de pós-graduação em Física ou em Ensino de Física no Brasil reconhecidos pela CAPES.

Além dos Prêmios, também foram atribuídas Menções Honrosas.

Confira, AQUI, as teses premiadas por cada comissão deste prêmio, sendo que todas elas irão concorrer ao ”Prêmio José Leite Lopes de Melhor Tese de Doutoramento”, igualmente promovido pela SBF.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de julho de 2021

Competição USP de Conhecimentos (CUCo) – Inscrições abertas até 18 de agosto

Estudantes do ensino médio de escolas públicas do estado de São Paulo podem se inscrever no desafio até 18 de agosto

A CUCo, uma das ações do programa “Vem pra USP!”, está com inscrições abertas até 18 de agosto. Trata-se de um desafio criado exclusivamente para os estudantes do ensino médio da rede pública do estado de São Paulo, para incentivá-los a melhorar seu desempenho e ingressar nos cursos de graduação da Universidade de São Paulo (USP).

A iniciativa é uma parceria da USP, Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e a Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest). O programa também conta com a colaboração das Diretorias Regionais de Ensino, do Centro Paula Souza, que é responsável pelas Etecs.

Para participar, o estudante pode se inscrever gratuitamente pelo site (VER AQUI). No site também estão as informações sobre a competição – como calendário, data de prova e premiação para alunos, professores incentivadores e escolas.

Além de testar seus conhecimentos, os jovens que participam da CUCo concorrem com outros estudantes de sua escola e os melhores de cada ano do ensino médio são premiados com certificado de participação e acesso à plataforma on-line com material complementar de estudo, entre outros benefícios. Os premiados do terceiro ano também ganham a isenção da taxa de inscrição do vestibular da Fuvest.

Em 2021, 1.556 alunos do ensino médio das escolas públicas paulistas participantes da CUCo ingressaram nos cursos de graduação da USP. Em 2018, primeiro ano em que a competição foi implementada, esse número foi de 132.

O “Vem pra USP!” disponibiliza um canal virtual para auxiliar os estudantes, que pode ser acessado pela internet ou pelo aplicativo Telegram (AQUI), e mostra novidades dos vestibulares, informações sobre escolha profissional, aulas de conteúdos cobrados nas provas, entre outros. As informações também são amplamente divulgadas pelas mídias sociais do programa @vemprausp.

Em 2021, mais de 1,5 mil participantes da CUCo ingressaram na USP

O e-mail para contato, em caso de dúvidas, é atendimento.vemprausp@usp.br.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de julho de 2021

Seminário internacional “Inteligência Artificial: Democracia e Impactos Sociais”

O Centro de Inteligência Artificial da USP (C4AI) realiza nos próximos dias 13 e 14 de dezembro, o seminário internacional “Inteligência Artificial: Democracia e Impactos Sociais”, voltado a docentes, pesquisadores, profissionais da indústria e estudantes, que possam apresentar e discutir artigos relacionados com a área de Inteligência Artificial e temas correlatos.

Neste sentido, o C4AI já está aceitando resumos expandidos na chamada de trabalhos, cujas principais datas, são:

22 de julho – prazo máximo para envio de resumos – veja AQUI as diretrizes para autores;

22 de agosto – Resultado dos resumos aprovados;

22 de novembro – prazo máximo para submissão dos artigos completos, sendo que os artigos aceitos e apresentados serão publicados nos anais do evento, em livro baseado no seminário, e em dossiê da Revista de Estudos Avançados da USP (VER AQUI).

Este seminário apresentará três Mesas, cujos temas poderão servir de inspiração para a elaboração dos artigos, a saber:

 

Mesa 1 – Democracia e inteligência artificial

Na última década, países de grande estabilidade política e forte compromisso com a liberdade de expressão viram seus debates públicos se degradarem como se tivessem caído no abismo. Nas plataformas sociais, técnicas anônimas e insidiosas de manipulação em massa corromperam o desenvolvimento da opinião pública. A democracia começou a produzir seu oposto, elegendo líderes que tentavam e ainda atentam contra o Estado Democrático de Direito. No centro da revolução global, as estratégias sombrias implementadas por algoritmos ultra complexos aprenderam como explorar os medos e desejos das multidões e de cada indivíduo para produzir fanatismo e irracionalidade. A política perdeu a conexão com o conhecimento da verdade factual, enquanto os líderes obscurantistas se dedicaram a atacar os direitos fundamentais, a ciência e a dignidade humana. A tecnologia pode ser usada para impulsionar a barbárie e destruir a civilização? Este ciclo selvagem tem limites? Há alguma saída? Como podemos superar a era da desinformação em que naufragamos? Dentre os temas de interesse desta mesa de conferência, destacam-se os seguintes:

-Uso de dados pessoais para fins de manipulação de indivíduos e grupos;

-Inteligência artificial dedicada à vigilância de comportamentos para impulsionar a publicidade;

-Legislação protetora: o dilema entre respeitar a liberdade de expressão e combater a fraude que viola o direito à informação;

-Como os serviços de mensagens privadas (como o WhatsApp) se tornaram motores de publicidade invasiva para fins partidários;

-Possíveis usos de blockchain e inteligência artificial para combater e conter a indústria de desinformação;

 

Mesa 2 – A inteligência artificial ética e a ética da inteligência artificial

A inteligência artificial já está em assistentes pessoais, vacinas, veículos autônomos, cirurgia assistida por computador, sistemas de negociação, ensino à distância, mídia digital, e-commerce e uma infinidade de outras aplicações. Algoritmos de alto desempenho e técnicas de aprendizado de máquina / deep learning são utilizados para facilitar a convivência, melhorar a qualidade de vida e reduzir a desigualdade entre classes, grupos sociais e países. No entanto, como as técnicas de IA nem sempre encontram suporte nos sistemas que regulam a vida das sociedades, uma vasta gama de problemas éticos e morais se manifestam intensamente neste campo. Dentre os temas de interesse desta mesa de conferência, destacam-se os seguintes:

-Ética e tomada de decisão nas interfaces tecnológicas;

-Dados pessoais e o direito à privacidade no mundo digital;

-Vigilância e discriminação algorítmica;

-Ética corporativa e políticas de diversidade na sociedade informatizada;

-Transparência e controle social sobre sistemas de inteligência artificial;

-Desigualdades e tecnologias de inteligência artificial;

-Biometria, leitura facial e viés de algoritmo;

-Explanabilidade e interpretabilidade;

 

Mesa 3 – Inteligência artificial e o futuro do trabalho

A inteligência artificial tem sido comparada à eletricidade pela sua tecnologia de uso geral, podendo ser aplicada em todos os setores de atividade. O impacto da Inteligência Artificial no trabalho é potencialmente universal, permitindo avanços na automação em todos os campos da economia, da indústria aos serviços de saúde, da agricultura às finanças, da mobilidade ao entretenimento. A inteligência artificial já penetra redutos antes considerados fora do alcance das máquinas, como pesquisas, procedimentos de avaliação, tomadas de decisão e até atividades consideradas criativas. O futuro do trabalho está em foco. A inteligência artificial substituirá o trabalho humano ou o tornará mais produtivo e recompensador? O que acontecerá com a força de trabalho deslocada pela tecnologia? Como formar e qualificar profissionais para esta nova era tecnológica? Como as leis trabalhistas se adaptarão ao trabalho em massa e outras novas fronteiras nas relações de trabalho? Como garantir transparência e equidade na gestão do trabalho? Dentre os temas de interesse desta mesa de conferência, destacam-se os seguintes:

-Impactos da inteligência artificial na criação e destruição de empregos;

-Relações trabalhistas na economia de plataforma;

-Legislação e regulamentação do trabalho sob demanda;

-Os sistemas de ensino e as novas demandas de qualificação profissional;

-Inteligência artificial e viés de seleção em plataformas de recrutamento profissional;

-O uso de inteligência artificial na promoção da diversidade nas empresas;

Em breve, informações sobre os palestrantes, que constarão da programação (VER AQUI).

Dúvidas: c4ai.human.seminar@usp.br

Caso deseje acompanhar novidades sobre o evento, acesse:
– Twitter @c4ai_hseminars
– Instagram @c4ai_hseminars
– Facebook c4ai.hseminars
– Linkedin https://www.linkedin.com/company/c4ai-hseminars/

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de julho de 2021

Em defesa da ciência e contra o negacionismo – ICB/USP aprova e divulga moção

Numa reação relativa ao posicionamento do país frente à pandemia de COVID-19, bem como às diversas informações vinda a público, nem sempre baseadas em evidências científicas, o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB/USP) aprovou na sua 425ª reunião ordinária da Congregação, realizada no dia 30 de junho último, uma Moção em defesa da ciência e contra o negacionismo.

Acesse o documento, clicando AQUI.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de julho de 2021

Atualização da produção científica do IFSC/USP  em junho de 2021

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de junho de 2021, clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC/USP, no periódico Frontiers in Microbiology (VER AQUI).

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de julho de 2021

Eleição de representantes discentes para órgãos colegiados do IFSC/USP

Estão abertas, até às 16h00 do próximo dia 27 de agosto do corrente ano, as inscrições para a eleição dos representantes discentes junto aos órgãos Colegiados do IFSC/USP, conforme disposto na PORTARIA IFSC-23/2021, em anexo.

A eleição acontecerá no dia 20.09.2021, das 08h às 17h, por meio de sistema eletrônico de votação e totalização de votos.

PORTARIA

INSCRIÇÃO DE CHAPA – GRADUAÇÃO

INSCRIÇÃO DE CHAPA – PÓS-GRADUAÇÃO

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de julho de 2021

IFSC/USP oferece acolhimento e orientação psicológica

Você sabia que o IFSC oferece acolhimento e orientação psicológica para toda a sua comunidade interna?

Desde 2018 o Instituto de Física da USP de São Carlos, por considerar que a saúde mental é um fator decisivo para o sucesso e bom desenvolvimento de todos, conta com o projeto IFSC e o Bem Estar de sua Comunidade.

Este projeto tem como objetivo realizar ações de prevenção e promoção de saúde mental como: atendimentos para orientação e acolhimento psicológicos individuais e em grupos; palestras (que passaram a ser virtuais desde o início da pandemia); elaboração de diferentes tipos de materiais informativos; além de ações em parceria com as coordenações de cursos e professores buscando criar um ambiente a cada dia mais saudável dentro do instituto.

Este serviço é realizado de maneira totalmente sigilosa, por uma psicóloga com mais de 10 anos de experiência.

Portanto se você não estiver se sentindo bem, estiver passando por alguma dificuldade, precisando de ajuda, se quiser marcar uma conversa, saber mais sobre o projeto ou qualquer outra ajuda no campo psicológico, basta entrar em contato com a Bárbara pelo e-mail barbarakmpsico@gmail.com

A saúde mental é um fator que precisa ser preservado e levado a sério. Procure ajuda sempre que precisar! Este é um serviço totalmente gratuito e sigiloso para nossa comunidade interna.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de julho de 2021

Pesquisadores da USP São Carlos e do Canadá criam novo conceito de calibração usando Inteligência Artificial

Em nosso dia a dia utilizamos instrumentos que fornecem medidas das mais diversas, representadas por valores numéricos.

São balanças, velocímetros, cronômetros, que precisam ser calibrados. Essa calibração é feita com uma série de medidas a partir das quais obtém-se uma curva de calibração, preferivelmente uma reta com a dependência linear entre a grandeza que está sendo medida e o fenômeno que lhe dá origem.

Num glicosímetro para monitorar o nível de glicose no sangue de uma pessoa com diabetes, por exemplo, a leitura da concentração depende da interação da glicose com uma enzima afixada na fita sobre a qual a amostra de sangue é colocada. O valor numérico para uma nova medida com sangue é inferido da curva de calibração, que dá ao instrumento a capacidade de predizer concentrações em amostras desconhecidas.

Apesar de sua onipresença em instrumentos, sensores e biossensores, curvas de calibração não são possíveis em muitas aplicações práticas. Isso ocorre principalmente quando a substância que se quer detectar está numa amostra complexa, com muitos outros componentes e afetada pelas condições ambientais. Pois pode não ser possível estabelecer uma dependência única entre a concentração dessa substância e uma variável da amostra. Além disso, numa medida com sensores como os de uma língua eletrônica, o trabalho é de classificação de diferentes tipos de amostras, como os de vinho e café. Não há uma substância específica a ser determinada. Com a língua eletrônica pretende-se distinguir líquidos semelhantes, quer seja para verificar diferenças de qualidade, contaminação, adulteração ou gosto.

Para essas últimas aplicações, hoje empregam-se técnicas estatísticas ou computacionais, como as que utilizam algoritmos de aprendizado de máquina, uma área da inteligência artificial (IA). O uso de IA para análise de dados de sensores não é novo, já tendo sido explorado por pesquisadores de muitos países, inclusive de São Carlos. Há cerca de 15 anos, pesquisadores da USP e da Embrapa criaram um sistema de IA para correlacionar medidas de uma língua eletrônica com a qualidade de café degustado por especialistas humanos. Independentemente da sofisticação dessas abordagens, e da utilidade das aplicações, não há um caráter preditivo ou explicativo. Não se pode, com tais abordagens, explicar como uma nova amostra será classificada.

Um trabalho recente assinado pesquisadores da USP de São Carlos – Institutos de Física, e de Ciências Matemáticas e de Computação -, e do Canadá, publicado na revista Bulletin of the Chemical Society of Japan, eliminou essa limitação. Utilizando algoritmos de aprendizado de máquina denominados árvores de decisão, os pesquisadores criaram um novo conceito, que eles denominaram espaço de calibração multidimensional. O espaço de calibração funciona como numa curva de calibração: os resultados de várias medidas de um tipo de amostras são usados para “ensinar” o sistema inteligente a fazer a classificação. Como o sistema inteligente é baseado em árvores de decisão são obtidas regras que explicam o porquê de cada classificação. Se for num sistema de diagnóstico médico automático, por exemplo, descobre-se se o paciente tem uma determinada doença e explicam-se os resultados que levaram a essa conclusão. É chamado de espaço multidimensional porque as regras que explicam a classificação podem depender de vários parâmetros ou variáveis – ao contrário de uma curva de calibração que depende de apenas um parâmetro.

Para explicar e exemplificar o novo conceito, os pesquisadores usaram no artigo dados da literatura de sensores, biossensores e línguas eletrônicas. Nesses exemplos, os dados são extraídos de medidas elétricas, mas o conceito pode ser aplicado a qualquer tipo de dado. Um espaço de calibração multidimensional serve, portanto, para qualquer tipo de classificação, como em sistemas de diagnóstico – médico ou de outra natureza.

Questionado sobre as implicações desse novo conceito de espaço de calibração, o Prof. Osvaldo (IFSC/USP), um dos autores do artigo, comentou: “Grande parte das tarefas que fazemos e que nos afetam é de classificação. Já foi mencionado o diagnóstico médico, mas isso vale para muitas outras áreas, como previsão do tempo, evolução do mercado financeiro, monitoramento do trânsito. O aprendizado de máquina é muito eficaz para tarefas de classificação, o que justifica o otimismo com Inteligência Artificial e as aplicações que já existem. Mas até agora não havia maneira de explicar como essa classificação se dava; com o conceito de espaço de calibração multidimensional será possível explicar com regras. Abre-se uma oportunidade de desenvolver sistemas inteligentes mais eficientes a partir desse conhecimento”.

Confira AQUI o artigo publicado.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de julho de 2021

IFSC/USP cria descontaminador (UVC) portátil para autos

Na sequência dos diversos desenvolvimentos tecnológicos criados desde há cerca de um ano pela Unidade EMPRAPII “Biofotônica e Instrumentação” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) (VER AQUI) e tendo como foco a prevenção e o combate à COVID-19, pesquisadores do Grupo de Óptica deste Instituto finalizaram o projeto de desenvolvimento e aprimoramento de um descontaminador de ar portátil para autos, em parceria com a empresa Triunfo Soluções em Engenharia Indústria e Comércio LTDA (VER AQUI).

Este novo equipamento, com base na tecnologia UVC, reforça o lote de outros já lançados anteriormente – muitos deles já disponíveis no mercado -, como são os casos dos rodos para pisos hospitalares e para pequenas superfícies e objetos, tubo endotraqueal, descontaminador de alimentos in natura, descontaminador de água e descontaminador rotativo de compras, entre outros.

O transporte de pessoas em carros, vans e ônibus muito contribuem para a propagação do SARS-COV2, sendo que o ideal é deixar o veículo sempre com os vidros abertos permitindo uma grande troca de ar. Contudo, em algumas situações, isso não é possível, pois pode haver muita poluição no exterior, desejando-se, assim, manter o conforto térmico e o ar descontaminado no interior do veículo.

Este novo sistema, colocado no interior de automóveis e/ou vans, com os vidros fechados, permite uma grande eliminação de microrganismos presentes no aerossol que existe nesses ambientes internos, sanitizando automaticamente o ar e, por consequência, destruindo todo o tipo de microrganismos, como bactérias e vírus.

Para o pesquisador e docente do IFSC/USP, Prof. Sebastião Pratavieira, este novo equipamento funciona em qualquer modelo de auto, atendendo a que é alimentado por uma tensão de 12 Volts, tendo em sua gênese um aperfeiçoamento em relação a anteriores sistemas com base na radiação de LED UVC (diodo emissor de luz na região do ultravioleta C), o que o torna inovador. “Uma das características deste equipamento, já testado com sucesso em nosso Instituto, é que poderá funcionar simultaneamente com o ar-condicionado do carro ligado e que, em vez das tradicionais lâmpadas de mercúrio, ele está equipado com LED’s UVC que apresentam uma maior durabilidade. Por outro lado, este descontaminador portátil apresenta um sistema eletrônico simples e de fácil manutenção ou substituição de componentes”, salienta.

O sistema também não exige nenhuma adaptação no veículo e funciona em qualquer marca e modelo, basta haver a tomada de 12V, o antigo acendedor de cigarro. A concepção e construção do protótipo foi de responsabilidade do engenheiro eletrônico Daniel José Chianfrone, do Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT) do IFSC/USP, sendo que os testes de eficácia e caracterização foram realizados pela bióloga Thaila Quatrine Correa e pelo físico Dr. José Dirceu Vollet-Filho, respectivamente.

“Um fluxo de ar muito grande e em poucos minutos todo o ar do veículo passou pelo sistemas de LED’s UVC, sendo que, além disso, o sistema também permite o acoplamento de um filtro de carvão ativado e odorizador aromatizante” salienta, por sua vez, o pesquisador Vollet-Filho.

O lançamento oficial deste equipamento será dia 6 de julho às 10h00, através do canal do CePOF no Youtube.

Assista (AQUI).


Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de julho de 2021

Produção científica do IFSC/USP na WOS – bimestre janeiro/fevereiro de 2021

A Biblioteca do IFSC apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como interessantes no bimestre de janeiro/fevereiro de 2021 pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters.

Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP ou quem tem acesso ao Portal CAPES.

Para mais informações: sbiprod@ifsc.usp.br

 

 

ÁREA:   Agricultural Sciences

Development of cellulose-based bactericidal nanocomposites containing silver nanoparticles and their use as active food packaging

 

ÁREA:   Chemistry

A review on chemiresistive room temperature gas sensors based on metal oxide nanostructures, graphene and 2D transition metal dichalcogenides

Molecular docking and structure-based drug design strategies

Plasmonic biosensing: focus review

Yolk-shelled ZnCo2O4 microspheres: Surface properties and gas sensing application

 

ÁREA:   Clinical Medicine

Prevention of viral transmission during lung transplantation with hepatitis C-viraemic donors: an open-label, single-centre, pilot trial

 

ÁREA:   Materials Science

A non-volatile organic electrochemical device as a low-voltage artificial synapse for neuromorphic computing

 

ÁREA:   Molecular Biology & Genetics

Functional and evolutionary insights from the genomes of three parasitoid Nasonia species

 

ÁREA:   Pharmacology & Toxicology

ADMET modeling approaches in drug discovery   

 

ÁREA:   Physics

Analyzing and modeling real-world phenomena with complex networks: a survey of applications

Antiproton flux, antiproton-to-proton flux ratio, and properties of elementary particle fluxes in primary cosmic rays measured with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Boosting the sensitivity of Nd3+-based luminescent nanothermometers

Bose-Einstein condensation: twenty years after

Observation of new properties of secondary cosmic rays lithium, beryllium, and boron by the alpha magnetic spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the boron to carbon flux ratio in cosmic rays from 1.9 GV to 2.6 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the helium flux in primary cosmic rays of rigidities 1.9 GV to 3 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the proton flux in primary cosmic rays from rigidity 1 GV to 1.8 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

The Kuramoto model in complex networks

The Pierre Auger Cosmic Ray Observatory

Towards understanding the origin of cosmic-ray positrons

 

ÁREA:   Space Science

Design concepts for the Cherenkov Telescope Array CTA: an advanced facility for ground-based high-energy gamma-ray astronomy

Detection of variable VHE γ-ray emission from the extra-galactic γ-ray binary LMC P3

Introducing the CTA concept

Multi-messenger observations of a binary neutron star merger

1 de julho de 2021

Parceria IFSC/USP e “MultFISIO Brasil” viabiliza atendimento com psicóloga para fibromialgia

Compreender a fibromialgia e possibilitar atendimento em várias vertentes. Essa é a necessidade do paciente e, sem dúvida, nos tempos atuais de pandemia, uma necessidade ainda maior. Há já um longo tempo que a parceria entre o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e a “Clínica MultFISIO Brasil” vem trabalhando junto para desenvolver e proporcionar atendimento de qualidade aos fibromiálgicos.

Em recente iniciativa, o IFSC/USP e a ‘Clínica MultFISIO Brasil” firmaram uma parceria, por meio da psicóloga Bárbara Kolstok Monteiro e o pesquisador Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, onde, por meio de reuniões virtuais, são passadas orientações na área de psicologia, com base na experiência da psicóloga Barbara, a qual trabalhou com fibromiálgicos em seu mestrado.

A participação em reuniões virtuais, que acontecem às quintas-feiras, às 19h00, sem custo algum, possibilita um maior autoconhecimento e aprendizado de como lidar com a fibromialgia, doença que acomete cerca de 2% a 8% da população.

Os interessados devem entrar em contato com a Tatiane Magri, pelo whatsapp (16)993917950.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de junho de 2021

Grupo de Biologia Molecular (IFSC/USP) oferece duas vagas (mestrado) com bolsas

Oportunidade de bolsa DTI no nível de Mestrado para desenvolvimento de projeto biotecnológico focado em produção de enzimas usando técnicas de Biologia Molecular (MS Biomol)

O Grupo de Biotecnologia Molecular (GBM) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) está procurando por profissionais das áreas de Biologia Molecular, Bioquímica ou Engenharia Bioquímico com experiência em bioinformática, clonagem, e produção heteróloga de enzimas em sistemas de expressão bacterianos, fúngicos e/ou de levedura.

O candidato irá participar do projeto de colaboração junto com uma empresa biotecnológica, que visa a descoberta, caracterização e produção heteróloga de novas enzimas com potencial aplicado.

O projeto será desenvolvido no GBM, alocado no IFSC/USP e sob orientação/coordenação do Prof. Igor Polikarpov.

Os alunos com experiência na área de Biologia Molecular são incentivados a se inscrever, sendo que o know how em caracterização enzimática e bioquímica de enzimas é uma vantagem.

Os candidatos qualificados devem manifestar seu interesse, enviando um e-mail com assunto “MS Biomol” e informando sobre sua experiência em técnicas de Biologia Molecular, clonagem, expressão, purificação e caracterização de enzimas, seu currículo lattes e histórico de graduação da universidade ao Prof. Igor Polikarpov (IFSC-USP), pelo e-mail: ipolikarpov@ifsc.usp.br.

 ***

Oportunidade de bolsa DTI no nível de Mestrado para desenvolvimento de projeto biotecnológico focado em produção de enzimas por fermentação (MS Fermentação)

O mesmo Grupo está igualmente procurando por profissionais das áreas de biotecnologia, bioquímica ou Engenharia Química/Bioquímica com experiência em fermentação para produção de proteínas em sistemas de expressão fúngicas ou bacterianas usando fermentação submersa.

O candidato irá participar do projeto de colaboração junto com uma empresa biotecnológica, que visa a descoberta, caracterização e produção com alto rendimento de novas enzimas com potencial aplicado.

O projeto será desenvolvido no GBM, alocado no IFSC/USP e sob orientação/coordenação do prof. Igor Polikarpov.

Os alunos graduados e com experiência na área são incentivados de se inscrever, sendo que o know how acerca de caracterização bioquímica de enzimas é uma vantagem.

Os candidatos qualificados devem manifestar seu interesse, enviando um e-mail com assunto “MS Fermentação” informando sobre sua experiência com uso de biorreatores para cultivo de microrganismos, seu currículo lattes e histórico de graduação da universidade ao Prof. Igor Polikarpov  (IFSC-USP), pelo e-mail: ipolikarpov@ifsc.usp.br.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de junho de 2021

Faça-se a luz!!!… Combatendo a cegueira

Crédito: Pinterest, https://pin.it/5O9u0s4

Por: Prof. Roberto N. Onody *

Estima-se que cerca de 39 milhões de pessoas no mundo todo sejam completamente cegas 1 . A China e a Índia correspondem a 45% de todos os casos, muito embora, representem apenas 36% da população mundial.  A incidência é um pouco maior nas mulheres (55%).

Felizmente, desde 1990, houve uma diminuição de 24% das crianças nascidas cegas. Contribuíram para isso, um maior controle do sarampo e da deficiência de vitamina A.

Nos casos de perdas parciais de visão, os principais causadores são: a retinopatia diabética e a catarata, para as mulheres e a opacidade córnea e o glaucoma, para os homens. Felizmente, novas técnicas estão sendo desenvolvidas, trazendo esperança para aqueles que têm perda parcial ou total de visão.

Testes clínicos foram realizados pela empresa GenSight Biologics (com sede em Paris) em uma pessoa com retinite pigmentosa. Trata-se de uma doença degenerativa, hereditária e que mata as células fotorreceptoras do olho.  Liderados pelo pesquisador José-Alain Sahel 2 (da Universidade de Pittsburgh) eles utilizaram uma técnica chamada optogenética. O paciente tinha 58 anos e era cego há 40 anos.

Por meio de uma injeção intraocular, eles inocularam um vírus codificador da proteína ChrimsonR, sensível à luz. Esta proteína tem um pico de absorção em 590 nanômetros (cor âmbar), o que causa menor constrição da pupila. Durante 4 meses, o voluntário utilizou óculos especialmente desenvolvidos para estimular a produção dessa proteína. Após um treinamento (e usando os óculos), o voluntário foi capaz de reconhecer um prato, uma caneca, um telefone, um móvel na sala e até uma porta no corredor. Muito embora, a técnica tenha sido aplicada em apenas uma pessoa, o importante, segundo o neurobiologista John Flannery da Universidade da California, “é que o método parece ser seguro e permanente” 3 .

Na mesma linha de edição gênica, busca-se tratamento para a doença amaurose congênita de Leber ou síndrome de Leber. Ela afeta crianças desde o seu nascimento, é hereditária e não tem cura. Os principais sintomas da síndrome são: dificuldade para agarrar objetos próximos, movimentos anormais dos olhos e hipersensibilidade à luz. Uma mutação no gene CEP290 é a responsável pela doença. No projeto Brilliance, Mark Pennesi, da Universidade de Oregon e expert em doenças hereditárias da retina, utiliza a técnica CRISPR-Cas9 para silenciar a mutação 4. Esta técnica, que levou ao Prêmio Nobel de Química de 2020, codifica as ferramentas de edição gênica no genoma de um vírus. No ensaio clínico, o material foi injetado diretamente nos olhos, próximo das células fotorreceptoras de luz da retina.

Em janeiro de 2021, a doutora Irit Bahar, do Departamento de Oftalmologia, do Rabin Medical Center em Israel, realizou, com sucesso, um implante de córnea artificial. Após a cirurgia, o paciente, um senhor de 78 anos, conseguiu reconhecer familiares e ler textos 5. Há somente um doador de córnea para cada 70 pessoas necessitadas. A córnea doada, tem o prazo de cerca de 1 semana para ser implantada. Além disso, para que um médico aprenda a realizar transplantes de córneas, são necessários 2 anos de treinamento 6 . Por essas razões, a criação de uma córnea sintética – a CorNeat KPro (produzida pela startup israelense CorNeat Vision) é um sopro de esperança.

Para pessoas com cegueira adquirida, em que os danos se encontram ou nos olhos ou no nervo ótico, há a proposta de uma prótese no córtex visual. A ideia é pular as etapas de visualização – olhos e nervo ótico e alcançar diretamente o córtex visual. Ela utiliza uma câmera que envia sinais para dezenas de eletrodos implantados na superfície do córtex visual.

Os eletrodos, estimulados eletricamente, produzem fosfenos. Os fosfenos correspondem ao fenômeno de ver luz sem que ela tenha entrado, de fato, pelos olhos. Podem ser produzidos mecanicamente quando, por exemplo, esfregamos os olhos numa sala escura. Os fosfenos também podem ser estimulados elétrica ou magneticamente e por drogas psicodélicas.

Durante muitos anos, a ideia dessa prótese no córtex visual não prosperou. Quando os eletrodos eram estimulados, por exemplo, com a forma da letra Z, os pacientes viam os fosfenos, só que sem forma definida, como uma nuvem.

Em 2020, M. S. Beauchamp et al. 7 fizeram experimentos em que os eletrodos eram disparados, dinamicamente, como se desenhassem a imagem na superfície do córtex. O efeito é semelhante a distribuir eletrodos na palma da sua mão e dispará-los, simultaneamente, na forma de uma letra Z – você não reconhecerá a letra. Mas, se forem disparados consecutivamente, seguindo a forma da letra Z, você reconhecerá, tatilmente, a letra. No experimento de M. S. Beauchamp et al., participaram tanto pacientes cegos como não cegos. Eles chegaram a reconhecer cerca de 86 formas por minuto.

Com o apoio da ciência e da tecnologia, o combate à cegueira prossegue, levando esperança a milhões de pessoas. Faça-se a luz!

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

1  Visual Impairment & Blindness Global Data & Statistics | LESH   (lasereyesurgeryhub.co.uk)

https://www.lasereyesurgeryhub.co.uk/data/visual-impairment-blindness-data-statistics/

2 Sahel, JA. et al. Nature Medicine (2021)

https://doi.org/10.1038/s41591-021-01351-4

3 S. Reardon, https://www.scientificamerican.com/article/injection-of-light-sensitive-proteins-restores-blind-mans-vision/

4 H. Ledford, Nature 579, 185 (2020)

https://doi.org/10.1038/d41586-020-00655-8

5 P. G. Castardo, https://sciam.com.br/implante-de-cornea-artificial-faz-paciente-cego-voltar-a-enxergar/

6 https://www.medgadget.com/2021/01/corneat-synthetic-cornea-implanted-in-first-patient.html

7 M. S. Beauchamp et al., Cell, volume 181, 774 (2020)

https://doi.org/10.1016/j.cell.2020.04.033

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de junho de 2021

PUSP-SC é responsável pela captação, tratamento e distribuição da água consumida no Campus

Você sabia que a Prefeitura do Campus USP de São Carlos (PUSP-SC) é responsável pela captação, tratamento e distribuição da água consumida nas Áreas 1 e 2 do nosso Campus?

A captação de água é feita por meio de bombeamento em poço artesiano profundo do Aquífero Guarani. Já sua distribuição é realizada por um sistema de bombeamento para reservatórios elevados que, por sua vez, distribui a água nas redes de abastecimento do Campus.

O tratamento da água é feito pela Divisão de Manutenção e Operação (DMANOPER) da Prefeitura do Campus, e os ensaios laboratoriais semanais e mensais das amostras são realizados no Laboratório de Saneamento do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). Esses ensaios contemplam a análise de parâmetros de coliformes fecais, Escherichia coli, cloro residual livre, cor aparente, gosto, odor, pH e turbidez (seguindo os parâmetros e padrões estabelecidos pelas Portarias – Resolução SS65, do Estado de São Paulo, de 12 de abril de 2005, e PRC nº 5, de 28 de Setembro de 2017, do Ministério da Saúde, Anexo – Água para Consumo Humano).

Esses ensaios evidenciam e comprovam a qualidade de água consumida em nosso Campus, que está dentro dos padrões recomendados. A PUSP-SC possui também junto aos órgãos fiscalizadores municipais e estaduais licenças atualizadas para as outorgas de uso dos poços e práticas de captação, tratamento e distribuição de água nas Áreas 1 e 2 do Campus.

Mais informações:
DVMANOPER PUSP-SC: (16) 3373-9123
E-mail: manutencao.prefeitura@sc.usp.br

(Assessoria de Comunicação – Campus USP São Carlos)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de junho de 2021

Com o apoio do IFSC/USP – Pesquisadores iniciam projeto para geração de energia heliotérmica

Guilherme Scagnolatto e Jaqueline Vidotti

O foco é utilizar a energia solar térmica para processos industriais

Uma das tecnologias mais conhecidas para aproveitar a energia do sol é a denominada fotovoltaica, que são painéis que convertem a energia do sol em energia elétrica e que facilmente identificamos em campos abertos ou nos telhados de residências. Contudo, existe ainda uma outra forma de utilizar a energia solar, principalmente para aplicação nas indústrias, conhecida como energia heliotérmica, algo que mereceu a especial atenção de dois jovens pesquisadores de São Carlos.

Guilherme Scagnolatto (31), pós-graduado do Curso de Engenharia Mecânica, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e Jaqueline Vidotti (31), Engenheira Química pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e especialista em gestão de projetos pela USP, decidiram avançar nas pesquisas relacionadas à energia heliotérmica. O ponto de partida foi a criação de uma startup de eficiência energética, denominada Mondi Energy, que se encontra atualmente incubada no Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto – Supera. A startup surgiu em 2019 como uma spin-off acadêmica do trabalho de mestrado do Guilherme.

Guilherme junto ao protótipo

Com o apoio do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em parceria com a EMBRAPII, os dois pesquisadores e empreendedores estão desenvolvendo um concentrador de luz solar para ser utilizado na indústria. “Este nosso projeto prevê captar a energia solar para esquentar água e gerar vapor de forma que possa suprir parte da demanda de calor na produção de vapor para processos industriais, para geração de eletricidade ou até para sistemas de refrigeração, diminuindo o uso de combustíveis e reduzindo as emissões de carbono”, relata Guilherme.

O projeto consiste na fabricação de um coletor parabólico, que capta a radiação solar e a concentra sobre um tubo, por onde escoa água. A intenção dos empreendedores é poder fazer um combinado que permita não só reduzir o consumo de combustíveis nas indústrias, que por si só beneficiará o meio-ambiente, como também reduzir as despesas com o consumo de energia e rentabilizar a produção, por exemplo, nas indústrias alimentícias, químicas, farmacêuticas e usinas de cana. “Este nosso trabalho está tendo total apoio do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) não só em termos de suas infraestruturas laboratoriais e da Oficina Mecânica, como, também, da equipe do Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT), com a participação e aconselhamento do Prof. Vanderlei Bagnato”, conclui Guilherme.

Essa é, portanto, mais uma tecnologia que no futuro estará à disposição para acelerar a transição energética, valendo-se de fontes renováveis para o fornecimento de energia sustentável.

Uma energia limpa!!!

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de junho de 2021

Como é o acolhimento psicológico na USP

Escritório de Saúde Mental procura resgatar senso de comunidade entre os alunos; novo Diretório de Saúde Mental da SAS indica locais de atendimento para estudantes da USP e público geral

Quando recebeu o e-mail do Escritório de Saúde Mental da USP (ESM) comunicando sobre a abertura de inscrições, Ana Paula*, 25, preencheu o formulário imediatamente. Matriculada no programa de pós-graduação do Departamento de Cinema da Escola de Comunicações e Artes, a estudante procurou ajuda assim que passou de desmotivada a deprimida.

“Sensação de ansiedade extrema como consequência da sobrecarga de trabalho, do isolamento social, das constantes preocupações e medos causados pela pandemia, assim como a perda de pessoas próximas. A pesquisa acadêmica também parecia perder o sentido, devido ao afastamento do campus universitário e aos ataques constantes às universidades públicas e à ciência”, conta a estudante.

Desde antes da pandemia, o ESM já vinha utilizando um formulário on-line para iniciar o acolhimento psicológico a estudantes interessados. Do ano passado para cá, não apenas os atendimentos são feitos remotamente, como também pesquisas e ações de promoção à saúde mental.

Dentre as modalidades oferecidas, há o acolhimento personalizado, respeitando o sigilo de cada situação, e as rodas de conversa, que têm como foco a abordagem socioemocional, construindo e fortalecendo redes de apoio entre estudantes. Ambas as modalidades utilizam o Google-meet como ferramenta digital para os encontros.

Tem sido de grande importância para eu poder ver as situações em perspectivas diferentes. Poder compartilhar minhas angústias, preocupações e medos com psicólogos da própria universidade é fundamental para seguir o enfrentamento desse momento adverso que estamos passando”

*Ana Paula é um nome fictício para preservar sua identidade

Com José da Luz*, 57, foi diferente. Ele teve contato com o ESM por meio da série de lives Psicologia na tela: contribuições do cinema à saúde mental, promovidas pelo escritório no YouTube. José acompanhou a live sobre o filme Por que você não chora?’, que aborda temas relacionados ao transtorno borderline, ou transtorno de personalidade limítrofe.

“Eu tenho diagnóstico de borderline desde 2010. Fui admitido no doutorado em junho de 2019. Estou em tratamento psiquiátrico, mas por questões econômicas tive que parar com a terapia desde 2017. Eu no doutorado, com as questões profissionais e familiares, estava em 2020, na pandemia, dando sinais de explosões. As lives foram tão boas e me sinalizaram que eu, da comunidade USP, teria um socorro no ESM”, explica.

*José da Luz é um nome fictício para preservar sua identidade

Membros do Escritório de Saúde Mental da USP entrevistam a diretora de “Por que você não chora?”, de Cibele Amaral. O filme procura discutir a morte em vida, a saúde mental e formas de cuidar do sofrimento humano na contemporaneidade.

Clique na imagem para ver o vídeo.

Afastada das atividades do Centro Acadêmico, depois, das demais atividades coletivas e por fim dos atendimentos psiquiátricos da rede pública, devido ao recrudescimento da pandemia, Juliana*, 24, começou a sentir o peso da solidão, da privação de contato e da ausência de diálogos com maior intensidade. “Isso me levou a procurar o ESM”, diz a estudante da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Ela afirma ter se surpreendido com a resposta do escritório, que rapidamente a colocou em contato com a psicóloga que a atende.

Moradora do Conjunto Residencial da USP (Crusp), a aluna conta que as atuais condições de integração à vida acadêmica somadas à crise sanitária reforçam sentimentos de suscetibilidade, insegurança e solidão entre os estudantes que residem na USP.

“Se o acolhimento psicológico vier engajado a construir movimentos mais coletivos de reflexão sobre a comunidade acadêmica, as relações internas entre alunos e professores e empenhada em lançar luz sobre como o trato da universidade impacta a subjetividade dos alunos, acredito que a assistência psicológica será grande aliada no fortalecimento dos laços, das identidades, na reconstituição da força e potência dos estudantes. Assim como tem sido para mim””

*Juliana é um nome fictício para preservar sua identidade

Somente neste ano de 2021, o ESM já atendeu 452 alunos no acolhimento personalizado, 15% deles vindos do Crusp. Também no Crusp, o ESM realizou nove rodas de conversa. Todos os moradores são convidados por e-mail, mas para os coordenadores do escritório a adesão tem sido baixa.

Para solicitar o atendimento do ESM, basta escrever para o e-mail escritoriodesaudemental@usp.br.

O Escritório de Saúde Mental disponibiliza três consultas para cada estudante. Para as rodas de conversa, a SAS encaminha os convites aos alunos, sempre indicando duas datas específicas em cada mês. O próximo encontro será no dia 28/06, às 18h.

Catálogo de Saúde Mental: Onde tem ajuda?

A Superintendência de Assistência Social (SAS) criou um catálogo dos serviços psicológicos e psiquiátricos disponíveis na USP. O Diretório de Saúde Mental (VER AQUI) traz um levantamento atualizado dos serviços exclusivos à comunidade universitária e também para a sociedade em geral, em diferentes cidades. O diretório é diverso e contempla diferentes faixas etárias, comunidades indígenas, profissionais e estudantes da área de saúde, além de profissionais que trabalham na linha de frente do combate à covid-19.

Andrés Eduardo Aguirre Antúnez, coordenador do Escritório de Saúde Mental da USP

Gerson Tomanari, superintendente da SAS e professor do Instituto de Psicologia da USP, lembra que “o cuidado com a saúde mental dos alunos é primordial para que eles possam seguir em frente durante a pandemia, mantendo a noção de vínculo com a USP. Nós entendemos que temos condições de minimizar e de propiciar melhores condições de saúde mental, não só para aquelas pessoas que estão em situações mais dramáticas, mas também àquelas que estão passando por algum tipo de sofrimento psicológico”.

Saúde para alunos, saúde para o CRUSP

Símbolo da resistência ao regime autoritário, o Conjunto Residencial da USP (Crusp) é um marco material e imaterial da Universidade. Tendo a maioria de seus alunos realizando estudos a distância durante a pandemia, é no Crusp que ainda se vê estudantes circulando. Elas e eles têm na USP o local de estudo e de moradia.

Reformas, medidas de saúde, segurança, alimentação e inclusão têm sido destinadas ao conjunto residencial, como forma de atender aos alunos moradores. E apesar de contar com serviços de apoio e acolhimento aos estudantes no geral, a SAS ainda não havia criado um plantão específico de atenção à saúde mental dos estudantes que residem no Crusp.

Mas, desde o início do mês de junho, o Plantão Saúde da SAS incorporou dois psicólogos que estão à disposição para atendimento dos moradores do Crusp. O agendamento deve ser feito pelo WhatsApp do Plantão Saúde da SAS: (11) 97154-6880.

“A iniciativa de disponibilizar dois psicólogos do Plantão Saúde da SAS aos moradores do Crusp soma-se aos serviços de atenção à saúde mental oferecidos pela Universidade, ampliando ainda mais as opções de acolhimento aos nossos estudantes”, afirma Tomanari. Para ele, a criação de um canal rápido e imediato de contato com profissionais da saúde constitui uma ação importante na construção de uma política de atenção integral primária de saúde, “especialmente desenhada aos moradores do Crusp”, completa.

(Jornal da USP / Tabita Saib)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de junho de 2021

Investimentos em ciência para o Brasil na Agenda 2030 dos ODS

A Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) leva a efeito no próximo dia 01 de julho, às 16h00, de forma remota, mais um webinar que contará com as participações de Edvaldo Vilela (Presidente do CNPq) e Hugo Aguilaniu (Diretor-Presidente Serrapilheira).

Neste webinar, subordinado ao tema “Investimentos em ciência para o Brasil na Agenda 2030 dos ODS”, participarão ainda, como debatedores, Vanderlan Bolzani, Paulo Artaxo e Adriano Andricopulo, na circunstância, presidente, vice-presidente e diretor executivo da ACIESP.

Assista a transmissão ao vivo pelo Youtube AQUI.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Fale conosco
Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
Obrigado pela mensagem! Assim que possível entraremos em contato..