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15 de novembro de 2021

LEAR-IFSC/USP presente em atividade da IBM

O Laboratório de Espectroscopia de Alta Resolução por RMN (LEAR) tem feito muitos esforços para desenvolver projetos em diferentes áreas de pesquisa envolvendo colaborações com a Indústria, com destaque para Meios Porosos. Dentro dessa linha de pesquisa, duas atividades se destacam: Física Computacional e Instrumentação Avançada. Por essa razão, acabou estabelecendo parcerias com Grupos de Pesquisa da Petrobras e da IBM Research Brazil.

Como fruto dessas colaborações, o Coordenador do LEAR, Prof. Tito J. Bonagamba, estará participando do “Colóquio 2021 – Descoberta de novos materiais para um futuro sustentável”, organizado pela IBM Research Brazil e agendado para o dia 25/11/21.

Vide a programação do Colóquio no link abaixo:

https://brl-coloquio-2021.gaqe9jqf0t4.us-south.codeengine.appdomain.cloud/

Vejam também as matérias abaixo sobre atividades conjuntas das Equipes do LEAR e da IBM Research Brazil:

– How cloud computing could help store carbon dioxide in tiny rock pores – IBM Research (2021)

Estudos de Rochas Reservatório: permeabilidade ao petróleo e capacidade de armazenar CO2 – Uma parceria entre Academia e Indústria (2021)

– IBM Research Brazil announces AI technology to optimize the use of natural resources and reduce the environmental impact caused by industrial processes (Veja o vídeo e acompanhe a mensagem do Prof. Bonagamba a partir de 2m50s) (2020).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de novembro de 2021

“Ora, direis, ouvir estrelas!” (parte-1)

Figura 1 – A anã vermelha Proxima Centauri, a estrela mais próxima do nosso Sol, atualmente (cerca de 4,2 anos-luz). Fonte: Telescópio Hubble (NASA)

Por: Prof. Roberto N. Onody *

Após a sua formação, no interior de uma nebulosa, o destino de uma estrela dependerá essencialmente de sua massa. Quanto menor for o valor da sua massa, tanto maior será sua expectativa de vida. Outro fator que regulará o destino dessa estrela, é o seu entorno estelar. A dinâmica dos astros em nosso universo (desde o Big Bang) é controlada pelas interações (gravitacionais e de matéria e energia escura) com explosões e muitas, muitas colisões.

Se a estrela tiver massa entre 1,3 % e 8 % da massa do nosso Sol, a estrela (ou subestrela, pois faz fusão de deutério e não de hidrogênio) é uma anã marrom (para mais detalhes, veja ref. 1).

No intervalo de 8 % a 60 % da massa do Sol, a estrela é uma anã vermelha (que já faz fusão de hidrogênio). A estrela mais próxima do Sol, a Proxima Centauri, é uma anã vermelha (Figura 1). Durante os últimos 32.000 anos, ela foi a estrela mais próxima do Sol, e continuará a sê-lo por mais 25.000 anos!

A maior parte das estrelas que compõem o universo são anãs vermelhas. Estima-se que, na nossa Via-Láctea, dois terços das estrelas sejam anãs vermelhas! Muitas anãs vermelhas são orbitadas por exoplanetas. Para uma anã vermelha, modelos teóricos preveem que, a zona habitável estaria numa órbita muito próxima da estrela. E isso é um problema, pois a atuação do efeito maré faria com que sempre a mesma face do exoplaneta estivesse voltada para estrela. Num hemisfério teríamos sempre alta temperatura e no outro baixa temperatura. Na superfície, de uma anã vermelha, as temperaturas variam entre 2.000 e 3.500 oC (no Sol, a temperatura da fotosfera é cerca de 6.000 oC).

Figura 2 – A nebulosa planetária do Esquimó (NGC2392), ganhou esse nome em 1787 quando foi visualizada por W. Herschel, pois lembra um capuz de pele de um esquimó. O material (hidrogênio, hélio, nitrogênio e oxigênio) é ejetado em alta velocidade, em todas as direções, formando uma espécie de bolha. Outrora, esse material formava as camadas externas de uma estrela gigante vermelha. A nebulosa Esquimó está há cerca de 2.870 anos-luz do Sol. Fonte: Telescópio Hubble (NASA)

Na faixa entre 6 e 10 vezes a massa solar, teremos as estrelas parecidas com o nosso Sol. No seu núcleo, elas transformam hidrogênio em hélio. A temperatura necessária para essa fusão é de 15 milhões de graus Celsius (na superfície da estrela, porém, ela é bem menor). Quando o hidrogênio se esgota no núcleo, este se contrai pela força da gravidade, a temperatura sobe e as camadas externas da estrela se expandem. A estrela se torna, então, uma gigante vermelha. É o que acontecerá com o nosso Sol, daqui há alguns bilhões de anos. Estima-se que a expansão do Sol irá engolfar os planetas Mercúrio, Vênus, Terra e, quem sabe, Marte.

Na temperatura de 170 milhões de graus Celsius, a estrela passa a fundir núcleos de hélio para formar o carbono. O processo continua, com o núcleo estelar produzindo elementos químicos cada vez mais pesados. A partir do ferro, a fusão nuclear ao invés de produzir energia, consome energia. Quando a fusão nuclear cessa, o núcleo então, colapsa gravitacionalmente, pois era a fusão nuclear que se contrapunha à contração gravitacional, gerando energia, aumentando a temperatura e a pressão. O colapso, porém, não é total, e será contido pela ‘força’ de Fermi (veja próximo parágrafo). Como as camadas internas se contraem, por conservação de momento, as camadas externas da estrela se expandem, são ejetadas e se descolam, formando a chamada nebulosa planetária (Figura 2). A má escolha desse nome se deve ao fato que, para telescópios mais antigos, elas se pareciam muito com o planeta Urano. O núcleo, muito denso e quente, é agora uma estrela chamada anã branca (Figura 3).

Mas, por que a anã branca se formou? O que conteve a contração gravitacional? A resposta é que, devido à enorme densidade do núcleo estelar, surge uma força de repulsão que é de natureza quântica, uma manifestação do princípio de exclusão de Pauli (válido para todos os férmions como prótons, nêutrons e elétrons). Ele afirma que dois férmions não podem ter o mesmo conjunto de números quânticos. Em outras palavras, a contração gravitacional preenche os níveis mais baixos de energia e, novos férmions, são obrigados a ocupar energias mais altas, como se houvera uma ‘força’ de repulsão. Ela resiste à atração gravitacional provocada por massas menores ou iguais a 1,4 vezes a massa do Sol. É o chamado limite de Chandrasekhar. Não podem existir anãs brancas com massa maior do que a desse limite.

Em geral, a composição química das anãs brancas envolve carbono e oxigênio, mas, dependendo da massa inicial, também pode conter neônio e magnésio. Em geral, uma anã branca tem um diâmetro um pouco maior que o da Terra e uma densidade da ordem de 1×109 kg/m3 (duzentas mil vezes maior que a densidade da Terra). Como não há mais fusão (de nenhuma espécie) no interior da anã branca, ela deverá se esfriar, se cristalizar e, em algumas dezenas de bilhões de anos, tornar-se uma anã preta. Como a idade estimada do universo é de 13,8 bilhões de anos, não deve haver nenhuma anã preta aí fora.

Figura 3 – O sistema binário Sirius é composto pela estrela Sirius A (a mais brilhante estrela no céu noturno) e a anã branca Sirius B (o pontinho indicado pela seta). Está há cerca de 8,2 anos-luz do Sol. Fonte: Telescópio Hubble (NASA)

Se uma anã branca pertence a um sistema binário (em geral, com outra estrela tipo Sol ou gigante vermelha) e a rotação entre as estrelas diminui para um período de cerca de 1 dia, a anã branca ficará tão próxima que roubará material da sua parceira, acretando hidrogênio na sua superfície.  À medida que essa camada superficial de hidrogênio fica mais espessa, sua temperatura sobe até atingir um valor crítico (da ordem de 15 milhões de graus Celsius), a fusão nuclear tem início de forma explosiva – é uma nova. Muitas dessas explosões de novas podem ser vistas a olho nu e podem brilhar por várias semanas ou meses. Ao juntar mais material na superfície da anã branca, o fenômeno pode se repetir. Aproximadamente, ocorrem 50 novas por ano em galáxias como a nossa Via Láctea. As novas têm brilho dez milhões de vezes menor do que o de uma supernova (veja mais adiante).

Se a massa inicial da estrela estiver entre 10 e 25 vezes a massa solar, ela evoluirá para uma estrela de nêutron. Até o colapso do núcleo, o desenvolvimento de uma estrela de nêutron é muito semelhante ao de uma anã branca. No processo de expansão, a estrela se transforma numa supergigante vermelha. Como o tamanho e a massa do núcleo são maiores, quando cessa a fusão, prótons e elétrons se aniquilam formando nêutrons, liberando neutrinos e muita radiação eletromagnética de alta frequência – os raios-gama. O colapso do núcleo ocorre em menos de um segundo! Uma cataclísmica onda de choque se forma nas camadas exteriores, liberando ao espaço elementos químicos pesados. Futuros planetas, que se formem nas redondezas, muito se beneficiarão desse material!

Essa explosão catastrófica é chamada de supernova. É tão poderosa, que a luminosidade gerada por ela pode superar a de uma galáxia inteira! Muitas supernovas podem e já foram vistas a olho nu. Essa extraordinária luminosidade pode durar semanas, meses ou anos. Os astrônomos investigam as supernovas em vários comprimentos de onda eletromagnética – rádio, infravermelho, visível, ultravioleta, raios-x e raios-gama (Figura 4). O colapso gravitacional total agora é contido por nêutrons degenerados (repulsão nêutron-nêutron). Aqui, novamente, entra em ação a ‘força’ de Pauli. Estimativas calculam que a maior massa possível de uma estrela de nêutron deve estar entre 1,5 e 3,0 vezes a massa solar.

Figura 4 – O material ejetado na supernova (chamados de remanescentes da explosão) fertilizará a composição química de futuros planetas. Na imagem, a nebulosa do Caranguejo após a explosão da supernova SN 1054 (ano que ela explodiu). Está a 6.500 anos-luz de distância, na direção do centro da Via-Láctea. Fonte: NASA/ESA

Quando o núcleo de uma supergigante vermelha colapsa, a conservação do momento angular e do fluxo magnético fazem com que a estrela de nêutron gire muito rapidamente e tenha um campo magnético extraordinariamente intenso (cerca de 1012 vezes o valor do campo magnético da Terra!). Ao nascer, uma estrela de nêutron isolada gira a pelo menos 60 voltas por segundo. Se nascer num sistema binário, a rotação pode chegar a 600 voltas por segundo. Ao longo do eixo norte-sul magnético, a estrela de nêutron emite partículas e muita radiação eletromagnética. Essa estrela de nêutron, que gira tão rapidamente, passou a ser conhecida como Pulsar! (Figura 5)

Em geral, o eixo de rotação de uma estrela de nêutron não coincide com o seu eixo magnético. Se acontecer que a nossa linha de visão aqui da Terra, se cruze com o jato de radiação (ao longo do eixo magnético) detectaremos sinais periódicos. Algo parecido com o que acontece quando um navio aproxima de um farol. Foi assim, que se encontrou a primeira estrela de nêutrons em 1967 (em comprimento de ondas de rádio). À época, chegou-se a especular que se tratava de uma tentativa de comunicação com a Terra de seres inteligentes extraterrestres.

O brilho das supernovas é utilizado para medir a distância da estrela de nêutron até a Terra.  Sabe-se que o tempo de decaimento do seu brilho está relacionado com a luminosidade da estrela. Uma vez conhecida a sua luminosidade, obtém-se a magnitude absoluta. Em seguida, determinando-se (aqui na Terra) a magnitude aparente da estrela, pode-se calcular a distância da estrela à Terra.

As estrelas de nêutrons são muito pequenas, do tamanho de uma cidade, com diâmetro em torno de 10 a 20 km! Mas, sua densidade é absurda, cerca 1017 kg/m3. São os objetos conhecidos mais densos do universo (excluindo-se os buracos negros). Para se escapar da atração gravitacional de uma estrela de nêutron, a velocidade de um corpo tem que ser maior do que 50% da velocidade da luz!

Na nossa Via-Láctea, já foram detectadas cerca de 1.300 estrelas de nêutrons. Mas, a quantidade de poeira e gás ao longo do disco galáctico, dificulta muito a sua observação.  Estima-se que a Via-Láctea contenha cem mil estrelas de nêutrons ao longo do seu disco. A estrela de nêutron detectada (até agora) mais próxima da Terra está há cerca de 420 anos-luz.

Figura 5 – O pulsar existente no interior da nebulosa do Caranguejo (veja Figura 4) detectado, em raios-x, pelo telescópio Chandra. Fonte: NASA

Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…

E conversamos toda a noite, enquanto
A Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.

Olavo Bilac, soneto que se encontra no livro “Poesias”, publicado em 1888.

(Continua)

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

1 Anã Marrom – um objeto subestelar, Roberto N. Onody

https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/ana-marrom/

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de novembro de 2021

Doenças negligenciadas são tema da “6ª Conferência FAPESP 60 anos”

Encontro reunirá Sir Mike Ferguson, da Universidade de Dundee, e os Profs. Jon Clardy, da Universidade Harvard e Glaucius Oliva, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP)

As doenças negligenciadas afetam mais de 2 bilhões de pessoas, sobretudo as mais pobres e desfavorecidas em regiões tropicais e subtropicais do planeta, incluindo as Américas. O número de mortes supera 1 milhão ao ano, com o agravante de causar grande sofrimento e incapacidade permanente em homens, mulheres e crianças.

A 6ª Conferência FAPESP 60 anos (VER AQUI) reunirá na próxima quarta, dia 17 de novembro, a partir das 10h00, especialistas para debater os avanços da ciência, especialmente da química medicinal e de produtos naturais, para combater esse que é um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade.

O encontro contará com a presença de Sir Mike Ferguson, especialista em parasitologia molecular aplicada ao planejamento de fármacos para doenças tropicais. Ele é professor titular e reitor associado de pesquisa da Universidade de Dundee (Reino Unido), membro do Conselho da Medicines for Malaria Venture (MMV), da The Royal Society of London, da Academy of Medical Sciences e da European Molecular Biology Organization (Embo), além de vice-presidente da Wellcome Trust.

Com mais de 250 artigos científicos publicados, Ferguson tem investigado a bioquímica de protozoários parasitas, entre eles os causadores da doença do sono africana, da doença de Chagas e da leishmaniose. Sua pesquisa se inscreve na interface entre a biologia e a química.

Também participará do debate Jon Clardy, especialista em química biológica aplicada ao desenvolvimento de fármacos e ao estudo do controle de processos biológicos por moléculas bioativas de origem natural. Ele é professor titular da Universidade Harvard (Estados Unidos), membro do Broad Institute, da American Association for the Advancement of Sciences (AAAS), da American Academy of Arts and Sciences e da American Academy of Microbiology.

Ao longo de quase 50 anos, Clardy se dedicou a pesquisas relacionadas a produtos naturais que resultaram em mais de 700 publicações. Foi pioneiro no uso da técnica de DNA ambiental para a prospecção da diversidade química codificada em metagenomas e organismos não cultiváveis. Também foi dos primeiros a estudar compostos como a saxitoxina e a brevetoxina, duas neurotoxinas produzidas por dinoflagelados marinhos. Contribuiu ainda para a identificação de alvos proteicos de produtos naturais e para a elucidação das estruturas moleculares de diversos compostos.

A conferência contará ainda com a participação de Glaucius Oliva, especialista em biologia estrutural aplicada ao planejamento de fármacos para doenças infecciosas e professor titular da Universidade de São Paulo (USP). É membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp) e da The World Academy of Sciences (TWAS).

Oliva é coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos  (CIBFar), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão da FAPESP que recentemente desvendou detalhes do processo de maturação da principal enzima envolvida na replicação do SARS-CoV-2, conhecida como 3CL.

A abertura será feita por Ronaldo Aloise Pilli, vice-presidente do Conselho Superior da FAPESP. E o debate será moderado por Adriano Defini Andricopulo, professor do IFSC-USP e vice-presidente da Aciesp.

Para se inscrever, clique AQUI.

Para sanar dúvidas, envie e-mail para conferencias60anos@fapesp.br

Para assistir a este evento, via Canal Youtube da Agência FAPESP, clique AQUI.

Mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de novembro de 2021

“V Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos” arranca dia 30/11 – Inscreva-se já!

Edição de 2018

Uma forte contribuição para a formação de pesquisadores de elevada excelência, aprimorando suas habilidades para o desenvolvimento progressivo em pesquisas básicas e aplicadas, sejam quais forem suas áreas de conhecimento.

Este é um dos principais objetivos da “Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos” (VER AQUI), em sua 5ª edição, que ocorrerá de forma remota entre os próximos dias 30 de novembro e 02 de dezembro, com inscrição gratuita e ofertando  minicursos e palestras com personalidade acadêmicas e científicas, permitindo-nos destacar: Pró-Reitor de Pesquisa da USP, Prof. Sylvio Canuto, os professores da USP de São Carlos, Valtencir Zucolotto e Osvaldo Novais de Oliveira Junior, bem como Carlos Henrique de Brito Cruz, vice-presidente de redes de pesquisa na Elsevier, André Brunoni, da Faculdade de Medicina da USP e ainda profissionais das áreas de gestão de dados e publicações científicas.

Tendo como público-alvo alunos de pós-graduação, professores, pesquisadores e técnicos de nível superior, a “Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos” propõem-se abordar, entre outros assuntos, a escrita de relatório de patentes, a promoção de artigos científicos, e a forma como funciona o processo de editoria em uma revista científica. O evento conta ainda com apresentação do Coral USP de São Carlos e diversos sorteios de brindes.

A organização deste evento é do Portal da Escrita Científica da USP, projeto que tem como objetivo auxiliar na formação de pesquisadores de alto nível com minicursos, materiais de apoio e videoaulas. A iniciativa também conta com apoio do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP e da Springer, editora que é líder global de publicações em Ciência, Tecnologia & Medicina.

Confira AQUI  a programação do evento.

Faça sua inscrição AQUI.

Saiba mais no site escoladepesquisadores.sc.usp.br/5, no Facebook e pelo e-mail escoladepesquisadores@sc.usp.br.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de novembro de 2021

Atualização da produção científica do IFSC/USP de novembro de 2021

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de  novembro  de 2021,  clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI) .

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico Journal of CO2 Utilization (VER AQUI).

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de novembro de 2021

EEFERP/USP recebe Equipe de Judô do Club Athletico Paulistano para atividades conjuntas

Mesa de abertura do evento

Durante o período de 27 a 30 de outubro de 2021, a Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP), da Universidade de São Paulo (USP), recebeu a Equipe de Judô do Club Athletico Paulistano (CAP), para a realização de atividades conjuntas junto à Clínica de Avaliação Multidisciplinar de Atletas de Alto Rendimento (CAMAR). Todas as atividades programadas foram organizadas a partir do Workshop realizado no dia 20 de março de 2021, com participação de membros das duas instituições.

A Equipe visitante do CAP, liderada pelo Prof. Douglas Vieira, foi composta pelo analista de desempenho, Giovani Marcon, o preparador físico Rainner Oscisk e a psicóloga Cristina Madi, bem como 26 Judocas (vide lista no final da matéria), tanto do Judô feminino quanto masculino. Embora não presente nas atividades realizadas, colaborou para organização do evento o técnico de Judô do CAP, Marcos Dagnino.

Coube aos Professores Douglas Vieira, representando o CAP, Hugo Tourinho Filho, Diretor da EEFERP/USP, e Tito J. Bonagamba, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), proponente e coordenador do projeto de colaboração entre o CAP e a EEFERP/USP, comporem a mesa de abertura das atividades.

Teste para determinação da taxa de desenvolvimento de força e força máxima isométrica

Abrindo o evento, o Prof. Douglas Vieira agradeceu os esforços de toda(o)s para que a parceria fosse estabelecida e enalteceu a importância da união entre a prática esportiva e a ciência do esporte, beneficiando a(o)s atletas na procura do melhor rendimento. Por essa razão, solicitou à(o)s Judocas que participassem com empenho e seriedade de todas as avaliações propostas. Após os agradecimentos do Prof. Hugo Tourinho, o Prof. Bonagamba discorreu sobre as atividades gerais do Projeto “Judô na EEFERP/USP”, dando maior atenção à CAMAR, e ressaltou fatos históricos das Olimpíadas de Los Angeles – 1984, concluindo sua fala destacando o êxito do Judoca Douglas Vieira, ao ter sido o primeiro brasileiro a disputar uma final olímpica na modalidade, ficando com a medalha de prata, fato que abriu uma trajetória de sucesso para o Judô brasileiro.

A(o)s Judocas passaram por inúmeras avaliações conduzidas pelo Grupo de Docentes e Pesquisadores da CAMAR, em produtiva parceria com os Profissionais do CAP.

As avaliações ocorreram dentro das áreas descritas abaixo.

A Equipe coordenada pelo Prof. Marcelo Papoti (Grupo de Estudos e Pesquisa em Ciências Fisiológicas e Exercício – GECIFEX) aplicou o Special Judo Fitness Test associado com medidas de concentração de lactato no sangue, frequência cardíaca e consumo de Oxigênio. Com os dados em mãos, serão determinados os índices SJFT e a estimativa da participação metabólica (anaeróbia lática, alática e aeróbia) da(o)s atletas. Todos procedimentos foram realizados sob a liderança do Prof. Wonder Passoni Higino, com o apoio de colaboradora(e)s do GECIFEX.

A lista de toda(o)s os colaboradores dos Grupos de Pesquisa que contribuíram para a realização das avaliações encontra-se no final da matéria.

A Equipe coordenada pelo Prof. Enrico Fuini Puggina (Grupo de Estudos em Desempenho Físico e Treinamento Esportivo – GEDEFITE) realizou medidas da composição corporal e de manifestações da força muscular. A antropometria foi realizada por meio da técnica de densitometria por dupla emissão de raios X (DEXA). Já os Testes de Força e Potência muscular foram conduzidos por meio de mensurações da Taxa de Desenvolvimento de Força (TDF) e Força Máxima Isométrica no exercício do Levantamento Terra com uso de células de carga, da potência de membros inferiores e superiores pelo uso de técnicas de salto vertical em tapete sensorizado (Squat Jump, Countermovement Jump e Power Push-Up Test), e finalmente a força máxima dinâmica, de preensão manual e o equilíbrio muscular utilizando-se de avaliações em dinamômetro isocinético e dinamometria convencional. Todos os procedimentos foram realizados sob a liderança do Prof. Enrico F. Puggina, com o apoio de colaboradora(e)s do GECIFEX.

De forma complementar, toda(o)s atletas foram submetidos à análise da densitometria corporal por meio da técnica de absorção de raios-X de dupla energia (DEXA), para determinação das massas óssea, muscular e de gordura.

Paralelamente, as Equipes coordenadas pelos Profs. Cristiano Roque Antunes Barreira (Grupo de Pesquisa Fenomenologia e Práticas Corporais – GFEPAC) e Renato Francisco Rodrigues Marques (Grupo de Estudo e Pesquisa em Aspectos Socioculturais e Pedagógicos do Esporte – GEPESPE) conduziram as entrevistas dedicadas às análises dos Perfis psicológico e social da(o)s atletas.

Análise da densitometria corporal por meio da técnica de absorção de raios-X de dupla energia (DEXA), para determinação das massas óssea, muscular e de gordura

Após a realização das primeiras intensas atividades, as Equipes da CAMAR e do CAP se reuniram para discutir os resultados alcançados e os próximos passos a serem tomados. Em todas as frentes de avaliação da CAMAR, as perspectivas encontradas são excelentes. Como exemplo, mesmo tendo concluído todas as avaliações previstas originalmente, as últimas atividades realizadas já envolveram aprimoramentos dos testes realizados nos dias anteriores, algo esperado dentro dessa profícua colaboração de longo prazo.

Tendo em mãos os dados obtidos e as excelentes observações e sugestões feitas pela Equipe do CAP, os membros da CAMAR já iniciaram a análise dos dados obtidos ao longo dos quatro dias de atividades, com o intuito de apresentar relatórios individuais detalhados e propostas de novas avaliações à equipe do CAP, em novo encontro a ser agendado para breve.

Participantes das atividades:

– Judocas do CAP: Adriano Toshio Miwa de Souza, Adrielly Lopes de Faria, Alline Cristina da Silva, Amanda Ferreira Culato, Daiana Teresinha Borba, Gabriel Bondezan, Hanna Laryssa Silva do Nascimento, João Henrique de Oliveira Baptista, João Paulo dos Santos Correa, João Pedro Jorqueira, João Vitor de Sá Furquim, Jose Marcelo Araujo Da Silva, Kenia Astrom de Souza, Luís Henrique Santana Janotta, Marcos Soares, Mari Hayse Lys da Silva, Matheus de Campos Silva, Mayrhá Lucato, Natalia Barreto Lima, Rai Ferreira da Silva, Samara Contarini de Oliveira, Samuel Venancio de Souza, Thauana Ap. das Dores Lopes da Silva, Thiago Henrique da Silva Chiodi, Victor Hugo da Silva Nascimento e Vitória Pereira Neto.

– Membros da Equipe do Prof. Marcelo Papoti – GECIFEX:

Professores: Tiago Rezende Figueira e Wonder Passoni Higino.

Alun(a)os de Mestrado: Carlos Dellavechia de Carvalho, Gabriel Peinado Costa, Marcela Coffacci de Lima Viliod, Vitoria Maria Alves Rangel e Yan Figueiredo Foresti.

– Membros da Equipe do Prof. Enrico F. Puggina – GEDEFITE:

Aluna(o)s de Iniciação Científica: Allan Zapatta Gomes, Beatriz Piffer, João Victor Madeira da Costa, Lucas Pompeu Trevelin e Ricardo Bisan Filho

Aluna(o)s de Mestrado: Gabriel Bonavena de Oliveira.

Aluna(o)s de Doutorado: Arthur Marques Zecchim Oliveira, Fábio Marzliak Pozzi de Castro, Izabela dos Santos, Marcel Frezza Pisa, Rodrigo Ribeiro Rosa e Thiago Porto.

Técnico do Laboratório que realizou as análises DEXA: Marcílio Mano Júnior.

– Membros da Equipe do Prof. Cristiano R. A. Barreira – GFEPAC:

Cilene Chivalsky de Oliveira (Psicóloga e pesquisadora), Leonardo Fernandes Coelho (pesquisador), Pedro Henrique Alves Campos (pesquisador) e Thais Petroni Rocha Lima Silva (Psicóloga e Mestranda em Psicologia pela FFCLRP-USP)

– Membros da Equipe do Prof. Renato F. R. Marques – GEPESPE:

Nesta etapa, o Prof. Renato F. R. Marques atuou individualmente.

Judocas visitantes acompanhado(a)s por membros do Club Athletico Paulistano e da EEFERP/USP

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de novembro de 2021

Pesquisadores do IFSC/USP estão entre os maiores especialistas mundiais na área de “Agentes Fotossensibilizadores”

Pesquisadores do IFSC/USP estão entre os maiores especialistas mundiais na área de “Agentes Fotossensibilizadores”, segundo a “Expertscape”, agência que classifica, objetivamente, cientistas e instituições de todo o mundo através de seus trabalhos desenvolvidos em mais de 29 mil tópicos biomédicos.

A “Expertscape”acaba de divulgar a sua mais recente “PubMed”, dedicada ao “Mês da Pela Saudável – Novembro”, onde classifica o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, como um “Especialista Mundial” na área de Agentes Fotossensibilizadores, enfatizando uma experiência e atuação acumuladas ao longo de, pelo menos, dez anos.

Dentro dessa classificação, encontram-se igualmente registrados outros docentes e pesquisadores importantes de nosso Instituto dentro dessa mesma área, todos pertencentes ao Grupo de Óptica, merecendo, todos eles, o mesmo destaque. São eles: Cristina Kurachi, Sebastião Pratavieira, Natália Inada, Dirceu Vollet-Filho, Hilde Buzzá, Lilian Tan Moriyama, Kate Blanco e Michelle Requena.

Para conferir o “PubMed” da “Expertscape”, clique AQUI.

Uma vez mais, um orgulho para o IFSC e para a Universidade de São Paulo.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de novembro de 2021

Debate entre candidatos à próxima gestão reitoral da USP

Realiza-se no próximo dia 09 de novembro, a partir das 17h00, de forma virtual, o debate entre o(a)s candidato(a)s à próxima gestão reitoral da USP, conforme o previsto no artigo 5º da Resolução 8115/2021.

Para acessar o link para acompanhamento da transmissão, clique AQUI.

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de novembro de 2021

IFSC/USP conquista “Prêmio Melhor Trabalho Cientifico” no “XI Four Biotec – Quatro dias pela Biotecnologia”

Um grupo de pesquisadores do IFSC/USP conquistou no início de outubro passado o “Prêmio Melhor Trabalho Cientifico” no “XI Four Biotec – Quatro dias pela Biotecnologia”, através do estudo intitulado “Efeitos de radiações eletromagnéticas na bioenergética de mitocôndrias isoladas de fígado de camundongos”, um evento promovido pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

O trabalho, apresentado no formato de vídeo durante o evento científico (remoto), teve como autora principal Aline Sanches Perez, e como coautores Anibal Vercesi, Roger Castilho, José Dirceu Vollet-Filho, Natália Inada, Natasha Mezzacappo e Vanderlei Salvador Bagnato.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de novembro de 2021

Ex-aluno de graduação, mestrado e doutorado do IFSC/USP e a conquista de vaga de professor nos EUA

 

Defesa de doutorado de Denis Candido

 

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) tem, em seu histórico, a passagem de inúmeros alunos que se destacaram em seus respectivos cursos e que atualmente estão em diversas posições profissionais de prestígio, muitos deles em situação de liderança. Esse desígnio, que é próprio da Universidade de São Paulo, tem sido também uma constante ao longo dos anos em nosso Instituto, que, ano após ano, vê singrar no panorama educacional e científico novos valores detentores do DNA/USP.

Denis Ricardo Candido (31) – ex-aluno de física teórica de nosso Instituto – é um exemplo daquilo que salientamos acima. De forma rebelde  em sua juventude – como ele próprio admitiu em anterior entrevista concedida à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP (VER AQUI) – soube, ao longo do tempo, conter seus ímpetos juvenis e, com serenidade, assumir em seu caminho de vida um papel importante na Academia, tendo-se tornado um aluno exemplar  com uma formação plena em nosso Instituto – graduação, mestrado e doutorado – sob a batuta de seu orientador, o docente e pesquisador Prof. José Carlos Egues de Menezes (IFSC/USP).  Vale ressaltar que os trabalhos realizados durante o doutorado do Denis foram publicados (Denis como primeiro autor) na prestigiada revista Physical Review Letters (PRL/2018) e também na Physical Review B (PRB/2018, Rapid Communication, “Editors’ Suggestion”).

De uma posição de relevo em seu pós-doutorado, realizado na Universidade de Chicago e posteriormente na Universidade de Iowa, e devidamente mencionada na entrevista acima citada, Denis viu todo o seu trabalho em prol da ciência ser reconhecido internacionalmente, ao ser convocado para assumir uma vaga de professor na Universidade de Iowa – Estados Unidos.

Este feliz desfecho se deve à participação de Denis em inúmeros colóquios, seminários e conferências internacionais, mostrando suas ideias, estudos e projetos, graças às interações, parcerias e trabalhos científicos realizados com nomes importantes das Academias americanas e europeias, bem como a seu alto potencial científico, que abriram definitivamente as portas para que nosso ex-aluno se notabilizasse e começasse a atrair para si as atenções da comunidade científica internacional. No começo deste ano de 2021, ainda no decurso de seu pós-doutorado, ao saber que a Universidade de Iowa estava procurando por um jovem cientista de excelência em início de carreira para ocupar uma vaga de docente, Denis não hesitou e avançou. “Essa procura por jovens cientistas de excelência em início de carreira é comum nos Estados Unidos e a concorrência é feroz, pois aqui tem gente do mundo inteiro. Quando surgiu essa única vaga na Universidade de Iowa resolvi encarar e aí dei um colóquio para todo o departamento de física da Universidade de Iowa. Todos os meus conhecimentos adquiridos em estudos anteriores, em trabalhos publicados, bem como a experiência adquirida ao longo de minha curta carreira, em diversas áreas da física teórica, foram determinantes para que os acadêmicos desse departamento constatassem que tudo o que tinha apresentado era de relevância e estava em consonância com os diversos trabalhos que estavam sendo desenvolvidos na universidade. Os docentes me viram como um candidato forte e bom para assumir essa vaga, tendo-me convocado para uma série de entrevistas. Como parte do processo, houve uma votação entre os acadêmicos e, por unanimidade, fui convidado para essa vaga de professor, que ocuparei formalmente a partir de janeiro de 2022”, comemora Denis Candido.

O ex-aluno do IFSC/USP confessa que não esperava virar professor nos Estados Unidos, sendo que a intenção dele era passar um período na Universidade de Iowa e regressar ao Brasil para constituir um grupo de pesquisa e ajudar a ciência brasileira a progredir. Para ele “a ficha ainda não caiu!”. Com este novo rumo em sua vida, Denis – que está acompanhado por sua esposa na cidade de Iowa City, a cinco minutos da universidade – confessa que não tem atualmente intenção de voltar, já que a situação social, política e econômica, bem como a falta de apoio e desvalorização da ciência, “impede” que isso aconteça. “Vou ficar, por enquanto. Aqui vou ter a oportunidade de investigar e expandir minhas próprias ideias e projetos, fazer pesquisa de ponta e com mais recursos”, sublinha Denis, que também lê a situação como uma oportunidade para estreitar laços entre grupos científicos americanos e brasileiros – visando parcerias no desenvolvimento científico.

Denis Candido reforça que o papel do físico teórico no mundo atual é tão ou mais importante que o do físico experimental e o caminho é procurar gente que pense exatamente na física teórica como uma porta ampla para o desenvolvimento científico global. “Não investir em física teórica é um erro, pois você vai passar a vida correndo atrás de um desenvolvimento científico sem chance de o alcançar. Exemplos clássicos de sucesso são muitos, incluindo Estados Unidos, China, países da Europa e Japão. No entanto, o Brasil não segue esses exemplos, continuando estagnado e sem preocupação alguma em investir e ver a ciência como algo que vai melhorar a situação de nosso país como um todo”, enfatiza Denis, que homenageia e enaltece seu mestre de sempre, o Prof. José Carlos Egues, detentor de importantes e inovadoras ideias para fazer ciência.

Uma conquista não se faz sozinho

Denis reforça também a importância que diversas pessoas tiveram durante sua trajetória de vida, tanto pessoal quanto cientifica, até os dias de sua contratação como professor nos EUA.

“Tudo começou a decolar quando eu entrei para o grupo do Prof. Egues. O Prof. Egues é um cientista que me deu a oportunidade de me aproximar de diversos assuntos relevantes da física, de conhecer e me aproximar de grandes nomes da física teórica, participar de diversas conferências e colaborações internacionais, começando no meu mestrado e passando pelo doutorado, onde também tive o privilégio de, nesse período ter contado com o  Prof. Michael E. Flatté, meu atual supervisor de pós-doutorado”, recorda Denis, que, durante seus mestrado e doutorado, era incentivado a participar de diversas conferências e colaborações com grupos do exterior.

Embora muitos desses eventos tivessem ocorrido com apoio financeiro de órgãos governamentais nacionais ou internacionais, Denis lembra que para muitas viagens não existia dinheiro público para suporte, nem apoio algum. “Lembro de uma vez que não tínhamos dinheiro para viajar, mas o Prof. Egues acabou pagando parcialmente, do próprio bolso, a passagem e hospedagem de um mês em diversos países da Europa, incluindo Áustria, Suíça e Espanha, onde atendemos a diversas conferências e também colaboramos com grupos locais” – o que evidencia o cuidado e preocupação do Prof. Egues com seus estudantes.

“De maneira geral, toda a minha experiência dentro do grupo dele foi crucial para o meu desenvolvimento como cientista. Desde o começo, o inglês era uma prioridade e mesmo o meu não sendo bom – apesar do investimento e incentivo dado pelo meu pai –,  pude contar muito com a ajuda do Prof. Egues e integrantes do grupo para o aperfeiçoamento do mesmo. O grupo era bem internacional, durante cinco anos tivemos integrantes de outros países, e sempre recebíamos visitantes de estrangeiros – onde toda a interação e discussões eram feitas em inglês – o que preparou imenso muito para discussões posteriores mundo afora. O Prof. Egues sempre foi muito preocupado com a comunicação e a escrita em inglês, sendo essa a língua de escolha no meio científico internacional. Lembro de diversos workshops organizados com editores americanos das mais importantes revistas internacionais, os quais visavam o aperfeiçoamento da escrita e comunicação em inglês dos estudantes do IFSC/USP.”

Além desses fatores, Denis também enfatiza que a profundidade das discussões e das questões abordadas e incentivadas no grupo, durante seus mestrado e doutorado, o prepararam muito para ter uma visão critica e profunda sobre diversos assuntos da física.  Mesmo sendo oriundo de um país onde a ciência não é referência mundial, Denis diz que sempre se sentiu confortável em discutir questões e problemas com cientistas de outras instituições mais prestigiadas. De um modo geral, Denis comenta sobre seu orientador. “Ele é um pesquisador que é bem conectado, com ideias excelentes, bem conhecido no exterior e que dá um apoio incondicional para que seus alunos progridam e elevem seus estudos em física teórica. Durante meu tempo no grupo tive oportunidade de viajar para o exterior para colaborar com professores internacionais durante três ocasiões: Universidade de Basel, Suíça, em 2012 e 2018, e Universidade de Würzburg, Alemanha, em 2017 – ambas universidades de prestígio e com grande impacto no meio científico.”

“Prof. Egues foi também um mentor, sempre me aconselhando durante os diversos passos de minha carreira, enfatizando e reforçando não só fatores obrigatórios, como conhecimento científico sólido e identificação de áreas relevantes, como também outros fatores importantes, e.g., formação e criação de colaborações, e a expansão das mesmas. Não somente sobre isso, mas também sobre aspectos políticos do nosso sistema universitário atual, que muitas vezes prejudicam e impossibilitam avanços e desenvolvimentos de grupos menores. Assim, as chances de algo dar errado são menores. Agora, tudo isso não basta se você não é aplicado, apaixonado por aquilo que faz e que pretende fazer, e não alcançar a qualidade necessária para entender, com profundidade, os problemas que são e devem ser colocados”, pontua Denis.

Durante seu pós-doutorado nos EUA, Denis enfatiza a importância crucial do papel de seu supervisor, Prof. Michael E. Flatté, em seu crescimento como cientista e, consequentemente, na contratação como professor. “Prof. Flatté foi além de um supervisor, um mentor. Ele não só me incentivou ao máximo na minha caminhada, como também depositou confiança em mim, fornecendo projetos importantes e de grande impacto. Ele também sempre me aconselhou tanto em questões científicas, como também nas profissionais, não só durante meu tempo como pós-doutor mas também para a minha preparação durante o processo de contratação para professor”, relata o ex-aluno do IFSC/USP.   Denis também agradece ao seu supervisor pelas oportunidades que teve em colaborar com professores das melhores universidades dos Estados Unidos, incluindo Cornell University, Yale University, University of Chicago, Ohio State University e Colorado State University, enfatizando também a importância desta vivência e experiência com diversos profissionais como fator crucial para o seu desenvolvimento científico e consequente contratação.

Prof. José Carlos Egues de Menezes

Denis também acrescenta o nome de outro professor que contribuiu para a sua caminhada, o físico experimental Prof. David Awschalom, da Universidade de Chicago. Denis conta que passou seu primeiro ano de pós-doutorado como pesquisador visitante no grupo do Prof. Awschalom, e que o ambiente rico em discussões e colaborações ajudaram a elevar o seu nível como pesquisador. Adicionando aos seus comentários anteriores, Denis também salienta a qualidade da educação de base oferecida pelos professores do IFSC/USP durante os seus anos de graduação, mestrado e doutorado – o que em diversas matérias e aspectos não deixaram a desejar quando comparados a de universidades do exterior. Denis também reconhece o papel crucial de seus pais, Lázaro e Rita, na validação da importância da educação em sua vida. Eles  sempre o incentivaram, dando o melhor suporte para o mesmo ter (e persuadir) uma educação forte e de qualidade, enquanto também desfrutando dos prazeres da vida: “Eles sempre deram tudo e sempre estiveram lá por mim! Eles me deram a base, o chão, muito exemplo e muito estimulo, eles foram o meu modelo – eu só tive que construir em cima disso e tirar o proveito!”

Por fim, Denis também agradece sua esposa e parceira, Bárbara, por todo o apoio incondicional durante os últimos 7 anos de sua caminhada, sempre incentivando-o e ajudando-o nos mais diversos aspectos da vida. Tanto no desenvolvimento e aperfeiçoamento da vida pessoal, quanto também da acadêmica, e principalmente nos tempos difíceis, incluindo a mudança de país. “Bárbara sempre foi a pessoa que eu sempre pude contar, ela sempre estava lá por mim e sempre me deu muita força, estímulo e incentivo durante a minha caminhada – eu não teria conquistado isso sem a ajuda dela.”

Para o Prof. Egues, a alegria e orgulho do sucesso de seu ex-orientado são incomensuráveis: “Estou muito feliz e orgulhoso. Não é algo trivial conquistar uma posição de professor em uma universidade americana. Minha satisfação é semelhante àquela que os pais têm ao verem o(a)s filho(a)s atingirem sucesso na vida profissional/pessoal. Este exemplo de sucesso é bastante gratificante, pois evidencia a excelência na formação sólida e abrangente que estimulamos e proporcionamos aos (às) estudantes em nosso grupo de pesquisa. Espero que esta história de sucesso sirva de motivação e estímulo às/aos aspirantes a cientistas em nosso Instituto, especialmente nestes tempos difíceis que vivemos”. Egues relembra que enfatizou para a banca ao final da  defesa de doutorado de Denis (IFSC, junho/2018) a excelência da tese do estudante e que a mesma – assim como as outras em seu grupo – poderia ser defendida e aprovada em qualquer universidade de primeira linha no exterior. Egues menciona este fato não apenas para realçar a alta qualidade do trabalho do estudante, mas também para registar uma observação – que julga bastante pertinente –  “ouvida  do Prof. Roland há muitos anos” enfatizando que teses  deveriam ser “universais” no sentido acima, i.e., defendidas em “qualquer” universidade. A banca de doutorado de Denis foi composta pelos Profs. Eduardo Marino (UFRJ), Wei Chen (PUC/RJ), Adilson J.A. Oliveira (UFSCar),  Profa Yara Gobato (UFSCar) e Prof. Egues.

No dia 30 de julho de 2021 o Prof. Egues apresentou uma aula na disciplina ““Direcionamento Acadêmico” (coordenada pelo Prof. Schneider) para os alunos ingressantes do nosso Instituto. Aproveitando a ocasião e com o aval do Prof. Schneider, o Prof. Egues convidou Denis para um “bate papo” com os estudantes ingressantes. Durante a conversa, os estudantes fizeram perguntas ao Denis sobre seu caminho pelo IFSC/USP e pela academia, até sua contratação como professor nos EUA. Profs. Egues e Schneider avaliam como bastante motivante e encorajador o bate papo de Denis com os estudantes. Confira AQUI o link para o vídeo da aula/bate papo.

Para os estudantes e pós-doutorandos do IFSC/USP, Denis aconselha que o importante é cada um fazer o que gosta, e  buscar oportunidades dentro disso, procurar os ambientes mais favoráveis para seu trabalho, de forma a alcançar o sucesso. “Procurem sempre os professores e pesquisadores mais conectados, identifiquem onde poderá estar o seu futuro, estudem muito, conheçam gente e exponham seus trabalhos sem medo, mas com a certeza de que os trabalhos são/serão de extrema qualidade. Tenham consciência cidadã e olhem ao seu redor, ajudem a corrigir o que não está certo e a se informar antes de votar”, conclui Denis Candido.

Por fim, Denis enfatiza que o pacote de contratação em Iowa inclui cobertura de gastos em conferências, viagens de colaboração, equipamentos, como também para contratação de  pós-doutorandos e alunos de doutorado. O processo de contratação de alunos e pós-doutores para o segundo semestre de 2022 já começou, e alunos e doutores do IFSC-USP são altamente encorajados a expressar interesse via denis-candido@uiowa.edu

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de outubro de 2021

Pesquisadora do IFSC/USP conquista Menção Honrosa no “Prêmio Tese Destaque USP- 10ª Edição”

A pós-doutoranda do IFSC/USP, Nathália Beretta Tomazio, conquistou uma digna Menção Honrosa no “Prêmio Tese Destaque USP – 10ª Edição”, na área de Ciências Exatas e da Terra, com seu trabalho intitulado “Escrita direta a laser de micro-ressonadores poliméricos de alto fator de qualidade para Fotônica”, sob a orientação do docente e pesquisador de nosso Instituto, Prof.  Cleber Mendonça.

Nathália Tomazio fez seu Bacharelado em Física, com habilitação em Óptica e Fotônica, pela Universidade de São Paulo e fez Mestrado e Doutorado na mesma instituição, sempre sob a supervisão do Prof. Cleber Renato Mendonça, do Grupo de Fotônica (IFSC-USP).

Suas atividades de pesquisa têm foco no estudo e desenvolvimento de estruturas fotônicas poliméricas fabricadas através de escrita direta a laser via polimerização por dois fótons.

Desde seu Mestrado, Nathália vem trabalhando com micro-ressonadores poliméricos que suportam modos de galeria, buscando melhorias de fator de qualidade e estudando processos ópticos em micro-ressonadores incorporados com diferentes materiais para viabilizar aplicações dessas estruturas em Fotônica.

O “Prêmio Tese Destaque USP- 10ª Edição” é um evento promovido pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP.

O IFSC/USP manifesta sua satisfação e orgulho por Nathália  Tomazio ter conquistado esta distinção.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de outubro de 2021

Novo tratamento do câncer de pele (carcinoma basocelular) – Tecnologia desenvolvida no IFSC/USP

Emissão de Luz Led vermelha na lesão

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através de seu Grupo de Óptica, desenvolveu um dispositivo portátil que pode abrir caminho para o tratamento do câncer de pele, procedimento esse que pode ser realizado pelos próprios pacientes em suas residências.

Através de um estudo ousado e inovador, o novo dispositivo portátil, do tamanho de uma moeda, destina-se ao tratamento do carcinoma basocelular (câncer de pele), com base em Terapia Fotodinâmica (TFD), e que pode ser utilizado pelos pacientes em suas residências, evitando exaustivas viagens e longas permanências nos hospitais.

O estudo e as pesquisas foram feitas por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), coordenados pelo Prof. Vanderlei Bagnato, e do Hospital Amaral Carvalho (Jaú-SP), e contaram com a participação de quinze pacientes voluntários, cujos resultados foram apresentados no início de outubro, de forma virtual, durante o 30º Congresso da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia.

O dispositivo portátil

O estudo relata a abordagem experimental de TFD realizada no Hospital Amaral Carvalho, com o equipamento desenvolvido pelo IFSC/USP, cujo protocolo foi batizado de “PDT Home”. O procedimento incluiu a curetagem (pequena raspagem) na lesão, tendo sido aplicado nela um creme de aminolevulinato de metila (20%), seguindo-se a iluminação através de um equipamento padrão (LINCE) de LED de luz vermelha, por vinte minutos. Após esse procedimento foi aplicada uma nova camada de creme e foi fixado, com fita adesiva médica, o novo irradiador portátil de LED, tendo o paciente sido orientado a regressar a sua residência e esperar uma hora e meia para, após esse tempo, ligar o pequeno equipamento (alimentado por bateria) durante duas horas seguidas. Ou seja, o paciente fez uma única sessão, só precisando regressar ao hospital um mês depois para fazer exames de avaliação.

Comparação com anteriores protocolos

Comparativamente ao que era feito em um anterior protocolo com TFD para tratamento do carcinoma basocelular (“Single Visit”), os resultados deste estudo revelaram não só um decréscimo significativo de dor nos pacientes, já que a irradiação emitida pelo novo dispositivo portátil é mais fraca do que a do equipamento tradicional, mas aplicada por um período de tempo maior, como também, um alto índice de conforto, tendo em consideração que o tratamento feito através do protocolo anterior era mais demorado e necessitava ser feito em ambiente hospitalar, ao contrário deste que pode ser feito em casa do paciente. Os benefícios deste novo protocolo são enormes em todos os sentidos: para o paciente, que sente muito menos dores durante o tratamento, podendo fazer o mesmo em casa, sem estar sujeito a viajar horas seguidas e a permanecer longos períodos de tempo no hospital, como para os próprios estabelecimentos de saúde que ficam com o pessoal médico mais disponível para atender casos de urgência, além de se evitarem aglomerações de espera.

LINCE

No protocolo anterior, os pacientes dirigiam-se ao hospital, o médico fazia a curetagem e aplicação do creme, ao que deveriam aguardar três horas para, após isso, serem sujeitos a uma irradiação de luz Led durante vinte minutos (Sistema LINCE) e a aplicação de nova camada de creme, devendo aguardar mais uma hora e meia. Após esse intervalo, os pacientes recebiam uma nova irradiação de luz Led durante vinte minutos, e só após tudo isso é que ficavam liberados para regressar a suas residências.

Tendo já sido destaque em vários órgãos de comunicação do Reino Unido, este novo dispositivo de TFD portátil é considerado importantíssimo para os pacientes com carcinoma basocelular, principalmente aqueles que vivem em países onde a incidência da luz solar é mais intensa, como no Brasil, onde grande parte dos pacientes precisa viajar algumas centenas de quilómetros para receber tratamento dermatológico especializado.

Ana Gabriela Salvio, pesquisadora do Hospital Amaral Carvalho e principal autora deste estudo, relatou à revista Medical Life Sciences (UK), na edição de 01 de outubro, que  “É realmente muito encorajador constatar que os pacientes relataram níveis muito mais baixos de dor com o tratamento em casa”, obviamente já para não falar do conforto. Após o sucesso deste estudo piloto, um ensaio clínico com mais de 200 participantes foi já aprovado, atendendo a que este novo protocolo poderá ter um impacto extremamente positivo no tratamento do carcinoma basocelular no mundo.

O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais comum, representando cerca de 95% de todos os casos de câncer de pele, geralmente surgindo apresentando pequenas manchas que vão crescendo lentamente ao longo do tempo, mas que não afetam outros órgãos além da pele. Este tipo de câncer é mais comum após os 40 anos, especialmente em pessoas de pele clara, cabelos loiros e olhos claros, que se expõem excessivamente ao sol: no entanto, o carcinoma basocelular pode aparecer em qualquer idade.

Os dois protocolos com caminhos distintos

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de outubro de 2021

USP-SC SPIE Student Chapter realiza evento sobre Scholarship

O USP-SC SPIE Student Chapter realiza no próximo dia 28 de outubro, às 19h00, através de seu canal do Youtube (VER AQUI) ,um evento onde será abordado o Scholarship da SPIE, um programa que visa reconhecer, através de prêmios a partir de 3 mil dólares, estudantes com potencial de contribuição a longo prazo para os campos de Óptica e Fotônica.

A convidada será Nathália B. Tomazio, que irá dar um panorama sobre o Scholarship, falando sobre os requisitos para inscrição, o processo avaliativo, e as premiações, além de dar dicas sobre a inscrição.

Nathália B. Tomazio formou-se em Bacharelado em Física com habilitação em Óptica e Fotônica pela USP, e fez Mestrado e Doutorado na mesma instituição no Grupo de Fotônica (IFSC-USP). Atualmente, é pesquisadora de pós-doutorado no Laboratório de Dispositivos Fotônicos – UNICAMP. De 2014 a 2020, Nathália integrou o grupo USP-IFSC OSA Student Chapter, e atualmente é membro da SPIE, sendo uma das avaliadoras do SPIE Optics and Photonics Education Scholarship.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de outubro de 2021

CEPOF e Diretoria de Ensino promovem Feira Virtual de Ciência e Tecnologia 2021

Na última semana tivemos o encerramento da Feira Virtual de Ciência e Tecnologia da USP –  Região de São Carlos 2021.

O evento foi promovido pelo Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica – CEPOF, alocado no IFSC-USP, em parceria com a Diretoria de Ensino – Região de São Carlos. O resultado dos clubes vencedores foi anunciado em evento online, pelo site do CEPOF, no YouTube.

Inicialmente o professor da USP, Sebastião Pratavieira, fez uma retrospectiva sobre os trabalhos desenvolvidos com as Feiras de Ciências, as quais iniciaram-se em 2011 e já foram realizadas, inclusive, no interior da Amazônia. Em seguida, no pronunciamento dos resultados da Feira, a Dirigente de Ensino Debora Gonzalez Costa Blanco agradeceu a parceria e presença de todas as escolas. Falou sobre a importância deste evento nesse contexto de pandemia, o qual mobilizou a todos ao longo do ano.

O Professor Vanderlei Bagnato, coordenador do CEPOF, falou na sequência, agradecendo a todos e manifestando o interesse do governo federal em seguir o exemplo de São Carlos, referente à associação entre clubes de ciências e feiras de ciências, a fim de que as escolas mantenham-se unidas ao longo do ano em torno dos eventos de ciência e tecnologia. Falou, ainda, que temos outras pandemias a serem vencidas, como a pandemia da fome e da desigualdade social. Na sequência, pronunciaram-se os demais coordenadores: Prof. Euclydes Marega Junior, Profa. Wilma Barrionuevo, Prof. José Dirceu Vollet Junior e Profa. Marilia Faustino da Silva.

No decorrer de 2021 foram criados e acompanhados 140 Clubes de Ciências nas escolas públicas estaduais de sete municípios da região de São Carlos, SP. Os Clubes envolveram cerca de 700 estudantes e professores, os quais foram orientados virtualmente pela Profa. Wilma Barrionuevo, coordenadora de Difusão Científica do CEPOF. O tema da Feira de Ciências, escolhido pela Dirigente de Ensino Debora Gonzalez Costa Blanco, foi “Educação, Ciência e Tecnologia no Enfrentamento da Pandemia”.

Os experimentos desenvolvidos foram transformados em vídeos, veiculados na TV Canal 10 da NET São Carlos e pela internet, no canal do CEPOF/ YouTube, para que sirvam de veículo propagador de solução tecnológicas, bem como de experimentos a serem utilizados didaticamente em Feiras de Ciências e em práticas de ensino em todo país. Os vídeos estão disponíveis no canal do CEPOF/Youtube, no link http: www.youtube.com/sitecepof.

A partir de 2016 as Feiras de Ciências, organizadas pelo CEPOF e pela Diretoria de Ensino, foram associadas à criação e acompanhamento de Clubes de Ciências nas escolas públicas estaduais. Deste então, a participação das escolas têm aumentado significativamente a cada ano. Fruto deste trabalho, o CEPOF e a Diretoria de Ensino receberam nos últimos 3 anos o Prêmio Ciência e Tecnologia, oferecido pela Prefeitura e Câmara Municipal de São Carlos para a categoria Clubes de Ciências.

ESCOLAS E CLUBES DE CIÊNCIAS MEDALHISTAS DE OURO em 2021:

E.E. Prof. Marivaldo Carlos Degan – Clube de Ciências: Tá longe mas tá bom! Tema: dispositivo eletrônico para monitorar o distanciamento Social durante a pandemia de covid- 19 nas escolas.

E.E. Profa. Maria Ramos – Clube de Ciências: Mara descontaminadores. Tema: Descontaminação de dinheiro com luz UV.

E.E. PROF. Marivaldo Carlos Degan – Clube de Ciências: Papaléguas. Tema: Gamificação e robótica … Se divertindo e combatendo as Fake News!

E.E. José Ferreira da Silva – Clube de Ciências: Diafragmáticos In_ expirados. Tema: Pressão expiratória positiva das vias aéreas (EPAP caseiro).

E.E. Edésio Castanho – Clube de Ciências: Geoexplica. Tema: “É só uma gripezinha, confia…” – Será?

E.E. Orlando Perez – Clube de Ciências: Garotas Unidas pela Ciência. Tema: Hábitos de Consumo Durante a Pandemia.

E. Conde do Pinhal – Clube de Ciências: Mathconde. Tema: Exaustor filtro de coronavírus.

CLUBES SELECIONADOS PARA REPRESENTAREM SÃO CARLOS NA MOSTRA NACIONAL DAS FEIRAS DE CIÊNCIAS 2021:

E.E. Prof. Marivaldo Carlos Degan – Clube de Ciências: Tá longe mas tá bom! Tema: dispositivo eletrônico para monitorar o distanciamento Social durante a pandemia de covid- 19 nas escolas.

E.E. José Ferreira da Silva – Clube de Ciências: Diafragmáticos In_ expirados. Tema: Pressão expiratória positiva das vias aéreas (EPAP caseiro).

CLUBE VENCEDOR DO JÚRI POPULAR:

E.E. José Ferreira da Silva – Clube de Ciências: Diafragmáticos In_ expirados. Tema: Pressão expiratória positiva das vias aéreas (EPAP caseiro).

Colaboração: Profa. Wilma Barrionuevo – CEPOF/USP.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de outubro de 2021

Câncer de mama – Uma luta com paciência, resiliência e Fé

“Tenho uma responsabilidade social em alertar as mulheres da Comunidade do IFSC/USP – e não só -, que é extremamente importante realizarem periodicamente o exame para a detecção do câncer de mama. O mês de Outubro Rosa é o mês de conscientização do câncer de mama, então faço aqui um pedido a todas as mulheres, em especial as mais jovens, para que façam os exames e que façam visitas regulares ao médico. O diagnóstico precoce traz altíssimas chances de cura. Tocar nossos corpos com frequência e prestar atenção a todos os pormenores é muito importante para o autoconhecimento, mas veja que isso não é suficiente. Você pode não ter detectado nada de anormal em seu corpo, mas o câncer pode estar lá, silencioso. Por isso é indispensável fazer periodicamente (anualmente) um exame complementar. E se tudo isso é extremamente importante, principalmente para mulheres acima dos 40 anos, o fato é que o número de mulheres jovens com câncer de mama vem aumentando e essa prioridade – essa quase obrigatoriedade – também deveria ser seguida por mulheres mais jovens, já que o câncer de mama não as exclui da lista. Olhem para mim e me vejam como um exemplo. Tenho 31 anos e tive câncer de mama…”

Esta é a mensagem de conscientização transmitida por Raíssa a todas as mulheres do IFSC/USP. A pandemia não obrigou Raíssa a diminuir a velocidade que imprimiu em sua vida, desde muito nova. Inquieta por natureza, com objetivos claros e marcando sua caminhada com passos seguros e firmes rumo a um futuro previamente delineado, Raíssa encarou a pandemia com tranquilidade, protegendo-se a si e aos outros, e apenas um obstáculo, quase intransponível, conseguiu deter sua trajetória. Deter?… Cremos que não… Apenas houve um… Pequeno atraso nessa caminhada…

Raíssa Ferreira Gutierrez (31), nascida em Bragança Paulista, é doutoranda no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e seu caminho profissional desaguará, certamente, em pesquisas na área da saúde. “Filha” do Instituto, já que fez sua graduação, mestrado e agora doutorado, Raíssa – desde sempre apaixonada por exatas – trocou a Medicina (desejo de sua mãe) pela Física, uma decisão tomada ainda no 1º Colegial (2006) quando, por mero acaso, encontrou um folheto do IFSC/USP que anunciava um novo curso – Ciências Físicas e Biomoleculares. A paixão se consolidou quando conheceu a cidade de São Carlos e o “casamento” com nosso Instituto se concretizou em 2009, quando ingressou na graduação. Já em pleno doutorado, sua inclinação é fazer pesquisa científica no setor produtivo. Mesmo em período de pandemia, Raíssa planejou e organizou tudo para que em fevereiro de 2021 viajasse para os EUA, onde faria um doutorado-sanduiche na Universidade da Florida. Mas, não foi a pandemia que a impediu de ir.

“Todos os anos fazia exames de rotina para prevenção do câncer de mama, até porque em 2009, aos meus vinte anos, foram detectados alguns nódulos, mas sempre diagnosticados como benignos”, relata Raíssa. Com toda a preocupação relativa às suas atividades inerentes aos seus estudos e projetos, Raíssa não realizou o exame que deveria ter feito em 2019. Em 2020, em plena pandemia e tentando organizar sua viagem ao exterior, Raíssa fez novo exame e o diagnóstico caiu que nem uma bomba em sua vida. Estavam detectadas alterações nos nódulos em uma das mamas, e um deles, que era interno – portanto não palpável -, acusou câncer de mama. “Foi um grande choque quando recebi essa notícia, mas encarei com calma o que viria a seguir – a inevitável mastectomia (retirada de um seio) que fiz em maio deste ano. Embora eu tivesse uma vida saudável, com exercícios físicos regulares, alimentação equilibrada, etc., o certo é que, perante essa situação, comecei a tentar entender tudo o que estava acontecendo. Como sou da área de ciências biomoleculares, tenho uma visão mais cética sobre o câncer. Sou também muito observadora e tenho a tendência em perceber bem as coisas que acontecem, principalmente comigo mesma. Foi bom descobrir o problema logo no início, o que me deu forças para encarar o problema de frente. Sempre fui muito otimista perante a vida”, sublinha Raíssa, sorrindo, com um brilho intenso nos olhos.

O tratamento e o apoio psicológico

Como o diagnóstico foi precoce, o tumor estava localizado, assim a cirurgia de Raíssa conseguiu preservar o músculo e o mamilo da mama operada, sendo que dessa forma a reconstrução foi possível. Contudo, Raíssa começou a ter outro tipo de problema, esse em termos psicológicos, e foi atendida e acompanhada pela psicóloga que se encontra ao serviço do IFSC/USP, Bárbara Kolstock Monteiro. “É natural que, por uma razão ou outra – ou por muitas razões -, as mulheres sujeitas a uma mastectomia precisem de acompanhamento psicológico e eu não fugi a essa regra, por motivos muito particulares. O meu problema, após a cirurgia, foi não querer parar para me tratar de forma correta, pois, confesso, sou bastante ativa. As primeiras quatro sessões de quimioterapia – quimioterapia vermelha – provocam bastantes enjoos e dores no coro cabeludo por causa da queda gradual do cabelo. Gradualmente, também, comecei a perder palavras, a ter dificuldade em raciocinar, falta de memória e prostração. Uma mistura de sensações em que você percebe que a cabeça tem energia, mas o corpo não reage. A psicóloga Bárbara foi essencial para me convencer que eu deveria desacelerar e me concentrar no tratamento. Neste momento, estou na fase da chamada quimioterapia branca, cujos efeitos são unhas fracas, pele ressecada e mucosite na boca (já tratada), e dia 22 de outubro vai ser minha última sessão, de quimioterapia, mas o desafio não acabou ainda. Tenho indicação para radioterapia e 5 anos, no mínimo, de bloqueio hormonal”, pontua Raíssa, sempre sorrindo.

Com um humor invejável, Raíssa afirma que se sente muito bem com sua “carequinha”, até porque o cabelo já começou a crescer, salientando que esse é um momento em que não se pode pensar em vaidades e/ou preconceitos. Outra situação que preocupa as mulheres jovens com câncer é a possibilidade de o tratamento provocar infertilidade. “A possibilidade de a quimioterapia provocar infertilidade me preocupou muito também, mas hoje em dia existem algumas estratégias como o congelamento de óvulos e uso de medicamentos que podem preservar os ovários dos efeitos colaterais da “quimio”. Enfim, o que me deu forças para enfrentar esse tratamento doloroso foi nunca parar de fazer planos para o futuro – ir para a praia, para o laboratório, estar com os amigos e com a família”.

Nada é mais intenso do que a força de uma mulher que se conhece e se ama acima de tudo.

Com um abraço coletivo de amor e de admiração, do tamanho do mundo, terminamos esta singela matéria com a frase que constitui o título da mesma, proferida por Raíssa: “Combater o câncer de mama é ter paciência, resiliência e Fé!”

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de outubro de 2021

Eleição para escolha do(a) Diretor(a) e do(a) Vice-Diretor(a) do IFSC – 2022-2026: Chapas Inscritas

A Comissão Eleitoral designada para coordenar o processo eleitoral para escolha do(a) Diretor(a) e do(a) Vice-Diretor(a) do IFSC – 2022-2026 comunica que no período de inscrições compreendido entre 13 a 22/10/2021, foram protocolados dois pedidos de inscrição:

ORDEM DE INSCRIÇÃO:

Chapa 1:

Diretor: Osvaldo Novais de Oliveira Junior e Vice-Diretora: Ana Paula Ulian de Araújo

Programa de gestão e Súmula biográfica 1

Chapa 2:

Diretor: José Carlos Egues de Menezes e Vice-Diretor: Hellmut Eckert.

Programa de gestão e Súmula biográfica 2

A eleição acontecerá em até dois turnos de votação no dia 01/12/2021, das 9h às 11h30, e, se necessário, o 2º turno acontecerá das 14h às 16h30.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de outubro de 2021

III Semana de Astronomia – “Exoplanetas: Além do Sistema Solar”

O Clube de Astronomia do Instituto de Física de São Carlos (CAIFSC) realizará, entre os dias 27/10 e 01/11, a terceira edição da Semana de Astronomia, um evento temático com conteúdos didáticos e momentos de interação online. Neste ano, o tema será “Exoplanetas: Além do Sistema Solar”.

Haverá gravação ao vivo de um episódio de podcast com um(a) convidado(a), uma watch party de um documentário e uma game night temática.

Faremos também uma mostra de artes online, com artes e memes dentro do tema “Exoplanetas” e que podem ser enviados para nós durante o evento.

O evento não requer inscrição, basta nos seguir nas redes sociais, onde divulgaremos os detalhes e os links dos eventos interativos.

Acompanhe:

Instagram: https://www.instagram.com/caifsc/

Twitter: https://twitter.com/CAIFSC1

Facebook: https://www.facebook.com/caifsc

Twitch: https://www.twitch.tv/caifsc

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de outubro de 2021

IFSC/USP recebe visita de candidatos a Reitor e Vice-Reitor da USP

“USP Viva” e “Somos Todos USP”, são as denominações das duas chapas que concorrem às eleições para Reitor e Vice-Reitor da USP, um pleito que está marcado para o próximo dia 25 de novembro, por meio de votação eletrônica.

A chapa “USP Viva” tem como candidato a Reitor o Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior, docente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, e como candidata a Vice-Reitora a Profª Maria Arminda do Nascimento Arruda, docente da Faculdade de Medicina, Letras e Ciências Humanas.

Já a chapa “Somos Todos USP” tem como candidato a Reitor o Prof. Antonio Carlos Hernandes (que cessa suas funções de Vice-Reitor), docente do Instituto de Física de São Carlos, e como candidata a Vice-Reitora a Profª Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado, docente da Faculdade de Odontologia de Bauru.

O IFSC/USP teve a oportunidade de receber os integrantes de cada chapa, nomeadamente nos dias 14 de outubro (“Somos Todos USP”) e 18 de outubro (“USP Viva”), onde os candidatos tiveram a oportunidade de dialogar com docentes e técnicos-administrativos sobre suas propostas  para o próximo mandato (2022-2026).

Bastante crítico em relação ao corte de recursos suplementares para a ciência, tecnologia e inovação, como também aos cortes  que aconteceram recentemente em recursos que estavam destinados aos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, entre outros fatores que estrangulam a ciência nacional e o ensino superior, o candidato Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior enfatizou junto à comunidade do IFSC/USP que a gênese do programa “USP Viva” assenta em alguns pressupostos considerados de extrema importância. Segundo o candidato, existe a necessidade de se estabelecer um diálogo e uma interlocução alargada que atenue a atual crise social, aperfeiçoando, inclusive, políticas de inclusão social. Ensino de qualidade, excelência na pesquisa e compromisso social são alguns dos vetores que norteiam o programa desta chapa.

Sublinhando que um dos desafios da Universidade é, juntamente com a Sociedade, se contrapor aos inúmeros ataques feitos contra a autonomia acadêmica, administrativa e financeira das Universidades e principalmente da Universidade de São Paulo, o candidato Prof. Antonio Carlos Hernandes pontuou que embora a USP faça seu trabalho meritório em prol da Sociedade, o importante será trabalhar JUNTO COM a Sociedade, trazendo-a para dentro da Universidade e discutindo com ela os problemas reais, desenvolvendo, em simultâneo projetos que contribuam para a resolução desses mesmos problemas e envolvendo os poderes públicos, principalmente as prefeituras. O candidato, que encabeça a chapa “Somos Todos USP”, enfatizou que deseja uma USP engajada socialmente, onde os próprios alunos possam ter – e exercer – habilidades sociais no apoio à população.

Para acessar e conferir os programas de ambas as chapas, clique nas imagens abaixo.

CHAPA “USP VIVA”

 

CHAPA “SOMOS TODOS USP”

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de outubro de 2021

O número Pi com 62,8 trilhões de casas decimais

Por: Prof. Roberto N. Onody *

O número π foi calculado com uma precisão de 62,8 trilhões de casas decimais! 1.Esse recorde mundial foi batido no dia 14/08/2021 pela Universidade de Ciências Aplicadas de Graubünden (Grisons em inglês, um cantão da Suiça). Eles solicitaram ao Guinness Book a validação do recorde. Para se ter uma idéia da quantidade de dígitos que isso representa, se esse número fosse impresso, com o tamanho do tipo utilizado neste texto, seriam necessários 62,8 milhões de livros de 400 páginas cada um!

O recorde anterior pertencia a Timothy Mullican 2, que atingiu 50 trilhões de casas decimais, superando Emma Haruka Iwao, da Google, que alcançou 31.4 trilhões de dígitos 3. Os tempos de computação total de Graubünden, Mullican e Iwao foram de 140, 303 e 121 dias, respectivamente.

O hardware utilizado pela universidade suíça foi o seguinte: 2 processadores AMD EPYC 7542 com 32 núcleos cada um, 1 Terabyte de memória RAM, 38 discos duros (Hds) de 16 Terabytes (de 7.200 rpm) cada um, sendo que 34 deles utilizados para troca (swap) de dados com a memória RAM e 4 deles para armazenar o valor de π. Os pesquisadores não utilizaram discos sólidos (SSD), porque receavam que eles falhassem perante o número gigantesco de acessos ao disco.

Em resumo, para fazer o download de todos os dígitos de π, você precisará de um disco rígido de 64 Terabytes! Os autores informaram que os últimos (e novos) 10 dígitos descobertos de π são: 7817924262.

A potência consumida foi cerca de 1.700 Watts (o mesmo que de um secador de cabelo). O software utilizado pelos pesquisadores foi o y-cruncher, desenvolvido por Alexander Yee 4, e que pode ser rodado tanto no Linux quanto no Windows. Eles utilizaram o sistema operacional Ubuntu 20.04.

Em todos os esforços mais recentes para calcular dígitos de π 1, 2, 3 , o algoritmo utilizado baseia-se na fórmula de Chudnovsky

A fórmula de Chudnovsky. Ela pertence à família de séries hipergeométricas e tem uma convergência rápida

O número π é primeiro calculado na base hexadecimal e, depois, convertido para o sistema decimal.

O número π é a razão entre o perímetro de uma circunferência e seu diâmetro. Seu valor aproximado já era conhecido desde a antiguidade por muitos povos – egípcios, babilônios, chineses, gregos, … Em 1761, J. H. Lambert provou que π é um número irracional, isto é, ele não pode ser expresso como uma fração a/b, com a e b números inteiros (b ≠ 0). Em 1882, F. Lindemann provou que π é também transcendental, isto é, ele não é raiz de nenhuma equação algébrica, com coeficientes racionais.

A importância e o fascínio que esta constante matemática exerce sobre os cientistas é inegável. Em 2020, astrônomos descobriram um exoplaneta do tamanho da Terra, e o “batizaram” de π-Terra (π -Earth) 6 , pois ele leva 3,14 dias (terrestres) para orbitar sua estrela. Nos EUA, já há algumas décadas, se comemora o dia π (π–day). Devido à maneira esdrúxula que eles têm de colocar o mês antes do dia, o dia 14 de março fica 3-14, o dia π (que é também a data de aniversário de A. Einstein). Em 3-14-15, os norte-americanos comemoraram o dia π do século.

Um cálculo muito interessante de ser feito, é estimar, na prática, o número de dígitos realmente necessários para o valor de π 7. O diâmetro estimado do Universo conhecido é de 8,8 1026 m. Qual a precisão necessária no valor de π, para que se possa medir o diâmetro de 1 próton (estimado em 1,6 10 – 15m)? O resultado (1,6 10 – 15/8,8 1026) é da ordem de 10 – 42. Ou seja, o π com 42 casas decimais é suficiente.

Π = 3.141592653589793238462643383279502884197169

Portanto, muito embora ninguém vá necessitar conhecer trilhões de casas decimais do número π, a competição acadêmica em curso, é extremamente útil para testar nossa habilidade de reunir os melhores hardwares e softwares e, assim obter a performance máxima, num problema que demanda enorme recursos computacionais.

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

1 Pi-Challenge – world record attempt by UAS Grisons – University of Applied Sciences of the Grisons (fhgr.ch)

2 Calculating Pi: My attempt at breaking the Pi World Record | Bits and Bytes (timothymullican.com)

3  Pi in the sky: Calculating a record-breaking 31.4 trillion digits of Archimedes’ constant on Google Cloud | Google Cloud Blog

4 A. Yee, y-cruncher – A Multi-Threaded Pi Program (numberworld.org)

5 Chudnovsky, David; Chudnovsky, Gregory (1988), Approximantion and complex multiplication according to Ramanujan, Ramanujan revisited: Proceedings of the Centenary Conference

6 Astronomers discover an Earth-sized ‘pi planet’ with a 3.14-day orbit (phys.org)

7 Pi Day | Mathematics Program | St. Bonaventure University (sbu.edu)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de outubro de 2021

Universidad Nacional de Villa María (Argentina) oferece mobilidade virtual a docentes e pessoal técnico-administrativo

A coordenação de Mobilidade da Universidad Nacional de Villa María (UNVM – Argentina – VER AQUI) está oferecendo oportunidades de mobilidade virtual a docentes e técnicos-administrativos.

A ideia é que a participação dos docentes seja em um número limitado de encontros – webinários e aulas internacionais – durante o primeiro semestre de 2022 (de fevereiro a julho), previamente coordenadas com o professor responsável e a disciplina lecionada em sua instituição.

Já a participação dos servidores técnicos-administrativos será pela troca de boas práticas de trabalho em atividades que tiveram que ser modificadas devido à virtualidade impulsionada pela pandemia que vivemos.

Haverá também uma chamada para os docentes da UNVM que oferecerão aulas aos alunos estrangeiros, incluindo a Universidade de São Paulo e outras parceiras estratégicas.

As inscrições ficarão abertas até o dia 27 de outubro de 2021 e os interessados deverão entrar em contato com a sraMaría Ileana Priarollo pelo ipriarollo@unvm.edu.ar, fornecendo as informações necessárias.

O link da planilha está disponível em nossa divulgação oficial no site: http://internationaloffice.usp.br/index.php/destaques/unvm-virtual/

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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