Notícias

9 de setembro de 2022

Hackaton LESChallenge: “Como aproximar as universidades de São Carlos da população não universitária”

As Universidades precisam deixar de ser um mundo particular!

Para quem de fato são feitas as pesquisas, tecnologias e inovações?

Grande parte dos estudantes de ensino médio de escolas públicas do município de São Carlos não sabem que o ensino superior ofertado pela USP e UFSCar são gratuitos.

Para incentivar essa discussão e criação de soluções tecnológicas para diversas problemáticas existentes na cidade, a Liga de Empreendedorismo de São Carlos está lançando o desafio “LESChallenge”, em formato de Hackaton,  intitulado “Como aproximar as universidades de São Carlos da população não universitária”, um evento marcado para os dias 24 e 25 de setembro, no ONOVOLAB, e cujas inscrições são gratuitas.

 

Haverá premiações:

– 1° lugar: R$1000
– 2° lugar: R$600
– 3° lugar: R$400

Para fazer sua inscrição, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de setembro de 2022

Oportunidade para transformar projetos científicos em startups

“Construindo a nova geração de startups de biotecnologia” é o título da apresentação que acontece nesta segunda-feira, 12 de setembro, às 15 horas, no auditório Prof. Luiz Antonio Favaro do ICMC, na USP em São Carlos.

O evento tem por objetivo apresentar a docentes, alunos e egressos da USP oportunidades para transformar projetos científicos em startups, por meio de investimentos e capacitação.

A palestra será ministrada por Francisco Salvatelli, representante da GRIDX, venture capital como foco em empreendedorismo e inovação na área de biotech. A iniciativa conta com apoio da Agência USP de Inovação – Polo São Carlos, é gratuita e aberta ao público.

Para mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de setembro de 2022

Programa Alumni USP lança “Alumni USP Talks”

O Programa Alumni USP lança no próximo dia 19 de setembro, entre as 18h30 e as 21h30, mo Anfiteatro Camargo Guarnieri  (Rua do Anfiteatro, 109, Cidade Universitária), o primeiro evento do “Alumni USP Talks”, cujo objetivo é ampliar a comunicação da Universidade com a sociedade, possibilitando a egressos diplomados na USP discorrer sobre a importância da formação recebida na Universidade e suas trajetórias profissionais, considerando efetivas contribuições para a sociedade.

Nesta primeira edição, os temas abordados serão  sustentabilidade ambiental, empreendedorismo e inovação, contando-se com a participação dos  ilustres egressos Martina Mülle,r do Secretariado de Sustentabilidade Ambiental da ONU, Evandro Gussi,  CEO da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), João Paulo B. Gonçalves Ferreira,  CEO da Latin America da Natura & Co Holding AS, e André Felicíssimo,  presidente da P&G.

As vagas para este evento são limitadas assim, pelo que os interessados deverão confirmar sua presença até dia 14 de setembro, acessando AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de setembro de 2022

Crise energética faz nascer o “Hidrogênio Verde” – IFSC/USP aposta em fotossíntese artificial para gerar combustível renovável

Laboratório no IFSC/USP

Em aproximadamente quarenta a sessenta anos, as reservas naturais conhecidas de combustíveis fósseis poderão ficar inviáveis para extração, uma questão que não é nova, já que ela vem sendo discutida há várias décadas. A procura crescente – mas lenta – por combustíveis alternativos e limpos tornou-se, recentemente, uma pauta quase emergencial.

Em causa está não só a preocupação pela escassez desse combustível, extraído principalmente através dos lençóis petrolíferos, como também a agressão constante ao meio ambiente com sua queima, conforme salienta o docente e pesquisador do Grupo de Nanomateriais e Cerâmicas Avançadas do IFSC/USP, Prof. Renato Vitalino Gonçalves. “De fato, a perspectiva é que as reduções das reservas de petróleo no mundo irão acontecer a cada década, o que abre a porta para a introdução de combustíveis renováveis, uma ação que irá combater e certamente atenuar os desequilíbrios ambientais que estamos sofrendo, por exemplo, com as temperaturas a atingirem valores nunca antes vistos devido à emissão de dióxido de carbono (CO2), principal ator na emissão de gases que provocam o chamado “efeito estufa”. A queima de combustíveis fósseis aumenta a densidade do CO2 e, por isso, os raios solares penetram nele, mas não conseguem sair – ou saem apenas em parte -, o que causa esse efeito global que coloca em risco o planeta”, relata o docente.

Alternativa: “Hidrogênio Verde”

Prof. Renato Vitalino Gonçalves

As alternativas para substituir os combustíveis fósseis já começaram há algum tempo, sendo que a introdução dos veículos movidos a energia elétrica terá sido a primeira delas, utilizando baterias para esse efeito, contudo, de alguma forma ineficaz. O pesquisador aponta que a utilização de baterias nos veículos automóveis tem um problema que é difícil de equacionar: o fato das baterias terem recarga bastante baixa, promovendo somente uma autonomia calculada entre 400 e 500 quilômetros para veículos de passeio, reduz a possibilidade de serem utilizadas em veículos de longo percurso, como caminhões, já para não falar dos trens e aviões. Aí, surgiu a hipótese de se desenvolver e utilizar o designado “hidrogênio verde”. “Os carros elétricos vieram para ficar, o que consubstancia o movimento global para substituir os combustíveis fósseis. Depois de se terem observado as limitações resultantes da utilização de baterias nos veículos automóveis, a ideia de se utilizarem células de combustível de hidrogênio ganhou força, um projeto que está sendo cada vez mais implementado, com exemplos claros nos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. Ao invés da bateria, os carros que hoje são movidos a hidrogênio, em lugar dos habituais tanques de combustível apresentam uma célula, existindo complementarmente um tanque de hidrogênio cujo manuseio é altamente seguro. O funcionamento das células a combustível baseia-se na divisão dos prótons do hidrogênio por uma membrana, gerando uma corrente elétrica que alimenta o motor elétrico do veículo. Como o hidrogênio tem baixa densidade no estado gasoso, é possível armazenar grandes quantidades num recipiente muito pequeno”, enfatiza o pesquisador.

Contudo, existe um “porém”, atendendo a que cerca de 95% do hidrogênio gerado vem de fontes fósseis, o que redireciona o problema para o estado inicial, ou seja, se os combustíveis fósseis reduzirem dramaticamente, o hidrogênio também reduzirá… E é aí que entra o projeto da criação do “hidrogênio verde”, que pode vir de diversas fontes renováveis e limpas, como a água e etanol. “A implementação de células de combustível com base em “hidrogênio verde” em veículos automóveis é de fato algo muito promissor. Um exemplo de sucesso vem do Ceará, onde está sendo introduzida a primeira planta-piloto de larga escala para a produção de “hidrogênio verde” a partir da eletrólise da água, onde a energia elétrica aplicada aos eletrolisadores será produzida a partir de painéis fotovoltaicos e turbinas aeólicas. Temos então aí o exemplo da utilização da luz solar e do vento para a geração desse gás “limpo”, através de energias renováveis”, pontua o Prof. Renato Gonçalves, sublinhando que após sua utilização na célula de combustível o “hidrogênio verde” se recombina com o oxigênio na atmosfera, voltando a ser água e completando o ciclo.

Usina de hidrogênio verde no Ceará (Créditos – “Fortescue” / Diário do Nordeste)

Hidrogênio verde – Fotossíntese artificial em laboratório

O “hidrogênio verde” é uma das alternativas aos combustíveis fósseis, contudo existe também outra opção muito viável – onde o Brasil pode ser pioneiro -, que é a utilização do etanol, já que o país é o segundo maior produtor do produto do mundo e o primeiro com utilização da cana de açúcar. Segundo nosso entrevistado, nosso país tem a possibilidade real de implementar uma tecnologia baseada em células de combustível a etanol, que não envolve a queima do combustível, mas sim convertê-lo em “hidrogênio verde”, já que o pouco de CO2 que é liberado na atmosfera é consumido pelas plantas. A partir do momento em que houver incentivos na indústria e nos governos, o custo vai ser muito baixo.

(Créditos – Helyogen)

“Esta metodologia foi descoberta há precisamente quarenta anos, cujo primeiro trabalho foi publicado no Japão e é o foco do trabalho que desenvolvo em meu laboratório aqui no IFSC/USP. Semicondutores, como óxido de ferro, óxido de titânio e outros, são materiais abundantes, principalmente no Brasil, onde existem grandes reservas. Esses semicondutores absorvem a luz solar e por isso geram elétrons em suas estruturas. Esses elétrons, em contato com a molécula da água, dependendo das condições ideais, podem quebrá-la, dividindo-a em hidrogênio e oxigênio.  Resumidamente, tenho apenas água, o semicondutor, que é estudado por nós e modificado em sua estrutura eletrônica para aumentar a atividade, e a luz solar, que no laboratório é artificial”, explica Renato Gonçalves. Sucintamente e como mero exemplo, se colocarmos numa garrafa PET esse semicondutor, em pó, mergulhado em água e sob a luz do sol natural, consegue-se gerar “hidrogênio verde”. “Este trabalho que faço no laboratório designa-se de fotossíntese artificial, onde procuramos entender e estudar os materiais baratos que se encontram na Natureza, utilizando-os para quebrar a molécula da água, sem que haja energia externa”, conclui o pesquisador.

O Prof. Renato destaca a importância das agências de fomento, como FAPESP, CNPq e o RCGI/USP-Shell, no suporte e apoio ao desenvolvimento dos projetos sob sua coordenação (VER RCGI) .

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de setembro de 2022

Produção científica do IFSC/USP em agosto de 2022

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de agosto de 2022,  clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Applied Catalysis B: Environmental” (VER AQUI).

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de setembro de 2022

Com auxílio de iluminação artificial continuada – Vegetais ficam prontos para consumo em 30 dias –

Shirley Lara e Rafael Ferro confirmam pesquisa

Uma pesquisa em desenvolvimento no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), utilizando um sistema hidropônico artificial dentro de uma estufa “in-door” e iluminada artificialmente de forma controlada ao longo de trinta dias,  teve como resultado a obtenção de um crescimento exponencial em alfaces prontas para consumo.

Os pesquisadores Rafael Ferro, com seu mestrado em andamento na área de biotecnologia, e Shirley Lara, no 3º ano de doutorado no mesmo curso, ambos com trabalhos em curso nesta temática, são os responsáveis por esta pesquisa que esteve sob a coordenação do docente e pesquisador do Grupo de Óptica do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, com a participação da pesquisadora do mesmo Instituto, Drª Kate Blanco.

A pesquisa utilizou uma tradicional estufa “in-door”, ou seja, um ambiente fechado, protegido e controlado, onde foram colocadas sementes de alface exatamente no mesmo estilo que se utiliza na hidroponia de campo, com a introdução de soluções já preparadas. Nessa estufa, os pesquisadores instalaram placas de LED’s com três cores, compondo as luzes vermelha, azul e branca, que se mantiveram ligadas 24 horas ininterruptas ao longo de trinta dias, tendo resultado, no final desse período, o ciclo completo da produção desse vegetal, pronto para consumo ou comercialização.

Sobre a pesquisa, Rafael Ferro comenta que “O sistema hidropônico, por si só, é um sistema fechado que já traz uma economia no consumo de água em cerca de 70% quando comparado com o cultivo convencional. Com este sistema de estufa “in-door” a economia de água pode chegar a 90% no ciclo completo”.

Os resultados desta pesquisa e deste experimento foram alcançados após os pesquisadores terem testado três formas de incidência da luz, a saber: um foto-período de 12 horas com o sistema ligado, seguindo-se 12 horas desligado; 18 horas com o sistema ligado, e 6 horas com ele desligado; e, finalmente, o sistema ligado ininterruptamente durante 24 horas. “Fizemos uma adubação química, colocamos todos os nutrientes necessários e trabalhamos com um aumento de conectividade elétrica. Ao fim de trinta dias, esta alface atingiu o crescimento máximo em função do espaço disponível na estufa “on-door”, explica Shirley, destacando que através deste processo a planta consegue fazer mais fotossíntese do que o habitual, com a particularidade dele poder ser adotado em qualquer espécie vegetal. Em situação normal, o mesmo crescimento só seria atingido no dobro do tempo.

Em simultâneo, os pesquisadores fizeram um outro experimento, que foi a produção de mudas, tendo conseguido produzi-las em  metade do tempo convencional. “Comparamos com a muda convencional e a produção foi a mesma, sendo que neste momento estamos analisando a parte qualitativa. A parte quantitativa foi muito superior, já para não falar que a produção no campo obriga sempre a uma aplicação de fungicida ou inseticida por semana, e aqui não houve qualquer aplicação de defensivos. No campo teríamos que contar com 35 dias de muda e mais 30 ou 35 dias para a produção final. Aqui, em 30 dias já estamos colhendo o máximo que se consegue neste espaço da estufa”, ressalta Rafael.

Segundo o coordenador do projeto, esta linha de trabalho em biofotônica dá início à chamada “agro-fotônica”, onde controlando a forma de iluminação é possível  manter toda  a qualidade e otimizar a produção vegetal.

O IFSC/USP, através do seu Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT), está já desenvolvendo o protótipo de uma nova estufa “in-door”, com cinco andares, o que viabilizará uma produção bem mais ampla. Quem sabe se em um futuro próximo os vegetais começarão a ser produzidos diretamente nos locais de venda.

Este projeto conta com o apoio da EMBRAPII.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de setembro de 2022

PRCEU-USP – Apoio a Projetos de Cultura e Extensão nos campi do Interior

A Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP lançou o Edital PRCEU 03/2022, que trata de Apoio a Projetos.

Confira alguns dos itens do citado edital:

1.1. Serão selecionados exclusivamente projetos que guardem relação com iniciativas de cultura e extensão com envolvimento das Unidades da USP dos campi do interior. Os projetos também devem:

1.1.1. ser coordenados por docentes em atividade da Universidade de São Paulo sob a supervisão das Comissões de Cultura e Extensão das Unidades ou órgãos equivalentes;

1.1.2. facilitar o compartilhamento, com a comunidade externa, do conhecimento adquirido por meio do ensino e da pesquisa na USP, e a troca de saberes;

1.1.3. indicar sua relevância para as atividades de formação dos estudantes da USP;

1.1.4. apontar mecanismos e indicadores objetivos de avaliação de impactos e resultados.

1.2. Serão selecionados até 17 (dezessete) projetos no total, 1 (um) de cada Unidade de ensino dos campi do interior.

1.3. Poderão ser inscritos 1 (um) projeto por Unidade de ensino dos campi do interior, indicado pela respectiva CCEx, ou projetos que agreguem propostas interunidades dos campi do interior, ou seja, que comprovem parcerias e colaborações entre diversas Unidades da USP.

1.4. Cada projeto aprovado será contemplado com recursos financeiros de até R$ 18.000,00 (dezoito mil reais).

Para conferir o edital na sua íntegra, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de setembro de 2022

A importância dos kits educacionais criados no IFSC/USP

Depois de se ter procedido à entrega oficial dos primeiros doze tipos de kits educacionais idealizados e construídos pelo Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), um CEPID da FAPESP alocado no IFSC/USP, o diretor do Instituto, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, fez questão de comentar, de forma breve, esse acontecimento, tendo começado por abordar as dificuldades que existem no ensino, no Brasil. “Uma das grandes dificuldades, tanto no ensino fundamental, como no ensino médio, é o fato de não existirem laboratórios nas escolas, dedicados, por exemplo, à física, química, biologia, ciências, e isso se deve a dois problemas fundamentais. O primeiro, é a falta de recursos, e o segundo é a falta de oportunidades que os professores têm para se formarem para poderem dar essas aulas experimentais e terem o material adequado para esse efeito”.

Contudo, o Prof. Osvaldo sublinha que, independente de tudo, não é apenas uma questão de dinheiro, já que, para ele, a necessidade maior é ter especialistas que possuam o conhecimento necessário para a realização desses experimentos. “Esta iniciativa de ter na Universidade de São Paulo kits educacionais com esses experimentos vem preencher uma lacuna. De que forma? Exatamente com a colaboração de especialistas que já têm um conhecimento vasto dos conteúdos dos kits e experiência de ensino. Estes kits educacionais foram preparados de maneira a que possam ajudar na formação de nossos alunos do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, que serão futuramente professores nos ensinos fundamental e médio, permitindo que eles tenham seu próprio material para aplicar em suas escolas”, pontua o diretor.

Osvaldo Novais destaca que com o lançamento destes kits educacionais produzidos no IFSC/USP satisfazem-se duas grandes necessidades. “Em primeiro lugar, a formação dos professores, que ficam aptos a dar aulas de laboratório em suas escolas, e, em simultâneo, facultar-lhes as ferramentas para que eles possam dar essas aulas. Ou seja, vamos contribuir com a melhoria da educação e ao mesmo tempo melhorar a qualidade da formação dos futuros docentes. É um motivo de grande júbilo para todos nós compartilhar essa contribuição do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de setembro de 2022

Processo seletivo – “ACS USP-Student Chapter” (IQSC/USP)

A “ACS USP-Student Chapter”, grupo de extensão do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), associado à ACS (American Chemical Society), cujo objetivo é divulgar a ciência em seus diversos ramos, anuncia o seu Processo Seletivo 2022.2.

Se você, estudante universitário ou pós-graduando, que quer ajudar a divulgar a ciência e ainda combater o negacionismo científico, não perca essa oportunidade e venha fazer parte do desse time.

As inscrições poderão ser feitas por meio do formulário de inscrição (VER AQUI), sendo que qualquer dificuldade ou dúvida poderá ser encaminhada para o email  acschapter@iqsc.usp.br

Para saber mais, consulte o edital (AQUI).

American Chemical Society (acs.org)
ACS USP Student Chapter | Facebook
acschapterusp | Instagram
https://acschapter.iqsc.usp.br/ | Site

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de setembro de 2022

Prof. Luiz Nunes (IFSC/USP) é o novo coordenador científico da “Revista Pesquisa FAPESP”

O docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP, Prof. Luiz Nunes de Oliveira passa a assumir o cargo de coordenador científico da “Revista Pesquisa FAPESP”, substituindo no cargo o filósofo Prof. Luiz Henrique Lopes dos Santos, professor sênior no Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e coordenador adjunto da Diretoria Científica da FAPESP para Divulgação Científica e Ética e Integridade em Pesquisa.

O Prof. Luiz Nunes – professor titular – formou-se no IFSC/USP e fez o doutorado na Universidade Cornell, nos Estados Unidos. Por duas vezes fez estágios de pós-doutorado no mesmo país, na Universidade da Califórnia em Santa Bárbara e na Universidade do Estado de Ohio. Suas linhas de pesquisa principais são correlação em sistemas eletrônicos e teoria do funcional da densidade. Entre 2002 e 2005 foi pró-reitor de Pesquisa da USP e coordenador adjunto na FAPESP em dois períodos, de 1993 a 2001 e de 2017 a 2020.

(Com informações da FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de setembro de 2022

Biblioteca do IFSC/USP também no Instagram

Todas as iniciativas, ações e realizações da Biblioteca do IFSC/USP poderão agora ser conferidas também no Instagram.

Confira os últimos trabalhos científicos produzidos por nossos pesquisadores, veja como se relacionar com a Biblioteca do IFSC/USP e como tirar dúvidas, use os serviços e as ferramentas que a Biblioteca coloca ao seu dispor, como requisitar livros por empréstimo, consulte a normalização de teses, dissertações, TCC’s e outros documentos.

Acesse – @bibifscusp

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de agosto de 2022

Centro de Síntese USP Cidades Globais – Projeto em andamento no IEA-USP – Polo de São Carlos

(Créditos – “Mundogeo”

“USP Cidades Globais – Uma abordagem em sustentabilidade a partir da educação” é o tema de um dos grupos de pesquisa aplicada que atualmente compõe um dos vetores do trabalho desenvolvido no Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA) e no IEA – Polo de São Carlos, essencialmente dedicado ao ensino, desenvolvido por vários pesquisadores, entre docentes, pós doutorandos e alunos de pós-graduação, inclusive com um mestrado profissional no Programa de Pós-Graduação em Rede Nacional para Ensino das Ciências Ambientais (PROFCIAMB) – VER AQUI -, que está sendo coordenado pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), em conjunto com mais oito universidades. O Prof. Tadeu Malheiros, docente e pesquisador da EESC/USP, é o coordenador desse grupo de pesquisa cujo público alvo é o conjunto de educadores que atuam em espaços formais e não formais de  educação. “São pesquisas aplicadas para o desenvolvimento de diversos materiais educacionais para o ensino das ciências ambientais, todas conectando a USP com a sociedade. O primeiro desses projetos, talvez o mais longo, é uma parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), além de outros, na própria USP, com financiamento através de editais da Pró-Reitoria de Extensão (PRCEU) e da Pró-Reitoria de Graduação (PRG), informa Tadeu Malheiros, acrescentando que,  no caso da PRCEU, esse projeto leva ações alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para dentro das escolas, enquanto o da PRG estimula os alunos da graduação a trabalharem os ODS num contexto de ensino “extramuros”.

(Créditos – UNICEF)

Água… Tema fundamental e sempre presente

Ariane Baffa Lourenço

A importância da preservação da água no contexto geral deste grupo de pesquisa apresenta-se como tema fundamental, além de outros dois componentes que integram a abordagem do NEXO – alimento e energia. Com experiência na área de Educação, com ênfase em Processos de Ensino e Aprendizagem e Formação de Professores de Ciências, Ariane Baffa Lourenço, com doutorado na Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências na Universidade de São Paulo, é pós-doutoranda do Programa Centro de Síntese Cidades Globais  IEA/USP – Polo São Carlos e comenta os objetivos de sua pesquisa. “O meu projeto  “Implementação e análise de ações educativas no contexto do Programa de Pós-Graduação em Rede Nacional para Ensino das Ciências Ambientais” faz, primeiramente, uma análise dos materiais produzidos no contexto do PROFCIAMB que podem ser introduzidos em sala de aula ou em espaços de aprendizagem não-formal, possuindo, como foco, o tema água e a gestão dos recursos hídricos. Ou seja, pensar e propor projetos e ações educativas que, através de fascículos, ou de guias educacionais, possam enriquecer o mestrado profissional de forma a que esse conteúdo possa ser amplamente utilizado e disseminado pelos professores junto dos alunos da Educação Básica e sempre no âmbito temático da água”, sublinha Ariane. Além disso, segundo a pesquisadora, está sendo ofertado o curso de extensão “Água e Gestão de recursos hídricos: abordagens em contexto educacional pelo método de estudo de caso“ cuja finalidade é entrar na temática de água e a gestão de recursos hídricos e associá-la com  uma estratégia de ensino.  Este curso abriu 100 vagas, e é resultado de um trabalho integrado que conta com o engajamento de docentes e pós doutorandos dos mestrados profissionais, o PROFCIAMB e o PROFÁGUA (Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos), contando com a colaboração da Profa. Dra. Salete Linhares Queiroz, do Instituto de Química de São Carlos da USP.

Abastecimento de água e universalização do saneamento básico

Thelmo Branco Filho

O Prof. Thelmo Branco Filho, é Pesquisador-Colaborador no Programa Centro de Síntese Cidades Globais  IEA/USP, Professor Visitante na Universidade Federal do Rio Grande – FURG/FaDir,  Professor da Rede do Programa de Pós Graduação Mestrado Profissional em Rede Nacional para Ensino das Ciências Ambientais – Associada USP, Avaliador do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – BaSis – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP e Pós-doutor pelo Programa Centro de Síntese Cidades Globais  IEA/USP; e integra essa equipe interdisciplinar, uma vez que sua formação é em Direito e em Ciências Sociais. Sua experiência levou-o a trabalhar numa espécie de interface deste projeto, atuando em um contexto político da universalização do saneamento básico, sobretudo o acesso à água potável aos menos favorecidos, sendo sua missão levar esse cenário para dentro da sala de aula. “Venho desenvolvendo uma pesquisa na linha das questões da regionalização, na questão de saneamento básico nos municípios da bacia do PCJ (Piracicaba, Capivari, Jundiaí), com um destaque especial relativo ao abastecimento de água e como toda a dinâmica se processa”, enfatiza o Prof. Thelmo, que defende uma integração sólida entre instituições, academia e sociedade civil, para poder alcançar, em 2030, um índice satisfatório dessa universalização no contexto da saúde pública, segundo as metas do ODS 6 – Água Potável e Saneamento. Para o coordenador do grupo, Prof. Tadeu Malheiros, as questões relacionadas com saneamento básico têm a ver com informação sobre direitos fundamentais. “No contexto da saúde pública, as populações têm direitos assegurados pela legislação brasileira. Então, mesmo que elas estejam em condição de vulnerabilidade, ou seja, em aglomerados subnormais ou em favelas, nem por isso elas devem ser deixadas de fora da universalização que defendemos.

(Créditos – “Cidades Inteligentes”)

Então, é preciso trabalhar esse conceito dos direitos fundamentais e sociais, e claro, das obrigações, a partir da escola. Esse é um papel também que a gente tem levado às escolas, principalmente no que diz respeito à água, que é um direito humano a partir da saúde e do próprio direito à vida. Tudo isso está implicado e aí a escola é o ponto de partida desse processo”, sublinha o pesquisador. Assim, para ampliar essas reflexões em âmbito escolar, sobretudo, na Educação Infantil, o Prof. Thelmo Branco Filho orienta a pesquisa de mestrado, no Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Rede para Ensino das Ciências Ambientais-PROFCIAMB, da acadêmica Karen Cristina Pinheiro Mussetti, que tem como objetivo planejar, implementar e avaliar uma sequência didática para a Educação Ambiental, elaborado em colaboração aos professores da Educação infantil, da Escola CEMEI Walter Blanco, no Município de São Carlos/SP, sobre a temática do consumo consciente da água, a partir dos pressupostos teórico-metodológicos do Desenho Universal para a Aprendizagem com o intuito de minimizar possíveis barreiras em sala de aula e favorecer uma educação para todos.

Sistemas integrados de educação em defesa da sustentabilidade

Vinicius Perez Dictoro

Vinculado a um projeto da PRCEU/USP, o tema do pós-doutorado do pesquisador Vinicius Perez Dictoro no Programa Centro de Síntese Cidades Globais IEA/USP- Polo São Carlos, é bastante amplo, alinhado com a tríade das universidades, congregando o Ensino – apoio às monitorias das disciplinas universitárias -, Pesquisa e Extensão, esta última considerada como principal. “O nosso objetivo é desenvolver sistemas integrados de educação, tendo em vistas a sustentabilidade. Com isso, visa-se a realização de ações específicas com sistema de aquaponia, aproveitamento de água da chuva, energia solar, horta e compostagem, que são alguns dos exemplos que estamos desenvolvendo e aprimorando em duas escolas de ensino formal, na circunstância, a Escola Sebastião de Oliveira Rocha, aqui em São Carlos, e na Escola Dr. João Gilberto Sampaio, em Ribeirão Preto, e também no ensino não formal, por meio da parceria com o CDCC aqui da USP, na cidade”, relata o pesquisador.

Tadeu Malheiros

Embora essas instituições de ensino já apresentem algumas infraestruturas relacionadas com sustentabilidade, a ideia é contribuir com professores e alunos, identificando novas possibilidades de ensino, atividades e práticas que podem contribuir com o ensino e aprendizagem dos alunos. “No CDCC, por exemplo, existe a intenção de montar um sistema de aquaponia integrado no quintal agro-ecológico. O objetivo é que as pessoas, os visitantes, outras escolas possam conhecer o que é aquaponia, que é o cultivo de plantas e peixes no mesmo sistema, com um consumo muito baixo de água. A única água que é trocada no sistema é a água de evaporação, então essa fica sempre como água de recirculação. É uma produção que contribui e impacta menos o meio ambiente, então ela tem um papel fundamental ao pensarmos na sustentabilidade”, pontua Vinicius, acrescentando que todo o embasamento teórico sobre esses sistemas, que incluem água, alimento e energia, é feito a partir da pesquisa científica, e que todos esses projetos irão ser acompanhados mesmo após serem concluídos, para que permaneçam ativos.

Missão em Portugal

Pronta para viajar para Portugal em missão, a equipe do Prof. Tadeu Malheiros está planejando ampliar o alcance do mestrado profissional aos países de língua oficial portuguesa. “Sabendo que Portugal é um interlocutor privilegiado junto dos países de língua portuguesa, principalmente no continente africano, a ideia é juntar esforços para criar uma turma internacional, recebendo aqui os alunos, obviamente em tempo não integral. A intenção é que os alunos venham por um ou mais períodos, atendendo a que as pesquisas devem ser feitas nos seus países de origem, quer seja em Angola, Moçambique, Guiné, etc. Esse projeto, essa intenção, estabelece uma ponte importante quando olhamos para o programa “USP Cidades Globais” do IEA. Porque nós estamos falando num contexto onde surge o Brasil e outros países que têm situações de vulnerabilidades similares, principalmente nessa intenção de realinhar as cidades dentro dos paradigmas do desenvolvimento sustentável. Estamos bastante ansiosos com os resultados potenciais que esse projeto pode trazer, salientando que isso perpassa todas as questões de saneamento básico e sua universalização já comentada anteriormente”, enfatiza o pesquisador.

De fato, a água permanece um problema global e o acesso a ela, principalmente pela população mais pobre, é uma questão ainda mais crítica, algo que, segundo o Prof. Tadeu Malheiros, é o maior desafio das pesquisas que estão sendo realizadas. “Obviamente, temos que levar essa preocupação para dentro das escolas e torná-la abrangente”, conclui o pesquisador, enaltecendo os apoios que foram e estão sendo concedidos para todo o projeto, emanados não só da Universidade de São Paulo (USP), como, também, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que têm aportado os mais diversos recursos, algo que se enaltece.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de agosto de 2022

CEPOF entrega kits temáticos na Biblioteca do IFSC/USP – Um conjunto de ferramentas educativas e didáticas

Ana Mara Prado recebe das mãos do Prof. Vanderlei Bagnato o conjunto de kits educacionais

Foram entregues formalmente no dia 29 de agosto, na Biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), os primeiros doze kits temáticos educacionais criados pelo Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), um CEPID da FAPESP que se encontra alocado no Instituto. Com temas variados, estes kits  destinam-se aos alunos do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP, que, no final de sua licenciatura, terão a oportunidade de ingressar como professores de ciências nos ensinos fundamental e médio. Considerados como um conjunto de ferramentas educativas e didáticas de extrema importância para serem utilizados pelos professores nas salas de aula, estes kits passam a estar disponíveis na Biblioteca do IFSC/USP, por empréstimo ou requisição.

Na cerimônia de entrega dos kits, o coordenador do CEPOF e, simultaneamente, docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, considerou que a história dos kits para ensinar experimentação não é um projeto novo, já que ele foi idealizado há alguns anos a esta parte por intermédio de vários professores e pesquisadores da USP. “Este projeto tem o objetivo de cobrir várias áreas do conhecimento para que os alunos possam praticar ciência, sendo que a USP sempre esteve preocupada com esse aspecto, principalmente durante e após a pandemia. Então, a ciência se aprende fazendo e observando resultados que a Natureza nos dá. Obviamente, o IFSC/USP sente essa responsabilidade de contribuir para a formação dos estudantes, sendo que esta iniciativa que está acontecendo aqui, com a entrega de doze tipos de kits, irá ser muito mais abrangente, atendendo a que ela será implementada em todos os vinte e dois cursos de licenciatura que existem na Universidade de São Paulo. Vai ser um marco e uma referência para que se possa adotar no Brasil o hábito de deixar o aluno praticar ciência. Mais uma vez, a USP entende a sua responsabilidade no cenário nacional, sendo referência para a determinação de alguns rumos que se devem seguir para a disseminação da ciência, tal como ela vem fazendo ao longo dos anos”, pontuou o pesquisador.

Prof. Sebastião Pratavieira

Vanderlei Salvador Bagnato aproveitou o momento para salientar o apoio recebido da USP, na pessoa de seu dirigente máximo, Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior. “Nosso reitor compreende muito bem a importância deste e de outros projetos, fato que muito agradecemos e enaltecemos”, concluiu.

O Prof. Marcelo Barros, docente do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP, classificou como muito importante a utilização destes kits, atendendo a que eles permitem que os alunos reforcem seus conhecimentos através de exemplos práticos. “Os futuros professores poderão levar estes kits para suas casas e treinar os conceitos experimentais que são apresentados, para, mais tarde, serem integrados em sala de aula para debate com seus alunos. Estes kits são, de fato, peças muito importantes para o aprendizado”, comentou o professor, opinião que é partilhada pelo técnico ao serviço dos Laboratórios de Ensino de Física, Cláudio Bretas, ao considerar que estes kits são uma extensão da própria Universidade, levando para as escolas dos ensinos fundamental e médio ensinamentos complementares relativos às ciências, através de experimentos que podem ser realizados na própria sala de aula. “Vão valorizar as aulas e entusiasmar os jovens alunos”, pontuou Bretas.

Prof. Marcelo Barros e o técnico do LEF-IFSC/USP Claudio Bretas

Para o docente e pesquisador do CEPOF- IFSC/USP, Prof. Sebastião Pratavieira, esta atividade de entrega oficial dos kits faz parte integrante da área de difusão do CEPOF, uma área que tem realizado inúmeras atividades ao longo dos anos. “A idealização e criação destes kits temáticos baseiam-se na ideia de podermos apresentar um livro que não tem folhas, não tem textos, mas sim um conjunto de experimentos práticos para que os alunos entendam melhor os conceitos teóricos  que são apresentados em sala de aula. Cada kit destes contém um experimento que o aluno pode realizar para aprender melhor determinado conteúdo. É, em suma, levar o ensino experimental para as escolas, já que elas não possuem laboratórios.

Finalmente, Ana Mara Prado, responsável pela Biblioteca do IFSC/USP, sublinhou que este material irá ser devidamente tratado, processado e disponibilizado para todos os alunos que tiverem interesse em utilizá-lo. “O projeto em si tem o objetivo de apoiar os alunos do IFSC/USP, principalmente os do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, já que isso vai beneficiá-los na execução de vários experimentos. O acesso a esses kits vai ser livre, desde que o interessado seja aluno da USP”, pontuou.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de agosto de 2022

USP de São Carlos leva planetário itinerante a escolas do Estado de São Paulo

Planetários são ambientes com céu arredondado, em forma de domo, onde são projetadas   imagens que simulam o céu estrelado e inúmeros objetos espetaculares que encontramos em nosso universo, criando experiências educacionais que ensinam astronomia e ciências afins. Os projetores de estrelas que mostram o próprio céu noturno estão entre as ferramentas educacionais mais atraentes e versáteis. Planetários em todo o mundo inspiram e educam pessoas de todas as idades sobre o nosso entorno – a própria Terra e nosso lugar no Universo – e muitas vezes são um lugar em que os jovens se entusiasmam para seguir uma carreira científica.

Em uma época em que a educação científica e tecnológica tem sido considerada como prioridade pelas universidades, o Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica da USP exibe o planetário inflável itinerante em escolas diversas e locais públicos em todo Estado de São Paulo há mais de 10 anos.

Durante contexto de pandemia, o planetário não foi exibido por questão de segurança, mas na última quinta-feira, 25 de agosto, foi montado na EMEF Professora Maria Luiza Batistela, na cidade de Ibaté, SP, durante o evento “IV Festa da Família”. O tema do filme foi “O Nascimento do Sistema Solar”, que conta a história do surgimento do universo desde o Big Bang, até o surgimento do sol e dos planetas. A escola recebeu centenas de visitantes, contando com alunos, professores e comunidade geral.  Além de enriquecer o estudo teórico dado em sala de aula, a projeção dentro do domo inflável proporcionou aos visitantes a sensação de estarem imersas no espaço sideral. Segundo os estudantes, essa foi “uma experiência única e inesquecível”.

Compareceram ao evento o secretário municipal de educação de Ibaté, Alexandre Moraes Gaspar; o professor da USP, Euclydes Marega Junior, coordenador geral de Difusão de Ciências do CEPOF; a professora Wilma Barrionuevo, coordenadora de Difusão de Ciências do CEPOF junto às Escolas, a diretora da Escola, Regina Dorice e os professores Rozilda dos Santos e Cicero dos Santos.

Por: Dra. Wilma Barrionuevo – Coordenadora de Difusão de Ciências do CEPOF/USP

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de agosto de 2022

Campanha de castração de gatos na USP de São Carlos

Um grupo de alunos e ex-alunos voluntários da USP de São Carlos se mobilizou para ajudar no controle das colônias de gatos que ao longo do tempo têm povoado as duas áreas do Campus USP de São Carlos.

O grupo já realizou uma ação de CED (captura, esterilização e devolução) dos gatos adultos e ariscos, em parceria com a ONG “Amigos Salvando Amigos” (ASA). Os filhotes são colocados para adoção em parceria com um lar temporário, igualmente mantido por voluntários.

O grupo pretende arrecadar cerca de 10 mil reais para arcar com custos da castração, comida, sachês, remédios, e eventuais imprevistos como, por exemplo, internações.

Castração é a solução para diminuir e zerar a colônia, a longo prazo, por isso a necessidade de todos ajudarem.

Para mais informações, siga o grupo no Instagram (@gatosdoc2), acompanhe os avanços e doe o quanto puder, divulgando as ações para os amigos! #doeumbandejão.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de agosto de 2022

Antonio Carlos Quinto e Tabita Said estarão à frente da nova editoria de Diversidade e Inclusão do Jornal da USP

Desde que a USP passou a adotar as cotas como política afirmativa em 2016 – antes, em 2006, colocou em prática o **Inclusp – muita coisa aqui pelos lados da Cidade Universitária, no campus Butantã, mudou. Neste 2022, mais notadamente, é possível perceber os efeitos de uma mudança que se faz necessária… sempre se fez, aliás! É um caminho sem volta… sem retrocessos. É o trajeto para um futuro esperançoso de autoafirmações aos que, até então, sentiam-se impedidos, esquecidos, excluídos. É o caminho para uma sociedade mais justa.

A empreitada em direção à maior inclusão das diversidades nesta Universidade exige que todas e todos se dispam de velhos estereótipos e reconheçam que o momento é ímpar. A atual administração da USP, com o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior e a vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda, parte de forma determinada nesta direção, com a criação da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP), em maio deste ano, para centralizar e coordenar as ações da USP voltadas para as políticas afirmativas e de permanência, agregando-as às atividades de ensino, pesquisa e extensão. No mesmo passo e ritmo, a Superintendência de Comunicação Social inaugura no Jornal da USP – que veicula diariamente pela internet as principais informações desta Universidade – a editoria de Diversidade e Inclusão, que passa a integrar a publicação junto às outras editorias já estabelecidas: CiênciasCulturaAtualidades, Universidade e Institucional.

A missão desta nova editoria é dar espaço à diversidade, de uma forma ampla, seguindo a linha editorial deste jornal, que foi fundado em 1985. Pretendemos mostrar ao leitor os quadros fiéis dos principais movimentos desta iniciativa… que é sem volta! Que é sem retrocesso! Nada é mais motivador no exercício jornalístico que o desafio, seja ele qual for. E será um desafio e um aprendizado diário acompanhar as mudanças de paradigmas que já acontecem neste cotidiano, de forma tão rápida, mas para o qual pretendemos estar atentos e de olhos bem abertos. Afinal, será um aprendizado. Assim consideramos que seja o jornalismo em sua essência: reportar os fatos e trocar experiências e aprendizados!

Quer observar? Pois faça uma de suas refeições – café da manhã, almoço ou jantar – num dos restaurantes universitários aqui do campus Butantã, na capital. Verás o que sempre viu: estudantes, funcionários e visitantes, por vezes. Mas há algo de novo, como a maior presença negra entre os frequentadores, um dos aspectos que mostram o quanto a USP vem se diversificando.

São novos ares que respiramos por aqui. O que mudou? Sendo também um reflexo da sociedade, a Universidade que outrora se estendia a uma elite paulistana e brasileira, agora abre suas portas para todas, todos e todes. E podemos dizer que é extensivo a todos os campi da USP. Com estes “novos ares”, os modos vão se modificando e os semblantes vão tomando formas e cores que, para muitos, eram até então desconhecidos. É perceptível também a mudança dos comportamentos, inclusive, nos objetos e autores das pesquisas recentes aqui desenvolvidas. Pesquisa que sustenta o desenvolvimento, a inovação, a produção e a reprodução do conhecimento para melhorar a vida dos brasileiros. Enfim, não haverá retrocesso! Não caberá retrocesso! Não há como pensar em retrocesso!

Mas sabemos que ainda é necessário muito mais. Ampliar o acesso, fortalecer a permanência e criar um ambiente de troca e resistências, para que a Universidade possa oferecer à sociedade os frutos de uma pesquisa científica que responda à diversidade da sociedade brasileira. O lugar de negro – espaço ocupado por Lélia Gonzalez e ocultado a tantas outras mulheres pretas -, o lugar de mulher – ainda inacessível e duramente percorrido – o lugar das pessoas com deficiência, das pessoas periféricas, das LGBTQIA+ e de estudantes da escola pública será a Universidade. Como sempre foi, como sempre deveria ter sido.

A nova editoria tratará de temas relacionados às diversidades, inclusão social e questões étnico-raciais.

Acompanhe AQUI ou pelo e-mail: ediversi@usp.br

** Pelo Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp), os candidatos ao vestibular de escolas públicas recebiam bônus (aumento) na nota da primeira fase e na nota final do vestibular da Fuvest. A porcentagem de bônus podia chegar a 25%, dependendo do grupo em que o candidato se inseria. Embora tenha sido a última Universidade estadual paulista a aderir às cotas, em 2021 a USP registrou o índice de 51,7% de alunos matriculados oriundos de escolas públicas em seus cursos de graduação e, dentre eles, 44,1% autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI). Com a implementação da Comissão de Heteroidentificação no vestibular, a Universidade começará, já a partir do vestibular 2023, a apurar e agir sobre os casos de fraudes racial e socioeconômica na autodeclaração de pertencimento ao grupo PPI. 

Os editores

Antônio Carlos Quinto é jornalista

Nascido em São Paulo, graduado em Comunicação Social pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) em 1983, será o editor da nova seção. Seu trabalho como jornalista na USP começa em 1995, na Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) – hoje Superintendência de Comunicação Social (SCS) -, quando foi designado a atuar na então recém-criada Agência USP de Notícias. Lá exerceu a função de repórter, até se tornar diretor da mídia em 2000. Em paralelo à direção da Agência, produziu para a Rádio USP os informativos No Ar, Agência USP de Notícias, boletins com três minutos de duração contendo os resumos das pesquisas veiculadas na mídia. Na Agência USP de Notícias permaneceu como diretor até a sua incorporação ao Jornal da USP, em 2 de maio de 2016. Desde janeiro de 2018, o jornalista produz e apresenta, na Rádio USP, junto com sua colega e também jornalista Roxane Ré, o podcast Os Novos Cientistas, com entrevistas de novos pesquisadores da USP sobre os resultados de suas pesquisas.

Tabita Said é jornalista

Nascida na periferia da zona leste de São Paulo, graduada em Jornalismo pela Universidade Bandeirante de São Paulo (2008), especializada em Mídia, Informação e Cultura pelo Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação da ECA/USP (2013), será a subeditora da nova seção. Foi assessora de comunicação na Secretaria de Segurança Pública do Estado e na Secretaria de Estado da Educação, ambas na capital paulista. Na Universidade há 11 anos, trabalhou na comunicação da Prefeitura do Campus da Capital e no Núcleo de Divulgação Científica. Lá, participou da criação das mídias do Ciência USP e do Canal da USP no Youtube, exercendo a função de repórter de ciências. Atuando na reportagem multimídia, produziu vídeos, podcasts e conteúdo para o público e para a mídia especializada. Participou da equipe audiovisual do Jornal da USP e atualmente tem produzido reportagens sobre projetos, coletivos e pesquisas da Universidade.

(In: “Jornal da USP” / Imagens: “People Matters” / Marcos Santos – USP Imagens)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de agosto de 2022

Reitoria restringe o uso de máscara nos campi da Universidade

A Reitoria divulgou ontem, dia 23 de agosto, um comunicado à comunidade universitária sobre a não obrigatoriedade do uso de máscara nos ambientes fechados da Universidade. De acordo com o texto, o uso fica restrito apenas ao transporte coletivo e aos serviços de saúde dos campi.

Leia, a seguir, a íntegra do comunicado assinado pelo reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior.

Comunicado da Reitoria sobre uso de máscara nos campi – 23/08/2022

Considerando:

– a evolução favorável da pandemia da covid-19 no Estado de São Paulo, com redução sustentada do número de casos, hospitalizações e óbitos pela doença nas últimas semanas;

– a redução do número de afastamentos pela covid-19 entre membros da comunidade universitária;

E ouvida a Comissão Assessora de Saúde, a Reitoria da USP estabelece que, a partir do dia 24 de agosto, o uso obrigatório de máscaras em ambientes fechados da Universidade fica restrito apenas ao transporte coletivo e aos serviços de saúde dos campi.

Reforçamos a exigência de comprovação das doses adicionais da vacina contra o coronavírus para acesso às dependências da Universidade como medida eficaz de proteção individual e coletiva contra a infecção.

A Reitoria agradece e parabeniza a comunidade acadêmica da USP pela adesão ao uso de máscaras e ao esquema vacinal completo no período da pandemia da covid-19.

São Paulo, 23 de agosto de 2022.

Carlos Gilberto Carlotti Junior

Reitor da USP

(In: Jornal da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de agosto de 2022

Sobre o campo magnético criado pela Terra, pelo homem e pelas estrelas

 

Figura 2 – (a) O polo norte geográfico está situado sobre o gelo, no Oceano Ártico. Como o gelo se move rapidamente, não existe uma estação permanente que marque a posição exata do polo norte geográfico verdadeiro. (b) O polo sul geográfico está situado sobre o gelo que cobre a superfície do continente. Como esse gelo se move apenas alguns metros por ano, os EUA construíram um marco (a estação Amudsen-Scott) que indica a posição verdadeira do polo sul geográfico (Crédito: [1]Por: Prof. Roberto N. Onody *

Por: Prof. Roberto Onody

 

Todo planeta tem um par de polos norte e sul geográficos (que estão contidos ao longo do eixo de rotação do planeta) mas, nem todo planeta tem um par de polos norte e sul magnéticos. Veja por exemplo, o planeta Vênus. Como a Terra, Vênus tem também um núcleo metálico e líquido (composto, basicamente, por ferro), mas, sua velocidade de rotação em torno do seu eixo é tão baixa (1 dia venusiano corresponde a 243 dias terrestres!) que inviabiliza a geração de corrente elétrica e, consequentemente, a criação de um campo magnético.

 

Os polos norte e sul geográficos correspondem aos dois pontos onde todos os meridianos terrestres se encontram.  O polo norte geográfico está em pleno Oceano Ártico e o polo sul geográfico se localiza em pleno continente Antártico (Figura 2). Os 12 países que assinaram o Tratado Antártico de 1959 “dividem” o continente Antártico (o Brasil está incluído). O continente é aberto aos pesquisadores científicos. Até 2022, somente 10 pessoas tinham nascido na Antártica [1]!

 

 

Por outro lado, os polos norte e sul magnéticos da Terra são criados pela combinação dos efeitos da sua rotação, composição química e temperatura do seu núcleo.

Como sabemos, a estrutura da Terra é formada por 4 camadas. A primeira, a crosta, tem espessura entre 30 e 70 km. Ela está dividida em placas tectônicas que se movimentam sobre a camada superior do manto.

O manto tem espessura de cerca de 3.000 km. Ele é composto, principalmente, por ferro, silício e magnésio. É denso e quente. A camada superior do manto (astenosfera) está a uma profundidade de cerca de 100 a 200 km da superfície terrestre e sua temperatura é alta o suficiente para derreter as rochas, formando o magma. Esse magma pode chegar à superfície terrestre por meio dos vulcões.

A terceira camada é o núcleo exterior. Ele tem cerca de 2.000 km de espessura (com profundidade de cerca de 3.000 a 5.000 km). É composto por Níquel e Ferro no estado líquido.  Esse líquido em alta temperatura é muito turbulento, com fortes correntes de convecção. Essas correntes de convecção produzem cargas elétricas que, ao rotacionarem junto com a Terra, geram o campo magnético terrestre. A Terra é (quase) um grande imã!

Figura 3 – As posições dos polos norte e sul magnéticos mudam com o tempo. O polo norte magnético migra de 20 a 40 km por ano, no sentido noroeste. Os polos magnéticos nem sequer são antípodas – eles não estão ligados por uma reta que passa pelo centro da Terra. Em 2020, as latitudes e longitudes dos polos norte e sul magnéticos eram (86,5 N; 162,9 L) e (64,1 S; 135,9 L), respectivamente (Crédito: [2])

Finalmente, na última camada, temos o núcleo interior. Com forma esférica e raio de cerca de 1.300 km, ele é composto por Ferro e Níquel no estado sólido. A pressão aí é altíssima – milhões de vezes a pressão atmosférica na superfície terrestre. A temperatura é de aproximadamente 5.400 oC, similar à da superfície do Sol.

Como o campo magnético terrestre é gestado no turbulento núcleo da Terra, as posições dos polos norte e sul magnéticos não são fixas, elas variam com o tempo (Figura 3) [2]. Hoje, o polo norte magnético se encontra a cerca de 500 km de distância e ao sul do polo norte geográfico. Uma bússola colocada no polo norte geográfico indicaria, incorretamente, a direção sul.   É importante observar que os polos norte e sul magnéticos, não são antípodas, isto é, eles não estão em posições diametralmente opostas.

Hoje sabemos, que os polos norte e sul magnéticos se alternam de tempos em tempos – O polo norte vira polo sul e vice-versa. É a chamada reversão temporal. Estima-se que a última reversão ocorreu há cerca de 770.000 anos atrás.

No mundo em que vivemos, os polos magnéticos norte e sul sempre aparecem aos pares, juntos e inseparáveis. Mas, nas equações de Maxwell, a imposição de uma dualidade eletromagnética, propõe a existência de monopolos magnéticos – cargas magnéticas livres.

Paul Dirac demonstrou (no contexto da eletrodinâmica quântica) que se os monopolos magnéticos realmente existirem, então, as partículas elementares terão cargas elétricas que serão múltiplos inteiros da carga “e” do próton e do elétron. Por outro lado, no Modelo Padrão, essas cargas podem ser fracionárias, “+2e/3” e “-e/3” (carga dos quarks).

As massas previstas para os monopolos magnéticos são muito altas, de dezenas a centenas de Teraeletronvolts (Tev). Talvez, os monopolos magnéticos tenham existido logo após o Big Bang. No acelerador de partículas do CERN, o LHC (que comprovou, há 10 anos atrás, a existência do bóson de Higgs), a busca pelos monopolos magnéticos continua. Outra vertente experimental, tenta encontrar os monopolos magnéticos através do mecanismo de Schwinger, onde campos magnéticos muito intensos podem criar monopolos magnéticos [4]. Até agora, também não obteve sucesso.

Certamente, do ponto de vista linguístico, podemos chamar o campo magnético da Terra de, simplesmente, campo geomagnético.  Mas, é necessário um certo cuidado, pois o termo geomagnético é também utilizado num outro contexto. Muitas vezes, o termo campo geomagnético, se refere a um modelo teórico que aproxima o campo magnético terrestre por um imã (dipolo magnético) situado no centro da Terra. Claro, neste caso, os polos norte e sul geomagnéticos são antípodas. Em grandes altitudes, este campo geomagnético coincide com o verdadeiro campo magnético.

Figura 4 – Imagem artística das duas camadas do cinturão de Van Allen. Elas têm a forma toroidal (rosca). A mais interna, oscila entre 1.600 e 13.000 km acima da superfície terrestre e a mais externa, entre 19.000 e 40.000 km atingindo, portanto, as órbitas dos satélites geoestacionários (do GPS, por exemplo) (Crédito: Karl Tate/Space.com)

O campo magnético terrestre envolve continuamente a Terra (interior e exterior) e se estende por todo espaço. Ele forma um manto protetor (a magnetosfera) que blinda e preserva a vida de plantas e animais contra os efeitos nocivos do vento solar (prótons e elétrons ejetados pelo Sol) e raios cósmicos (prótons e núcleos atômicos extremamente energéticos, oriundos de fora do sistema solar e de outras galáxias). Juntos, a atmosfera e o campo magnético terrestre, formam uma bolha, um escudo que permite a vida em nosso planeta.

Figura 5 – Aurora Austral em tons de rosa e amarelo, na Baía Nublada, Tasmânia (Crédito: Shutterstock)

Em 1958, a espaçonave norte-americana Explorer 1, foi lançada ao espaço tendo a bordo um detector Geiger-Müller de radiação. Foi a primeira observação do cinturão de radiação de Van Allen (Figura 4) [3]. Ele é composto por prótons e elétrons de alta energia, que são armadilhados pelo campo magnético terrestre. O cinturão de Van Allen é composto por, basicamente, duas camadas. A primeira, mais exterior, nos protege das partículas vindas do Sol; a segunda, mais interior, nos protege das

Figura 1 – A intensidade do campo magnético terrestre varia de um ponto a outro na superfície da Terra (e também no tempo). A América do Sul tem, hoje, o campo magnético mais fraco. No mapa, a escala utilizada é de nanotesla (0,00001 gauss). O campo magnético médio na superfície da Terra é de cerca de 0,5 gauss. À guisa de comparação, o campo magnético médio do Sol não é muito maior, cerca de 1 gauss (chegando a 3.000 gauss próximo das manchas solares) (Crédito: ESA/DTU/Space)

partículas (muito energéticas) dos raios cósmicos.

Os efeitos produzidos por essas partículas altamente energéticas podem ser, simultaneamente, feéricos e nefastos.  Nas altas latitudes dos hemisférios norte e sul, ao colidirem com átomos da atmosfera (ionizando-os), irradiam luzes multicoloridas que formam o fabuloso espetáculo das auroras boreal e austral (Figura 5). Porém, quando aumenta a atividade do Sol (com ejeções de massa coronal), a Terra é atingida por uma enorme onda de partículas carregadas, que alteram e ondulam o cinturão de Van Allen.  Os prejuízos tecnológicos, causados por correntes elétricas e grandes variações nos campos magnéticos, não são pequenos.

As tempestades solares provocam, na Terra, enormes tempestades geomagnéticas. Recentemente, em fevereiro de 2022, elas destruíram 40 satélites da Starlink, um prejuízo de quase 50 milhões de dólares. Erupções solares ocorridas em 1989, originaram tempestades geomagnéticas que danificaram usinas hidrelétricas na região de Quebec, deixando-a sem energia elétrica por 9 horas. Em 2003, foi a vez da Suécia ter blecaute. Em 2006, outra tempestade geomagnética interrompeu os sinais de rádio de GPS por 10 minutos. A mais antiga tempestade geomagnética conhecida, foi registrada pelo astrônomo Richard Carrington, em 1859. Ele detectou um enorme movimento das manchas solares, seguido da perda de sinais telegráficos. Carrington recebeu também informações de que a aurora boreal tinha sido observada muito mais ao sul, na região do Caribe.

A intensidade do campo magnético (mais rigorosamente, do fluxo magnético) medido na superfície da Terra, não é uniforme (veja Figura 1). Ela oscila entre 0,25 e 0,65 Gauss e foi medida pela primeira vez em 1832, por Carl Friedrich Gauss. Nesses quase 200 anos, a intensidade média do campo magnético terrestre diminuiu cerca de 10%. Localmente, o valor do campo magnético terrestre é muito influenciado pela presença, na vizinhança, de rochas contendo materiais magnéticos.

Figura 6 – Hoje em dia, a liga de neodímio-ferro-boro é o imã permanente mais forte disponível. Ele é utilizado em larga escala industrial. O fluxo magnético gira em torno de 1 a 1,3 Tesla (10.000 a 13.000 gauss) (Crédito: Science Photo Library)

Os melhores e mais utilizados materiais magnéticos para produzir imãs comerciais são as terras raras (grupo dos lantanídeos, na tabela periódica). O adjetivo “raras” se deve ao fato de ser um material de difícil extração e purificação. O neodímio e o samário são os metais preferidos para produzir imãs. A China é o maior produtor mundial de terras raras. O Brasil, que talvez tenha a maior reserva mundial, é apenas décimo produtor devido aos custos de extração e separação industrial.

Pensando em imãs permanentes comerciais, devemos nos referir ao fluxo magnético, que nos indica o quão magnético um determinado material é, ou poderá vir a ser. O máximo da densidade de energia armazenada num imã (medida em gauss–oersted; 1 GOe = 0,0079 joule/metro cúbico), é uma boa medida do poder desse imã – quanto maior, melhor.

Até o início da década de 1980, o imã permanente mais utilizado comercialmente, era a liga de samário-cobalto (densidade magnética máxima igual a 28 milhões de GOe´s). Nessa época, o cientista japonês Masato Sagawa formulou uma nova liga ainda mais forte, composta de neodímio-ferro-boro (densidade magnética máxima igual a 42 milhões de GOe´s). Por esse seu trabalho, ele foi laureado, em 2022, com o prêmio Rainha Elizabeth para Engenheiros. O imã de neodímio-ferro-boro é largamente utilizado e fundamental em carros elétricos, telefones celulares, tomografia por ressonância magnética, discos duros de computadores, aviões, turbinas eólicas etc. (Figura 6).

Para se obter campos magnéticos ainda mais forte, utilizam-se os eletroímãs (bobinas) com fios supercondutores. Até agora (2022), o recorde para campos magnéticos gerados em laboratório, foi de 45,5 Tesla (455.000 gauss) [5].  Embora este valor seja um milhão de vezes maior do que o campo magnético na superfície da Terra, ele é irrisório quando comparado aos campos magnéticos gerados pelas estrelas de nêutron.

Figura 7 – Imagem feita (no comprimento de raios-x) pelo telescópio espacial Chandra em diferentes épocas. No zoom à esquerda, o buraco negro supermassivo da nossa Via-Láctea com o magnetar SGR 1745-2900 quiescente (2005-2008). No zoom à direita, a mesma região do espaço em 2013, com o magnetar ativo (Crédito: NASA)

Quando explode uma supernova, dependendo da massa da estrela em colapso, poderá se formar um buraco negro ou uma estrela de nêutrons. As estrelas de nêutrons são objetos pequenos, com diâmetro girando em torno de 10 a 20 km, mas, extremamente densos. Um cubo, com aresta de 1 cm, pesaria mais do que todos os 8 bilhões de seres humanos existentes na Terra! O campo magnético típico de uma estrela de nêutron é de cerca de 100 milhões de Tesla (mais de um milhão de vezes o maior campo magnético já criado pelo homem).

Na nossa galáxia, foram detectadas e confirmadas (até agora), pouco mais 3.000 estrelas de nêutrons, mas, acredita-se que existam milhões de estrelas de nêutrons na Via-Láctea. Uma estrela de nêutrons, que gira muito rapidamente (centenas de voltas por segundo!), é chamada de pulsar. Um pulsar emite ondas eletromagnéticas de rádio que emergem dos seus polos magnéticos. Um verdadeiro farol espacial! A maior parte das estrelas de nêutrons conhecidas são pulsares.

Estrelas de nêutrons que giram mais lentamente (algo em torno de uma volta a cada 2 a 10 segundos), mas que têm campos magnéticos absurdos de 100 bilhões de Tesla, são chamadas de magnetar (Figura 7). São os maiores monstros magnéticos do universo. Até julho de 2021, eram conhecidos um total de 24 magnetares (e uma dezena mais, esperando confirmação) [6]. Um magnetar passa por explosões de atividade com intensa emissão de raios-x e raios gama. Em 2004, uma dessas explosões gerou um pulso de energia que derrubou, por um décimo de segundo, as comunicações com satélites e aviões. O magnetar responsável foi localizado a 50.000 anos-luz de distância da Terra.

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

 

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(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

[1] Antarctica Map and Satellite Imagery [Free] (gisgeography.com)

[2] Magnetic North vs Geographic (True) North Pole – GIS Geography

[3] Van Allen Probes | NASA

[4] Search for magnetic monopoles produced via the Schwinger mechanism | Nature

[5] 45.5-tesla direct-current magnetic field generated with a high-temperature superconducting magnet | Nature

[6] Magnetar – Wikipedia

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de agosto de 2022

“Festa do Livro da USP São Carlos – 2022” – Uma festa da literatura e muito mais

Iniciou-se hoje (23/08), no Campus USP de São Carlos, a sétima edição da “Festa do Livro da USP São Carlos”, um evento gratuito, aberto a toda a comunidade, e que irá ocorrer até quinta-feira (25).

Além da habitual feira de livros para todos os gostos, o evento apresenta palestras, apresentações culturais, mesas redondas com grandes nomes da literatura, sendo que no primeiro dia do evento o destaque foi para a presença de Eduardo Suplicy, economista, professor universitário, administrador de empresas e político brasileiro, que dissertou, no final da manhã, sobre as consequências sociais da pandemia, entre outros assuntos da atualidade.

A elevação do grau da justiça no Brasil

Eduardo Suplicy

Através de uma breve conversa com a Assessoria de Comunicação do IFSC/USP antes de sua palestra, Eduardo Suplicy sublinhou que era um prazer enorme estar presente em um evento universitário que considerou de alto nível, principalmente em uma época bastante difícil. “Alguns setores incitam ao ódio, quando na verdade todos deveríamos incitar ao amor nas suas mais diversas formas, entre elas o amor aos livros, à literatura nas suas mais diversas formas, como estamos vendo aqui. Então, eu me sinto feliz de ter sido convidado pela USP de São Carlos para participar neste bonito evento e poder falar de várias coisas. De como podemos enfrentar os problemas do povo brasileiro, principalmente a desigualdade e a pobreza crescente, mas também falar do desenvolvimento da política econômica e das ferramentas que possam colaborar para a elevação do grau da justiça brasileira”, sublinhou nosso entrevistado. A educação foi outro tema destacado por Eduardo Suplicy, não só em termos da educação tradicional para os jovens, mas também aquela que é destinada aos adultos, principalmente para aqueles que não tiveram oportunidades de frequentar uma escola, tendo recordado a figura e os ensinamentos do Professor Paulo Freire. “Outro tema que irei abordar será a saúde, já que, no meu ponto de vista, devemos apostar nela não só para os que trabalham nas cidades, mas também para os que labutam no campo”. O estímulo às diversas formas de economia solidária, de cooperativas, foram assuntos que Suplicy abordou em nossa conversa, elevando dessa forma a imagem e o pensamento do professor e escritor brasileiro, Paulo Singer, colocando-os no mesmo grau de importância sobre aquilo que considera ser as vantagens enormes de como a renda básica poderá, igualmente, elevar a dignidade e a liberdade real para todos, na sociedade.

Cinquenta e seis editoras estão presentes neste evento, aberto ao público diariamente entre as 10h00 e as 20h00, apresenta obras de autores da cidade de São Carlos.

Veja abaixo a programação estipulada para os próximos dois dias:

24 de agosto – quarta-feira
13h00 – Apresentação artística: Casa Aura Flamenca – Flamenco para todos – a bailar por ai!
14h00 – Bate-papo: Reinaldo José Lopes – Uma história da violência no Brasil
17h00 – Bate-papo: Ana Paula Simioni – Mulheres na Semana de Arte Moderna
20h00 – Apresentação musical: USP Filarmônica – Bossa Nova

 

25 de agosto – quinta-feira
13h15 – Apresentação musical: Coral USP São Carlos – Repertório brasileiro
14h00 – Bate-papo: Felipe Iszlaji, Carolinne Pinheiro e Ana Lis Soares – A inteligência artificial vai escrever literatura e música?
16h00 – Bate-papo: Guilherme Infante, Shun Izumi e Talles Rodrigues – Crítica em tirinhas na internet
18h00 – Apresentação musical: Quarteto Brasileiro – Música brasileira
20h00 – Mesa redonda nobre: Julián Fuks – Lembremos do futuro: crônicas do tempo e da morte do tempo.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de agosto de 2022

A beleza e os desafios de ensinar e aprender matemática são temas de evento on-line

Evento promovido pelo Instituto de Estudos Avançados da USP São Carlos terá participação de especialistas da Universidade e representantes de escolas estaduais da cidade

Uma pesquisa feita pelo governo de São Paulo, realizada no início de 2021 com mais de 20 mil alunos da rede estadual, apontou que o desempenho em matemática dos estudantes no 5º ano do ensino fundamental e no 3º ano do ensino médio despencou com a pandemia. Os dados foram divulgados em abril do mesmo ano pela Secretaria Estadual da Educação.

Para falar dos desafios de se ensinar e aprender matemática e como atuar num contexto de defasagem do ensino da disciplina na escola pública, o Instituto de Estudos Avançados (IEA) Polo São Carlos vai promover o evento A Matemática Está em Tudo!, com a participação de especialistas da USP e representantes de escolas estaduais da cidade. O evento, nos dias 22 e 31 de agosto e 5 e 12 de setembro, é aberto a todos os interessados e será transmitido pelo canal do YouTube do IEA Polo São Carlos.

“O evento tem como foco a matemática devido à sua relevância na formação educacional. As escolas estaduais que participarão do encontro possuem direção e equipe docente com muito protagonismo e dedicação à educação dos seus alunos”, disse um dos organizadores do evento, o professor José Marcos Alves, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). Ele destaca a participação ativa das instituições no evento. “O campus da USP em São Carlos tem uma relação muito produtiva e longínqua com a Direção Regional de Ensino.”

Coordenado pelo Polo de Ações Sociais do Campus e o Grupo de Estudos de Ações Sociais em São Carlos, o evento terá programação on-line e um dia presencial. No dia 12 de setembro, das 8 às 17h30, haverá visita ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) no campus da USP da cidade com bate-papo sobre a importância e a beleza da matemática e palestras sobre como funcionam as olimpíadas científicas de informática e matemática, sobre a área de robótica, empoderamento feminino e sobre o relógio mais pontual do mundo. A programação será a seguinte:

Mulheres na matemática
Dia 22/8, às 10 horas
Palestrante: Maria Aparecida Soares Ruas (ICMC)

Desafios de se ensinar e aprender matemática na escola pública
Dia 31/8, às 10 horas
Palestrantes: Edna Maura Zuffi e Renata Cristina Geromel Meneghetti (ICMC)

O legado da pandemia e os desafios da escola pública: ensinar e aprender num contexto de defasagens e de emoções à flor da pele
Dia 5/9, às 10 horas
Palestrantes: Débora Gonzales Costa Blanco (Diretoria Regional de Ensino da Região de São Carlos), Lucinei Aparecida Tavoni Bueno (Escola Estadual Sebastião de Oliveira Rocha), Juliana Maria Gastaldi de Almeida e Priscila Galvan (Escola Estadual João Batista Gasparin)

Visita à USP
Dia 12/9, a partir das 8 horas

“A Matemática está em tudo”: um bate-papo sobre a sua beleza e importância
Palestrantes: Hildebrando Munhoz Rodrigues e Tiago Pereira da Silva (ICMC USP)

Olimpíada Brasileira de Informática, Empoderamento Feminino, Laboratório de Matemática e Robótica
Palestrantes: Kalinka Castelo Branco, Edna Maura Zuffo e Roseli Aparecida Francelin Romero (ICMC USP)

Visita à Sala do Conhecimento do Instituto de Física de São Carlos e Palestra “O Relógio mais Pontual do Mundo”
Palestrantes: Herbert Alexandre João (IFSC USP) e Daniel Varela Magalhães (EESC USP).

Para acompanhar o evento on-line acesse o canal do YouTube do IEA Polo São Carlos (AQUI).

(Texto “Jornal da USP” / Imagem: Marcos Santos-USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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