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8 de maio de 2023

Doutoranda a caminho da dupla titulação na França em estudos sobre poluição ambiental marítima utilizando microscopia confocal

Universidade de Toulon

Ao longo dos anos temos visto que no início de seus percursos acadêmicos, a maior parte dos pesquisadores do IFSC/USP – e, certamente não só – adquirem desde muito cedo uma espécie de paixão pelas ciências exatas, como se estivessem predestinados a seguir o caminho científico, sem que, aparentemente, isso constitua qualquer esforço. É claro que existe um esforço grande em cada um deles para aprimorar seus conhecimentos ao longo dos anos, mas parece que existe um caminho previamente traçado no rumo deles ao sucesso. E falamos de ciências exatas já que elas são consideradas pela maior parte dos jovens como o “terror” de todas áreas do conhecimento… E isso não é verdade! De fato, o segredo está em entender essa área, contudo, quando se tem paixão por essa vertente do conhecimento, tudo parece muito fácil, muito simples. Como diria um professor “Matemática não se aprende: ela apenas tem que ser entendida…”.

Enquanto dialoga conosco, com um sorriso aberto, os olhos de Maria Luiza Ferreira Vicente (26) brilham intensamente quando recorda o seu percurso acadêmico, principalmente a partir do ensino médio (2012-2014) concluído na ETEC de Rio Claro. “Já nesse tempo eu queria fazer Física, pois era apaixonada pela área de ciências, o que me levou a fazer iniciação científica na UNESP de Rio Claro, nessa área”, recorda Maria Luiza. Com a cabeça a mil por hora, tentando escolher para que curso iria, foi na ETEC que uma de suas professoras comentou “Se você quer aprender Física a sério deverá prestar prova e tentar entrar no Instituto de Física de São Carlos”.

Seguindo a dica de sua professora, Maria Luiza prestou vestibular no IFSC/USP e foi aprovada no Curso de Bacharelado em Física, em 2015, mas, a partir desse momento, ficou muito atenta ao que se passava em seu redor, às novidades que diariamente chegavam em relação aos seus estudos. No meio de sua graduação, Maria Luiza foi descobrindo mais sobre os restantes cursos que eram ministrados no Instituto e foi aí que, de repente, descobriu o Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares. Não hesitou e se transferiu para esse curso, tendo se formado em 2020. Nesse mesmo ano ingressou no mestrado, no mesmo curso, e passados dois anos e meio ingressou no doutorado, já em janeiro deste ano de 2023.

“Desde muito cedo que minha paixão era poder trabalhar com microrganismos, tendo em vistas poder atuar na área de pesquisas em Saúde. Experimentei quase tudo na área de biologia, depois de ter passado pela biofotônica e biologia molecular, com ênfase no meio-ambiente. De repente, através do Prof. Francisco Guimarães, descobri a área de Microscopia Confocal, algo que me marcou profundamente, sendo que a partir desse momento decidi seguir o Prof. Francisco Guimarães e abraçar um projeto na área de poluição ambiental cujo trabalho foi feito em parceria com a Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, com o Prof. Paulo Saldiva”, pontua a jovem pesquisadora.

Em determinado momento, o Prof. Francisco Guimarães entrou em contato com pesquisadores colaboradores na França que trabalham também na área de ecologia e poluição ambiental marítima (Oceanografia Ambiental), atendendo a que o projeto que Maria Luiza desenvolvia tinha tudo a ver com o que eles estavam estudando lá. “Foi aí que surgiu a oportunidade de fazer metade do meu doutorado na França – Dupla Titulação. Concorri ao processo seletivo e acabei por ganhar uma “Bolsa Eiffel”, atribuída pelo governo francês, na Universidade de Toulon. Um processo de candidatura muito difícil e concorrido. Foi trabalhoso, mas deu certo, fui aceita neste mês de abril”, comemora Maria Luiza.

De fato, o governo francês aceitou apenas trinta e quatro bolsas, cujos jovens beneficiários, oriundos de todo o mundo, foram distribuídos por diversas universidade do país. “Já comecei a tratar de toda a documentação e entre janeiro e março do próximo ano embarco para um projeto de dezoito meses. Com certeza irão ser abertas muitas portas na área científica e o futuro dirá qual será meu destino, sendo certo que a Academia irá ser sempre meu projeto de vida e a Ciência a minha inspiração”, conclui a pesquisadora que, embora casada recentemente,  recebeu de seu marido – que é químico na área industrial – o maior apoio, prometendo se juntar a ela para – quem sabe – iniciar um novo projeto de vida comum.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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