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9 de dezembro de 2014

Professor Emérito Leopoldo de Meis morre aos 76 anos

O pesquisador Leopoldo de Meis, Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), morreu no passado domingo, dia 07 de dezembro, aos 76 anos.

Nascido no Egito em 1938, passou parte de sua infância na Itália e veio ainda criança para o Brasil, onde se naturalizou brasileiro. Formado em Medicina pela UFRJ, era, desde 1978, Professor Titular de Bioquímica na UFRJ, onde fundou o Instituto de Bioquímica Médica que leva o seu nome.

Além de atuar na área de bioquímica celular, em linhas de pesquisa como mecanismos de transdução de energia em sistemas biológicos e transporte ativo de íons, dedicou-se à área de Educação para Ciência, tendo criado cursos de férias na UFRJ, voltados a jovens de baixa renda.

De Meis publicou 205 trabalhos científicos em revistas nacionais e internacionais e foi autor ou coautor de 13 livros, entre eles Ciência, Educação e o Conflito Humano-Tecnológico (Senac São Paulo/2006).

Entre outros prêmios, recebeu, em 1995, a Ordem Nacional do Mérito Científico, Classe Grã Cruz e, em 2008, foi o vencedor do prêmio Conrado Wessel.

De Meis deixa esposa – a conhecida e respeitada Profª Vivian Rumjanek (UFRJ) -, quatro filhos e seis netos.

Assessoria de Comunicação

9 de dezembro de 2014

USP sobe 17 posições em relação a 2013

A USP ocupa o 96º lugar em um ranking global elaborado por uma parceria constituída pela empresa francesa RH Emerging Associates e o instituto alemão Trendence, que elenca as 150 melhores instituições de ensino superior do ponto de vista empresarial. No ano passado, a USP ocupava a 113º posição.

Com o maior índice de empregabilidade, o estudo aponta as dez instituições de ensino superior que apresentam o maior índice de empregabilidade, nomeadamente, Universidade de Cambridge (Reino Unido), Harvard (EUA), Yale (EUA), Oxford (Reino Unido) , Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA), Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA), Stanford (EUA) Technische Universität München (Alemanha), Princeton (EUA) e a Universidade de Tóquio (Japão).

Assessoria de Comunicação

8 de dezembro de 2014

Derivado de casca de camarão poderá combater bactérias hospitalares

As bactérias estão presentes em quase todos os lugares, inclusive, em ambientes cirúrgicos. Alguns desses microorganismos patogênicos – que produzem doenças infecciosas – são resistentes aos antibióticos produzidos atualmente. Baseado nesta premissa, o estudante de mestrado em Física Biomolecular do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), Caio Vaz Rimoli, sob orientação do Prof. Dr. Paulo Barbeitas Miranda, docente do Grupo de Polímeros “Prof. Bernhard Gross”, de nosso Instituto, vem buscando novas alternativas para combater estes micróbios.

A principal forma de combate proposta pelos pesquisadores é uma solução de Quitosana em água, um polímero derivado da casca de camarão, que poderá ser aplicado em utensílios cirúrgicos e superfícies hospitalares, bem como em vestimentas. De acordo com Caio, o objetivo desta pesquisa é saber como ocorre a interação entre o polímero e o micróbio, já que para o Prof. Paulo Miranda é necessário entender o mecanismo da ação entre ambos: Um método bastante aceito é que o material interage com a membrana das bactérias. Sendo assim, iremos estudar a interação de um modelo bem simplificado dessa membrana com os polímeros em uma solução aquosa, explica o docente.

Um dos primeiros passos deste trabalho consiste em Paulo_Miranda1-300analisar as cargas elétricas das membranas das bactérias, uma vez que os pesquisadores acreditam que a atração elétrica seja a primeira etapa na interação entre o polímero e o microorganismo. A membrana celular possui duas camadas de lipídios – moléculas parecidas com um bastão; a cabeça dessa molécula gosta de ficar em contato com a água, ao contrário de sua cauda, que é hidrofóbica. Diferentemente de uma célula de mamífero, que não possui carga elétrica, a cabeça dos lipídios de membrana bacteriana tem carga negativa. Já os materiais poliméricos com que os pesquisadores estão trabalhando têm carga positiva, fator que deve permitir esse primeiro contato entre o material e o micróbio. Nossa ideia é inserir o polímero na membrana da bactéria, criando uma espécie de buraco na camada lipídica do microorganismo, atacando-o, explica o docente.

No laboratório, a simulação do ataque à membrana é feita através de uma cuba com água, onde os pesquisadores espalham as moléculas de lipídio, com barreiras mecânicas, comprimem essas substâncias organizando-as como se elas estivessem na própria membrana. Com essa membrana montada em laboratório, nós podemos analisar o modo como o polímero interage com a bactéria na água, explica Paulo Miranda.

membrana500

A importância desse projeto vai além da criação de uma proteção contra as bactérias, já que, descobrindo a forma como o material polimérico pode matar um microrganismo, será possível projetar moléculas semelhantes às utilizadas pelos pesquisadores, bem como outras bastante diferentes e com potencial ainda maior para a finalidade de combater os micróbios: Já se sabe que esse material é bom contra alguns organismos, ou seja, ele combate apenas alguns tipos de fungos e bactérias.

Caio1-300

Então, será um grande avanço nesse campo de pesquisa se nós descobrirmos como realmente acontece a interação entre a Quitosana e a bactéria, do ponto de vista molecular, explica Caio.

Além da aplicação em ambientes cirúrgicos, o Prof. Paulo Miranda conta que se for possível aplicar as moléculas da Quitosana dentro do próprio organismo humano, esse material poderá ser utilizado, também, como medicamento: A princípio, acredito que isso seja menos viável, porque temos a dificuldade de absorver esse material dentro do organismo e direcioná-lo ao local da infecção. Talvez isso seja possível, mas ainda não podemos confirmar essa tese, diz ele. Nesse caso, o polímero usado pelos pesquisadores pode possuir dupla ação, ou seja, além de atuar como antibiótico, combatendo os próprios microorganismos, ele poderá ser utilizado como cápsula protetora, transportando outros antibióticos em seu interior até o microrganismo.

De acordo com Caio Rimoli e Paulo Miranda, esta pesquisa básica ainda está bem no início, pelo que as primeiras conclusões só deverão ser analisadas nos próximos seis ou doze meses. Para que esse projeto possa ser comercializado, diversas outras etapas deverão ser concluídas não só pelos físicos do IFSC-USP, quanto por químicos que poderão colaborar na finalização desse trabalho, atuando em outras etapas, o que levará cerca de cinco ou dez anos até que o projeto seja concluído.

Além de envolver outras áreas, tal como a química, essa pesquisa pode, inclusive, aproximar não só as áreas de pesquisa da física, como as relacionadas com biomoléculas, uma vez que este importante trabalho possui um ótimo perfil interdisciplinar – uma colaboração que poderá auxiliar e apoiar, cada vez mais, essa luta contra os microorganismos.

Assessoria de Comunicação

5 de dezembro de 2014

USP – Filarmônica lota auditório do IFSC

Chamada200O Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP) recebeu no dia 02 de dezembro, pelas 20h, o último concerto de 2014 em comemoração ao 80º aniversário da USP e ao 20º do Instituto de Física de São Carlos, com a apresentação da USP – Filarmônica, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP), que encantou o público com um repertório natalino. O concerto, que contou com a regência do maestro José Gustavo Julião de Camargo, teve, também, a participação de Debora Ramos Peyneau (soprano), Karen Stephanie (soprano) e Vania Lucas (cantora).

Por sua vez, o Na abertura oficial do evento, o Prof. Dr. Tito J. Bonagamba, Diretor do IFSC-USP, agradeceu a gentileza do maestro Prof. Dr. Rubens Russomanno Ricciardi (FFCLRP-USP) – igualmente presente no evento – em trazer 01Tito300mais um concerto para o Campus USP – São Carlos, bem como a presença do maestro José Gustavo e de todos os integrantes da orquestra – docentes, funcionários e alunos da FFLRP-USP – bem como a todos que participaram e assistiram ao evento. Além disso, o Diretor do IFSC ressaltou que, além dos concertos que ocorreram ao longo deste ano em comemoração aos aniversários da Universidade de São paulo e do Instituto de Física de São Carlos, outras apresentações poderão ocorrer em 2015. Os apoios da Prefeitura de São Carlos, do Departamento de Música da FFCLRP, através do Chefe Prof. Dr. Gustavo Silveira Costa, bem como do Presidente do Grupo Coordenador de Cultura e Extensão USP – São Carlos, Prof. Dr. João Marcos de Almeida Lopes, também foram sublinhados pelo Diretor, que aproveitou a ocasião para desejar um Feliz Natal e excelente ano de 2015 a todos os presentes.

02-Russomanno200Prof. Rubens Russomanno agradeceu o apoio do Diretor do Instituto: Ele é um dos parceiros mais prioritários que nós temos hoje na Universidade e é uma alegria e satisfação poder apresentar este concerto no Campus USP – São Carlos como um projeto da mais alta importância, disse ele. Na oportunidade, o docente também ressaltou as apresentações que decorrerão em 2015 que, além do repertório sinfônico, deverá trazer obras de óperas barrocas e contemporâneas, entre outros estilos. Ainda em seu discurso, Rubens Russomanno aproveitou o momento para destacar a relação entre a música e a física, tendo dissertado sobre uma teoria de Galileu Galilei, que viabilizou a ópera como gênero musical. Em 1581, o físico escreveu um diálogo onde recuperou toda a dimensão expressiva da tragédia grega, resultando na criação dos gêneros de ópera, oratória e cantata, completou.

Durante o concerto foram apresentadas obras de Franz Joseph Haydn (1732-1809), Georg Friedrich Händel (1685-1759), Antônio Carlos Gomes (1836-1869), Heitor Villa-Lobos (1887-1959), Claudio Santoro (1919-1989), Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (1927-1994), Vitor Zafer (1989), Fernando Emboaba (1988) e 03Juliao-200Rafael Fortaleza (1989).

Minutos antes de encerrar o concerto, o maestro José Gustavo falou sobre a importância de levar a USP – Filarmônica a outras cidades além de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, tendo agradecido a todos os presentes e desejado um Feliz Natal e excelente 2015. José Gustavo Julião de Camargo é natural de Vista Alegre do Alto, São Paulo, tendo-se formado em composição e regência na UNICAMP. Atualmente ele compõe obras para teatro, vocal e instrumental, coral e sinfônico, destacando a cantata Ode a Zumbi, comandante guerreiro, para o coro e orquestra; a ópera Café – em três atos, para coro e orquestra, esta com libreto de Mário de Andrade; e recentemente o Concerto para viola caipira e orquestra. Desde 1988, José Gustavo é orientador de estruturação musical do Departamento de Música da FFCLRP-USP, colaborando com o Núcleo de Pesquisa em Ciências da Performance em Música da FFCLRP-USP – (NAP-CIPEM).

As extraordinárias interpretações das sopranos e cantora convidadas foram os principais destaques deste Concerto de Natal. Debora Ramos Peyneau (soprano) foi a primeira a se apresentar. Possui bacharelado em Canto pelo Departamento de Música da FFCLRP-USP, sob orientação da Profa. Dra. Yuka Almeida Prado, estudou Canto Lírico no Conservatório de Tatui, Escola Municipal de Música de São Paulo e FAMES, Espírito Santo. Além disso, ela já participou de apresentações musicais em Freiburg, Alemanha, e em Basel, na Suíça.

orquestra350A segunda soprano a se apresentar nesse concerto foi Karen Stephanie, diplomada em piano pela Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernest Mahie e licenciada em Música pelo Departamento de Música da FFCLRP-USP. Desde 2008 dedica-se ao canto, tendo interpretado obras do período Colonial Brasileiro, sob a regência de Cristina Emboaba, e participado do festival Fiato AL Brasile, Faenza, Itália, bem como de congressos internacionais. Atualmente Karen faz aulas com a cantora lírica Juliana Starling.

Por último, coube à cantora Vania Lucas interpretar obras de Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (Tom Jobim). Vania é cantora, regente e professora de técnica vocal. Ela possui graduação e licenciatura em Música, tendo se especializado em Regência e Canto, tendo já atuado nos grupos Quinteto Arcos, Pró-Arte Dança Antiqua, bem como no Trio Música Rara. Em 2006, lançou seu primeiro álbum solo, intitulado Minha Vontade, que foi pré-indicado ao Prêmio TIM 2007 e selecionado pela UNESP para tocar em todas as rádios públicas nacionais. Desde 2001, Vania Lucas é preparadora vocal dos Flautistas da Pro Arte, Rio de Janeiro, e regente do Coro Voz Ativa, da Assojouris de Ribeirão Preto.

A USP – Filarmônica

Fundada em 2011 para viabilizar, junto ao Curso de Música da FFCLRP-USP, uma perfeita interface de ensino, pesquisa e extensão universitária, a USP – Filarmônica privilegia uma fusão de horizontes às três principais áreas da música: a poesia (composição), a práxis (interpretação) e a teoria (pesquisa e música). Seus repertórios contemplam obras tradicionais, resgates histórico-musicológicos e a música contemporânea de concerto do século XXI.

Confira abaixo alguns dos momentos mais marcantes do concerto:

Soprano1-500

Soprano Debora Ramos Peyneau

Soprano2-500

 

Soprano Karen Stephanie

Cantora-500

Vania Lucas

Instantaneo1-orquestra500

Violinos

Instantaneo2-orquestra500

Metais

Instantaeo3-500

USP – Filarmônica

Assessoria de Comunicação

4 de dezembro de 2014

Topological insulators and quantum spin liquids

Na mais recente edição do Journal Club, que ocorreu na manhã do dia 04 de dezembro, na Sala F-210 (IFSC-USP), o pesquisador Willian Massashi Hisano Natori, do Instituto de Física de São Carlos, apresentou o seminário Topological insulators and quantum spin liquids.

Willian300O estado topológico da matéria é um termo utilizado para designar fases de matéria com diferentes origens físicas, como, por exemplo, o Efeito Hall Quântico (QHE), os Isoladores Topológicos (TI), bem como os Líquidos Quânticos de Spin (QSL). Devido às diferenças entre esses campos, os pesquisadores encontram dificuldades em relacioná-los. No entanto, esse desafio é possível e já foi comprovado através das recentes conexões encontradas entre esses estados, que abriram novos caminhos para pesquisas envolvendo fases topológicas. Assim, em sua palestra, Willian abordou modelos de forte ligação que suportam fases de QSL e TI, tendo revisado um projeto sobre fases topologicamente não-triviais.

Willian Massashi possui graduação em Engenharia Física pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Desde 2013, trabalha como doutorando no Instituto de Física de São Carlos, sob orientação do Prof. Dr. Rodrigo Gonçalves Pereira, do Grupo de Física Teórica do IFSC-USP. Willian, que realizou projetos de iniciação científica em Eletrônica Orgânica e em Teoria do Funcional da Densidade durante sua graduação, tem experiência na área de Física da Matéria Condensada e em pesquisas envolvendo líquidos de spin, utilizando o Método de Monte Carlo Variacional, modelos de Kitaev e matriz gama, e férmions de Majorana. Em sua atual pesquisa, ele tem explorado as conexões entre líquidos de spin e isolantes topológicos.

Assessoria de Comunicação

4 de dezembro de 2014

USP entra para o top 10 das melhores universidades

Em ranking divulgado no dia 03 de dezembro, pela Times Higher Education (THE), que faz as principais medições de qualidade das universidades do mundo, a USP aparece no top 10 das melhores universidades de países emergentes.

O índice é baseado em cinco indicadores: trabalhos em inovação, qualidade de ensino, impacto das citações, pesquisa e alcance internacional. Neste ano, houve alteração na metodologia do estudo, que até o ano passado era equivalente ao ranking global do THE e exigia, por exemplo, que as instituições publicassem pelo menos 200 artigos científicos por ano ao longo do período de cinco anos de publicações analisadas. O número foi reduzido para 100. Além disso, o peso dado para a influência da pesquisa foi reduzido para 20% – 10% a menos do que nos rankings mundiais. O quesito inovação foi aumentado de 2,5% para 10%, enquanto o peso do alcance internacional foi elevado de 7,5% para 10%.

Para o editor dos rankings da THE, Phil Baty, o quadro geral no Brasil é de estagnação, apesar de a Universidade de São Paulo ter subido uma posição e alcançado o top 10, sendo que, segundo ele, as universidades brasileiras tendem a serem relativamente fracas no alcance internacional, que é um ponto importante. O editor sublinha que as colaborações, diálogo sobre as diferentes práticas entre os países e trabalho em equipes internacionais são ingredientes importantes para garantir universidades globalmente competitivas.

A China mantém a liderança no ranking, com as universidades de Pequim e de Tsinghua, seguida pela Turquia, com a Universidade Técnica do Oriente Médio, e República da África do Sul, através da Universidade da Cidade do Cabo.

Confira o ranking relativo às 10 primeiras universidades do ranking e a posição de algumas das melhores universidades brasileiras.

Top 10

1. Universidade de Pequim (China)

2. Universidade de Tsinghua (China)

3. Universidade Técnica do Oriente Médio (Turquia)

4. Universidade da Cidade do Cabo (África do Sul)

5. Universidade Estatal de Moscou (Rússia)

6. Universidade Nacional de Taiwan.

7. Universidade de Bogazici

8. Universidade Técnica de Istambul (Turquia)

9. Universidade de Fudan (China)

10. Universidade de São Paulo (Brasil)

Brasileiras:

10. Universidade de São Paulo (USP)

27. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

61. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

97. Universidade Estadual Paulista (Unesp)

(Com informações da Agência Estado)

Assessoria de Comunicação

3 de dezembro de 2014

Futuro fármaco poderá combater a obesidade sem efeitos colaterais

Uma metodologia inovadora que avalia a afinidade entre fármaco e receptor biológico, causando efeitos metabólicos benéficos, ao invés dos temidos efeitos colaterais, é o novo projeto assinado pelo Prof. Dr. Alessandro Silva Nascimento, pesquisador do Grupo de Biotecnologia Molecular do Instituto de Física de São Carlos. 

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O mais interessante é que essa metodologia, que resultará em um novo fármaco, terá como principal função regular o metabolismo basal do paciente, de forma que o próprio metabolismo elevado culmine na queima de gordura; um estudo que poderá ser um adjuvante no tratamento da obesidade e, inclusive, de diabetes, doença que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, acomete 347 milhões de pessoas em todo o mundo, já tendo causado 1,1 milhão de mortes, apenas em 2005. Ainda segundo a OMS, estima-se que esse número duplique até o ano de 2030.

Em um indivíduo saudável, o açúcar é estocado no próprio fígado. Já em uma pessoa diabética, o fígado encontra dificuldades para estocar esse carboidrato, deixando-o no próprio sangue. Então, captar o açúcar e estocá-lo é importante. Esse processo tem uma relação muito próxima com a obesidade, pois, se o indivíduo estocar açúcar demais, ele provavelmente ficará obeso e, neste sentido, este novo fármaco, além de ajudar no estoque do açúcar, terá que elevar o metabolismo do paciente, explica Alessandro Nascimento.

Nas primeiras etapas desse projeto, o docente estudou três possíveis fármacos, sendo que um deles já está em processo de estudos clínicos, indicando que poderá ser lançado no mercado. Nessa etapa inicial, além de ter enfrentado o obstáculo de encontrar fármacos que produzissem os efeitos metabólicos, o docente tinha que descobrir uma molécula que interagisse especificamente com o receptor bom, sem se relacionar com o ruim.

Após concluir essa etapa da pesquisa, o docente do ppar300IFSC-USP tem trabalhado com um receptor nuclear denominado PPAR gamma (Peroxisome Proliferator-Activated Receptor, na sigla em inglês), que regula o metabolismo de açúcares. Agora, é preciso entender como que ele funciona, já que esse receptor é um mecanismo muito complexo, que regula diversas vias metabólicas diferentes, dificultando o entendimento de qual é o seu real papel quando ativado. Depois que essa fase for concluída, a meta do docente é, de fato, desenvolver o fármaco que possa atuar no citado receptor, prevenindo os efeitos colaterais e, simultaneamente, regulando o metabolismo.

Outra vertente dessa linha de pesquisa é o chamado “re-propósito de fármaco”, processo onde se busca, entre remédios já existentes no mercado, moléculas que possam controlar o acúmulo de açúcares em nossa corrente sanguínea. Um dos pontos positivos de se trabalhar com fármacos já comercializados, como, por exemplo, a aspirina, é o fato de que eles são seguros para o uso humano, não tendo que realizar diversos exames para confirmar a qualidade e segurança da droga.

Utilizando um software desenvolvido pelo próprio Grupo de Biotecnologia Molecular do IFSC, Alessandro Nascimento fez uma triagem que apontou o fármaco Metotrexato como possível re-propósito para o receptor PPAR gamma. Após cristalizar esse receptor junto com o citado fármaco, em parceria com o Grupo de Cristalografia do IFSC-USP, Alessandro comprovou a possível interação entre a droga e o receptor. O próximo passo é realizar alguns experimentos in vivo, que pretendemos fazer em parceria com outros pesquisadores do próprio Instituto, revela o docente.

Nesse experimento in vivo, os pesquisadores tratarão dois ratos irmãos, alimentando-os com a mesma ração, porém, acrescentando o fármaco no alimento de um dos ratos, acompanhando seu ganho de peso. O que nós esperamos analisar neste teste é que, o animal que não recebeu o fármaco, e sim, a dieta calórica, ganhe peso mais rápido do que aquele que ingeriu a droga, explica ele.

Alessandro1-300Sendo assim, se essa pesquisa for concluída – e vários indícios apontam que o docente do Instituto está no caminho certo -, os indivíduos que sofrem de diabetes, e que possuem problemas para executar exercícios físicos, poderão se beneficiar desse medicamento, já que sua principal função é inibir o ganho de peso, sem os tais efeitos colaterais.

Alessandro ainda não sabe dizer quando que esse fármaco inovador poderá estar disponível no mercado, mas ele espera concluir definitivamente os testes in vitro em 2016: Não posso dizer se isso realmente resultará em benefícios nos testes in vivo, mas espero que até no início de 2016 tenhamos todos os resultados finais dos experimentos in vitro, conclui o docente.

Índices de obesidade e diabetes

O Centers for Disease Control and Prevention – CDC criou gráficos que ilustram os dados alarmantes da evolução da obesidade e diabetes entre 1994 e 2008 nos Estados Unidos. Conforme é visível na figura abaixo, em 14 anos foi possível constatar, principalmente na costa leste dos Estados Unidos, que a cada quatro habitantes norte-americanos, um possui obesidade. Também é visível o crescimento da diabetes que, apesar de avançar de forma mais tímida, tende a evoluir assim como a obesidade.

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Gráfico percentual comparativo de adultos obesos ou com diagnóstico de diabetes nos Estados Unidos entre os anos de 1994 e 2008

Isto ocorre porque, na medida em que o indivíduo começa a estocar gordura, principalmente a gordura abdominal, a sensibilidade de nosso corpo à insulina diminui. Por exemplo, quando uma pessoa é diagnosticada com diabetes tipo 2, a primeira recomendação médica é perder peso, pois sempre que alguém perde alguns quilos, a sensibilidade do organismo à insulina aumenta: Isso demonstra o motivo pelo qual ambas as doenças possuem relações tão próximas. É difícil trabalhar uma delas, sem trabalhar a outra, finaliza o Prof. Alessandro.

Prêmio

Entre os dias 9 e 12 de novembro de 2014, o Prof. Alessandro participou do 7º Simpósio Brasileiro em Química Medicinal (BrazMedChem2014), onde teve a oportunidade de avaliar a apresentação de pôsteres dos alunos e pesquisadores participantes, tendo, também, recebido o prêmio Pesquisador Jovem Talento, em reconhecimento à sua contribuição na área de química medicinal, com seus estudos envolvendo função, estrutura e modulação de receptores nucleares, tema no qual se insere a pesquisa citada nesta matéria. Organizado em Campos do Jordão, interior de São Paulo, o BrazMedChem2014 teve o objetivo de reunir cientistas brasileiros e estrangeiros que discutiram as inúmeras facetas que compõem a descoberta de novos fármacos, bem como contribuir à formação de estudantes de graduação e pós-graduação na área de química medicinal.

Além de pesquisador do Instituto de Física de São Carlos, o Prof. Dr. Alessandro Nascimento tem colaborado ativamente em iniciativas promovidas pela Unidade, nomeadamente durante a atual gestão. Entre suas diversas colaborações, o docente ocupa o lugar de Presidente da Comissão Gespública da Gestão da Qualidade e Produtividade do IFSC, consolidando, igualmente, inestimáveis colaborações na Escola de Física Contemporânea, um evento organizado anualmente pelo nosso Instituto, bem como na organização de colóquios e palestras igualmente promovidas pelo IFSC-USP.

Para acessar o trabalho do Prof. Alessandro Nascimento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

2 de dezembro de 2014

Concerto de Natal no IFSC-USP

O Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP) vai receber no dia 02 de dezembro, com início programado para as 20 horas, o último concerto de 2014 trazido pela USP – Filarmônica, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP – USP), com concertonatal250um repertório especialmente concebido para a época natalina que se aproxima e a participação de extraordinários cantores, sob a regência de José Gustavo Julião de Camargo, motivo pelo qual se denomina CONCERTO DE NATAL.

A programação iniciará com a apresentação da obra de Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Abertura: L´Isola Disabitata -, bem como a Aria Láscia ch´io pianga, da autoria de Georg Friedrich Händel (1685-1759), ambas com orquestração de Rubens Russomanno Ricciardi e com a participação da Soprano, Debora Ramos Peyneau.

Por sua vez, Antônio Carlos Gomes (1836-1896) será igualmente recordado, através das obras La preghiera dell’orfano e Canta Ancor, com orquestração de Fernando Emboaba, seguindo-se breves concertonatal200retrospectivas das obras de Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Melodia Sentimental (poema de Dora Vasconcelos) – e de Claudio Franco de Sá Santoro (1919-1989) – Acalanto da rosa (poema de Vinicius de Moraes), com orquestração de Rubens Russomanno Ricciardi, com a participação especial da Soprano Karen Stephanie.

Logo em seguida, a Cantora Vania Lucas interpretará os temas Água de beber (poema de Vinicius de Moraes) e Só tinha de ser com você (poema de Aloysio de Oliveira), da autoria de Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (1927-1994), com orquestração de Mário Feres.

Por último, novamente com orquestração de Rubens Russomanno Ricciardi, a USP – Filarmônica interpretará a Valsa das Bruxas (Suite de Hallowenn Op.2), de Vitor Zafer (1989); Reflexões, de Fernando Emboaba (1988); e Abertura Clássica, de Rafael Fortaleza (1989).

Este evento cultural insere-se nas Comemorações do 80º Aniversário da USP e no 20º Aniversário do IFSC-USP.

As entradas são gratuitas e não carecem de convite.

Assessoria de Comunicação

2 de dezembro de 2014

Concerto de Natal no IFSC-USP

O Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP) vai receber no dia 02 de dezembro, com início programado para as 20h30, o último concerto de 2014 trazido pela USP – Filarmônica, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP – USP), com um repertório especialmente concebido para a época natalina que se aproxima e a participação de extraordinários cantores.

Serão apresentadas obras de Franz Joseph Haydn (1732-1809), Georg Friedrich Händel (1685-1759), Antônio Carlos Gomes (1836-1896), Heitor Villa-Lobos (1887-1959), Claudio Franco de Sá Santoro (1919-1989), Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (1927-1994), Vitor Zafer (1989), Fernando Emboaba (1988) e de Rafael Fortaleza (1989).

Sob a regência de José Gustavo Julião de Camargo, as obras apresentadas contam com orquestrações de Rubens Russomanno Ricciardi, Fernando Emboaba e Mário Feres, e a participação das sopranos, Debora Ramos Peyneau, Karen Stephanie e da cantora Vania Lucas.

Com entradas gratuitas, este evento cultural insere-se nas Comemorações do 80º Aniversário da USP e no 20º Aniversário do IFSC-USP.

Assessoria de Comunicação

2 de dezembro de 2014

O sucesso dos cursos online (MOOC) de física do IFSC-USP

Tem registrado um grande sucesso os cursos online abertos de física do IFSC-USP – usualmente conhecidos por MOOC – do inglês Massive Open Online Course -, nomeadamente nas áreas de Eletromagnetismo e Física Básica, sob a responsabilidade do docente e pesquisador de nosso Instituto, Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, que salienta o fato desse cursos abertos constituírem uma forma de disseminar a qualidade USP em todos os níveis: Mesmo aqueles que não são alunos da Universidade, podem usufruir destes cursos, afinal somos pagos por todos – alunos e não alunos da USP.

Através dos resultados apresentados pelos relatórios de acesso e participação nos referidos cursos (que abaixo se disponibilizam), é fácil observar que eles atingem milhares de pessoas, de diversas classes – alunos, ex-alunos e mesmo os pré-universitários, o que demonstra que esses cursos não mais estão restritos aqueles que frequentam as salas de aulas, extrapolando, assim, esse conceito. Se temos a missão de educar mais, sem gastar mais, os cursos abertos e à distância certamente são uma forma de atingir essas metas e eles são um tipo de vitrine para aqueles que querem ser alunos oficiais de nossa Universidade, salienta Bagnato, que acrescenta: A USP, de um modo geral, está atrasada no uso das disciplinas semi ou não presenciais em seu elenco. Temos que entender que as aulas tradicionais nem sempre são as mais eficientes nos dias atuais, sendo que uma combinação inteligente de aulas, com desafios, trabalhos em grupo e aulas tradicionais podem ser a melhor opção. O importante é sempre manter a qualidade e o aluno motivado em tudo, conclui o docente.

Confira, clicando nas imagens abaixo, os resultados dos relatórios referentes às participações nos Cursos de Eletromagnetismo e Física Básica, do IFSC-USP.

MOOC_Relatrio_Fsica_Bsica_Outubro1

MOOC_Relatrio_Eletromagnetismo_Outubro1

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação

2 de dezembro de 2014

50 mil teses e dissertações online

Falta muito pouco para que a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade de São Paulo (BDTD-USP) alcance a significativa marca de 50.000 teses e dissertações online, comprovando o sucesso da iniciativa e consolidando o esforço conjunto da instituição em prol do acesso universal ao conhecimento, cabendo destacar, nesse processo, a importante participação das equipes do SIBiUSP e do Escritório Regional do Departamento de Tecnologia da Informação de São Carlos, para tornar a BDTD reconhecida e valorizada pela comunidade científica.

Da mesma forma, em relação à disponibilização das Teses e Dissertações referentes ao Instituto de Física de São Carlos, a equipe da biblioteca de nossa Unidade, em parceria com a Comissão de Pós-Graduação (CPG) e a equipe da Seção de Pós-Graduação do IFSC, tem, também, uma parcela significativa nesse grande sucesso.

Para conferir as teses e dissertações online, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

2 de dezembro de 2014

Docente da Bangor University fala sobre transistores orgânicos

David250Através do Grupo de Polímeros do Instituto de Física de São Carlos, o Prof. David Martin Taylor, da School of Electronic Engineering, da Bangor University, Reino Unido, apresentou, na tarde do dia 1º de dezembro, a palestra Vacuum-processing: the route to the roll-to-roll production of organic electronic circuits, onde discursou sobre o desempenho de transistores orgânicos de fina película (OTFTs, na sigla em inglês), tendo, também, analisado os avanços realizados nos processos de fabricação e produção de circuitos eletrônicos orgânicos.

O Prof. David possui bacharelado e pós-doutorado pela University of Wales, Reino Unido, onde exerceu o cargo de chefia da School of Informatics durante seis anos, tendo incorporado as disciplinas de Engenharia Eletrônica, Ciência da Computação e Matemática. Além disso, o docente atuou durante três anos como decano na Faculty of Science and Engineering, também da University of Wales. Atualmente, o Prof. David Martin trabalha em colaboração com as universidades de Oxford e Manchester.

Assessoria de Comunicação

2 de dezembro de 2014

Cerimônia de Colação de Grau no IFSC-USP

COLACAO_GRAU200O próximo dia 15 de dezembro irá ficar marcado, no Instituto de Física de São Carlos, por mais uma Sessão Solene de Colação de Grau, cerimônia que ocorrerá no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas, a partir das 10 horas.

Cinquenta e oito alunos irão receber seus certificados, sob os olhares orgulhosos de familiares e mestres que habitualmente fazem questão de assistir a esse momento especial, e perante o Diretor do Instituto de Física de São Carlos, Prof. Dr. Tito José Bonagamba – que presidirá à sessão, e de outros convidados especiais; professores Luís Gustavo Marcassa (Presidente da Comissão de Graduação do IFSC-USP), Miriam Cardoso Utsumi (Coordenadora da Comissão COLAO_DE_GRAU_2013_-_2-300Coordenadora do Curso Interunidades Licenciatura em Ciências Exatas e docente do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação – ICMC-USP) e, ainda, dos professores Leonardo Paulo Maia (IFSC-USP) e André Luiz Meleiro Porto, do Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP), escolhidos como paraninfos das turmas dos formandos.

Em foco estarão os formandos da 22ª Turma do Curso de Bacharelado em Física, da 6ª Turma do Curso de Bacharelado em Física Computacional, da 6ª Turma do Curso de Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares, todas pertencentes ao IFSC-USP e, ainda, da 19ª Turma do Cursos Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, do Instituto de Física de São Carlos, Instituto de Química de São Carlos e do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, da Universidade de São Paulo.

(Foto Arquivo IFSC-USP: Colação de Grau – 18/12/2013)

Assessoria de Comunicação

1 de dezembro de 2014

Seis vagas em instituições de ensino superior canadenses

Encontram-se abertas até o dia 30 de janeiro de 2015 as inscrições para o Edital 459/2014 – CRUB-CREPUQ, que oferece 06 (seis) vagas em instituições de ensino superior canadenses conveniadas com a USP, para intercâmbio durante o segundo semestre do próximo ano.

As consultas ao edital e inscrições devem ser feitas pelo Sistema Mundus, na área de acesso público. Não é necessário fazer login no sistema.

Para respostas a dúvidas frequentes, consulte o FAQ de Editais da Agência USP Internacional.

Outras dúvidas deverão ser encaminhadas à equipe de Mobilidade Acadêmica por meio do Fale Conosco do Sistema Mundus (CLIQUE AQUI).

Assessoria de Comunicação

1 de dezembro de 2014

A rotina no Conjunto Didático da Área II

Em 4 de novembro de 2005, a Universidade de São Paulo (USP) ganhou um novo espaço. Nessa data, o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, esteve em São Carlos para inaugurar a área II do campus da USP São Carlos abrigada em 102,4 hectares no bairro Santa Angelina.

Conjunto_didaticoDurante os últimos nove anos, diversas instalações foram feitas na nova área, incluindo o prédio do Conjunto Didático, local onde estão localizados diversos laboratórios de pesquisa e salas de aula frequentados por alunos de todos os cursos de graduação e pós-graduação da USP São Carlos.

Também durante este tempo, houve uma “migração temática” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), ou seja, a maior parte dos docentes e alunos da área de Ciências Físicas e Biomoleculares (CFBio), especificamente do Grupo de Cristalografia e do Grupo de Biofísica, tiveram suas atividades transferidas para o local.

Porém, o Conjunto Didático, além de atender aos alunos do IFSC, recebe também estudantes dos outros cursos do campus II, especialmente da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) e Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP).

Infraestrutura para todos os cursos

Já é comum alunos de todos os cursos do campus I frequentarem aulas teóricas e práticas nos Laboratórios de Ensino de Física (LEF), localizados na área I do campus. No Conjunto Didático isso não é diferente: engenheiros, matemáticos e químicos passam parte de seu tempo tendo aulas nos Laboratórios de Física I, II e III da área II. Os laboratórios de física da área II são mais amplos do que aqueles localizados na área I, mas possuem infraestrutura muito semelhante. Ambos contam com grande quantidade de equipamentos, construídos, em sua maioria, pelos funcionários da Oficina Mecânica do IFSC.

O Laboratório de Física III teve seu piso reformado recentemente para melhor adaptação das bancadas (cerca de 15 em cada um dos laboratórios). Além disso, como são realizados experimentos relacionados à eletricidade e eletromagnetismo, os fios elétricos foram embutidos nas bancadas, e as estruturas de ferro foram colocadas na parte de baixo, para não interferir nos experimentos.

De acordo com o técnico do LEF, Amauri Gentil, as aulas na área II são realizadas de segunda à quinta-feira, e alunos dos cursos da área I revezam-se entre os laboratórios das duas áreas, dependendo da disponibilidade. “Temos frequentadores de todos os cursos, mas principalmente daqueles que fazem parte dos cursos que já migraram totalmente para cá”, conta.

Conjunto_didtico-3O educador do IFSC, Herbert Alexandre João, alocado na área I, conta que os Laboratórios de Física I, II e III no prédio dos LEF foram mantidos, sendo que ainda existem dois laboratórios a mais: o de Física IV e o Laboratório Avançado de Física. Porém, ele conta que o diferencial dos laboratórios da área II são os equipamentos. “Em razão da duplicação dos equipamentos para serem trazidos à área II, todos os experimentos precisaram ser reconstruídos, o que implicou em melhoramentos e inovações dos mesmos”, diz.

Integração entre as duas áreas

Mesmo com inovações e uma infraestrutura bem construída, ainda é relativamente pequeno o número de frequentadores da área II da USP São Carlos. Porém, em breve, haverá a finalização do prédio do IFSC, e a partir disso também migrará para área II o Grupo de Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos (CCMC- IFSC/USP), além da migração integral do Grupo de Cristalografia.

Já existem outras obras em andamento que afetam diretamente o IFSC: o prédio do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), o prédio do Polo Temático em Energias Renováveis e Ambiente (Polo TerRA) e o prédio do Grupo de Ressonância Magnética. “O espaço deixado no IFSC por aqueles que já migraram para área II já foi plenamente ocupado, porém sobre os outros espaços que serão liberados quando todas essas obras forem concluídas é uma discussão posterior”, conta o docente e diretor do IFSC, Tito José Bonagamba.

Uma das preocupações de Tito diz respeito à integração entre os frequentadores das duas áreas. Distantes 4,3 kilômetros da área I, alunos e docentes da área II, atualmente, ficam isolados. Tito diz que uma das áreas de integração é, justamente, o Conjunto Didático. “Docentes que ministram aulas nesse espaço têm a oportunidade de conhecer melhor a área. O espaço do CFBio, por exemplo, é muito agradável! Mas, nem mesmo a interação entre o CFBio e o Conjunto Didático ainda ocorre da maneira que gostaríamos”, lamenta.

Conjunto_didtico-5Para remediar esse fato, uma das ideias de Tito é incentivar a realização de mais eventos na nova área, como, por exemplo, edições dos colóquios e seminários que ocorrem semanalmente no Instituto. Ele conta também que, em breve, o Centro de Convenções será inaugurado e abrigará cerca de oito salas de aula, que serão comuns a todos os cursos. Ele acredita que essas salas serão facilitadoras da integração desejada.

Em alguns anos, a conclusão das obras relacionadas ao IFSC e a outras Unidades da área I influenciarão no quesito integração. Mas, não é preciso que isso ocorra plenamente para que as duas áreas sejam mais integradas. Como tudo, depende da vontade de cada um. E na área II os portões estão abertos e as boas vindas são dadas tanto à comunidade USP quanto à comunidade em geral.

Assessoria de Comunicação

28 de novembro de 2014

Homenagem ao Professor Mahir S. Hussein (USP)

Realiza-se no período da manhã do dia 1º de dezembro, no Auditório “Adma Jafet”, no Instituto de Física da USP – Cidade Universitária, um Simpósio de Física em homenagem ao 70º aniversário do professor Mahir Hussein, que se aposentou em 2007.

O professor teve papel de destaque na formação de físicos nucleares e manteve colaborações com físicos nucleares experimentais, tendo publicado mais de 320 artigos ao longo de sua carreira.

Dez professores convidados farão apresentações durante o evento, entre eles o docente e pesquisador do IFSC-USP, Prof. Vanderlei Bagnato, do Instituto de Física de São Carlos, Luiz Carlos Chamon (IFUSP) e Brett Carlson (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).

Para obter mais informações sobre este evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

28 de novembro de 2014

Que fóton é esse?

Katiuscia250Através do Colloquium diei, o Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP) recebeu, na manhã do dia 28 de novembro, a Profa. Dra. Katiuscia Nadyne Cassemiro, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que ministrou a palestra Que fóton é esse?.

A luz pode se apresentar em diversos estados quânticos. Mesmo que tomemos o estado mais simples possível, ou seja, de um único fóton, uma rica estrutura continua disponível. Este fóton, por exemplo, pode possuir um “pacote de ondas” contendo a superposição de muitas frequências. Em seu colóquio, Katiuscia falou sobre a manipulação coerente desse pacote que, assim como a determinação precisa do estado quântico da luz, é crucial para o desenvolvimento de aplicações em comunicação e informação quântica.

A Profa. Dra. Katiuscia, que atua na área de física, com ênfase em Ótica Quântica, é docente da UFPE desde outubro de 2011. Ela possui doutorado em física pela USP e pós-doutorado pelo Max Planck Institute for the Science of Light, Erlangen, Baviera, Alemanha.

Assessoria de Comunicação

28 de novembro de 2014

“Ciência hoje” publica matéria em homenagem à Yvonne Mascarenhas

Em matéria publicada no dia 25 de novembro em seu site na internet, a revista Ciência Hoje destacou o importante papel da docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Yvonne Primerano Mascarenhas.

Yvonne_MascarenhasTraçando um breve histórico sobre a USP de São Carlos, em 14 parágrafos, a jornalista Vera Rita da Costa narrou as principais contribuições de Yvonne para o desenvolvimento científico de São Carlos, e descreveu brevemente parte da construção da carreira da docente que “pôde contar com a disposição e a competência de técnicos, colegas pesquisadores e alunos para construir e consolidar uma brilhante carreira profissional em física, que hoje merecidamente lhe confere o título de pioneira da cristalografia moderna em nosso país”.

No final da matéria, é inserida uma pequena entrevista com Yvonne, na qual são mencionadas também suas contribuições para divulgação científica.

Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

27 de novembro de 2014

Pesquisadora do Reino Unido aborda estudo quantitativo

Louise300Ocorreu na tarde do dia 27 de novembro, no Anfiteatro Prof. Horacio C. Panepucci (IFSC-USP), mais uma palestra organizada pelo Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos, desta vez, com a Dra. Louise Campbell, da University of St. Andrews, Escócia, Reino Unido, que apresentou o seminário A Quantitative Study of In Vivo Protoporphyrin IX Fluorescence During Build up.

A terapia fotodinâmica (PDT, na sigla em inglês) baseia-se na interação entre luz, oxigênio e um produto químico fotossensível: o Protoporfirina IX (PpIX). Assim, Louise dissertou sobre o estudo que está sendo realizado no Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, São Paulo, onde o acúmulo de PpIX em diferentes lesões de pele é medido utilizando sinais de fluorescência produzida pela droga. A pesquisa deverá render mais compreensão da cinética e dinâmica do processo realizado no tratamento do PDT, além de gerar modelos computacionais mais precisos. Ainda de acordo com Louise, os primeiros resultados obtidos em seus estudos indicam que o PpIX acumula-se na lesão linearmente com o tempo durante as 3 horas de tratamento oclusivo.

A Dra. Louise possui mestrado em física pela University of St. Andrews. Atualmente, é aluna de pós-doutorado da mesma universidade, onde tem trabalhado em colaboração com a citada universidade e o Ninewells Hospital in Dundee, Escócia, considerado o maior hospital de ensino da Europa.

Assessoria de Comunicação

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