Notícias

4 de maio de 2015

Phases and phase transistions in disordered quantum system

Iniciou-se na manhã do dia 04 de maio, na sala 18 do bloco F2 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o minicurso Phases and phase transistions in disordered quantum system, onde o Prof. Thomas Vojta, do Departamento de Física da Missouri University of Science and Technology (Missouri S&T), Estados Unidos, falou sobre a fase de transições clássicas e quânticas, tendo explorado o mapeamento da transição quântica à clássica. O evento continuará durante os dias 06, 11, 13 e 15 deste mês.

Na sequência da primeira THOMAS_VOJTA_350parte deste minicurso, que é voltado a não especialistas, outras edições ocorrerão com a participação de Thomas Vojta, que introduzirá importantes conceitos básicos sobre transições de fase em sistemas desordenados, grupos de renormalização de desordem, transições de fase Smeared, entre outros tópicos.

O Prof. Thomas trabalha com matéria condensada e física estatística, e investiga o comportamento de longo prazo e de grande distância de sistemas quânticos com elevados graus de liberdade, utilizando a teoria quântica de campo, bem como simulações numéricas. O docente tem experiência em quântica e transições de fase clássica, comportamento crítico, magnetismo, supercondutividade e transporte de materiais desordenados.

Além do Departamento de Física, a Missouri S&T congrega os departamentos de Engenharia Aeroespacial; Estudos Aeroespaciais; Artes, Letras e Filosofia; Ciências Biológicas; Negócios e Tecnologia da Informação; Engenharia Química e Bioquímica; Química; Engenharia Civil, Arquitetura e Meio Ambiente; Ciência da Computação; Economia; Engenharia Eletrotécnica e de Computadores; Engenharia de Gestão e Engenharia de Sistemas; Inglês Técnico e Comunicação; Geociências e Geologia e Engenharia de Petróleo; História e Ciência Política; Engenharia de Manufatura; Ciência dos Materiais e Engenharia; Matemática e Estatística; Mecânica e Aeroespacial; Mecânica; Ciência Militar; Mineração e Engenharia Nuclear; e Ciência Psicológica.

Para mais informações sobre o minicurso, confira o pôster do evento AQUI, ou envie um e-mail para hoyos@ifsc.usp.br

Assessoria de Comunicação

4 de maio de 2015

Escola Brasileira de Espectroscopia de Absorção de Raios-X

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Entre os dias 30 de março e 2 de abril, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realizou a 1ª edição da Escola Brasileira de Espectroscopia de Absorção de Raios-X (EBARX), um evento que reuniu alunos de graduação, pós-graduação, pós-doutorado e pesquisadores com experiência no uso da referida técnica. Ao longo dos quatro dias, a Escola apresentou uma visão completa dos princípios físicos, coleta e análise de dados referentes a citada técnica.

O Prof. Valmor Roberto Mastelaro, docente do Grupo de Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos do IFSC/USP e um dos principais organizadores da Escola, explica que, atualmente, os dados obtidos pela técnica são coletados no Laboratório Nacional de Luz Sincrotron (LNLS/CNPEM), em Campinas, interior de São Paulo. A análise destes dados não é simples, o que dificulta o aproveitamento rápido dos resultados pelos pesquisadores. Daí a necessidade de ter realizado tal evento, que, de acordo com o docente, recebeu mais de 70 inscrições para 40 vagas. Apesar do grande número de usuários dessa técnica, poucos pesquisadores têm experiência na interpretação dos resultados, afirma Mastelaro.

Devido a esse gargalo, a Escola VALMOR_350_EBARXfoi uma oportunidade para que estudantes e pesquisadores conhecessem ainda mais a vertente teórica da técnica, bem como os aspectos físicos envolvidos na sua utilização. Além disso, o curso trouxe, em sua programação, aulas práticas, onde os quarenta participantes tiveram a oportunidade de utilizar os programas de análise de dados mais avançados existentes atualmente. Nós temos uma deficiência muito grande na abordagem desse assunto no Brasil. Existem poucos cursos voltados a esse tema e que dificilmente trazem pesquisadores importantes, como alguns dos palestrantes que participaram da EBARX, diz ele.

O sucesso desta primeira edição foi tão satisfatório, que o docente do IFSC/USP revela que a ideia agora é tornar a EBARX um evento anual e itinerante, percorrendo diferentes regiões brasileiras. Contudo, para que isso se torne realidade, é necessário que outros pesquisadores contribuam para que o curso tenha futuras edições, permitindo que estudantes e pesquisadores dos vários estados do Brasil tenham acesso ao conhecimento da técnica de absorção de Raios-X. No segundo semestre deste ano, deveremos discutir a possibilidade de organizar a segunda edição da Escola, conclui Valmor.

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Participantes da 1ª edição da EBARX

A programação deste primeiro evento integrou as aulas e palestras ministradas pelos seguintes especialistas: Fernando Vila (University of Washington – EUA), Anatoly Frenkel (Yeshiva University – EUA), Valmor Mastelaro (IFSC/USP – Brasil), Rogério Junqueira (Universidade Federal do Mato Grosso – Brasil) e Santiago Figueroa (CNPEM/LNLS – Brasil).

(Foto do grupo: CCMC)

Assessoria de Comunicação

4 de maio de 2015

Ações para promoção do desenvolvimento tecnológico da cidade

O Diretor do IFSC/USP, Prof. Dr. Tito José Bonagamba, e o Prof. Dr. Glaucius Oliva, docente e pesquisador de nosso Instituto – ainda no âmbito de suas funções como Presidente do CNPq – participaram de um encontro que ocorreu no gabinete do vice-governador, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, comsaocarlos175 a presença  do Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, Márcio França, uma reunião que teve o objetivo de aproximar o Estado com os atores que intervirão nas próximas ações tecnológicas que serão desenvolvidas no município, como a inauguração do Centro de Ciência, Inovação e Tecnologia em Saúde de São Carlos (Citesc), a implantação de um novo polo de inovação conduzido pela Universidade de São Paulo e a abertura da Octobertech.

Os docentes do IFSC/USP estiveram acompanhados pelo Prefeito da cidade de São Carlos, Paulo Altomani, o Secretário Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, Luis Antonio Panone, o presidente do Instituto Inova, José Octavio Armani Paschoal e o Prof. Dr. Sérgio Persival Baroncini Proença, do Departamento de Engenharia de Estruturas da USP.

Na opinião de Luis Antonio Panone foi uma visita produtiva, mostramos para o Governo do Estado que São Carlos tem um diferencial e uma aproximação muito grande entre a academia, a iniciativa privada e o poder público; essa conjugação de forças do Instituto Inova, da Universidade de São Paulo e da Prefeitura do Município, traduz uma nova realidade na questão da ciência, tecnologia e inovação.

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Durante a visita, foi apresentada ao vice-governador a planta do Parque Eco Tecnológico Damha São Carlos, que visa criar, ampliar e aprimorar oportunidades de investimento e negócios envolvendo novas tecnologias, estimulando a sinergia entre universidades, institutos de pesquisa e empresas no município, e também, um convite para a abertura da Octobertech, evento que será retomado neste ano, reforçando a identidade da cidade de São Carlos como a capital da Tecnologia.

Ainda no palácio dos Bandeirantes, o Governador Geraldo Alckmin tomou ciência da participação das universidades na vida da cidade, em que o conhecimento, a ciência e a tecnologia estão extremamente ligados. Só teremos uma autossustentação, se transformarmos o conhecimento tecnológico em geração de empregos, renda e impostos. É importe a visão dos professores presentes, do nosso secretário Panone, do Márcio França e também do Alckmin, em unir cada vez mais a academia com políticas administrativas, executivas e legislativas do país para que isso aconteça, salientou Paulo Altomani.

(Com informações e foto da Prefeitura Municipal de São Carlos)

Assessoria de Comunicação

3 de maio de 2015

Alunos da USP – São Carlos ajudam a mapear áreas

Pesquisadores da USP – Campus de São Carlos, em parceria com colegas da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, criaram um novo sistema de logística que ajuda as vítimas do terremoto de Katmandu, no Nepal, mapeando as áreas afetadas pela catástrofe e facilitando a movimentação das equipes de ajuda humanitária e de resgate.

Tendo como base os dados da rede de mapeamento OpenStreetMap, diversos voluntários já estão trabalhando nesse novo sistema desenvolvido por ambas as universidades, através da Internet, atualizando as informações que chegam, sendo que cada voluntário fica responsável por um pequeno espaço do mapa, o correspondente a cerca de uma área de um quilômetro quadrado, e, pelas imagens de satélite, consegue identificar casas, prédios e ruas, facilitando o trabalho das equipes que se encontram no local.

Segundo informações do site G-1, mais de 3 mil voluntários do mundo todo colaboram por meio da mesma ferramenta, sendo que mais de 2 mil são novos usuários que passaram a usar a rede especificamente para ajudar as vítimas do Nepal.

Com base nos dados do programa de mapeamento, com ele é possível traçar rotas entre um ponto e outro e, se no caminho houver uma ponte quebrada ou uma estrada interditada, apresentar uma rota alternativa.

Em declarações ao citado site, o Prof. Dr. João Porto de Albuquerque, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), sublinhou que Sem a informação dos mapas atualizados e detalhados, as equipes teriam que tomar decisões muito mais difíceis. Essas informações precisas ajudam principalmente nas decisões logísticas de, por exemplo, abastecimento, mantimentos para refugiados ou para pessoas que estão precisando de assistência médica. Saber onde está isso distribuído geograficamente no mapa e como chegar a esses locais com necessidade de atenção é uma das grandes vantagens que esses mapas digitais proporcionam.

(Com informações do G-1)

Assessoria de Comunicação

1 de maio de 2015

Concerto com USP-Filarmônica

Uma vez mais, o Teatro Municipal de São Carlos lotou sua capacidade em mais uma extraordinária apresentação da USP-Filarmônica , no âmbito da parceria Concertos USP / Prefeitura Municipal de São Carlos, um concerto que ocorreu na noite de 29 de abril.

Sob a regência do maestro José Gustavo Julião de Camargo, a USP- Filarmônica apresentou um repertório clássico, com a participação de cinco extraordinários jovens solistas, emanados da própria orquestra.

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Assim, Lincon Mendes (contrabaixo) destacou-se na interpretação do Concerto nº 2 em Si menor para Contrabaixo e Orquestra – I e Allegro, obra de Giovanni Bottesini (1821-1889), enquanto Igor Picchi Toledo (clarinete) contagiou o público na interpretação do Concerto para Clarinete em A maior, K 622 (I Allegro – (II) Adagio e (III) Rondó), de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791).

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Por seu turno, Ladson Bruno Mendes (violoncelo) colocou toda sua técnica, inspiração e sensibilidade na interpretação do Concerto em mi menor para Violoncelo e Orquestra, Opus 85 (I – Adagio; Moderato), de Edward William Elgar (1857-1934). Por último, destaque para a impressionante interpretação dos solistas Anderson Oliveira (violino), Ladson Bruno Mendes (violoncelo) e Gladys Pádua (piano), no Concerto para violino, violoncelo e piano em Dó Maior, Opus 56 (I – Allegro), de Ludwig van Beethoven (1770-1827).

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Este concerto teve os apoios da Prefeitura Municipal de São Carlos, por intermédio da Coordenadoria de Artes e Cultura, na pessoa de seu coordenador, Roberto Mori, do Reitor e Vice – Reitor da USP, nomeadamente os Profs. Drs. Marco Antonio Zago e Vahan Agopyan, dos Pró – Reitores de Graduação, Pós-Graduação, Pesquisa, Cultura e Extensão Universitária, Profs. Drs. Antonio Carlos Hernandes, Bernadette de Melo Franco, José Eduardo Krieger e Maria Arminda Arruda, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), nas pessoas de seu Diretor, Prof. Dr. Tito José Bonagamba e do Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, Presidente da Comissão de Cultura e Extensão de nosso Instituto, do Grupo Coordenador de Cultura e Extensão do Campus USP de São Carlos, na pessoa de seu Presidente, Prof. Dr. João Marcos de Almeida Lopes, da Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP), na pessoa de seu Diretor, Prof. Dr. Fernando Luis Medina Mantelatto, do Departamento de Música da FFCLRP-USP, na pessoa de seu chefe e curador, Prof. Dr. Rubens Russomanno Ricciardi, e do Núcleo de Pesquisa, Ciências da Performance e Música da FFCLRP-USP.

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O próximo evento cultural inserido na parceria “Concertos USP Filarmônica / Prefeitura Municipal de São Carlos”, que ocorrerá no Teatro Municipal de São Carlos, realiza-se no dia 27 de maio, cuja programação será divulgada em breve.

Assessoria de Comunicação

30 de abril de 2015

O link dos estudos mais antigos da física com nossa vida diária

Já há algum tempo, o interesse da população mundial por assuntos relacionados à Ciência e Tecnologia (C&T) tem aumentado significativamente, especialmente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) quando projetos tecnológicos ambiciosos e polêmicos foram colocados em prática.

No Brasil, esse cenário não foi diferente: pesquisa recente, realizada em 2010 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)*, aponta que aumentou 24% o número de interessados em assuntos relacionados à C&T entre 2006 e 2010. Outra pesquisa**, esta de autoria do Datafolha, afirma que 63% de 3.217 entrevistados têm algum interesse por C&T, e que a profissão de cientista é a terceira mais admirada pela população, ficando atrás somente de professor e médico.

Mesmo com números tão otimistas, a quantidade de pessoas que, de fato, informa-se sobre C&T através, por exemplo, da leitura de notícias ou na participação de eventos com temática científica, ainda é inexpressiva no país, e uma das razões apontada por especialistas é a incapacidade de conexão que elas fazem destes assuntos ao seu cotidiano. Mero engano, já que grande parte daquilo que temos ao nosso redor é o resultado de pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento.

Para comprovar esse fato, abaixo seguem alguns exemplos de processos e produtos que resultaram de pesquisas na área de exatas, mais especificamente da física. Parte de uma infinidade de inventos, os produtos descritos abaixo vêm para provar que a ciência tem mais a ver com nosso dia a dia do que podemos imaginar e, mais do que isso, para mostrar que qualquer pessoa pode se aventurar no mundo da ciência, que nada mais é do que uma construção de saberes acessível a todos que, realmente, estejam dispostos a conhecê-la.

Computadores melhores

Mesmo que você nunca tenha ouvido falar de magnetorresistência gigante (MRG), saiba que esse estudo, resultado de trabalhos independentes dos físicos Albert Fert (França) e Peter Gruenberg (Alemanha), aprimorou significativamente o hardware dos computadores que utilizamos.

Magnetorresistencia_giganteFoi graças à magnetorresistência gigante, através da qual, em um sistema de camadas magnéticas e não magnéticas, a alteração da direção da magnetização em uma das camadas magnéticas altera a resistência elétrica do sistema como um todo. Graças a ela é que os discos rígidos dos computadores puderam ser miniaturizados, aumentando a capacidade de armazenamento de dados dos computadores atuais. “A empresa responsável por isso foi a IBM. Quando os HDs ultrapassaram a capacidade de 1Gb, a MRG foi o fenômeno que permitiu a redução desse componente”, conta o docente do Grupo de Física Computacional do Instituto de Física de São Carlos (GFC-IFSC/USP), Guilherme Sipahi.

Por esse trabalho, Fert e Gruenberg ganharam o Nobel de Física de 2007.

Diagnósticos de ponta

Em 1937, quando o físico estadunidense Isidor Isaac Rabi apresentou um artigo na Physical Review 51 falando sobre uma nova técnica para medir momentos magnéticos nucleares, certamente não imaginou que a Ressonância Magnética Nuclear (RMN) faria tanto sucesso e teria uma aplicação tão ampla. Pois foi o que aconteceu.

Hospital_EscolaDos primeiros estudos da técnica até sua aplicação no diagnóstico de doenças, passaram-se cerca de quatro décadas. Atualmente, a aplicação mais conhecida é na área médica, para a detecção das mais variadas enfermidades, como tumores cancerígenos, Acidente Vascular Cerebral (AVC), esclerose múltipla etc. “Hoje, os aparelhos de RMN podem ser encontrados em, praticamente, todos os hospitais do mundo”, afirma o docente do Grupo de Ressonância Magnética (RMN) do IFSC, Hellmut Eckert.

Porém, a RMN também pode ser utilizada na química, física, biologia, agricultura e até mesmo em informação quântica, para o desenvolvimento e aprimoramento do computador quântico.

O Hospital Escola de São Carlos (SP) “Professor Horácio Panepucci” é uma homenagem ao docente do IFSC, falecido em 2004. Panepucci foi um dos grandes pesquisadores de RMN por imagem e trouxe diversas contribuições para estudos na área, sendo responsável, inclusive, por desenvolver, aprimorar e manter um equipamento de RMN no IFSC durante um ano, período no qual foram atendidos mais de dois mil pacientes encaminhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O compacto para o mundo eletrônico

Se hoje você tem um televisor muito mais fino e leve do os primeiros que foram inventados, agradeça aos estudiosos de física da matéria condensada. Tudo começou nos laboratórios da Bell Telephone, pouco depois da Segunda Guerra Mundial, quando seus pesquisadores buscavam uma solução para substituir as válvulas termoiônicas usadas nos sistemas telefônicos da época.

Bell_TelephoneEm 1947 foi então criado o transistor, dispositivo eletrônico que controla a passagem de corrente elétrica. “O desenvolvimento do transistor dependeu do entendimento de como os elétrons se comportam dentro de um material semicondutor, e foi o físico teórico John Bardeen quem entendeu os mecanismos fundamentais que os elétrons precisavam realizar dentro dessas estruturas para controlar sua passagem”, explica o docente do Grupo de Física Teórica (GFT) do IFSC, Rodrigo Gonçalves Pereira.

Essa foi, sem dúvidas, uma história de sucesso na física teórica, já que televisões, telefones e, inclusive, computadores precisam dos transistores para que a quantidade certa de elétrons chegue até eles e permita-lhes um funcionamento correto, proporcionando-nos o que há de melhor nesses aparelhos sem os quais não conseguimos mais viver hoje em dia.

Mais luz, menos gasto

Considerada a maior revolução na iluminação desde a invenção da lâmpada elétrica, o LED azul foi o resultado de estudos realizados pelos japoneses Isamu Akasaki e Hiroshi Amano e Shuji Nakamura e já faz parte de muitos lares mundiais.

LEDO estudo oriental se baseou no fenômeno da emissão de luz pela passagem de corrente elétrica por um material semicondutor, processo bem diferente das lâmpadas (até então) tradicionais, que utilizam filamentos metálicos aquecidos, descargas de gases e outros expedientes para produção de luz. “O Nobel de 2014 foi dado aos inventores dos LEDs azuis, apresentado em 1994. Esses LEDs deram origem a uma nova geração de LEDs com frequências mais altas [azul a ultravioleta] e, em particular, ao LED branco, que só é dessa cor porque alia um LED azul a uma camada de fósforo que emite luz na região do amarelo e faz com que o efeito final seja uma luz branca”, explica Guilherme Sipahi.

Dentre as vantagens da luz de LED estão maior vida útil, mais iluminação com menos consumo, além de ser ecologicamente correta, já que não possui mercúrio ou qualquer elemento danoso à natureza. Nobel bem merecido, sim?

Torres de celular, dengue e Wall Street

A prova de que o físico é capaz de contribuir de forma surpreendente em áreas aparentemente fora do seu escopo é a física estatística, que, basicamente, descreve o funcionamento do mundo macrofísico tendo como base o que acontece no micro. “Não sabemos combinar informações de cada um dos elementos [moléculas e átomos] que formam um material para entender o todo, portanto tentamos descobrir leis de comportamentos médios”, explica o docente do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada (FCIA) do IFSC, Leonardo Paulo Maia.

Wall_StreetUma possibilidade de aplicação de física estatística é na instalação de torres para cobertura de telefonia móvel. A parte estratégica desse trabalho, desenvolvida na maioria das vezes por engenheiros, é a distribuição dessas torres de tal maneira que não se necessite de grande quantidade delas- já que o gasto financeiro seria muito grande- e que a cobertura do sinal não seja comprometida. “Na engenharia e matemática aplicadas, são formuladas as chamadas técnicas de otimização estocástica, e os físicos estatísticos poderiam atuar nessa direção, pois cotidianamente utilizam técnicas análogas, embora com outras finalidades”, explica Leonardo.

Outra aplicação famosa e “pomposa” é a modelagem de finanças, tarefa que cabe ao econofísico realizar. “Muitos estadunidenses optam pelo curso de física para aprender a utilizar ferramentas de mecânica quântica e física estatística para aplicá-las em Wall Street“, conta Leonardo.

Sendo “mapeamento” uma das palavras-chave na física estatística, sua utilidade pode ser extrapolada para diversas situações, inclusive epidêmicas. Dessa forma, ela pode ser útil para localizar focos de mosquitos da dengue, por exemplo. “Ninguém sabe para onde migram os mosquitos da dengue, mas se um foco for descoberto, é possível, através de ferramentas de modelagem estocástica, estimar o risco de contágio de pessoas residindo nas proximidades daquele foco”, explica o docente.

O que você respira?

Quando se fala em sensores, a primeira coisa que vem à nossa mente são aqueles aparelhos que ficam nos tetos e paredes das casas e que, com a nossa presença, acendem luzes ou disparam alarmes. No mundo científico, contudo, a utilidade dos sensores vai muito além da segurança doméstica ou iluminação automática de ambientes.

SensoresCapazes de responder a diversos estímulos físico-químicos, os sensores são utilizados para detectar, entre outras coisas, moléculas de gases, presentes em muito pequenas ou grandes quantidades na atmosfera, principalmente após o desenvolvimento da atividade industrial. “A grande quantidade de carros que temos hoje nas grandes cidades tornou necessário o monitoramento intensivo de gases tóxicos, para que as pessoas tenham conhecimento da toxicidade que pode estar presente no ambiente onde estão inseridas”, explica o docente do Grupo de Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos (CCMC) do IFSC, Valmor Roberto Mastelaro.

Os primeiros sensores que foram construídos tinham um tamanho muito grande ou usavam uma tecnologia complexa, o que comprometia sua praticidade e funcionalidade. Após vários anos de estudos, inclusive na área de física- no próprio CCMC, e com o trabalho de um grande número de pesquisadores desenvolvendo estudos relacionados a sensores-, esses equipamentos estão se tornando cada vez mais compactos e eficientes. “Atualmente, os pesquisadores já são capazes de produzir microssensores, feitos com os mais diversos tipos de materiais. Isso, além de tornar o sensor muito pequeno, menor do que uma moeda de 1 Real, tornou-o mais eficiente e seletivo. Ou seja, ele é capaz de detectar vários tipos de gases ou um único gás, separadamente”, conta o docente.

Alívio não tóxico à dor

No final do dia, quando sentimos aquela dorzinha de cabeça se manifestando, ir à farmácia e comprar uma aspirina já se tornou uma decisão quase automática. Agora! No final século XIX, cocaína e morfina eram usadas como anestésicos e analgésicos para remediar, entre outras coisas, simples dores de cabeça. “No final daquele século, a Bayer começou a comercializar a heroína como analgésico, que foi muito bem recebida, uma vez que uma dose pequena já trazia um grande alívio da dor. Por isso o nome ‘heroína’. Porém, os fabricantes perceberam que ela causava grande dependência nos usuários, o que, além de prejudicial à saúde, não trazia uma boa imagem à empresa”, explica o docente do Grupo de Cristalografia (GC) do IFSC, Rafael Victorio Carvalho Guido.

AspirinaDiante disso, no início do século XX, a Bayer retirou do mercado a heroína e começou a investir em outro medicamento, o ácido acetilsalisílico (AAS, asprina®). Nessa época, um dos químicos da empresa, Felix Hoffman, estudava o ácido salicílico, sobre o qual já se tinha conhecimento de propriedades interessantes, inclusive analgésicas. “Mas havia um problema: esse ácido reagia com a estrutura da pele humana, causando danos celulares. Foi quando Hoffman sintetizou o ácido acetilsalicílico, popularmente conhecido como AAS ou aspirina®, que continha as mesmas propriedades terapêuticas do anterior, mas sem causar danos ao organismo”, conta Rafael.

Com essa criação, Hoffman favoreceu uma grande revolução ao mundo da química dos medicamentos e, sem dúvidas, ao cotidiano de muitas pessoas.

*Fonte: http://www.mct.gov.br/upd_blob/0214/214770.pdf

**Fonte: http://agencia.fapesp.br/como_a_ciencia_e_vista_em_sao_paulo/20814/

 

Assessoria de Comunicação

30 de abril de 2015

Michael Zaworotko debate engenharia de cristais

Na tarde do dia 27 de abril, o Prof._Michael_Zaworotko_2Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebeu o Prof. Michael J. Zaworotko*, da University of Limerick, Irlanda, que apresentou a palestra Crystal Engineering of Task-Specific Materials, tendo discutido como a engenharia de cristais pode ser aplicada no desenvolvimento racional de fármacos e de materiais porosos, áreas que são de extrema importância nos dias atuais, considerando a grande quantidade de medicamentos veiculados na forma de dosagem sólida (comprimidos, cápsulas, etc.) e a preocupação sempre latente com a poluição do meio-ambiente.

De acordo com o docente, em entrevista exclusiva à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, o crescimento da engenharia de cristais, ocorrido nos últimos vinte anos, coincidiu com os avanços registrados na capacidade de determinação de estruturas cristalinas, tendo enfatizado o acesso à base de dados estruturais de Cambridge (CSD), que permitiu aos cientistas grande progresso na habilidade de compreensão e controle dos processos da associação entre moléculas no estado sólido. Dentre os materiais desenhados, com o intuito de possuírem funções específicas, Michael destacou os materiais farmacêuticos, em especial, os co-cristais e os materiais multicomponentes iônicos, assim como os materiais híbridos porosos.

Outro tópico abordado por Michael foi a qualidade dos medicamentos produzidos, algo que se transformou em um dos grandes problemas na área de saúde pública. Muitos princípios ativos podem sofrer alterações estruturais/físico-químicas, que culminam em perda ou potencialização dos efeitos farmacológicos, sendo que a formação de co-cristais se apresenta como estratégia, tanto na resolução do problema de controle de qualidade dos medicamentos, quanto no desenho de novos fármacos aprimorados. Nesse caso, por meio da engenharia de cristais, é possível selecionar moléculas seguras para uso em formulações farmacêuticas que, ao interagirem com o princípio ativo no sólido cristalino, modificam, estabilizam e modulam suas propriedades e/ou minimizam alterações indesejáveis, tornando o medicamento mais eficaz e seguro na maior parte das vezes.

Além disso, em seu seminário, o docente falou sobre os materiais híbridos porosos que são constituídos por metais coordenados com ligantes orgânicos e inorgânicos. Se bem planejados, os poros resultantes do processo de cristalização, entre estes compostos, podem ser de extrema utilidade no desenvolvimento racional de filtros para absorção de gases, separação/purificação de gases e/ou solventes, liberação controlada de fármacos, etc. Embora ainda seja bastante desafiador poder prever quais propriedades fisioquímicas os novos compostos irão apresentar, é fato que os mesmos têm se destacado como alternativas e funcionalidades promissoras nas várias áreas do conhecimento.

Panorama da área

Prof._Michael_Zaworotko_300Entre os significantes avanços ocorridos na área de engenharia de cristais durante as duas últimas décadas, Michael Zaworotko destacou a possibilidade de projetar as citadas estruturas cristalinas. Segundo ele, também surgiram importantes aplicações devido aos estudos com novos cristais, capazes de solucionarem questões na área farmacêutica, ou mesmo no âmbito da sustentabilidade energética, podendo inclusive, neste último caso, viabilizarem a criação de novos processos para o armazenamento de gás natural.

Michael Zaworotko disse que, para gerar as diversas classes de materiais cristalinos funcionais existentes hoje, foi necessário adotar algumas estratégias – tal como a possibilidade de projetar estruturas – que permitiram aperfeiçoar diversos materiais cristalinos. Quando trabalhamos esses materiais simples, podemos melhorá-los controlando suas estruturas, explicou o docente, que tem trabalhado na projeção de novas drogas, em parceria com pesquisadores brasileiros, com destaque para o Prof. Dr. Javier Ellena, do Grupo de Cristalografia do IFSC/USP.

Os estudos envolvendo co-cristalização e projeção de materiais têm causado impacto, tanto na comunidade científica, quanto na população em geral, uma vez que a indústria farmacêutica, por exemplo, já adotou conceitos de co-cristais no desenvolvimento de fármacos. O setor industrial tem usado materiais multicomponentes para o desenvolvimento de novos e melhores medicamentos, sublinhou Ellena.

Durante os últimos três meses, Michael Prof._Javier_Ellena_300tem trabalhado com estudantes brasileiros de pós-doutorado na University of Limerick, o que contribui para um melhor conhecimento das pesquisas na área de engenharia de cristais realizadas no Brasil, reforçando sua esperança de que Irlanda e Brasil sejam capazes de trabalharem juntos, tendo em vista um aprendizado mútuo. Para o Prof. Javier Ellena, que compartilha a mesma ideia de Michael, há necessidade de os cientistas brasileiros focarem sua atenção no reconhecimento internacional de suas pesquisas, visando ainda mais ao impacto de seus trabalhos: O Brasil tem que seguir nessa direção, salienta o pesquisador do Instituto de Física de São Carlos.

Michael Zaworotko afirmou que existem poucas diferenças entre as pesquisas de cada país, embora cada um tenha sua dinâmica própria. A forma de fazer pesquisa que se observa nos Estados Unidos, na Ásia ou na Europa – tendo como exemplo a Irlanda, que é um país pequeno em termos geográficos, mas grande em termos sociais e culturais -, tem nuances diferentes, mas o fato concreto é que no Brasil a pesquisa tem se beneficiado de grandes investimentos. E é talvez devido a esse fato, em particular, bem como à infraestrutura existente, que os trabalhos acadêmicos brasileiros sejam tão ricos e, assim como as pesquisas realizadas em outros países, gerem grandes resultados.

A intenção de Zaworotko é intensificar cada vez mais os contatos e o intercâmbio com o Instituto de Física de São Carlos e com outras universidades com quem a nossa Unidade mantém colaborações estreitas, visando uma maior abrangência e consistência nas pesquisas conjuntas.

*Michael Zaworotko, que obteve seu bacharelado no Imperial College London, Reino Unido, e o pós-doutorado na University of Alabama, Estados Unidos, atua na área de engenharia de cristais, sendo atualmente editor associado da revista científica Crystal Growth & Design, da ACS Publications. Além disso, ele também tem aproximadamente 350 artigos publicados em revistas.

Assessoria de Comunicação

29 de abril de 2015

Docente do ICMC/USP fala sobre espectro de partículas da QCD

Na tarde do dia 29 de abril, em mais uma edição do Café com Física que ocorreu na Sala Celeste do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Prof. Dr. Paulo Afonso Faria da Veiga, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), ministrou a palestra Espectro de Partículas da QCD na Rede no Regime de Acoplamento Forte: Revisando o Eightfoldway.

Na ocasião, o docente apresentou determinados métodos analíticos que permitem obter o espectro de partículas da QCD na rede, entre outros modelos de interesse da física. Paulo também abordou a obtenção das curvas de dispersão de um bárion, no espectro e energia-momento, tendo mencionado alguns resultados para o espectro de estados ligados de dois bárions, dois mésons e bárion-méson.

Paulo, que é docente do ICMC/USP desde Paulo_Veiga_2501993, tem bacharelado em física pela USP, mestrado em física teórica pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), e doutorado em ciências físicas pela Ecole Polytechnique, França. O docente, que também tem experiência na área de Matemática Aplicada e Física Teórica, atua nos campos de Resultados Analíticos Rigorosos em Mecânica Estatística e Teoria Quântica dos Campos, Teoria Construtiva de Campos, Análise Multi-Escala, Grupo de Renormalização, Análise Espectral e Espectro de Geradores de Dinâmica.

Assessoria de Comunicação

29 de abril de 2015

Polarization-induced transport in organic field-effect transistors

Suchi1Em mais um seminário especial organizado pelo Grupo de Polímeros do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a Profa. Suchi Guha, da University of Missouri, Estados Unidos, apresentou a palestra Polarization-induced transport in organic field-effect transistors, um evento que decorreu no dia 29 de abril, pelas 10h30, na sala 14 do nosso Instituto.

Em sua apresentação, a docente abordou os estudos sobre semicondutores orgânicos, um campo que tem crescido rapidamente, proporcionando opções complementares para semicondutores inorgânicos, tais como flexibilidade e aplicação em grandes áreas. Apesar dos transistores orgânicos serem lentos quando comparados aos transistores de silício, Suchi Guha afirmou que eles têm sido importantes, devido à facilidade de fabricação destas metodologias e a compatibilidade com outros componentes eletrônicos.

A Profa. Suchi Guha, que é membro do Light Scattering and Organic Electronics Research Group, da University of Missouri, tem graduação em física pela University of Delhi, Índia, mestrado pelo Indian Institute of Technology, Índia, e pós-doutorado, também em física, pela Arizona State University, Estados Unidos.

Assessoria de Comunicação

29 de abril de 2015

Mais uma parceria concretizada

Entre fevereiro e abril deste ano, o Grupo de Biotecnologia Molecular do Instituto de Física de São Carlos (GBM- IFSC/USP), através do docente Igor Polikarpov, recebeu dois alunos da University of Bath (Inglaterra) em seu laboratório, como uma das ações resultante da parceria firmada entre as duas universidades em 2014 no âmbito do projeto Global Innovation Initiative (GII). Orientados por Igor, os estudantes Alvaro Cruz-Izquierdo e Marcus Johns estenderam as pesquisas que desenvolvem em Bath aproveitando a infraestrutura instalada no IFSC.

University_of_Bath-_logoA pesquisa de Álvaro é relacionada à produção de compósitos candidatos à construção de elementos eletrônicos para aparelhos renováveis. “Um dos maiores problemas que enfrentamos hoje é relacionado ao descarte de eletrônicos. Todo ano, muitas pessoas trocam seus aparelhos móveis, por exemplo, e o anterior é jogado fora. O que fazer com todo esse lixo eletrônico?”, questiona Igor.

É justamente na solução desse problema que tem trabalhado Álvaro, que busca por componentes eletrônicos sustentáveis. Uma solução encontrada por ele foi o desenvolvimento de um material biodegradável, capaz de substituir, entre outras coisas, as placas-mãe dos computadores e os chips de celulares, que, atualmente, tem como componente principal o silício. “A pesquisa de Álvaro é voltada ao desenvolvimento de materiais biodegradáveis com base nos polímeros de celulose, misturados a alguns espessantes, como argila, por exemplo”, explica Igor.

Igor-_Alvaro_e_MarcusA conexão com os estudos realizados no IFSC foi com os processos de degradação de materiais advindos de fontes renováveis, possíveis de serem biodegradados com a utilização de enzimas. Álvaro também teve oportunidade de acompanhar diversos experimentos nos laboratórios do Grupo realizados com técnicas de microscopia confocal.

O estudo de Marcus é mais ligada à área de saúde. O pesquisador britânico estuda possibilidades da utilização de células-tronco na substituição de tecidos ósseos e de ligamentos, tendo-se em vista que células-troncos podem ser transformadas nesses tecidos, que são facilmente regenerados a partir delas. “Qualquer um que já teve problemas relacionados ao ligamento sabe que uma cirurgia pode ser cara e dolorosa. Atualmente, a única forma de recuperação do ligamento é na retirada de pedaços de outro ligamento, que substitui o danificado. Esse é um tratamento medieval e a opção oferecida pelas células-tronco seria a alternativa moderna para isso”, elucida Igor.

O “link” com as pesquisas do GBM é através de estudos relacionados a enzimas que reconhecem e se ligam à celulose, que já há algum tempo são estudadas por orientandos do Igor. A ideia é poder guiar as células-tronco em direção a essa matriz de celulose pura, possível substituta de ossos e ligamentos danificados. “Uma vez depositadas em cima dessa matriz, as células-tronco poderão, posteriormente, formar os ligamentos requeridos ou uma parte dos ossos que precisa ser substituída”, exemplifica Igor. “O maior desafio do trabalho é saber como guiar as células-tronco até a matriz, e uma de nossas ações é o uso de proteínas que atuam sobre celuloses. Se isso for possível, uma nova tecnologia poderá ser desenvolvida para se criar ligamentos e ossos no formato desejado”.

Obviamente, todos os trabalhos foram acompanhados de perto por Igor e também pelo docente do Grupo de Óptica do IFSC, Francisco Eduardo Gontijo Guimarães, que participa ativamente dos trabalhos. A troca de conhecimentos, obviamente, caminha nas duas direções, trazendo mais conhecimento científico aos estudantes de Bath e aos do IFSC, além de reforçar o intercâmbio internacional de informações, cada vez mais concreto no Instituto.

28 de abril de 2015

Entre os 100 melhores do mundo

Em um ranking internacional elaborado pela QS Quacquarelli Symonds University Rankings, divulgado no último dia 28 de abril, o curso de Física da USP ficou entre os 100 (51-100) melhores do mundo: dos 36 cursos analisados no ranking, 29 deles são da USP, sendo que, deste total, 8 cursos classificam a USP entre as 50 melhores do mundo – agricultura e silvicultura, ciências veterinárias, engenharia civil e estrutural, arquitetura, artes e design, filosofia e farmácia e farmacologia.

O curso da USP que ficou na maior colocação do ranking, por disciplinas, foi odontologia, considerado como o 12º melhor do mundo, de acordo com o QS.

Na América do Sul, o Brasil é o país com mais instituições figurando neste ranking, com o Chile ocupando a segunda posição.

O MIT – Massachusetts Institute of Technology foi a instituição que ficou no topo do maior número de cursos – 11, no total, com destaque para as engenharias. A Universidade Harvard lidera o ranking em dez cursos.

Para conferir os resultados do Ranking, clique AQUI

Assessoria de Comunicação

28 de abril de 2015

Pesquisa reforça o combate ao Trypanosoma cruzi

Um trabalho realizado por pesquisadores do Laboratório de Biologia Estrutural do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e chefiado pelo Prof. Dr. Ariel Mariano Silber, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/USP), visa ao desenvolvimento de um composto para o combate ao Trypanosoma cruzi, parasita causador da Doença de Chagas, que é transmitida pelas fezes do inseto barbeiro, que entram em contato com o sangue humano quando o indivíduo coça a área da pele picada.

TRYPANCRUZ200Para completar seu ciclo biológico, o Trypanosoma cruzi sai do barbeiro e passa por diversos outros ambientes químicos, até se hospedar no corpo humano. Alguns desses locais possuem açúcares livres como fonte de energia, enquanto outros não. Através disso, descobriu-se que o parasita pode viver sem o açúcar, obtendo energia através do metabolismo dos aminoácidos de proteínas (macromoléculas) – um dos principais aminoácidos é a prolina. Além de serem fontes de energia, tais aminoácidos atuam como importantes sinalizadores para o T. cruzi, pois permitem que o parasita saiba onde está hospedado, uma vez que cada ambiente possui características diferentes (temperatura, pH, composição química, entre outros), levando a diferenciação do T. cruzi em suas várias formas de desenvolvimento, adaptadas a cada ambiente.

De acordo com o Prof. Dr. Otavio Henrique Thiemann (IFSC/USP), um dos principais objetivos deste estudo é caracterizar as enzimas do parasita, que ajudam o Trypanosoma a obter energia dos aminoácidos, principalmente, da prolina. Ao longo dos anos, foram caracterizadas as vias de degradação de aminoácidos, um esforço realizado pelo grupo do Prof. Ariel Silber (ICB/USP). Com isso, os pesquisadores têm trabalhado na cristalização de diversas proteínas da via de degradação da prolina, em especial, uma chamada delta1-pyrroline-5-carboxylate dehydrogenase, ou TcP5CDH, com a finalidade de conhecer melhor a estrutura atômica dessa proteína, essencial ao parasita.

O docente do nosso Instituto explica que a TcP5CDH já foi caracterizada e que o próximo passo está sendo sua cristalização e estudo estrutural. Após concluir essa fase da pesquisa, onde os especialistas terão maior conhecimento sobre o funcionamento da citada proteína (TcP5CDH), a meta seguinte será desenvolver inibidores capazes de bloquear a reação catalítica dessa macromolécula, ou em outras palavras, bloquear a degradação da prolina pelo parasita. O grupo do Prof. Ariel já selecionou alguns inibidores que estão sendo testados. Uma vez cristalizada, poderemos analisar se há a possibilidade de acoplar os inibidores à TcP5CDH, diz ele.

Além dessa, existem outros aminoácidos em nossas células que ajudam a sustentar o parasita, porém, pelo fato da prolina ser sua principal fonte de energia, ao interromper essa via metabólica, o Trypanosoma ficará tão enfraquecido, que o próprio sistema imunológico do corpo humano poderá combatê-lo. Hoje, o foco de diversas pesquisas é encontrar o alvo correto. Neste caso, a TcP5CDH é um alvo validado por metodologias genéticas e foi verificado que, sem ela, o parasita fica impossibilitado de concluir seu ciclo de desenvolvimento, ressalta Otavio Thiemann.

Caso a cristalização da proteína Otvio_Thiemann_350ocorra com sucesso, os pesquisadores poderão avançar para outra etapa, cujo conceito é encaixar na TcP5CDH os compostos já identificados, através de simulações computacionais e experimentos de co-cristalização. Com um programa computacional tentaremos encaixá-las na proteína e, posteriormente, realizar os experimentos reais na TcP5CDH e, assim, melhorar cada vez mais a capacidade de inibição dos compostos, explica Thiemann, lembrando que este trabalho deverá ser feito juntamente com células humanas, afim de analisar se, ao combater o Trypanosoma cruzi, os inibidores apresentarão os temidos efeitos colaterais.

Quando os especialistas concluírem todas as longas fases previstas dessa pesquisa – e espera-se que seja mais ou menos breve -, este estudo poderá resultar, futuramente, no desenvolvimento de fármacos voltados ao combate da doença. Otavio Thiemann reconhece que tal feito poderá levar anos, talvez décadas, mas não descarta a possibilidade da comercialização desses fármacos se tornar realidade. Isto ainda é algo discutível, mas é uma possibilidade desejável, conclui.

O artigo científico referente à pesquisa foi destacado pela revista norte-americana Journal of Biological Chemistry (2015).

Assessoria de Comunicação

27 de abril de 2015

Unidade de Terapia Fotodinâmica da SCMSC

Realiza-se no próximo dia 09 de maio, pelas 10 horas, na Rua Serafim Vieira de Almeida, 337 – Vila Pureza -, em São Carlos, a cerimônia de inauguração da Unidade de Terapia Fotodinâmica da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, um serviço que visa o tratamento oncológico com tecnologia desenvolvida pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP.

Assessoria de Comunicação

27 de abril de 2015

CONECTA reuniu empresas juniores do interior paulista

Cerca de 120 inscritos, oriundos de diversas universidades estaduais e federais do estado de São Paulo, participaram nos dias 25 e 26 de abril do III CONECTA, um evento promovido e organizado pela EESC Jr., que acontece desde 2013, no primeiro semestre de cada ano e que visa à capacitação e interação dos empresários com as diversas empresas juniores sediadas nos campis do interior paulista.

Para Gabriel Lino Sproesser, conecta1-200aluno de graduação da EESC/USP – Engenharia de Produção, e membro da organização, outro objetivo do evento foi incrementar a troca de experiências e promover parcerias entre as empresas juniores, nomeadamente através do MEJ – Movimento de Empresas Juniores, aproveitando as sinergias, potencialidades e especialidades existentes.

Esta terceira edição do CONECTA, apoiada pela diretoria do IFSC/USP devido à sua abrangência, teve como tema central “Saia da zona de conforto: The adventure is out there”, e contou com a participação de empresários de diversas áreas do setor produtivo nacional, que participaram de palestras, rodas de benchmarking e de workshops, elevando o nível dos trabalhos e entusiasmando os participantes, tendo ficado patente o compromisso com a qualidade dos temas apresentados.

A palestra de abertura do evento (25 de abril) esteve a cargo de Camila Girundi, gerente de desempenho da empresa Heinz. Tendo sido igualmente empresária-júnior, a palestrante é formada em Engenharia de Alimentos, com especialização em Engenharia Ferroviária e Mestrado em Modelagem Matemática em Logística Urbana. Começou a carreira como Trainee na ALL, depois trabalhou na Vale e atualmente dirige um projeto de estruturação de cultura na em empresa Heinz. Em sua palestra, Camila relatou sua experiência profissional e pessoal, tendo destacado tudo aquilo que alcançou, exatamente por não ter ficado em uma zona de conforto.

Ao longo dos dois dias do evento, diversas empresas apresentaram conecta2-300seus workshops: a Elogroup apresentou o tema Design Thinking, enquanto a Monashees dissertou sobre Empreendedorismo de alto impacto. Já a Eureca verteu considerações sobre o tema Business Model You, enquanto a Danone desafiou os participantes com a pergunta Me formei… E agora?. Complementando a programação, diversas empresas juniores tiveram, também, a oportunidade de apresentar seus próprios workshops, difundindo seus trabalhos, ideias e projetos.

Finalmente, coube a Marc Kirst proferir a palestra de encerramento (26 de abril). Admirador do poder de transformação social do jovem e após se ter engajado e assumido lideranças no Movimento Empresa Júnior e na AIESEC, da UFSCar Sorocaba, Marc trancou seu Curso de Administração para se dedicar ao estudo e desenvolvimento de metodologias que despertassem liderança, protagonismo e propósito no jovem estudante e profissional. Em 2013, representou o Brasil na competição internacional Your Big Year, tendo sido vice-campeão na final disputada em San Francisco (USA).

Fundada em 1992, a EESC jr. é a Empresa Júnior dos Alunos de Engenharia e Arquitetura da USP São Carlos.

Assessoria de Comunicação

24 de abril de 2015

Equipe do BNDES vem ao campus apresentar programa

No dia 14 de maio, uma equipe do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) virá ao campus da USP São Carlos para apresentar o programa “BNDES Soluções Tecnológicas”, programa que visa o apoio à comercialização de soluções tecnológicas no país, financiando empresas brasileiras interessadas em adquirir soluções e, dessa forma, inovar seus produtos e processos.

BNDES-_logoA visita da equipe será dividida em duas etapas. Na primeira, que será realizada no anfiteatro do IQSC do edifício Q1, às 9 horas, ocorrerá a apresentação do “BNDES Soluções Tecnológicas”. Posteriormente, das 10 às 15h30, no mesmo local, e também na Sala de Reuniões do IQSC, serão realizadas entrevistas individuais com os interessados para o esclarecimento de possíveis dúvidas a respeito do programa.

Os docentes e alunos do campus interessados em participar da visita deverão agendá-la através do e-mail inovacao@sc.usp.br colocando no assunto “Atendimento individual” ou “Palestra de apresentação”.

O Formulário de Credenciamento da Solução Tecnológica é o instrumento adequado para um primeiro exercício de credenciamento. Clique aqui para acessá-lo.

Com informações da Agência USP de Inovação

Assessoria de Comunicação

24 de abril de 2015

A transposição do conceito musical às ciências

No dia 24 de abril, pelas 10h30, o Rubens_2_300Instituto de Física de São Carlos recebeu a visita do Prof. Rubens Russomano Ricciardi, do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP), que apresentou a palestra Perspectivas histórico-filosóficas do conceito de Sistema: da Música na Antiguidade até seu primeiro uso nas ciências com Kepler e Galileu, um evento que ocorreu no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC/USP), integrado no programa Colloquium diei.

O conceito de sistema na música enquanto systema teleion (conjunto harmônico de relações articuladas) remonta a Aristóxeno (século IV a. C.), fundador da musicologia moderna. Durante a Antiguidade, Idade Média e Renascimento, em fontes gregas e latinas, o conceito de sistema se restringiu à música (mesmo em Copernico o conceito é inexistente).

Com Kepler e Galileu, ambos com formação musical, o conceito de sistema num processo metafórico foi adotado pela primeira vez fora da música. Além da trajetória cronológica do conceito, a palestra contemplou a discussão histórico-filosófica desde Aristóxeno até Galileu (sistema máximo e perfeito, tradução literal de Aristóxeno), justamente na transposição do conceito musical às ciências.

Rubens_300Rubens Russomano, que é professor titular e chefe do Departamento de Música da FFCLRP-USP, tem graduação em licenciatura em música pela Escola de Comunicações e Artes (ECA/USP), especialização em musicologia pela Humboldt-Universität zu Berlin, Alemanha, e mestrado e doutorado pela ECA/USP. O docente fundou o Curso de Música na USP de Ribeirão Preto, tendo criado também o Ensemble Mentemanuque, um grupo dedicado à música contemporânea, e a USP-Filarmônica, orquestra sinfônica formada por alunos bolsistas da Reitoria da USP.

Além disso, Rubens Ricciardi ocupa, entre outras funções, os cargos de diretor artístico do Festival Música Nova Gilberto Mendes; coordenador científico do Núcleo de Pesquisa em Ciências da Performance em Música (NAP-CIPEM) pela Pró-Reitoria de Pesquisa da USP; professor responsável pelo Centro de Memória das Artes pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP; curador da Temporada de Música de Câmara no Theatro Pedro II, e das séries Concertos USP – Prefeitura de São Carlos e Direito tem Concerto.

Assessoria de Comunicação

24 de abril de 2015

Pró-Reitoria de Graduação divulga balanço do Disque Trote

Em 2015, o serviço do Disque Trote registrou aumento no número de ligações recebidas em relação ao ano passado, passando de 55 para 187 telefonemas. O número de denúncias também subiu, de 6, em 2014, para 16 neste ano. Além dessas, do total das ligações recebidas, 111 eram de solicitações de informações sobre a USP, 22 enganos, 4 trotes e 34 pessoas que desligaram sem se identificar.

O teor das denúncias girou em torno de casos de assédio moral, de consumo de bebidas alcóolicas em festas externas aos campi e de calouros em semáforos arrecadando dinheiro junto aos motoristas.

Neste ano, a maior divulgação e a antecipação dos canais de contato foram fundamentais. Pela primeira vez, no Portal da Universidade, foi estampado, com grande destaque, umbanner com o Manual do Calouro, que ganhou versão on-line. As informações foram disponibilizadas de modo a garantir aos calouros e às famílias o conhecimento prévio sobre o Disque Trote, como localizar a Unidade em que o aluno iria se matricular e as demais atividades da USP, avalia o pró-reitor de Graduação, Prof. Antonio Carlos Hernandes.

Segundo esse dirigente, em 2015, a campanha foi intensificada e contou com o apoio dos diretores das Unidades de Ensino e Pesquisa e dos prefeitos dos campi. Com todos esses esforços conjugados, oferecemos aos calouros e à comunidade meios para procurarem os canais oficiais para fazer contatos, tirar dúvidas e registrar denúncias, destaca.

O Disque Trote (0800-012-10-90) foi criado em 2000, com o propósito de receber denúncias de trotes abusivos ocorridos nos campi da USP. Em 27 de abril de 1999, o então reitor da Universidade, Jacques Marcovitch, assinou uma portaria proibindo o trote na USP e instituindo que toda e qualquer manifestação de recepção a novos alunos, em todas as Unidades e em todos os campi, deveria estar integrada à Semana de Recepção aos Calouros.

Neste ano, o serviço teve início no dia 12 de fevereiro, na mesma data da matrícula presencial para os candidatos aprovados na primeira, segunda e terceira chamadas do vestibular da Fuvest, e funcionou por trinta dias. Além do atendimento por telefone e pelo e-mail disquetrote@usp.br, em 2015, as denúncias também puderam ser feitas por um chat, disponível no site do Manual do Calouro.

Alunos de graduação, monitores das Salas Pró-Aluno, fazem o atendimento, sob supervisão do coordenador do Grupo de Trabalho Pró-Calouro da Pró-Reitoria de Graduação e professor da Faculdade de Odontologia, Oswaldo Crivello Junior, em colaboração com a Superintendência de Tecnologia da Informação.

Crivello explica que as denúncias recebidas são encaminhadas ao professor responsável pela Semana de Recepção aos Calouros da Unidade envolvida, que deve tomar as medidas necessárias. Após essa etapa, os monitores do Disque Trote devem ser informados dos encaminhamentos dados para informar ao denunciante.

Os resultados do Disque Trote continuam nos confirmando que o serviço representa uma ferramenta fundamental para ser utilizada pelo calouro. A Universidade mostra aos novos alunos que eles estão amparados pela instituição e que a USP está atenta aos excessos que possam ocorrer na recepção aos novos alunos durante todo o primeiro semestre, afirma Crivello.

Tomamos o cuidado de acompanhar cada caso e disponibilizar o resultado da apuração para a pessoa que acessou um dos canais de comunicação. Sem a parceria de todos os engajados em banir essa prática, acredito que não teríamos sucesso na implantação dessa nova filosofia, completa o pró-reitor.

Recepção aos calouros

A 17ª Semana de Recepção aos Calouros marcou o início do ano letivo de 2015, em todos os campi da USP, entre os dias 23 e 27 de fevereiro. Nesse período, as aulas regulares foram substituídas por palestras, oficinas, bate-papos com egressos, campanhas educativas e ações sociais.

Com o tema Feliz Veterano Novo, a campanha deste ano enfatizou a ideia de que o calouro é parte da instituição e será o próximo veterano. O slogan foi estampado em cartazes e cartões distribuídos aos novos alunos no dia da matrícula, junto com um questionário elaborado pela Liga Atlética Acadêmica da Universidade (LAAUSP), em parceria com a Pró-Reitoria, para colher informações sobre práticas esportivas dos calouros e convidá-los a participar dos campeonatos esportivos.

O material distribuído também continha o Código de Ética da Universidade e dois marcadores de livro com o artigo 21º do Código de Ética e o artigo 2º da Portaria GR nº 3.154, reforçando a ideia de que a USP não tolera nenhum tipo de violação aos direitos humanos. A pedido dos coletivos femininos da Universidade, foi incluído um texto de autoria desses grupos sobre as mulheres na Universidade.

(Com informações da Assessoria de Imprensa da USP)

Assessoria de Comunicação

24 de abril de 2015

Reitores debatem futuro das universidades

Reitores e expoentes na pesquisa sobre educação superior estarão reunidos no dia 24 de abril, às 15h, na sala do Conselho Universitário da USP, para discutir o futuro das universidades, seus desafios e perspectivas, tomando como base as experiências destes conferencistas como gestores e os projetos que implementaram ou idealizaram para universidades.

Inserido na programação da Intercontinental Academia, o debate será moderado pela jornalista especializada em educação, Sabine Righetti, e terá a presença de Marco Antônio Zago, reitor da USP; Klaus Capelle, reitor da Universidade Federal do ABC (UFABC); Naomar de Almeida Filho, reitor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB); Carlos Voght, presidente da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP); Luiz Bevilacqua, ex-reitor da UFABC, e John Heath, pró-reitor de Infraestrutura da Universidade de Birmingham.

A Intercontinental Academia é um projeto de cooperação acadêmica internacional, interdisciplinar e singular no universo científico. Gerado no âmbito da rede UBIAS – formada por 34 Institutos de Estudos Avançados baseados em Universidades –, reúne dois institutos de dois continentes para desenvolverem, ao longo de dois workshops interdisciplinares, uma pesquisa conjunta centrada num tópico temático transversal (conceito 2+2+2).

Pela proposta, jovens cientistas e pesquisadores seniores de várias partes do mundo e de diferentes áreas do saber se reúnem para debater o “tempo”. Ao final, eles produzirão um MOOC (Massive Open Online Course) sobre este tema.

O Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP é responsável pela realização do primeiro encontro de imersão da Academia, que começou no ultimo dia 17 e vai até 30 de abril. O segundo será organizado pelo Institute for Advanced Research (IAR) de Nagoya, no Japão, em março de 2016.

Assessoria de Comunicação

24 de abril de 2015

USP Filarmônica em novo concerto

USP_FILARMONICANo âmbito da parceria USP Filarmônica / Prefeitura Municipal de São Carlos, o Teatro Municipal de São Carlos recebe no próximo dia 29 de abril, a partir das 20 horas, mais um concerto com a USP Filarmônica.

Sob a regência do maestro José Gustavo Julião de Camargo, a USP Filarmônica irá apresentar o seguinte repertório, com destaque para os solistas que integrarão este concerto – Lincon Mendes, Igor Picchi Toledo, Ladson Bruno Mendes, Anderson Oliveira e Gládys Pádua.



Programa


Giovanni Bottesini (1821-1889)

Concerto nº 2 em Si menor para Contrabaixo e Orquestra

I – Allegro

Solista: Lincon Mendes

 

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)

Concerto para Clarinete em A maior, K 622

I – Allegro

II – Adagio

III – Rondó

Solista: Igor Picchi Toledo

 

Edward William Elgar (1857-1934)

Concerto em mi menor para Violoncelo e Orquestra, Opus 85

I – Adagio; Moderato

Solista: Ladson Bruno Mendes

 

Ludwig van Beethoven (1770-1827)

Concerto para violino, violoncelo e piano em Dó Maior, Opus 56

I – Allegro

Solistas: Anderson Oliveira, Gladys Pádua & Ladson Bruno Mendes

Este concerto tem os apoios da Prefeitura Municipal de São Carlos, por intermédio da Coordenadoria de Artes e Cultura, Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Grupo Coordenador de Cultura e Extensão – USP São Carlos, Pró-Reitoria de Graduação – USP, Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária – USP, Pró-Reitoria de Pesquisa – USP, Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP-USP), Departamento de Música da FFCLRP-USP e Núcleo de Pesquisa, Ciências da Performance e Música da FFCLRP-USP.

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As entradas para este concerto são gratuitas, mediante apresentação de convites que estarão sendo distribuídos entre os dias 23 e 29 de abril, na Assessoria de Comunicação do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), nos horários 08h/12h e 14h/17h, ou no próprio Teatro Municipal de São Carlos, a partir do dia 27 de abril, nos horários de expediente da bilheteria.

Assessoria de Comunicação

24 de abril de 2015

Novo método visa fabricação de sensores de gás ozônio

OZONIO

Um trabalho realizado pela doutoranda do IFSC/USP Ariadne Catto, sob orientação do Prof. Dr. Valmor Roberto Mastelaro, do Grupo de Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tem como principal objetivo facilitar a fabricação de dispositivos capazes de detectar o gás ozônio. O estudo é realizado em parceria com pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, em São Carlos, SP, do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP/Araraquara – SP) e da Aix Marseille Université, sediada na França.

O Prof. Valmor Mastelaro explica que, atualmente, o filme que forma o dispositivo sensor é obtido através da evaporação do material a partir de uma amostra na forma de pó. O método que estamos utilizando permite depositar o filme diretamente sobre o substrato, sem realizar nenhuma outra etapa intermediária. Este método baseia-se no uso de uma solução que contém os elementos químicos que irão formar o filme desejado. O substrato sobre o qual o filme será depositado é colocado dentro desta solução em um recipiente especial que é aquecido, sublinha o pesquisador, acrescentando que os testes realizados com o sensor apresentaram resultados satisfatórios.

Utilizando sensores à temperatura ambiente

Com esta fase da pesquisa concluída, os pesquisadores já iniciaram a nova etapa do estudo, que deverá viabilizar o uso dos sensores à temperatura ambiente. Segundo o Prof. Valmor, a maior parte dos sensores só opera corretamente em temperaturas próximas de 250°C, o que causa um consumo de energia que todos gostariam de evitar. Uma saída para evitar esta perda de energia seria que estes sensores operassem à temperatura ambiente. Testes preliminares realizados a essa temperatura, utilizando luz ultravioleta como meio ativador e substituindo a energia térmica, apresentaram resultados gratificantes. A luz interage com o material, alterando as propriedades do sensor e facilitando a detecção do gás ozônio, explica o docente.

Atualmente, os pesquisadores estão trabalhando na melhora da seletividade do dispositivo, tendo em vista que existem diversos gases no ar que respiramos, sendo que o sensor deverá medir apenas o gás ozônio. Porém, de acordo com Valmor Mastelaro, essa não é uma tarefa simples, uma vez que ao se tornar mais seletivo, o sensor acaba “perdendo” outras de suas boas características.

Em resumo, o objetivo principal Valmor01-350deste estudo é obter materiais sensores que possam detectar o gás ozônio em baixas quantidades, uma vez que acima de certos valores (120 ppb), este gás é prejudicial à saúde humana, podendo causar, por exemplo, problemas pulmonares, entre outras complicações.

Todavia, este gás também pode ser bastante útil, uma vez que tem a capacidade de purificar a água, além de combater bactérias localizadas na superfície de frutas e de outros alimentos. Com isso, os sensores que estão sendo desenvolvidos pelos pesquisadores poderão também ser aplicados na quantificação do gás ozônio utilizado nestes processos de purificação.

Com o intuito de melhor compreender o funcionamento dos sensores de gás, o Prof. Valmor Mastelaro revela que, no segundo semestre deste ano, um Workshop deverá ser realizado na UNESP, em Araraquara (SP), onde pesquisadores do exterior e do Brasil apresentarão as pesquisas mais recentes envolvendo a elaboração de novos dispositivos sensores de gases, bem como debater os principais avanços nesta tão importante área de pesquisa.

Esse estudo foi publicado em fevereiro deste ano na revista Royal Society of Chemistry (UK). Para acessar o trabalho, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

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