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1 de março de 2023

No IFSC/USP – Vaga para estágio remunerado: Cursos de Administração ou de Ciências Contábeis

O IFSC/USP está com uma vaga para um estagiário remunerado, de forma presencial, para cumprir 30 horas semanais, dos cursos de Administração ou de Ciências Contábeis.

O estágio será co-supervisionado pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Igor Polikarpov, sendo que os interessados a esta posição deverão se manifestar até o dia 31 do corrente mês de março.

Para conferir todas as informações sobre esta vaga, clique AQUI.

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de março de 2023

“INCT inSAC” entrega kits educacionais de robótica a crianças do projeto “Anjo da Guarda” em São Carlos

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia “INCT inSAC” (https://www.facebook.com/inct.sac/), sediado no campus da USP de São Carlos, promoveu recentemente a doação de kits educacionais de robótica a crianças do “Projeto Anjo da Guarda”, financiados pelo próprio Instituto, em uma ação que foi coordenada pelo Prof. Marco Henrique Terra, docente e pesquisador da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), com recursos da FAPESP.

O Grupo de Estudos de Ações Sociais da USP de São Carlos (GEAS), vinculado ao Instituto de Estudos Avançados da USP – Polo de São Carlos, na pessoa do Prof. José Marcos Alves, intermediou esta bonita ação, na presença e com a participação de instrutores da Fundação Educacional de São Carlos.

Recordamos que o “Projeto Anjo da Guarda” (VER AQUI), sediado em São Carlos, tem como objetivo atender crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de março de 2023

Pesquisa da USP de São Carlos aumenta a durabilidade dos alimentos – Estudo insere-se nos ODS da “Agenda 2030” da ONU

Tendo como cenário apenas o Brasil – ou seja, não contando com o resto do mundo -, estima-se que cerca de 40% da produção de frutas e verduras sejam irremediavelmente perdidos no campo, enquanto que no processo de comercialização do produto restante, a partir do momento da compra de qualquer desses produtos, o consumidor se confronta com uma rápida deterioração dos alimentos. Estas são duas infelizes realidades que estão diretamente ligadas aos propósitos da “Agenda 2030” da ONU, em seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – campo 12 – Consumo e produção responsáveis: assegurar padrões de produção e consumo sustentáveis. Ou seja, uma produção e consumo de alimentos que se processem de forma responsável, reduzindo o desperdício e as perdas.

E, foi isso que levou pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) e do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) a se juntarem em uma pesquisa que tem como objetivo contrariar essa realidade, através do desenvolvimento de um filme polimérico que proteja e prolongue a vida de frutas e hortaliças, tendo sido escolhido como modelo o morango, atendendo a que essa fruta é altamente perecível.

A pesquisa inicial tem sido desenvolvida pelo docente e pesquisador do IQSC/USP, Prof. Stanislau Bogusz Junior e pela doutoranda Mirella Romanelli Vicente Bertolo, um trabalho que já dura há cerca de quatro anos. O pesquisador confirma que, se houver boas condições de produção, de colheita e armazenamento, o morango resfriado pode durar em média três ou quatro dias, no máximo, sendo que após esse período ele começa a criar fungos e isso leva a perdas em todos os níveis. Foi a partir desse exemplo que os pesquisadores se lançaram no trabalho de desenvolver algo que protegesse e prolongasse a vida útil dos alimentos. “Inserido na área de química dos alimentos, o que nós estamos fazendo é tentar entender qual a vida útil dessa fruta na prateleira, com o foco de interferir nesse processo para que ela possa durar muito mais tempo, diminuindo assim as perdas”, sublinha o pesquisador.

Extrato de casca de romã

Prof. Stanislau Bogusz Junior

Produzir novos materiais para essa finalidade é o foco principal, sendo que neste caso concreto os filmes poliméricos se apresentam como uma solução muito viável, já que são completamente diferentes daqueles que são fabricados com plástico e que são obtidos através dos derivados do petróleo e que geram uma série de contaminações a nível ambiental. “Utilizamos compostos naturais à base de quitosana e gelatina, um polissacarídeo e uma proteína -, e com esses materiais preparamos os citados filmes. Esses materiais formam uma película invisível sobre cada fruta, como se você a embalasse individualmente, sendo que essa espécie de “barreira” vai impedir que micro-organismos entrem em contato com a fruta, ou com a hortaliça, impedindo, também, que se desenvolvam aqueles que já existem nesses produtos. Para que esse processo tivesse sucesso, adicionamos extratos naturais que têm propriedades preservativas, conservantes e que promovem um prolongamento da vida útil do alimento, neste caso, do morango. Para termos condições de produção e de consumo responsáveis, utilizamos extratos de resíduos agroindustriais, sendo que neste caso concreto do morango utilizamos um extrato de casca de romã. A romã tem cerca de 40%-50% de seu peso constituído pela casca, sendo que quando essa fruta é consumida o destino dela é o lixo, para reciclagem”, esclarece o pesquisador. Ao obter esse extrato natural da casca de romã, os pesquisadores incorporaram-no nos filmes – que neste caso são feitos à base de gelatina e quitosana. Como estes filmes se baseiam em produtos naturais e comestíveis, o consumidor ingere o morango junto com o filme.

Artigos científicos e a participação do IFSC/USP na pesquisa

No andamento deste projeto, os pesquisadores decidiram convidar o docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Vanderlei Bagnato, e o pós-doutorando Lucas Dias, para integrarem as pesquisas através de estudos e testes na aplicação de luz laser sobre o filme, algo que aumentou as propriedades conservantes do material.

Doutoranda Mirella Romanelli Vicente Bertolo

Ao todo, já foram publicados dois trabalhos científicos sobre este estudo, estando em fase de publicação um terceiro artigo. “Na verdade, os dois artigos já publicados e o terceiro em fase de publicação se complementam em todo este projeto. O primeiro artigo, onde o pós-doutorando do IFSC/USP, Lucas Dias, é o primeiro autor (VER AQUI), é um estudo comparativo que utiliza a curcumina e o extrato de casca de romã, com aplicação de luz laser. Esse estudo levou em consideração que esses compostos e essa aplicação são eficazes e são elementos agregadores contra o crescimento bacteriano, podendo ser aplicados com muita eficácia nas áreas médica e alimentar”, sublinha Mirella Bertolo. O segundo artigo, que tem a pesquisadora como primeira autora (VER AQUI), é um estudo de desenvolvimento e caracterização de filmes apenas para a área de alimentos, enquanto que o terceiro artigo, ainda em fase de conclusão, demonstra os efeitos da combinação dos filmes de quitosana, gelatina e extrato de casca de romã com a aplicação de luz nos morangos revestidos. “Na literatura científica existem inúmeros estudos que relatam os benefícios dos compostos fenólicos, principalmente no que se refere à casca de romã, mas são poucos os trabalhos que combinam a potencialidade desses extratos com a aplicação de luz para a segurança alimentar, o que é muito estimulante para este nosso estudo”, comemora Mirella.

Prof. Vanderlei Salvador Bagnato

Para o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, Coordenador do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), alocado no IFSC/USP, a meta de se combaterem as perdas e os desperdícios alimentares é algo que constitui uma prioridade. “De fato, além das perdas que se verificam na produção, no campo, e que acontecem pelas mais variadas razões – colheita deficiente, transporte inadequado, etc., as frutas deterioram-se rapidamente, principalmente graças à ação de fungos e micro-organismos. Além disso, a maioria das frutas não consegue atingir um tempo de espera razoável nas prateleiras, já que, quando embaladas, ou seja, em micro-ambientes fechados, elas estão sujeitas ao aparecimento de micro-organismos, que as destroem”, elucida o pesquisador.

O CEPOF começou já há algum tempo uma linha de pesquisa que tem o objetivo de desenvolver um “spray” que é jogado sobre as frutas, sendo que a própria luz ambiente realiza uma foto-reação evitando a formação de colônias bacterianas. “O Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) usou, nesta pesquisa, uma molécula diferente daquela que usamos em nossos trabalhos, já que ela só age com a ação da luz – ação fotodinâmica, destruindo os micro-organismos. O IQSC/USP utilizou compostos extraídos da casca da romã e aí nós participamos com a realização de diversos testes e ensaios nos nossos laboratórios, validando o processo. O que verificamos foi que a película protetora à base de quitosana, gelatina e extrato de casca de romã, além de ser eficaz no combate aos fungos e micro-organismos no morango, também é eficaz com a ação da luz, algo que é bastante positivo no contexto da pesquisa”, enfatiza Bagnato, acrescentando que “(…) colaborar com os colegas do IQSC/USP é algo extremamente importante e muito saudável. A interação destes dois Institutos, que têm, neste caso específico, um mesmo interesse e objetivo – o combate ao desperdício e à perda de alimentos -, é deveras muito importante, o que confirma o fato deles estarem entre as Unidades mais produtivas da Universidade de São Paulo.

Casca de romã e morangos – um sistema modelo

A romã foi escolhida e investigada como um sistema modelo, sendo que os estudos também poderiam ser realizados com extratos obtidos de outras frutas. “O que fizemos com a romã poderá ser executado com casca de laranja e, nesse caso, é óbvio que as propriedades seriam diferentes, e é claro também que em vez de termos utilizado o morango poderíamos ter utilizado outra fruta ou uma hortaliça. Contudo, o morango é, como foi já sublinhado, muito sensível, e por isso ele foi selecionado para esta nossa pesquisa”, pontua Stanislau Bogusz.

Outra curiosidade relativa a esta pesquisa foi o fato de os pesquisadores terem realizado testes sensoriais utilizando metodologias analíticas, tendo, dentro desse contexto, convidado dezoito pessoas treinadas para serem provadores dos morangos com o recobrimento do filme e sem recobrimento. “O resultado foi muito bom, atendendo a que nenhuma dessas dezoito pessoas conseguiu encontrar diferenças do ponto de vista sensorial, ou seja, no paladar. Isso é ótimo porque indica que com este procedimento o consumidor não irá rejeitar o produto que está coberto com o filme, pois ele terá cheiro e paladar iguais, sem que seja detectado visualmente. O que se espera é que este biofilme possa ser adotado em outras frutas, hortaliças, etc.”, finaliza o pesquisador.

Com uma patente já depositada (Número do registro: BR10202102640, título: “Composições poliméricas com propriedades antioxidantes e antimicrobianas para revestimento de frutas, método de preparação do revestimento e seu uso”) e com cerca de 90% do trabalho de pesquisa concluído, existe a grande probabilidade deste biofilme poder entrar brevemente no mercado e ser comercializado a um preço muito baixo, bastando, para isso, haver interesse dos investidores.

Esta pesquisa teve o apoio da FAPESP, através dos seguintes processos: (2019/18748-8) Composição química de morangos recobertos com biofilmes a base de extratos de casca de romã, quitosana e gelatina / (2022/04977-8) Associação de resíduos agroindustriais na formulação de revestimentos ativos de quitosana e gelatina: valorização de extratos de romã e casca de amêndoa como fontes de compostos fenólicos.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de fevereiro de 2023

Inscrições para eleição de representantes discentes junto aos órgãos colegiados do IFSC/USP

Estão abertas, até às 16h do dia 27 de março do corrente ano, as inscrições para a eleição dos representantes discentes junto aos órgãos Colegiados do IFSC, conforme disposto na Portaria IFSC-05/2023.

A eleição acontecerá no dia 18 de abril do corrente ano, das 09h00 às 15h00, por meio de sistema eletrônico de votação e totalização de votos.

Para conferir a Portaria, clique AQUI.

Requerimento para Inscrição de Chapa  – Graduação (ACESSE AQUI).

Requerimento para Inscrição de Chapa – Pós-Graduação (ACESSE AQUI).

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de fevereiro de 2023

Destaques da produção científica do IFSC/USP (setembro/outubro 2022)

A Biblioteca do IFSC apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como interessantes no bimestre de Set./Out. de 2022 pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters. Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP ou quem tem acesso ao Portal CAPES.

Para mais informações: sbiprod@ifsc.usp.br

ÁREA:   Agricultural Sciences

Development of cellulose-based bactericidal nanocomposites containing silver nanoparticles and their use as active food packaging

ÁREA:   Chemistry

A review on chemiresistive room temperature gas sensors based on metal oxide nanostructures, graphene and 2D transition metal dichalcogenides

Carbon-based materials in photodynamic and photothermal therapies applied to tumor destruction 

Emergence of complexity inhierarchically organized chiral particles

Folding of xylan onto cellulose fibrils in plant cell walls revealed by solid-state NMR

Molecular docking and structure-based drug design strategies

The past and the future of Langmuir and Langmuir-Blodgett films  

Plasmonic biosensing: focus review

Yolk-shelled ZnCo2O4 microspheres: surface properties and gas sensing application

ÁREA:   Clinical Medicine

Features of third generation photosensitizers used in anticancer photodynamic therapy: Review

ÁREA:   Computer Science

Clustering algorithms: a comparative approach

ÁREA:   Materials Science

A non-volatile organic electrochemical device as a low-voltage artificial synapse for neuromorphic computing

ÁREA:   Molecular Biology & Genetics

Functional and evolutionary insights from the genomes of three parasitoid Nasonia species

ÁREA: Pharmacology & Toxicology  

ADMET modeling approaches in drug discovery

ÁREA:   Physics

Antiproton flux, antiproton-to-proton flux ratio, and properties of elementary particle fluxes in primary cosmic rays measured with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Boosting the sensitivity of Nd3+-based luminescent nanothermometers

Generalized Geometric Quantum Speed Limits   

Observation of the Identical Rigidity Dependence of He, C, and O Cosmic Rays at High Rigidities by the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Observation of new properties of secondary cosmic rays lithium, beryllium, and boron by the alpha magnetic spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the boron to carbon flux ratio in cosmic rays from 1.9 GV to 2.6 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the helium flux in primary cosmic rays of rigidities 1.9 GV to 3 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the proton flux in primary cosmic rays from rigidity 1 GV to 1.8 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Revisiting the optical bandgap of semiconductors and the proposal of a unified methodology to its determination

The Kuramoto model in complex networks

The Pierre Auger Cosmic Ray Observatory

Towards understanding the origin of cosmic-ray positrons

ÁREA:   Space Science

Introducing the CTA concept

Multi-messenger observations of a binary neutron star merger

Observation of a large-scale anisotropy in the arrival directions of cosmic rays above 8 x 1018 eV

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de fevereiro de 2023

Em março no IFSC/USP – “Ciência por Elas pra Elas com Elas”

Estruturado em quatro dias, o evento “Ciência por Elas pra Elas com Elas” tem como enfoque o empoderamento da mulher na ciência. O objetivo do evento é ampliar a visão das mulheres que estão no meio científico, mostrando exemplos de sucesso e as possibilidades de retornar seus conhecimentos para as outras mulheres na sociedade, ou seja, a ciência da mulher para a mulher.

O evento ocorrerá de forma presencial durante os dias 21, 22, 23 e 24 de Março de 2023 no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas no Instituto de Física de São Carlos.

Na terça-feira, contará com a apresentação de uma pesquisadora de destaque do nosso instituto e uma pesquisadora destaque do nosso campus, em que será discutido o que vem sendo feito por grandes cientistas que estão presentes em nossos laboratórios.

Na quarta-feira, teremos o grande prazer de contar com cientistas que ocupam lugares importantes de organizações e instituições científicas do nosso país, que irão discutir a presença das mulheres nestas posições.

Já na quinta-feira, iremos realizar um talks e uma roda de conversa com gestoras de projetos sociais incríveis que levam a ciência para meninas e mulheres, discutindo sobre a importância de abrir espaço para uma nova geração de mulheres pesquisadoras e inovadoras.

E, por fim, na sexta-feira, iremos finalizar nosso evento com um talks com mulheres que atuam fora da Academia, empresárias e egressas do IFSC/USP, que contarão suas histórias e como é atuar nestes espaços.

A expectativa é de que o evento contribua de forma positiva, principalmente, para a divulgação dos fortes quadros femininos para a ciência, a importância da representatividade como incentivo no processo de identificação para jovens mulheres ingressantes no meio científico, e discussões pautadas em mostrar como ajudar a luta da mulheres em seu dia a dia na ciência pode trazer frutos à sociedade como um todo.

O que é a SPIE Student Chapter”

A SPIE, Sociedade Internacional de Óptica e fotônica, foi fundada em 1955 com o intuito de promover tecnologias que baseiam seu funcionamento no uso da luz. A SPIE fornece financiamento a cada Student Chapter para que seus membros possam criar e se envolver em oportunidades que possibilitem o desenvolvimento de  suas carreiras.

A SPIE acredita que o futuro pertence à óptica e à fotônica, e que o futuro dessas tecnologias está nas mãos de nossos alunos.

O USP-SC SPIE Student Chapter foi fundado em 2014, no Instituto de Física de São Carlos, sob orientação da professora Cristina Kurachi. Atualmente, contamos com 17 membros, sendo estes alunos de graduação e pós-graduação do IFSC USP.

Em 2022, o Chapter realizou diversos eventos: integração com alunos do instituto, divulgação científica na Semóptica (evento de divulgação científica no Museu da Ciência de São Carlos “Prof. Mário Tolentino”), concurso de fotografia e divulgação científica em escolas. Além disso, tem um papel de divulgação nas redes sociais bem ativo, mostrando as atividades e discutindo sobre temas relacionados à Ciência.

Este ano, o Chapter também iniciou seu novo projeto chamado “SPIE.Talks”, que é um evento com diversas palestras e conversas de diversos temas voltados para os alunos da instituição. O Chapter também sempre está presente em eventos para comemorar o Dia Internacional da Luz, realizando divulgação científica e demais atividades.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de fevereiro de 2023

De São Carlos para Salvador (BA): IFSC/USP difunde técnica para tratamento de feridas falciformes

Enfermeira Elisandra, no treinamento, utilizando o equipamento M-Light da MMO no tratamento de um dos pacientes

Uma representação do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) – CEPID da FAPESP alocado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) – deslocou-se nos dias 29, 30 e 31 de janeiro último ao Complexo Hospitalar de Salvador, ligado a Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde promoveu um treinamento para médicos e enfermeiros daquele centro, no sentido de ser implementado o tratamento de feridas falciformes com técnicas fotônicas desenvolvidas no Instituto.

A doença falciforme é uma anomalia genética hereditária e bastante frequente em todo mundo, sendo caracterizada por alteração da forma e função dos glóbulos vermelhos existentes no sangue (hemácias). Esta alteração de forma, que transforma a configuração das células, dificulta a circulação e a chegada do oxigênio aos tecidos, desencadeando uma série de sinais e sintomas como, dores crônicas, infecções e, principalmente, feridas difíceis de cicatrizar. No Brasil, mas de vinte mil novos casos são detectados todos os anos (fração semelhante segue em todo o planeta). A doença não tem cura e, portanto, é considerada crônica, persistindo por toda a vida, sendo que Bahia é o estado do Brasil com a maior incidência, ocorrendo em 1 a cada 600 nascimentos, motivo pelo qual a UFBA recebeu do governo estadual a verba necessária para o treinamento acima citado.

A delegação do IFSC/USP foi constituída pelo coordenador do CEPOF, Prof. Vanderlei Bagnato e pela enfermeira parceira do centro, especialista no tratamento de feridas, Elissandra Moreira, que, com os equipamentos desenvolvidos pelo IFSC/USP e por  empresas parceiras, explicaram e demonstraram aos profissionais de saúde como aplicar o procedimento, tendo toda a equipe, na ocasião, iniciado o tratamento em seis pacientes com a doença falciforme.

O procedimento, que tem se mostrado muito bom para outros tipos de úlceras, consiste em uma descontaminação com ação fotodinâmica da ferida, seguindo-se a foto-bioestimulação, que promove vascularização, uma melhor oxigenação e a regeneração tecidual, dentre outros efeitos benéficos.

O grupo participante – médicos, enfermeiros, biomédicos e farmacêuticos do Centro da Bahia

A maioria dos pacientes tem este tipo de feridas há mais de cinco anos e este tratamento agora implementado na Bahia é bastante esperado por todos.  Segundo o Prof. Vanderlei Bagnato, “Este tipo de cooperação torna todo nosso trabalho ainda mais útil de de grande abrangência, demonstrando o valor social de nossas pesquisas. Já somos referência em pesquisa e isto deve vir acompanhado  de uma determinação em sermos parceiros de toda sociedade brasileira – e mesmo mundial –  na disponibilização do conhecimento para virar tecnologia inovadora“.

O tratamento tem a duração de entre seis a dez semanas no sentido de promover a cicatrização das úlceras falciformes, devendo abranger milhares de pessoas que necessitam deste atendimento. Os equipamentos transportados pela delegação do CEPOF ficaram no Complexo Hospitalar de Salvador, como forma de garantir o início do tratamento junto da população local.

Na Bahia, o projeto é coordenado pelos Drs.  José Valber Menezes e Vitor Fortuna, ambos da UFBA.

Projeto “Atividades Além Fronteiras”

O CEPOF vem promovendo o chamado Projeto “Atividades Além Fronteiras”, com iniciativas que ocorrem nos Estados Unidos, França, Alemanha, Inglaterra, Moçambique, Chile, Equador, Colômbia, Mexico e Cuba,  entre outros, procurando ter uma atuação realmente internacional, além de sua componente nacional. “Esperamos ser úteis e continuar a ter colaborações em todo Brasil, mas também com diversas instituições em diversas partes do mundo, como já acontece em alguns países. Queremos que nossas atividades e seus respectivos financiamentos tenham em consideração esta aposta internacional, já que é desta forma que se promove a internacionalização de projetos”, finaliza Bagnato.

Rui Sintra – jornalista – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de fevereiro de 2023

Chamada “Fulbright Distinguished Scholar Award em Ocean Governance”

Estão abertas até 15 de setembro do corrente ano as inscrições à chamada para o ciclo 2024-25 em “Ocean Governance da Comissão Fulbright” (Cátedra Fulbright-USP) (VER AQUI).

Para a comunidade USP, a chamada está voltada aos docentes que têm interesse em serem anfitriões de pesquisadores visitantes dos EUA, embora a inscrição seja de responsabilidade do professor visitante em potencial.

As áreas contempladas serão aquelas ligadas aos impactos sociais e econômicos que afetam a vida humana:

*Desafios científicos

*Exploração sustentável de recursos minerais e energéticos

*Oceanografia Geológica

*Bioeconomia

*Transporte e turismo

*Monitoramento tecnológico

*Geopolítica e Direito dos Oceanos

*Políticas sobre água e poluição

Para dúvidas gerais, enviar email para westhem@iie.org.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de fevereiro de 2023

Atualização da produção científica do IFSC/USP – janeiro 2023

Para ter acesso às atualizações da produção científica do IFSC/USP cadastradas no mês de  janeiro  de 2023, clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI)

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio” em frente à biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Physica A: Statistical Mechanics and its Applications” (VER AQUI)

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de fevereiro de 2023

Por meio de fotólise da água – Pesquisadores aumentam em 30 vezes a capacidade de um semicondutor produzir hidrogênio verde

Fotólise para produção de H2 utilizando o Mo:SrTiO3/NiO@Ni(OH)2 como fotocatalisador

Através de uma inovadora forma para gerar hidrogênio verde, pesquisadores liderados pelo Prof. Renato Vitalino Gonçalves (IFSC/USP), conseguiram aumentar em trinta vezes a capacidade de um material semicondutor produzir hidrogênio verde por intermédio da fotólise da água, processo este que consiste em dividir a molécula de água usando luz como única fonte de energia.

Segundo matéria publicada no portal da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat), este avanço contribui para o desenvolvimento de formas eficientes de gerar hidrogênio verde, que é o combustível produzido usando energia renovável e limpa.

No citado artigo é descrito o procedimento e as considerações do Prof. Renato Vitalino Gonçalves.

“Para que a fotólise ocorra, é necessário contar com um fotocatalisador suspenso na água. O fotocatalisador é um material semicondutor capaz de absorver luz e, a partir disso, gerar as cargas (elétrons e buracos) necessárias às reações de oxidação e redução que provocam a dissociação das moléculas de água (H2O) em hidrogênio (H2) e oxigênio (O2). Além disso, o material deve ser estável em ambiente aquoso.

“O titanato de estrôncio (SrTiO3) é um dos principais materiais semicondutores aplicados à fotólise para produção de hidrogênio verde por atender os requisitos físico-químicos para oxidar e reduzir a molécula de água”, diz o professor Renato Vitalino Gonçalves, autor correspondente do artigo que reporta esta pesquisa no periódico ACS Applied Energy Materials. “Contudo, existem algumas limitações intrínsecas a este material que cerceiam seu potencial fotocatalítico, como, por exemplo, seu largo bandgap de ~3,2 eV, que restringe sua absorção óptica à região do UV, a qual corresponde a apenas 4%, aproximadamente, do espectro solar”, completa o cientista. Outra limitação deste material, comum a todos os semicondutores, é a rápida recombinação de elétrons e buracos, a qual impede que essas cargas fluam livremente e possam promover as reações de oxidação e redução.

Dessa forma, a equipe brasileira, conduzida pelo professor Gonçalves, decidiu modificar o titanato de estrôncio para aumentar a sua eficiência na fotólise. Inicialmente, os pesquisadores doparam o semicondutor com o metal de transição molibdênio (Mo) e obtiveram partículas cúbicas desagregadas com faces bem definidas. O dopante, não convencional, foi responsável por tornar o material capaz de absorver luz na região do visível, a qual representa cerca de 43% do espectro solar.

Em um segundo momento, os autores do trabalho depositaram nanopartículas de níquel de cerca de 2 nm na superfície das partículas obtidas. O resultado foi uma junção de semicondutores de dois tipos: o Mo:SrTiO3, de tipo n, e o NiO@Ni(OH)2, de tipo p. “Nesta nova configuração, os buracos fotogerados são direcionados para a estrutura de NiO@Ni(OH)2, enquanto os elétrons migram para a superfície do Mo:SrTiO3, resultando em uma melhor separação de cargas e, consequentemente, redução na taxa de recombinação de elétrons e buracos”, explica Gonçalves.

Os fotocatalisadores foram colocados em suspensão em uma solução aquosa com 20% de metanol como agente de sacrifício – uma estratégia amplamente utilizada para incrementar a produção de hidrogênio e, ainda, gerar subprodutos de alto valor para a indústria química. “Quando misturado em água, este álcool é preferencialmente oxidado, em detrimento do lento processo de oxidação da água”, diz o professor Gonçalves. “Ainda assim, o H2 produzido é a partir da redução da molécula de água e não como subproduto da oxidação do metanol”, completa.

Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) do Mo:SrTiO3/NiO@Ni(OH)2 e mapeamento EDS

Ao aumentar a luz absorvida e diminuir a perda de cargas fotogeradas, o material “turbinado” apresentou um excelente resultado na produção de hidrogênio por fotólise: um aumento da sua atividade fotocatalítica de cerca de 30 vezes com relação ao semicondutor puro.

Cooperação científica brasileira

O trabalho científico foi liderado pelo professor Renato Vitalino Gonçalves, que coordena o Grupo de Nanomateriais e Cerâmicas Avançadas (NaCA) e o Laboratório de Fotossíntese Artificial e Nanomateriais (LAPNano) no IFSC-USP. A síntese dos materiais e o estudo das suas propriedades estruturais, ópticas e eletrônicas, bem como o seu desempenho fotocatalítico para a produção de hidrogênio verde foram desenvolvidas no IFSC-USP, dentro da pesquisa de doutorado de Higor Andrade Centurion, orientada pelo professor Gonçalves.

A identificação e caracterização das nanopartículas de níquel no material foi realizada com a colaboração de uma equipe da UFABC e do LNNano-CNPEM, formada pelo professor Flávio Leandro de Souza, a pós-doutoranda Ingrid Rodriguez-Gutierrez  e o pesquisador Jefferson Bettini. Em colaboração com a professora Liane M. Rossi (IQ-USP), foi realizada a quantificação do níquel utilizando a técnica de espectroscopia de absorção atômica por chama.

Além disso, com a colaboração do professor Heberton Wender (UFMS) foi possível realizar medidas de fotoluminescência que corroboraram a supressão da recombinação das cargas fotogeradas pela formação da junção p – n.

Finalmente, simulações computacionais que permitiram entender o comportamento dos materiais foram realizadas junto ao professor Matheus M. Ferrer, da UFPel, e ao mestrando Lucas Gabriel Rabelo, do IFSC-USP, que também teve orientação do professor Gonçalves.

O trabalho foi financiado, principalmente, pela FAPESP e, através do RCGI, pela FAPESP/Shell. Também contou com apoio financeiro da FAPERGS”.

Para acessar o artigo científico relativo a esta pesquisa, clique AQUI.

(Com informações da SBPMat)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de fevereiro de 2023

Lançado o livro “Reabilitação com Terapias Combinadas – Uma nova visão de otimização terapêutica”

Através de uma leitura técnica especialmente dedicada aos profissionais de saúde, foi lançado recentemente (em versão eletrônica) o livro intitulado “Reabilitação com Terapias Combinadas: Uma nova visão de otimização terapêutica”, assinado pelos pesquisadores Karen Cristina Laurenti, Elissandra Moreira Zanchin, Vitor Hugo Panhoca e Vanderlei Salvador Bagnato.

Esta publicação é um verdadeiro compêndio sobre laserterapia e seu entendimento nas aplicações em reabilitação realizado de maneira conjugada a outras terapias, como ultrassom, pressão negativa e pressão positiva, onde os profissionais de saúde têm à sua disposição protocolos desenvolvidos por pesquisadores clínicos experientes, tendo como principal objetivo levar a saúde aos diversos pacientes, associando ciência e tecnologia com a prática terapêutica, de forma adequada.

Este livro contém, ainda, os artigos científicos que foram publicados ao logo do tempo sobre a conjugação do laser com outras técnicas e que derivaram em novas terapias conjugadas, bem como os protocolos relativos aos tratamentos que entretanto se iniciaram.

Para acessar ou baixar esta publicação, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de fevereiro de 2023

Na USP de São Carlos – Técnica monitora órgãos para transplante

 

(Crédito – Healthgrades)

 

Um grupo de pesquisadores pertencentes ao Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP/USP) e Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Universidade do Vale da Paraíba (UNIVAP/São José dos Campos), desenvolveu recentemente uma pesquisa que resultou no desenvolvimento de uma nova abordagem que ajuda a estimar a taxa de sobrevida dos pacientes sujeitos a transplantes do fígado.

A técnica, chamada de “espectroscopia de fluorescência óptica”, utiliza um sistema composto por fibras ópticas que emite luz laser de cor violeta. Bastando apenas um contato com o local especifico do corpo do paciente, o novo sistema consegue excitar as moléculas que se encontram presentes no órgão e coletar a fluorescência produzida na forma de um conjunto de padrões que fornecem uma espécie de “impressão digital” do que está acontecendo no órgão, em tempo real.

A pesquisa foi desenvolvida com procedimentos de transplante realizados na Unidade Especial de Transplante de Fígado (UETF), do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP), sendo que a análise dos dados coletados ficou a cargo do Laboratório de Biofotônica do Departamento de Física e Ciência dos Materiais, Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), financiado pelo Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica – CEPOF (programa CePID/FAPESP) e o INCT de Óptica Básica e Aplicada às Ciências da Vida (CNPq/FAPESP).

A coleta de dados abrangeu 15 enxertos provenientes exclusivamente de doadores falecidos, após morte encefálica oficializada e informada de acordo com os protocolos vigentes. O monitoramento dos enxertos deu-se durante as etapas do transplante que envolveram a perfusão fria – fase em que o sangue do órgão é substituído no doador por uma solução de preservação resfriada, e a reperfusão quente, quando a solução de perfusão, perfundindo o órgão, é substituída novamente por sangue, já no paciente receptor.

O que acontece com um órgão transplantado ou sujeito a cirurgia

Quando um órgão é transplantado, ou sujeito a uma cirurgia, acontece uma alteração metabólica bastante acentuada, já que um número expressivo de biomoléculas são alteradas. No caso de um transplante – e aqui nos reportamos ao fígado –, o órgão deve ter suas condições metabólicas preservadas de modo a permanecer viável para o transplante. Isto significa que há um padrão de “normalidade” para a emissão de fluorescência que a técnica usa como referência. Quando a resposta de fluorescência se mostra diferente desse “normal”, é possível correlacionar tal mudança com alterações indesejadas no órgão transplantado, que podem indicar que este não é mais viável para o procedimento. Assim, a nova técnica está correlacionada com a sobrevida do paciente.

O pesquisador José Dirceu Vollet Filho, pós-doutorando do Departamento de Física e Ciência dos Materiais (IFSC/USP), que é o primeiro autor do trabalho que foi publicado em meados do ano passado sobre este tema, comenta: “Este estudo vem sendo desenvolvido desde 2006, quando foram elaboradas as primeiras investigações clínicas. Até a etapa presente, viemos aprendendo o passo-a-passo, a reconhecer os padrões do que é esperado, ou não, em termos da resposta óptica para o tecido transplantado, pois ela reflete as condições desse tecido. Com isso, espera-se obter parâmetros ópticos que sirvam como referência para desenvolver instrumentos de monitoramento em tempo real da qualidade e viabilidade do órgão transplantado. Por um lado, monitorar a qualidade das perfusões fria e quente por meio da luz deverá auxiliar a prever problemas de isquemia e má perfusão, que podem comprometer o órgão transplantado. Por outro, associar a fluorescência do tecido a parâmetros bioquímicos mensuráveis por análises clínicas bem estabelecidas deverá acelerar e aumentar a segurança de procedimentos de transplante, já que essa fluorescência reflete as moléculas presentes, e pode indicar desequilíbrios bioquímicos indesejados. Normalmente, as informações bioquímicas usadas para determinar a viabilidade do órgão dependem de análises laboratoriais mais invasivas e demoradas. Por isso, a correlação dessas informações com a luz, obtidas em tempo real por meio de uma fibra óptica, poderá vir a tornar as decisões dos cirurgiões mais rápidas e seguras, oferecendo mais elementos de análise do procedimento de transplante enquanto ele ocorre e, com isso, reduzindo riscos ao paciente receptor.”

(Crédito – Arquivo pessoal dos autores do artigo científico)

Apoiando os profissionais de saúde

Técnicas ópticas para diagnósticos em geral têm-se mostrado excelentes, porque são rápidas, e o desenvolvimento das técnicas de análise espectral, como neste caso concreto de transplantes de fígado, têm demonstrado uma grande segurança. “É uma técnica muito boa e eficaz não só para o acompanhamento de todo o processo de remoção do órgão do doador, como também no acompanhamento do desenrolar dos procedimentos do transplante para o paciente receptor”, sublinha o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, coordenador do Grupo de Óptica do IFSC/USP e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), alocado no mesmo Instituto, acrescentando que este processo é uma técnica de biópsia óptica não-invasiva e que, entre outras funções, serve para identificar muitas anomalias em diversos órgãos do corpo humano, sendo uma ferramenta de apoio aos profissionais de saúde.

Sendo uma técnica relativamente nova para este tipo de procedimentos, Bagnato afirma sua convicção do grupo estar contribuindo para que os transplantes ocorram cada vez com mais sucesso. “O processo utiliza uma fibra óptica que transmite uma luz, coletando seguidamente uma resposta do fígado transplantado através de fluorescência. Para obter essa resposta basta encostar a fibra óptica no local exato do corpo do paciente e obter os dados, fornecendo ao corpo médico as oportunidades de desenvolver as ações necessárias”, finaliza Bagnato.

Assinam este artigo científico os pesquisadores: José Dirceu Vollet-Filho (IFSC/USP, Juliana Ferreira-Strixino (IFSC/USP e UNIVAP/São José dos Campos), Rodrigo Borges Correa (FMRP/USP), Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP), Orlando de Castro e Silva Júnior (FMRP/USP) e Cristina Kurachi (IFSC/USP).

Para acessar o artigo científico, clique AQUI.

(Créditos das imagens – Healthgrades / University California San Francisco (UCSF) – Benioff Childrens Hospitals)

Rui Sintra – Jornalista e Assessor de Comunicação – IFSC/USP

1 de fevereiro de 2023

No ICMC/USP: IX Workshop de Soluções Matemáticas para Problemas Industriais

O Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI) realiza entre os dias 06 e 10 deste mês de fevereiro, nas instalações do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), (de forma presencial) o “IX Workshop de Soluções Matemáticas para Problemas Industriais”.

O evento é voltado a profissionais do setor produtivo e de outras áreas do conhecimento, pesquisadores em matemática, estatística e computação e áreas correlatas, estudantes de pós-graduação e alunos do último ano de bacharelado em ciências matemáticas.

O Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI) tem como objetivo básico promover e fomentar a cooperação interdisciplinar entre profissionais das ciências matemáticas e o setor produtivo.

Os Workshops de Soluções Matemáticas para Problemas Industriais têm se mostrado um modelo eficiente na aproximação universidade-indústria. Tratam-se de grupos de trabalho intensivo em problemas específicos, trazidos pelo setor produtivo para a análise por cientistas matemáticos, estatísticos e computacionais.

Estes grupos de trabalho foram inicialmente desenvolvidos na Universidade de Oxford na década de 60. Com o enorme sucesso dos resultados obtidos, foram sendo difundidos como uma atividade regular em diversos países, dentre os quais África do Sul, Alemanha, Austrália, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda e Portugal.

Informações e inscrições (gratuitas) podem ser encontradas (AQUI).

Para os participantes da IFSC/USP não haverá necessidade de carta de apresentação.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de fevereiro de 2023

Disciplina optativa no IFSC/USP é um sucesso e regressa em 2023 – “Inovação e Empreendedorismo com ênfase em Patentes”

Prof. Daniel Magalhães

A realização da disciplina optativa “Inovação e Empreendedorismo com ênfase em Patentes”, iniciativa levada a efeito no segundo semestre de 2022 (agosto/novembro) e organizada pelo IFSC/USP, com a participação do Escritório de Ações para Imersão no Mercado de Trabalho (EAIMT), resultou na aprovação de cerca de 85 alunos, dentre os 150 que se inscreveram.

Totalmente online e aberta a todos os alunos que frequentam cursos no ensino superior  – seja qual for a área do conhecimento -, esta disciplina optativa tem o objetivo de complementar o conhecimento que os alunos estão adquirindo em seus respectivos cursos, transmitindo-lhes a importância de cultivar algo que já é tradicional em nosso Instituto – a inovação e o empreendedorismo -, neste caso com foco na produção de patentes.

Esta disciplina optativa, ministrada pelos Profs. Daniel Magalhães e Vanderlei Salvador Bagnato, tem como principais fundamentos:

– Apresentar o papel das instituições de ensino e pesquisa no contexto da inovação e empreendedorismo;

– Apresentar aos alunos de graduação quais são os conhecimentos, as habilidades e as atitude que necessitam ser desenvolvidas para possibilitar, a partir da concepção da ideia, a obtenção de uma marca e patente;

– Estimular a criatividade do aluno na geração de ideias e sistemas inovadores, que possam se tornar marcos com seu domínio institucional garantido.

Ênfase na produção de patentes – propriedade intelectual

“Muitas disciplinas falam de algo que já constitui uma longa cultura aqui no IFSC/USP, que é a inovação e o empreendedorismo, e algumas delas têm mais foco em aspectos gerais de empreendedorismo e empreendedorismo para “startups” – como criar uma “startup”, etc. O foco desta disciplina optativa é a ênfase que ela dá na produção de patentes, que é, de fato um objetivo muito interessante. Quando alguém decide empreender, e se tem uma ideia ou um produto novo, inovador, essa pessoa tem a necessidade de se proteger, de proteger sua ideia ou produto, até porque isso facilitará muito a captação de investimentos no futuro para que a entrada dela no mercado seja uma realidade”, relata o Prof. Daniel Magalhães, que, além de ministrar a disciplina, é um dos coordenadores de inovação do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), um CEPID da FAPESP alocado no IFSC/USP.

Empreendedorismo em São Carlos – Startups

(Créditos – Shutterstock)

A questão da produção de patentes está intimamente ligada ao empreendedorismo, algo que ainda não faz parte do cotidiano de nossa cidade, necessitando de ações mais robustas, como explica o Prof. Magalhães. “Muitas vezes, empreender pode acontecer na sua sala, no seu ambiente de trabalho. Fala-se muito em “intra-empreendedorismo”, algo que é apenas desenvolvido dentro de uma empresa graças a ideias e projetos de seus colaboradores no sentido de implementar algo novo. Tem grandes empresas que estimulam os funcionários e colaboradores a proporem inovações, mesmo patenteáveis. Por exemplo, temos ex-alunos que têm patentes junto com grandes empresas, recebendo royalties só por isso”, pontua Magalhães.

A propriedade em São Carlos já deu origem à criação de cerca de duzentas “startups” e elas continuam florescendo em nossa cidade, embora em um ritmo lento. “Muitas dessas “startups” estão diretamente focadas na ideia ou no produto proposto na patente, com a intenção de virarem um negócio, ou serem absorvidas por uma empresa de grande expressão, consoante a inovação que for apresentada. A “startup” tem a agilidade de ser criada e de repente sumir caso não dê certo, com pouco ônus.

Regresso da disciplina no segundo semestre de 2023

A disciplina optativa “Inovação e Empreendedorismo com ênfase em Patentes” vai regressar no segundo semestre de 2023 (data a anunciar), mantendo os dias e os horários que foram instituídos no ano passado – quartas-feiras entre as 19h00 e as 20h00 -, ao longo de três meses, no formato online.

Quanto ao conteúdo da disciplina, ela estará organizada da seguinte forma:

–  Considerações gerais, histórico e definição;

– Principais tratados;

– Sistema de Propriedade Intelectual;

Legislação de propriedade intelectual (internacional e brasileira);

– Formas legais de proteção/exemplos;

– Patentes (definição e requisitos legais exigidos);

– Informação tecnológica a partir dos documentos de patente / Busca de anterioridade;

– Elaboração de relatórios de patente;

– Depósito e gestão de patente;

– Fases do patenteamento;

– PCT (Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes);

– – Exemplos de patentes;

– Da ideia ao produto;

– Como escolher a proteção adequada;

– Marcas;

– Procedimentos para registro e gestão da marca;

– Atividades.

Fique atento às noticias veiculadas no portal e nas mídias sociais do IFSC/USP em relação ao anúncio relativo ao início desta disciplina.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de janeiro de 2023

USP passa a utilizar sistema próprio de ingresso a partir de notas do ENEM

ENEM/USP substitui o SISU e alunos se inscrevem diretamente na FUVEST

A partir de agora, a Universidade de São Paulo (USP) institui uma nova forma de seleção em seu vestibular, substituindo o Sistema de Seleção Unificada (SISU) pelo denominado ENEM/USP. Com essa medida, sincroniza-se o calendário dos aprovados pela FUVEST e através do ENEM.

Esta nova forma de seleção veio da constatação de que muitas vagas do SISU não estavam sendo preenchidas porque havia um problema de atraso na liberação dos resultados. De fato, a escolha via SISU só ocorre semanas após a divulgação das notas do ENEM. A USP fez um acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais “Anísio Teixeira” (INEP) para ter acesso imediato aos resultados do ENEM. Ao contrário do que acontecia antes, em que candidatos(as) tinham que se inscrever no SISU, agora podem se inscrever diretamente na FUVEST. Assim, concorrerão diretamente a uma das vagas para a USP através dos resultados do ENEM.

Candidatos(as) só terão que entrar no site da FUVEST (VER AQUI)-, colocarem seus dados e se candidatarem a uma das vagas disponíveis no curso de sua preferência. Caso seja selecionado(a), esse(a) candidato(a) vai poder fazer a matrícula juntamente com ingressantes da FUVEST.

Confira todas as informações AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de janeiro de 2023

Novo Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil na USP – PAPFE-2023

A Pró-Reitora de Inclusão e Pertencimento da USP (PRIP) divulgou recentemente um vídeo contendo explicações sobre o novo Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil – PAPFE-2023”.

Além do citado vídeo, também está disponível o edital para o PAPFE 2023 que já está com o prazo de inscrições aberto.

Para consultar o edital, clique AQUI.

Para assistir ao vídeo, clique na imagem abaixo.

Para obter mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de janeiro de 2023

Microscópio visualiza moléculas usando elétrons em vez de luz: Ex-aluno da USP de São Carlos é o responsável pelo equipamento

Vitor Hugo Serrão, ex-aluno do Curso de Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares da USP de São Carlos, do Instituto de Física, é um dos pesquisadores especialistas que trabalham com o potente crio-microscópio recentemente instalado no novo centro de crio-microscopia eletrônica, na Universidade de Califórnia, Santa Cruz (UCSC-EUA) – o “Glacios 20 kV Transmission Electron Microscope”, um dos poucos existentes no mundo e uma ferramenta que está ajudando a revolucionar a biologia estrutural.

Este microscópio permite aos pesquisadores  visualizarem proteínas, colhendo imagens delas congeladas em um fino filme de gelo. A operação consiste em colocar uma pequena gota que contém a proteína em uma pequena grade de metal de 3 milímetros de diâmetro. Essa grade é então mergulhada em etano líquido a cerca de -196 °C, congelando  tão rapidamente a amostra que  as moléculas de água vitrificam. Em seguida, essa amostra é colocada dentro do microscópio eletrônico onde um feixe de elétrons permite a formação da imagem. Ou seja, os elétrons funcionam como uma luz que, através da lente de uma sofisticada câmera, cria assim um grande conjunto de imagens que representam projeções das proteínas presentes na amostra. A partir destas projeções são construídos modelos tridimensionais que são posteriormente refinados e analisados.

As novas instalações da UCSC

O novo microscópio e as novas instalações da UCSC, gerenciadas pelo Dr. Vitor Hugo Serrão – que estão abertas para qualquer pesquisador nacional ou internacional e para empresas de biotecnologia -, foram destaques em uma das edições de dezembro de 2022 do jornal “Santa Cruz Sentinel”. Nessa edição, uma das constatações foi que  computadores poderosos ajudam a analisar milhares de imagens para serem montadas em um modelo 3D das moléculas em estudo. Esse modelo 3D, que os cientistas chamam de “estrutura resolvida”, pode ser usado para projetar medicamentos ou aprender sobre doenças, dando como exemplo a imagem da proteína presente na superfície do coronavírus – aquela que apareceu em todos os artigos sobre o COVID-19 nos últimos dois anos. De fato, essa imagem foi gerada usando crio-microscopia eletrônica. Foi um dos principais motivos pelos quais os pesquisadores foram capazes de projetar tratamentos e vacinas de forma tão rápida, mostrando-se muito mais rápida e automatizada do que as técnicas tradicionais, como a cristalografia de proteínas e difração de raios-X.

O pesquisador da UCSC, Vitor Hugo Serrão, junto ao “Glacios Cryo-Transmission Electron Microscope”. (Foto – Elise Overgaard – Santa Cruz Sentinel)

A importância de entender a estrutura de moléculas

Sabendo-se que as proteínas estão na pele, sangue, ossos e em todos os outros tecidos do corpo, elas controlam seu relógio biológico, estão envolvidas em doenças, movimentam os músculos e ativam todos os sentidos, mesmo sendo muito, muito pequenas. Para referência, o diâmetro de um cabelo humano é de cerca de 100.000 nanômetros, enquanto o diâmetro de uma única proteína é em média de cerca de 5 nanômetros.

Em declarações ao citado jornal, o pesquisador Vitor Hugo Serrão confirmou a importância do novo microscópio, afirmando: “Se queremos entender a biologia, que é a ciência que estuda a vida, é importante entender a estrutura de moléculas”. De fato, os biólogos estruturais estudam as formas das proteínas, sendo que a forma determina a função. Proteínas que têm a forma original alterada podem causar doenças, como Alzheimer e Parkinson, e a maioria das drogas são baseadas nas formas das  proteínas alvo. Mas, para estudar as estruturas das proteínas, os cientistas precisam ser capazes de observá-las, algo que o novo microscópio faz com extrema eficiência e rapidez, projetando-se como uma nova ferramenta para avançar nas mais complexas pesquisas.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de janeiro de 2023

Pesquisa/tratamento – Chamada de voluntárias com distúrbios do sono

(Créditos: UCLA)

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através de seu Grupo de Óptica e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), está promovendo uma chamada de pesquisa para trinta mulheres voluntárias com idades entre 30 e 50 anos, que tenham distúrbios no sono.

Esta chamada visa desenvolver e avaliar um tratamento para distúrbios do sono com base na aplicação de laser e ultrassom, visando restabelecer os padrões de qualidade nas pessoas que sofrem com esse problema.

As trinta mulheres voluntárias serão divididas em dois grupos de quinze: o primeiro grupo será constituído por voluntárias que tomam medicamentos controlados, enquanto o segundo grupo será composto por voluntárias que não fazem uso de medicamentos controlados.

Não poderão se candidatar grávidas, pessoas com marca-passo e com histórico oncológico.

Esta pesquisa estará sob a responsabilidade do pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio Aquino, com supervisão do Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, sendo que as inscrições para esta chamada poderão ser feitas através do telefone da Unidade de Terapia Fotodinâmica / Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, pelo telefone (16) 3509-1351.

Assessoria de Comunicação IFSC/USP

20 de janeiro de 2023

“Brazilian School and Workshop on Statistical Mechanics – Recent Developments” – 23 a 27 de janeiro de 2023

Com os patrocínios da FAPESP, Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP e Universidade de São Paulo (USP), realiza-se entre os dias 23 e 27 de janeiro de 2023, nas instalações do IFSC/USP, o “Brazilian School and Workshop on Statistical Mechanics – Recent Developments”, uma Escola dedicada às comunidades científicas das áreas de teoria de matéria condensada e física estatística, cujo foco se irá concentrar em descrever matematicamente fenômenos complexos em sistemas fortemente interativos, reunindo os pesquisadores em um ambiente onde os conceitos e técnicas possam ser disseminados e discutidos.

Esta Escola – integralmente apresentada em idioma inglês – contará com três minicursos na fronteira das áreas de física estatística e matéria condensada, bem como um workshop, atividades estas que procurarão promover novas linhas de pesquisa e angariar mais colaborações através do leque de tópicos que irão ser abordados, como, por exemplo: supercondutividade não convencional, transições de fase, líquidos de spin, dinâmica de sistemas quânticos fechados e dinâmica de sistemas clássicos de não equilíbrio, entre outros.

Para conferir o programa dos Minicursos, clique AQUI.

Para conferir o programa do Workshop, clique AQUI.

Para assistir ao vivo pelo Canal Youtube do IFSC/USP, clique AQUI.

Para se inscrever neste evento, clique na imagem abaixo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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