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17 de dezembro de 2019

Laser de baixa potência trata dores orofaciais – neuralgia do trigêmeo

Você alguma vez sentiu pequenos choques que se estendem pelo maxilar até à parte posterior da orelha?

Esses pequenos choques (neuralgia do trigêmeo), mais usuais em mulheres com idades acima dos cinquenta anos, são originados pela compressão da artéria cerebelar superior sobre  a raiz nervosa do trigêmeo, uma inflamação que pode ter origem na progressiva rigidez da artéria, ou no aparecimento de aterosclerose, etc., e a qual se dá o nome de neuralgia do trigêmeo.

A neuralgia do trigêmeo é um distúrbio nervoso que provoca uma dor insuportável na região do rosto, por onde passa o nervo trigêmeo – responsável por carregar as mensagens das sensações do rosto para o cérebro. Na opinião de muitos especialistas, as dores sentidas por esta condição são descritas como uma das piores dores que existem“, caracterizadas por um incômodo muito forte na cabeça, como a sensação de um “choque”, ou queimadas nas áreas de onde os ramos do nervo são distribuídos – por exemplo, lábios, olhos, nariz, couro cabeludo, testa, mandíbula e maxilar. As dores, que são constantes e muito fortes, costumam ter duração de alguns segundos até dois minutos.

Dr. Vitor Hugo Panhoca

Até há bem pouco tempo atrás, um dos mais eficientes métodos para eliminar esse mau estar era a administração de medicação e uma pequena cirurgia chamada “Técnica Cirúrgica Janetta”, ou compressão por balão, onde se colocava uma espécie de almofada, ou amortecedor, debaixo dessa artéria, evitando, dessa forma, a compressão da mesma sobre a raiz do nervo trigêmeo.

Agora, a Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF), instalada na Santa Casa da Miserícórdia de São Carlos, através do Dr. Vitor Hugo Panhóca, iniciou um novo protocolo para esse tipo de mau estar, com uma terapia complementar para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, através da aplicação de luz laser nos locais doloridos (laserterapia de baixa potência).

“Combinada com as usuais drogas utilizadas para esse efeito – oxicarbamazepina e carbamazepina -, a repolarização dos nervos acontece com mais rapidez e eficácia, proporcionando um alívio rápido para os incômodos que provocam esses choques. Em cerca de dois a três meses, com oito a doze aplicações de laser de baixa potência durante quinze minutos cada, essa situação ficou normalizada”, confirma o Dr. Vitor Hugo Panhóca, que é especialista em dor orofacial e é o responsável pelo tratamento na UTF.

As pessoas portadoras com esses sintomas, poderão marcar atendimento na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, através do telefone (16) 3509-1351.

(Imagens: Globo / Vidal Saúde)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de dezembro de 2019

Câncer de próstata é detectado precocemente com novo biossensor

Um biossensor que diagnostica a pré-disposição de desenvolver câncer de próstata muito antes do surgimento dos primeiros sintomas? E que detecte o câncer de próstata em apenas 1 hora, ao custo de R$4,00 por exame?

Isso pode se tornar realidade em muito curto prazo como resultado de uma pesquisa desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Embrapa Instrumentação e Hospital de Amor de Barretos.

O câncer de próstata é o mais comum em homens e o segundo mais letal, superado apenas pelo câncer de pulmão. É responsável por 20% dos casos totais de câncer, com estimativa de incidência de 1.392.727 de novos casos em 2020 e taxa de mortalidade de 27%, segundo dados da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). Neste cenário, o diagnóstico precoce é determinante para a sobrevivência do paciente. Contudo, os exames de custo elevado são oferecidos apenas na rede particular de saúde, limitando o acesso da população a tais exames de detecção precoce.

Andrey Coatrini Soares sublinha a grande parceria entre o IFSC/USP, a Embrapa Instrumentação e o Hospital de Amor de Barretos para concluir este trabalho importante

Pesquisadores do IFSC/USP, da Embrapa Instrumentação e do Hospital de Amor de Barretos, desenvolveram um biossensor que pode, num futuro próximo, ser empregado em exames – similares aos testes de glicose de farmácia – para detectar a pré-disposição do paciente em desenvolver o câncer de próstata. O exame não será invasivo, usando uma gota de sangue ou, preferencialmente, urina do paciente, com a detecção de um novo biomarcador (PCA3-Prostate Cancer Antigen 3).

Um exame com PCA3 poderá eliminar a necessidade de toque retal e de biópsias nos estágios iniciais de diagnóstico. Isso será possível porque o PCA3, diferentemente do PSA, indica somente a presença da pré-disposição para o desenvolvimento do câncer de próstata. Ou seja, ele não se altera com inflamações, como a prostatite, que hoje geram falsos positivos nos exames de PSA, ou seja, confundem-se com sinais de câncer.

O biossensor é composto por uma sonda de material genético, imobilizada em eletrodos de ouro, que detecta a presença do material genético complementar indicador do surgimento do câncer de próstata. Amostras de urina ou de sangue poderão ser gotejadas sobre o eletrodo e em cerca de uma hora é possível saber se o paciente possui aquele material genético em suas células. Desta forma, o paciente pode iniciar a prevenção da doença precocemente, anos antes de o câncer se manifestar, o que aumenta as chances de cura.

Um trabalho muito gratificante, sublinha a pesquisadora Juliana Coatrini Soares

Devido à sua simplicidade, rapidez do diagnóstico e de seu baixo custo, espera-se que este biossensor possa ser implantado no Sistema Único de Saúde no começo da cadeia de exames para diagnóstico do câncer de próstata. O biossensor está em processo de patenteamento pela Agência USP de Inovação e pela Agência de Inovação do Hospital de Amor de Barretos. A disponibilidade do teste para a população depende do interesse de empresas que licenciem a tecnologia, podendo demorar cerca de cinco anos para chegar ao mercado.

O aspecto mais inovador desta pesquisa foi a fabricação de um biossensor com princípios de detecção simples, ou seja, medidas elétricas ou eletroquímicas, que detecta um novo biomarcador de câncer de próstata (PCA3). A detecção foi possível porque a equipe do Hospital de Amor de Barretos desenhou uma sequência de DNA que se hibridiza com o biomarcador. Isso pôde ser demonstrado não apenas em amostras com o biomarcador em solução, como em células de pacientes com câncer de próstata. Com métodos de visualização de informação, por exemplo, foi possível distinguir células cancerosas de células sadias. O biossensor pode ser de baixo custo e o exame demora uma hora no máximo.

Destaque-se que o PCA3 é mais específico que o antígeno PSA, permitindo detectar a pré-disposição de homens ao câncer de próstata. Isso pode vir a dispensar o exame de toque retal e até mesmo a biópsia. A triagem com base no exame de PSA e de toque leva a cerca de dois terços de biópsias desnecessárias.

Este é um biossensor que detecta apenas o PCA3 e que não deixa qualquer dúvida, segundo a pesquisadora Valquiria Rodrigues

O biossensor desenvolvido pelas equipes do IFSC-USP, Embrapa Instrumentação e Hospital de Amor de Barretos, utiliza técnicas eletroquímicas e elétricas, e é inédito para a detecção de PCA3. Já há alguns poucos relatos na literatura de detecção de PCA3, mas sempre com técnicas sofisticadas e dispendiosas, como a PCR (polymerase chain reaction). Esta é a razão pela qual o exame com PCA3 ainda não está disponível nos sistemas de saúde, como o SUS.

O custo de cada unidade sensorial (biossensor) é de aproximadamente R$3,00 a R$4,00, com perspectiva de que cada exame possa custar muito menos do que as técnicas de PCR, cujo custo é muito elevado e pouco acessível pela população em geral.

Prof. Osvaldo Novais afirma que é possível fazer a detecção de PCA3 em células, a um custo potencialmente baixo

Andrey Coatrini Soares, Valquíria Rodrigues Barioto e Juliana Coatrini Soares, foram os pesquisadores responsáveis pelos trabalhos desenvolvidos no Grupo de Polímeros “Bernhard Gross” (IFSC/USP), liderado pelo Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, tendo manifestado sua satisfação pelos resultados alcançados. “Foi muito gratificante este trabalho de parceria, em que se detectou o biomarcador PCA3, um gene que só aparece em quem tem tendência para desenvolver câncer de próstata”, relata Juliana. Para Valquíria, este poderá ser um grande auxiliar para os médicos. “O biossensor, ao detectar o PCA3, não deixa qualquer dúvida – é sinal de pré-disposição para o câncer de próstata, já que ele não detecta outro tipo de câncer ou mesmo inflamações.

Andrey Coatrini Soares ressalta a parceria com os médicos e pesquisadores do Hospital de Amor de Barretos, já que foram eles que deram início a este trabalho. “Os médicos de Barretos constataram que houve um substancial aumento das ocorrências relacionadas com câncer de próstata. Como eles tinham em seu poder a sequência do PCA3 (sequência de DNA), o caminho ficou mais fácil para levarmos em frente esta pesquisa conjunta. Criamos, assim, um biossensor que fosse fiel na detecção precoce da doença, rápido na leitura dos resultados (60 minutos) e barato, tendo em vista sua futura utilização pela população, através do SUS”, acrescenta Andrey.

Para a equipe de pesquisadores e médicos do Hospital do Amor de Barretos, esta pesquisa abre novas portas para enfrentar a problemática do câncer de próstata.

O Prof. Osvaldo Novais ressalta que “o nosso trabalho demonstra ser possível fazer a detecção de PCA3 em células, a um custo potencialmente baixo. Ainda não se provou que a detecção ocorrerá em urina ou sangue, e nem que a detecção de PCA3 eliminará a necessidade de biópsias ou exames de toque retal. Demonstrar essas possibilidades, que podem ser revolucionárias para a detecção e tratamento de câncer de próstata, deve ser objetivo de pesquisas futuras, em nosso time de pesquisadores e em outros lugares do mundo a partir da divulgação do presente artigo.”

Figura. Esquema para a fabricação de um biossensor para detecção do PCA3, mostrando também o emparelhamento devido à hibridação na detecção de controles positivos.

Quanto tempo demora para chegar no mercado?

A tecnologia já está em processo de patente pela Agência USP de Inovação, com a colaboração do Escritório de Inovação do Hospital de Amor de Barretos. Para chegar ao mercado, é necessário testar o biossensor em fluidos biológicos, como o sangue, e desenvolver protótipos que sejam reprodutíveis em testes de grande escala, sem falsos positivos ou negativos. Estima-se que se uma empresa estiver interessada em licenciar a tecnologia, o exame de PCA3 pode estar no mercado em alguns anos.

Os três jovens pesquisadores do IFSC/USP

O artigo científico deste trabalho foi assinado por Juliana  Coatrini Soares, Andrey Coatrini Soares, Valquíria Cruz Rodrigues, Matias Eliseo Melendez, Alexandre Cesar Santos, Eliney Ferreira Faria, Rui M. Reis, André Lopes Carvalho e Osvaldo Novais de Oliveira Junior.

Para acessar o artigo científico desta pesquisa, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de dezembro de 2019

Oferta de posições no CIERMag – Desenvolvimento tecnológico

O Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo por Ressonância Magnética (CIERMag), sediado no IFSC/USP, está oferecendo posições para as seguintes vertentes:

1) Pessoal com conhecimento técnico em montagens de circuitos eletrônicos, utilizando conceitos modernos de prototipagem;

É necessária a comprovação de experiência na montagem de circuitos com componentes SMD.

2) Pesquisadores para desenvolvimento de software;

São necessários conhecimentos de linguagens de programação estruturada e orientada a objeto (tais como e na ordem de prioridade, Python, C++, C, VB.NET etc.);

3) Projeto, análise e roteamento de circuitos de alta velocidade utilizando plataforma da Cadence (Allegro, Orcad);

Será necessária experiência comprovada em projetos que envolvam a utilização de FPGAs de médio volume de recursos bem como de seus periféricos.

– Os conhecimentos de conceitos de Linguagem de Descrição de Hardware (VHDL ou Verilog) são altamente desejáveis, mas não obrigatórios;

– Os conhecimentos de princípios de Ressonância Magnética são altamente desejáveis, mas não obrigatórios;

Os interessados deverão entrar em contato com Prof. Alberto Tannús através do e-mail secretaria_emoh@ifsc.usp.br ou pelos telefones 55 (16) 3373 9836 ou 55 (16) 3373 6665 em horário comercial, mencionando “Projeto Espectrômetro Digital”.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de dezembro de 2019

Maratona Nação USP Empreendedora – Um sucesso!

Os dias 07 e 08 de dezembro marcaram a realização da última etapa da Maratona Nação USP Empreendedora, um evento que ocorreu no Campus USP de São Carlos (CEFER).

Com o tema Você teve uma ideia para melhorar a USP que ninguém pensou?, a Maratona Nação USP Empreendedora foi aberta à participação de alunos, professores e funcionários da USP, que se organizaram em equipes e que apresentaram projetos inovadores em todas as áreas, exatamente para melhorar a vida na USP como um todo. Com um prêmio de dez mil reais para o projeto vencedor, concorreram sessenta e oito projetos, envolvendo 207 participantes, tendo sido selecionados 18 projetos, com um número total de 55 participantes.

Os objetivos da Maratona foram muito claros, segundo explicou Adriele Fonseca, aluna da EESC/USP e membro da Comissão Organizadora. CLIQUE NA IMAGEM ACIMA PARA CONFERIR A ENTREVISTA.

A abertura do evento contou com a presença da Pró-Reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP, Profª Maria Aparecida Machado, que usou da palavra após após uma breve introdução do Prof. Vanderlei Bagnato, coordenador da organização e diretor do IFSC/USP.

CONFIRA, CLICANDO NA IMAGEM ABAIXO, AS PALAVRAS DOS DOIS DIRIGENTES.

Seria praticamente impossível dar destaque a todos os dezoito projetos que concorreram nesta Maratona, mas só para se ter uma noção da diversidade de ideias, deixamos aqui a descrição de três delas, na voz de seus idealizadores.

CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO

Ao longo da Maratona de dois dias, os participantes foram finalizando seus projetos. Para o Prof. Henrique Rosenfeld, docente da Escola de Engenharia (EESC/USP), “Este é um evento sensacional, com nossa comunidade se envolvendo em tentar resolver nossos próprios problemas. Sensacional!”

CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO PARA CONFERIR AS DECLARAÇÕES DO PROF. ROSENFELD

Finalmente, perto das 18 horas do dia 08 de novembro (domingo), o júri da Maratona USP Empreendedora deu por terminado seu trabalho, anunciando os três primeiros classificados:

1° LUGAR
Projeto: UniStore
Descrição: Plataforma marketplace que irá unificar, regularizar e garantir a qualidade do pedido de produtos universitários que são oferecido pelas organizações extracurriculares, secretarias acadêmicas e atléticas.
Participantes: Alexandre Batistella, Bruno Rosa, Felipe Moreira, Murilo Pratavieira
Campus: São Carlos

2° LUGAR
Projeto: COPA
Descrição: Atitude consciente nos RU’s – campanhas de conscientização, e substituição dos copos descartáveis por um pequeno copo dobrável, que possui o chip da USP e pode ser usada para liberar a entrada no restaurante universitário. Sistema de gameficação para incentivar o uso do copo USP.
Participantes: Andre Junior Youn, Iara Domingues Carneiro, Lais Sayuri Kavano, Marina Naomi Utsunomiya, Profa.Dra Rosana Aparecida Vasques
Campus: São Paulo

3° LUGAR

Projeto: Yoga na USP
Descrição: Oferecimento de yoga nos fins de semana e bonificação para os estudantes que participarem das atividades. Estímulo e suporte à saude mental dos participantes.
Participantes: Caroline Stivanelli, Cauê Moreno Costa, Jessica Tanuri, Yan Watanabe Falchetti
Campus: Ribeirão

Ficam as imagens registradas no vídeo abaixo, com a chamada dos três primeiros classificados, o balanço do evento na voz do Prof.Vanderlei Bagnato, e, claro as palavras eufóricas da equipe vencedora

CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO

Aguardam@s a todos para a edição Maratona Nação USP Empreendedora – 2020. Até lá, recordemos alguns dos momentos da edição de 2019.

Clique AQUI para acessar o álbum de fotos.

Todas as fotos deste evento estarão publicadas brevemente no Facebook do IFSC/USP – https://www.facebook.com/ifscusp/

(Texto e edição: Rui Sintra / Edição Vídeo: Ricardo Rehder Cardoso / Fotos: Maria Zilda)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de dezembro de 2019

Produção cientifica do IFSC/USP no mês de novembro de 2019

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica, cadastradas no mês de novembro de 2019, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento), no final da página principal do IFSC/USP.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico:

Lasers in Medical Science

Confira a produção científica de nosso Instituto.

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de dezembro de 2019

11º workshop do Clube de Ciências do Espaço Interativo de Ciências (EIC)

Realizou-se no dia 03 do corrente mês, no Espaço de Convivência Prof. Horácio Panepucci, junto aos laboratórios de ensino do IFSC/USP, o 11o workshop do Clube de Ciências do Espaço Interativo de Ciências (EIC), uma das atividades de Educação Científica do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar/CEPID/FAPESP).

Neste ano, houve a participação de cerca de 50 alunos, divididos em duas turmas de clubistas, oriundos do ensino médio das escolas públicas de São Carlos. O Clube teve encontros semanais durante o ano letivo, no qual os participantes realizaram experimentos seguindo critérios do método científico, ou seja, propuseram, desenvolveram, observaram, coletaram dados, analisaram, discutiram os resultados, organizaram pôsteres e os apresentaram no workshop.

Neste ano, os pôsteres foram avaliados por alunos pós-graduandos do IFSC/USP, pela Especialista em Laboratório Dra. Daniele S. Jacinto, pelos técnicos Antenor F. Petrilli Filho, Claudio Boense Bretas, dos Laboratório de Ensino de nosso Instituto, e pela Química do CDCC, Dra. Angelina Sofia Orlandi.

A organização e funcionamento do CC conta com a supervisão da Profa. Nelma R. S. Bossolan, da educadora do EIC, Gislaine C. dos Santos, de estudantes do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas, bolsistas do projeto integrado de bolsas da USP, sob a coordenação geral da Profa. Sênior do IFSC/USP, Leila M. Beltramini.

Confira AQUI o álbum de fotos relativas ao evento

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de dezembro de 2019

Aplicações de ressonância da rotação eletrônica de alta frequência

O IFSC/USP recebeu no dia 10 de dezembro, um colóquio extraordinário com a presença do Dr. Petr Neugebauer, do Instituto de Tecnologia da Europa Central, Universidade de Tecnologia de Brno, Brno, República Tcheca.

Após uma breve história do apresentador para ajudar o público a seguir suas etapas científicas no desenvolvimento da Espectroscopia de Ressonância Eletromagnética de Alta Freqüência (HFESR), o foco da apresentação foi o estado atual do HFESR e suas limitações, um método considerado uma ferramenta essencial no campo do magnetismo molecular, onde os sistemas moleculares são candidatos à produção de armazenamento de dados de alta densidade, bem como bits quânticos para avançar no campo da computação quântica.

Neugebauer ccomentou, ainda, as descobertas recentes de seu grupo, que demonstraram a valiosa contribuição do HFESR na avaliação da qualidade da produção em massa de materiais modernos de estado sólido, por exemplo, grafeno e outros compostos 2D.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de dezembro de 2019

IFSC/USP e UFSCar unidas em mais uma pesquisa conjunta

O pesquisador Thales Rafael Machado, pós-doutorando na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e integrante do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), desenvolveu uma nova metodologia para realizar procedimentos de obtenção de imagens em fibroblastos dérmicos, células presentes na pele humana, em parceria com pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP e da Universitat Jaume I (UJI), em Castellón de la Plana, Espanha.

A imagem por fluorescência consiste em um dos métodos mais comuns em ciências biológicas para obter informações detalhadas de estruturas e eventos intracelulares de maneira específica e em alta resolução. No estudo publicado, propõe-se que as nanopartículas preparadas pelo grupo poderiam ser utilizadas como agente de contraste para a realização de procedimentos de bioimagem por fluorescência. Segundo os testes in vitro realizados utilizando como modelo culturas de fibroblastos dérmicos humanos neonatais (HDFn), as nanopartículas possuem alta capacidade de internalização na região citoplasmática sem que ocorram danos as células. Uma vez dentro das células, a hidroxiapatita emite fluorescência de cores azul, verde, amarelo e vermelho, evidenciando distintas estruturas celulares. Esta característica é fundamental para potenciais procedimentos biomédicos de obtenção de imagem multicor, sendo este um novo fenômeno observado para o material.

Os principais benefícios do uso das nanopartículas desenvolvidas para esta aplicação são a biocompatibilidade e fotoestabilidade em comparação com os biomarcadores usualmente empregados que sofrem uma rápida degradação. Além disso, o material foi otimizado com o fim de eliminar a necessidade de incorporação de elementos de terras raras – procedimento comum para melhorar as propriedades fluorescentes da hidroxiapatita. O estudo abre um leque de possibilidades para novas pesquisas em imagem intracelular e delimitação de estruturas celulares, visando o melhoramento de procedimentos de diagnóstico e terapia de doenças que afetam a população mundial.

A pesquisa é um dos resultados de uma intensa pesquisa interdisciplinar sobre ortofosfatos que o CDMF vem desenvolvendo nos últimos 5 anos. Basicamente, são materiais sintéticos cuja composição e estrutura se assemelham aos dos componentes minerais presentes em ossos e dentes humanos, possuindo assim elevada biocompatibilidade. Além disso, apresentam baixo custo, pois são obtidos por rotas sintéticas simples e são constituídos basicamente de cálcio e fósforo, dois elementos abundantes na natureza.

Esses materiais apresentam multifuncionalidades, tendo potenciais aplicações já demonstradas para, por exemplo, utilização em dispositivos ópticos, na restauração do patrimônio histórico-cultural, como fragmentos de marfim procedentes de presas de mamute, além da recuperação de fachadas de suporte pétreo.

Em busca da interdisciplinaridade que o estudo exigia, o CDMF, dirigido pelo Prof. Elson Longo, do Departamento de Química da UFSCar, buscou o estabelecimento de parcerias com o Centro de Pesquisas em Ótica e Fotônica (CEPOF), coordenado pelo Prof. Vanderlei Bagnato, do IFSC/USP, uma vez que o CEPOF possui profunda experiência na exploração de propriedades fotônicas de materiais para fins biomédicos com profissionais altamente qualificados.

O estudo, denominado “Designing biocompatible and multicolor fluorescent hydroxyapatite nanoparticles for cell-imaging applications” foi publicado na revista Materials Today Chemistry, da família Materials Today, da editora Elsevier. Além de Machado, o artigo tem como autores Ilaiáli Souza Leite, Natália Mayumi Inada, Máximo Siu Li, Jussara Soares da Silva, Juan Andrés, Héctor Beltrán-Mir, Eloisa Cordoncillo e Elson Longo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de dezembro de 2019

Desenvolvido novo equipamento para analisar solos

Um equipamento capaz de fazer análises de solo de maneira rápida, econômica e sustentável, é a novidade para o setor agrícola da empresa Agrorobótica Fotônica, em parceria com a EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial).

A tecnologia adotada é praticamente a mesma utilizada no robô Curiosity, desenvolvida pela NASA, em missão exploratória de solo no planeta Marte.

O projeto foi desenvolvido em duas etapas. A primeira, teve início em 2015, com uma parceria com a Embrapa Instrumentação. A segunda segue em desenvolvimento com pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), por intermédio da Unidade EMBRAPII, sediada no Instituto, estando já em fase final.

Nesta fase, o equipamento vai medir a quantidade de nitrogênio, micronutrientes e contaminantes em amostras de solos, plantas e fertilizantes.

A tecnologia, denominada LIBS (Laser Induced Breakdown Spectroscopy), atua por meio de um laser de alta energia que focalizado sobre a superfície da amostra, gera um microplasma que fragmenta as moléculas possibilitando a análise detalhada dos elementos.

A inovação é pioneira para utilização agroambiental em larga escala para fins comerciais. A estimativa é que ela analise mais de 500 amostras por dia e ainda traz conceitos de sustentabilidade, pois não gera resíduos químicos. Para se ter uma ideia, um laudo completo de análise de amostra pode ser obtido em torno de 15 minutos, enquanto no método tradicional leva cerca de 15 dias.

O novo equipamento

Desta forma, o agricultor poderá elevar sua rentabilidade, pois 60% do aumento da produtividade corresponde a correta nutrição das plantas e 22% do custo-de-produção dos agricultores corresponde à corretivos e fertilizantes.

EMBRAPII

O modelo de investimento adotado pela EMBRAPII permite rapidez, flexibilidade e risco reduzido no apoio a projetos inovadores. Empresas que possuem um projeto avaliado como inovador, devem se associar a uma das unidades credenciadas (atualmente há quarenta e duas distribuídas pelo País).

Caso o projeto seja aprovado, os gastos para seu desenvolvimento serão divididos em três partes, sendo que a EMBRAPII fica responsável por até um terço do investimento, o restante é dividido entre a Unidade – que disponibiliza mão de obra e equipamentos – e a empresa demandante.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de dezembro de 2019

Inscrições abertas para “3ª Escola LACA de Pequenas Moléculas” (México)

Encontram-se já abertas as inscrições para a  Escola LACA de Pequenas moléculas, evento que ocorrerá entre os dias 23 e 29 de março de 2020, na Universidad Nacional Autónoma do México (UNAM).

Realizada a cada dois anos, esta escola nasceu como uma iniciativa conjunta de cristalográficos de vários países da América-Latina, com o intuito de dar um treinamento de nível internacional aos jovens latino-americanos de todas as áreas que, de uma forma ou de outra, tem na cristalografia de pequenas moléculas uma ferramenta fundamental na sua pesquisa.

A escola foi desenhada nos moldes das grandes escolas da área (tais como a organizada pela ACA, a BCA e a ECA), sendo um curso intensivo teórico-prático de tempo completo. Ela contará com uma turma avançada e outra iniciante, de maneira a poder contemplar uma ampla gama de alunos de todos os níveis e nacionalidades. Na parte prática, cada aluno terá acesso a um difratômetro, de maneira que poderá levar o seu próprio cristal o qual ele mesmo medirá, resolverá e refinará.

Cabe ressaltar que o comitê organizador realizou um enorme esforço (levando em conta principalmente o contexto socio-econômico atual) para arrecadar fundos de maneira a poder ajudar economicamente o maior número possível de alunos. Assim, contamos com a ajuda da IUCr que  apoiará a participação de alguns jovens cientistas com uma assistência financeira parcial através do Young Scientist Awards. Esta assistência cobre parte dos custos com alimentação e acomodação, assim como as despesas de viagem para frequentar a escola. A solicitação do Young Scientist Awards da IUCr deve ser enviada até 27 de janeiro de 2020 e os resultados serão anunciados em 5 de fevereiro de 2020.

Para obter mais informações sobre esta Escola, e/ou se inscrever, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de dezembro de 2019

Concurso público para contratação de dois professores doutores

Estão abertas inscrições ao concurso público para provimento de 2 (dois) cargos de Professor Doutor para o Departamento de Acervo e Curadoria do Museu Paulista da Universidade de São Paulo, na área de Cultura Material, História do Brasil e Museus.

O período de inscrições vai até às 23h59 do dia  20 de fevereiro de 2020.

O salário corresponde ao MS-3, em Regime de RDIDP (Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa), com o salário de R$11.069,17 (maio/2019), conforme edital anexo.

Mais informações como as normas pertinentes ao concurso, encontram-se à disposição dos interessados na Divisão de Apoio à Pesquisa, Ensino, Cultura e Extensão do Museu Paulista da USP, situado à Av. Nazaré, 258 – Ipiranga, SP, CEP 04262-000, telefone: (11) 2065-8075 – e-mail: acadmp@usp.br.

Para conferir o edital, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

5 de dezembro de 2019

Docente do IFSC/USP tem projeto aprovado em pesquisa de cooperação

O docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Renato Vitalino Gonçalves, participou e conquistou recentemente sua participação em uma chamada lançada conjuntamente pela FAPESP e FAPERGS (Rio Grande do Sul), tendo em vistas o desenvolvimento e cooperação em pesquisas promovidas nos dois estados em diversas áreas do conhecimento.

O projeto será realizado entre o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e o Instituto de de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IF/UFRGS), subordinado ao tema Integração das estratégias de síntese para melhorar o transporte de portadores de cargas e eficiência do BiVO4 aplicado na fotossíntese artificial sob luz solar.

Para conferir os projetos aprovados neste âmbito de colaboração científica, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

 

5 de dezembro de 2019

Escola São Paulo de Ciência Avançada em Fluidos Quânticos e Aplicações

O IFSC/USP recebe entre os dias 20 e 30 de abril de 2020 a Escola São Paulo de Ciência Avançada em Fluidos Quânticos e Aplicações, um evento que abordará tópicos relevantes sobre fluidos quânticos, a saber:

– Condensação de Bose-Einstein;
– Gases de Fermi degenerados;
– Fluidos quânticos fora do equilíbrio e turbulência;
– Armadilhas adiabáticas para átomos frios;
– Magnetismo quântico;
– Fenômenos quânticos macroscópicos;
– Simulação quântica;
– Universalidade;
– Supersólidos;

A escola visa proporcionar aos participantes uma compreensão da área de estudo, da ciência fundamental à aplicada, contando desde já com a presença de renomados palestrantes de todo o mundo, fazendo desta uma grande oportunidade para o intercâmbio de idéias científicas e avanços tecnológicos no campo. Os participantes terão a oportunidade de apresentar seus resultados de pesquisa em sessões de pôsteres.

A Escola de Ciência Avançada de São Paulo sobre Fluidos Quânticos e Aplicações será um evento com inscrição gratuita, tendo em consideração um número limitado de solicitações. Dessa forma, o objetivo é selecionar cerca de cem participantes (50 brasileiros e 50 estrangeiros), dando-se prioridade a candidatos atualmente matriculados em programas de pós-graduação (Mestrado / Mestrado e Doutorado / PhD), bem como para recém-formados e pós-graduandos.

Os interessados poderão solicitar o financiamento da viagem, sendo que a acomodação e as refeições serão financiadas para TODOS os pedidos de subsídios aceitos.

Este evento é coordenado pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, tendo como restantes membros do Comitê Organizador: Marcelo Takeshi Yamashita, (IFT-UNESP); Marcos Cesar de Oliveira (IFGW-UNICAMP); Philippe Wilhelm Courteille (IFSC-USP); Emanuel Alves de Lima Henn (IFSC-USP); Mônica Andrioli Caracanhas (IFSC-USP); Francisco Ednilson A. dos Santos (UFSCAR); Lucas Madeira (IFSC-USP), sendo que as inscrições poderão ser feitas até dia 31 de janeiro de 2020.

Para se inscrever, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de dezembro de 2019

Em Londres: contribuição do IFSC/USP no estudo de terras raras

A manhã do dia 26 de novembro foi muito especial no Flett Lecture Theatre, do Natural History Museum de Londres. Em sua apresentação sobre o papel dos elementos terras na estrutura de novos minerais, o pesquisador do IFSC/USP, Dr. Marcelo Barbosa, abordou vários aspectos bastante desafiadores no trabalho de pesquisa nesta área.

O evento Critical raw materials and our green future foi organizado pela Camborne School of Mines, University of Exeter e pelo Natural History Museum, tendo reunido pesquisadores de diversas instituições de pesquisa e representantes do parlamento britânico, da comunidade econômica europeia e de diversas empresas. O evento teve suporte do Engineering and Physical Sciences Research Council (EPSRC), Natural Environment Research Council (NERC) e da FAPESP.

Não há dúvida de que a terras raras desempenham um papel fundamental no desenvolvimento de materiais e dispositivos modernos de alta tecnologia. Como exemplo, Marcelo Barbosa citou alguns exemplos para o elemento ítrio, que pode ser utilizado em odontologia, lasers e supercondutores, como, por exemplo, o óxido de ítrio, bário e cobre. Na sequência, o pesquisador do IFSC/USP explicou os princípios básicos relativos à espectroscopia Raman e difração de Raios X. Assim, teve a oportunidade de descrever os equipamentos utilizados no Instituto de Física de São Carlos no trabalho de caracterização de espécies minerais.

Como exemplo de aplicação, descreveu o primeiro mineral-tipo amazônico brasileiro encontrado na mina Pitinga. A waimirita-Y é rica em ítrio e apresenta uma estrutura muito interessante, onde cada um dos cátions (Y) são coordenados por nove ânions (F).Marcelo também fez uma comparação com a segunda ocorrência deste mineral em Jabal Tawlah, na Arábia Saudita, e trabalho de colaboração científica envolvendo outros pesquisadores, como é o caso do Dr. Daniel Atencio e Artur C. Bastos Neto, do Brasil, e de outros sediados nos Estados Unidos, Rússia e Japão.

A parisita-La também foi mencionada devido a sua estrutura cristalina ser bastante complexa e sua ocorrência em Novo Horizonte, Bahia. A Parisita-La é especialmente rica em lantânio e neodímio, matéria prima estratégica para a fabricação de imãs utilizados nas turbinas eólicas instaladas no Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. O Brasil é um dos países líderes na geração deste energia e tem recebido muitos investimentos na área (Ventos promissores a caminho).

Em seu último tópico, o pesquisador de nosso Instituto abordou a possibilidade de se investigar a estrutura de minerais mais complexos, utilizando a nova fonte de luz sincrotron brasileira – o Sirius. Como exemplo, abordou os minerais do grupo da eudialita de Poços de Caldas (MG), zirconosilicatos que contém elementos terras raras como o ítrio, neodímio, cério, lantânio e cujo estudo estrutural mais detalhado exige a utilização de radiação com feixes muito intensos. De acordo com Marcelo, é possível investigar como os elementos terras estão ligados a outros átomos na estrutura e otimizar o processamento e beneficiamento dos minerais analisados, utilizando técnicas de radiação síncrotron, como Extended X-ray Absorption Fine Structure (EXAFS) e X-ray Absorption Near Edge Structure (XANES).

Rui Sintra/Marcelo Barbosa – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de dezembro de 2019

Prêmio para pesquisador do IFSC/USP em encontro sobre IA

Rastrear câncer de pele e fazer um pré-diagnóstico que seja capaz de distinguir lesões malignas das benignas.

Este é, sumariamente, o trabalho que o aluno de doutorado do Grupo de Óptica do IFSC/USP, Renan Arnon Romano, apresentou em formato de poster no KHIPU – Latin America Meeting in Artificial Intelligence, reunião científica ocorrida entre os dias 11 e 15 deste mês de novembro, em Montevideo (Uruguai). Para surpresa do próprio autor, o trabalho conquistou o Prêmio de Melhor Poster do evento.

Machine Learning based label-free lifetime fluorescence to distinguish skin lesion foi o titulo do trabalho conjunto assinado por Renan Romano, Ramon Rosa e Cristina Kurachi, todos do IFSC/USP, Ana Gabriela Salvio (Hospital Amaral Carvalho – Jaú), e Javier Jo (School of Electrical and Computer Engineering – University of Oklahoma – USA), trabalho esse que viria a ganhar o “Prêmio de Melhor Poster” do evento, só anunciado na festa de encerramento do evento.

“Foi uma total surpresa para mim, pois haviam muitos trabalhos de grande impacto nas áreas de desenvolvimento e aplicação de inteligência artificial.”, relata Renan, que foi patrocinado pela ANTEL para participar naquele que é considerado o maior evento de Inteligência Artificial da América Latina, sob os auspícios do Google, Facebook e Apple, entre outros patrocinadores de renome. O trabalho apresentado por Renan esteve entre os cerca de cento e cinquenta posteres exibidos ao longo de três dias de duração do evento, representando o trabalho de doutorado do aluno do IFSC/USP, focado no desenvolvimento de um equipamento dedicado a rastrear o câncer de pele e distinguir as lesões malignas das benignas.

“Existem algumas lesões na pele que são muito semelhantes entre si e fica muito difícil distinguir quais são as malignas. Nessas situações um médico que não seja especialista em câncer de pele pode facilmente errar o diagnóstico. Este equipamento, semi-portátil, tem a capacidade de fazer um pré-diagóstico da lesão, auxiliando esse mesmo médico a poder encaminhar o paciente para um médico especialista com a certeza de que a lesão é maligna. Além do mais, isso pode auxiliar enormemente a assistência médica em regiões mais remotas, que não possuem médicos especialistas, fazendo com que os pacientes com câncer de pele sejam rapidamente diagnosticados e encaminhados para tratamento”, enfatiza Renan.

O trabalho de Renan consistiu em fazer a validação e aplicação da técnica, sendo que anteriormente o mesmo equipamento já tinha sido alvo de uma outra pesquisa, onde foi concluída a instalação de um hardware e da devida calibração. O pré-diagnóstico é feito apenas com a luz de um laser pulsado, que incide diretamente na pele e não requer qualquer tipo de marcação. “A luz, em contato com a pele do paciente, lê o tempo de decaimento de fluorescência de moléculas endógenas (NADH, FAD e colágeno). Dessa forma, conforme o tempo, se detecta (ou não) o câncer de pele, cujas informações são armazenadas em um banco de dados. Com essas informações, o computador “aprende” a distinguir o que é câncer e o que não é: com o resultado dessa leitura, os médicos ficam cientes da possibilidade (ou não) de existência da doença. Esta máquina já tem catalogado mais de 300 lesões”, explica o aluno do IFSC/USP.

Pretendendo seguir os caminhos da Inteligência Artificial no futuro, Renan Romano está igualmente trabalhando para que o equipamento possa ter a vertente de pré-diagnosticar o câncer de boca.

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP