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Sobre Rui Sintra

24 de abril de 2023

O adeus ao Prof. Aldo Felix Craievich (IF/USP)

O IFSC/USP comunica que faleceu hoje, 24 de abril, aos 84 anos, o Prof. Aldo Felix Craievich, que foi docente no Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC/USP) de 1973 a 1985. Foi posteriormente professor do Instituto de Física da USP (IF/USP), onde se aposentou e continuava como professor sênior.

Considerado uma expressiva liderança científica nacional e internacional, o Prof. Aldo Craievich destacou-se nas pesquisas em física da matéria condensada e nanomateriais, com ênfase em estudos de estruturas e transformações estruturais de sólidos e métodos cristalográficos.

Um currículo vasto

O Prof. Aldo Felix Craievich foi coordenador do Comitê Executivo e Membro do CTC do Projeto Radiação Síncrotron, CNPq, de 1983 a 1985 e Diretor Científico do LNLS (atual CNPEM), entre 1987 e 1997.

Foi Diretor da Escola bianual do ICTP/Trieste de 1991 a 2008 e Membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, e da Academia Brasileira de Ciências.

Foi Co-Editor do Journal of Synchrotron Radiation/IUCr-UK desde 2009 e autor de mais de 230 artigos em revistas científicas prestigiosas.

Foi sócio Honorário da Sociedad Argentina de Materiales (SAM) e da Asociación Argentina de Cristalografía (AACr) e Membro Fundador da Sociedade Brasileira de Pesquisa de Materiais (SBPMat), tendo recebido os Prêmios Mercosul de Ciência e Tecnologia (UNESCO/MCT/MinCyT) em 2004 e em 2010.

Certo da perda que a Ciência e a Física brasileiras sofrem com o falecimento do Prof. Aldo Felix Craievich, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) curva-se perante a memória de tão eminente docente e pesquisador, endereçando a seus familiares, colegas e amigos o seu mais sentido pesar.

O velório será hoje das 17 às 20h na Plena Funeral Home, Av. Indianapolis 2840, Planalto Paulista, em São Paulo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de abril de 2023

Habilitação em Óptica e Fotônica no Bacharelado em Física – Única na América Latina

20 anos abrindo novas oportunidades.

A Habilitação em Óptica e Fotônica, integrada ao Curso de Bacharelado em Física do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), única no país e na América Latina, teve sua primeira turma em 2003 motivada pela sua relevância, não apenas em ciência básica, mas também na demanda do setor produtivo por novas tecnologias em telecomunicações, medicina, materiais, etc.

Foi naquela época que a FAPESP deu início ao financiamento de Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CePID) tendo sido criado, nesse âmbito, o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF), desde então alocado no IFSC/USP. “Dentre as várias iniciativas que surgiram, uma delas foi a criação de uma habilitação em Óptica e Fotônica no curso de bacharelado em Física do IFSC, inspirada em cursos similares que existiam – e ainda existem – no exterior, com destaque para os da Universidade de Rochester (VER AQUI) e da Universidade Central Florida (VER AQUI), que são instituições, assim como o IFSC/USP, que têm muita tradição nessa área, proporcionando uma formação diferenciada aos alunos de física.

Prof. Cleber Renato Mendonça

“O conceito inicial da habilitação em Óptica e Fotônica foi proposto pelos Profs. Sérgio Carlos Zílio, Máximo Siu Li e Vanderlei Salvador Bagnato, que abriram caminho para um conjunto de pesquisas e atividades de elevada qualidade voltadas para a academia e para o setor produtivo”, pontua o Prof. Cleber Renato Mendonça, docente do IFSC/USP.

De fato, a óptica e fotônica tem um importante impacto tecnológico e econômico, que pode ser mais claramente observado nas áreas de comunicações, ópticas e novas tecnologias em saúde, sendo, portanto uma área estratégica  para o Brasil. Essa realidade foi, desde muito cedo, integrada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que reconheceu essas áreas como fundamentais para a pesquisa nacional. “Foi a partir dessa realidade que o MCTI decidiu, já há vários anos, criar áreas estratégicas dentro de secretarias próprias – Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. A primeira iniciativa foi na área da nanotecnologia, com a implementação da rede Sisnano (AQUI) e, mais recentemente, com a Iniciativa Brasileira de Fotônica (AQUI), esta última composta por laboratórios associados onde o IFSC/USP também está presente”, sublinha o docente.

Curso de Bacharelado em Física – Habilitação em Óptica e Fotônica

Prof. Sebastião Pratavieira

Nesta Habilitação em Óptica e Fotônica do IFSC/USP já passaram cerca de duzentos alunos ao longo destes vinte anos. É um curso onde o aluno se aprofunda em aspectos fundamentais e aplicados, com disciplinas que abordam, por exemplo, desenho óptico, espectrocopia óptica, óptica não linear, fundamentos do laser, entre outras. “O Curso de Bacharelado em Física já propicia um bom conhecimento de óptica, mas são conceitos mais gerais e básicos. A ideia desta Habilitação é aprofundar essas temáticas, indo muito além do que está inserido no Bacharelado em Física, sendo dedicado aos alunos deste curso, mas também disponível a alunos de graduação de toda a USP”, sublinha o Prof. Sebastião Pratavieira, também docente do Instituto e que foi aluno dessa habilitação.

Para cursar esta Habilitação o aluno deve ingressar no  Bacharelado em Física e, após o primeiro ano, se inscrever, demonstrando o seu interesse, integrando uma seleção onde a escolha é feita com base em seu currículo escolar. Há um limite de vagas – 12 -, isso porque ainda existem limitações de espaço, atendendo a que esses alunos irão desenvolver atividades de aprendizado nos laboratórios de pesquisa que têm demandas muito altas. Uma vez selecionado, o aluno tem que cumprir um determinado número de disciplinas, que serão adicionadas às que já constam do Curso de Bacharelado em Física e, no final, ele adquire sua Habilitação em Óptica e Fotônica, devidamente registrada em seu diploma.

Com esta Habilitação em Óptica e Fotônica, os alunos do Bacharelado em Física do IFSC/USP poderão abrir novas portas no seu futuro tanto acadêmico como no setor produtivo.

Confira o Curso de Bacharelado em Física do IFSC/USP clicando na figura abaixo.

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de abril de 2023

Pesquisadores criam sensor de ureia para pacientes com problemas cardíacos

O monitoramento a distância ajuda a evitar a ida desnecessária de pacientes aos centros de saúde e se expô-los a infecções do ambiente hospitalar – Fonte: Grupo de Polímeros “Prof. Bernhard Gross” (PO)

Parceria entre pesquisadores do campus de São Carlos da USP com o Incor desenvolve protótipo que busca facilitar o monitoramento de pacientes através do suor

Cientistas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP e do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) desenvolveram um pequeno dispositivo capaz de quantificar a ureia presente no suor. O objetivo era criar um mecanismo não invasivo para monitorar pacientes com risco cardíaco, com a vantagem de fornecer informações em tempo real.

A elevação dos níveis de ureia no sangue pode ser um sinal de diminuição da atividade dos rins, já que é através deles que essa substância é excretada. Se os rins não funcionam adequadamente, podem reter o sódio no corpo e aumentar a pressão arterial, o que sobrecarrega o músculo do coração. Em pacientes cardíacos, é importante monitorar regularmente os níveis de ureia e de outros marcadores para prevenir complicações.

Um pequeno adesivo equipado com sensores é colado na testa ou em outra parte do corpo em que haja transpiração. “O objetivo no longo prazo é desenvolver um dispositivo que permita prever se pessoas com problemas cardíacos têm piora e se precisariam ser hospitalizadas”, conta Gisela Ibañez Redin, que fez pós-doutorado no IFSC e é uma das autoras do estudo. Por ser barato, o adesivo pode ser trocado várias vezes ao dia, mas também poderia ser lavado e reutilizado sem prejuízo. O estudo demonstrou também que o biossensor funciona sob estresse mecânico, como quando há uma dobra na pele. Isso possibilita a utilização em regiões como axilas e dobra do joelho.

O sensor eletroquímico mede o aumento de pH no suor, ou seja, quando ele fica mais alcalino e menos ácido. Essa mudança está relacionada à degradação da ureia na presença da enzima urease. A reação produz amônia, que tem caráter básico responsável pela elevação do pH. Por esse motivo, um dos desafios para a calibração do sensor foram as pequenas variações de acidez no suor de pessoa para pessoa. A chave para obter resultados precisos seria medir o pH do suor antes que a degradação da ureia ocorresse.

Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior

Outro desafio foi preservar as substâncias durante a aferição. “Uma das tarefas mais importantes ao projetar biossensores é conseguir um material que permita que aquela biomolécula mantenha a sua função por um tempo relativamente grande”, conta Osvaldo Novais de Oliveira Junior, que orientou os pesquisadores do IFSC. “Parte do nosso trabalho, que já é antigo, é descobrir como manter a função das biomoléculas. Elas estão acostumadas a estar em ambiente aquoso. Quando você tem um sensor que é seco, ela rapidamente pode perder a função.”

Os problemas foram superados adicionando um eletrodo de referência junto com dois eletrodos de trabalho, um para ureia e outro para o pH, separados por uma distância de 2 milímetros. Para imobilizar a enzima responsável por catalisar a degradação da ureia em um dos eletrodos de trabalho, foi usada tinta à base de quitosana, um polímero que preserva a estabilidade da enzima. Assim, o dispositivo consegue medir o sinal tanto da ureia quanto do pH, o que permite fazer a correção.

Os cientistas fizeram testes em amostras de suor artificial e depois em amostras reais de suor de voluntários. Nos dois experimentos, o dispositivo conseguiu detectar a ureia com precisão, sem ser afetado por outras substâncias na mistura. Oliveira Junior explica que o trabalho de verificar se outras substâncias estão interferindo nas medidas é essencial. “O suor é um fluido complicado, que tem muitas substâncias. É preciso tomar cuidado para que uma não seja confundida com outra.”

Sistemas semelhantes para outros marcadores

Trabalhos como esse do mesmo grupo de pesquisa têm sido feitos a fim de atender às demandas clínicas do Incor, buscando monitorar outros marcadores do sangue de maneira não invasiva e dinâmica. Os pesquisadores buscam parcerias com agentes do mercado que façam a produção desses dispositivos em grande escala.

A elevação de ureia no sangue surge quando há diminuição da capacidade dos rins de filtrar o sangue das substâncias tóxicas. Gisela Redin conta que medir os níveis de ureia é uma forma indireta de monitorar o estado do risco cardíaco. “Os pacientes com insuficiência renal têm maiores chances de desenvolver doenças cardíacas, porque o rim também processa eletrólitos e outras moléculas que são importantes para o funcionamento do coração”. A pesquisadora ressalta que os eletrólitos, sódio e potássio, são os responsáveis pelas contrações no coração. A ideia é que o sódio e o potássio também sejam monitorados através de um só dispositivo.

Gisela Ibañez Redin (Créditos ResearchGate)

Nesse sentido, o nível de ureia é apenas um dos marcadores que podem ser monitorados sem a coleta de sangue. A solução criada é parte de um projeto maior da USP para viabilizar dispositivos vestíveis para capturar e processar biomarcadores, como relata ao Jornal da USP o professor Marco Antonio Gutierrez, da FMUSP. “Nós estamos desenvolvendo eletrônica para que esses dispositivos possam captar sinais diferentes em nossos pacientes e métodos que permitam analisá-los continuamente.” Uma das preocupações é que os mecanismos sejam viáveis financeiramente para o uso no sistema público de saúde.

Exames para medir fatores como esses são parte da rotina dos hospitais. O monitoramento a distância ajuda a evitar a ida desnecessária de pacientes aos centros de saúde e expô-los a infecções do ambiente hospitalar. “Queremos disponibilizar ao nosso paciente um aplicativo no smartphone, por exemplo, que passe a medida de ureia de maneira não invasiva e que envie esses dados para a nossa infraestrutura de prontuário eletrônico e acompanhamento dos pacientes”, explica Gutierrez.

Os projetos são liderados pelo Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular e pelo Laboratório de Informática Biomédica da FMUSP. O trabalho de engenharia de dispositivos, com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e disponibilização no mercado, requer o investimento de empresas ou instituições interessadas. Embora não existam ainda parcerias, a maior parte do caminho já foi traçada pelos pesquisadores.

Os sensores podem ser produzidos em massa usando técnicas de revestimento slot-die. “A técnica consiste na deposição de filmes finos sobre substratos flexíveis continuamente, de forma automatizada”, conta Giovana Rosso, que foi pós-doutoranda do IQSC e também é colaboradora do projeto. “Nós escolhemos essa técnica porque a taxa de cisalhamento para a deposição da biotinta é baixa. Isso quer dizer que a ferramenta de deposição não exerce uma pressão muito alta sobre as biomoléculas e também não existe fricção devido ao não contato da biotinta com o substrato. Isso poderia fazer com que as biomoléculas perdessem sua função, que é a degradação da ureia.” Gisela Redin acrescenta que nem todos os sensores podem ser fabricados usando esse tipo de técnica. “Por isso, nós também trabalhamos em formular tintas e biotintas que poderiam ser depositadas com a técnica slot-die e esse foi um trabalho adicional da nossa parte.”

A pesquisa teve o apoio da Fapesp, do Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica (Ineo) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Medicina Assistida por Computação Científica (INCT-Macc).

(Ivan Conterno – Jornal da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de abril de 2023

Projeto Clínico – Chamada de mulheres voluntárias para tratamento de alopecia androgenética

(Créditos – Emergency Live)

Na sequência de um projeto clínico iniciado em 2021 visando o tratamento de mulheres portadoras de alopecia androgenética – calvície padrão feminina -, jovens pesquisadoras formadas pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) estão iniciando um novo projeto clínico, desta vez com a utilização de um tônico de curcumina e óleos essenciais e aplicação de fotobiomodulação com laser de baixa potência, projeto que está lançando agora uma chamada para 16 mulheres voluntárias, com faixa etária entre os 18 e 50 anos, que apresentem rarefação difusa dos cabelos na região frontal e parietal do couro cabeludo.

Não poderão participar desta chamada mulheres que tiveram covid-19 há menos seis meses e que apresentem início da menopausa, doenças graves – como tumores malignos ou benignos, lúpus, psoríase, diabetes, lesões de pele de qualquer natureza, que tenham distúrbios psicológicos e hormonais, portadoras de marca-passo, quadro de anorexia, bulimia ou desnutrição, ou que estejam em tratamento de hemodiálise, fumantes, usuárias de drogas, e voluntárias que já estavam em tratamento para queda de cabelos.

Este estudo, conduzido pela Drª Alessandra Keiko Lima Fujita, doutora em ciências na área de Biofotônica pelo IFSC/USP e na área de disfunções capilares e pesquisadora responsável por este projeto de pesquisa, e por Patricia Kaori Shiraishi, terapeuta capilar especializada em disfunções do couro cabeludo, formada pela Associação Brasileira de Tricologia, incluirá dez sessões de tratamento (uma por semana) e ocorrerá na “K Quadrado – Espaço de Beleza e terapia integrativa”, Rua Visconde de Inhauma, 1515, São Carlos.

As voluntárias interessadas nesta pesquisa poderão se inscrever através do Whatsapp (16) 98110-9219.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de abril de 2023

Inscrições para eleição de representantes discentes junto à Comissão de Inclusão e Pertencimento (CIP) do IFSC/USP

Estão abertas, até às 16h00 do próximo dia 08 de maio do corrente ano, as inscrições para a eleição dos representantes discentes junto à Comissão de Inclusão e Pertencimento (CIP) do IFSC/USP, conforme disposto na PORTARIA IFSC-13/2023.

A eleição acontecerá no dia 18 de maio do corrente ano, entre as 09h00 e as 15h00, por meio de sistema eletrônico de votação e totalização de votos.

Confira AQUI a Portaria

Confira AQUI o Requerimento de Inscrição.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de abril de 2023

26 de abril – Inauguração da Exposição PRIP: Inclusão e Pertencimento

No dia 26 de abril, próxima quarta-feira, às 14h00, será inaugurada no Espaço Primavera (EESC/USP), Bloco E, a 1a Exposição “Clima institucional na USP: primeiros resultados do Questionário Inclusão e Pertencimento de 2022”.

Entre agosto e setembro de 2022, a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento realizou uma pesquisa com toda a comunidade USP. Inspirada em pesquisas conhecidas como Campus Climate Surveys, a pesquisa intitulada “Questionário PRIP: Inclusão e Pertencimento na USP” é o primeiro grande estudo dedicado a avaliar as percepções de toda a comunidade universitária da USP.

Em São Carlos, a Exposição poderá ser apreciada no Espaço Primavera da EESC/USP, Bloco E1.

A inauguração oficial contará com uma transmissão simultânea, realizada no mesmo espaço, da abertura oficial que será realizada no campus do Butantã.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de abril de 2023

Combate ao SARS-CoV-2 – Desvendado todo o processo de maturação da proteína Protease

Na sequência do trabalho desenvolvido no Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar) – um CEPID da Fapesp alocado no IFSC/USP e coordenado pelo Prof. Glaucius Oliva -, ao qual demos o devido destaque em março passado (VER AQUI), pesquisadores desse centro de pesquisa conseguiram recentemente desvendar todo o processo de maturação da proteína Protease, presente no genoma do SARS-Cov-2, um estudo que foi publicado na prestigiada revista “Nature Communications”.

Nos anteriores estudos os pesquisadores conseguiram acompanhar grande parte do processo bioquímico por que essa proteína passa até chegar à sua forma madura, com exceção do primeiro passo da sequência, que só agora foi visualizado e entendido, como explica o responsável por essa pesquisa, Dr. Andre Schützer de Godoy.

“Nos primeiros estudos, foram muito bem descritos os passos da maturação da Protease, com exceção do passo inicial, sendo que isso era fundamental para entender todo o processo. Por termos utilizado a cristalografia como técnica escolhida para elaborarmos todos os estudos, contudo ela se mostrou ineficaz para descrever o estado inicial do processo. Foi nesse momento que optamos por utilizar outra técnica que, embora já tenha sido criada há algum tempo, tem sofrido melhorias significativas nos últimos anos – a Crio-Eletro Microscopia Eletrônica e, graças a essa técnica, conseguimos observar o primeiro passo da maturação da proteína, algo que é inédito”, comemora o pesquisador.

Com este estudo, os pesquisadores conseguiram completar o entendimento de todo o mecanismo, algo que é importantíssimo para o desenvolvimento de novos fármacos para combater de forma eficaz o SARS-CoV-2.

Esta pesquisa contou com a colaboração de pesquisadores de instituições de pesquisa do Reino Unido.

Para acessar o artigo científico desta pesquisa, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de abril de 2023

Inscrições abertas – “German-Brazilian Edtech Hackathon – Digital Education”

Até o dia 19 de abril é possível fazer a inscrição gratuita para a segunda edição do  “German-Brazilian EdTech Hackathon – Digital Education”, que acontece de 25 a 27 de maio no Goethe-Institut, em São Paulo.

Em mais uma edição, o evento é aberto à pluralidade de participantes que atuam com educação digital em áreas distintas. Destinado a estudantes de ensino superior, educadores, professores, desenvolvedores e gestores de políticas públicas, o German-Brazilian EdTech Hackathon – Digital Education tem como objetivo encontrar e propor soluções tecnológicas para os desafios atuais no ensino digital.

O encontro pretende promover um intercâmbio entre a expertise de mentores e organizadores alemães e os participantes brasileiros, com aprendizagem mútua, visando encontrar soluções para os diversos desafios atuais no ensino digital e que possam ser compartilhados ou reproduzidos facilmente por várias instituições (fator social), ou continuar o desenvolvimento através de cooperações bilaterais entre Brasil e Alemanha.  Por seu caráter internacional, o Hackathon será realizado em inglês (workshops, pitches, avaliação do júri).

Trata-se de uma oportunidade para propor e encontrar de forma colegiada soluções criativas para os desafios propostos pelos participantes e sociedade em geral, além de trocar experiências, conhecer projetos científicos e novas tecnologias, estreitando relação com as instituições alemãs com representações aqui no Brasil.

As candidaturas para participação no evento serão avaliadas pelas competências individuais, bem como criatividade e motivação para participar do Hackathon. No ato da inscrição, os candidatos que moram fora da cidade de São Paulo podem solicitar uma das bolsas disponibilizadas para ajuda de custos parcial para gastos com hospedagem e passagem (aérea ou terrestre). O reembolso, cujo valor poderá variar de acordo com a origem de cada participante, será feito mediante envio dos comprovantes após o evento.

Os três dias do evento contarão com várias atividades, como: workshops preparatórios, palestras, espaço informativo sobre as universidades alemãs organizadoras do evento, pitches dos projetos, avaliação pelo júri e premiação entregue no último dia. O programa ainda inclui todas as refeições e atividades sociais com o intuito de promover o networking entre todos os participantes.

Neste ano, a equipe vencedora vai ganhar bolsas parciais de ensino de alemão no Goethe-Institut, uma das instituições mais renomadas de ensino do idioma fora da Alemanha e que oferece certificado reconhecido internacionalmente. As aulas poderão ser realizadas virtualmente, ministradas no sistema remoto, permitindo que pessoas não residentes em São Paulo também possam usufruir do prêmio.

Para participar de forma gratuita, basta fazer a inscrição até 19 de abril através do formulário no site: https://edtechhack.org/registration.

A edição de 2022 contou com mais de 100 inscrições das quais 30 pessoas foram selecionadas para participar do projeto, que teve como objetivo encontrar e propor soluções tecnológicas para os desafios atuais no ensino digital.  Acesse e confira a edição anterior : https://edtechhack.org/2022

Organização:

Universidade de Münster

re:edu

Universidade Técnica de Munique (TUM)

Freie Universität Berlin (FU Berlin)

Goethe-Institut São Paulo

Coorganização:

DWIH São Paulo

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de abril de 2023

No IFSC/USP: Oportunidade de Bolsas FAPESP para Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado

Está aberto o processo de seleção de candidatos a bolsas aprovadas como item orçamentário em projeto FAPESP destinado ao estudo de materiais vítreos híbridos orgânico-inorgânicos (proc. 2022/02974-1), conforme abaixo:

*02 bolsas para Iniciação Científica:

*02 bolsas para Mestrado;

*02 bolsas para Doutorado Regular;

As bolsas são destinadas à pesquisa em grupo multidisciplinar do IFSC-USP voltado para o estudo de estrutura e propriedades de materiais funcionais (Laboratório de Espectroscopia de Materiais Funcionais – https://www.ifsc.usp.br/lemaf).

O objetivo principal da pesquisa é a síntese e caracterização de uma nova classe de vidros híbridos orgânico-inorgânicos descobertos recentemente (primeiros trabalhos no assunto datam de 2016), com o intuito de desvendar detalhes estruturais que sejam importantes para o planejamento de novas composições, visando a aplicação dos materiais em fotônica, sensoreamento, catálise heterogênea, etc.

Os vidros serão sintetizados a partir de estruturas metal-orgânicas (MOFs). A estrutura dos vidros será caracterizada principalmente por técnicas avançadas de Ressonância Magnética Nuclear em estado sólido.

Existe preferência para alunos formados em física, mas as inscrições de alunos formados em química ou engenharia de materiais também serão avaliadas. Experiência em RMN de líquidos ou sólidos é um diferencial para a vaga, mas não é mandatório.

As inscrições (em fluxo contínuo) deverão ser encaminhadas para o email do orientador, Prof. Dr. Marcos de Oliveira Junior –  mjunior@ifsc.usp.br – acompanhadas de currículo e histórico escolar de graduação.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de abril de 2023

“Ciência às 19 Horas” – Bate-papo sobre a Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial está em tudo e em todo lugar, com muitas aplicações e presente no dia a dia das pessoas, talvez até mesmo sem elas perceberem.

 

A Inteligência Artificial está presente nas buscas que você faz na Internet (p.ex. Google Search), no taxi/carro de aplicativo (p.ex. Uber), na recomendação de filmes por streaming (p.ex. Netflix), mas também nos robôs da OBR (Olimpíada Brasileira de Robótica), nos robôs inteligentes aspiradores de pó, nos robôs do tipo veículos autônomos, nos robôs assistentes virtuais (p.ex. Alexa e Siri), e mais recentemente nos robôs de conversação, os chatbots como o ChatGPT.

E você o que sabe sobre a Inteligência Artificial?

Precisamos conversar sobre esse assunto… pois, ou você domina as tecnologias modernas e a Inteligência Artificial, ou elas irão dominar você!

14 de abril de 2023

Randon Lasers e o comportamento vítreo da luz

O IFSC/USP organizou no dia 14 de abril mais um colóquio, desta vez com a participação do Prof. Cid B. de Araújo, docente do Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que abordou o tema “Randon Lasers e o comportamento vítreo da luz”.

“Random Lasers” (Lasers Aleatórios – LAs) são muito diferentes dos lasers convencionais.

Enquanto os lasers convencionais dependem de espelhos formando uma cavidade ressonante que amplifica e guia a luz em uma única direção, os LAs dependem de vários eventos de redirecionamento aleatório da luz dentro de um meio de ganho desordenado, como um pó ou um líquido turvo, por exemplo.

Na maioria dos LAs, o meio de ganho é iluminado por uma fonte externa e a luz é espalhada várias vezes em diferentes direções.

Parte da luz espalhada eventualmente retorna ao meio de ganho onde é amplificada por emissão estimulada levando a mais espalhamento e amplificação, podendo resultar na emissão de luz coerente em determinados comprimentos de onda.

As aplicações incluem, por exemplo, o uso dos LAs no sensoriamento de parâmetros físicos em diferentes sistemas, imageamento e telecomunicações.

Neste colóquio o palestrante discutiu princípios de operação dos LAs, mostou algumas aplicações e apresentou trabalhos realizados no Recife, abordando temas que estão na fronteira da pesquisa nesta área.

Mostrou, ainda, analogias entre os LAs e “sistemas complexos” que apresentam várias transições-de-fase estudadas na Física Estatística, e em particular discutiu experimentos que permitem observar e caracterizar o fenômeno de Quebra de Simetria de Réplicas originalmente estudado em sistemas magnéticos de vidros de spins e que foi o tema central considerado para concessão do Premio Nobel de Física de 2021 a G. Parisi.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de abril de 2023

COVID-19 – Comprovada a eficácia da fotobiomodulação no tratamento da perda de olfato e paladar

Resultados do estudo conjunto feito pelo IFSC/USP e King’s College Hospital (Londres)

Um estudo/piloto clínico desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Department of Oral Surgery, do King’s College Hospital (NHS Foundation Trust), de Londres, publicado neste último mês de março, na revista científica internacional de grande impacto na área da saúde, “Journal of Biophotonics”, mostrando que a terapia através de fotobiomodelação atua como um imunomodulador no combate à anosmia (perda de olfato) e à ageusia (perda de paladar), promovendo, em doze sessões, a recuperação total do olfato e paladar, sentidos que foram comprometidos pela COVID-19.

Este estudo realizado pelo Laboratório de Biofotônica do IFSC/USP, que contou com a participação dos pesquisadores Dr. Vitor Hugo Panhóca e Prof. Vanderlei Bagnato em parceria com a renomada cientista Reem Hanna(PhD), do Department of Oral Surgery, do King’s College Hospital (NHS Foundation Trust), de Londres, teve como ponto inicial o fato da fotobiomodulação ter surgido como uma possível terapia eficaz na restauração da funcionalidade do paladar e olfato, criando assim uma alternativa aos tradicionais tratamentos com base em fármacos e  cuja eficácia já foi questionada. Assim, a terapia por fotobiomodulação emergiu como uma modalidade alternativa de tratamento fotobioenergético, não invasivo, no alívio da dor, reduzindo a inflamação e a cicatrização dos tecidos lesionados.

Este estudo contou com a participação de vinte pacientes voluntários diagnosticados com anosmia e ageusia causadas pela COVID-19, que se submeteram a doze sessões de tratamento com administrações intranasal e intraoral por fotobiomodulação, cujos resultados mostraram uma melhora significativa da funcionalidade olfativa e gustativa.

Os objetivos do estudo foram:

*Avaliar a porcentagem de recuperação completa e o tempo de prognóstico;

*Introduzir uma dosimetria a laser preliminar padronizada e protocolos de tratamento;

*Compreender os atuais mecanismos moleculares da fotobiomodulação na restauração da funcionalidade do olfato e paladar;

Este estudo piloto/clínico mostrou que esta terapia de fotobiomodulação pode promover a recuperação total do olfato e paladar.

Para acessar o artigo científico, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de abril de 2023

Atualização da produção científica do IFSC/USP – março 2023

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de março  de 2023, clique AQUI ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI) .

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio” em frente à biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico – “International Journal of Biological Macromolecules” (VER AQUI).

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de abril de 2023

Dos laboratórios para a sala de aula – “Está na hora de retribuir os investimentos que foram feitos em mim”

Trabalho intenso no laboratório

Depois de termos dado destaque ao ex-aluno do IFSC/USP, Leonardo Miziara Barboza Ferreira, sobre a sua decisão de engrossar o contingente de professores universitários no Brasil, a série de três entrevistas continua se dedicando aos jovens pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano) – grupo que integra nosso Instituto -, que decidiram vestir a camisa da Educação.

Há já alguns anos que conhecemos Laís Canniatti Brazaca (31), natural de Piracicaba. Diariamente nos encontrávamos com ela nos corredores e laboratórios do IFSC/USP e não foram raras as vezes que com ela dividimos seus projetos, seus estudos, suas pesquisas, que foram vertidas não só no site do IFSC/USP, ou no Facebook, ou ainda no canal de TV do CEPOF, em forma de divulgação científica. Sempre ficávamos extasiados perante seus olhos inquietos, inquiridores, numa ânsia enorme de explicar o que tinha descoberto, o que tinha vivenciado e quanto tudo isso era importante para sua vida e para o desenvolvimento científico do país. Laís Brazaca confessa que sempre foi igual a qualquer criança no ensino fundamental, e assim que concluiu o ensino médio prestou provas para entrar na UFSCar e na USP de São Carlos.

A importância do curso de Ciências Físicas e Biomoleculares da USP

Embora desde muito cedo se tenha sentido apaixonada pela área de Exatas, principalmente pelas disciplinas de Física, Química e Biologia, o certo é que Laís Brazaca não sabia precisamente o rumo que deveria tomar nessa imensa área do conhecimento. “Eu sempre tive – e ainda tenho – muitas dificuldades com disciplinas relacionadas à área de Humanas, ao contrário das Exatas que me instigavam a estudar, questionar, investigar. Já no ensino médio eu sabia muito bem que queria combinar as Ciências Exatas e Biológicas, e foi a partir daí que pensei em Engenharia Ambiental. Pensei em Biotecnologia, mas, de repente, ao ler aquele livrinho da Fuvest, me deparei com Ciências Físicas e Biomoleculares, a combinação certa daquilo que eu mais gostava no ensino médio e fui aprender mais sobre esse curso que acabava tendo mais Física do que a maioria das pessoas imaginam. Em 2009 prestei vestibular para o curso de Biotecnologia, na UFSCAR, e para o curso de Ciências Físicas e Biomoleculares na USP de São Carlos. Dei sorte, pois passei em ambos, tendo optado, então, por ingressar no Instituto de Física de São Carlos (USP), nesse curso”, recorda Laís.

Foram quatro anos de um curso cujo conteúdo era, segundo Laís Brazaca “exatamente como eu tinha pensado”, indo plenamente ao encontro daquilo que ela procurava desde o início. O curso de Ciências Físicas e Biomoleculares foi a base que Laís necessitava para toda a pesquisa que iria desenvolver nos anos seguintes e que abriria portas rumo a diversos destinos científicos. “Desse curso extraí a base da minha área de pesquisa atual. Na realidade, os alunos que cursam Ciências Físicas e Biomoleculares recebem uma base ampla, que possibilita a escolha de diversos caminhos”.

Pesquisando biossensores

Pós-doutorado em San Diego (EUA)

Seu interesse aumentou exponencialmente quando assistiu a uma palestra ministrada pelo Prof. Valtencir Zucolotto sobre biossensores. “Foi devido a essa palestra, que aconteceu ainda no primeiro semestre do 1º ano do curso, que decidi começar a fazer iniciação científica com o Prof. Zucolotto, no grupo que agora se chama GNano, e por ali me mantive ao longo de toda a graduação, nunca imaginando que minha vida acadêmica continuaria por muitos dos anos seguintes naquele Grupo que me abriu as portas do conhecimento”, salienta Laís Brazaca.

A graduação de Laís terminou em finais de 2012 e ela não teve qualquer dúvida em iniciar seu mestrado no GNano, que, segundo ela, foi um processo natural. “Foi nesse período que desenvolvi um biossensor para detecção de um hormônio que se chama adiponectina, explorando seu uso para o auxílio do diagnóstico preditivo de Diabetes tipo-2. Foi um trabalho muito interessante, que me introduziu na área do desenvolvimento de biossensores, área que eu continuei no meu doutorado, também no GNano, entre 2015 e 2019”, pontua a pesquisadora. Já o destaque no doutorado de Laís Brazaca foi o desenvolvimento de um dispositivo em papel para auxiliar no diagnóstico da Doença de Alzheimer, um trabalho que rendeu bastantes elogios à pesquisadora.

A experiência no exterior

No desenvolvimento de seu doutorado, Laís Brazaca teve a oportunidade de fazer dois estágios no exterior: um em Oviedo, na Espanha, durante dois meses, e outro em San Diego (EUA), por um período de nove meses, onde trabalhou no desenvolvimento de sensores vestíveis, experiências que foram essenciais para seu desenvolvimento científico.

Depois de muitos anos ligada ao GNano, Laís Brazaca decidiu fazer seu pós-doutorado no Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), igualmente na área de biossensores, sob a coordenação do Prof. Emanuel Carrilho. Ao longo dos anos de 2019 e 2020, nossa entrevistada prosseguiu seus estudos e pesquisas, até que em 2021 foi contratada como professora-colaboradora no IQSC/USP, algo que  abriria uma porta à pesquisadora e que anteriormente apenas se configurava como um sonho – ser professora. “Sempre tive muito claro que queria ser professora na USP, até porque minha mãe foi professora na ESALQ/USP e eu sempre tive esse espelho, sempre quis seguir esses passos”, sublinha Laís.

Em 2022, Laís Brazaca decide fazer um novo pós-doutorado  no exterior e parte para a Universidade de Harvard (EUA), onde durante um ano desenvolve suas pesquisas, tendo regressado agora, em 2023. “Foi uma experiência muito interessante, não só no que diz respeito à área de pesquisa, como também em relação a aprender mais sobre como lidar com pessoas e a gerenciar um grupo de cientistas. E, em Harvard, o ambiente é muito rico, tem uma diversidade cultural muito grande, com eventos a acontecerem o tempo inteiro sobre assuntos diferenciados e com grandes especialistas. Foi fantástico, mas, contudo, eu queria voltar para o Brasil”, pontua a pesquisadora.

Profissão – Professora

Um novo ciclo ciomeça – Laís Brazaca em sua nova sala – Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP)

E esse regresso de Laís Brazaca ao Brasil foi devido à sua intenção de concorrer a uma posição de professora no IQSC/USP. “A minha vontade sempre foi ficar no Brasil por muitos motivos. Principalmente porque toda a minha carreira científica foi feita aqui e sinto que agora, que estou pronta para produzir artigos com uma qualidade superior, está na hora de retribuir o investimento que meu país fez em mim. A USP foi central na minha formação acadêmica e agora tenho o desejo de formar novos alunos aqui”, salienta a pesquisadora.

Desde o início do semestre letivo, Laís Brazaca integra o quadro de professores do BioMicS (Grupo de Bioanalítica, Microfabricação e Separações) e tem dado aulas na área de química analítica.  Nessa nova vertente profissional, como professora, a pesquisadora entende que o melhor caminho será dar atenção ao aluno, estimulá-lo, sempre dar o melhor nas aulas “Para que eles possam ir mais longe do que nós fomos. Deixá-los curiosos, mais interessados. Acredito que se você deixar o aluno curioso e permitir que ele busque o seu próprio caminho, que desvende os mistérios que se colocam na sua frente, é uma das melhores coisas que podemos fazer por ele. Porque aí não depende mais tanto de você, não é? A pessoa começa a ter um pouco mais de iniciativa, começa a se estimular”, comenta Laís.

A importância do GNano

Quanto ao GNano, Laís Brazaca salienta que o grupo teve uma importância muito grande em sua trajetória, em sua formação. “Estive inserida por mais de dez anos no GNano, que é um grupo muito completo. Foi realmente muito importante para a minha formação porque, devido às várias áreas de pesquisa que ali se desenvolvem, você consegue aprender bastante, não só sobre um tópico, mas sobre várias coisas; você tem a possibilidade de explorar ali várias coisas diferentes, num espaço extremamente bem equipado e que também tem uma parte muito forte em escrita científica, algo que é a base da nossa comunicação. Então, eu acho que foi muito importante, especialmente para o meu início de carreira, aprender a como escrever bem, a como me comunicar. Eu vejo bastante espaço para uma colaboração futura entre os  Institutos de Química e Física de São Carlos, não só com o Prof. Valtencir Zucolotto, como também com outros colegas que saíram do grupo e seguiram suas vidas acadêmicas”, conclui a Prof. Laís Brazaca.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de abril de 2023

Docente do IFSC/USP ocupa em 2023 o cargo de Presidente da IUMRS

O docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, foi empossado, em janeiro deste ano, presidente da International Union of Materials Research Societies (IUMRS), órgão internacional fundado em 1991 e que congrega as sociedades de pesquisa em Materiais do todos os continentes, sendo o primeiro pesquisador da América Latina que ocupa esse cargo.

Segundo o novo presidente da IUMRS, a principal meta a atingir em seu mandato é trabalhar para consolidar a atuação multilateral do órgão, atendendo a que, atualmente, entidades internacionais multilaterais são essenciais para enfrentar com os problemas complexos que a humanidade enfrenta, como, por exemplo, as mudanças climáticas, energia e segurança alimentar.

“Esses problemas estão intimamente relacionados com a área de materiais e esta união das sociedades que se dedicam a esses estudos e pesquisas representa cerca de 70% de todas as publicações científicas que são geradas no mundo. Ao consolidar o caráter multilateral da IUMRS pretendo, também, que possamos evoluir para uma instituição de caráter global, que possa ter integração de todas as sociedades que são membros desta instituição”, sublinhou o Prof. Osvaldo.

Nos últimos anos foram criados escritórios regionais da IUMRS em Xangai (Ásia), Estrasburgo (Europa) e em Gaborone (África).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de abril de 2023

Empresa inova em apoio a atletas de CrossFit – Um projeto EMBRAPII – Unidade IFSC/USP – São Carlos

Dispositivo inovador

Um projeto inovador, integrado na EMBRAPII – Unidade do IFSC/USP, visa, com o auxílio de Inteligência Artificial (IA), o desenvolvimento de um dispositivo destinado a avaliar, em tempo real, a telemetria de atletas de CrossFit. Num futuro próximo, a intenção é que esse dispositivo possa ser incorporado em um modelo vestível e para todos os esportes.

Com um laboratório integrado no ONOVOLAB, em São Carlos, a empresa Biotrônica foi contemplada com um fomento (investimento não reembolsável) de R$ 720.000 da EMBRAPII – Unidade do IFSC/USP – São Carlos, visando o desenvolvimento de uma tecnologia dedicada a telemetria esportiva por intermédio de IA. Embora trabalhe em diversos fronts, como, por exemplo, agronegócio, indústria e logística, esta nova aposta consolida o diferencial da empresa na criação de dispositivos inteligentes dentro da área da “Internet das Coisas” com a implementação de tecnologias emergentes relacionadas à conectividade em telecomunicações.

Haroldo Vieira Neto, que é o responsável máximo pela Biotrônica, salienta que hoje existem dispositivos sensoriais que realizam múltiplas funções na indústria, porém, são produtos importados, caros e de difícil implementação, pelo que sua empresa optou por desenvolver os próprios produtos, com instalação simplificada, baixo custo de investimento e manutenção.

Telemetria esportiva

O dispositivo de telemetria esportiva desenvolvido pela Biotrônica utiliza a IA para que ele “aprenda”, armazene e informe aos atletas os seus padrões de movimentos e esforços. “Esse dispositivo, que se encontra conectado a um aplicativo que é baixado no celular, é fixado no equipamento esportivo, ou no próprio atleta, e o sistema “aprende” todas as fases do treinamento, entregando ao atleta, em tempo real, vários parâmetros”, pontua Haroldo, acrescentando que a primeira meta a ser alcançada pelo produto está sendo direcionada para o mercado de CrossFit, que, segundo ele, está em franco crescimento, com a integração de novas tecnologias.

Haroldo Neto em seu laboratório no “Onovolab” – São Carlos

O sensor é composto por uma espécie de presilha para anilhas de levantamento de peso que é colocada na barra olímpica do CrossFit e ela avisa o atleta sobre os pormenores da série de movimentos que ele está executando, sendo que, em tempo real, o utilizador é informado de como está ocorrendo seu treinamento. Assim, por cada movimento ou ação, o dispositivo informa, por exemplo, a velocidade, potência, aceleração e tempo gasto entre repetições, estruturando, dessa forma, a performance do atleta, indicando erros e dando informações sobre as correções que deverão ser realizadas em relação, por exemplo, à cadência, qualidade do movimento, número de repetições validadas, entre outros fatores. Ou seja, o dispositivo funciona como se fosse um técnico esportivo humano.

“Vamos avançando para o futuro”

Das informações que são disponibilizadas ao atleta, entre elas, análise de postura corporal em cada movimento, em cada estágio, ficam registradas no sistema para que, no próximo treino, o utilizador possa refazer o gerenciamento físico de seu progresso.

Haroldo Neto enfatiza que embora esteja neste momento voltado para o CrossFit, este dispositivo foi concebido para trabalhar com qualquer modalidade esportiva, inclusive… balé. “A versatilidade e a fidelidade deste dispositivo ficam comprovadas em termos de telemetria, atendendo a que, por exemplo, o CrossFit é tão “pesado” quanto o balé, sendo que ambas as modalidades apresentam movimentos de isometria, com o mesmo desgaste físico, por incrível que isso possa parecer”.

Futuramente, a empresa irá adequar este dispositivo em um modelo vestível, por forma a que seja colocado no corpo do atleta, sendo que ele irá “ensinar” o dispositivo sobre as particularidades dos exercícios que está fazendo. Com esse “aprendizado”, o praticante da atividade física poderá compartilhar a sua telemetria com um outro atleta “Tomando como um exemplo: você utiliza a telemetria de um campeão mundial de atletismo para compartilhá-la com outro atleta, de forma a que este siga os mesmos procedimentos de treino do campeão”, conclui Haroldo Neto.

Todos os desenvolvimentos tecnológicos deste inovador projeto irão continuar sob os auspícios da EMBRAPII – Unidade do IFSC/USP, em São Carlos.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de abril de 2023

IFSC/USP divulga editais de ingresso na Pós-Graduação

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) informa que estão abertos os processos seletivos de ingresso e de concessão de bolsas de estudo no seu Programa de Pós-Graduação em Física (PPGF) nas áreas abaixo informadas:

Física Biomolecular (VER AQUI)
Física Teórica e Experimental (VER AQUI)
Física Computacional (VER AQUI)

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP