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4 de outubro de 2018

Evento no IFUSP discutiu escrita e conduta acadêmica

O Instituto de Física (IFUSP) levou a efeito nos dias 01 e 02 do corrente mês uma nova edição do workshop que reúne especialistas internacionais, para falar sobre métodos de escrita científica: o Workshop Meet the Editors “Scientific Writing. As palestras foram ministradas em inglês e a programação contou com diversos minicursos, seminários e convidados internacionais. Houve uma mesa-redonda para debater questões éticas envolvendo pesquisas e publicações científicas. Além disso, diversos tópicos foram analisados, como má conduta acadêmica, autoria, plágio, fatores de impacto, ética em pesquisa e publicação.

A professora Laura Greene, do National High Magnetic Field Lab, da Florida State University, foi uma das convidadas do evento. Ela comentou a conquista do Prêmio Nobel de Física deste ano pela cientista canadense Donna Strickland, em conjunto com o americano Arthur Ashkin e o francês Gérard Mourou, pelo estudo sobre “pinças óticas”. Laura contou que Donna é a terceira mulher a vencer o prêmio e disse que o número é pequeno, mas que espera vê-lo crescer em breve.

Quanto ao evento, o professor José Carlos Egues, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e um dos organizadores, contou que o workshop é bianual, ou seja, ocorre uma vez a cada dois anos e tem já uma tradição de dez anos. Ele explicou que o principal foco do evento é a escrita científica em inglês, abrangendo basicamente todas as áreas: em suas duas últimas edições, contou com a presença de acadêmicos da área de biológicas discutindo bioética, por exemplo.

Egues contou que, no intuito de expandir o escopo de pessoas que podem participar do evento, este ano ele será realizado, também, em Natal, no Rio Grande do Norte (RN), contando com seis convidados internacionais, como acadêmicos da Suíça e Estados Unidos. Ele revelou que os temas apresentados pela professora Laura abrangeram a importância de publicações em revistas com hábito por pares e a questão da liderança feminina na ciência.

Laura revelou ainda que a maioria dos físicos nos EUA está no setor privado, seja na indústria, na economia ou em outras áreas, e que o papel da comunicação é vital nessas funções. Então, mesmo que se decida por integrar a academia, é necessário saber escrever e se comunicar. Outro ponto comentado foi sobre a participação feminina na física: o número é surpreendentemente pequeno, e trabalhos com associações científicas estão sendo feitos com o objetivo de empoderar as cientistas no cenário.

Por fim, o Prof. Egues falou sobre assuntos como má conduta acadêmica e plágio, tendo revelado que essa postura negativa vem aumentando no âmbito acadêmico. Para ele, a questão ética de publicações é sensível, especialmente com jovens doutores, e deve ser discutida de um modo geral para que possa ser melhor abordada.

Em entrevista à Rádio USP, o Prof. José Carlos Egues comentou sobre o evento.

Clique na figura abaixo para ouvir a entrevista.

(Colaboração: José Clóvios – Assessoria de Comunicação IFUSP

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de outubro de 2018

Biblioteca do IFSC/USP: exposição “Highly Cited Papers e Hot Papers”

Teve início na Biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) uma exposição com os Highly Cited and Hot Papers dos docentes e pesquisadores do Instituto, publicados entre janeiro de junho de 2018.

Para a montagem da exposição, teve-se como referência o Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters, que identifica os artigos científicos considerados “interessantes” e os “artigos mais citados”.

A exposição está montada na vitrine da Biblioteca e será encerrada no dia 19 de outubro.

Para mais informações: sbiprod@ifsc.usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de outubro de 2018

Programa “IFSC e Bem Estar de sua Comunidade – Saúde Mental”

O IFSC/USP reinicia na semana de 08 a 13 de outubro o ciclo de palestras abertas para alunos, técnicos administrativos e docentes do instituto, retomando o tema Saúde Mental: o que é, quais os principais adoecimentos, estratégias para promoção de saúde.

Desta forma, a psicóloga e colaboradora do IFSC, Drª Bárbara Kolstok Monteiro, realizará palestras nos dias 08/10 (2ª. feira) às 17h30 e 09/10 (3ª. feira) às 13h.

Devemos considerar saúde muito mais do que a ausência de doenças, segundo a OMS é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidade”. A saúde mental está incluída nesta definição, embora muitas vezes seja vista como algo menos importante.

Ainda nos dias de hoje, muitas pessoas se sentem desconfortáveis em falar de sua condição de saúde mental até mesmo para pessoas mais próximas. Em grande parte, devido ao estigma desta condição, ainda relacionada à loucura, sendo assim deixam de receber o suporte que precisariam e o quadro se agrava, podendo a levar perdas no desempenho acadêmico, dificuldades de relacionamento, quadros de sofrimento severo, entre outros sintomas difíceis de suportar.

O objetivo é conversar sobre o tema e apresentar algumas ideias de como melhorá-la e, ainda, poderão desfrutar de um breve relaxamento guiado.

As palestras têm duração prevista de 40 minutos, após a apresentação a estarei disponível para tirar dúvidas e conversar com os presentes.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de outubro de 2018

“Supera Parque” de Ribeirão Preto recebe “HackRibeirão”

O Centro de Estudos em Gestão e Políticas Públicas (Gpublic) e a Nexos Gestão Pública, órgãos pertencentes à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP/USP) realizam nos dias 21 e 22 do corrente mês a segunda edição do HackRibeirão, que ocorrerá no “Supera Parque”, em Ribeirão Preto

O evento consiste em uma maratona de programação com foco em gestão pública, com o objetivo de integrar organizações públicas e cidadãos, por intermédio da de soluções em tecnologia.

Estarão reunidos cerca de 60 competidores, em imersão de 24 horas, para discutir, pensar e desenvolver ideias inovadoras, envolvendo tecnologias que possam contribuir para a melhoria de atividades da gestão pública e assim, tornar os serviços prestados mais eficientes, transparentes e ágeis.

O evento reunirá público ligado à área de desenvolvimento, designers, empreendedores, agências publicitárias e pessoas ligadas à educação, negócios, autoridades públicas e media.

O tema deste ano é Educação Pública.

O evento terá início no dia 20 de outubro, às 15h e qualquer pessoa pode se inscrever e concorrer aos prêmios.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de outubro de 2018

IFSC/USP recruta voluntários para pesquisa de tratamento da acne

O Programa de Pós Graduação em Ciências Biomédicas da Fundação Hermínio Ometto – Araras –SP -, em parceria com CEPOF/IFSC – Centro de Estudos em Óptica e Biofotônica do Instituto de Física da Universidade de São Paulo – Campus São Carlos -, está selecionando 40 voluntários para participarem da pesquisa científica envolvendo Terapia Cosmética Fotoativada com Ácido 5 – aminolevulínico (ALA) no tratamento da Acne.

O local de tratamento está instalado na Cecília Costa Pilates & Estética Integrada, em São Carlos e o processo seletivo ocorre até dia 25 de Outubro de 2018

As inscrições poderão ser feitas para – Ft Ms Maria Cecilia da Costa Pinto (Whatts: 16.98809-3209).

Requisitos para o processo seletivo: homens ou mulheres, entre 18 e 40 anos, com Fototipo I e II, pele oleosa à acneíca ( Acne Grau I, II e III ).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de outubro de 2018

De aluno do IFSC/USP à coordenação de risco de crédito em um banco

João Luiz Bunoro Batista, de 29 anos, fez sua graduação e mestrado em física computacional no Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), exercendo atualmente a função de coordenador de risco de crédito, no Banco Itaú.

Nascido em Cuiabá, Mato Grosso, ele veio para São Carlos exclusivamente para estudar no IFSC/USP. Seu ensino fundamental foi realizado no CIEP e já nessa época começou a se interessar por astronomia e matemática. Porém, foi no colégio São Gonçalo que João Luiz encontrou grande apoio e incentivo de seus professores para atuar nas ciências exatas, já que regularmente se realizavam atividades extracurriculares que estimulavam o gosto de João pela física.

No último ano do colegial ele já tinha certeza de que cursaria física ou engenharia, tendo optado pelas melhores universidades do país. “Dei preferência às grandes universidades, como a USP, UNICAMP e UFSCar”. Ao pesquisar sobre o curso de física do IFSC/USP, João se identificou ainda mais, não apenas com a grade curricular, quanto com a própria cidade que reunia as condições ideais, ou seja, a predominância da calma e segurança, ao contrário dos grandes centros urbanos. Assim que chegou a São Carlos e iniciou os estudos no IFSC/USP, uma das principais dificuldades de João foi se adaptar à nova vida, longe da família e dos amigos de infância, ter que sobreviver com o dinheiro – que não era muito – e se acostumar com sua nova autonomia. Quanto ao curso, ele diz que ficava quase o dia todo à disposição da física: “A minha rotina era muito baseada no curso. Começava na parte da manhã e se estendia até a noite”, explica.

Após quatro anos, João deu início ao seu mestrado que, segundo ele, ficou complicado quando conseguiu um emprego no Banco Itaú, através de um programa de atração, tendo encontrado dificuldades em conciliar essa atividade com a Universidade, motivo pelo qual a conclusão de seu mestrado demorou mais que o tempo previsto. A pretensão de nosso entrevistado atuar na área fora da Universidade se deveu à antevisão de um possível longo período que deveria dedicar à vida acadêmica e também pela perspectiva de um salário mais robusto. “Eu via as pessoas saindo da USP e tendo boas experiências no setor produtivo, então senti a necessidade de conhecer esse campo”, revela João Luiz.

Hoje, como já dissemos, o ex-aluno do IFSC atua como coordenador de risco de crédito do Banco Itaú, onde supervisiona futuros analistas que avaliarão o risco de não pagamento em operações de crédito. Ou seja, quando alguma grande empresa solicita empréstimo, esses analistas estabelecem as regras para que a operação de crédito seja mais “robusta”, garantindo um retorno adequado do valor ao banco. João conta que quando entrou no Itaú, com aproximadamente 24 anos, sentiu bastante insegurança, já que não sabia quais os resultados que poderiam vir dessa função e com que tipo de pessoas iria trabalhar, mas, contrariando esse pessimismo inicial, o ex-aluno do IFSC/USP foi muito bem acolhido e recepcionado pelos colegas na empresa.

Para ele, um jovem estudante, já com mestrado e que ingresse na mesma carreira em que ele começou, poderá ganhar aproximadamente R$ 6.000,00. João Luiz revela que está feliz com o seu trabalho, até porque ele traz desafios e bastante conhecimento. “Hoje, penso em investir muito na área em que estou. Minha expectativa é crescer, seja no Banco Itaú ou em outra empresa”. Além do desejo de crescer cada vez mais na empresa, João revela que ainda pretende realizar seu doutorado quando tiver mais tempo disponível para poder conciliá-lo com o trabalho.
Aos novos ingressantes do IFSC/USP, o ex-aluno de nosso Instituto aconselha que eles agarrem todas as oportunidades que encontrarem dentro da própria Universidade e que aproveitem os professores e as ferramentas disponíveis no Instituto. Outra dica valiosa é que os estudantes utilizem o tempo disponível para estudarem e que não deixem o tempo da graduação simplesmente passar.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bonagamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de outubro de 2018

Sucesso organizativo: chega ao fim a VIII SIFSC e XIII SELIC

Chegou ao fim a VIII Semana Integrada da Graduação e Pós-Graduação do Instituto de Física de São Carlos (SIFSC) e a XIII Semana da Licenciatura em Ciências Exatas (SELIC), um evento que durante uma semana (24 a 29 de setembro) animou alunos e docentes de nosso Instituto, mostrando as potencialidades e a excelência do que se faz e cria em nossa Unidade.

Os dois últimos dias do evento foram pautados, como os restantes, por múltiplas atividades, sendo que os destaques do dia 27 de setembro foram pautados por encontros, apresentações e debates sobre as novas linhas de pesquisa dos jovens docentes do IFSC/USP e pelas apresentações orais feitas pelos alunos que viram seus trabalhos destacados na exibição de pôsteres –

Iniciação Científica / Mestrado / Doutorado -, a saber:

Iniciação Científica – Gustavo Solcia, Luiz Rodrigo Neves e Victor Gawriljuk;

Gustavo Solcia

 

Luis Rodrigo Neves

 

Victor Gawriljuk

 

Mestrado – Felipe de Console, Gabriela Martins e Priscila Cavassin;

Felipe de Console

 

Gabriela Martins

 

Priscila Cavassin

Doutorado – Everton Lucas de Oliveira, Paulo César da Silva e Rodrigo Guedes Lang.

No final da tarde realizou-se o encerramento oficial do evento, com a entrega do “Prêmio Yvonne Primerano Mascarenhas” aos alunos vencedores, na circunstância:

Iniciação Científica: Luis Rodrigo Neves;
Mestrado: Priscila Cavassin;
Doutorado: Rodrigo Guedes Lang;

Por último, o dia 28 de setembro foi marcado pela realização de uma mesa redonda subordinada ao tema “Ponto de equilíbrio das tecnologias de comunicação digital na educação”, seguindo-se, no período da noite, o “Show de Talentos”, uma iniciativa cultural com a participação dos alunos em performances teatrais e musicais.

Sublinhe-se a excelência da organização deste grande evento do IFSC/USP, constituída pelos próprios estudantes, que brilhou em todos os aspectos relacionados com a integração entre alunos de graduação, pós-graduação, docentes e pesquisadores de nosso Instituto.

 

 

 

 

 

 

 

 

Até 2019!!!!!!

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de outubro de 2018

Quatro pesquisadores do IFSC no “Prêmio Ciência e Tecnologia São Carlos”

Foram divulgados recentemente pela Diretoria de Departamento de Políticas para Desenvolvimento da Ciência,Tecnologia e Inovação, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia de São Carlos, os vencedores do Prêmio Ciência e Tecnologia São Carlos – 2018.

O Prêmio Ciência– Tecnologia São Carlos, é um reconhecimento da Prefeitura de São Carlos aos cientistas e professores que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento científico nacional e internacional.

Docentes e pesquisadores do IFSC/USP estão entre os vencedores em duas das quatro categorias que compõem o citado prêmio, a saber:

 

 

 

Categoria Pesquisador Sênior: Prof. Dr. Glaucius Oliva;

Categoria Clube de Ciência: Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato / Prof. Dr. Euclydes Marega Jr. / Drª Wilma Barrinuevo.

Neste Prêmio Ciência e Tecnologia São Carlos – 2018 foram ainda premiados os seguintes pesquisadores e docentes:

Categoria Pesquisador Sênior: Prof. Dr. Elson Longo da Silva (UFSCar) e Dr. Paulo Cruvinel (Embrapa Instrumentação);

Categoria Jovem Pesquisador: Prof. Dr. Márcio Weber Paixão (UFSCar) e Prof. DR. Frank Crespilho (IQSC/USP);

Categoria Professor de Ciências: Profª Bárbara Daniele Guedes Rodrigues (Escola Estadual Prof. Sebastião de Oliveira Rocha);

Categoria Clube de Ciência: Profª Débora Gonzalez Costa Blanco – Diretoria Regional de Ensino de São Carlos e Região.

A entrega dos prêmios ocorrerá no dia 10 de outubro, a partir das 09 horas, no Auditório Bento Prado – Paço Municipal de São Carlos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de outubro de 2018

“Area-law and universality in the statistics of the subsystem energy”

O programa Café com Física regressou no dia 02 de outubro com mais uma palestra, tendo como destaque a abordagem ao tema Area-law and universality in the statistics of the subsystem energy, apresentada pelo Prof. Dr. Mohammad A. Rajabpour, docente e pesquisador do Instituto de Física da Universidade Federal Fluminense (RJ).

Mohammad A. Rajabpour concluiu doutorado em física pela Sharif University of Technology (2007), possuindo pós-doutorado pela University of Turin (2010), pós-doutorado pela International School for Advanced Studies (2012) e pós-doutorado pela Universidade de São Paulo (2014).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de outubro de 2018

Produção Científica do IFSC/USP referente ao mês de setembro de 2018

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica, cadastradas no mês de Setembro de 2018, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) no final da página principal do IFSC.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico:

Analytica Chimica Acta, v. 1034, p. 137-143, Nov. 2018

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de outubro de 2018

Física – A facilitadora para um novo horizonte profissional

Guilherme Zampronio Alves, que realizou o ensino médio numa escola pública e o colegial em uma instituição particular em sua cidade natal – Ribeirão Preto – diz que o interesse pela eletrônica surgiu quando ele tinha apenas oito anos. Formado em engenharia elétrica, com ênfase em eletrônica, Guilherme conta que sempre teve a curiosidade de desmontar e montar equipamentos: “Ainda criança, quando eu desmontava e remontava algum equipamento, na maioria das vezes ele voltava a funcionar”, algo que já estava relacionado com o gosto pela área de exatas que, para ele, ocorreu naturalmente em sua vida.

Para o jovem engenheiro, que hoje está com 31 anos, os dois primeiros anos do curso de engenharia foram menos acadêmicos e mais aplicados, com ênfase em matemática e física, logo, a mudança do ensino médio para a universidade não foi tão brusca.

Segundo Guilherme, o começo de sua vida universitária foi uma mera extensão do colegial, onde se estudava o básico das ciências exatas, aprofundando-se cada vez mais nas áreas de cálculo, geometria, álgebra, dentre diversas outras, revelando que, para os futuros engenheiros, a grande mudança ocorre a partir do terceiro ano, quando surgem as áreas realmente aplicadas: circuitos elétricos, eletrônicos e módulos de potência: “Nesse momento, você se sente realmente dentro da engenharia, porque os professores são mais voltados para essa área e fazem conexões com o que a gente vê na vida real e com o que a universidade pode nos ensinar”. Assim, para este engenheiro foi uma grande realização, pois foi a partir desse momento que ele começou a aplicar o conhecimento que adquiriu.

Foi na metade do segundo ano acadêmico que o IFSC-USP cruzou em seu caminho. Apesar de já conhecer alguns professores de Física, por conta das disciplinas de Física 1, Física 2, Física 3 e dos laboratórios de física, de fato foi o Prof. Dr. Eduardo Azevedo, pertencente ao grupo de pesquisa do Prof. Dr. Tito J. Bonagamba, que fez com que Guilherme se interessasse pela física: “Eu acabei gostando das coisas que ele falava. Então, conversamos e ele me contou que trabalhava com equipamentos de Ressonância Magnética Nuclear. Seu grupo me recebeu de braços abertos e me mostrou o mundo aplicado na área da Física”, sendo que a engenharia serviu como um complemento natural da Física.

Um exemplo de projeto criado por este engenheiro foi uma sonda feita para o grupo de Ressonância Magnética Nuclear, bem como um equipamento desenvolvido para que os pesquisadores trabalhassem em campo zero. Ao mesmo tempo em que Guilherme precisava de informações, ele estudava em paralelo com a engenharia. De certo modo, uma área complementou a outra: “Digamos que na física, desde o princípio, eu tive uma necessidade industrial porque precisava criar soluções para o pessoal trabalhar. Assim, o meu estudo na engenharia contribuiu para que eu fundamentasse e alcançasse os meus objetivos”.

Guilherme, que trabalha na empresa Bruker do Brasil há nove anos, conta que ingressou na empresa como engenheiro de serviços – responsável pela manutenção e instalação dos equipamentos de ressonância magnética –, atuando hoje como coordenador na parte técnica do mesmo setor: “A minha estada no IFSC foi uma espécie de facilitadora na minha vida profissional dentro da Bruker, porque a ressonância magnética é uma técnica muito complicada, o tempo de treinamento para as pessoas que trabalham nessa área é muito grande e a empresa tinha me contratado quando eu já possuía um conhecimento mais profundo na área. Então, digamos que a física me preparou muito bem, estive a frente de pessoas que, inclusive, já trabalhavam na empresa”, revela Guilherme, enfatizando que a instrumentação científica sempre foi seu principal foco, salientando que os alunos entram muito despreparados na universidade: “Tudo é muito vago no princípio. Os jovens apenas se moldarão a partir do momento em que conseguirem conciliar suas vidas acadêmicas com suas qualidades”.

Quanto ao setor produtivo, afirma que os interessados em atuar nas áreas de instrumentação e aplicação não encontrarão falta de trabalho, pois são áreas extremamente fortes e que necessitam de mão de obra altamente qualificada: “O mercado brasileiro não para de crescer com os equipamentos de pesquisa”. Ainda de acordo com Guilherme, o salário de um profissional que deseja se especializar nessa área varia bastante. Por exemplo, numa empresa que utiliza equipamentos como raios-X, infravermelho, espectrômetro de massa e ressonância magnética nuclear, pode pagar a um jovem profissional cerca de R$ 3.000,00 a R$ 5.000,00, daí que o ex-aluno do IFSC-USP aconselha que os jovens estudantes aproveitem a potencialidade que o Instituto de Física de São Carlos tem a oferecer.

Para ele, a própria personalidade do aluno irá guiá-lo para o caminho certo e no momento em que esse estudante estiver num lugar que não o satisfaça, ele partirá para outra área, seja na teoria ou na instrumentação, por exemplo. “Acredito que o IFSC tem muito para colaborar e ensinar aos alunos, principalmente no desenvolvimento da área que eles próprios escolheram”, finaliza Guilherme.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bonagamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de outubro de 2018

Filosofísica apresenta: “Forjando uma Laureação: História e Processos de Escolha dos Ganhadores do Prêmio Nobel”

Próximo dia 02 de outubro, a partir das 5:30 da manhã, na sala F-210 do IFSC/USP, com José Guilherme Licio, mestrando em ensino de ciências pela USP

Prêmio Nobel. A Glória máxima do cientista contemporâneo. O símbolo supremo da ciência bem feita. Uma medalha de ouro puro, um diploma escrito à mão, e uma história que reflete a ciência moderna.

Mas de onde veio o Prêmio Nobel? Como são escolhidos os vencedores de cada ano? Quais são os critérios para se escolher trabalhos científicos tão específicos, num mundo em que ciência é feita por tanta gente o tempo todo? A quem cabe a responsabilidade da escolha?

Evidentemente, nada disso é simples. Mesmo o Premio Nobel já passou por problemas, controvérsias e debates acirrados sobre seus objetivos e seus métodos. Nesse ciclo de atividades, vamos refletir de maneira crítica sobre a premiação. Saber um pouco da História do Prêmio, quais processos estão por trás da nomeação dos laureados, e, claro, como em algumas ocasiões as coisas ficaram um pouco nebulosas.

Não percam! Como início do ciclo de atividades, acompanharemos ao vivo o anúncio dos ganhadores do Nobel de física deste ano, no dia 2 de outubro as 6:45 da manhã. Antes, às 5:30 da matina, teremos uma apresentação contextualizando a história e a escolha dos ganhadores do Nobel.

Em dezembro, também veremos ao vivo a cerimônia de premiação, e também acompanharemos as famosas palestras oficiais que os laureados ministrarão. Tudo isso para entender não somente sobre o Nobel – mas sobre as ciências em si.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de outubro de 2018

Workshop “Meet the Editors – Scientific Writing” visita IFUSP – São Paulo

Realiza-se nos dias 01 e 02 de outubro, no Anfiteatro Adma Jafet, a sexta edição do workshop Meet the Editors – Scientific Writing, um evento que tradicionalmente ocorre no IFSC/USP (São Carlos) e que pela primeira vez será realizado no IFUSP (Campus da Capital).

Neste workshop, cujo idioma oficial será o Inglês, participarão os seguintes palestrantes, que abordarão os temas:

Laura Greene (Former APS President 2017/2018 / University of Florida – USA);
Lecture 1: Publishing in Peer Reviewed Journals;
Lecture 2: Negotiation Skills and Career Building: Making the Most of Your Talents;

S. Lance Cooper (Associate Head for Graduate Programs, University of Illinois, Urbana-Champaign – USA);
Lecture 1: Organizing and Writing an Accessible Scientific Paper;
Lecture 2: How to Read and Respond to Referee Reports;

Priya Satalkar (Institute for Biomedical Ethics, University of Basel – Switzerland);
Lecture 1: Authorship assignment: what makes it so challenging?
Lecture 2: Does my silence make me guilty of scientific misconduct? Researchers’ views on raising concerns.

Laurens Molenkamp (University of Würzburg – Germany – Editor of Physical Review B);
Lecture: Physical Review B and its offspring;

Julie Kim-Zajonz (Editor of Physical Review Applied);
Lecture: Physical Review Applied: A relatively new journal finding its place in a family of journals celebrating 125 years of research publication;

Henrik Rudolph (Editor of Applied Surface Science);
Lecture 1: Ethics in publishing (in principle for all levels of scientists);
Lecture 2: Bibliometrics;

Tutorial for authors & referees

Editors of Physical Review Applied (Dr. Julie Kim-Zajonz) and Physical Review B (Dr. Laurens Molenkamp) will provide useful information and tips for referees and authors. The information presented will be relevant to anyone who is looking to submit or review manuscripts for any of the APS journals, or to anyone who would like to add to their knowledge and experience of the authoring and refereeing processes.

Roundtable

This panel will address relevant topics such as authorship, ethics in publishing, role of Editors, visibility, plagiarism, duplicate publications and related issues. All invited speakers will participate in this roundtable.

Os interessados em participar neste workshop deverão se inscrever no site do evento (para planejamento de “coffee breaks”, etc).

Haverá apoio aos estudantes de pós-graduação do IFSC inscritos, i.e., transporte SC/São Paulo/SC e (possivelmente) hospedagem em hotel.

Para obter mais informações sobre este workshop e/ou se inscrever, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de outubro de 2018

Ex-reitor da USP: Marco Antonio Zago é o novo presidente da Fapesp

O ex-reitor da USP, Marco Antonio Zago, é o novo presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O decreto de nomeação foi assinado publicado no Diário Oficial do Estado no dia 29 de setembro.

Zago compôs a lista tríplice definida em 3 de setembro deste ano pelo Conselho Superior da Fundação e entregue ao governador para a escolha do novo presidente. A lista foi definida em função do fim do mandato do professor José Goldemberg, também ex-reitor da USP, no dia 7 de setembro. Goldemberg ocupava o cargo desde 2015.

Reitor da USP no período de 2014 a janeiro de 2018, Marco Antonio Zago é professor titular desde 1990. Graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (1970), obteve títulos de mestre e de doutor em Clínica Médica pela mesma faculdade, respectivamente, em 1973 e 1975.

É docente em dedicação exclusiva desde 1973, tendo realizado o pós-doutorado no Nuffield Department of Clinical Medicine na Universidade de Oxford. Dentre outros cargos, foi presidente do Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) entre 2007 e 2010.

Foi pró-reitor de Pesquisa da Universidade no período de 2010 a 2014. Foi presidente do CNPq, coordenador do Centro de Terapia Celular de Ribeirão Preto, diretor clínico do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e membro da Comissão Nacional de Biossegurança.

É secretário de Estado da Saúde do Governo do Estado de São Paulo desde abril deste ano.

(Com informações do Jornal da USP – Foto: Marcos Santos)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de outubro de 2018

“Seminário NaCa” recebe palestra do Prof. Ubirajara Filho (IQSC/USP)

O Grupo de Pesquisa em Nanomateriais e Cerâmicas Avançadas (NaCa) organizou no dia 28 de setembro, pelas 16 horas, em suas instalações localizadas no Campus II da USP São Carlos, mais um seminário, desta vez com a participação do reconhecido docente e pesquisador do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), Prof. Ubirajara Rodrigues Filho, que dissertou sobre CO2: Desafios e Oportunidades.

Com a crescente preocupação de utilização de matérias primas abundantes e baratas, assim como com efeitos e causas do aquecimento global, a atenção de várias organizações e setores produtivos têm se voltado à captura, armazenamento e uso do CO2 emitido ou atmosférico, CCU.

Em sua apresentação, o palestrante enfatizou o fato de o CO2 ser uma molécula apolar de baixa reatividade cinética, em função da baixa energia dos seus orbitais HOMO e LUMO, tendo exemplificado algumas das possibilidades para a captura de CO2 e uma alternativa de armazenamento de grandes volumes.

Na sequência de sua apresentação, Ubirajara Filho mostrou algumas das tecnologias que estão sendo utilizadas para a sua transformação, sem que, contudo, tenha esgotado os exemplos de todas as alternativas, quer de captura, armazenamento ou uso deste gás, não obstante ter sublinhado o fato de que, com engenhosidade e investimento em pesquisa e desenvolvimento, é possível transformar um passivo num ativo proporcionando a geração de riqueza e empregos.

Por último, o palestrante salientou que questões como o aquecimento global não serão resolvidas apenas por uma filosofia de CCU, havendo a necessidade de uma mudança de paradigma socioeconômico que envolva uma mudança na legislação internacional e nacional, na educação formal e informal da população e da cultura político-empresarial.

O Prof. Ubirajara é docente do Grupo de Química de Materiais Híbridos e Inorgânicos – Departamento de Química e Física Molecular – Instituto de Química de São Carlos – USP.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP