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13 de janeiro de 2020

Próximo mês de julho: 6º Congresso de Graduação da USP

Nos últimos dois anos, a Universidade de São Paulo avançou no sentido da transdisciplinaridade e da inovação curricular, sendo que em 2020 chegou a um dos pontos mais importantes na busca pela qualidade do ensino de graduação – os seus professores.

Dessa forma, a USP realiza nos dias 5, 6 e 7 de julho do corrente ano, o seu 6º Congresso de Graduação, que ocorrerá no Auditório do Centro de Difusão Internacional (CDI/USP), na cidade de São Paulo.

A Pró-Reitoria de Graduação procura oferecer aos docentes um aprimoramento pedagógico, para que possam acompanhar as constantes transformações sociais e tecnológicas que hoje ocorrem em ritmo acelerado, e assim articular colaborativamente as diferentes faces da educação, com o objetivo de aprimorar cada vez mais a qualidade do ensino.

Iniciativas criativas e exitosas já existem na USP, tanto nos cursos de bacharelado quanto nos de licenciatura e a expectativa é que o 6º Congresso de Graduação faculte momentos mais para que seus participantes conversem e compartilhem experiências sobre este e outros temas voltados ao desenvolvimento e ao aprendizado de seus estudantes.

Fique atento às novidades sobre este evento, que serão divulgadas no site da Pró-Reitoria de Graduação (AQUI).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de janeiro de 2020

Escola São Paulo de Ciência Avançada em Fluidos Quânticos e Aplicações

O IFSC/USP recebe entre os dias 20 e 30 de abril de 2020 a Escola São Paulo de Ciência Avançada em Fluidos Quânticos e Aplicações, um evento que abordará tópicos relevantes sobre fluidos quânticos, a saber:

– Condensação de Bose-Einstein;
– Gases de Fermi degenerados;
– Fluidos quânticos fora do equilíbrio e turbulência;
– Armadilhas adiabáticas para átomos frios;
– Magnetismo quântico;
– Fenômenos quânticos macroscópicos;
– Simulação quântica;
– Universalidade;
– Supersólidos;

A escola visa proporcionar aos participantes uma compreensão da área de estudo, da ciência fundamental à aplicada, contando desde já com a presença de renomados palestrantes de todo o mundo, fazendo desta uma grande oportunidade para o intercâmbio de idéias científicas e avanços tecnológicos no campo. Os participantes terão a oportunidade de apresentar seus resultados de pesquisa em sessões de pôsteres.

A Escola de Ciência Avançada de São Paulo sobre Fluidos Quânticos e Aplicações será um evento com inscrição gratuita, tendo em consideração um número limitado de solicitações. Dessa forma, o objetivo é selecionar cerca de cem participantes (50 brasileiros e 50 estrangeiros), dando-se prioridade a candidatos atualmente matriculados em programas de pós-graduação (Mestrado / Mestrado e Doutorado / PhD), bem como para recém-formados e pós-graduandos.

Os interessados poderão solicitar o financiamento da viagem, sendo que a acomodação e as refeições serão financiadas para TODOS os pedidos de subsídios aceitos.

Este evento é coordenado pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, tendo como restantes membros do Comitê Organizador: Marcelo Takeshi Yamashita, (IFT-UNESP); Marcos Cesar de Oliveira (IFGW-UNICAMP); Philippe Wilhelm Courteille (IFSC-USP); Emanuel Alves de Lima Henn (IFSC-USP); Mônica Andrioli Caracanhas (IFSC-USP); Francisco Ednilson A. dos Santos (UFSCAR); Lucas Madeira (IFSC-USP), sendo que as inscrições poderão ser feitas até dia 31 de janeiro de 2020.

Para se inscrever, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de janeiro de 2020

Produção científica do IFSC/USP no mês de dezembro de 2019

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica, cadastradas no mês de dezembro de 2019, clique AQUI, ou acesse o quadro em destaque (em movimento), no final da página principal do IFSC.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico ACS Nano.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de janeiro de 2020

O legado do físico Antonio Ricardo Droher Rodrigues (1951-2020)

Faleceu em Campinas, no dia 3 de janeiro do corrente ano, o engenheiro e físico Ricardo Rodrigues (Antonio Ricardo Droher Rodrigues), líder da equipe de engenharia que desenvolveu e está finalizando a construção dos aceleradores do Sirius, a segunda fonte de luz síncrotron do Brasil, atualmente em fase de testes no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).

Nascido em Curitiba em 10 de novembro de 1951, Ricardo assumiu a liderança técnica do projeto pioneiro que dotou o Brasil da primeira fonte de luz síncrotron do Hemisfério Sul, desenvolvida e construída de 1987 a 1997 no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), hoje um dos laboratórios nacionais do CNPEM.

Graduou-se na Universidade Federal do Paraná, em 1974, em Engenharia Civil. Entre 1976 e 1979 fez o Doutorado em Física no King´s College University of London, orientado por Michael Hart, com a tese “X-Ray Optics for Synchrotron Radiation”. Inicialmente foi professor no curso de Física da UFPR, e ali começou as atividades no Grupo de Óptica de Raios-X e Instrumentação (GORXI), depois renomeado para Laboratório de Óptica de Raios-X e Instrumentação (LORXI), ainda em funcionamento naquela universidade.

Em 1984 Ricardo Rodrigues foi para o Instituto de Física e Química da USP, em São Carlos, convidado para o grupo de óptica daquele instituto. Seu dinamismo, criatividade e capacidade de propor soluções para aplicação de raios X em experimentos científicos desde logo chamavam a atenção de todos que com ele trabalhavam.

Não por acaso, Ricardo Rodrigues envolveu-se desde o início com o Projeto Radiação Síncrotron, iniciado no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Desse projeto resultaria a criação do LNLS, implantado em Campinas a partir de 1987. Ali, sob a liderança técnica de Ricardo, uma equipe formada por jovens recrutados em universidades tornou realidade um sonho que parecia impossível: projetar, construir e operar uma fonte de luz síncrotron, equipamento até então existente apenas em países desenvolvidos, destinado a impulsionar pesquisas científicas em áreas da física, química, biologia, engenharia de materiais e outras.

Foram necessários dez anos de trabalho até que, em 1997, o Brasil se juntasse a um grupo seleto de países, sendo o primeiro de Hemisfério Sul a ter uma fonte de luz síncrotron. Esse equipamento foi projetado sob coordenação de Ricardo Rodrigues e operou até 2019. Com a construção da fonte de luz síncrotron, uma comunidade hoje estimada em mais de seis mil pesquisadores passou a fazer experimentos científicos no LNLS.

Em 2001 Ricardo Rodrigues afastou-se do LNLS por motivações pessoais e criou uma empresa, a SKEDIO Tecnologia.  Nesse período, contribuiu para projetos que se estendem por um amplo espectro de aplicações, que vão desde a área de artes plásticas à construção civil e área de saúde, como exemplos.

Em 2009, ao assumir a direção do LNLS, Antonio José Roque da Silva persuadiu Ricardo Rodrigues a retornar ao Laboratório. A missão agora era desenvolver uma nova fonte de luz síncrotron no Brasil, inicialmente uma máquina de terceira geração. A comunidade de usuários exigia há algum tempo um novo equipamento, capaz de atender novas e crescentes demandas científicas. O nome de Ricardo Rodrigues era inconteste entre todos que sabiam da sua relevância no projeto da primeira fonte de luz.

Exemplo demonstrativo da capacidade criativa e entusiasmo de Ricardo Rodrigues para materializar sonhos aparentemente impossíveis ocorreu em 2012, quando um Comitê Científico Internacional formado por especialistas em máquinas síncrotron veio ao CNPEM. Convocado especificamente para avaliar o projeto então concebido, o Comitê recomendou a construção de um equipamento mais sofisticado, na vanguarda tecnológica, capaz de se manter competitivo no cenário internacional por muitos anos. Nascia desse desafio o que viria ser a fonte de luz Sirius. “Lembro do Ricardo, em um jantar com os integrantes do Comitê, e sua reação àquela proposta, dizendo um ‘topo!’ imediatamente. Esse era o tipo de desafio que Ricardo Rodrigues não rejeitava”, afirma José Roque, atual Diretor Geral do CNPEM e diretor do projeto Sirius.

Assim, de 2012 a 2019, coube a Ricardo liderar a equipe que desenvolveu um conjunto de soluções inovadoras, que colocaram Sirius como um dos líderes mundiais entre as fontes de luz síncrotron.

Em dezembro, com o câncer diagnosticado em meados do ano, Ricardo Rodrigues viu a Fonte de Luz Sirius em fase de testes bem-sucedidos de funcionamento, inclusive com um experimento-teste para obtenção de uma imagem tomográfica, comprovando o sucesso do projeto, que coordenou até poucos dias antes do seu falecimento.

Ricardo Rodrigues tinha a capacidade de unir entusiasmo, criatividade, conhecimento técnico e científico e encontrar soluções inéditas exigidas para construir equipamentos de alta sofisticação tecnológica. Ainda mais importante, era um formador de pessoas. Avesso a formalidades acadêmicas, reconhecido mundialmente como um criativo solucionador de problemas, Ricardo Rodrigues deixa saudades. Sua trajetória servirá de constante inspiração para os que, no Brasil, se dedicam a ciência, tecnologia e inovação.

(Assessoria de Comunicação do CNPEM)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

6 de janeiro de 2020

Aluno do IFSC/USP no NASA International Space APP Challenge

A NASA desenvolveu há já algum tempo o designado NASA International Space APP Challenge, cujo intuito é reunir pessoas para solucionar problemas reais em quarenta e oito horas (a maioria dos locais são setenta e duas horas, a primeira edição na localidade geralmente são dois dias apenas), são propostos desafios em diversas áreas.

Mais de 29.000 pessoas, oriundas de 71 países, participaram do Desafio Internacional de Aplicativos Espaciais de 2019. O Space Apps cria conexões. Como parte do Space Apps, o participante faz parte de uma comunidade global de hackathon, que firma colaborações entre setores e culturas, para gerar inovações que mudam de paradigma. A Space Apps faculta a consulta às soluções que se encontram nos dados gratuitos e abertos da NASA. As missões da NASA na Terra, no nosso Sol e sistema solar e no universo – todos coletam dados em busca de novos conhecimentos, para expandir a compreensão por meio de novas descobertas científicas e para ajudar a melhorar a vida na Terra.

Usando os dados da NASA para resolver os desafios de cada ano, as equipes dos Aplicativos Espaciais aprendem sobre os dados da NASA, sendo que esses mesmos aplicativos espaciais inspiram colaboração, criatividade e pensamento crítico, fomentam o interesse pela ciência e exploração da Terra e do espaço, e incentivam o crescimento e a diversidade da próxima geração de cientistas, tecnólogos, designers e engenheiros. O Space Apps é gerenciado pela Divisão de Ciências da Terra, Science Mission Directorate, na sede da NASA, em Washington, DC.

Victor Cardoso (de camisa amarela) rodeado pelos seus colegas de equipe, julgadores e membros da organização

Victor Richard Cardoso, aluno do 2º ano do Curso de Física Computacional do IFSC/USP, decidiu entrar nessa aventura, constituir uma equipe e apresentar um projeto relativo à criação de um jogo de tabuleiro virtual com 36 casas – Exomundus – Construtor de planetas -, onde pode participar entre dois e cinco jogadores. O objetivo do jogo é construir um planeta com uma determinada superfície, atmosfera, que tenha anéis (ou não), com satélite (ou não), enfim, um jogo que se estende por várias fases até chegar ao final. “Logo à partida, pensei em criar um jogo que envolvesse a criação e customização de um sistema solar, atendendo a que o desafio era desenvolver algo educacional. Foi no Onovolab, em outubro passado, que ocorreu a primeira edição da competição em São Carlos e foi aí que conheci o grupo que viria a ser minha equipe, a qual foi dado o nome de Zorgon. Discutimos sobre o projeto, inicialmente constituído por um simulador 3D, mas rapidamente fomos convencidos pelos mentores no Onovolab a abandoná-lo, atendendo a que esse tipo de jogo já era muito comum e já muito disseminado no mercado”, conta Victor.

Foi aí que a equipe decidiu criar o jogo de tabuleiro virtual e concorrer ao NASA International Space APP Challenge, confrontando-se com onze grupos constituídos por cinco pessoas cada. “Foi bem legal e arrecadamos o 3º lugar na competição local da cidade de São Carlos, que, contudo, não foi suficiente para participar na competição global da NASA, que ocorrerá em 2020. Os prêmios, devido à colocação, foram dois meses de acesso ao Onovolab e uma bolsa de 60% em um MBI, na UFSCar, para dividir entre o time. Temos muito a agradecer ao Prof. André Ambrosio e também ao Prof. Valter Libero, ambos do IFSC/USP, pela grande ajuda em relação às ideias sobre o jogo e sobre as questões físicas envolvidas. Também agradecemos a todos os pós-doutores da área de física computacional que, de uma forma ou de outra, nos ajudaram na caminhada. Continuaremos a tentar chegar mais longe nesta competição internacional”, pontua Victor.

Para conferir a participação da equipe Zorgon de São Carlos no NASA International Space APP Challenge, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de dezembro de 2019

Câncer de colo do útero – tudo sobre a doença e tratamento por TFD

As lesões que causam o câncer de colo do útero – ou câncer cervical – podem ser tratadas de forma não invasiva, através da Terapia Fotodinâmica (TFD),através de um protocolo clínico inovador derivado de uma pesquisa que teve início em 2011, sob a coordenação do Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Considerada uma das doenças que mais matam mulheres no mundo – sendo que no Brasil é o segundo tipo de câncer mais prevalente no sexo feminino -, o câncer de colo do útero é uma doença que se desenvolve a partir da Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC), lesão que é causada pela infecção do vírus HPV (a sigla em inglês para papilomavírus humano). A infecção ocorre predominantemente pela via sexual e a manifestação dos sinais e sintomas depende do sistema imunológico do indivíduo portador, bem como de outros fatores de risco, tais como o início precoce da vida sexual, múltiplos parceiros(as) sexuais e tabagismo.

Existem mais de 150 tipos de HPV descritos na literatura, sendo que eles são divididos em dois grupos: de baixo e alto risco, que depende da capacidade do vírus em desenvolver lesões benignas, como o condiloma; ou, se for um tipo viral oncogênico, pode desenvolver principalmente o câncer de colo de útero. Estes vírus agem de forma lenta e silenciosa no organismo humano, por isso a importância das mulheres em realizar o exame do Papanicolau anualmente, pois é através dele que se pode detectar esse tipo de alteração no colo do útero, aumentando as chances do diagnóstico da doença antes mesmo dela evoluir para o câncer no local.

No programa “Feminino de A a Z”, transmitido pela TV-USP/CEPOF (Canal 10 da Net São Carlos), a pesquisadora do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Drª Natália Inada, fala sobre tudo o que envolve esta doença, desde a prevenção, passando pelos tratamentos e a importância do exame Papanicolau para a saúde da mulher.

Clique na imagem abaixo e assista a esta interessante entrevista.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de dezembro de 2019

Applications of molecular coherence:  from ultrafast physics to biophotonics

O Grupo de Óptica do IFSC/SUP realizou no dia 19 de dezembro seu último seminário do ano, com a presença especial do Prof. Alexei Sokolov (Institute for Quantum Science and Engineering, Department of Physics and Astronomy, Texas A&M University, College Station, Texas).

Em sua apresentação, Sokolov sublinhou como a coerência quântica é a característica central de múltiplas técnicas e corresponde a uma situação em que átomos ou moléculas de uma amostra são preparados em um estado de superposição coerente – ou, em termos simples, vibram em uníssono, sendo que um alto grau de coerência pode levar a resultados surpreendentes.

Sokolov explicou como a coerência atômica tem sido usada em transparência induzida eletromagneticamente (EIT), propagação de luz ultrasslow e lasing sem inversão. Trabalhos recentes mostraram que uma coerência molecular aumentada e habilmente manipulada permite melhorias na detecção e detecção ópticas. A detecção coerente de Raman, combinada com nano-plasmônicos produz uma melhoria multiplicativa na sensibilidade.

Outro exemplo dado pelo palestrante é uma técnica denominada modulação molecular, que permite a geração de um espectro coerente ultrabroad e permite a síntese de pulsos arbitrários ultra rápidos de tempo e espaço, sincronizados em relação às oscilações moleculares.

Em sua palestra, Sokolov revisou o desenvolvimento de ideias relativas a vários efeitos de coerência e suas aplicações, a campos que vão desde a detecção remota a nano-sensoriamento e biofotônica.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de dezembro de 2019

Instituto de Física de São Carlos mais próximo da sociedade

A Educação brasileira passa por momentos de extremas dificuldades, já que elas não advêm apenas do fato de não haver recursos suficientes para educar a todos. Essas dificuldades também passam pela área cultural, principalmente pela dificuldade de se dar valor à educação como elemento básico na contribuição para o desenvolvimento da Nação.

Olhando ao seu redor, o cidadão aprende, assim, a dar valor às conquistas que a Educação é capaz de oferecer à sociedade. Obviamente, nossos olhos e nossa atenção recaem quase que prioritariamente na educação universitária. As universidades tiveram investimentos importantes nas últimas décadas e, apesar das atuais dificuldades, o certo é que existem infraestruturas erguidas que permitem dar continuidade ao valor que tem a educação de nível superior junto da sociedade – seja através da realização de pesquisas, seja através da formação de novos profissionais de diversas áreas, altamente qualificados, seja, inclusive, no reconhecimento do valor do aluno quando esse conquista o seu diploma.

Todas as universidades realizam, com certo destaque, as formaturas de seus estudantes, e a razão disso deve-se ao fato de que elas gostam de reconhecer o esforço que foi feito por todos para se atingir algo tão importante na vida de um aluno, ou seja, a entrada em um outro patamar da vida, algo que esse(a) jovem estudante sente imediatamente.

A nível fundamental e médio, vê-se que as escolas públicas, principalmente, não estão conseguindo fazer o fechamento final do esforço de seus alunos, dando a eles, de igual forma, a formatura condigna. Para alguns, essa cerimônia não passa de algo trivial, perfeitamente dispensável, enquanto que para outros (muitos) ela, quando instituída, poderá se transformar no tônico essencial para que o jovem aluno siga em frente, principalmente por um motivo: “Eu sou capaz!”. De fato, não se pode concluir fases tão importantes na vida dos jovens alunos, simplesmente entregando num balcão de uma secretaria um diploma de estudante. É necessário nesse momento dar o devido valor à Educação, ao aprendizado e aos professores que caminharam juntos nessas trilhas. É nesses momentos que o aluno percebe o quanto ele foi importante em ter conseguido seguir os passos indicados por seus mestres e ter atingido os diferentes graus da Educação. É sabido que muitas escolas não têm condições de levar seus estudantes para uma formatura, num espaço nobre onde possam congregar familiares, colegas e professores, com o intuito de todos poderem prestar tributo e dar valor a esse momento tão importante, que é a conclusão de mais um ciclo no período de educação.

Para o Prof. Sebastião Pratavieira (IFSC/USP), infelizmente as escolas são carentes de infraestruturas capazes de acolher suas cerimônias de colação de grau. “O IFSC é uma instituição pública estadual, uma continuação das escolas estaduais de ensino fundamental e médio, e felizmente temos condições de oferecer essa infraestrutura. Colaborar com as escolas é aproximar ainda mais a comunidade à Universidade e também uma forma de homenagear os alunos e professores. Para um aluno, sua colação de grau é um marco que fica para o resto da vida. E sendo feita dentro de uma Universidade mostra que ela é acessível e possível e poderá ser o diferencial para sua vida futura”.

Maykon Formenton

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) tem o privilégio de possuir uma ótima estrutura para a realização de seus eventos, contando-se, entre eles, as famosas Colações de Grau. Foram investimentos que foram feitos ao longo dos anos e que agora vem, na medida do possível, disponibilizando essa infraestrutura para que as escolas da cidade de São Carlos realizem suas formaturas nos diversos níveis de ensino – básico, fundamental e médio. Desta forma, o IFSC/USP acredita que está contribuindo para dar o devido valor à Educação, que está se aproximando ainda mais da sociedade, disponibilizando a ela aquilo que ele tem de melhor, que é o seu espaço, sua infraestrutura, em prol da valorização da Educação.

Para Maykon Formenton, técnico responsável pelos procedimentos audiovisuais no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP) “Disponibilizar as infraestruturas de nosso Instituto para a escolas da cidade de São Carlos é devolver à sociedade um pouco da contribuição que ela faz para a Universidade. Fazer cerimônias de colação de grau aos alunos dos ensinos fundamental e médio é incentivar os jovens a prosseguir nos estudos. Tudo isso é possível, claro que com regras e procedimentos para que essas comemorações tenham qualidade”.

Claudio Boense Bretas

Além de disponibilizar seu espaço para formaturas – devidamente sujeito às regras de utilização -, o IFSC/USP também está, a partir de agora, num processo de disponibilizar laboratórios de ensino para que os estudantes possam completar a sua educação realizado práticas de Física nas dependências da Universidade. O IFSC/USP pretende, através dessas atividades, contribuir com a sociedade, tanto do ponto de vista da formação dos alunos, como também repassando a mensagem clara que quer contribuir com a comunidade para valorizar o ensino e a educação em qualquer um de seus níveis. O IFSC/USP está verificando, inclusive, a possibilidade de colaborar com as instituições de ensino na organização desses eventos, através de seu setor de Eventos, com a plena confiança de que todas as que forem abrangidas cuidarão do patrimônio colocado à sua disposição, como se fossem delas.

Para Cláudio Boense Bretas, Técnico de Laboratório do IFSC/USP “É uma ótima ideia trazer para dentro do Instituto e da USP não só os alunos dos ensinos fundamental e médio, como, também, seus familiares, por forma a que vejam que o futuro de seus jovens está ao alcance. Uma Universidade gratuita. Colaborar na colação de grau dos mais jovens é fazer o aluno perceber que seus horizontes são muito vastos, assim ele queira”.

Segundo o diretor do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato “Nós não podemos dar valor apenas à Educação de nível superior, já que essa é nossa função como cientistas e professores universitários. Mas como cidadãos, temos que dar valor à Educação em todos os seus níveis, para que os jovens estudantes possam se entusiasmar em seguir suas carreiras acadêmicas, vendo a “Escola” como algo que vale a pena seguir, tendo em vista seu futuro”.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de dezembro de 2019

Em seminário: “Correlações gluônicas na rede a temperatura finita”

Em mais um seminário inserido no programa High Energy Physics, realizado no dia 18 de dezembro, Matheus Cerqueira (IFSC/USP) apresentou o tema Correlações gluônicas na rede a temperatura finita, onde o palestrante deu ênfase à Cromodinâmica Quântica (QCD), teoria de gauge não-abeliana que descreve a interação forte entre quarks, mediada pelos glúons.

O grande desafio no estudo da QCD é que o comportamento da constante de acoplamento forte torna inviável a descrição perturbativa da teoria em baixas energias. O formalismo de rede é um método não-perturbativo que envolve a descrição da teoria através da equivalência entre uma teoria quântica de campos no espaço euclidiano e um modelo de mecânica estatística clássica, por meio de uma densidade de probabilidade.

Além disso, temos a discretização do espaço-tempo, de maneira que os quarks sejam representados por sítios de uma rede e os glúons indiretamente pelos elos que conectam esses sítios.

Neste seminário, Matheus fez uma breve revisão sobre a aplicação desta formulação à teoria de Yang-Mills para o grupo SU(2), com ênfase na descrição do propagador do glúon. Em seguida, enfatizou a busca por uma descrição do comportamento desse propagador próximo à temperatura crítica de transição de fase de desconfinamento, incluindo efeitos de massas de blindagem, associadas aos polos desse propagador a temperatura finit, tendo apresentado sua investigação sobre a região crítica utilizando o método finite-size scaling (FSS), aplicado ao loop de Polyakov, que é o parâmetro de ordem da teoria.

Assessoria der Comunicação – IFSC/USP

19 de dezembro de 2019

Corais da USP e UFSCar se apresentam na Igreja de São Benedito – São Carlos

Prof. José Pedro Donoso Gonzalez (IFSC/USP) no violoncelo – Camerata Octo+

A Igreja de São Benedito, em São Carlos, recebeu no dia 14 de dezembro o Encontro de Coros, um extraordinário evento cultural que congregou uma vasta plateia.

Participaram cinco corais, a saber:

Coral Santa Cecília, sob a regência de José Renato Gonçalves;

Madrigal e o Vivo Canto da UFSCar, sob a regência de Jane Borges;

Coral Wilson Cury, sob a regência de Wilson Cury);

Coral Paulista de São Carlos, sob a regência de Flávia Bombonato;

Coral da USP de São Carlos, sob a regência de Sergio Alberto de Oliveira.

A Camerata de Cordas Octo+, regida por Araceli Hackbarth, acompanhou as apresentações do Corais Santa Cecilia e da UFSCar, neste último interpretando Gloria, Vivaldi.

Um evento cultural de grande qualidade, que se espera regresse mais vezes.

 

Coral USP São Carlos

Coral Madrigal – UFSCar

(Colaboração na recolha de imagens: Prof. Sebastião Pratavieira)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de dezembro de 2019

Iniciativa do Espaço Interativo de Ciências – EIC-CIBFar

Em 2019, o Espaço Interativo de Ciências (EIC – CIBFar/CEPID/FAPESP) ofereceu o curso “Utilização de experimentos e modelos tridimensionais no ensino de biologia molecular para o ensino básico”, em parceria com a Diretoria de Ensino Regional São Carlos (SEE-SP). Dele participaram cerca de 40 professores de Ciências da Natureza, de 29 escolas estaduais de São Carlos, reunindo-se em 10 encontros durante os meses de agosto a dezembro.

Nos encontros foram realizadas palestras e atividades práticas com a utilização de estratégias e materiais didáticos produzidos pelo EIC. Cada uma das escolas representadas recebeu um kit “DNA-RNA-Proteína”, com cerca de 6.000 peças, para ser utilizado pelos professores cursistas em suas respectivas escolas, com seus próprios alunos, ao longo do curso e posteriormente.  Alguns professores replicaram as atividades práticas em sala de aula e obtiveram bons resultados: “Esse curso e esse material são ótimos! Muito proveitoso pra mim e principalmente para os alunos”, relatou a professora da Escola Estadual Conde do Pinhal, Silvana Tonon.

Uma atividade de encerramento foi idealizada para que os professores das diferentes escolas pudessem compartilhar suas experiências utilizando os materiais didáticos e discutirem com seus pares os resultados alcançados. Nesse evento, ocorrido no último dia 7 de dezembro, cinco professores apresentaram o trabalho realizado em sala de aula e ao final cada participante foi contemplado com um kit “Processo de tradução, RNAm-proteínas”, com cerca de 860 peças.

Da equipe desenvolvedora do curso fez parte a Profa. Leila M. Beltramini (coordenadora), Prof. Nelma R. S. Bossolan, Educadora Gislaine Costa dos Santos, todas do IFSC-USP, e a Profa. Marília Faustino Silva, da Diretoria de Ensino Regional de São Carlos. Também participaram no oferecimento das atividades os pós-graduandos do IFSC-USP, Andre Schutzer de Godoy, Jakeline de Freitas Ferreira, Marcela Nunes Argentin, Rafaela Sachetto Fernandes e Raphael Antonio Caface.

Clique AQUI para acessar o álbum de fotos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

17 de dezembro de 2019

Site da Biblioteca do IFSC com layout mais moderno, intuitivo e atrativo

O site da Biblioteca do IFSC/USP passou por uma renovação de sua imagem, apresentando agora um layout mais moderno, intuitivo e atrativo.

Os conteúdos disponibilizados no site apresentam-se agora mais fáceis de localizar, o que proporciona maior agilidade para o usuário encontrar rapidamente o tema que procura.

Um trabalho de parceria entre o Serviço de Biblioteca e Informação do IFSC/USP e a Seção Técnica de Informática de nosso Instituto.

Para acessar o site da Biblioteca do IFSC/USP, em sua nova versão, clique AQUI.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de dezembro de 2019

Laser de baixa potência trata dores orofaciais – neuralgia do trigêmeo

Você alguma vez sentiu pequenos choques que se estendem pelo maxilar até à parte posterior da orelha?

Esses pequenos choques (neuralgia do trigêmeo), mais usuais em mulheres com idades acima dos cinquenta anos, são originados pela compressão da artéria cerebelar superior sobre  a raiz nervosa do trigêmeo, uma inflamação que pode ter origem na progressiva rigidez da artéria, ou no aparecimento de aterosclerose, etc., e a qual se dá o nome de neuralgia do trigêmeo.

A neuralgia do trigêmeo é um distúrbio nervoso que provoca uma dor insuportável na região do rosto, por onde passa o nervo trigêmeo – responsável por carregar as mensagens das sensações do rosto para o cérebro. Na opinião de muitos especialistas, as dores sentidas por esta condição são descritas como uma das piores dores que existem“, caracterizadas por um incômodo muito forte na cabeça, como a sensação de um “choque”, ou queimadas nas áreas de onde os ramos do nervo são distribuídos – por exemplo, lábios, olhos, nariz, couro cabeludo, testa, mandíbula e maxilar. As dores, que são constantes e muito fortes, costumam ter duração de alguns segundos até dois minutos.

Dr. Vitor Hugo Panhoca

Até há bem pouco tempo atrás, um dos mais eficientes métodos para eliminar esse mau estar era a administração de medicação e uma pequena cirurgia chamada “Técnica Cirúrgica Janetta”, ou compressão por balão, onde se colocava uma espécie de almofada, ou amortecedor, debaixo dessa artéria, evitando, dessa forma, a compressão da mesma sobre a raiz do nervo trigêmeo.

Agora, a Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF), instalada na Santa Casa da Miserícórdia de São Carlos, através do Dr. Vitor Hugo Panhóca, iniciou um novo protocolo para esse tipo de mau estar, com uma terapia complementar para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, através da aplicação de luz laser nos locais doloridos (laserterapia de baixa potência).

“Combinada com as usuais drogas utilizadas para esse efeito – oxicarbamazepina e carbamazepina -, a repolarização dos nervos acontece com mais rapidez e eficácia, proporcionando um alívio rápido para os incômodos que provocam esses choques. Em cerca de dois a três meses, com oito a doze aplicações de laser de baixa potência durante quinze minutos cada, essa situação ficou normalizada”, confirma o Dr. Vitor Hugo Panhóca, que é especialista em dor orofacial e é o responsável pelo tratamento na UTF.

As pessoas portadoras com esses sintomas, poderão marcar atendimento na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, através do telefone (16) 3509-1351.

(Imagens: Globo / Vidal Saúde)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de dezembro de 2019

Câncer de próstata é detectado precocemente com novo biossensor

Um biossensor que diagnostica a pré-disposição de desenvolver câncer de próstata muito antes do surgimento dos primeiros sintomas? E que detecte o câncer de próstata em apenas 1 hora, ao custo de R$4,00 por exame?

Isso pode se tornar realidade em muito curto prazo como resultado de uma pesquisa desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Embrapa Instrumentação e Hospital de Amor de Barretos.

O câncer de próstata é o mais comum em homens e o segundo mais letal, superado apenas pelo câncer de pulmão. É responsável por 20% dos casos totais de câncer, com estimativa de incidência de 1.392.727 de novos casos em 2020 e taxa de mortalidade de 27%, segundo dados da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). Neste cenário, o diagnóstico precoce é determinante para a sobrevivência do paciente. Contudo, os exames de custo elevado são oferecidos apenas na rede particular de saúde, limitando o acesso da população a tais exames de detecção precoce.

Andrey Coatrini Soares sublinha a grande parceria entre o IFSC/USP, a Embrapa Instrumentação e o Hospital de Amor de Barretos para concluir este trabalho importante

Pesquisadores do IFSC/USP, da Embrapa Instrumentação e do Hospital de Amor de Barretos, desenvolveram um biossensor que pode, num futuro próximo, ser empregado em exames – similares aos testes de glicose de farmácia – para detectar a pré-disposição do paciente em desenvolver o câncer de próstata. O exame não será invasivo, usando uma gota de sangue ou, preferencialmente, urina do paciente, com a detecção de um novo biomarcador (PCA3-Prostate Cancer Antigen 3).

Um exame com PCA3 poderá eliminar a necessidade de toque retal e de biópsias nos estágios iniciais de diagnóstico. Isso será possível porque o PCA3, diferentemente do PSA, indica somente a presença da pré-disposição para o desenvolvimento do câncer de próstata. Ou seja, ele não se altera com inflamações, como a prostatite, que hoje geram falsos positivos nos exames de PSA, ou seja, confundem-se com sinais de câncer.

O biossensor é composto por uma sonda de material genético, imobilizada em eletrodos de ouro, que detecta a presença do material genético complementar indicador do surgimento do câncer de próstata. Amostras de urina ou de sangue poderão ser gotejadas sobre o eletrodo e em cerca de uma hora é possível saber se o paciente possui aquele material genético em suas células. Desta forma, o paciente pode iniciar a prevenção da doença precocemente, anos antes de o câncer se manifestar, o que aumenta as chances de cura.

Um trabalho muito gratificante, sublinha a pesquisadora Juliana Coatrini Soares

Devido à sua simplicidade, rapidez do diagnóstico e de seu baixo custo, espera-se que este biossensor possa ser implantado no Sistema Único de Saúde no começo da cadeia de exames para diagnóstico do câncer de próstata. O biossensor está em processo de patenteamento pela Agência USP de Inovação e pela Agência de Inovação do Hospital de Amor de Barretos. A disponibilidade do teste para a população depende do interesse de empresas que licenciem a tecnologia, podendo demorar cerca de cinco anos para chegar ao mercado.

O aspecto mais inovador desta pesquisa foi a fabricação de um biossensor com princípios de detecção simples, ou seja, medidas elétricas ou eletroquímicas, que detecta um novo biomarcador de câncer de próstata (PCA3). A detecção foi possível porque a equipe do Hospital de Amor de Barretos desenhou uma sequência de DNA que se hibridiza com o biomarcador. Isso pôde ser demonstrado não apenas em amostras com o biomarcador em solução, como em células de pacientes com câncer de próstata. Com métodos de visualização de informação, por exemplo, foi possível distinguir células cancerosas de células sadias. O biossensor pode ser de baixo custo e o exame demora uma hora no máximo.

Destaque-se que o PCA3 é mais específico que o antígeno PSA, permitindo detectar a pré-disposição de homens ao câncer de próstata. Isso pode vir a dispensar o exame de toque retal e até mesmo a biópsia. A triagem com base no exame de PSA e de toque leva a cerca de dois terços de biópsias desnecessárias.

Este é um biossensor que detecta apenas o PCA3 e que não deixa qualquer dúvida, segundo a pesquisadora Valquiria Rodrigues

O biossensor desenvolvido pelas equipes do IFSC-USP, Embrapa Instrumentação e Hospital de Amor de Barretos, utiliza técnicas eletroquímicas e elétricas, e é inédito para a detecção de PCA3. Já há alguns poucos relatos na literatura de detecção de PCA3, mas sempre com técnicas sofisticadas e dispendiosas, como a PCR (polymerase chain reaction). Esta é a razão pela qual o exame com PCA3 ainda não está disponível nos sistemas de saúde, como o SUS.

O custo de cada unidade sensorial (biossensor) é de aproximadamente R$3,00 a R$4,00, com perspectiva de que cada exame possa custar muito menos do que as técnicas de PCR, cujo custo é muito elevado e pouco acessível pela população em geral.

Prof. Osvaldo Novais afirma que é possível fazer a detecção de PCA3 em células, a um custo potencialmente baixo

Andrey Coatrini Soares, Valquíria Rodrigues Barioto e Juliana Coatrini Soares, foram os pesquisadores responsáveis pelos trabalhos desenvolvidos no Grupo de Polímeros “Bernhard Gross” (IFSC/USP), liderado pelo Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, tendo manifestado sua satisfação pelos resultados alcançados. “Foi muito gratificante este trabalho de parceria, em que se detectou o biomarcador PCA3, um gene que só aparece em quem tem tendência para desenvolver câncer de próstata”, relata Juliana. Para Valquíria, este poderá ser um grande auxiliar para os médicos. “O biossensor, ao detectar o PCA3, não deixa qualquer dúvida – é sinal de pré-disposição para o câncer de próstata, já que ele não detecta outro tipo de câncer ou mesmo inflamações.

Andrey Coatrini Soares ressalta a parceria com os médicos e pesquisadores do Hospital de Amor de Barretos, já que foram eles que deram início a este trabalho. “Os médicos de Barretos constataram que houve um substancial aumento das ocorrências relacionadas com câncer de próstata. Como eles tinham em seu poder a sequência do PCA3 (sequência de DNA), o caminho ficou mais fácil para levarmos em frente esta pesquisa conjunta. Criamos, assim, um biossensor que fosse fiel na detecção precoce da doença, rápido na leitura dos resultados (60 minutos) e barato, tendo em vista sua futura utilização pela população, através do SUS”, acrescenta Andrey.

Para a equipe de pesquisadores e médicos do Hospital do Amor de Barretos, esta pesquisa abre novas portas para enfrentar a problemática do câncer de próstata.

O Prof. Osvaldo Novais ressalta que “o nosso trabalho demonstra ser possível fazer a detecção de PCA3 em células, a um custo potencialmente baixo. Ainda não se provou que a detecção ocorrerá em urina ou sangue, e nem que a detecção de PCA3 eliminará a necessidade de biópsias ou exames de toque retal. Demonstrar essas possibilidades, que podem ser revolucionárias para a detecção e tratamento de câncer de próstata, deve ser objetivo de pesquisas futuras, em nosso time de pesquisadores e em outros lugares do mundo a partir da divulgação do presente artigo.”

Figura. Esquema para a fabricação de um biossensor para detecção do PCA3, mostrando também o emparelhamento devido à hibridação na detecção de controles positivos.

Quanto tempo demora para chegar no mercado?

A tecnologia já está em processo de patente pela Agência USP de Inovação, com a colaboração do Escritório de Inovação do Hospital de Amor de Barretos. Para chegar ao mercado, é necessário testar o biossensor em fluidos biológicos, como o sangue, e desenvolver protótipos que sejam reprodutíveis em testes de grande escala, sem falsos positivos ou negativos. Estima-se que se uma empresa estiver interessada em licenciar a tecnologia, o exame de PCA3 pode estar no mercado em alguns anos.

Os três jovens pesquisadores do IFSC/USP

O artigo científico deste trabalho foi assinado por Juliana  Coatrini Soares, Andrey Coatrini Soares, Valquíria Cruz Rodrigues, Matias Eliseo Melendez, Alexandre Cesar Santos, Eliney Ferreira Faria, Rui M. Reis, André Lopes Carvalho e Osvaldo Novais de Oliveira Junior.

Para acessar o artigo científico desta pesquisa, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de dezembro de 2019

Oferta de posições no CIERMag – Desenvolvimento tecnológico

O Centro de Imagens e Espectroscopia in vivo por Ressonância Magnética (CIERMag), sediado no IFSC/USP, está oferecendo posições para as seguintes vertentes:

1) Pessoal com conhecimento técnico em montagens de circuitos eletrônicos, utilizando conceitos modernos de prototipagem;

É necessária a comprovação de experiência na montagem de circuitos com componentes SMD.

2) Pesquisadores para desenvolvimento de software;

São necessários conhecimentos de linguagens de programação estruturada e orientada a objeto (tais como e na ordem de prioridade, Python, C++, C, VB.NET etc.);

3) Projeto, análise e roteamento de circuitos de alta velocidade utilizando plataforma da Cadence (Allegro, Orcad);

Será necessária experiência comprovada em projetos que envolvam a utilização de FPGAs de médio volume de recursos bem como de seus periféricos.

– Os conhecimentos de conceitos de Linguagem de Descrição de Hardware (VHDL ou Verilog) são altamente desejáveis, mas não obrigatórios;

– Os conhecimentos de princípios de Ressonância Magnética são altamente desejáveis, mas não obrigatórios;

Os interessados deverão entrar em contato com Prof. Alberto Tannús através do e-mail secretaria_emoh@ifsc.usp.br ou pelos telefones 55 (16) 3373 9836 ou 55 (16) 3373 6665 em horário comercial, mencionando “Projeto Espectrômetro Digital”.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de dezembro de 2019

Maratona Nação USP Empreendedora – Um sucesso!

Os dias 07 e 08 de dezembro marcaram a realização da última etapa da Maratona Nação USP Empreendedora, um evento que ocorreu no Campus USP de São Carlos (CEFER).

Com o tema Você teve uma ideia para melhorar a USP que ninguém pensou?, a Maratona Nação USP Empreendedora foi aberta à participação de alunos, professores e funcionários da USP, que se organizaram em equipes e que apresentaram projetos inovadores em todas as áreas, exatamente para melhorar a vida na USP como um todo. Com um prêmio de dez mil reais para o projeto vencedor, concorreram sessenta e oito projetos, envolvendo 207 participantes, tendo sido selecionados 18 projetos, com um número total de 55 participantes.

Os objetivos da Maratona foram muito claros, segundo explicou Adriele Fonseca, aluna da EESC/USP e membro da Comissão Organizadora. CLIQUE NA IMAGEM ACIMA PARA CONFERIR A ENTREVISTA.

A abertura do evento contou com a presença da Pró-Reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP, Profª Maria Aparecida Machado, que usou da palavra após após uma breve introdução do Prof. Vanderlei Bagnato, coordenador da organização e diretor do IFSC/USP.

CONFIRA, CLICANDO NA IMAGEM ABAIXO, AS PALAVRAS DOS DOIS DIRIGENTES.

Seria praticamente impossível dar destaque a todos os dezoito projetos que concorreram nesta Maratona, mas só para se ter uma noção da diversidade de ideias, deixamos aqui a descrição de três delas, na voz de seus idealizadores.

CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO

Ao longo da Maratona de dois dias, os participantes foram finalizando seus projetos. Para o Prof. Henrique Rosenfeld, docente da Escola de Engenharia (EESC/USP), “Este é um evento sensacional, com nossa comunidade se envolvendo em tentar resolver nossos próprios problemas. Sensacional!”

CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO PARA CONFERIR AS DECLARAÇÕES DO PROF. ROSENFELD

Finalmente, perto das 18 horas do dia 08 de novembro (domingo), o júri da Maratona USP Empreendedora deu por terminado seu trabalho, anunciando os três primeiros classificados:

1° LUGAR
Projeto: UniStore
Descrição: Plataforma marketplace que irá unificar, regularizar e garantir a qualidade do pedido de produtos universitários que são oferecido pelas organizações extracurriculares, secretarias acadêmicas e atléticas.
Participantes: Alexandre Batistella, Bruno Rosa, Felipe Moreira, Murilo Pratavieira
Campus: São Carlos

2° LUGAR
Projeto: COPA
Descrição: Atitude consciente nos RU’s – campanhas de conscientização, e substituição dos copos descartáveis por um pequeno copo dobrável, que possui o chip da USP e pode ser usada para liberar a entrada no restaurante universitário. Sistema de gameficação para incentivar o uso do copo USP.
Participantes: Andre Junior Youn, Iara Domingues Carneiro, Lais Sayuri Kavano, Marina Naomi Utsunomiya, Profa.Dra Rosana Aparecida Vasques
Campus: São Paulo

3° LUGAR

Projeto: Yoga na USP
Descrição: Oferecimento de yoga nos fins de semana e bonificação para os estudantes que participarem das atividades. Estímulo e suporte à saude mental dos participantes.
Participantes: Caroline Stivanelli, Cauê Moreno Costa, Jessica Tanuri, Yan Watanabe Falchetti
Campus: Ribeirão

Ficam as imagens registradas no vídeo abaixo, com a chamada dos três primeiros classificados, o balanço do evento na voz do Prof.Vanderlei Bagnato, e, claro as palavras eufóricas da equipe vencedora

CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO

Aguardam@s a todos para a edição Maratona Nação USP Empreendedora – 2020. Até lá, recordemos alguns dos momentos da edição de 2019.

Clique AQUI para acessar o álbum de fotos.

Todas as fotos deste evento estarão publicadas brevemente no Facebook do IFSC/USP – https://www.facebook.com/ifscusp/

(Texto e edição: Rui Sintra / Edição Vídeo: Ricardo Rehder Cardoso / Fotos: Maria Zilda)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de dezembro de 2019

Produção cientifica do IFSC/USP no mês de novembro de 2019

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica, cadastradas no mês de novembro de 2019, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento), no final da página principal do IFSC/USP.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico:

Lasers in Medical Science

Confira a produção científica de nosso Instituto.

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de dezembro de 2019

11º workshop do Clube de Ciências do Espaço Interativo de Ciências (EIC)

Realizou-se no dia 03 do corrente mês, no Espaço de Convivência Prof. Horácio Panepucci, junto aos laboratórios de ensino do IFSC/USP, o 11o workshop do Clube de Ciências do Espaço Interativo de Ciências (EIC), uma das atividades de Educação Científica do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar/CEPID/FAPESP).

Neste ano, houve a participação de cerca de 50 alunos, divididos em duas turmas de clubistas, oriundos do ensino médio das escolas públicas de São Carlos. O Clube teve encontros semanais durante o ano letivo, no qual os participantes realizaram experimentos seguindo critérios do método científico, ou seja, propuseram, desenvolveram, observaram, coletaram dados, analisaram, discutiram os resultados, organizaram pôsteres e os apresentaram no workshop.

Neste ano, os pôsteres foram avaliados por alunos pós-graduandos do IFSC/USP, pela Especialista em Laboratório Dra. Daniele S. Jacinto, pelos técnicos Antenor F. Petrilli Filho, Claudio Boense Bretas, dos Laboratório de Ensino de nosso Instituto, e pela Química do CDCC, Dra. Angelina Sofia Orlandi.

A organização e funcionamento do CC conta com a supervisão da Profa. Nelma R. S. Bossolan, da educadora do EIC, Gislaine C. dos Santos, de estudantes do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas, bolsistas do projeto integrado de bolsas da USP, sob a coordenação geral da Profa. Sênior do IFSC/USP, Leila M. Beltramini.

Confira AQUI o álbum de fotos relativas ao evento

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de dezembro de 2019

Aplicações de ressonância da rotação eletrônica de alta frequência

O IFSC/USP recebeu no dia 10 de dezembro, um colóquio extraordinário com a presença do Dr. Petr Neugebauer, do Instituto de Tecnologia da Europa Central, Universidade de Tecnologia de Brno, Brno, República Tcheca.

Após uma breve história do apresentador para ajudar o público a seguir suas etapas científicas no desenvolvimento da Espectroscopia de Ressonância Eletromagnética de Alta Freqüência (HFESR), o foco da apresentação foi o estado atual do HFESR e suas limitações, um método considerado uma ferramenta essencial no campo do magnetismo molecular, onde os sistemas moleculares são candidatos à produção de armazenamento de dados de alta densidade, bem como bits quânticos para avançar no campo da computação quântica.

Neugebauer ccomentou, ainda, as descobertas recentes de seu grupo, que demonstraram a valiosa contribuição do HFESR na avaliação da qualidade da produção em massa de materiais modernos de estado sólido, por exemplo, grafeno e outros compostos 2D.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de dezembro de 2019

IFSC/USP e UFSCar unidas em mais uma pesquisa conjunta

O pesquisador Thales Rafael Machado, pós-doutorando na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e integrante do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), desenvolveu uma nova metodologia para realizar procedimentos de obtenção de imagens em fibroblastos dérmicos, células presentes na pele humana, em parceria com pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP e da Universitat Jaume I (UJI), em Castellón de la Plana, Espanha.

A imagem por fluorescência consiste em um dos métodos mais comuns em ciências biológicas para obter informações detalhadas de estruturas e eventos intracelulares de maneira específica e em alta resolução. No estudo publicado, propõe-se que as nanopartículas preparadas pelo grupo poderiam ser utilizadas como agente de contraste para a realização de procedimentos de bioimagem por fluorescência. Segundo os testes in vitro realizados utilizando como modelo culturas de fibroblastos dérmicos humanos neonatais (HDFn), as nanopartículas possuem alta capacidade de internalização na região citoplasmática sem que ocorram danos as células. Uma vez dentro das células, a hidroxiapatita emite fluorescência de cores azul, verde, amarelo e vermelho, evidenciando distintas estruturas celulares. Esta característica é fundamental para potenciais procedimentos biomédicos de obtenção de imagem multicor, sendo este um novo fenômeno observado para o material.

Os principais benefícios do uso das nanopartículas desenvolvidas para esta aplicação são a biocompatibilidade e fotoestabilidade em comparação com os biomarcadores usualmente empregados que sofrem uma rápida degradação. Além disso, o material foi otimizado com o fim de eliminar a necessidade de incorporação de elementos de terras raras – procedimento comum para melhorar as propriedades fluorescentes da hidroxiapatita. O estudo abre um leque de possibilidades para novas pesquisas em imagem intracelular e delimitação de estruturas celulares, visando o melhoramento de procedimentos de diagnóstico e terapia de doenças que afetam a população mundial.

A pesquisa é um dos resultados de uma intensa pesquisa interdisciplinar sobre ortofosfatos que o CDMF vem desenvolvendo nos últimos 5 anos. Basicamente, são materiais sintéticos cuja composição e estrutura se assemelham aos dos componentes minerais presentes em ossos e dentes humanos, possuindo assim elevada biocompatibilidade. Além disso, apresentam baixo custo, pois são obtidos por rotas sintéticas simples e são constituídos basicamente de cálcio e fósforo, dois elementos abundantes na natureza.

Esses materiais apresentam multifuncionalidades, tendo potenciais aplicações já demonstradas para, por exemplo, utilização em dispositivos ópticos, na restauração do patrimônio histórico-cultural, como fragmentos de marfim procedentes de presas de mamute, além da recuperação de fachadas de suporte pétreo.

Em busca da interdisciplinaridade que o estudo exigia, o CDMF, dirigido pelo Prof. Elson Longo, do Departamento de Química da UFSCar, buscou o estabelecimento de parcerias com o Centro de Pesquisas em Ótica e Fotônica (CEPOF), coordenado pelo Prof. Vanderlei Bagnato, do IFSC/USP, uma vez que o CEPOF possui profunda experiência na exploração de propriedades fotônicas de materiais para fins biomédicos com profissionais altamente qualificados.

O estudo, denominado “Designing biocompatible and multicolor fluorescent hydroxyapatite nanoparticles for cell-imaging applications” foi publicado na revista Materials Today Chemistry, da família Materials Today, da editora Elsevier. Além de Machado, o artigo tem como autores Ilaiáli Souza Leite, Natália Mayumi Inada, Máximo Siu Li, Jussara Soares da Silva, Juan Andrés, Héctor Beltrán-Mir, Eloisa Cordoncillo e Elson Longo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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