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20 de abril de 2023

Projeto Clínico – Chamada de mulheres voluntárias para tratamento de alopecia androgenética

(Créditos – Emergency Live)

Na sequência de um projeto clínico iniciado em 2021 visando o tratamento de mulheres portadoras de alopecia androgenética – calvície padrão feminina -, jovens pesquisadoras formadas pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) estão iniciando um novo projeto clínico, desta vez com a utilização de um tônico de curcumina e óleos essenciais e aplicação de fotobiomodulação com laser de baixa potência, projeto que está lançando agora uma chamada para 16 mulheres voluntárias, com faixa etária entre os 18 e 50 anos, que apresentem rarefação difusa dos cabelos na região frontal e parietal do couro cabeludo.

Não poderão participar desta chamada mulheres que tiveram covid-19 há menos seis meses e que apresentem início da menopausa, doenças graves – como tumores malignos ou benignos, lúpus, psoríase, diabetes, lesões de pele de qualquer natureza, que tenham distúrbios psicológicos e hormonais, portadoras de marca-passo, quadro de anorexia, bulimia ou desnutrição, ou que estejam em tratamento de hemodiálise, fumantes, usuárias de drogas, e voluntárias que já estavam em tratamento para queda de cabelos.

Este estudo, conduzido pela Drª Alessandra Keiko Lima Fujita, doutora em ciências na área de Biofotônica pelo IFSC/USP e na área de disfunções capilares e pesquisadora responsável por este projeto de pesquisa, e por Patricia Kaori Shiraishi, terapeuta capilar especializada em disfunções do couro cabeludo, formada pela Associação Brasileira de Tricologia, incluirá dez sessões de tratamento (uma por semana) e ocorrerá na “K Quadrado – Espaço de Beleza e terapia integrativa”, Rua Visconde de Inhauma, 1515, São Carlos.

As voluntárias interessadas nesta pesquisa poderão se inscrever através do Whatsapp (16) 98110-9219.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de abril de 2023

Inscrições para eleição de representantes discentes junto à Comissão de Inclusão e Pertencimento (CIP) do IFSC/USP

Estão abertas, até às 16h00 do próximo dia 08 de maio do corrente ano, as inscrições para a eleição dos representantes discentes junto à Comissão de Inclusão e Pertencimento (CIP) do IFSC/USP, conforme disposto na PORTARIA IFSC-13/2023.

A eleição acontecerá no dia 18 de maio do corrente ano, entre as 09h00 e as 15h00, por meio de sistema eletrônico de votação e totalização de votos.

Confira AQUI a Portaria

Confira AQUI o Requerimento de Inscrição.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de abril de 2023

26 de abril – Inauguração da Exposição PRIP: Inclusão e Pertencimento

No dia 26 de abril, próxima quarta-feira, às 14h00, será inaugurada no Espaço Primavera (EESC/USP), Bloco E, a 1a Exposição “Clima institucional na USP: primeiros resultados do Questionário Inclusão e Pertencimento de 2022”.

Entre agosto e setembro de 2022, a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento realizou uma pesquisa com toda a comunidade USP. Inspirada em pesquisas conhecidas como Campus Climate Surveys, a pesquisa intitulada “Questionário PRIP: Inclusão e Pertencimento na USP” é o primeiro grande estudo dedicado a avaliar as percepções de toda a comunidade universitária da USP.

Em São Carlos, a Exposição poderá ser apreciada no Espaço Primavera da EESC/USP, Bloco E1.

A inauguração oficial contará com uma transmissão simultânea, realizada no mesmo espaço, da abertura oficial que será realizada no campus do Butantã.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de abril de 2023

Combate ao SARS-CoV-2 – Desvendado todo o processo de maturação da proteína Protease

Na sequência do trabalho desenvolvido no Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar) – um CEPID da Fapesp alocado no IFSC/USP e coordenado pelo Prof. Glaucius Oliva -, ao qual demos o devido destaque em março passado (VER AQUI), pesquisadores desse centro de pesquisa conseguiram recentemente desvendar todo o processo de maturação da proteína Protease, presente no genoma do SARS-Cov-2, um estudo que foi publicado na prestigiada revista “Nature Communications”.

Nos anteriores estudos os pesquisadores conseguiram acompanhar grande parte do processo bioquímico por que essa proteína passa até chegar à sua forma madura, com exceção do primeiro passo da sequência, que só agora foi visualizado e entendido, como explica o responsável por essa pesquisa, Dr. Andre Schützer de Godoy.

“Nos primeiros estudos, foram muito bem descritos os passos da maturação da Protease, com exceção do passo inicial, sendo que isso era fundamental para entender todo o processo. Por termos utilizado a cristalografia como técnica escolhida para elaborarmos todos os estudos, contudo ela se mostrou ineficaz para descrever o estado inicial do processo. Foi nesse momento que optamos por utilizar outra técnica que, embora já tenha sido criada há algum tempo, tem sofrido melhorias significativas nos últimos anos – a Crio-Eletro Microscopia Eletrônica e, graças a essa técnica, conseguimos observar o primeiro passo da maturação da proteína, algo que é inédito”, comemora o pesquisador.

Com este estudo, os pesquisadores conseguiram completar o entendimento de todo o mecanismo, algo que é importantíssimo para o desenvolvimento de novos fármacos para combater de forma eficaz o SARS-CoV-2.

Esta pesquisa contou com a colaboração de pesquisadores de instituições de pesquisa do Reino Unido.

Para acessar o artigo científico desta pesquisa, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de abril de 2023

Inscrições abertas – “German-Brazilian Edtech Hackathon – Digital Education”

Até o dia 19 de abril é possível fazer a inscrição gratuita para a segunda edição do  “German-Brazilian EdTech Hackathon – Digital Education”, que acontece de 25 a 27 de maio no Goethe-Institut, em São Paulo.

Em mais uma edição, o evento é aberto à pluralidade de participantes que atuam com educação digital em áreas distintas. Destinado a estudantes de ensino superior, educadores, professores, desenvolvedores e gestores de políticas públicas, o German-Brazilian EdTech Hackathon – Digital Education tem como objetivo encontrar e propor soluções tecnológicas para os desafios atuais no ensino digital.

O encontro pretende promover um intercâmbio entre a expertise de mentores e organizadores alemães e os participantes brasileiros, com aprendizagem mútua, visando encontrar soluções para os diversos desafios atuais no ensino digital e que possam ser compartilhados ou reproduzidos facilmente por várias instituições (fator social), ou continuar o desenvolvimento através de cooperações bilaterais entre Brasil e Alemanha.  Por seu caráter internacional, o Hackathon será realizado em inglês (workshops, pitches, avaliação do júri).

Trata-se de uma oportunidade para propor e encontrar de forma colegiada soluções criativas para os desafios propostos pelos participantes e sociedade em geral, além de trocar experiências, conhecer projetos científicos e novas tecnologias, estreitando relação com as instituições alemãs com representações aqui no Brasil.

As candidaturas para participação no evento serão avaliadas pelas competências individuais, bem como criatividade e motivação para participar do Hackathon. No ato da inscrição, os candidatos que moram fora da cidade de São Paulo podem solicitar uma das bolsas disponibilizadas para ajuda de custos parcial para gastos com hospedagem e passagem (aérea ou terrestre). O reembolso, cujo valor poderá variar de acordo com a origem de cada participante, será feito mediante envio dos comprovantes após o evento.

Os três dias do evento contarão com várias atividades, como: workshops preparatórios, palestras, espaço informativo sobre as universidades alemãs organizadoras do evento, pitches dos projetos, avaliação pelo júri e premiação entregue no último dia. O programa ainda inclui todas as refeições e atividades sociais com o intuito de promover o networking entre todos os participantes.

Neste ano, a equipe vencedora vai ganhar bolsas parciais de ensino de alemão no Goethe-Institut, uma das instituições mais renomadas de ensino do idioma fora da Alemanha e que oferece certificado reconhecido internacionalmente. As aulas poderão ser realizadas virtualmente, ministradas no sistema remoto, permitindo que pessoas não residentes em São Paulo também possam usufruir do prêmio.

Para participar de forma gratuita, basta fazer a inscrição até 19 de abril através do formulário no site: https://edtechhack.org/registration.

A edição de 2022 contou com mais de 100 inscrições das quais 30 pessoas foram selecionadas para participar do projeto, que teve como objetivo encontrar e propor soluções tecnológicas para os desafios atuais no ensino digital.  Acesse e confira a edição anterior : https://edtechhack.org/2022

Organização:

Universidade de Münster

re:edu

Universidade Técnica de Munique (TUM)

Freie Universität Berlin (FU Berlin)

Goethe-Institut São Paulo

Coorganização:

DWIH São Paulo

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de abril de 2023

No IFSC/USP: Oportunidade de Bolsas FAPESP para Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado

Está aberto o processo de seleção de candidatos a bolsas aprovadas como item orçamentário em projeto FAPESP destinado ao estudo de materiais vítreos híbridos orgânico-inorgânicos (proc. 2022/02974-1), conforme abaixo:

*02 bolsas para Iniciação Científica:

*02 bolsas para Mestrado;

*02 bolsas para Doutorado Regular;

As bolsas são destinadas à pesquisa em grupo multidisciplinar do IFSC-USP voltado para o estudo de estrutura e propriedades de materiais funcionais (Laboratório de Espectroscopia de Materiais Funcionais – https://www.ifsc.usp.br/lemaf).

O objetivo principal da pesquisa é a síntese e caracterização de uma nova classe de vidros híbridos orgânico-inorgânicos descobertos recentemente (primeiros trabalhos no assunto datam de 2016), com o intuito de desvendar detalhes estruturais que sejam importantes para o planejamento de novas composições, visando a aplicação dos materiais em fotônica, sensoreamento, catálise heterogênea, etc.

Os vidros serão sintetizados a partir de estruturas metal-orgânicas (MOFs). A estrutura dos vidros será caracterizada principalmente por técnicas avançadas de Ressonância Magnética Nuclear em estado sólido.

Existe preferência para alunos formados em física, mas as inscrições de alunos formados em química ou engenharia de materiais também serão avaliadas. Experiência em RMN de líquidos ou sólidos é um diferencial para a vaga, mas não é mandatório.

As inscrições (em fluxo contínuo) deverão ser encaminhadas para o email do orientador, Prof. Dr. Marcos de Oliveira Junior –  mjunior@ifsc.usp.br – acompanhadas de currículo e histórico escolar de graduação.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de abril de 2023

“Ciência às 19 Horas” – Bate-papo sobre a Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial está em tudo e em todo lugar, com muitas aplicações e presente no dia a dia das pessoas, talvez até mesmo sem elas perceberem.

 

A Inteligência Artificial está presente nas buscas que você faz na Internet (p.ex. Google Search), no taxi/carro de aplicativo (p.ex. Uber), na recomendação de filmes por streaming (p.ex. Netflix), mas também nos robôs da OBR (Olimpíada Brasileira de Robótica), nos robôs inteligentes aspiradores de pó, nos robôs do tipo veículos autônomos, nos robôs assistentes virtuais (p.ex. Alexa e Siri), e mais recentemente nos robôs de conversação, os chatbots como o ChatGPT.

E você o que sabe sobre a Inteligência Artificial?

Precisamos conversar sobre esse assunto… pois, ou você domina as tecnologias modernas e a Inteligência Artificial, ou elas irão dominar você!

14 de abril de 2023

Randon Lasers e o comportamento vítreo da luz

O IFSC/USP organizou no dia 14 de abril mais um colóquio, desta vez com a participação do Prof. Cid B. de Araújo, docente do Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que abordou o tema “Randon Lasers e o comportamento vítreo da luz”.

“Random Lasers” (Lasers Aleatórios – LAs) são muito diferentes dos lasers convencionais.

Enquanto os lasers convencionais dependem de espelhos formando uma cavidade ressonante que amplifica e guia a luz em uma única direção, os LAs dependem de vários eventos de redirecionamento aleatório da luz dentro de um meio de ganho desordenado, como um pó ou um líquido turvo, por exemplo.

Na maioria dos LAs, o meio de ganho é iluminado por uma fonte externa e a luz é espalhada várias vezes em diferentes direções.

Parte da luz espalhada eventualmente retorna ao meio de ganho onde é amplificada por emissão estimulada levando a mais espalhamento e amplificação, podendo resultar na emissão de luz coerente em determinados comprimentos de onda.

As aplicações incluem, por exemplo, o uso dos LAs no sensoriamento de parâmetros físicos em diferentes sistemas, imageamento e telecomunicações.

Neste colóquio o palestrante discutiu princípios de operação dos LAs, mostou algumas aplicações e apresentou trabalhos realizados no Recife, abordando temas que estão na fronteira da pesquisa nesta área.

Mostrou, ainda, analogias entre os LAs e “sistemas complexos” que apresentam várias transições-de-fase estudadas na Física Estatística, e em particular discutiu experimentos que permitem observar e caracterizar o fenômeno de Quebra de Simetria de Réplicas originalmente estudado em sistemas magnéticos de vidros de spins e que foi o tema central considerado para concessão do Premio Nobel de Física de 2021 a G. Parisi.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de abril de 2023

COVID-19 – Comprovada a eficácia da fotobiomodulação no tratamento da perda de olfato e paladar

Resultados do estudo conjunto feito pelo IFSC/USP e King’s College Hospital (Londres)

Um estudo/piloto clínico desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Department of Oral Surgery, do King’s College Hospital (NHS Foundation Trust), de Londres, publicado neste último mês de março, na revista científica internacional de grande impacto na área da saúde, “Journal of Biophotonics”, mostrando que a terapia através de fotobiomodelação atua como um imunomodulador no combate à anosmia (perda de olfato) e à ageusia (perda de paladar), promovendo, em doze sessões, a recuperação total do olfato e paladar, sentidos que foram comprometidos pela COVID-19.

Este estudo realizado pelo Laboratório de Biofotônica do IFSC/USP, que contou com a participação dos pesquisadores Dr. Vitor Hugo Panhóca e Prof. Vanderlei Bagnato em parceria com a renomada cientista Reem Hanna(PhD), do Department of Oral Surgery, do King’s College Hospital (NHS Foundation Trust), de Londres, teve como ponto inicial o fato da fotobiomodulação ter surgido como uma possível terapia eficaz na restauração da funcionalidade do paladar e olfato, criando assim uma alternativa aos tradicionais tratamentos com base em fármacos e  cuja eficácia já foi questionada. Assim, a terapia por fotobiomodulação emergiu como uma modalidade alternativa de tratamento fotobioenergético, não invasivo, no alívio da dor, reduzindo a inflamação e a cicatrização dos tecidos lesionados.

Este estudo contou com a participação de vinte pacientes voluntários diagnosticados com anosmia e ageusia causadas pela COVID-19, que se submeteram a doze sessões de tratamento com administrações intranasal e intraoral por fotobiomodulação, cujos resultados mostraram uma melhora significativa da funcionalidade olfativa e gustativa.

Os objetivos do estudo foram:

*Avaliar a porcentagem de recuperação completa e o tempo de prognóstico;

*Introduzir uma dosimetria a laser preliminar padronizada e protocolos de tratamento;

*Compreender os atuais mecanismos moleculares da fotobiomodulação na restauração da funcionalidade do olfato e paladar;

Este estudo piloto/clínico mostrou que esta terapia de fotobiomodulação pode promover a recuperação total do olfato e paladar.

Para acessar o artigo científico, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de abril de 2023

Atualização da produção científica do IFSC/USP – março 2023

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de março  de 2023, clique AQUI ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI) .

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio” em frente à biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico – “International Journal of Biological Macromolecules” (VER AQUI).

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de abril de 2023

Dos laboratórios para a sala de aula – “Está na hora de retribuir os investimentos que foram feitos em mim”

Trabalho intenso no laboratório

Depois de termos dado destaque ao ex-aluno do IFSC/USP, Leonardo Miziara Barboza Ferreira, sobre a sua decisão de engrossar o contingente de professores universitários no Brasil, a série de três entrevistas continua se dedicando aos jovens pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano) – grupo que integra nosso Instituto -, que decidiram vestir a camisa da Educação.

Há já alguns anos que conhecemos Laís Canniatti Brazaca (31), natural de Piracicaba. Diariamente nos encontrávamos com ela nos corredores e laboratórios do IFSC/USP e não foram raras as vezes que com ela dividimos seus projetos, seus estudos, suas pesquisas, que foram vertidas não só no site do IFSC/USP, ou no Facebook, ou ainda no canal de TV do CEPOF, em forma de divulgação científica. Sempre ficávamos extasiados perante seus olhos inquietos, inquiridores, numa ânsia enorme de explicar o que tinha descoberto, o que tinha vivenciado e quanto tudo isso era importante para sua vida e para o desenvolvimento científico do país. Laís Brazaca confessa que sempre foi igual a qualquer criança no ensino fundamental, e assim que concluiu o ensino médio prestou provas para entrar na UFSCar e na USP de São Carlos.

A importância do curso de Ciências Físicas e Biomoleculares da USP

Embora desde muito cedo se tenha sentido apaixonada pela área de Exatas, principalmente pelas disciplinas de Física, Química e Biologia, o certo é que Laís Brazaca não sabia precisamente o rumo que deveria tomar nessa imensa área do conhecimento. “Eu sempre tive – e ainda tenho – muitas dificuldades com disciplinas relacionadas à área de Humanas, ao contrário das Exatas que me instigavam a estudar, questionar, investigar. Já no ensino médio eu sabia muito bem que queria combinar as Ciências Exatas e Biológicas, e foi a partir daí que pensei em Engenharia Ambiental. Pensei em Biotecnologia, mas, de repente, ao ler aquele livrinho da Fuvest, me deparei com Ciências Físicas e Biomoleculares, a combinação certa daquilo que eu mais gostava no ensino médio e fui aprender mais sobre esse curso que acabava tendo mais Física do que a maioria das pessoas imaginam. Em 2009 prestei vestibular para o curso de Biotecnologia, na UFSCAR, e para o curso de Ciências Físicas e Biomoleculares na USP de São Carlos. Dei sorte, pois passei em ambos, tendo optado, então, por ingressar no Instituto de Física de São Carlos (USP), nesse curso”, recorda Laís.

Foram quatro anos de um curso cujo conteúdo era, segundo Laís Brazaca “exatamente como eu tinha pensado”, indo plenamente ao encontro daquilo que ela procurava desde o início. O curso de Ciências Físicas e Biomoleculares foi a base que Laís necessitava para toda a pesquisa que iria desenvolver nos anos seguintes e que abriria portas rumo a diversos destinos científicos. “Desse curso extraí a base da minha área de pesquisa atual. Na realidade, os alunos que cursam Ciências Físicas e Biomoleculares recebem uma base ampla, que possibilita a escolha de diversos caminhos”.

Pesquisando biossensores

Pós-doutorado em San Diego (EUA)

Seu interesse aumentou exponencialmente quando assistiu a uma palestra ministrada pelo Prof. Valtencir Zucolotto sobre biossensores. “Foi devido a essa palestra, que aconteceu ainda no primeiro semestre do 1º ano do curso, que decidi começar a fazer iniciação científica com o Prof. Zucolotto, no grupo que agora se chama GNano, e por ali me mantive ao longo de toda a graduação, nunca imaginando que minha vida acadêmica continuaria por muitos dos anos seguintes naquele Grupo que me abriu as portas do conhecimento”, salienta Laís Brazaca.

A graduação de Laís terminou em finais de 2012 e ela não teve qualquer dúvida em iniciar seu mestrado no GNano, que, segundo ela, foi um processo natural. “Foi nesse período que desenvolvi um biossensor para detecção de um hormônio que se chama adiponectina, explorando seu uso para o auxílio do diagnóstico preditivo de Diabetes tipo-2. Foi um trabalho muito interessante, que me introduziu na área do desenvolvimento de biossensores, área que eu continuei no meu doutorado, também no GNano, entre 2015 e 2019”, pontua a pesquisadora. Já o destaque no doutorado de Laís Brazaca foi o desenvolvimento de um dispositivo em papel para auxiliar no diagnóstico da Doença de Alzheimer, um trabalho que rendeu bastantes elogios à pesquisadora.

A experiência no exterior

No desenvolvimento de seu doutorado, Laís Brazaca teve a oportunidade de fazer dois estágios no exterior: um em Oviedo, na Espanha, durante dois meses, e outro em San Diego (EUA), por um período de nove meses, onde trabalhou no desenvolvimento de sensores vestíveis, experiências que foram essenciais para seu desenvolvimento científico.

Depois de muitos anos ligada ao GNano, Laís Brazaca decidiu fazer seu pós-doutorado no Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), igualmente na área de biossensores, sob a coordenação do Prof. Emanuel Carrilho. Ao longo dos anos de 2019 e 2020, nossa entrevistada prosseguiu seus estudos e pesquisas, até que em 2021 foi contratada como professora-colaboradora no IQSC/USP, algo que  abriria uma porta à pesquisadora e que anteriormente apenas se configurava como um sonho – ser professora. “Sempre tive muito claro que queria ser professora na USP, até porque minha mãe foi professora na ESALQ/USP e eu sempre tive esse espelho, sempre quis seguir esses passos”, sublinha Laís.

Em 2022, Laís Brazaca decide fazer um novo pós-doutorado  no exterior e parte para a Universidade de Harvard (EUA), onde durante um ano desenvolve suas pesquisas, tendo regressado agora, em 2023. “Foi uma experiência muito interessante, não só no que diz respeito à área de pesquisa, como também em relação a aprender mais sobre como lidar com pessoas e a gerenciar um grupo de cientistas. E, em Harvard, o ambiente é muito rico, tem uma diversidade cultural muito grande, com eventos a acontecerem o tempo inteiro sobre assuntos diferenciados e com grandes especialistas. Foi fantástico, mas, contudo, eu queria voltar para o Brasil”, pontua a pesquisadora.

Profissão – Professora

Um novo ciclo ciomeça – Laís Brazaca em sua nova sala – Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP)

E esse regresso de Laís Brazaca ao Brasil foi devido à sua intenção de concorrer a uma posição de professora no IQSC/USP. “A minha vontade sempre foi ficar no Brasil por muitos motivos. Principalmente porque toda a minha carreira científica foi feita aqui e sinto que agora, que estou pronta para produzir artigos com uma qualidade superior, está na hora de retribuir o investimento que meu país fez em mim. A USP foi central na minha formação acadêmica e agora tenho o desejo de formar novos alunos aqui”, salienta a pesquisadora.

Desde o início do semestre letivo, Laís Brazaca integra o quadro de professores do BioMicS (Grupo de Bioanalítica, Microfabricação e Separações) e tem dado aulas na área de química analítica.  Nessa nova vertente profissional, como professora, a pesquisadora entende que o melhor caminho será dar atenção ao aluno, estimulá-lo, sempre dar o melhor nas aulas “Para que eles possam ir mais longe do que nós fomos. Deixá-los curiosos, mais interessados. Acredito que se você deixar o aluno curioso e permitir que ele busque o seu próprio caminho, que desvende os mistérios que se colocam na sua frente, é uma das melhores coisas que podemos fazer por ele. Porque aí não depende mais tanto de você, não é? A pessoa começa a ter um pouco mais de iniciativa, começa a se estimular”, comenta Laís.

A importância do GNano

Quanto ao GNano, Laís Brazaca salienta que o grupo teve uma importância muito grande em sua trajetória, em sua formação. “Estive inserida por mais de dez anos no GNano, que é um grupo muito completo. Foi realmente muito importante para a minha formação porque, devido às várias áreas de pesquisa que ali se desenvolvem, você consegue aprender bastante, não só sobre um tópico, mas sobre várias coisas; você tem a possibilidade de explorar ali várias coisas diferentes, num espaço extremamente bem equipado e que também tem uma parte muito forte em escrita científica, algo que é a base da nossa comunicação. Então, eu acho que foi muito importante, especialmente para o meu início de carreira, aprender a como escrever bem, a como me comunicar. Eu vejo bastante espaço para uma colaboração futura entre os  Institutos de Química e Física de São Carlos, não só com o Prof. Valtencir Zucolotto, como também com outros colegas que saíram do grupo e seguiram suas vidas acadêmicas”, conclui a Prof. Laís Brazaca.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de abril de 2023

Docente do IFSC/USP ocupa em 2023 o cargo de Presidente da IUMRS

O docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, foi empossado, em janeiro deste ano, presidente da International Union of Materials Research Societies (IUMRS), órgão internacional fundado em 1991 e que congrega as sociedades de pesquisa em Materiais do todos os continentes, sendo o primeiro pesquisador da América Latina que ocupa esse cargo.

Segundo o novo presidente da IUMRS, a principal meta a atingir em seu mandato é trabalhar para consolidar a atuação multilateral do órgão, atendendo a que, atualmente, entidades internacionais multilaterais são essenciais para enfrentar com os problemas complexos que a humanidade enfrenta, como, por exemplo, as mudanças climáticas, energia e segurança alimentar.

“Esses problemas estão intimamente relacionados com a área de materiais e esta união das sociedades que se dedicam a esses estudos e pesquisas representa cerca de 70% de todas as publicações científicas que são geradas no mundo. Ao consolidar o caráter multilateral da IUMRS pretendo, também, que possamos evoluir para uma instituição de caráter global, que possa ter integração de todas as sociedades que são membros desta instituição”, sublinhou o Prof. Osvaldo.

Nos últimos anos foram criados escritórios regionais da IUMRS em Xangai (Ásia), Estrasburgo (Europa) e em Gaborone (África).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de abril de 2023

Empresa inova em apoio a atletas de CrossFit – Um projeto EMBRAPII – Unidade IFSC/USP – São Carlos

Dispositivo inovador

Um projeto inovador, integrado na EMBRAPII – Unidade do IFSC/USP, visa, com o auxílio de Inteligência Artificial (IA), o desenvolvimento de um dispositivo destinado a avaliar, em tempo real, a telemetria de atletas de CrossFit. Num futuro próximo, a intenção é que esse dispositivo possa ser incorporado em um modelo vestível e para todos os esportes.

Com um laboratório integrado no ONOVOLAB, em São Carlos, a empresa Biotrônica foi contemplada com um fomento (investimento não reembolsável) de R$ 720.000 da EMBRAPII – Unidade do IFSC/USP – São Carlos, visando o desenvolvimento de uma tecnologia dedicada a telemetria esportiva por intermédio de IA. Embora trabalhe em diversos fronts, como, por exemplo, agronegócio, indústria e logística, esta nova aposta consolida o diferencial da empresa na criação de dispositivos inteligentes dentro da área da “Internet das Coisas” com a implementação de tecnologias emergentes relacionadas à conectividade em telecomunicações.

Haroldo Vieira Neto, que é o responsável máximo pela Biotrônica, salienta que hoje existem dispositivos sensoriais que realizam múltiplas funções na indústria, porém, são produtos importados, caros e de difícil implementação, pelo que sua empresa optou por desenvolver os próprios produtos, com instalação simplificada, baixo custo de investimento e manutenção.

Telemetria esportiva

O dispositivo de telemetria esportiva desenvolvido pela Biotrônica utiliza a IA para que ele “aprenda”, armazene e informe aos atletas os seus padrões de movimentos e esforços. “Esse dispositivo, que se encontra conectado a um aplicativo que é baixado no celular, é fixado no equipamento esportivo, ou no próprio atleta, e o sistema “aprende” todas as fases do treinamento, entregando ao atleta, em tempo real, vários parâmetros”, pontua Haroldo, acrescentando que a primeira meta a ser alcançada pelo produto está sendo direcionada para o mercado de CrossFit, que, segundo ele, está em franco crescimento, com a integração de novas tecnologias.

Haroldo Neto em seu laboratório no “Onovolab” – São Carlos

O sensor é composto por uma espécie de presilha para anilhas de levantamento de peso que é colocada na barra olímpica do CrossFit e ela avisa o atleta sobre os pormenores da série de movimentos que ele está executando, sendo que, em tempo real, o utilizador é informado de como está ocorrendo seu treinamento. Assim, por cada movimento ou ação, o dispositivo informa, por exemplo, a velocidade, potência, aceleração e tempo gasto entre repetições, estruturando, dessa forma, a performance do atleta, indicando erros e dando informações sobre as correções que deverão ser realizadas em relação, por exemplo, à cadência, qualidade do movimento, número de repetições validadas, entre outros fatores. Ou seja, o dispositivo funciona como se fosse um técnico esportivo humano.

“Vamos avançando para o futuro”

Das informações que são disponibilizadas ao atleta, entre elas, análise de postura corporal em cada movimento, em cada estágio, ficam registradas no sistema para que, no próximo treino, o utilizador possa refazer o gerenciamento físico de seu progresso.

Haroldo Neto enfatiza que embora esteja neste momento voltado para o CrossFit, este dispositivo foi concebido para trabalhar com qualquer modalidade esportiva, inclusive… balé. “A versatilidade e a fidelidade deste dispositivo ficam comprovadas em termos de telemetria, atendendo a que, por exemplo, o CrossFit é tão “pesado” quanto o balé, sendo que ambas as modalidades apresentam movimentos de isometria, com o mesmo desgaste físico, por incrível que isso possa parecer”.

Futuramente, a empresa irá adequar este dispositivo em um modelo vestível, por forma a que seja colocado no corpo do atleta, sendo que ele irá “ensinar” o dispositivo sobre as particularidades dos exercícios que está fazendo. Com esse “aprendizado”, o praticante da atividade física poderá compartilhar a sua telemetria com um outro atleta “Tomando como um exemplo: você utiliza a telemetria de um campeão mundial de atletismo para compartilhá-la com outro atleta, de forma a que este siga os mesmos procedimentos de treino do campeão”, conclui Haroldo Neto.

Todos os desenvolvimentos tecnológicos deste inovador projeto irão continuar sob os auspícios da EMBRAPII – Unidade do IFSC/USP, em São Carlos.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de abril de 2023

IFSC/USP divulga editais de ingresso na Pós-Graduação

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) informa que estão abertos os processos seletivos de ingresso e de concessão de bolsas de estudo no seu Programa de Pós-Graduação em Física (PPGF) nas áreas abaixo informadas:

Física Biomolecular (VER AQUI)
Física Teórica e Experimental (VER AQUI)
Física Computacional (VER AQUI)

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de abril de 2023

As pessoas com deficiência e o esporte adaptado – Programa “Ciência às 19 Horas” recebeu a Profª Mey de Abreu van Munster

Profa. Dra. Mey de Abreu van Munster

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebeu no dia 28 de março último, a primeira palestra da edição de 2023 do programa “Ciência às 19h00”, onde o destaque foi o esporte adaptado e o seu impacto na vida das pessoas com deficiência. Tendo como palestrante convidada a Profa. Dra. Mey de Abreu van Munster, ali foram desenvolvidos vários temas, como o papel da universidade e da ciência no desenvolvimento do Paradesporto e como projetos nessas áreas podem promover oportunidades de formação, recreação, reabilitação e desempenho/alto rendimento às pessoas com deficiências.

A experiência da Profª Mey nesta área é vastíssima, tal como confirma o seu currículo. Pós-doutora pelo Kinesiology, Sports Studies and Physical Education Department, da Universidade Estadual de Nova Iorque (SUNY – College at Brockport); doutora, mestre e especialista em Atividade Física e Adaptação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); professora associada junto ao Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH) e credenciada no Programa de Pós-Graduação em Educação Especial (PPGEEs) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); professora visitante no Department of Kinesiology, da Universidade de New Hampshire (UNH) e professora convidada no Programa Erasmus Mundus Master in Adapted Physical Activity (EMMAPA), na Universidade Católica de Leuven – Bélgica e Coordenadora do Núcleo de Estudos em Atividade Física Adaptada (NEAFA) e do Projeto de Extensão Atividades Físicas, Esportivas e de Lazer Adaptadas (PROAFA) da UFSCar. Mey van Munster é ainda Membro da Associação Brasileira de Atividade Motora Adaptada (SOBAMA), representante da América do Sul junto à International Federation of Adapted Physical Activity (IFAPA), fundadora e vice-presidente da Federación Sudamericana de Actividad Física Adaptada (FeSAFA). Autora e coordenadora do livro “Educação Física e Esportes Adaptados: programas de ensino e subsídios para inclusão” pela Editora Manole.

Mey van Munster sempre se identificou como professora, já que todo seu processo de formação foi no sentido de trabalhar com educação e a opção pela educação física surgiu de forma natural, seguindo os passos profissionais de sua mãe. Desde cedo se interessou em trabalhar com pessoas com deficiência, motivo que a levou a entrar na UNICAMP, uma universidade que é muito forte quando o tema é a deficiência. “A UNICAMP foi a primeira universidade a incorporar em sua estrutura curricular disciplinas na área da atividade física adaptada. A partir daí, tive a oportunidade de participar em projetos de extensão voltados para essa área específica e comecei a conviver com pessoas com deficiência, me apaixonei completamente por esse tema e nunca mais saí dele”, relata a docente.

A experiência em Nova Iorque

Hoje, segundo a docente, a atividade física adaptada compreende tanto a parte de educação física escolar, como a dos esportes adaptados. Embora o esporte tenha bastantes incentivos – financeiros e legislativos – o certo é que a educação física escolar acabou sendo deixada de lado e isso me levou a me credenciar no Programa de Pós-Graduação em Educação Especial e aos estudos da educação física e inclusão de estudantes com deficiência. Para isso, precisava sair um pouco do Brasil para buscar esse “norte” com os autores norte-americanos que sempre constituíram uma referência para os meus estudos. Foi assim que decidi ir para Nova Iorque (EUA) e foi aí que eu tive a oportunidade de ver acontecer a verdadeira inclusão de estudantes com deficiência”, sublinha a Profª Mey, acrescentando que desde esse momento tem tentado estudar algumas possibilidades inspiradas nessa experiência internacional, porém muito baseadas na realidade do Brasil, algo que, para ela, tem sido muito gratificante.

Quanto às oportunidades de acesso ao esporte por pessoas com deficiência, Mey van Munster confessa que ainda há muito para fazer. “Aqui, em São Carlos, temos a participação de Mitcho Bianchi, técnico que trabalha com natação, na parte de rendimento, e temos um ex-aluno meu (Maradona) que trabalha na área do atletismo, mas isto é muito pouco, faltam outras iniciativas. Por isso, nosso projeto de extensão na UFSCar (PROAFA) acaba tendo muita repercussão, fato que tem contribuído para a chegada de atletas de Descalvado, Ibaté, Itirapina até nós, porque na região não existem atividades semelhantes. Faltam oportunidades”, pontua a docente, argumentando, por exemplo, que em alguns municípios, como Jundiaí (SP), por exemplo, existem projetos lançados pelas secretarias municipais de esporte e que são referência internacional.

Não é necessário existirem programas específicos para pessoas com deficiência

“Caso pretenda desenvolver alguma modalidade esportiva, acho que o primeiro passo que uma pessoa com deficiência deverá dar é verificar se no município onde mora existe alguma iniciativa do poder público municipal em relação ao apoio que deverá ser dado para esse fim. Aqui, em São Carlos, temos um grande parceiro –  SESC São Carlos – , que desenvolve muitas atividades pensando na acessibilidade de pessoas com deficiência. Por outro lado, nem sempre as pessoas com deficiência necessitam se vincular a programas específicos para elas. No caso do SESC, as portas estão abertas e as atividades são abertas para todas as pessoas e, por isso, cabe às pessoas com deficiência ocuparem esses espaços, reivindicando-os”, sublinha a professora.

No âmbito deste evento inserido no programa “Ciência às 19h00, a Profª Mey van Munster aproveitou o ensejo para apresentar o livro intitulado “Educação Física e Esportes Adaptados”, uma publicação que, segundo ela, é fruto de um trabalho que foi feito com muitas mãos. “Foram muitas pessoas que colaboraram, principalmente muitos estudantes do PPGEE-UFSCar, e que tiveram a oportunidade de desenvolver pesquisas muito atuais, inéditas, partilhando essas experiências” finaliza a docente. O livro pode ser adquirido através da Amazon, ou no site da Editora Manole, sendo que em breve também estará disponível em versão online.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de abril de 2023

Paciente sem indícios de fibromialgia durante quarenta e dois meses – Tratamentos do IFSC/USP continuam a surpreender

(Créditos – LUSA/HN)

Um estudo de caso publicado neste mês de março, no “Journal of Novel Physiotherapies”, de autoria de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), relata o caso de uma paciente fibromiálgica, com 59 anos de idade, residente em São Paulo, que após ter sido submetida, em 2018, ao já conhecido tratamento desenvolvido pelo Grupo de Óptica do Instituto, atingiu a marca de 42 meses sem qualquer novo indício da doença.

Segundo o autor principal do citado artigo, Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, Joana D’arc Ventura (identificação com autorização da paciente) teve, em 2006, o diagnóstico de fibromialgia – confirmado através da exclusão de outras doenças -, e cujos sintomas já vinham sendo percebidos pela paciente desde 1989. Dores nos membros superiores e inferiores, no troco, fadiga, progressiva diminuição da força, má qualidade do sono, dores de cabeça, intestino irritável, estresse, depressão, dificuldade de concentração e de memória; estes foram os sintomas que a paciente relatou ter quando começou a fazer o tratamento desenvolvido pelo IFSC/USP, e que estavam sendo amenizados através de diversos medicamentos.

Sujeita, em 2018, a dez sessões de tratamento e acompanhada de seis em seis meses pelos pesquisadores responsáveis pelo tratamento, Joana foi avaliada nesses períodos nos seguintes parâmetros:

*Consequências Fibromialgia;

Joana D’arc Ventura

*Escala de dor (0/10);

*Qualidade do sono segundo o método de Petersburg (0/21);

*Avaliação de ansiedade por método de Hads;

*Avaliação de depressão segundo o método de Beck;

Quarenta e dois meses após o tratamento realizado em 2018, os resultados foram os seguintes:

*Consequências da fibromialgia – melhoria em 95,2%;

*Qualidade de vida – melhoria em 99%;

*Escala de dor – 0;

*Qualidade do sono – 19 (máximo 21);

*Avaliação de ansiedade por método de Hads – melhoria 95,2%

*Avaliação de depressão segundo o método de Beck – melhoria de 98%

Joana D’arc não tem mais problemas relacionados com concentração ou perda de memória, estando atualmente cursando o 2º ano de fisioterapia em uma universidade na cidade de São Paulo.

Para conferir toda a informação relativa a este caso e publicada no artigo científico acima indicado, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP