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4 de abril de 2023

As pessoas com deficiência e o esporte adaptado – Programa “Ciência às 19 Horas” recebeu a Profª Mey de Abreu van Munster

Profa. Dra. Mey de Abreu van Munster

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebeu no dia 28 de março último, a primeira palestra da edição de 2023 do programa “Ciência às 19h00”, onde o destaque foi o esporte adaptado e o seu impacto na vida das pessoas com deficiência. Tendo como palestrante convidada a Profa. Dra. Mey de Abreu van Munster, ali foram desenvolvidos vários temas, como o papel da universidade e da ciência no desenvolvimento do Paradesporto e como projetos nessas áreas podem promover oportunidades de formação, recreação, reabilitação e desempenho/alto rendimento às pessoas com deficiências.

A experiência da Profª Mey nesta área é vastíssima, tal como confirma o seu currículo. Pós-doutora pelo Kinesiology, Sports Studies and Physical Education Department, da Universidade Estadual de Nova Iorque (SUNY – College at Brockport); doutora, mestre e especialista em Atividade Física e Adaptação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); professora associada junto ao Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH) e credenciada no Programa de Pós-Graduação em Educação Especial (PPGEEs) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); professora visitante no Department of Kinesiology, da Universidade de New Hampshire (UNH) e professora convidada no Programa Erasmus Mundus Master in Adapted Physical Activity (EMMAPA), na Universidade Católica de Leuven – Bélgica e Coordenadora do Núcleo de Estudos em Atividade Física Adaptada (NEAFA) e do Projeto de Extensão Atividades Físicas, Esportivas e de Lazer Adaptadas (PROAFA) da UFSCar. Mey van Munster é ainda Membro da Associação Brasileira de Atividade Motora Adaptada (SOBAMA), representante da América do Sul junto à International Federation of Adapted Physical Activity (IFAPA), fundadora e vice-presidente da Federación Sudamericana de Actividad Física Adaptada (FeSAFA). Autora e coordenadora do livro “Educação Física e Esportes Adaptados: programas de ensino e subsídios para inclusão” pela Editora Manole.

Mey van Munster sempre se identificou como professora, já que todo seu processo de formação foi no sentido de trabalhar com educação e a opção pela educação física surgiu de forma natural, seguindo os passos profissionais de sua mãe. Desde cedo se interessou em trabalhar com pessoas com deficiência, motivo que a levou a entrar na UNICAMP, uma universidade que é muito forte quando o tema é a deficiência. “A UNICAMP foi a primeira universidade a incorporar em sua estrutura curricular disciplinas na área da atividade física adaptada. A partir daí, tive a oportunidade de participar em projetos de extensão voltados para essa área específica e comecei a conviver com pessoas com deficiência, me apaixonei completamente por esse tema e nunca mais saí dele”, relata a docente.

A experiência em Nova Iorque

Hoje, segundo a docente, a atividade física adaptada compreende tanto a parte de educação física escolar, como a dos esportes adaptados. Embora o esporte tenha bastantes incentivos – financeiros e legislativos – o certo é que a educação física escolar acabou sendo deixada de lado e isso me levou a me credenciar no Programa de Pós-Graduação em Educação Especial e aos estudos da educação física e inclusão de estudantes com deficiência. Para isso, precisava sair um pouco do Brasil para buscar esse “norte” com os autores norte-americanos que sempre constituíram uma referência para os meus estudos. Foi assim que decidi ir para Nova Iorque (EUA) e foi aí que eu tive a oportunidade de ver acontecer a verdadeira inclusão de estudantes com deficiência”, sublinha a Profª Mey, acrescentando que desde esse momento tem tentado estudar algumas possibilidades inspiradas nessa experiência internacional, porém muito baseadas na realidade do Brasil, algo que, para ela, tem sido muito gratificante.

Quanto às oportunidades de acesso ao esporte por pessoas com deficiência, Mey van Munster confessa que ainda há muito para fazer. “Aqui, em São Carlos, temos a participação de Mitcho Bianchi, técnico que trabalha com natação, na parte de rendimento, e temos um ex-aluno meu (Maradona) que trabalha na área do atletismo, mas isto é muito pouco, faltam outras iniciativas. Por isso, nosso projeto de extensão na UFSCar (PROAFA) acaba tendo muita repercussão, fato que tem contribuído para a chegada de atletas de Descalvado, Ibaté, Itirapina até nós, porque na região não existem atividades semelhantes. Faltam oportunidades”, pontua a docente, argumentando, por exemplo, que em alguns municípios, como Jundiaí (SP), por exemplo, existem projetos lançados pelas secretarias municipais de esporte e que são referência internacional.

Não é necessário existirem programas específicos para pessoas com deficiência

“Caso pretenda desenvolver alguma modalidade esportiva, acho que o primeiro passo que uma pessoa com deficiência deverá dar é verificar se no município onde mora existe alguma iniciativa do poder público municipal em relação ao apoio que deverá ser dado para esse fim. Aqui, em São Carlos, temos um grande parceiro –  SESC São Carlos – , que desenvolve muitas atividades pensando na acessibilidade de pessoas com deficiência. Por outro lado, nem sempre as pessoas com deficiência necessitam se vincular a programas específicos para elas. No caso do SESC, as portas estão abertas e as atividades são abertas para todas as pessoas e, por isso, cabe às pessoas com deficiência ocuparem esses espaços, reivindicando-os”, sublinha a professora.

No âmbito deste evento inserido no programa “Ciência às 19h00, a Profª Mey van Munster aproveitou o ensejo para apresentar o livro intitulado “Educação Física e Esportes Adaptados”, uma publicação que, segundo ela, é fruto de um trabalho que foi feito com muitas mãos. “Foram muitas pessoas que colaboraram, principalmente muitos estudantes do PPGEE-UFSCar, e que tiveram a oportunidade de desenvolver pesquisas muito atuais, inéditas, partilhando essas experiências” finaliza a docente. O livro pode ser adquirido através da Amazon, ou no site da Editora Manole, sendo que em breve também estará disponível em versão online.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de abril de 2023

Paciente sem indícios de fibromialgia durante quarenta e dois meses – Tratamentos do IFSC/USP continuam a surpreender

(Créditos – LUSA/HN)

Um estudo de caso publicado neste mês de março, no “Journal of Novel Physiotherapies”, de autoria de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), relata o caso de uma paciente fibromiálgica, com 59 anos de idade, residente em São Paulo, que após ter sido submetida, em 2018, ao já conhecido tratamento desenvolvido pelo Grupo de Óptica do Instituto, atingiu a marca de 42 meses sem qualquer novo indício da doença.

Segundo o autor principal do citado artigo, Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, Joana D’arc Ventura (identificação com autorização da paciente) teve, em 2006, o diagnóstico de fibromialgia – confirmado através da exclusão de outras doenças -, e cujos sintomas já vinham sendo percebidos pela paciente desde 1989. Dores nos membros superiores e inferiores, no troco, fadiga, progressiva diminuição da força, má qualidade do sono, dores de cabeça, intestino irritável, estresse, depressão, dificuldade de concentração e de memória; estes foram os sintomas que a paciente relatou ter quando começou a fazer o tratamento desenvolvido pelo IFSC/USP, e que estavam sendo amenizados através de diversos medicamentos.

Sujeita, em 2018, a dez sessões de tratamento e acompanhada de seis em seis meses pelos pesquisadores responsáveis pelo tratamento, Joana foi avaliada nesses períodos nos seguintes parâmetros:

*Consequências Fibromialgia;

Joana D’arc Ventura

*Escala de dor (0/10);

*Qualidade do sono segundo o método de Petersburg (0/21);

*Avaliação de ansiedade por método de Hads;

*Avaliação de depressão segundo o método de Beck;

Quarenta e dois meses após o tratamento realizado em 2018, os resultados foram os seguintes:

*Consequências da fibromialgia – melhoria em 95,2%;

*Qualidade de vida – melhoria em 99%;

*Escala de dor – 0;

*Qualidade do sono – 19 (máximo 21);

*Avaliação de ansiedade por método de Hads – melhoria 95,2%

*Avaliação de depressão segundo o método de Beck – melhoria de 98%

Joana D’arc não tem mais problemas relacionados com concentração ou perda de memória, estando atualmente cursando o 2º ano de fisioterapia em uma universidade na cidade de São Paulo.

Para conferir toda a informação relativa a este caso e publicada no artigo científico acima indicado, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de março de 2023

Os princípios físicos e aplicações de técnicas para investigar o cérebro

O Colóquio do IFSC/USP realizado no dia 31 de março do corrente ano teve como palestrante a Profª Gabriela Castellano, docente da UNICAMP, que abordou o tema “Os Princípios físicos e aplicações de técnicas para investigar o cérebro”.

Nesta palestra foram abordados os princípios físicos de algumas técnicas usadas no Grupo de Neurofísica da Unicamp para a medida de dados cerebrais.

Também foram descritos alguns tipos de análises feitas com esses dados.

Finalmente, foram abordadas algumas aplicações desses dados/análises, em particular, a avaliação de pacientes que fazem reabilitação com realidade virtual e as interfaces cérebro-computador.

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de março de 2023

“1ª Semana de Pós-Graduação da USP São Carlos – Mesa-redonda sobre inovação nas experiências de ex-alunos de pós-graduação”

Universidade & Sociedade – Ao interagirmos com a Sociedade estaremos oferecendo perspectivas futuras de Emprego para nossa Comunidade Discente fora da Academia?

“A história da Universidade de São Paulo tem um paralelo importante com o Desenvolvimento Econômico e Social do Brasil, destacando três momentos: Proclamação da Independência, Revolução Constitucionalista e Pós Segunda Guerra Mundial.

Sob este aspecto histórico, especial atenção será dada à criação da USP no interior do Estado de São Paulo, evidenciando o Campus de São Carlos, uma referência em termos de Ensino, Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação e Empreendedorismo. Ações de lideranças políticas e acadêmicas, que tiveram início no final da década de 1940, criaram um ambiente profícuo para a realização das atividades-fim da Universidade, com visão voltada para a Sociedade.

É importante que a atual Comunidade da USP conheça essa história, preserve-a e continue a construí-la, pois uma Universidade que não interage com a Sociedade não cumpre sua missão mais importante, perdendo sua relevância, com consequências preocupantes. Ao mantermos o vigor dessas ações, que foram promovidas por grandes nomes da USP de São Carlos, a Comunidade Discente poderá encontrar excelentes perspectivas de atuação fora da Academia, auxiliando no Desenvolvimento Socioeconômico do País e no Bem-Estar da População, com visão humanista e sustentável, preservando um dos compromissos mais importantes da Academia: Sua interação com a Sociedade!

A resposta ao título deste resumo é, sem dúvida, SIM!”

(Por: Prof. Tito José Bonagamba)

 

29 de março de 2023

1ª Semana da Pós-Graduação da USP São Carlos – “Escrita científica X CHATGPT”

A adequada escrita científica em língua estrangeira representa ainda uma barreira ao pleno desenvolvimento científico de alunos de pós-graduação e pós-doutorandos, e esse cenário pode ser bastante impactado pelo advento de ferramentas atuais de inteligência artificial, como o ChatGPT.

Nesta palestra serão abordados tópicos relevantes em escrita científica como:

i) principais seções de um artigo científico

ii) estilo e linguagem;

iii) O processo Editorial;

iv) utilização da plataforma ChatGPT para a escrita de Artigos Científicos.

 

 

29 de março de 2023

IEA-USP Polo de São Carlos tem nova coordenação

O Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA-USP) – Polo de São Carlos tem uma nova coordenadora, a Profa. Dra. Elisabete Moreira Assaf, docente e presidente da Comissão de Inclusão e Pertencimento (CIP) do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), que irá cumprir um mandato de quatro anos.

A Profª Elisabete Assaf substitui, no cargo, o docente do (IFSC/USP) Prof. Valtencir Zucolotto, que entretanto terminou seu mandato.

A designação ocorreu através de Portaria do Reitor da USP, datada de 24 de março do corrente ano.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de março de 2023

6ª Escola de Pesquisadores do Campus USP de São Carlos

Organizado pelo “Portal da Escrita Científica da USP de São Carlos, realiza-se entre os dias 23 e 25 do próximo mês de maio a “6ª Escola de Pesquisadores do Campus USP de São Carlos”, um evento com inscrição gratuita e no formato virtual, destinado a um público-alvo constituído por alunos de Pós-Graduação e Pós-Docs., Técnicos de nível superior, Professores e pesquisadores.

Tal como nas edições anteriores, este evento tem o objetivo de desenvolver, aprimorar e consolidar as habilidades necessárias à vida científica de pesquisadores em pesquisa básica e aplicada, em temas ousados e de grande impacto, ensinando a trabalhar no estado-da-arte. O evento é formatado para contemplar todas as áreas do conhecimento, incluindo: Exatas/Engenharias, Biológicas/Biomédicas e Humanas/Sociais.

Espera-se que a realização da Escola de Pesquisadores contribua para que os participantes possam otimizar suas potencialidades em pesquisa, no tocante a:

1-Conhecer e atuar no estado-da-arte em suas linhas de pesquisa, com projetos ousados e que possam contribuir de maneira importante para o avanço da ciência e tecnologia;

2-Produção de artigos científicos internacionais de alto impacto, através de escrita apropriada e de alto impacto;

3-Metodologia da Pesquisa;

4-Conhecer e obter treinamento em revisão sistemática, bases de dados, e nas principais ferramentas de gerenciamento de referências e auxílio à escrita científica;

5-Conhecer o processo editorial, os aspectos atuais de boas práticas em pesquisa, e o papel das grandes editoras na dinâmica da pesquisa científica;

6-A necessidade das pesquisas chegarem à sociedade através de formas objetivas e compreensíveis – Jornalismo Científico;

Espera-se, com este evento, contribuir para a formação de pesquisadores de alto nível, treinados para reconhecer e atuar no estado-da-arte em suas áreas, e que possam gerar conhecimento e inovação relevantes para a sociedade, além de propagarem seus conhecimentos na formação de recursos humanos altamente capacitados e especializados.

Portal da Escrita Científica USP São Carlos

O “Portal da Escrita Científica USP São Carlos” é um espaço organizado pela comunidade do Campus da USP em São Carlos interessada em motivar, informar e aprimorar a investigação científica de alto nível em todas as áreas do conhecimento. A motivação principal foi reunir material e ferramentas compilados e produzidos em várias iniciativas de pesquisadores do Campus, que reconhecem a necessidade de aprimorar o processo de formação de pesquisadores no Brasil.

O Portal é um repositório de informações relacionadas à Projetos, Metodologia, Gestão, Escrita e Editoração de Artigos Científicos, e deve servir de guia a alunos e pesquisadores interessados em aperfeiçoar suas habilidades na área. Fornece também conexões a outras fontes de material para a escrita e tópicos relacionados.

Para obter mais informações sobre a “6ª Escola de Pesquisadores do Campus USP de São Carlos”, envie email para: escoladepesquisadores@sc.usp.br

Para conferir a programação do evento, clique AQUI.

Para fazer sua inscrição, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de março de 2023

“1ª Semana da Pós-Graduação do Campus USP de São Carlos” – Programação do IFSC/USP

Local: Anfiteatro Sérgio Mascarenhas – IFSC
Público: todos os calouros da pós-graduação do IFSC

08:30 – Abertura do evento Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, Diretor do IFSC;09:00 – Palestra sobre diretrizes e regras que norteiam o Programa de Pós-

Graduação do IFSC, Prof. Dr. Javier Ellena, Presidente da Comissão de Pós Graduação;

09:30 – Palestra: “Cultura e Extensão no Campus USP São Carlos”, Prof. Dr. Guilherme Matos Sipahi, Presidente do Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus de São Carlos da USP (GCACEx);

09:50 – Palestra “Saúde Mental na Pós Graduação”, Msª Bárbara Kolstok Monteiro, Psicóloga – IFSC/USP;

10:10 – Palestra “Serviço de Biblioteca e Informação – SBI/IFSC: apoio aos pesquisadores”, Ana Mara Marques da Cunha Prado, Chefe Técnico Serviço de Biblioteca e Informação “Prof. Bernhard Gross” IFSC/USP;

10:40 – Palestra “Serviços de Informática oferecido para os alunos da pós-graduação do IFSC”, Aparecido Luciano Breviglieri Joioso, Chefe da Seção Técnica de Informática, IFSC/USP;

27 de março de 2023

“Shell Brasil” visita infraestruturas do IFSC/USP no âmbito de parcerias estabelecidas

Liane Rossi, Renato Vitalino Gonçalves e Camila Farias

Uma delegação de quadros superiores da Shell Brasil, incluindo sua diretoria, acompanhados por representantes do Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI-Poli/USP), visitaram no dia 22 de março o Campus da USP de São Carlos onde se inteiraram dos projetos que se encontram em curso no âmbito de parcerias estabelecidas entre essa multinacional e a Universidade de São Paulo.

Coube à Drª Camila Farias, da Shell, e à Prof. Liane Rossi, Coordenadora do Programa CCU-RCGI visitarem a infraestrutura localizada na Área-2 do Campus USP de São Carlos, coordenada pelo docente e pesquisador Prof. Renato Vitalino Gonçalves, cujo seu grupo de trabalho se dedica, entre outras linhas de pesquisa, a fotossíntese artificial, geração de energia renovável e geração de hidrogênio fotocatalítico

Prof. Renato Vitalino Gonçalves

Para o pesquisador, essa foi uma visita que se insere em projeto que ele coordena (VER AQUI), que envolve a produção de hidrogênio verde e a conversão de CO2 em produtos de elevado valor agregado , como etanol, metanol, CH4, CO, etc.. Resumidamente, trata-se de processos que convertem as moléculas de CO2 em produtos de interesse comercial. “Este é um projeto que temos em parceria com a Shell e que está sendo executado há cerca de um ano e meio; esta visita vem no sentido de se analisarem as possibilidades de se poderem acrescentar mais valias, ou seja, ver se é possível estender os estudos para outras vertentes”, sublinha o pesquisador, cuja expectativa é grande devido aos avanços que foram feitos por seu grupo de pesquisa em relação aos resultados obtidos.

“Evoluímos muito em relação à conversão da molécula de CO2 em etano, metano e etanol, cujos resultados obtidos recentemente são muito promissores”, comemora Renato Gonçalves. Estes resultados estão sendo compilados  para serem divulgados ainda no decurso deste primeiro semestre de 2023, através de um artigo científico que está sendo finalizado por uma aluna de mestrado do grupo do Prof. Renato Gonçalves, cuja bolsa de estudo da aluna está sendo integralmente paga pela Shell, com valor igual ao das tradicionais bolsas atribuídas pela FAPESP.

Além do trabalho desenvolvido no âmbito do CO2, o grupo de pesquisa do Prof. Renato Gonçalves também está desenvolvendo pesquisas relacionadas à geração de hidrogênio verde, algo que está consolidado. “Estamos também com uma parceria com a Shell nesse projeto que tem duas vertentes. A primeira é a produção de hidrogênio verde a partir da fotocatálise, e a segunda é a utilização do CO2 como reagente para produtos de alto valor”, pontua o pesquisador, dando como exemplo a grande quantidade de usinas de cana existentes no Estado de São Paulo. “Devido a essa grande quantidade de usinas, em seu processo de fermentação do caldo de cana com o intuito de gerar etanol, para cada molécula gerada é igualmente gerada uma molécula de CO2 que em termos gerais se perde na atmosfera. Se conseguirmos converter em etanol esses 10% de CO2 que é perdido, será possível aumentar enormemente a produtividade de todas essas usinas”, conclui o pesquisador.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de março de 2023

Prof. Ricardo Galvão visita IFSC/USP – O papel do CNPq no Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia

Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP) completamente lotado na manhã do dia 24 de março de 2023 para ouvir e interagir com o recém-empossado presidente do CNPq, Prof. Ricardo Galvão, que, em um colóquio memorável, cujo título foi “O papel do CNPq no Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia”, falou do trabalho desenvolvido anteriormente pelo órgão, os problemas relacionados com a atribuição e valores das bolsas, e, ainda, os projetos que serão desenvolvidos no futuro.

Simples, direto, bem disposto, afável, ciente de suas responsabilidades e com um olhar muito atento às necessidades do país, principalmente no que concerne à ciência e tecnologia. Esse é Ricardo Galvão, que, igual a si mesmo e independente do cargo que ocupa, se mantém como um dos cientistas mais valorosos do nosso País, agora comandando os destinos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e encarando de frente os novos desafios colocados ao órgão.

Atribuição e valor das bolsas

Em parceria com a Rádio UFSCar, a Assessoria de Comunicação do IFSC/USP manteve uma salutar conversa com o Prof. Ricardo Galvão, mesmo antes de apresentar seu colóquio e, claro, o tema se centrou numa espécie de retrospectiva da missão do CNPQ nos últimos anos e os caminhos que deverão ser percorridos no futuro, começando pelos reajustes das bolsas. Contudo, Ricardo Galvão começou por sublinhar que nos últimos três anos o volume de bolsistas de mestrado e doutorado caiu substancialmente, principalmente pelo fato de ter havido uma redução na procura. “Nós acreditamos que parte dessa redução foi devido à pandemia e isso é um fato. Contudo, outra parte desse índice de redução foi devida ao valor das bolsas. Um aluno que se forma numa boa graduação e que tem possibilidades de ingressar no mercado de trabalho, não vai olhar para trás, mesmo que goste muito de ciência, já que começar sua vida profissional com uma bolsa de R$1.500,00 será muito difícil para ele. Então, isso está causando uma diáspora muito grande, com excelentes alunos a rumarem para fora do país, ou não optando pela ciência, pela carreira científica, indo ocupar outras áreas do mercado de trabalho”, lamenta Ricardo Galvão.

Ao ter identificado, de forma clara, a necessidade de um aumento emergencial no valor das bolsas nos primeiros cem dias de governo, a equipe de transição do atual governo abriu caminho para a concretização desse objetivo através da designada PEC da Transição. “Foi devido a ela que conseguimos obter esse aumento, através do Congresso Nacional, tendo em consideração que parte desses recursos foram para o CNPq e para a CAPES, o que permitiu dar essa valorização das bolsas. Espero que agora possamos atrair muitos mais alunos para a carreira científica”, pontua o presidente do CNPq.

Em relação às recentes declarações da Ministra de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, de que ao longo de 2023 poderão ser implementadas mais de dez mil  novas bolsas, o Prof. Ricardo Galvão salientou que ainda está sendo realizado um estudo orçamentário detalhado. Como o atual aumento do valor das bolsas foi feito através da PEC da Transição – só para o CNPq foram disponibilizados cerca de R$406 milhões -, e esse recursos entraram no orçamento deste ano, não se sabe ao certo, ainda, o que vai acontecer em 2024. “Nós temos que desenvolver ações junto do Ministério do Planejamento para garantir a continuidade desses recursos para bolsas de doutorado (4 anos) e de mestrado (2 anos). Se distribuirmos tudo agora, qual será a garantia de como iremos mantê-las? Estamos num processo de um estudo muito detalhado, inclusive porque várias bolsas não vêm só de recursos do CNPq, mas também através de outros parceiros”, enfatiza o Prof. Ricardo Galvão.

Investimentos para projetos de pesquisa

Uma das primeiras ações para o futuro será a execução do Plano Plurianual da União (PPA), já que ele é essencial para o CNPq, por forma a que o órgão possa contar com mais recursos para investimentos em projetos de pesquisa, algo que, para Ricardo Galvão, ainda é um gargalo que deverá ser resolvido. “A situação atual não é a que nós gostaríamos que fosse, atendendo a que o CNPq está gastando 90% de seu orçamento na atribuição de bolsas e apenas 10% em investimentos para projetos de pesquisa. Então, o que adianta ter bolsistas se eles não têm laboratórios ou outras instalações para poderem trabalhar? Queremos inverter essa situação e ter mais recursos para investimento”, pontua o Prof. Ricardo Galvão, acrescentando que, por outro lado, já iniciou a elaboração de um plano cujos detalhes serão conhecidos nos próximos meses, para atrair os doutores que estão no exterior. “O objetivo é trazê-los de volta para o país, não através da concessão de bolsas, mas na possibilidade de podermos oferecer contratos de trabalho temporário de quatro anos. Estamos trabalhando profundamente nisso, bem como em uma melhoria no relacionamento e interação com as fundações de amparo à pesquisa estaduais e com os órgãos no exterior.

Ciência é fundamental para o futuro do Brasil

E, se a ciência é, comprovadamente, uma área fundamental para o desenvolvimento de qualquer nação, o Brasil pode ser um dos países que pode assumir essa relevância. Para Ricardo Galvão, o exemplo mais marcante foi a resposta que a ciência mundial deu, num curto espaço de tempo, para combater a pandemia. Contudo, para o presidente do CNPq ainda existem ameaças latentes. “Nós temos, certamente, ameaças muito grandes não só para o nosso país, como para o resto do mundo: o aquecimento global, as mudanças climáticas e uma preocupação muito grande com um desenvolvimento sustentável, e a ciência é fundamental para enfrentar e resolver essas ameaças”, sublinha Ricardo Galvão.

“Resumidamente, nós não vamos ter um desenvolvimento no país que seja sustentável ou socialmente justo sem que hajam políticas públicas que estejam fortemente alicerçadas na ciência e tecnologia”, conclui nosso entrevistado.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de março de 2023

Células-Tronco e a Medicina Regenerativa (Parte I) – Por: Prof. Roberto N. Onody

Figura 1 – Imagem gerada no computador pelo sistema de inteligência artificial DALL*E 2, da OpenAI, com o comando: “3D render large and connected stem cells in Digital Art, high resolution”.

Por: Prof. Roberto N. Onody *

Caro leitor,

Iniciamos o ano de 2023, abordando o tema “Células-Tronco e Medicina Regenerativa” que será dividido em 3 partes. Devido às suas inúmeras aplicações no tratamento e, alguns casos, até da cura de doenças graves, a importância das células tronco (Figura 1) cresce dia a dia. Juntos, o transplante de células tronco e a terapia genética, representam hoje a vanguarda da medicina regenerativa.

Também já está no ar a newsletter “Ciência em Panorama”. Abaixo, um sumário da edição no. 2

Tecnologia

1-ChatGPT – a Inteligência Artificial para o bem e para o mal

2-Drones Anfíbios

3-Tela de Vidro Háptica

Saúde

1-Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo1

2-Hemofilia B

Física

1-Para-raios a laser?

2-Fibra ótica no ar

Para Relaxar

1-O lápis mais velho do mundo

2-A magia do cubo mágico

Astronomia

Adeus, cometa verde!

A newsletter pode ser subscrita por qualquer pessoa, alunos, docentes, funcionários etc.

Para receber as edições basta enviar um e-mail para onody@ifsc.usp.br colocando o seu nome e o seu e-mail.             

Boa leitura!

Introdução

Clinicamente, podemos considerar como a primeira forma de terapia celular a transfusão de sangue. Pioneiramente efetuada pelo ginecologista britânico James Blundell em 1818 ao cuidar, com sucesso, de uma hemorragia pós-parto. Hoje sabemos que o final feliz dessa transfusão foi pura sorte, já que a descoberta dos grupos sanguíneos ABO e o fator Rh (VER AQUI) só ocorreram em 1900 e 1939, respectivamente!

Já a terapia de órgãos parcialmente comprometidos, começou com o enxerto de peles realizado pela primeira vez (de maneira comprovada) pelo cirurgião suíço J.L. Reverdin em 1869. Em seguida, veio o transplante de tecidos, com o oftalmologista austríaco E. Zirm realizando, em 1905, o primeiro transplante de córnea.

O rim foi o primeiro órgão completo a ser transplantado. Um jovem de 22 anos foi dispensado da Guarda Costeira dos EUA com nefrite crônica. Para sua sorte, ele tinha um irmão gêmeo. Em 1954, J. Murray fez o transplante de um rim do seu irmão. Foi um sucesso. Em seguida, vieram outros transplantes de órgãos como fígado, coração, pulmão etc.

O transplante de órgãos é um dos maiores sucessos da Medicina, tendo salvado a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. O Brasil é o segundo país no mundo com maior número de transplantes anuais (o primeiro é os EUA). Apesar das frequentes campanhas incentivando a doação de órgãos, a fila de espera é grande. Os pacientes aguardam o transplante em lista única, controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes que é coordenado pelo Ministério da Saúde.

Figura 2- Células-tronco embrionárias (no interior da linha vermelha) sendo extraídas do blastocisto (Crédito: IPCT – Instituto de Pesquisa com Células-Tronco)

Vejamos agora as células-tronco. As células-tronco têm duas características formidáveis: elas se autorrenovam, reproduzindo-se e gerando células idênticas e elas podem ser programadas para se transformarem em qualquer tipo de célula do corpo.

Após a união do espermatozóide com o óvulo, a célula resultante – o zigoto, começa a se dividir através da clivagem. Após o 3º. ou o 4º. dia da fecundação, o ovo atinge a chamada fase de mórula (pré-embrionária) que é formada por células-tronco totipotentes, isto é, por células que podem se transformar em qualquer outra célula, seja ela de um órgão específico ou um tecido qualquer. Podem tanto gerar as células do embrião quanto as dos tecidos extraembrionários (como a placenta e o cordão umbilical).

Do 5º. ao 8º. dia após a fecundação, o embrião já tem centenas de células e está na fase chamada blastocisto. Na fertilização in vitro, é nessa fase que é feita a transferência do embrião para o útero. É no blastocisto que se encontram as células-tronco embrionárias ou pluripotentes. A diferenciação funcional das células ainda não ocorreu (Figura 2).

A obtenção de células-tronco a partir de embriões humanos ocasionou, em termos mundiais, uma grande discussão ética que freou essa linha de pesquisa. As células-tronco pluripotentes podem ser encontradas, em maior ou menor quantidade, em todos os órgãos humanos, com destaque para a medula óssea e o cordão umbilical. Nas últimas décadas, surgiram várias empresas especializadas em congelar células-tronco do cordão umbilical dos bebês (para um possível uso no futuro)Em casos de leucemia um transplante de medula óssea é um procedimento bastante eficiente e vem sendo realizado desde a década de 1950!

O corpo humano tem aproximadamente 37 trilhões de células e cerca de 216 tipos de células diferentes. Até 2006, a pesquisa cientifica utilizava células-tronco que eram coletadas no embrião, no cordão umbilical ou na medula óssea. Porém, o transplante dessas células-tronco naturais, de um paciente para outro, pode gerar problemas de histocompatibilidade e uma resposta agressiva do sistema imunológico.

Em 2007, Yamanaka e colaboradores, conseguiram obter células-tronco induzidas a partir de células (já diferenciadas) da pele humana. As células da pele foram reprogramadas para voltarem à sua forma original. Por esse trabalho notável, Yamanaka recebeu o prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2012. Mas, produzir células-tronco induzidas foi um longo caminho que precisou passar por três etapas: a clonagem celular, a descoberta dos fatores de transcrição e a capacidade de cultivo celular.

A primeira clonagem de um animal vertebrado foi feita há 26 anos atrás com a ovelha Dolly. Ela foi gerada a partir da inserção do núcleo das células da glândula mamária em óvulos sem núcleo.

Fatores de transcrição são proteínas que controlam a informação genética transmitida do DNA para o RNA mensageiro. Eles regulam, ativando ou não, a expressão de genes nas células. O papel desses fatores de transcrição no desenvolvimento de órgãos e membros foi primeiro esclarecido na mosca das frutas (Drosophila melanogaster). De fato, a manipulação genética dessas moscas, permitiu substituir suas antenas por um par de patas.

Finalmente, foi necessário se desenvolver a capacidade do cultivo de células-tronco em laboratório. Iniciada em 1981, com o cultivo das células-tronco de camundongos, foi somente em 1998 que se conseguiu manter células-tronco humanas em laboratório sem que elas perdessem sua capacidade pluripotente.

Em 2007, Yamanaka e seu grupo conseguiram reprogramar células da pele do rosto de uma mulher de 36 anos, transformando-as em células-tronco pluripotentes. Para isso, introduziram retrovírus (vírus cujo genoma é de RNA) contendo quatro fatores de transcrição humanos – Oct4, Sox2, c-Myc e Klf4, na cultura celular da pele. Seguindo um determinado protocolo, eles otimizaram a porcentagem de transdução viral, isto é, maximizaram a fração das células receptoras (da cultura celular) que tiveram os 4 fatores de transcrição incorporados. Foram as primeiras células-tronco pluripotentes induzidas.

Como o processo para a obtenção dessas células é complexo, delicado e bastante trabalhoso, se pesquisa de maneira alternativa a produção de células-tronco multipotentes induzidas, as quais não se diferenciam em qualquer outro tipo de célula, mas tão somente em um grupo específico de células (veja mais adiante na secção Células-tronco neurais).

Figura 3 – As incríveis aplicações das células-tronco (Crédito: Wikipedia)

Na medicina, as possibilidades de aplicações das células-troncos induzidas são enormes (Figura 3)

Células-tronco neurais

Nosso cérebro é composto por cerca de 86 bilhões de neurônios e, aproximadamente, um mesmo número de células gliais (glia é o termo grego para ´cola´).  Os neurônios se comunicam entre si por meio de sinapses. Estima-se que na região mais externa do cérebro – o córtex cerebral (ou massa cinzenta) de um indivíduo adulto, há uma média de 7.000 sinapses por neurônio (e o dobro disso para uma criança de 3 anos).

A massa cinzenta é o centro de processamento em que se formam os nossos pensamentos, personalidade, sentimentos e linguagem. Sua massa corresponde à metade do peso do nosso cérebro. Na outra metade e em sua região mais interna e profunda, está a massa branca que é percorrida por bilhões de axônios responsáveis pelo transporte de informações entre diferentes regiões da massa cinzenta. Nosso cérebro, apesar de corresponder somente a 2% do nosso peso, contém 20% do volume do nosso sangue e consome 20% da nossa energia!

Foi o médico espanhol S. R. Cajal que, utilizando marcadores de nitrato de prata, diferenciou os neurônios de outras células, estabelecendo sua estrutura e conexões. Por esse trabalho, ele recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia de 1906.

Durante décadas se acreditou que essa rede de neurônios era fixa. Caso os neurônios se deteriorassem com o tempo, eles jamais poderiam se regenerar (como as células do fígado e da pele). A criação de novos neurônios (neurogênese), seria impossível pois não conseguiriam se integrar ao nosso complexo sistema neurológico.

Somente em 1998 foi comprovada a ocorrência de neurogênese no hipocampo de seres humanos. As células-tronco ali encontradas não são pluripotentes, mas, somente multipotentes podendo apenas se diferenciar em neurônios e células gliais. Mais tarde elas também foram encontradas nos bulbos olfatórios e no septo. O hipocampo (que tem esse nome devido à sua forma de um cavalo marinho) se situa no ´epicentro´ do cérebro. Embora nos refiramos a ele no singular, nós temos na verdade 2 hipocampos, um embaixo de cada hemisfério (Figura 4).

Figura 4 – Os 2 hipocampos são os corpos mostrados em amarelo na imagem. O hipocampo fica logo acima da orelha, entrando 3,8 cm dentro da cabeça – Fonte: hipocampo-2.jpg (800×400)

O hipocampo tem 2 funções importantes. Uma delas é controlar e mediar a nossa memória explícita (ou declarativa). Por exemplo, lembrar de datas, nomes ou evocar imagens de nossa infância ou do dia da nossa formatura. Memórias não explícitas, estão ligadas a hábitos e talentos (como caminhar e tocar piano) que são reguladas pelo cerebelo e o gânglio basal. Outra função importante do hipocampo diz respeito ao posicionamento do nosso corpo em relação ao seu entorno. Ele mapeia o ambiente ao nosso redor, dando nossa localização espacial.

O hipocampo recebe sinais do nosso sistema neurotransmissor que produz importantes moléculas como a serotonina (regula o humor, o apetite, o sono e a temperatura do corpo), dopamina (um dos hormônios da felicidade provoca sensação de prazer, diminui o estresse e estimula a memória) e acetilcolina (envolvida no processo de contração muscular, nos batimentos cardíacos e dilatação pulmonar, bem como na consolidação da memória e na aprendizagem).

As células gliais têm mesmo progenitor que os neurônios. Elas regulam a concentração de íons, nutrientes e mensageiros químicos próximos aos neurônios. Há 3 tipos principais: astrócitos – que auxiliam a comunicação entre neurônios; oligodendrócitos – que aumentam a velocidade de transmissão da informação emitida pelos neurônios e micróglias – responsáveis pelas atividades fagocitárias de limpeza do sistema nervoso central e processos inflamatórios.

As micróglias (menores células da glia) são as protetoras do nosso cérebro. A morte celular programada – a apoptose, é um processo essencial no desenvolvimento dos seres vivos. Quando isso não acontece teremos o desenvolvimento de tumores cancerígenos. No caso da morte de um neurônio, uma micróglia o envolve e o metaboliza enquanto astrócitos removem as ramificações do neurônio morto. Em 2020, esse processo foi filmado in vivo em cérebros de ratos por uma equipe da Universidade de Yale (veja vídeo).

Com o envelhecimento, a não remoção de neurônios mortos leva ao surgimento de doenças neurodegenerativas.

(Continua na parte 2 – em breve)

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

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(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de março de 2023

Abertas as inscrições para o Processo Seletivo de novos/as integrantes do NEU São Carlos

O Núcleo de Empreendedorismo da USP-São Carlos e UFSCar (NEU-SC) é um grupo extracurricular apoiado pelo Centro Avançado EESC para Apoio à Inovação, o EESCin, focado em apoiar e difundir projetos de inovação e empreendedorismo na USP São Carlos.

Os novos membros trabalharão lado a lado com estudantes de graduação e de pós-graduação, professores, investidores, empresas e instituições nacionais e internacionais para o fortalecimento do ecossistema de startups digitais, sociais e de base científico-tecnológica (deeptechs) na USP São Carlos.

O principal projeto é o Innostart (programa de pré-aceleração e educação empreendedora para professores, estudantes de IC e de pós-graduação, com o objetivo de aproximar suas pesquisas do mercado por meio de soluções inovadoras e com potencial de se tornar startups de relevância global). Também são parceiros chave na criação de eventos do ecossistema de São Carlos, como o Sancathon.

O processo é aberto a veteranos/as ou calouros/as, de graduação ou pós-graduação, de todas as unidades da USP São Carlos (EESC, IAU, ICMC, IFSC e IQSC).

Se você se interessou pelos projetos clique AQUI para preencher o formulário do processo seletivo, lembrando que não há necessidade de qualquer conhecimento prévio sobre startups e empreendedorismo, nem de ideias para startups para participar do processo seletivo.

Mais informações: neu@eesc.usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de março de 2023

Veja como foi: Colóquio do IFSC/USP: Prof. Ricardo Galvão fala sobre o papel do CNPq no Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebeu no dia 24 deste mês, às 10h30, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas”, o recém-empossado presidente do CNPq, Prof. Ricardo Galvão.

Em sua visita ao nosso Instituto, Ricardo Galvão foi o palestrante do primeiro colóquio neste ano, subordinado ao tema “O papel do CNPq no Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia”, onde foram apresentadas, com detalhes, as ações e programas do CNPq, o histórico de sua contribuição nos últimos anos, bem como o recente aumento no valor da bolsas e perspectivas futuras.

Clique AQUI para rever este evento.

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de março de 2023

Concurso Livre-Docência: Prof. Dr. João Renato Carvalho Muniz – Agenda de trabalhos / Resultado do concurso – Quadro de notas

Comunicamos que as provas do concurso para obtenção do título de livre-docente no qual se encontra inscrito o Prof. Dr. João Renato Carvalho Muniz de Oliveira Soares Pinto, terá início no dia 21 de março de 2023, às 8h00, de forma remota.

Informações do concurso encontram-se disponibilizadas abaixo:

Agenda dos trabalhos

Ponto sorteado prova didática

Ponto sorteado prova escrita

Resultado do concurso – quadro de notas

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP