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Inscrições abertas – II Simpósio de Nanotecnologia Aplicada à Medicina e ao Agronegócio (II SiNMA)
INSCRIÇÕES ABERTAS ENTRE 07 DE AGOSTO E 03 DE NOVEMBRO DE 2023
INSCREVA-SE AQUI

Resultado da seleção CPG – Editais Print – saída em 2024 (vagas remanescentes)
Informam-se todo(a)s o(a)s interessado(a)s que os resultados das inscrições selecionadas para:
1) Edital nº 23/2023 (PAME) – Programa de Apoio a Missões Acadêmico-Científicas no Exterior;
2) Edital nº 24/2023 (PVEJS) – Programa de Professor(a) Visitante no Exterior Júnior e Sênior;
3) Edital nº 25/2023 (PVE) – Programa de Professor(a) Visitante do Exterior;
4) Edital nº 26/2023 (PDSE) – Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior;
5) Edital nº 27/2023 (CAP) – Programa de Capacitação para Servidoras(es) Técnicas(os) e Administrativas(os) no Exterior;
Encontram-se divulgados na página da Pós-Graduação.
Clique AQUI para conferir
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

“Vinocéu” – Documentário sobre projeto “Cherenkov Telescope Array” será lançado no IFSC-USP
O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e o Departamento de Letras (DL) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) lançam no próximo dia 06 de novembro o vídeo documentário intitulado “Vinocéu: uma experiência multidisciplinar de difusão científica da astrofísica”. O evento acontece às 1400h no “AnfiVerde” do Instituto de Física de São Carlos, no campus 1 da USP.
A obra é um vídeo-documentário de divulgação científica sobre o CTA – Cherenkov Telescope Array – uma colaboração internacional que está construindo um conjunto de telescópios de diferentes tamanhos, contando com a participação de mil e quinhentos membros de cento e cinquenta institutos, representando 25 países.
As histórias dos alunos, professores e pesquisadores do CTA ajudaram a humanizar as experiências e serviram de apoio para estimular o interesse pela astrofísica. “A difusão científica desempenha um papel importante na disseminação do conhecimento, promovendo a compreensão da ciência e de seus atores. Por meio do “Vinocéu”, queremos mostrar a um público mais amplo as descobertas e os avanços científicos de um campo de pesquisa em que o Brasil já se mostra muito maduro . É um elo entre a comunidade científica e a população”, afirma Cibelle Celestino, professora do IFSC/USP e supervisora do projeto.
O documentário tem uma característica multidisciplinar e envolveu os alunos do curso de linguística na fase de pesquisa e roteirização e profissionais gabaritados da área de cinema e jornalismo.
O grande desafio na produção do vídeo foi encontrar uma linguagem acessível para explicar conceitos que não estão no dia a dia das pessoas. “Trabalhamos com múltiplas linguagens: visual, estética e oral para estimular as pessoas, principalmente os mais jovens, a enxergarem a beleza de seguir uma carreira acadêmica e a pesquisa na astrofísica”, comentou o professor de linguística e supervisor do “Vinocéu”, Pedro Varoni.
A produção contou também com a participação do cineasta Rodolfo Magalhães, do repórter cinematográfico Guilherme Bonini, da jornalista Daniela Zigante e dos estagiários Bianca Hepp Mirisola, Pedro Henrique Calari Pinotti, Clariane Molina de Lima e Vinícius dos Santos Ribeiro.
O projeto temático do CTA é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e tem como coordenador o astrofísico e professor do IFSC-USP, Luiz Vitor de Souza Filho. “O escopo científico do CTA nos possibilita estudar questões importantes da astrofísica, amplia nosso conhecimento na física de partículas elementares e permite a promoção de ações de difusão da cultura científica entre o público geral, estudantes e professores”, comenta o professor.
O lançamento do vídeo documentário contará com a presença de toda a equipe, sendo que, após o lançamento, o filme estará disponível no Canal Youtube do CTA – confira AQUI.
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Maria Ivani Holmo Lepreri – Um grande nome do IFQSC/USP e do IFSC/USP.
No dia 22 de setembro de 2023 tivemos a oportunidade de prestar uma singela e entristecida homenagem à Caríssima Maria Ivani Holmo Lepreri, estando presentes em seu velório.
A Caríssima Ivani foi uma daquelas peças preciosas exemplares clássicas do IFQSC/USP e IFSC/USP que trabalhou de forma diligente e fraterna no Setor de Importação/Exportação, colaborando competentemente conosco, com grande vigor e profundo espírito institucional até idade avançada. Durante este longo período, acabou atuando em parceria com grandes nomes que construíram nossa Unidade.
Quando a Caríssima Ivani estava prestes a completar seus 70 anos de idade, atingindo a aposentadoria compulsória, ainda atuando de forma eficiente, toda a comunidade ficou muito preocupada, pois seria difícil ficar sem sua presença profissional e amiga.
Para a felicidade da comunidade, e também da Caríssima Ivani, a chamada “PEC da Bengala”, que aumentou de 70 para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória, a preservou por mais 5 anos colaborando conosco.
Ao longo deste longo período que atuou com liderança no Setor de Importação/Exportação, tanto no IFQSC/USP quanto no IFSC/USP, a Caríssima Ivani auxiliou a Comunidade Docente na realização de incontáveis importações, estendendo este apoio para outras Unidades da USP.
Deste modo, por todos os lugares da nossa Unidade, e em algumas outras, sempre teremos expressivas lembranças da Caríssima Ivani que nos ajudaram e continuam nos ajudando a manter excelência na área de Pesquisa.
Dedico à Caríssima Ivani meu muitíssimo obrigado, pois ela efetivamente nos auxiliou a construir uma instituição de relevo!
Tito J. Bonagamba
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Espaço Interativo de Ciências (EIC/CIBFar) – Atividades de educação e divulgação de Ciências com propostas muito interessantes

Alguns dos aplicativos disponíveis, de forma gratuita
O Espaço Interativo de Ciências (EIC), inserido no Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), localizado na Av. João Dagnone, 1.100 13563-120, em São Carlos, congrega uma vasta equipe que se dedica integralmente à educação e divulgação da ciência, mantendo suas portas abertas para a visitação pública.
Dentre os vários atrativos oferecidos pelo EIC, contam-se visitas monitoradas, cursos para alunos e professores da cidade e região, e o desenvolvimento de inúmeras ferramentas lúdicas e educacionais que estão ao alcance de todos.
Além de um clube de ciências destinado aos alunos das escolas públicas de São Carlos, a realização de cursos e oficinas nas áreas de biologia molecular e biotecnologia destinados à atualização dos professores do ensino básico e ao incentivo da curiosidade dos jovens sobre temas na área de ciências da natureza, o EIC oferece para visitação o Jardim Medicinal, cuja proposta é fornecer informações sobre propriedades, uso e curiosidades de algumas plantas populares.
Por último, destaca-se um conjunto variado de aplicativos educacionais idealizados pelo EIC e que se encontram disponiveis, de forma gratuita, na Play Store, para serem utilizados em dispositivos móveis. Vale muito a pena conferir!
Para conhecer um pouco mais o EIC, clique AQUI.
Quanto ao CIBFar, é um centro de Pesquisa, Inovação e Difusão apoiado pela FAPESP, que têm como missão o desenvolvimento de pesquisa de alto impacto, a transferência de tecnologia e a implementação de atividades de extensão para professores e alunos.
Confira AQUI.
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Inscrições abertas para a Creche e Pré-Escola da USP São Carlos – Edital para ingresso de crianças – Ano de 2024

(In: “Metro Parent”)
Encontram-se abertas entre os dias 30 de outubro e 16 de novembro (até às 15h00) do corrente ano as inscrições para o processo seletivo constante do edital para ingresso de crianças (ano de 2024) na Creche e Pré-Escola da USP – Campus de São Carlos .
A Creche e Pré-Escola da USP São Carlos atende crianças dependentes de servidores docentes (categoria “docentes”), servidores técnico administrativos (categoria “funcionários”) e estudantes de graduação e pós-graduação strictu sensu (categoria “estudantes”) da Universidade de São Paulo – campus de São Carlos.
A inscrição, juntamente com a entrega da documentação necessária, deverá ser realizada pelo (s) responsável (is) legal (is) da criança, via formulário eletrônico, impreterivelmente nas datas acima indicadas.
Para o ano de 2024, serão atendidas, necessariamente, crianças nascidas entre 01/04/2018 a 16/11/2023 (data limite do encerramento das inscrições para o processo seletivo previsto neste edital).
Por se tratar de uma seleção socioeconômica realizada por profissional de Serviço Social, os critérios de risco e vulnerabilidade social serão avaliados mediante documentação comprobatória e entrevista social e serão considerados no momento da classificação final.
No edital estão mencionados os seguintes critérios socioeconômicos:
*Condições de Habitabilidade do local onde reside a criança;
*Situação ocupacional dos pais ou responsáveis;
*Situação geral do núcleo familiar no qual a criança está inserida;
*Condições de saúde da criança e de componentes de seu núcleo familiar;
*Meio de transporte utilizado para o deslocamento da criança;
*Renda per capita da família;
*Propriedade de bens móveis ou imóveis;
*Situações especificas apresentadas pelas famílias também podem ser consideradas desde que devidamente comprovadas.
Para conferir o conteúdo de todo o edital, clique AQUI.
(Prefeitura do Campus USP de São Carlos)
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Congresso de Graduação: o uso da inteligência artificial no ensino superior
O 8º Congresso de Graduação da USP será realizado nos dias 31 de outubro e 1º de novembro de 2023, no campus da USP em São Carlos. Promovido pela Pró-Reitoria de Graduação (PRG), o evento tem como objetivo reunir docentes e estudantes de graduação para refletirem sobre o uso da inteligência artificial no ensino superior, explorando seu potencial e limites.
Segundo os organizadores, a ideia é construir coletivamente propostas de aprimoramento da qualidade dos cursos de graduação, propiciando a oportunidade de compartilhamento de experiências didático-pedagógicas e a proposição de novas ações com vistas ao fomento da integração curricular e à incorporação de tecnologias de informação e comunicação no processo ensino-aprendizagem.
Confira a programação completa:
31 de outubro (terça-feira)
8h30– Credenciamento e Welcome Coffee – Salão Primavera (EESC)
9h30– Abertura autoridades – Anf. Jorge Caron (EESC)
10h15 – “IA na Graduação: impactos e potencialidades no ensino-aprendizagem” – Anf. Jorge Caron
Moderador MR1: Prof. Marcos G. Neira (FE) – Participantes: Prof. Seiji Isotani (ICMC) e Profa. Selma Garrido (FE)
12h30 – Apresentação cultural – “Redondo in Concert” – Espaço Redondo ICMC
14h00 – Mesa Temática e atividades do PDPD – Anf. Jorge Caron
Participantes: Prof. Adenilson Simão (ICMC), Profa. Alma Blásida Concepcion (FORP), Prof. Manoel Rodrigues Alves (IAU) e Profa. Paula Vicentini (FE)
16h00 – Intervalo – Salão Primavera
16h30 – Sessão de Pôsteres Digitais – Sagão EESC
18h30 – Atividade cultural – Salão Primavera
“Quarteto da Tulha” – Prof. Rubens Ricciardi (maestro da USP Filarmônica)
Coquetel & Relançamento da Revista Grad+
01 de novembro (quarta-feira)
8h30 – Credenciamento e Welcome Coffee
9h00 – “IA na Graduação: investigações exploratórias no ensino” – Anf. Jorge Caron
Moderador da MR2: Prof. Osvaldo Oliveira (IFSC) – Participantes: Prof. Fabio Gagliardi Cozman (EP) e Prof. Rogério de Almeida (FE)
10h45 – Minutos de Cultura “25 anos de Recepção aos Calouros”
Mostra itinerante da PRG – Salão Primavera EESC e Sagão
11h15 – “IA na Graduação: implicações psicológicas e sociais”- Anf. Jorge Caron
Moderador MR3: Prof. David Moreno Sperling (IAU) – Participantes: Prof. Ricardo Rodrigues Teixeira (PRIP) e Prof. Tarcízio Silva (UFABC)
12h45 – Intervalo para almoço
13h45 – Sessão de Pôsteres Digitais – Salão Primavera
14h45 – Intervalo
15h00 – “IA na Graduação: aspectos éticos” – Anf. Jorge Caron
Moderador MR4: Prof. Ruy Sardinha Lopes (IAU) – Participantes: Profa. Cristina Godoy (FDRP) e Dr. Rooney R. A. Coelho (Pós-Doutorando EP)
16h15 – Encerramento – Anf. Jorge Caron
Para obter mais informações, clique AQUI.
O Anfiteatro Jorge Caron e o Salão Primavera ficam junto ao Bloco E-1 da EESC, na região central do campus.
(Prefeitura da USP São Carlos)
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Floresta Virtual – um GameTur pelo bioma mais importante do planeta Terra
O “Floresta Virtual” é mais do que um jogo para PC, ele é um “Tur” associado a um “game”, por isso o denominamos GameTur. É uma ferramenta educativa que permite que os usuários se conectem com este bioma de forma lúdica iniciando uma aventura que agrega conhecimento e emoção. O “Floresta Virtual” levará o usuário à exploração da Floresta Amazônica e esperamos que o sensibilize para que colabore na defesa e proteção deste tesouro natural inestimável.
A Floresta amazônica será explorada através da simulação em 3D realista, utilizando ferramentas digitais, onde o visitante conhecerá representantes da flora e fauna deste bioma, além do conhecimento dele extraído por diferentes etnias dos povos originários. Foi desenvolvido para ser acessado pela WEB, fica disponível para download gratuito e é destinado ao público infanto juvenil.
Este passeio em 3-D é “guiado” através de uma seta, localizada na parte superior da tela, que auxiliará o jogador a localizar diferentes plantas, animais e curiosidades desta floresta. Durante a navegação o visitante irá interagir com elementos que compõem a floresta, adquirindo conhecimentos gerais e específicos sobre plantas e animais que ali habitam. Ao longo do percurso o usuário poderá participar de “quizzes” e conquistar bonificações que o estimularão a interagir com os elementos da mídia e testarão os conhecimentos adquiridos.
O objetivo foi despertar, particularmente nos jovens, a importância da preservação da imensa biodiversidade existente nesta floresta, como do conhecimento dos povos que a habitam, utilizando a “linguagem computacional”, presente em seus cotidianos.
Foi desenvolvido pela equipe do Espaço Interativo de Ciências ((EIC), localizado em São Carlos, SP, ligado ao Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e
Fármacos (CIBFar), financiado pela FAPESP, coordenado pelo prof. Glaucius Oliva, prof. Sênior do IFSC. Envolveu uma equipe multidisciplinar de especialistas e estudantes de diferentes áreas tanto de TI como de ciências da natureza, sob a orientação geral da Profa. Leila Beltramini, profa. Sênior do IFSC-USP e pesquisadora do CIBFar. A mídia foi desenvolvida através da modelagem 3D de uma floresta, podendo ser acessada por computadores com diferentes graus de configurações, desde as mais modestas até as mais sofisticadas. Para isso os estudantes foram orientados a trabalhar em “lood Level of detail”, texturas do tipo “PBR” e otimização de scripts. As ferramentas computacionais mais utilizadas foram: Unity 3D, um motor de jogo que permite criar jogos interativos e aplicativos em 3D de alta qualidade, através de recursos como física, renderização, animações, gráficos e som; Blender, software de modelagem 3D, animação e renderização que permite criar cenas tridimensionais, desde objetos simples até cenas elaboradas, ele foi utilizado para criar toda a modelagem da floresta, dos animais e animações; Gimp, software de edição de imagens que foi usado para o desenvolvimento da edição de todas as imagens “Bilboards” (técnica que permite que uma determina imagem em um foco fique sempre virado para a câmera) e Figma, ferramenta de design online que foi usado para o desenvolvimento de interface do jogo e sua prototipação de “user interface” (UI) e “user experiences” (UX).
A mídia consiste de uma plataforma híbrida entre jogo e um passeio turístico, sendo o jogo um elemento que estimula e entusiasma a exploração da Floresta. Guiado pela seta, o navegante se aproxima de uma espécie ou curiosidade e aparecerá uma mensagem na tela para que ele explore o conteúdo didático, que será acessado clicando a tecla “H”. As teclas A, S, D e W permitem que o jogador se movimente pela floresta, e o mouse indicará a direção a seguir. A cada item ou curiosidade explorados o jogador será habilitado com um distintivo que aparecerá na parte inferior da tela. Clicando em “Q” e “E”; respectivamente, poderá avançar ou retroceder aos distintivos visíveis.
Ao final do passeio pela floresta o jogador será direcionado para o acampamento e, neste local, poderá revisar os conhecimentos adquiridos respondendo um “quiz”, sobre a fauna e a flora exploradas.
Acreditamos que este GameTur estimulará as funções executivas, como memória, planejamento e atenção dos jovens, ao mesmo tempo que os levará a conhecer o potencial desta floresta, a importância de sua preservação e do conhecimento dos povos ancestrais e ribeirinhos na exploração sustentável de sua flora e fauna.
Ele é indicado tanto para ser usado nas escolas, como para entretenimento dos jovens e adultos.
Clique AQUI para acessar o Game e obter mais informações.
(Créditos – Thiago N. C. Garcia1,2; William L. A. Ferreira2; Thiago L. Bandeira3; Karoline E. G. Fonseca4; Letícia V. Ferreira4; Gislaine C. Santos5, Leila M. Beltramini6 1-Modelagem 3D, Design de Interface UI/UX; 2-Programação completa da Mecânica, jogabilidade; 3-Retopologia 3D dos animais, animação, modelagem 3D; 4-Pesquisa Conteúdo flora e Fauna; 5-Aspectos didáticos/educacionais; 6-Correções conteúdo, supervisão geral e Coordenação EIC/CIBFar).
Agradecimentos: programa PUB/USP; programa Estagiários EIC/IFSC/CDCC
Programa CEPID/FAPESP, EIC/CIBFar/Instituto Física de São Carlos/USP;
Thiago N.C. Garcia, Assessor TI/CIBFar, Criar Games, Ribeirão Preto, SP.Br.
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Laboratório Nacional de Agro-fotônica (Lanaf)
A Drª Débora Milori (EMBRAPA) foi a palestrante convidada do colóquio do IFSC/USP ocorrido no dia 27 de outubro, tendo dissertado sobre o “Laboratório Nacional de Agro-fotônica”. A pesquisadora apresentou o Laboratório Nacional de Agro-fotônica (Lanaf), localizado na Embrapa Instrumentação, em São Carlos, criado em 2021 para fortalecer a área de fotônica aplicada à agricultura, ao meio ambiente e à agroindústria. É um dos onze laboratórios integrantes do Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (Sisfóton-MCTI) e foi planejado para atuar em toda a cadeia de produção de alimentos, desde a análise de insumos, atividade agrícola, sustentabilidade ambiental, industrialização e/ou comercialização.
Segundo a palestrante, a missão do Lanaf é contribuir para a segurança alimentar e para a segurança do alimento brasileiro, buscando aumento da confiança dos consumidores e abertura de novos mercados internacionais.
Organizado no modelo de laboratório multiusuários, reúne uma equipe multidisciplinar com profissionais de Centros de Pesquisa da Embrapa, de universidades e da iniciativa privada, realizando pesquisas para o desenvolvimento de métodos, equipamentos e sensores que utilizem técnicas ou dispositivos fotônicos, tais como técnicas espectroscópicas, como infravermelho, LIBS (Espectroscopia de Emissão Óptica com Plasma Induzido por Laser), fluorescência e técnicas de imagens e as aplicações podem atender a demanda tanto para avaliação em laboratório como para o campo.
A Drª Débora Milori apresentou, em sua palestra, alguns resultados de pesquisa do Lanaf, tanto em parceria com universidades, como em projetos de inovação aberta com startups e empresas do agro.
(Rui Sintra – jornalista)

23 anos do CEPOF – Um dos centros de pesquisa mais antigos de São Carlos
Falar do Centro de Pesquisa de Óptica e Fotônica, usualmente conhecido por CEPOF, é abordar um dos mais antigos redutos de ciência na cidade de São Carlos, alocado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Criado em 01 de outubro de 2000, comemorando, portanto, vinte e três anos de criação e num País onde existem grandes dificuldades em manter projetos duradouros, o CEPOF é um motivo de orgulho não só para o Instituto onde se encontra sediado, mas também para a cidade, para o Estado e para a Nação, com imensa repercussão internacional.
Sob a gestão de cientistas de elevado padrão – permitimo-nos destacar aqui os nomes dos Profs. Vanderlei Salvador Bagnato, Euclydes Marega Junior, Sebastião Pratavieira, Cristina Kurachi, Daniel Varela Magalhães, Francisco Gontijo Guimarães e Natália Inada, dentre largas dezenas de jovens pesquisadores -, o CEPOF começou sua jornada agregando pessoas que tinham competência reconhecida na área da óptica e com vontade de desenvolver da melhor forma possível a chamada ciência básica. Além de tudo isso, a esse primeiro contingente foi exigida uma disponibilidade quase total, porque, ao mesmo tempo que se gerasse conhecimento, o mesmo deveria ser repassado para a sociedade. Então, esse grupo de pessoas do CEPOF, agora bem mais dilatado, ao mesmo tempo que avança o conhecimento da ciência com seus trabalhos de laboratório, com suas orientações e teses, também fica atento, observando aonde é que esse conhecimento pode ser aplicado, principalmente nas demandas mais urgentes, como foi o caso da pandemia, com a aprovação de cerca de cem patentes. Além disso, o CEPOF formou centenas de pessoas, tendo contribuído para a criação de mais de quarenta empresas na região de São Carlos, com a geração de milhares de empregos.
Ao longo dos anos, o CEPOF tem marcado a sua rota trabalhando incansavelmente para que sejam gerados novos projetos na fronteira do conhecimento, em pé de igualdade com os outros países, sempre tendo como meta beneficiar a sociedade. Por outro lado, veja-se os equipamentos desenvolvidos nesse centro de pesquisa e que estão aí na área do câncer, do diagnóstico, oftalmologia, metrologia, e na área de descontaminação, de um modo geral, de linhas de produção de empresas, etc.. Vanderlei Salvador Bagnato é um dos cientistas – senão o principal – que coordena esse centro de pesquisa, várias vezes salientou que a sociedade tem o direito de saber e conhecer o que se faz nesse centro “(…) principalmente porque a gente trabalha com dinheiro público e eu sou um desses cientistas que acham que todo momento de prestar contas para sociedade deve ser usado. Eu não tenho que prestar contas só para os burocratas; eu tenho que prestar contas para o cidadão que paga seu imposto e que quer saber qual o retorno que eu estou dando para ele e para o resto da sociedade (…)”. Parabéns ao Centro de Pesquisa de Óptica e Fotônica.
Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

“Ciência, Tecnologia, Inovação e o futuro de São Carlos” – Livro apresenta a realidade do avanço tecnológico na cidade

(Foto – Região Destake)
Integrado na “1ª Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação de São Carlos”, evento que se iniciou no dia 17 do corrente mês e que se prolongará até dia 27, realizou-se no último dia 20 o lançamento do livro intitulado “Ciência, Tecnologia, Inovação e o futuro de São Carlos”, um trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação em parceria com a Fundação Pró-Memória.
Nesta publicação, o leitor poderá ficar por dentro da importância que tem os avanços científicos e tecnológicos para a resolução dos principais problemas com que se debatem as cidades, tendo em vistas um futuro sustentável, quer no desenvolvimento urbano, quer, ainda na qualidade de vida das populações.
A cerimônia de lançamento da publicação, que ocorreu no auditório do Paço Municipal, reuniu diversas individualidade, dentre as quais destacamos, por parte do município, os secretários municipais de Ciência, Tecnologia e Inovação, Prof. José Galízia Tundisi, e de Comunicação, Leandro Severo, representando o prefeito, Airton Garcia, enquanto que por parte da Fundação Pró-Memória marcou presença a sua diretora presidente, Isabel Alves Lima. Por parte da Câmara Municipal de São Carlos esteve presente o vereador Robertinho Mori, enquanto que representando a Academia estiveram presentes os Profs. Adriano Andricopulo, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e atual presidente da Academia Brasileira de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP), e Tito José Bonagamba, igualmente docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).
Dentre os diversos discursos alusivos ao lançamento deste livro, permitimo-nos destacar a intervenção do Prof. Adriano Andricopulo que destacou: “O futuro de São Carlos vai depender da ciência, da tecnologia e da educação, por isso é preciso ampliar essa discussão e falar do futuro do Estado de São Paulo, do país, e do mundo, e de todos os desafios que viveremos ao longo deste século, principalmente com o aumento e o envelhecimento populacional”.
Este livro mostra, de uma forma abrangente, como a ciência, inovação e tecnologia têm impactado positivamente o desenvolvimento da cidade de São Carlos ao longo dos anos.
Para conferir toda a programação da “1ª Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação de São Carlos”, clique AQUI.
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

A busca pelo raríssimo diamante cor de rosa – Por: Prof. Roberto N. Onody

Figura 1 – O diamante cor de rosa Graff – O famoso colecionador de diamantes Laurence Graff (conhecido como King of Bling) comprou esse diamante em 2010, num leilão realizado pela Sotheby´s. Ele tem 24,78 quilates (1 quilate = 0,2 gramas) e foi comprado por 46 milhões de dólares! Até aqui, o mais caro diamante cor de rosa vendido por quilate! Na gema havia 25 imperfeições (inclusões) superficiais. Com assessoria da GIA (Gemological Institute of America, seus certificados são o padrão-ouro na classificação de diamantes), especialistas da empresa Graf fizeram um novo polimento da pedra. Hoje ela tem 23,88 quilates, é magnífica e sem defeito. Feita de puro carbono, como os diamantes brancos (incolores).
Entre todas as pedras preciosas, os diamantes são os mais cobiçados. Desempenhando um papel cultural importante há milênios, os diamantes evocam sentimentos associados a beleza, brilho, luxo, poder, amor e compromisso. Eles são eternos.
Há diamantes azuis, verdes, laranjas e incolores, mas, o mais desejado é o diamante cor de rosa (Figura 1). Até seu fechamento em 2020, a mina de Argyle (situada numa região remota da Austrália Ocidental) era responsável por 90% do suprimento mundial dos diamantes cor de rosa! Para saber por que o local onde ficava a mina de Argyle produziu tantos diamantes, cientistas fizeram um estudo minucioso das suas características geológicas. E identificaram duas causas principais: a colisão de placas tectônicas e a deriva continental.
Para os gregos e os romanos, os diamantes seriam frutos das lágrimas derramadas pelos deuses ou pedaços de estrelas cadentes. Mitologia à parte, na verdade os diamantes naturais foram forjados entre 1 e 3 bilhões de anos atrás nas profundezas da Terra, quando o carbono, sob efeito de enormes pressões e altas temperaturas, adquire a sua forma cristalina (metaestável) de rede cúbica (Figura 2). Em baixas pressões e baixas temperaturas o carbono se estabiliza numa estrutura planar hexagonal – o grafite.

Figura 2 – Cada célula unitária da rede cristalina do diamante contém 8 átomos de carbono. As esferas azuis são átomos de carbono que se encontram ou nos 8 vértices ou nas 6 faces do cubo; as esferas pretas são átomos de carbono que estão no interior do cubo. O diamante é o material mais duro produzido pela natureza (dureza 10, máxima na Escala de Mohs)
Os diamantes se formam entre 40 e 600 km de profundidade no manto superior da Terra e são trazidos à superfície pelo magma dos vulcões. As condições termodinâmicas para a formação do diamante ou do grafite dependem criticamente da temperatura e da pressão local. A título de exemplo, numa temperatura de 950 graus Celsius e em profundidades maiores do que 150 quilômetros (o que equivale a pressões maiores do que 44.400 atmosferas) o grafite se transforma em diamante.
Diamantes também podem ser produzidos na queda de grandes meteoritos. A pressão e a temperatura geradas no impacto são mais do que suficientes para formar diamantes, desde que haja carbono ou no próprio meteorito ou nas rochas presentes no local da queda. Foi o que ocorreu há 35 milhões de anos atrás, quando um meteoro com diâmetro de 5 a 8 km, abriu a cratera de Popigai (na Sibéria, Rússia) com 100 km de diâmetro e cerca de 150 metros de profundidade. Ao redor da cratera, encontra-se uma quantidade enorme de pequenos diamantes (milimétricos) semelhantes aos diamantes sintéticos (veja abaixo). Além disso, incrustado nas rochas e no interior da cratera, acredita-se que existe uma quantidade de diamante maior do que em todas as outras jazidas do mundo juntas!
Diamantes também se formam nas estrelas, mais especificamente, nas anãs brancas. A anã branca BPM 37093 está a cerca de 49 anos-luz da Terra, tem raio de 4.000 km e é composta por carbono e oxigênio. O carbono presente (que está cristalizado) tem massa de 5 1029 kg, ou seja, um valor cem mil vezes maior do que a massa da Terra. Trata-se do maior diamante existente na nossa vizinhança! Ele foi apelidado de Lucy, em homenagem à música dos Beatles Lucy in the Sky with Diamonds.

Figura 3 – Os maiores produtores mundiais de diamantes naturais em 2022. A Rússia lidera com folga, produzindo quase 42 milhões de quilates ou 8,4 toneladas de diamantes (Crédito: M. Garside)
Tudo o que dissemos até aqui se refere aos diamantes naturais (Figura 3). A partir da década de 1950 os diamantes passaram também a ser produzidos e manufaturados pelo homem – são os chamados diamantes sintéticos ou industriais. Dois métodos são utilizados na fabricação dos diamantes sintéticos: o CVD (Carbon Vapor Deposition), que faz a deposição química de vapor de carbono e o HPHT (High Pressure High Temperature) que imita a forma de produção da natureza.
Para olhos não preparados pode ser difícil distinguir um diamante natural de um sintético. Mas, existem hoje no mercado cerca de 40 dispositivos que detectam a diferença entre eles. Ainda bem, porque a diferença de preço é enorme – os diamantes sintéticos são muito mais baratos do que os diamantes naturais.

Figura 4 – Diamantes naturais adquirem a cor: (a) marrom devido a deformações plásticas na sua rede cristalina; (b) amarelo pela presença de átomos de nitrogênio; (c) azul pela presença de átomos de boro; (d) verdes pela exposição a material radioativo durante a sua formação ou depois (diamantes brancos se tornam verdes quando irradiados). O material radioativo cria vacâncias de átomos de carbono
Hoje, um quilate de diamante sintético custa três vezes menos do que um quilate de diamante natural. E, com o avanço das técnicas empregadas, o preço do diamante sintético deve recuar ainda mais. O maior produtor mundial de diamantes sintéticos é a China que responde por quase 90% do consumo mundial.

Figura 5 – Os 9 diamantes Cullinan. O maior de todos eles (indicado pela seta), conhecido como Estrela da África, tem 530,2 quilates e dimensões de 58,9 mm x 45,4 mm x 27,2 mm. Ele está montado no topo do cetro real da monarquia britânica.
Mas, por que os diamantes naturais têm várias cores? Resumidamente, a resposta é pela presença de vacâncias ou de defeitos (átomos de carbono são substituídos por outros elementos) que retiram da gema sua integridade cristalina ou sua pureza e alteram sua cor (Figura 4).
Os diamantes brancos ou incolores são praticamente feitos de carbono puro. Entre eles, certamente, o mais famoso é o diamante de Cullinan. Descoberto em 1905 na África do Sul, o diamante tinha, originalmente, 3.025 quilates e foi cortado e lapidado em 9 diamantes que hoje fazem parte das joias da coroa britânica (Figura 5).
Ainda sobre diamantes brancos, em 2019 a Alrosa (empresa russa e maior mineradora de diamantes do mundo) descobriu um diamante duplo – um diamante que contém no seu interior outro diamante. O diamante interno se move livremente numa cavidade do diamante externo (veja vídeo). À semelhança com a tradicional boneca russa, o diamante duplo foi batizado de matrioska.
Voltemos agora aos raríssimos diamantes cor de rosa. Eles são realmente os mais raros? De fato, não. Os diamantes vermelhos são os mais raros. Tão raros que, no mundo, só existem cerca de 30 diamantes considerados realmente vermelhos (Figura 6). Por esse motivo, não existe empresa mineradora de diamantes vermelhos. Mas, existem mineradoras de diamantes cor de rosa na Austrália, África do Sul e Índia. E, como dissemos no preâmbulo, a maior delas, a Argyle, fechou em 2020. Desde então, cientistas vêm tentando descobrir os pré-requisitos geológicos para a formação dos diamantes cor de rosa.
Como os diamantes cor de rosa (e o vermelho) não apresentam vacâncias (provocadas por radiação) e nem defeitos (pela presença de outros elementos químicos além do carbono) de onde vem a sua cor?
A única explicação plausível é que, durante o processo de sua formação, esses diamantes sofreram deformação plástica. Mas, de que tipo? Quais são os ingredientes por trás da formação dos diamantes cor de rosa?

Figura 6 – O diamante Mussaieff é o maior diamante vermelho do mundo. Descoberto na década de 1990 em Minas Gerais, Brasil, ele tem 13,9 quilates. O joalheiro Shlomo Mussieff é o seu atual proprietário
Em artigo publicado na Nature, Olierook et al. lançaram duas hipóteses novas. Há mais de um bilhão de anos atrás, no supercontinente Nuna ou Colúmbia Figura 7), as placas tectônicas em que hoje se encontram o Norte da Austrália e Kimberley (Austrália Ocidental) colidiram. A região da mina de Argyle se formou na sutura dessas placas. Primeiro ingrediente: colisão de placas tectônicas.
Olierook et al. fizeram, então, uma datação geológica muito precisa dessa região e concluíram que ela se formou há 1,3 bilhão de anos. Isso coincide com o momento (estimado entre 1,3 e 1,22 bilhão de anos) em que o supercontinente Nuna ou Colúmbia iniciava seu processo de fratura e desagregação! O continente do que é hoje a Austrália não se partiu ou se desagregou, mas a região da mina de Argyle foi ´esticada´. Segundo ingrediente: estiramento geológico.
Se os pesquisadores estiverem corretos, esses ingredientes podem balizar buscas por novas minas de diamantes em locais que tenham um histórico geológico semelhante. Pelos magníficos diamantes cor de rosa, esperamos que sim.

Figura 7 – O supercontinente Nuna ou Colúmbia há 1,6 bilhão de anos atrás. (Crédito: Alexandre DeSotti)
*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP
e-mail: onody@ifsc.usp.br
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(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Auxílio financeiro para participação em eventos científicos no Brasil e no exterior (2º/2023) – 3ª Chamada
A Comissão de Pós-Graduação (CPG) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) estabeleceu as normas e critérios para a solicitação, avaliação e concessão de recurso financeiro para estudantes matriculados no Programa de Pós-Graduação em Física participarem de eventos científicos no Brasil e no Exterior com apresentação de trabalhos.
Acesse AQUI o edital completo da 3ª Chamada do Programa.
Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

“Atenção à Saúde Mental e Inclusão na Universidade” – Em prol de sua comunidade – IFSC/USP adere ao “Apoia USP”

Mesa de abertura com a presença da Vice-Diretora do IFSC/USP, Profª Ana Paula Ullian de Araújo
O grande destaque dentre os vários eventos que aconteceram no IFSC/USP nos dias 03 e 04 de outubro, foi certamente a realização da iniciativa “Atenção à Saúde Mental e Inclusão na Universidade”, que teve o foco de congregar ao seu redor toda a comunidade universitária do Campus USP de São Carlos – estudantes e servidores docentes e não docentes – e ainda a comunidade externa à Universidade.
Promovido pelas Comissões de Inclusão e Pertencimento (CIPs) das Unidades do Campus USP de São Carlos, em conjunto com o “Apoia USP” – Serviço de Apoio Psicossocial do Campus -, este evento contou com o apoio da Diretoria do IFSC/USP e do Grupo Coordenador de Cultura e Extensão do nosso Campus.
De fato, esta iniciativa abriu um espaço importante para uma reflexão sobre o modelo de cuidado em saúde mental na USP de São Carlos, bem como uma discussão sobre os vários desafios que se colocam, relacionados ao autismo na Universidade e as possibilidades que se apresentam no cuidado que deverá ser implementado em situações de crise. Em simultâneo, este evento assinalou o ingresso do IFSC/USP no “Apoia USP”, que abre portas para ampliar o atendimento psicossocial no Instituto, iniciado anteriormente com a iniciativa “IFSC e o bem estar de sua comunidade”.
Através de vários palestrantes, especialistas, o evento abordou temas que remeteram à necessidade de se pensar em um ambiente universitário mais saudável em termos de inclusão de pessoas com diferentes necessidades, especialmente aquelas que se inserem em quadros de neurodivergência, com destaque para o espectro autista no âmbito escolar. “Hoje, sabemos de casos de alunos do nosso Instituto diagnosticados com transtorno do espectro autista (TEA) e essa informação chegou até nós por mero acaso, ou seja, não de forma oficial. Já passou da hora de debatermos isso!. Nós temos que trabalhar para construir esse caminho no sentido de abrir um canal de informação e poder criar políticas – quer no IFSC, quer na própria USP – para apoiar essas pessoas, e todas as demais que apresentem qualquer necessidade, e ajudar a tornar o nosso ambiente mais inclusivo”, destaca o Prof. Fernando Paiva, presidente da Comissão de Inclusão e Pertencimento do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).
No que diz respeito ao evento, o Presidente da CIP do IFSC/USP sublinha que ele superou todas as expectativas, quer em termos do número de participantes, quer ainda – e mais importante – no envolvimento e participação do público na reflexão e discussão dos temas. “Essa participação justificou todo o esforço”, comemora Fernando Paiva, acrescentando que “esta foi uma porta que se abriu para que eventos como este possam ser periódicos no Campus, em todas as Unidades. Tudo isso, associado às campanhas que a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento da USP vem desenvolvendo, irá gerar uma comunidade mais atenta e receptiva a esse tipo de assunto. Estou muito feliz!”, conclui o docente.
“Apoia USP”

Prof. Fernando Fernandes Paiva
Para a assistente social da Prefeitura do Campus USP de São Carlos e integrante da equipe “Apoia USP”, Drª Emanuela Pap da Silva,a avaliação que faz sobre este evento é, de fato, bastante positiva. “Foram dois dias em que pudemos estar presencialmente conversando sobre temas tão importantes e atuais no contexto da nossa Universidade, e foi muito bom termos um público significativo de estudantes, funcionários e docentes do nosso Campus e também da comunidade externa, que participou e debateu ativamente conosco estes temas. Penso, também, que foi um evento inaugural e muito representativo para a entrada do IFSC no “Apoia USP”, que chega somando e colaborando com as demais unidades de ensino e da Prefeitura do Campus na consolidação e expansão do “Apoia USP” para a nossa comunidade universitária. É muito bom ver os esforços coletivos na construção de uma comunidade acadêmica mais acolhedora e mobilizada pelo bem-estar das pessoas que fazem parte dela”, sublinhou.
Testemunho
Mariana (nome fictício) veio com 17 anos para o IFSC/USP. Aluna brilhante, de excelência máxima em todo o seu percurso escolar, vencedora de prêmios em diversas olimpíadas do conhecimento, praticando natação, canto e piano, eis que após o período da pandemia entrou em depressão, com grandes dificuldades em fazer amigos, algo que nunca tinha acontecido anteriormente. A mãe, Arminda (nome fictício), sublinha o fato de a família ter dado todo o apoio quando da mudança da jovem para São Carlos. Contudo, o caminho de Mariana estava sendo cada vez mais penoso, já que além de não conseguir fazer amizades no IFSC/USP, a jovem começou a enfrentar dificuldades em terminar os exercícios, algo que para ela era impensável devido ao seu currículo escolar – de excelência. Em face a esse quadro, Arminda levou a filha a psicólogos e psiquiatras e o diagnóstico foi que a jovem estava inserida no espectro autista. “Neste momento está sendo acompanhada. Já perdeu um ano e meio no seu curso. Embora ela saiba perfeitamente as matérias, os seus conteúdos, o fato é que não consegue sentar e estudar. ‘Estou só, isolada’, desabafa ela comigo, ao que eu respondo que ela precisa interagir com seus colegas, criar vínculos, amizades, embora tenha havido situações em que foram os seus próprios colegas que se afastaram dela”, relata Arminda.
O caso de Mariana insere-se exatamente nos objetivos do evento “Atenção à Saúde Mental e Inclusão na Universidade” e nesse espaço que está sendo aberto no Campus USP de São Carlos para uma reflexão e ação sobre o modelo de cuidado em saúde mental. Arminda acompanhou todo o evento e, no final, afirmou que retirou dele todas as informações, dialogou com os demais participantes, colocou questões e estabeleceu contatos com os profissionais que poderão ajudar na resolução do problema de Mariana. “Essa ajuda vai ser determinante para a recuperação de minha filha”, conclui a mãe de Mariana.

Os participantes
Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP