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20 de março de 2019

EE Prof. José Juliano Neto homenageia pesquisador do IFSC/USP

Prof. Tundisi dirigindo-se aos alunos

“Nossa! Joguei bola centenas de vezes neste espaço”. Foram estas as primeiras palavras que o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, proferiu assim que entrou no amplo saguão da Escola Estadual Prof. José Juliano Neto, em São Carlos, inicialmente convidado para um encontro informal com responsáveis pela escola, mas imediatamente recebido de forma calorosa pela diretoria, representantes do corpo docente e pedagógico, e, ainda, pela dirigente da Diretoria de Ensino da Região de São Carlos, Profª. Débora Gonzalez Costa Blanco, acompanhada pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação de São Carlos, Prof. José Galizia Tundisi.

Uma foto do pesquisador do IFSC/USP, de grandes dimensões, compunha um conjunto de bonitos painéis didáticos no saguão, com a seguinte frase “Espaço Vanderlei Bagnato”. “Caramba! Que é isso? Mas não era apenas uma reunião que estava marcada?”, balbuciou Bagnato olhando para o chão, enquanto caminhava na direção de uma das salas de aula da escola: assim que entrou na sala, alunos e convidados presentes ovacionaram o pesquisador, que ficou sem fala, apenas esboçando um sorriso de surpresa.

“Gostaria que vocês, queridos alunos conhecessem um dos maiores cientistas de nossa cidade, do país, reconhecido internacionalmente. Aqui está ele, na nossa escola, em carne e osso, o Prof. Vanderlei Bagnato, do Instituto de Física de São Carlos, da USP, que inaugura um projeto da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação de São Carlos, que consiste em levar às nossas escolas, aos nossos alunos e professores, os cientistas que trabalham na nossa cidade, que aqui desenvolvem suas pesquisas em prol do bem estar da sociedade: e o Prof. Vanderlei Bagnato foi o primeiro desse importante lote de homens que dedicam sua vida à ciência. Bagnato já deu aulas para milhares de alunos e é nossa intenção estimular vocês a entenderem o que é ser um cientista, e, no caso do Prof. Bagnato, mostrar o que é ser um cidadão preocupado com sua cidade e com o mundo que o rodeia. Espero que vocês se entusiasmem com este exemplo e que também sigam os passos rumo ao desenvolvimento da ciência na nossa cidade e no país”, sublinhou o Prof. José Galizia Tundisi, que explicou o significado do evento, inserido no projeto “Ciência nas Escolas”. “O objetivo do projeto é difundir o conhecimento da ciência nas escolas e em espaços educacionais. Por meio de pôsteres são apresentados temas voltados para o meio ambiente, vida saudável, desenvolvimento sustentável, além de homenagear cientistas brasileiros e estrangeiros, mundialmente conhecidos. Por meio desse projeto disponibilizamos para as escolas de ensino fundamental e ensino médio, informações sobre temas fundamentais nas mais variadas áreas da ciência. Hoje foi a vez dos alunos da Escola Estadual Juliano Neto conhecerem o trabalho desenvolvido na área da Física Atômica pelo professor Bagnato, com a abertura do espaço com seu nome destinado ao projeto. A nossa intenção é criar esse ano outros vinte espaços do projeto, sendo dez em escolas estaduais e igual número em escolas municipais. Essa geração precisa conhecer nomes que fazem história na ciência”, sublinhou.

Já no amplo saguão, onde entretanto se concentrou a maior parte dos alunos para homenagear o pesquisador, Vanderlei Bagnato enfatizou que não merecia ter uma foto sua na escola: “Tenho feito muito pouco para aquilo que é necessário fazer. Não mereço ter uma foto aqui na escola. Contudo, vou assumir aqui a responsabilidade perante todos vocês de, periodicamente, vir comer uma merenda e sentar com vocês para conversar. Aqueles que dentre todos vocês se julga pior, pode ir muito além do que qualquer um de nós. Vocês têm que ser determinados. Não me vejam como um grande cientista, mas sim como uma pessoa comum que há cinquenta anos atrás estava com as mesmas dúvidas e os mesmos medos que vocês têm agora. O que é que eu vou ser no mundo? Qual vai ser o meu lugar? E vocês vão encontrar seu caminho, apenas não esperam que outros façam isso por vocês”.

Na despedida, Vanderlei Bagnato sublinhou que a partir daquele momento todos os alunos passariam a ser seus parceiros. “Me procurem no Instituto de Física de São Carlos, na USP. Quando eu jogava bola aqui nesta escola me chamavam de “Vandão”: procurem pelo “Vandão” no Instituto, subam e vamos conversar quando vocês quiserem. Estou muito sensibilizado com esta homenagem. Um cientista vive de seus reconhecimentos e não de seus dividendos”.

Conforme sublinhou a Profª. Débora Gonzalez Costa Blanco, a Escola Estadual Prof. José Juliano Neto foi o estabelecimento de ensino da cidade de São Carlos que teve o maior número de inscrições no programa “Vem pra USP”.

No meio da galera

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

 

 

19 de março de 2019

Dia 20 de março: “Momento Bem Estar” na Biblioteca do IFSC/USP

Dia 20 de março é dia de recomeçar os encontros semanais de meditação no 1o. piso da Biblioteca do IFSC/, que acontecerão todas as 4as. feiras das 12:30 as 13:00 hs..

Esperamos todos os interessados para mais um momento de leveza para nossa mente e corpo, com a participação da educadora Patrícia Cristina Silva Leme (Pazu) que tem coordenado estas sessões que se iniciaram em outubro de 2018, com a participação não só da comunidade do IFSC/USP, como, também, de muitas pessoas oriundas da sociedade civil são-carlense, procurando formas de equilíbrio e de tranquilidade mental espiritual que só a meditação proporciona.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

19 de março de 2019

Seminário “Rectification in Classical and Quantum Systems”

O Grupo de Óptica do IFSC/USP realizou no dia 19 do corrente mês mais um seminário, desta vez com a presença do Prof. Emmanuel Araújo Pereira, docente e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que dissertou sobre “Rectification in Classical and Quantum Systems: Searching for Efficient Thermal and Spin Diodes”, tendo começado por salientar que a natureza tem à sua disposição vários mecanismos de transporte de energia: condução por eletricidade, por calor, etc. O incrível desenvolvimento da eletrônica moderna, devido à invenção de transistores e outros dispositivos de estado sólido, é bem conhecido, com impacto em nossas vidas diárias.

Contudo, o pesquisador salientou que a situação de suas contrapartes é diferente. A fonônica, por exemplo, dedicada à manipulação da corrente de calor, permanece praticamente paralisada em termos de gerenciamento de circuitos térmicos, principalmente devido à falta de diodos térmicos eficientes.

Neste seminário, o palestrante revisou, de forma breve, alguns trabalhos com sugestões para superar o problema dos diodos térmicos usuais, com pequeno fator de retificação, decaindo rapidamente para zero à medida que o tamanho do sistema aumenta.

Por outro lado, Emmanuel Araújo Pereira fez a análise de alguns modelos clássicos de osciladores e alguns sistemas de spin quântico, nos quais também são consideradas as propriedades da corrente de spin, tendo descrito alguns resultados interessantes, incluindo a possibilidade de um modelo de diodo de spin perfeito, e também de outro modelo com uma perfeita retificação térmica.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

 

 

 

 

 

19 de março de 2019

Alunos da América do Sul estagiam com pesquisadores do IFSC/USP

Quatro estudantes oriundos do Perú, Chile, Argentina e Venezuela, iniciaram este mês estágios em nosso Instituto ao abrigo do Programa de Estágios de Verão, uma iniciativa do IFSC/USP sob a coordenação do docente e pesquisador Prof. Richard Garratt. que anualmente promove esta feliz iniciativa que é financiada por dois beneméritos internacionais, com o intuito de apoiar jovens estudantes, principalmente da América do Sul.

Durante os próximos dois meses, Nathalia Martinez (Universidad Central de Venezuela), Tamara Adjimann (Universidad de Buenos Aires), Eduard Joel Chocano Coralla (Universidad Católica Santa Maria – Perú) e Sebastian Muñoz (Universidad de Chile), todos eles desenvolvendo trabalhos na área da Biologia em suas respectivas universidades, estarão em contato direto e trabalhando em suas pesquisas com os pesquisadores do IFSC/USP, Profs. André Ambrosio, Marcos Navarro, Sebastião Pratavieira e Javier Ellena.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de março de 2019

Pesquisadores do IFSC/USP na descontaminação de órgãos para transplante

Pulmões de porco sujeito a teste de radiação ultravioleta

Em um trabalho conjunto da USP de São Carlos – através do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) – e da Universidade de Toronto (Canadá), resultou em um novo procedimento e a criação de um equipamento que, ao utilizar uma técnica de radiação de ultravioleta e luz vermelha, permite reduzir a carga viral e bacteriana em órgãos para transplante, evitando que doenças como hepatite e outras possam se desenvolver nos receptores. Este trabalho está descrito em artigo científico publicado na Nature Communications (VER AQUI).

Esta técnica de biofotônica foi aplicada, primeiramente em nível experimental, em pulmões humanos, no Canadá, estando atualmente já em prática em um dos maiores centros da especialidade, encontrando-se em fase de desenvolvimento protocolos para fígado e rins. No Brasil, estão se iniciando agora os modelos experimentais. A expectativa é que se melhorem substancialmente as condições pós-operatórias de transplante de órgãos e, simultaneamente, aproveitar melhor órgãos que atualmente são descartados.

Dr. Marcelo Cypel

A maioria dos órgãos, quando retirada do doador, tem o sangue substituído por um líquido de preservação, numa operação chamada “perfusão”. Na nova técnica, os pesquisadores fazem circular esse líquido pelo interior do órgão, ao mesmo tempo em que, externamente, expõem o líquido a um sistema que emite radiação ultravioleta controlada, que elimina os micro-organismos, tudo isso sem alterar a composição do líquido nem tocar no órgão: à medida que o líquido circula nessa espécie de carrossel, os micro-organismos são expostos à radiação e consequentemente eliminados, o que resulta em uma grande diminuição da carga viral e bacteriana, proporcionando melhores chances de sucesso nos transplantes de órgãos.

Neste complexo trabalho de pesquisa participaram equipes de cientistas do Canadá e do Brasil. Por parte do Canadá, a equipe clínica foi composta por médicos e pesquisadores chefiados pelo médico Dr. Marcelo Cypel, com os apoios da Canadian Institutes of Health Research e do Toronto General & Western Hospital Foundation, enquanto que o grupo brasileiro, constituído pelos pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) Cristina Kurachi e Natália Inada, foi chefiado pelo Prof. Vanderlei Bagnato, igualmente deste Instituto, tendo contado com o apoio da FAPESP e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Prof. Vanderlei Bagnato

No caso do transplante de pulmão, o órgão a ser transplantado tem o sangue substituído por um líquido de preservação – procedimento conhecido como perfusão e desenvolvido no Canadá por Cybel. A perfusão consegue reduzir a carga viral e bacteriana, mas não eliminá-la. Isso obriga o paciente a ser submetido a um tratamento com antibióticos e antivirais nos três meses seguintes ao transplante.Pensando em formas de reduzir ainda mais ou eliminar a carga viral dos órgãos para transplante, especificamente o vírus da hepatite C, o cientista canadense considerou a hipótese de utilizar métodos de descontaminação por luz ultravioleta, que são comuns na descontaminação de sangue, por exemplo, tendo sido dessa forma  que o mesmo iniciou uma parceria científica com Vanderlei Bagnato. Passado cerca de um mês, a equipe do IFSC/USP enviou a primeira versão do protótipo da máquina de descontaminação por radiação ultravioleta.

Profª Cristina Kurachi

Segundo declarações à revista Pesquisa FAPESP, a pesquisadora Profª Cristina Kurachi elucidou que “A técnica de descontaminação biofotônica desenvolvida nos laboratórios de São Carlos consiste de dois procedimentos específicos, que acontecem simultaneamente. Durante o processo de perfusão, enquanto os pesquisadores fazem circular o líquido no pulmão a ser transplantado, adicionam-se moléculas no tecido pulmonar e a descontaminação biofotônica ocorre diretamente no órgão, que é exposto à radiação de luz vermelha com comprimento de onda de 660 nanômetros (nm). Essa radiação, por ação fotodinâmica oxidativa, elimina microrganismos aderidos ao tecido. Ao mesmo tempo, a carga viral é também carregada pelo líquido circulante, que está em constante descontaminação por receber radiação ultravioleta de comprimento de onda de 254 nm. A função da radiação ultravioleta é destruir diretamente os microrganismos por meio do rompimento e da quebra das moléculas presentes em bactérias e vírus. Assim, as bactérias são mortas, e os vírus, totalmente inativados. Já com o banho de luz vermelha a ação de descontaminação ocorre de forma indireta, pela fotossensibilização”.

Essa terapia biofotônica envolve a introdução de um fármaco fotossensibilizador no líquido da perfusão. A ativação do fármaco requer moléculas de oxigênio (presente nos vírus) e irradiação de luz em um comprimento de onda específico (a luz vermelha de 660 nm). Uma vez que a droga fotossensibilizadora é banhada pela luz vermelha, suas moléculas absorvem energia. Tal energia é transferida às moléculas de oxigênio do vírus, que se tornam extremamente oxidantes, causando danos irreversíveis às membranas e ao material genético de diversas cepas virais, incluindo o vírus da hepatite C (HCV) e da Aids (HIV-1).

O líquido de preservação da perfusão é especial, muito caro, composto de tal forma a preservar o órgão. Pelo seu custo, utiliza-se uma quantidade mínima nos procedimentos. Agora com a técnica e o equipamento desenvolvidos, com apenas um litro do líquido é possível circular no órgão por centenas de vezes, limpando por completo os contaminantes”.

Draª Natália Inada

O método foi primeiro testado em pulmões humanos rejeitados para transplante, a fim de verificar se a carga viral nos tecidos poderia ser reduzida pelo banho de radiação. O passo seguinte foi repetir a técnica em pulmões de porcos, que eram então transplantados, para verificar se o procedimento causava algum tipo de dano bioquímico ou morfológico nos tecidos, o que não ocorreu, e por fim, tiveram início os testes com pacientes. Saliente-se que nos primeiros dez transplantes realizados, a nova técnica eliminou o vírus da hepatite C nos órgãos doados a dois pacientes. Nos outros oito pacientes, a carga viral caiu muito, mas sete dias após a cirurgia o vírus da hepatite voltou a se multiplicar e os pacientes tiveram de receber tratamento antiviral por três meses.  Cypel sublinha que foi importante verificar que quando não era eliminado, o vírus reaparecia nos testes laboratoriais dos pacientes, após sete dias. Com essa informação, já foram realizados outros dois transplantes, nos quais o tratamento antiviral se concentrou na primeira semana posterior à cirurgia. Nos dois casos o vírus foi eliminado.

De acordo com Bagnato, o aperfeiçoamento da terapia biofotônica, com a queda da carga viral e bacteriana cada vez mais acentuada, proporcionará melhores chances de sucesso dos transplantes. O objetivo, segundo Bagnato, é que a terapia com luz elimine totalmente os contaminantes bacterianos e virais dos órgãos a serem transplantados. Se isso for conseguido, o uso do líquido perfusivo poderá mesmo vir a ser eliminado.

Uma patente foi depositada no Canadá e já existe interesse de duas empresas internacionais em estudar a possibilidade da fabricação e comercialização do equipamento. A equipe trabalha agora para implantar o programa de descontaminação de fígados e rins no Brasil.

(Foto principal: Profª Cristina Kurachi/FAPESP)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de março de 2019

Profª Yvonne Mascarenhas: “O que fazer após a aposentadoria”

O que fazer após a aposentadoria foi o título da palestra proferida pela Profª Yvonne Primerano Mascarenhas, decana da USP e uma das pioneiras na criação do IFSC/USP, no decurso de mais um seminário promovido pelo Grupo de Pesquisa em Nanomateriais e Cerâmicas Avançadas (NACa/IFSC), realizado no dia 15 do corrente mês.

Em sua apresentação, a Profª Yvonne Mascarenhas fez um relato das atividades exercidas antes de sua aposentadoria e decisões para após a aposentadoria compulsória, que aconteceu em 2001, que se dividem ainda em:  atividades científicas em cristalografia associada a grandes projetos e Início de atividades relacionadas à difusão científica em apoio à educação básica.

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de março de 2019

São Paulo School on Modern Topics in Biophotonics

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) organiza entre os dias 20 e 29 de março de 2019 a São Paulo School of Advanced Science on Modern Topics in Biophotonics, um dos mais importantes eventos científicos inseridos na Escola São Paulo de Ciência Avançada, apoiada pela FAPESP.

Tendo como público-alvo alunos de pós-graduação e pesquisadores em início de carreira (pós-doutorados), a Escola apresentará e discutirá temas de relevância na área de Biofotônica, a saber: Óptica Tecidual / Microscopia e Imagem / Nanomedicina / Neurofotônica / Terapia Fotodinâmica / Biossensores / Diagnóstico e Tratamento do Câncer / Técnicas não lineares / Técnicas de Espectroscopia, tendo como coordenadora a docente e pesquisadora de nosso Instituto, Profª Cristina Kurachi.

Renomados pesquisadores nacionais e estrangeiros, oriundos da África do Sul, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Israel, Portugal e Brasil, estarão presentes como palestrantes num evento que facultará o intercâmbio de conceitos científicos e avanços tecnológicos na área da Óptica Biomédica e áreas correlatas.

Para obter mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de março de 2019

Ex-aluno do IFSC/USP no setor de defesa e segurança

O ex-aluno do Instituto de Física de São Carlos, Rodrigo Rafael Melaré Corrêa, tem 27 anos e nasceu no interior do estado de São Paulo, em uma cidade chamada Porto Feliz. Seus ensinos fundamental e médio foram realizados na Escola São José, instituição tradicional daquela cidade. Atualmente, as lembranças mais frescas que retém são as do ensino médio, fase escolar em que se dedicou ao máximo nos estudos para prestar o vestibular. “Desde o ensino fundamental eu já gostava de matemática e física, sempre busquei ser um aluno dedicado, mas na verdade foi no ensino médio que realmente comecei a estudar”, relembra.

Devido a sua curiosidade em montar e desmontar equipamentos elétricos e ao gosto por eletrônica, Rodrigo realizou um curso de hardware, que envolveu montagens de microcomputadores e instalações de sistemas operacionais. Na época, o jovem ficou atraído pela área da computação, atração essa que aumentou quando teve o primeiro contato com os cursos do IFSC/USP, através de uma pequena brochura que o Instituto distribuiu em sua escola. Baseado em sua paixão por eletrônica e computação, sempre com incentivo de seus pais, beneficiando da facilidade demonstrada desde cedo na disciplina de física, Rodrigo se interessou pelo curso de física computacional ministrado em nosso Instituto e assim se aventurou a sair de Porto Feliz e rumar à cidade de São Carlos para ingressar no IFSC-USP. “Eu e meus pais já tínhamos em mente que se fosse estudar em uma universidade pública, teria que sair da minha cidade natal”. Outro ponto favorável para sua vinda para o IFSC/USP foi o fato de Rodrigo ter parentes que moravam em São Carlos e em Araraquara, daí que, ao passar a viver sozinho em uma pequena quitinete em nossa cidade, Rodrigo sempre recebia a visita de seus primos são-carlenses e de seus próprios pais, aproveitando os finais-de-semana para visitar a namorada, em Araraquara.

Quando começou a graduação no IFSC/USP, um de seus professores brincou, ao afirmar que tinha sido fácil entrar na Universidade, mas o difícil era sair formado, o que de fato veio a se confirmar logo no início de seu curso, principalmente em gerir e dosar os horários da vida acadêmica com as horas livres: “Eu demorei um tempo para aprender a dividir meus horários, mas depois deu tudo certo”, afirma o jovem. Ele lembra, ainda, que “suou” bastante para passar por algumas matérias de física, principalmente nas de eletromagnetismo. Rodrigo não tinha a intenção de atuar profissionalmente dentro da academia: os motivos eram o longo tempo que demoraria em finalizar o mestrado e o doutorado, bem como a remuneração em curto prazo que, para ele, não era atrativa quando comparada com a média do setor industrial. A ideia de se tornar independente e de imediatamente constituir uma família também favoreceu sua escolha pela carreira no setor produtivo. Além disso, segundo ele, os desafios oferecidos pelo setor industrial eram mais estimulantes.

Assim, no início do quarto ano de sua graduação em física computacional, Rodrigo conseguiu uma vaga de estágio, com bolsa do CNPq, na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, em São Carlos, trabalhando no setor de automação agrícola, sob orientação do Dr. André Torre, “Meu primeiro desafio foi aprender a aplicar os conhecimentos adquiridos na universidade” relembra o aluno. Ao terminar o estágio na Embrapa, Rodrigo deu início ao seu mestrado em ressonância magnética nuclear (RMN), sob orientação do Prof. Dr. Alberto Tannús (IFSC/USP), com foco na área de instrumentação dedicada à área de saúde, utilizando a tecnologia de FPGAs (Field-Programmable Gate Array). No final de seu mestrado, o ex-aluno do IFSC começou a buscar por uma oportunidade na indústria e, em abril de 2013, Rodrigo ingressou na Bradar, empresa do grupo Embraer que atua no setor de defesa e segurança, localizada em Campinas. Cinco meses depois, com estudos concluídos e emprego garantido, Rodrigo Corrêa casou-se.

Na Bradar, Rodrigo trabalha com a tecnologia de dispositivos reconfiguráveis, também conhecidos como FPGAs, cujo aprendizado foi iniciado em seu mestrado. Nesta tecnologia é possível desenvolver hardware para a infraestrutura e algoritmos de processamento de sinais necessários para o funcionamento de um radar. Rodrigo ressalta que a empresa oferece boas oportunidades para os graduados em física ou física computacional, uma vez que esta necessita de profissionais capazes de modelar fenômenos físicos para produzir radares para sensoriamento remoto, radares de vigilância aérea e terrestre. Existem, ainda, muitas oportunidades na área de computação e engenharia, onde os bacharéis do instituto podem se enquadrar.  “Com certeza o Instituto de Física de São Carlos me ajudou a pleitear uma oportunidade profissional na Bradar”, comenta Rodrigo.

Aos alunos que estão na graduação, Rodrigo Corrêa aconselha que se esforcem e absorvam tudo aquilo que a Universidade tem a oferecer, pois, segundo ele, poucos tem a chance de estudar em um instituto com a qualidade do IFSC/USP e, por isso, essa oportunidade não deve ser desprezada.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bogamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

15 de março de 2019

Colloquium diei” com Laura Greene – “And, I am a Materials Girl”

A edição do dia 15 de março do programa Colloquium diei, evento que habitualmente ocorre nas instalações do IFSC/USP, teve como palestrante a cientista norte-americana Profª Laura Greene,  da Universidade Estadual da Florida, que apresentou o tema “And, I am a Materials Girl…”.

Em sua apresentação, a palestrante convidada evidenciou que ser física não é simplesmente o seu  trabalho ou sua carreira, mas parte integrante do que a define. Com humor, Laura Greene não soube explicar para o auditório se ela apenas uma hard-wired ou se foi mordida pelo “bug” da ciência quando nasceu: apenas sabe que que ser física é exatamente aquilo que preisava fazer.

Em sua palestra, Laura compartilhou com o público suas jornadas em física, sempre alimentadas pela paixão nesse campo “sedutor e consumidor” por tanto tempo.

As áreas de interesse da Profª Laura Greene concentram-se nas áreas da física de matéria condensada experimental, com foco em materiais quânticos, incluindo matéria topológica e supercondutores de alta temperatura. A palestrante atua no Conselho de Diretores da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) e é vice-presidente da União Internacional de Física Pura e Aplicada (IUPAP).

Defensora da diversidade, ela trabalha com equipes que promovem o sucesso de jovens cientistas, especialmente nos países em desenvolvimento. Desempenha funções de consultoria de liderança para o DOE, NSF e a Academia Nacional de Engenharia e Medicina da Ciência (NASEM); recentemente assumiu funções como co-presidente do NASEM Decadal Survey for Materials Research. Greene é membro do NASEM e membro da Academia Americana de Artes e Ciências, do Instituto de Física (UK), da AAAS e da APS. Os reconhecimentos incluem uma bolsa Guggenheim, o Prêmio Lawrence de Pesquisa de Materiais, o Prêmio Maria Goeppert-Mayer.

Ela é coautora de mais de 200 publicações e apresentou mais de 550 palestras convidadas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de março de 2019

“Ciência por Elas”

 

O “Ciência por Elas” tem como objetivo abrir espaço para que mulheres de grande sucesso em suas carreiras como cientistas apresentem suas trajetórias e discutam com a nossa comunidade sobre os principais desafios e lacunas enfrentados pelas mulheres na ciência. Ele é um evento gratuito e aberto a todos.

Programação:
Quinta-feira, 14/3 – Auditório Fernão (ICMC)
19 h: Palestra da Profª Sonia Guimarães, primeira mulher negra brasileira a ser tornar doutora em Física e primeira mulher negra brasileira a lecionar no ITA, quando a instituição ainda não aceitava mulheres como estudantes.

Sexta-feira, 15/3 – Auditório Mascarenhas (IFSC)
9 h: Palestra da Profª Kalinka Castelo Branco, coordenadora do Laboratório de Sistemas Embarcados Críticos e coordenadora do Grupo de Alunas nas Ciências Exatas (GRACE), que tem como objetivo desenvolver atividades na área de tecnologia e ciências exatas voltadas para o público feminino.
10 h: Coffee Break
10:30 h: Palestra da Profª Laura H. Greene, da Universidade do Estado da Flórida e cientista chefe do National High Magnetic Field Laboratory. Ela foi Presidente da American Physical Society em 2017 e atualmente é Vice-presidente da IUPAP (C10).
14 h: Apresentação de Pesquisadoras do IFSC (nomes a confirmar)
15 h: Mesa Redonda com as palestrantes (Profª Sonia, Profª Kalinka e Profª Laura), e a participação de grupos de mulheres do campus.
17 h: Encerramento

15 de março de 2019

Eleições Discentes – Prorrogação das Inscrições (todos os cargos)

Comunicado:

Em razão de não ter havido inscrição de candidatos para a eleição dos representantes discentes nos diversos Colegiados do Instituto de Física de São Carlos para os cargos da Categoria de Alunos de Graduação  no período previamente definido na Portaria IFSC-001/2019, publicada em 15 de fevereiro, comunicamos a prorrogação do período de inscrições, para todos os cargos, até o dia 22.03.2019, às 16h.

Fica alterado o cronograma, como segue:

 

Inscrição: prorrogadas até 22.03, às 16h

Divulgação dos Inscritos: 25.03, no site

Recursos: até 27.03, às 12h

Decisão: 27.03, no site

Ordem cédulas: sorteio dia 27.03, às 16h

Eleição: 02.04.2019, das 08h às 17h

Resultado: 03.04, no site

Recursos: até 08.04, às 12h

PORTARIA ELEIÇÃO DISCENTE

REQUISIÇÃO ELEIÇÃO CHAPA GRADUAÇÃO

REQUISIÇÃO ELEIÇÃO CHAPA PÓS-GRADUAÇÃO

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de março de 2019

Em Gala: Prof. Vanderlei Bagnato é “Fellow” da Universidade do Texas

No último dia 22 de Fevereiro, numa Gala promovida pelo Instituto Hagler de Estudos Avançados, diversos pesquisadores receberam homenagens e tornaram-se Fellows da Universidade do Texas.

Entre esse lote de cientistas esteva o pesquisador e diretor do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, acompanhado de sua esposa, Silvia Mara Firmino Bagnato.

A cerimônia oficializou as honrarias aos pesquisadores homenageados, tendo como convidados especiais autoridades americanas, incluindo presidentes de Universidades, professores e empresários.

Vanderlei Bagnato foi escolhido pelos seus trabalhos, tanto em física atômica, como em aplicações de óptica na saúde, tendo permanecido no estado do Texas por algumas semanas, onde proferiu diversas palestras e aulas especiais nos temas de sua atuação.

Vanderlei Bagnato entre Randy Hulet (Rice University) e José Nelson Onuchic

Uma das condições para ser escolhido e ocupar a posição de Hagler Fellow é ser membro da prestigiada Academia de Ciências dos EUA – NAS, sendo que o diretor do IFSC/USP ocupa uma cadeira no órgão desde 2012.

Junto com Vanderlei Bagnato e com os restantes sete cientistas homenageados, esteve o pesquisador José Nelson Onuchic, que foi professor na USP de São Carlos e que hoje desenvolve sua vida acadêmica nos EUA, desde 1989.

Onuchic é colega de Bagnato desde os tempos de graduação na USP e é um dos mais eminentes cientistas brasileiros vivendo fora do Brasil.

Recentemente, Onuchic ganhou o prêmio máximo da American Physical  Society na área onde atua – biofísica.

Para conferir as fotos da cerimônia, clique AQUI.

(Com colaboração de Kleber Chicrala – CEPOF/IFSC/USP)

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de março de 2019

No IFSC/USP: Laura Greene ministra workshop para mulheres cientistas

O dia 14 de março ficou marcado por uma série de eventos realizados no nosso Instituto, entre os quais de destaca o denominado “Workshop para mulheres cientistas”, que ocorreu entre as 14h e as 17h30, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, coordenado pela Profª Laura Greene, cientista-chefe do National High Magnetic Field Laboratory e professora de física na Universidade Estadual da Flórida (EUA)

“A Arte da negociação” foi o primeiro tema abordado, tendo como a constatação de que negociações ocorrem todos os dias no laboratório científico e no local de trabalho e, muitas vezes, envolvem questões que são fundamentais para o sucesso da pesquisa e para o avanço na carreira. Laura Greene deu tópicos importantes sobre os fundamentos da negociação e que são relevantes para uma variedade de contatos individuais e coletivos.Os tópicos incluíram a importância da negociação para avançar nos objetivos de pesquisa e carreira, identificação de negociações, incluindo pacotes de inicialização, espaço, autoria, suprimentos, etc., elementos necessários para uma negociação bem-sucedida, a importância de desenvolver alternativas para um acordo, técnicas para lidar com pessoas e temas difíceis, a importância de ouvir e apreciar diferentes pontos de vista e a identificação de metas de negociação de curto e longo prazo.

“Habilidades de Liderança e Networking para as mulheres” foi o tema seguinte, onde Laura Greene enfatizou o fato de as mulheres cientistas assumirem papéis de liderança todos os dias, na sala de aula, em seu departamento ou instituição, e em suas organizações profissionais. Este workshop foi projetado para dar aos participantes os conceitos básicos de liderança, descrever algumas pesquisas sobre qualidades de liderança que levam ao sucesso e fracasso, fornecer técnicas e estratégias para o avanço na carreira em funções de liderança e auxiliar no desenvolvimento e manutenção de fortes redes de liderança. Os tópicos também incluiram estilos de comunicação eficazes para as mulheres, projetando confiança e credibilidade através da voz, imagem e linguagem corporal.

As áreas de interesse da Profª Laura Greene concentram-se nas áreas da física de matéria condensada experimental, com foco em materiais quânticos, incluindo matéria topológica e supercondutores de alta temperatura. A palestrante atua no Conselho de Diretores da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) e é vice-presidente da União Internacional de Física Pura e Aplicada (IUPAP). Defensora da diversidade, ela trabalha com equipes que promovem o sucesso de jovens cientistas, especialmente nos países em desenvolvimento. Desempenha funções de consultoria de liderança para o DOE, NSF e a Academia Nacional de Engenharia e Medicina da Ciência (NASEM); recentemente assumiu funções como co-presidente do NASEM Decadal Survey for Materials Research. Greene é membro do NASEM e membro da Academia Americana de Artes e Ciências, do Instituto de Física (UK), da AAAS e da APS. Os reconhecimentos incluem uma bolsa Guggenheim, o Prêmio Lawrence de Pesquisa de Materiais, o Prêmio Maria Goeppert-Mayer. Ela é coautora de mais de 200 publicações e apresentou mais de 550 palestras convidadas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP