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26 de março de 2019

Aluna do IFSC/USP quer ser uma inspiração para seus futuros alunos

Ingressante este ano no Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, Giovanna Patriarcha, de 19 anos, não esconde o amor por ensinar, que permeia o cotidiano de uma garota que desde muito cedo já “praticava” em suas brincadeiras quando criança: organizava as bonecas no estilo de sala de aula e divertia-se por horas transmitindo o que conhecia para a plateia inanimada.

Segundo a futura professora, o incentivo para a vida universitária surgiu em um momento parecido aquele. Um professor universitário, muito próximo da mãe de Giovanna, já observava a inteligência e o gosto da menina pelo aprendizado e vendo a pequena em “ação”, brincou: “essa menina vai estudar na USP”. “Eu nem sabia o que era a USP direito, mas achei fantástico”, diz Giovanna, bem humorada, “foi assim que comecei a pensar desde cedo na USP”.

Giovanna, natural de São Carlos, passou a infância e adolescência rodeada pelo polo são-carlense da Universidade de São Paulo (USP). “Para fazer o caminho para o centro da cidade, o ônibus passava pelo Campus da USP normalmente. Lembro-me de passar em frente a polo e pensar: ‘bem que eu poderia estudar aqui, né? Sempre achei um lugar muito bonito”, menciona a aluna.

O contato com a instituição foi ainda mais estreitado com os projetos da universidade desenvolvidos na escola da rede estadual E. E. Attilia Prado Margarido, onde Giovanna concluiu os ensinos fundamental e médio. “A USP fez uma parceria com a minha escola, o que me possibilitou participar de programas, como ‘Física do Cotidiano’ e ‘Universitário por Um Dia’. Tudo isso só me deu mais certeza da área que eu queria seguir”, completa a jovem.

Na postagem datada de 07 de junho de 2017, Giovanna, em frente ao prédio do IFSC/USP, alimentava sua paixão, pois acreditava em si mesma

A atração pelas ciências exatas surgiu cedo para a ingressante, já desde o ensino fundamental. “No ensino fundamental não temos as disciplinas como Física e Química, então o que mais me agradava na época era Matemática. Depois, comecei a ver alguns documentários sobre astronomia e me interessei muito, e, no ensino médio, já em contato com a Física, resolvi me tornar astrofísica. Com o passar do tempo me interessei por química também, então resolvi juntar todas as disciplinas que me agradavam, somadas ao interesse em ensinar e fazer Licenciatura em Ciências Exatas” comenta Giovanna. “Quero seguir minha carreira como professora de Física ou Química, mas a Matemática talvez ainda seja uma possibilidade a ser considerada”.

Decidida a seguir seu sonho de ingressar na USP, Giovanna empenhou-se em cursinhos preparatórios do colégio CAASO e, inclusive, no cursinho particular Opção, localizado no centro de São Carlos. No entanto, foi o cursinho popular desenvolvido pelo curso de Licenciatura em Ciências Exatas da USP que marcou de forma especial Giovanna. “As aulas aconteciam em salas mais ao fundo do Instituto. Na saída das aulas eu ficava maravilhada com o prédio principal – achava tudo lindo. Cheguei a tirar uma foto em frente ao prédio: ‘tão perto, mas tão distante’ foi a legenda que escrevi em uma postagem em uma rede social. Não imaginava que um dia estaria aqui”, completa.

Sobre suas expectativas quanto ao curso, a estudante prioriza o aprendizado e desenvolvimento. “Quero aprender muito: talvez fazer um mestrado… Mas ainda sou nova para decidir em que área. Mas, o que mais quero é aprender a ser uma docente, de fato”, declara. “De nada adianta estar repleta de conhecimento e não saber transmitir o que se sabe. O mais importante na profissão de professora é a paciência, o amor pela docência e saber conquistar e estimular os alunos. O que eu quero é ser uma inspiração para meus alunos, assim como meus professores foram para mim”, finaliza a jovem aluna, que pretende ser docente no ensino superior, ou mesmo em cursinhos pré-vestibulares.

Para os futuros calouros, Giovanna transmite um recado motivador e muito importante, independente do curso almejado: resiliência. “A mensagem que eu quero passar é: não desistam, mesmo que a USP pareça fora da sua realidade. A sensação de falar ‘eu estudo na USP’ é maravilhosa, é surreal estar aqui. Não são apenas as pessoas mais privilegiadas que estão aqui, essa visão tem diminuído cada vez mais. Se as pessoas que não tem condições econômicas, mas têm amor ao estudo, se esforçarem para estar aqui, todos juntos vamos diminuir cada vez mais essa diferença. Não importa a sua condição socioeconômica, você vai conseguir entrar na USP! Acredite em voar, porque eu acreditei e estou aqui”, finaliza Giovanna.

(Entrevista: Carolina Falvo (Estag.Jorn – com supervisão de Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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