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27 de fevereiro de 2019

Ingressantes do Instituto participam no “Show de Talentos CEFISC 2019”

Organizado pelos alunos da graduação e pós-graduação que compõem a administração do Centro de Estudos de Física de São Carlos (CEFISC), a primeira edição do ano do Show de Talentos do CEFISC ocorreu no final da última terça-feira, dia 19 de fevereiro, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, tendo contado com a participação de alunos – ingressantes e veteranos – do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). O evento, já tradicional no Instituto, deu sequência à XX Semana de Recepção dos Calouros cuja proposta foi a integração de ingressantes nos cursos de bacharelado do IFSC, em noite marcada por companheirismo e bom humor, típicos dos “ifscanos”.

Apresentado pelas alunas Gabriela Ruiz, da Física Computacional, e Maria Eliza de Melo Ramos, da Física Teórica e Experimental, que deram ao evento um tom dinâmico e agradável, o show compreendeu apresentações artísticas com cerca de seis minutos cada, extremamente diversificadas e marcadas, além das performances em si, pela identidade de cada um dos alunos. Os tradicionais cantar e tocar fizeram-se presentes do começo ao final do evento, com músicas pop, metal, clássica, brasileira e, em especial, a atemporal “Hallelujah”, do grupo Pentatonix, que incentivou um “show de luzes” a partir da plateia. Além disso, o palco contou ainda com apresentação de um stand-up que apresentou a versão em rock da música infantil “Atirei o Pau no Gato”, bem como um malabarismo fora da programação, incentivado pelas apresentadoras.

Para calouros e veteranos, o Show de Talentos usualmente recebe menos inscrições de recém-chegados, seja pela timidez já característica de estarem a iniciar o curso, ou por não conhecerem o funcionamento do evento, algo que não se verificou nesta edição. Os três calouros participantes – dois estudantes de Física e uma estudante de Física Computacional – foram intensamente aplaudidos “pelo talento e pela coragem”, como mencionaram as apresentadoras, acompanhadas pela torcida da plateia.

Próximo do final do evento, ocorreram ainda participações especiais da Companhia de Dança CAASO e do grupo de cheerleading, CAASO FALCONS. A Companhia de Dança CAASO, composta pelo aluno de Física Computacional, João Victor Floriano, divulgou o trabalho da companhia – que ocorre às segundas às quartas-feiras (Funk, Stiletto e Contemporâneo) e as sextas-feiras (Street Dance) – seguido por apresentações fantásticas dos participantes de cada modalidade. Já o grupo de cheerleading, CAASO FALCONS, destacou o início das seletivas para a composição do grupo, sob a voz do também “ifscano”, Davi Bessa, que, logo após, partiu para uma pequena e incrível amostra da performance característica da modalidade.

Entretanto, no saguão do Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” foi montado um mural que apresentou vários trabalhos, como fotografias, desenhos e poesias, com o objetivo de apreciar também outras formas de arte, com destaque especial para os trabalhos do Grupo de Fotografia do CAASO, o FoCA.

Acesse AQUI o álbum de fotos do evento.

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Para saber mais sobre a Companhia de Dança CAASO, clique AQUI.

Para saber mais sobre o Grupo de Cheerleading CAASO FALCONS, clique AQUI.

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Rui Sintra/Carolina Falvo (estagiária de jornalismo)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de fevereiro de 2019

Prêmios “Bernhard Gross” / “Paulo Freire” e “Prof. Horácio Panepucci”

Promovido e organizado pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a noite do passado dia 18 de fevereiro foi inteiramente preenchida com a cerimônia de entrega dos Prêmios Bernhard Gross*, Paulo Freire e Prof. Horácio Panepucc”, que homenageou alunos e professores que foram destaques em anos anteriores.

A mesa de honra do evento que ocorreu no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP) foi composta pelo diretor de nosso Instituto, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, o presidente da Comissão de Graduação, Prof. Luis Gustavo Marcassa, e os coordenadores dos cursos de Bacharelado em Física, Prof. José Fabian Schneider, Ciências Físicas e Biomoleculares, Prof. Alessandro Nascimento, Física Computacional, Profª. Tereza Mendes, e do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, Profª. Cibelle Celestino Silva.

A abertura do evento foi marcada pela breve fala do diretor do Instituto, que parabenizou mais uma vez os ingressantes de 2019 – que se fizeram representar em grande número -, tendo agradecido a presença de alunos e professores e enaltecido a figura do Prof. Bernhard Gross, que nasceu na Alemanha, em 1905, tendo chegado ao Brasil em 1933 e criado um grupo de pesquisas sobre raios cósmicos. Pouco depois, passou a estudar a dielétrica e detectou, pela primeira vez na América Latina, uma partícula fortemente radioativa originada por explosões nucleares em outros continentes. Também descobriu a corrente Compton, produzida pela absorção de raios gama pela matéria e construiu um aparelho baseado nesse princípio.
No campo da física matemática, desenvolveu a “teoria geral da resposta linear na teoria dos circuitos elétricos”. Sob a influência desses estudos e de seus ensinamentos, formou-se toda uma geração de novos cientistas. O físico também participou da criação do Instituto Nacional de Tecnologia, do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) e da Comissão de Energia Nuclear. Foi pesquisador no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), diretor da Divisão de Informação Científica da Agência Internacional de Energia Atômica e secretário organizador da II Conferência para Usos Pacíficos da Energia Atômica. Recebeu o prêmio “Bernardo Houssay”, da Organização dos Estados Americanos, em reconhecimento ao conjunto de sua obra. Para ele, a física era uma vocação, principalmente na sua época, quando a falta de apoio e equipamentos dificultava a vida de quem se dedicava à pesquisa. Bernhard Gross faleceu em 2002, tendo seu nome ficado perpetuado no IFSC/USP, no Grupo de Polímeros “Prof. Bernhard Gross”, criado em meados dos anos 70 por iniciativa dos Profs. Guilherme F. Leal Ferreira e Milton S. Campos, a partir das visitas que o Prof. Bernhard Gross fez a São Carlos. Em seus primeiros trabalhos, membros do Grupo atuaram no estudo de propriedades elétricas de polímeros isolantes, seus aspectos teóricos, experimentais e aplicações dos eletretos., tendo-se seguido uma abordagem sobre a importância da Comissão de Graduação por parte do presidente do órgão.

Os Prêmios Bernhard Gross, que premiaram alunos com o melhor desempenho acadêmico do ano anterior, em cada curso do Instituto, foi entregue pelos respectivos coordenadores dos cursos aos seguintes alunos:

Bacharelado em Física – Luís Rodrigo Torres Neves;
Bacharelado em Física Computacional – Mateus Piovezan Otto;
Bacharelado em Ciências Físicas e Biomoleculares – Renan dos Reis; Licenciatura em Ciências Exatas – Matheus dos Santos Barbosa da Silva.

Seguidamente, coube ao representante da SACEx, João Gabriel Barbosa Silva, homenagear com o Prêmio Paulo Freire os professores da licenciatura escolhidos pelos alunos. Os homenageados foram:

Menção honrosa – Prof. Dr. Miled Hassan Youssef Moussa;
Melhor professor, eleito pelos ingressantes de 2015: Adriana do Carmo Belloti (ICMC);
Melhor professor, eleito pelos ingressantes de 2016: Michela Tuchapesk da Silva – ICMC;
Melhor professor, eleito pelos ingressantes de 2017: José Fernando Fontanari;
Melhor professor, eleito pelos ingressantes de 2018: Fernando Fernandes Paiva;
Melhor funcionário, eleito por todos os alunos: Antônio Rodrigues;

Após a entrega dos prêmios relativos à licenciatura, Renato Mafra Moysés, representante do CEFISC, assumiu a entrega dos Prêmios Prof. Horácio Carlos Panepucci, outorgados aos professores do bacharelado.

Os homenageados, foram:

Melhor funcionário, eleito por todos os alunos: Antônio Rodrigues
Melhores professores, eleitos pelos ingressantes de 2015; Cristina Kurachi (Ciências Físicas e Biomoleculares), Luís Nunes de Oliveira (Física Computacional) e Emanuel Alves de Lima Henn (Física);
Melhores professores, eleitos pelos ingressantes de 2016: Diogo Rodrigues Boito (Física) e Valter Luíz Libero (Física Computacional e Ciências Físicas e Biomoleculares);
Melhores professores, eleitos pelos ingressantes de 2017: Luís Nunes de Oliveira (Física Computacional/Física) e Ana Paula Ulian de Araújo (Ciências Físicas e Biomoleculares);
Melhores professores, eleitos pelos ingressantes de 2018: Ana Claudia Nabarro (ICMC) – (Física/Ciências Físicas e Biomoleculares) e Daniel Smania Brandão (ICMC) – (Física Computacional).

Para acessar o álbum dede fotos dos homenageados, clique AQUI.

(Fotos de Ricardo Rehder Cardoso (AC/IFSC/USP)

Rui Sintra com Carolina Falvo (estagiária de jornalismo)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de fevereiro de 2019

IEA – Polo de São Carlos promove apresentação do “Homem Virtual”

Em um evento organizado pelo Grupo de Educação do Polo de São Carlos do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP), liderado pela Profª Yvonne Primerano Mascarenhas, o Prof. Dr. Chao Lung Wen, chefe da disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP, foi o convidado especial para a apresentação de um seminário que ocorreu no dia 18 de fevereiro e que teve como ponto principal o projeto denominado “Homem Virtual”, da autoria do palestrante.

A epiderme, como ela funciona e como é constituída

Perante uma plateia constituída por docentes e pesquisadores do IFSC/USP, bem como pelo Coordenador do IEA – Polo de São Carlos, Prof. Valtencir Zucolotto, pela Diretora do Centro de Divulgação Científica e Cultural da USP (CDCC/USP), Profª Salete Linhares Queiroz, e pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação de São Carlos, Prof. José Galizia Tundisi, o Prof. Chao Weng apresentou a plataforma “Homem Virtual”, um projeto criado em 2003, utilizando computação gráfica 3D de uma forma mais dinâmica. O objetivo é difundir os conhecimentos complexos sobre saúde – como anatomia, fisiologia e/ou fisiopatologia, entre outros. “O projeto representa um empacotamento de conhecimento científico para uma comunicação de forma fluida, quer seja para ensino na graduação da Faculdade de Medicina, quer ainda para outras áreas do conhecimento, mas ligadas também à saúde, bem como para transferir conhecimento para sociedade. O desejável será proporcionar uma vivência sobre a saúde em espaços de museus, fazendo o aluno sair dos livros para viver o conhecimento, até porque a vivência se incorpora no dia a dia. Nós já entramos no segmento do ensino básico, fundamental e médio, para levar o que tem de conhecimento científico e validado academicamente”, objetiva Prof. Chao, que menciona, como exemplo, a instalação do “Homem Virtual” na cidade de São Paulo, mais precisamente no Catavento Cultural, bem como na antiga Estação Ciência, na região da Lapa, igualmente na Capital.

Como é formado o crânio (em pormenor)

O objetivo da plataforma é democratizar o conhecimento básico e dessa forma estimular a produção autônoma de ideias. “Pouca gente conhece as funções e a organização da anatomia humana, então priorizamos a construção desse conhecimento para fascinar o aluno. Daí, ele ‘ancora’. O grande problema de hoje é que informamos demais nossos alunos. A ideia agora é formar bem algumas âncoras, sendo que elas construirão novas ideias por si só. O ideal é que eles construam o que é mais relevante, entendendo cada um dos pontos”, declara.

O professor menciona ainda o papel do “Homem Virtual” na redução da propagação de doenças. “Se o Brasil quer resolver o problema do SUS e das doenças, a melhor forma é difundir o conhecimento sobre saúde e corpo humano para que as pessoas saibam como se prevenir. Tentamos cobrir doenças demais, ao invés de difundir a cultura da saúde. Quando você começa a explicar, as pessoas se tornam menos reféns de uma situação de agravo”, explica o Prof. Chao.

A extensão da plataforma “Homem Virtual” também foi pauta da discussão. “Com a popularização da impressora 3D, em meados de 2014, nós retiramos estruturas do “Homem Virtual” da computação gráfica para materializá-las fisicamente. Agora, incorporamos, além da visão e observação, o toque, algo que os jovens irão ficar fascinados. Temos uma integração de conhecimentos, podendo chamar isso de educação criativa, porque o aluno toca, percebe e começa a criar novas ideias para fortalecer o conhecimento”, declara o Prof. Chao, que viabilizou seis impressoras 3D para as escolas municipais de ensino fundamental na cidade de Santos. “Assim, os alunos também veem como ocorre a impressão. Chegamos ao ponto com dois conceitos pedagógicos: um, que eles se fascinam pela tecnologia e passam a não ter medo dela, e a outra é que participam da produção de estruturas que eles utilizam para o aprendizado. Muitas vezes, o aprender a tecnologia, por si só, já é pedagógico. Para o estudante do ensino público, vale muito sublinhar que ‘eu também aprendi com ferramentas tecnológicas’”.

Coração – onde se pode ver todo o seu interior e detectar onde surgem as principais doenças

A plataforma “Homem Virtual” propõe a explicação “prática” da anatomia humana e envolve também questões interdisciplinares que buscam a produção de pensamento crítico por alunos observadores. “O interessante é que, através do corpo humano, você consegue integrar conhecimentos, falando de física, por exemplo. Através da observação e do toque da anatomia humana, questões como “porque produzimos o suor em um dia de calor”, podem estimular o desenvolvimento do pensamento observador e crítico”, finaliza.

Está sendo estudada a hipótese da plataforma “Homem Virtual” poder fazer parte do acervo do “Museu Prof. Mário Tolentino”, que ficará inteiramente dedicada aos alunos dos ensinos fundamental e médio, bem como do CDCC, para a mesma finalidade, podendo beneficiar, dessa forma, centenas de jovens alunos.

O Prof. Dr. Chao Lung Wen é coordenador do Projeto Tecnologias Educacionais Interativas para potencialização da educação em saúde, e líder de grupo de pesquisa da USP em Telemedicina e Telessaúde no diretório de pesquisa do CNPq/MCT . É coordenador e responsável pelo Projeto “Homem Virtual, Mídias Digitais e uso de impressão 3D”, e pelo “Programa Jovem Doutor Redes”. Coordenador de Projetos do Pró-Inovalab – 2011 (Laboratório Digital de Aprendizagem Clínico Prático em Saúde) e (Laboratório de Midias Interativas e informatização da graduação), projetos integrantes dos editais para criação de Laboratórios de Inovação da Pró-Reitoria de Graduação da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Telemedicina e Telessaúde, Teleducação Interativa, Tecnologia Educacionais Interativas, Teleassistência, Objetos de Aprendizagem, e Pesquisa Multicêntrica.

Rui Sintra (com Carolina Falvo – estagiária de jornalismo)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de fevereiro de 2019

Eleição dos representantes discentes de Graduação e Pós-Graduação

Estão abertas as inscrições, até o dia 13.03.2019, para a eleição dos representantes discentes junto aos órgãos Colegiados do IFSC, conforme disposto na PORTARIA IFSC-001/2019.

A eleição acontecerá no dia 02.04.2019, das 08h às 17h, por meio de sistema eletrônico de votação e totalização de votos.

Confira AQUI a Portaria.

Confira AQUI a requisição para inscrição de chapa de representantes da Graduação.

Confira AQUI a requisição para inscrição de chapa de representantes da Pós-Graduação.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de fevereiro de 2019

Vaga para pesquisador: Desenvolvimento de software para fotomedicina

A empresa Bright Photomedicine está procurando um profissional para desenvolvimento de software a ser utilizado no planejamento de terapias baseadas em luz.

A Bright Photomedicine é uma empresa que desenvolveu uma solução a base de luz para o tratamento de dores crônicas. A terapia é baseada no efeito de fotobiomodulação, o qual ajuda a regular os processos celulares através da ação da irradiação com luz. A determinação da quantidade de luz que atinge os tecidos alvos é um fator bastante crítico para que a terapia seja efetiva. Por esse motivo, a citada empresa está trabalhando em um projeto para desenvolver um software para a realização do planejamento da terapia.

O projeto foi aprovado no Programa da FAPESP de Pesquisa Inovativa em Pequena Empresa (PIPE) fase I.

A empresa está em busca de um profissional qualificado para trabalhar nesse projeto, na função de pesquisador responsável, cujo perfil seja de bacharel em áreas de exatas, com experiência comprovada em qualquer uma das seguintes áreas:

– Desenvolvimento de software;

– Interação da luz com tecidos biológicos;

– Simulações de métodos estocásticos;

– Simulação por método de Monte Carlo;

– Elementos finitos.

Mestrado e doutorado são desejáveis, mas não exigidos.

Dedicação: 40h semanais (dedicação exclusiva).

A duração do projeto é de nove meses, mas há a possibilidade de renovação por mais dois anos.

Remuneração: Bolsa PE da FAPESP, de acordo com a formação acadêmica.

Os interessados no projeto deverão enviar seu currículo (ou currículo lattes) e uma breve explicação de como a sua formação/experiência pode contribuir para o projeto, para o email para anamagalhaes@usp.br, com o assunto “Bright Photomedicine – Pesquisador em desenvolvimento de software para fotomedicina”.

Para obter mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

22 de fevereiro de 2019

Clima de festa: Recepção aos Calouros do Campus USP de São Carlos

Foi em clima de alegria que os novos ingressantes dos cursos ministrados no Campus USP de São Carlos participaram da cerimônia de abertura da XXI Semana de Recepção aos Calouros, um evento que ocorreu no dia 18 de fevereiro, no Centro de Eventos do Campus, e que contou com a presença de muitos familiares e amigos dos jovens que neste momento ingressam oficialmente na USP.

Coube ao Coral da USP de São Carlos abrir o momento solene com uma magnífica interpretação do Hino Nacional do Brasil e que antecedeu a chamada das autoridades que compuseram a mesa de honra, na circunstância: Vice-Reitor da USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes; Presidente do Conselho Gestor do Campus USP de São Carlos e diretor da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Prof. Paulo Sérgio Varoto;  diretor eleito da Escola de Engenharia de São Carlos (com mandato a partir de 25 de fevereiro do corrente ano – EESC/USP), Prof. Edson Wendland; diretora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), Profª. Maria Cristina Ferreira de Oliveira; diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Vanderlei Salvador Bagnato; diretor do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), Prof. Emanuel Carrilho; vice-diretor do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU/USP), Prof. Joubert José Lancha; Prefeito do Campus USP de São Carlos (PUSP/SC), Prof. Sergio Paulo Campana Filho.

As palavras do diretor do IFSC/USP foram na mesma linha de todos os oradores, ao dar as boas vindas aos ingressantes de 2019 “(…) vocês entraram na maior e melhor Universidade da América Latina, atendendo a que a USP é a única da América Latina no ranking mundial de melhores universidades. Gostaríamos de ter a capacidade de admitir muito mais alunos, porque por cada um de vocês que entrou aqui, vinte outros ficaram de fora. Aos pais, certamente é uma satisfação verem os filhos conquistarem um lugar na melhor universidade deste país (…)”, tendo sublinhado que todos os estudantes presentes na cerimônia irão passar, algum dia de sua vida, pelo Instituto de Física de São Carlos. “O IFSC/USP é uma máquina de conhecimento em si mesmo, assim como uma ferramenta para outros cursos, como matemática, química e  engenharia, principalmente”.

Bagnato enfatizou que a cerimônia de recepção aos calouros era o início de uma missão, uma espécie de viagem na preparação de profissionais para atender a sociedade. “Contudo, a pergunta que fica, é a seguinte: do que depende a nossa missão? Depende do dia de hoje, depende dos personagens envolvidos, depende dos professores, mas depende muito mais de vocês. Hoje é o dia de nos comprometermos com a determinação de fazer bem essa viagem. Para os estudantes é difícil, já que é uma mudança de hábitos; mas temos que começar determinados a que tudo dê certo. E não é fácil, porque como tal como uma viagem existirão altos e baixos, curvas perigosas, momentos de cautela e regras a serem seguidas. Aqui é um lugar que você tem que observar a paisagem, mas tem que ficar atento às regras.  Aprendam a conviver na Universidade, porque aqui, como no mundo lá fora, as pessoas pensam diferente e lembrem-se que nenhum sofrimento é para sempre: há momentos de tristeza e tensão, mas você deve aprender a superar esses momentos. Identifique o que aconteceu e o que precisa mudar. A prova correu mal?? Não desanime!!! É só uma prova e haverá outras para mostrar seu valor. Esteja certo que aqui encontrará o apoio que necessita, uma mão amiga e a disponibilidade total dos docentes e funcionários para que você siga sempre em frente rumo ao sucesso”.

“Vamos mostrar aos nossos alunos o que esta Universidade é capaz de fazer”

Para o Vice-Reitor da USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes, o programa de recepção conjunta acontece formalmente aqui em São Carlos há cerca de quatro anos, que representa um momento em que tanto os alunos quanto seus familiares interagem com todo o corpo docente e os alunos veteranos. O que acontece este ano em relação aos outros anos, segundo Hernandes, é que este momento que acontece na USP São Carlos ficou sincronizado com os demais campi da USP e aí cada vez mais se valoriza o esforço das famílias dos alunos para que eles possam estudar na Universidade. Em entrevista à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, Antonio Carlos Hernandes sublinha que, além das instalações e da infraestrutura que é disponibilizada aos estudantes, este momento inicial é propício para, em primeiro lugar, tranquilizar os pais com relação à convivência interna na Universidade frente a várias notícias que sempre aparecem. “A USP, nos últimos cinco anos, tem estado muito tranquila em respeito a essa situação da recepção dos alunos. Aos alunos, no primeiro momento é apresentado o que é a USP e por vezes as pessoas não têm noção da grandiosidade que está colocada na sua frente. Estamos falando de uma Universidade que é a maior do Brasil e uma das principais da América Latina e do mundo, que cuida de quatro museus – que são os principais do Brasil -, um hospital dentro do Campus da Capital, além de outros quatro conveniados, incluindo o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, do futuro Hospital das Clínicas de Bauru e de todo o conjunto das Clínicas na cidade de São Paulo”, ressalta o Vice-Reitor.

Por outro lado, o dirigente USP sublinha, igualmente, que o que será apresentado aos alunos e seus familiares é uma ideia do que a Universidade já foi capaz de fazer. Para Hernandes, se hoje o Brasil é um grande produtor de commodities, um grande produtor de grãos, isso se deve à formação de pessoas e às pesquisas que foram feitas na Universidade de São Paulo, que fez com que a soja saísse de uma região específica e pudesse se alastrar por todo o país. “Hoje, como gostam de dizer os pesquisadores da área de ciências agrárias ‘cada grão de soja é como se fosse um chip que estamos vendendo’, o mesmo acontecendo com a produção e exportação de laranja, entre outros produtos.”.

Mas, para o Vice-Reitor da USP, não são só as commodities que são a vitrine do país e da Universidade, sendo que tudo o que é desenvolvimento de tecnologia – do carro a álcool até aos mais inovadores programas que são utilizados nos bancos e nas instituições financeiras em nosso país – saíram da Universidade de São Paulo. “Hoje, por exemplo, relativamente à questão dos aplicativos, as três principais empresas com mais prestígio nacional e internacional, saíram da USP – uma delas é a 99 Táxi, criada por alunos da USP. Isso só é possível porque você tem cursos que estão sendo sempre atualizados “, enfatiza Hernandes.

Classificando que a a Semana da Recepção dos Calouros é apenas o momento de uma parte do que a USP faz e que diz respeito ao Ensino, que é a parte da formação de novos profissionais, Antonio Carlos Hernandes afirma que sempre é esperado que esses jovens venham a ser as lideranças que irão continuar a fazer mudanças no país. “A USP é uma universidade pública: é uma cidade com 110 mil pessoas diretamente vinculadas – fora os conveniados – com um orçamento de R$5 bi e que trabalha em três turnos ao longo dos 365 dias do ano e, como não poderia deixar de ser, tudo o que é implementado e decidido é feito de maneira colegiada, ou seja, não tem ninguém que decida de forma monocrática”.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

21 de fevereiro de 2019

“Nossos filhos estão iniciando suas carreiras. E nós, a caminho dos 50?”

O Escritório de Desenvolvimento de Carreiras Avançado EACH inicia suas atividades na Semana de Calouros. O Escritório de Desenvolvimento de Carreiras é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Graduação da USP, e tem como visão ser Centro de Referência em Carreiras na América Latina, colaborando para a viabilização dos ideais de carreira e vida de nossos alunos, e transformando suas trajetórias profissionais em experiências enriquecedoras para eles e para a sociedade.

Segundo a Profa. Dra. Tania Casado, coordenadora do ECar, o objetivo é atender os alunos interessados em termos de aconselhamento, palestras e oficinas sobre carreiras e mercado de trabalho, bem como serviços relacionados à elaboração de currículo e preparação para entrevistas.

O ECar Avançado da EACH oferecerá a palestra direcionada aos pais dos calouros: “Nossos filhos estão iniciando suas carreiras. E nós, a caminho dos 50? “, que será ministrada pela Profa. Dra. Maraí Vendramini e terá a presença da Profa. Dra. Tania Casado.

A Profa. Jane A. Marques, responsável pelo Escritório Avançado EACH, convida a todos para participarem desse primeiro evento, que será transmitido ao vivo pelo IPTV-USP.

 

Os interessados em assistir ao vivo devem acessar o linkhttps://iptv.usp.br/portal/transmission.action?idItem=40202

Para mais informações, entrar em contato pelo e-mail ecar-each@usp.br ou pelo telefone: (11) 3091-8813, falar com Vanessa Lino.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

21 de fevereiro de 2019

Chamada de voluntários para pesquisa em tratamento de úlceras

A Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) localizada nas instalações da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC) está realizando uma chamada de voluntários para pesquisa no tratamento de úlceras.

Os pacientes voluntários deverão obedecer aos seguintes critérios para sua inserção neste estudo:

– Diagnóstico de úlcera venosa;

– Pacientes diabéticos poderão ser incluídos caso estejam com acompanhamento médico ;

– Indivíduos com faixa etária entre 65-80 anos;

– Úlcera localizada em membros inferiores com diâmetro máximo de 10cm e no máximo 1,0cm de profundidade.

– Pacientes com sinais clínicos clássicos de insuficiência venosa, como edema, varicosidades, lipodermatoesclerose, ezcema;

– Portadores de úlcera pelo menos por seis semanas;

– Pacientes com deficiência neurológica e capacidade cognitiva comprometida poderão ser incluídos e receberão todas as informações a respeito da pesquisa, no limite da sua capacidade e desde que o responsável legal por seu cuidado concorde e assine o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido;

Estarão excluídos desta pesquisa:

– Pacientes com histórico de alergia a qualquer dos componentes das formulações;

– Evidência de celulite, osteomielite ou gangrena no lugar afetado;

– Sinais clínicos de comprometimento arterial;

– Uso de corticosteróide sistêmico ou tópico ou imunossupresores;

– Paciente oncológico e imunocomprometidos;

Os pacientes voluntários poderão se inscrever na Unidade de Terapia Fotodinâmica da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos através do telefone – (16) 3509-1351.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

20 de fevereiro de 2019

Na TV USP/CEPOF: Pesquisador mostra vela que nunca apaga

Você joga água em uma vela acesa e não consegue apagá-la.

É mistério? Não!!! É Física.

Confira esse experimento de Física no canal Oficiência – Youtube –, ou na TV USP/CEPOF (Canal 10 da Net São Carlos), um programa coordenado pelo Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes (IFSC/USP).

Clique na figura abaixo para assistir o vídeo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

19 de fevereiro de 2019

Sucesso no Programa de Estudantes Visitantes da Pós-Graduação

Chegou ao fim, no dia 14 de fevereiro, o Programa de Estudantes Visitantes da Pós-Graduação, um evento que se iniciou no dia 04 e que foi coordenado pelo Presidente da Comissão de Pós-Graduação do IFSC/USP, Prof. Luiz Vitor de Souza Filho. O objetivo foi atrair alunos do estado de São Paulo e de outras regiões do Brasil, assim como do exterior, com o intuito de se especializarem, através dos cursos de mestrado e doutorado  do IFSC/USP nas áreas de Física Teórica e Experimental, Física Computacional e Ciências Físicas e Biomoleculares.

O encerramento das atividades dos cerca de trinta alunos participantes compreendeu a realização de curtas apresentações de algumas das pesquisas que são realizadas no IFSC/USP, tendo-se seguido um convívio com pizza.

Para o Prof. Gregório Faria, que teve três alunos sob sua responsabilidade, os jovens mostraram-se bastante aplicados, atenciosos e dedicados. “Você vê que eles têm o brilho nos olhos para o laboratório. Achei muito bacana dar essa oportunidade para eles conhecerem nossa estrutura e os campos de pesquisa”, comenta Gregório, que confirma que o pequeno grupo está muito animado para vir fazer sua pós-graduação no IFSC/USP e que todos os integrantes ficaram impressionados com a estrutura do Instituto, com os campos de pesquisa e os laboratórios. “Vamos ver…”, comenta o pesquisador.

Para o Prof. Paulo Barbeitas Miranda, o evento foi perfeito, principalmente no que diz respeito à divulgação do Instituto e de seu nosso grupo de pesquisa – Polímeros. “No nosso grupo, por exemplo, chegaram quatro alunos, então teve uma visibilidade boa, esses alunos voltam para as instituições, comentam o que viram. Acho que o principal destaque deste evento foi a divulgação. Muitos desses alunos vieram de instituições que já possuem um certo vínculo com o IFSC/USP, por exemplo, professores que são ex-alunos daqui: então eu acho que muitos deles acabarão vindo para cá, sim”, conclui Paulo Miranda.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

 

19 de fevereiro de 2019

Alunos de Licenciatura em Ciências Exatas fazem visitas técnicas

Um grupo de alunos do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas do Campus USP de São Carlos, liderados pelo educador do IFSC/USP, Herbert Alexandre João, realizou na semana que agora termina duas visitas técnicas especiais ao Colégio e Cursinho do Grupo SEB – Unidade Lafaiete, localizados em Ribeirão Preto, um dos principais estabelecimentos de ensino do Sistema Educacional Brasileiro que aplica o sistema COC.

Outra visita que congregou a atenção dos alunos, nesse mesmo dia, foi ao Instituto SEB, que oferece um lote de atividades culturais, sociais e de empreendedorismo, onde os estudantes tiveram uma visão de mercado, o que é e como funciona uma escola privada, qual a formação ideal de um profissional para que ele desenvolva seu trabalho, bem como o que uma escola com esse perfil espera de um professor, de um formando do Curso de Licenciatura. No decurso dessa visita, o grupo teve a oportunidade conhecer também uma versão de um cursinho popular onde o objetivo é dar oportunidades a quem não tem condições de fazer cursinhos pagos tendo em vistas o ingresso no ensino superior.

Verdadeiramente agradados com estas visitas técnicas, que muito contribuíram para sua formação, os alunos do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas percorreram os espaços destinados a coworking e espaço maker, entre outros, tendo participado de uma aula designada de “SEB – Super Colegial”, destinada a alunos das 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio, preparando-os para o ENEM e para os principais vestibulares do país desde a 1ª Série do Ensino Médio. O programa oferece aulas adicionais no contraturno para aprofundamento do conteúdo, com professores especialistas em aprovação. O agrupamento de alunos comprometidos e detentores de bom desempenho escolar cria um ambiente ideal para os estudos, visando o ingresso nas melhores universidades. Os alunos são acompanhados de perto e, através da realização de provas e simulados, testam regularmente seus conhecimentos.

No grupo de alunos do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas marcaram presença os estudantes que fizeram o estágio supervisionado em ensino de física, no ano de 2018, bem como os que desenvolvem atualmente atividades de coordenação do Cursinho Popular do IFSC/USP.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

15 de fevereiro de 2019

IFUSP – Proposta de um dispositivo baseado no SPIN

No último dia 25 de janeiro, em pleno feriado em homenagem à fundação da cidade de São Paulo, foi publicado na revista Physical Review Letters (PRL) (clique AQUI para acessar o artigo) um dos artigos científicos mais importantes da área de física dos materiais dos últimos tempos.

O mesmo acrônimo que usamos quando queremos dizer dos nossos sentimentos de pertencimento e de estranhamento a essa que é uma das maiores metrópoles do mundo, e que carinhosamente foi cantada em verso e prosa pelo poeta e músico Caetano Veloso na sua famosa canção SAMPA, é utilizado para designar um dos grupos de pesquisadores do IFUSP, que se dedica ao estudo de propriedades eletrônicas, estruturais, magnéticas e de transporte em materiais nanoestruturais.

As pesquisas realizadas no SAMPA (http://portal.if.usp.br/sampa/pt-br/node/342) por dois desses pesquisadores, os professores Adalberto Fazzio e Carlos Mera Acosta, deram suporte a escrita do artigo científico que foi publicado na PRL e ajudaram na formulação de uma nova proposta para os isolantes topológicos duais.

Esse novo entendimento formulado pelos pesquisadores brasileiros poderá ser fundamental na construção do transistor spintrônico, uma evolução dos atuais transistores eletrônicos para um estágio mais eficiente no uso de energia, por exemplo, em equipamentos de microeletrônica e na computação em geral.

Abaixo, uma entrevista concedida pelo Professor Adalberto Fazzio:

1) Fale um pouco sobre as pesquisas que levaram a descoberta dessa nova classe de materiais.

Os Isolantes Topológicos (TI) foram propostos em 2005 pelos pesquisadores americanos C. Kane e E.J.Mele e, desde essa época, o tema me interessou. Em 2011 publiquei o primeiro artigo que era sobre a quebra de simetria e as mudanças na textura de spin provocadas por impurezas magnéticas. Desde então, eu estou sempre ligado ao problema da textura de spin.

Com meu aluno de doutoramento Leandro Seixas em 2015, nós publicamos um artigo científico na revista Nature Communications que tratava também da textura de spin, mas em interfaces. Nessa época, o Carlos Mera estava iniciando o doutoramento comigo e havíamos publicado um trabalho na revista Physical Review Letters PRL, sobre efeito Rashba em TI que apresenta uma textura de spin não convencional. Enfim esses trabalhos foram sempre pensados no desenho de um dispositivo de spintrônica.

Recentemente, nós começamos a estudar um pouco sobre outra classe de isolantes Topológicos, os chamados Topológicos Cristalinos (TCI). E pensamos em um material topológico que tinha duas proteções, uma “time-reversal” e, outra, de simetria cristalina, ambos chamados de dual (DTI). A ideia simples é que poderíamos com a quebra de simetria de um plano de espelho via campo elétrico poder contralar o spin. O Carlos trabalhou bastante em um modelo que realizamos também usando cálculos DFT. Enfim saiu uma proposta para um dispositivo!

2) Quais são os possíveis impactos dessa pesquisa para o avanço na área da spintrônica e, consequentemente, no desenvolvimento de novas tecnologias:

Para ser bem sincero não vejo um impacto em novas tecnologias. Meu olhar é para a ciência básica, pois a realização desse dispositivo exige muita “estrada” experimental para torná-lo factível. Mas, poderá dar alguma luz para outras propostas.

3) Há quanto tempo seu grupo de pesquisa desenvolve essas pesquisas? O trabalho de doutoramento de seu aluno Carlos Mera Acosta foi decisivo na descoberta dessa nova classe de materiais?

Como já falei anteriormente, eu comecei o trabalho com esses materiais no início de 2011. O Carlos Mera é um pesquisador de primeira linha, ele tem uma excelente formação e para essa pesquisa o “suor” dele é que definiu o trabalho!

4) Quais são os principais temas de pesquisas/estudos que vocês estão realizando atualmente? Onde?

Eu sou Diretor do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNANO) e o Carlos atualmente é pos-doc na UFABC sob a supervisão do professor Dalpian. A colaboração que mantenho com Carlos atualmente é em descobertas de novos materiais via Machine Learning. E também uma colaboração com o grupo da universidade do Colorado em efeito Rashba, onde o Carlos deverá ir no próximo mês.

(Com informações de José Clóvis Medeiros – IF/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de fevereiro de 2019

“Um país em crise investe na ciência: no Brasil a pirâmide está invertida”

Vitor em seu laboratório no Canadá

Researcher senior no Lab Lee, coordenado pelo Prof. Jeffrey E. Lee, na Universidade de Toronto, Canadá, Vitor Hugo Balasco Serrão, 31 anos, ex-aluno do Instituto de Física de São Carlos, é referência para os jovens pesquisadores brasileiros que desejam construir carreira no exterior, ou, como o próprio salienta “(…) não veem no Brasil abertura e investimentos necessários para o desenvolvimento científico (…)”.

Paulistano de nascimento, Vitor sempre se interessou bastante pela área de ciências, embora tivesse igualmente uma grande tendência para a área de história. “Eu me dava muito bem em ciências e meu pai sempre gostou muito de história, de humanas. Então, fiquei balançado entre aquilo que eu realmente gostava e o desejo de meu pai. Dilema: fazer história e seguir carreira em humanas, ou fazer carreira na área de ciências? Eu nunca decidi isso até o momento em que ingressei no ensino médio”, explica Vitor. Na escola pública de Barueri, cidade da Grande São Paulo onde fez ensino médio, Vitor destacou-se em ambas as áreas de estudo, mas foi especialmente incentivado pelos professores a fazer cursos ligados às disciplinas de exatas e biológicas. “Pressionado de ambos os lados, não sabia muito bem o que queria, então resolvi prestar medicina. Obviamente… Não passei”, acrescenta, com humor, aparentemente aliviado.

No ano seguinte, o cursinho pré-vestibular onde ingressou categorizava os alunos em salas de acordo com o interesse de cada um – humanas, exatas e biológicas – e, assim, decidido em cursar história, matriculou-se em humanas. Entretanto, segundo Vitor, a decisão perdurou apenas até metade daquele ano. “Eu e alguns de meus amigos prestamos o vestibular de meio de ano na Unesp. A ideia era prestar para um curso concorrido, como forma de treinamento e assim poderíamos ver nossas capacidades. Acabei passando em biotecnologia. Foi quando meus professores questionaram: ‘se você passou por causa das disciplinas de exatas e biológicas, porque você não segue um curso nessa área?’. Nem esperei mais. Migrei imediatamente para exatas”, diz Vitor, acrescentando: “Por coincidência, foi o ano do lançamento do Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares, na USP de São Carlos (IFSC/USP), que era exatamente a vertente que eu estava procurando”.

A mudança de São Paulo para São Carlos não foi difícil, segundo o ex-aluno. O único vestibular prestado na cidade de São Paulo foi na Unifesp, que mesmo depois da aprovação não era a primeira opção de Vitor. “Meu pai me perguntou por que eu não ficava em São Paulo, mas o que eu queria era sair de lá. Optei por São Carlos não só por ser um curso da USP, mas também pelo fato de ser um curso novo”, enfatiza.

Segundo Vitor, por ter sido a primeira turma do curso, os ingressantes de 2006 observaram várias mudanças na grade horária, que foi adaptada durante os anos. “O curso, por ser dentro do Instituto de Física, era de Física com matérias de Bioquímica e Biomolecular, então era uma grade horária muito densa para os alunos. Durante os anos, essa grade foi alterada: matérias entraram, saíram, deixaram de existir, mudaram, reduziram, transferiram de semestre, viraram requisito… Tudo para alinhar o que era necessário com o que é humanamente possível”, acrescenta, bem humorado. “Eu gosto muito da minha formação. É muito completa”.

O Curso de Ciências Físicas e Biomoleculares, embora concluído idealmente em quatro anos, tomou mais um ano de Vitor, que realizava muitas atividades no Instituto. “Eu deveria ter formado em 2009, mas formei só em 2010. Uma das causas disso foi porque eu fiz várias coisas durante a graduação e isso me atrasou um pouco: fundei a empresa-júnior (IFSCJr.), fiz estágio na OPTO com o Prof. Jarbas Caiado de Castro Neto, joguei futsal na Atlética durante quatro anos e toquei na Bateria os cinco anos que fiquei na faculdade, além de fazer Iniciação Científica com o Prof. Richard Charles Garratt e com o Prof. Otávio Henrique Thiemann em cristalografia de proteínas”, diz Vitor, que acrescenta não se arrepender. “Junto com a graduação, consegui fazer muita coisa e ainda me formar em cinco anos. Acho que isso foi muito interessante”.

A entrada de vírus envelopados, como o vírus influenza A, HIV-1, SARS-CoV e Ebola e outros, utiliza glicoproteínas virais em sua superfície para mediar a ligação celular, o tropismo e a fusão da membrana viral (Lee Lab)

Finalizada a graduação no IFSC/USP, Vitor se viu dividido entre seguir carreira na área acadêmica ou em business, dúvida que logo foi resolvida ao cursar, paralelamente ao mestrado, o curso de Engenharia de Produção. “Eu resolvi cursar Engenharia de Produção porque eu resolveria parte da graduação e faria apenas a parte administrativa. Infelizmente, por me dedicar ao mestrado naquela época, não passei no vestibular e resolvi fazer MBA”, conta Vitor. O aluno dividia-se entre o mestrado com o Prof. Otávio Thiemann (IFSC/USP), como orientador, também em cristalografia, e o MBA em Gestão Empresarial e Comunicação, na Fundação Getúlio Vargas (FGV) de Ribeirão Preto. “Ela [FGV] tem um consórcio com o Babson College, em Boston, então eu fiz parte do MBA lá, durante o mestrado. Tive que adiar a conclusão do MBA porque não estava conseguindo equilibrar com o que precisava fazer para o mestrado. Terminei o MBA em 2014, quando já estava no doutorado”.

Sobre o doutorado, Vitor tinha clara a ideia de conciliar a carreira acadêmica e a área de business. “Aqui no IFSC/USP nós temos casos de sucesso, como por exemplo, o Prof. Jarbas Caiado de Castro Neto e o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, que conseguem intermediar as duas áreas”, menciona Vitor. Em 2013, entretanto, devido a problemas familiares, a bolsa de doutorado não era mais suficiente para suprir as necessidades financeiras de Vitor, que decidiu prestar o concurso para uma vaga de professor substituto no departamento de Física da UFSCar. “O salário era muito bom e eu passei. Fiquei dois anos como professor substituto, até ir para o programa Ciências Sem Fronteiras, na Holanda, no começo de 2015”, conta Vitor, que passou sete meses trabalhando no mesmo laboratório que visitou durante o mestrado. “No final de 2015 voltei para concluir o doutorado, mas não fiquei muito mais tempo no Brasil”.

O sistema imunológico inato humano desenvolveu respostas complexas para impedir a disseminação de patógenos (Lee Lab)

Entre os anos de 2015 e 2016, Vitor constatou que o investimento científico no país estava decaindo e, por isso, já era hora de fazer carreira internacional: então, inscreveu-se para um pós-doutorado fora do Brasil, tendo sido aprovado no Harvard Medical School, em Boston (EUA), como pesquisador, no final de 2016. “O laboratório buscava publicações de alto impacto e isso demandava tempo. Eu era o cara que tinha acabado de chegar, no meio de pós-doutores muito mais antigos. O plano era concretizar a minha publicação durante os três anos de meu contrato e sair; mas, em um ano, percebi que o projeto não iria mais para frente e eu queria me mover rapidamente; vi que ficaria igual aos meus colegas de laboratório e eu não queria isso”, relata. “Conversei com o meu chefe e chegamos a um acordo: estava na hora de sair”.

Aplicando para outras vagas, Vitor recebeu uma oferta da Universidade de Toronto para trabalhar no laboratório do Prof. Jeffrey E. Lee, em mecanismos de fusão. “Se pararmos para pensar na evolução, existem dois tipos de organismos que conseguem entrar nas células sem destruí-las – os vírus e o esperma durante o processo de fecundação. Lee trabalha entendendo como se dão esses processos e eu entrei para coordenar a parte de fertilização”, explica Vitor, que pretende seguir na área, mesmo após a saída do laboratório. “No exterior, quando você sai de um laboratório, você leva parte dele para continuar sua carreira. Conversando com o meu chefe concordamos que eu darei continuidade à parte de fertilização”.

Quanto ao local de atuação, Vitor não tem dúvidas em continuar no exterior. “Estou moldando minha carreira para continuar fora do país, definitivamente. Fora do Brasil existe a cultura de resultados. Não importa o quanto você vai gastar para chegar a determinado resultado, pois os investidores querem que você obtenha o resultado prático dentro do prazo estabelecido. Já no Brasil, o investimento é escasso e aí você é obrigado a refletir se participar do projeto vale a pena; se o que você ganha pelo seu tempo se sobrepõe aquilo que você gasta”, menciona Vitor. “Sobre os financiamentos, hoje em dia há um retrocesso no investimento em pesquisa. Qualquer país que esteja em crise investe na ciência: No Brasil a pirâmide está invertida”.

Usando os modelos estruturais do Lee Lab como um modelo molecular, o foco é desenvolver novas estratégias terapêuticas para combater os vírus. Entender a entrada e a restrição imunológica dos patógenos virais é fundamental (Lee Lab)

Segundo nosso entrevistado, a carreira de pesquisador, embora bem consolidada para os termos brasileiros, ainda tem o que avançar muito. As diferenças de modelos de contratação entre o Brasil e o exterior são mencionadas por Vitor como fator importantíssimo para o planejamento do futuro profissional. “A forma de contratação de pesquisadores e docentes no exterior é diferente da que ocorre no Brasil. No Brasil, é formulado um concurso e cabe a você se inscrever quando é aberta a chamada, Já no Canadá, por exemplo, a contratação é feita através de indicações. Por exemplo, um departamento precisa de um novo profissional, então eles se perguntam quem poderá suprir essa necessidade. Se o seu nome surge, você é convidado a apresentar um seminário e conversar com todos os docentes: se gostarem de você e perceberem que você de fato preenche aquela lacuna, você é convidado”, aponta Vitor. “É necessário um currículo bem estruturado e é nisso que atualmente estou trabalhando. Pretendo finalizar meus projetos durante os próximos três anos, concluir os artigos que preciso para direcionar minha vida e fazer disso tudo o meu business card”, enfatiza Vitor.

Quando obtido o business card e contratado como professor, ou pesquisador, Vitor salienta que um profissional bem estabelecido atinge um salário suficiente para viver bem no hemisfério norte. “O salário inicial de um pesquisador é de, em média, 45 mil dólares canadenses por ano – que equivale a 135 mil reais – mais ou menos R$ 10 mil por mês, podendo chegar a 55 mil. Já um professor começa a ganhar cerca de 90 mil dólares canadenses por ano e, durante a carreira, consegue atingir os 150 ou 160 mil. Se comparado ao que um pós-doutor ganha hoje no Brasil, é pouco, mas vale lembrar que no Canadá a desigualdade salarial é pequena, diferentemente do que acontece no nosso país: se no primeiro existe os que ganham menos e os que ganham mais, no segundo existem os que ganham muito e os que ganham quase nada. Lá a faixa é muito próxima”.

Vitor ainda menciona a possibilidade de progredir tanto na carreira, quanto no aspecto financeiro. “No Canadá existe um schoolarship famoso – o Banting -, uma espécie de FAPESP do Canadá. Se você consegue esse financiamento, o seu salário dobra e possibilita mais oportunidades: pode dar simpósios, aulas, etc. A sua função de pesquisador não é restrita, não existe contrato de dedicação exclusiva, você pode fazer outras atividades que complementam seu trabalho”.

Estudar Ciências Físicas e Biomoleculares no IFSC/USP? Sim! Vale a pena perder o cabelo!!!

A junção do próprio mérito com a formação de qualidade obtida no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) foi o que, na opinião do ex-aluno, trouxe a conquista profissional presente. “Durante a graduação fiz muitas disciplinas que não me agradavam, para as quais não tinha aptidão – era muito amplo –, mas que você é obrigado a fazer para conseguir o diploma. Foi pesado, foi sofrido. Olhando fotos minhas antes de entrar na graduação é possível perceber a quantidade de cabelo que eu tinha e quanto eu perdi ao longo do tempo. O IFSC/USP é 90% responsável por isso”, brinca Vitor. “Só depois do mestrado e do doutorado – onde fiz disciplinas que me agradavam mais –, quando fui para o exterior, é que percebi o quanto o curso é um diferencial. Fora do Brasil é muito difícil encontrar uma formação abrangente que reúna física, química e biologia, e mais raro ainda encontrar quem saiba das três disciplinas e consiga discutir todas elas. No fim, eu preciso estudar muito pouco para o meu pós-doutorado. Eu não tenho dificuldades”.

Aos alunos de Ciências Físicas e Biomoleculares do IFSC/USP, Vitor Serrão declara: “Vale a pena perder o cabelo!”

(Fotos Lee Lab/Universidade de Toronto-Canadá / IFSC/USP)

Rui Sintra – com Carolina Falvo – estagiária em jornalismo – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de fevereiro de 2019

Docente do IFSC/USP opina sobre combate às doenças negligenciadas

As designadas “doenças negligenciadas” são doenças que majoritariamente acometem as populações mais pobres no mundo, não sendo, por isso, “interessantes” para as grandes empresas farmacêuticas mundiais, isso porque não geram os lucros esperados. Dentre essas doenças contam-se a dengue, malária, esquistossomose, tuberculose, chikungunya, doença de Chagas e outras consideradas tropicais, bem como outras que atingem e comprometem o sistema intestinal.

Contribuindo apenas com 11% do total de enfermidades existentes no mundo, as doenças negligenciadas foram “brindadas” entre os anos de 2012 e 2018 com apenas oito novos fármacos inseridos em um total de duzentos e cinquenta e oito, mantendo praticamente a média verificada entre os períodos de 1975-1999 e 2000-2011: a diferença é que todos esses oito novos medicamentos foram desenvolvidos apenas para duas doenças – malária e tuberculose, sendo que as novas terapias para a tuberculose (bedaquilina), com um novo mecanismo de ação, e para a malária por Plasmodium vivax (tafenoquina) – são novidades marcantes nos últimos 40 e 60 anos, respectivamente.

Prof. Adriano Andricopulo

O levantamento mais recente sobre essas mazelas foi publicado na revista científica The Lancet Infectious Diseases por dois pesquisadores da Universidade de São Paulo, que mostram que ainda há muito a se fazer, principalmente no que se refere às doenças tropicais negligenciadas. Em uma nota inserida nessa publicação os autores do artigo – Adriano Andricopulo e Leonardo Ferreira – salientam que “Ao incorporar ciência e tecnologia na fronteira do conhecimento, a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos para doenças negligenciadas progrediu consideravelmente. No entanto, o estudo revela uma grande distância entre o impacto dessas doenças e o desenvolvimento de novas terapias para elas”.

Para o Prof. Adriano Andricopulo – docente e pesquisador do IFSC/USP – “os restantes seis fármacos aprovados de 2012 para cá para esse grupo de doenças foram reposicionados, biológicos ou novas formulações. Os reposicionados, por exemplo, eram aplicados no tratamento de outras enfermidades e acabaram sendo aprovados para novos usos clínicos. Em todos os casos não se trata do que chamamos de novas entidades químicas, que são fruto de inovação em relação à diversidade química e aplicação terapêutica”.

A OMS estabeleceu como meta para 2030 acabar com as epidemias de doenças negligenciadas. Além disso, a Declaração de Londres sobre Doenças Tropicais Negligenciadas, de 2012, estabeleceu planos de ação para controlar, eliminar ou erradicar dez dessas doenças até 2020.

“Ao incorporar ciência e tecnologia na fronteira do conhecimento, a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos para doenças negligenciadas progrediu consideravelmente. No entanto, o estudo revela uma grande distância entre o impacto dessas doenças e o desenvolvimento de novas terapias para elas,” escreveram os autores, em notícia publicada pela Agência FAPESP.

Os pesquisadores destacam, no entanto, o grande avanço que será a liberação do fexinidazol para tratar a tripanossomíase africana humana, em 2019. “Agora está sendo testado para doença de Chagas”, disse Andricopulo.

(Com informações da Agência FAPESP)

Assessoria de Comunicação –IFSC/USP

15 de fevereiro de 2019

Pesquisa no IFSC/USP – nanogel bactericida ativado por luz

Neste trabalho, foram desenvolvidos nanogéis na forma de nanocápsulas a base de quitosana e anilina contendo nanopartículas de prata.

O material tem propriedades sanitizantes e bactericidas, e é ativado pele incidência de luz.

O trabalho é parte da tese de doutoramento de Camilo Ballesteros, orientado pelo Prof. Valtencir Zucolotto, coordenador do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do IFSC/USP, e conta com a participação da Dra Juliana Cancino (GNano) e do Dr. Daniel Correa, da Embrapa Instrumentação.

Para conferir o trabalho, publicado na ACS Applied Bio Materials, clique AQUI.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de fevereiro de 2019

CIBFar-IFSC/USP participa da Iniciativa Brasileira de Reprodutibilidade

Setenta e um laboratórios pertencentes a dezoito estados brasileiros inscreveram-se em 2018 em um projeto ousado, financiado com R$ 1 milhão pelo Instituto Serrapilheira, denominado Iniciativa Brasileira de Reprodutibilidade – lançado no corrente ano sob a coordenação do médico e neurocientista da UFRJ, Olavo Amaral.

O citado projeto visa medir quão reprodutível é a pesquisa biomédica no Brasil, sendo que um dos laboratórios selecionados está alocado no IFSC/USP, sob a coordenação do docente e pesquisador  Prof. Adriano Andricopulo, inserido no CIBFar – Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão – CEPID/FAPESP). Refira-se que esse Centro tem como foco principal realizar ciência básica e aplicada, bem como o desenvolvimento tecnológico em todas as áreas de biodiversidade e de descoberta de fármacos com base em pesquisas que utilizam o estado da arte da química de produtos naturais, química orgânica sintética, biologia molecular e estrutural, bioquímica, química medicinal, planejamento de fármacos e ensaios farmacológicos.

O objetivo da Iniciativa Brasileira de Reprodutibilidade é testar se um experimento utilizado em um estudo pode ser replicado por outros laboratórios, sendo que essa condição se torna essencial para garantir a qualidade e confiabilidade da pesquisa científica, algo que ainda apresenta uma lacuna no mundo todo. Formando uma rede nacional que vai replicar experimentos publicados em artigos na área biomédica, a Iniciativa Brasileira de Reprodutibilidade tenta, assim, suprir essa demanda no país.

Com o financiamento do Instituto Serrapilheira, vai ser possível replicar de 50 a 100 experimentos, de modo que cada um deles seja reproduzido por pelo menos três laboratórios distintos e, se o resultado original for verificado nas replicações, considera-se que ele é reprodutível.

Para saber mais sobre o projeto, clique na imagem ao lado.

Para o Instituto Serrapilheira, trata-se de um investimento estratégico que não se limitará a gerar apenas o primeiro índice nacional de reprodutibilidade, mas, também, mobilizar um grupo de pessoas interessadas em um tema importante para tornar a ciência mais confiável e com mais impacto, permitindo conexões entre elas.

Para replicar os experimentos, os laboratórios selecionados utilizarão quatro técnicas comuns na pesquisa biomédica, como a Western blot, que detecta e mede a quantidade de determinada proteína em uma amostra com o auxílio de anticorpos, e o labirinto em cruz elevado, teste comportamental em roedores. A ideia é aproveitar a estrutura dos laboratórios sem atrapalhar sua rotina de pesquisas, sendo que a expectativa é que o projeto chegue aos primeiros resultados no segundo semestre do corrente ano.

Para o IFSC/USP – e particularmente para o CIBFar e para o Prof. Adriano Andricopulo, que no Centro ocupa o cargo de Coordenador de Inovação – é certamente um prazer e um orgulho, mas também uma grande responsabilidade, fazer parte da Iniciativa Brasileira de Reprodutibilidade.

Saiba mais sobre o CIBFar, clicando na imagem abaixo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

14 de fevereiro de 2019

Dia 21 de fevereiro – Instituto de Física da USP recebe “WorkNano 2019”

Organizado pelo Prof. Dr. Cristiano Luis Pinto de Oliveira, da Universidade de São Paulo (USP), e pelo Dr. Lionel Gamarra, do Hospital Albert Einstein, o workshop WorkNano 2019, com enfoque em ciência dos materiais, ocorrerá nos dias 21 e 22 de fevereiro de 2019, no Auditório Adma Jafet, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF/USP), em São Paulo (Capital).

O workshop contará com a participação de pesquisadores do Brasil, Alemanha, Argentina e Uruguai na discussão de avanços de aplicação em relação às ciências nanomateriais, tanto do ponto de vista prático, quanto teórico. Além de possibilitar um ambiente científico frutífero e abrangente, o workshop favorecerá o desenvolvimento de parcerias para futuros projetos inter-instituições.

Quanto à programação, o início do evento se dará às 8h30 da quinta-feira, dia 21 de fevereiro, com as inscrições, seguido pela abertura oficial do workshop às 8h50. Após a abertura, os inscritos assistirão a palestras de vinte minutos, cada, ministradas pelos Prof. Danilo Mustafá (IF/USP), Prof. Wendel Andrade Alves (UFABC), Dr. Tulio Rocha (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron – LNSL), e Dr. Cristiane Barbieri Rodella (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron – LNLS).

Às 10h20 ocorrerá uma pausa de 20 minutos, seguida de três breves palestras ministradas pelos Prof. Luiz Tadeu Fernandes Eleno (EEL/USP), Prof. Valmor Roberto Mastelaro (IFSC/USP) e Prof. Reinhard B. Neder (University of Erlangen-Nuremberg – UEN). Seguidamente, ocorrerá um momento com dois patrocinadores do evento, na circunstância, a Quantum Design e a Bruker, que terminará às 12h20.

O reinicio dos trabalhos ocorrerão após almoço, às 14h00, com a palestra “Synthesis of metallic nanoparticles”, apresentada pelo Prof. Matthias Epple (University of Duisburg Essen – UDE). Em seguida, às 15h00, serão realizadas curtas palestras com os Prof. Italo Odone Mazali (UNICAMP), Profª. Helena Maria Petrilli (IF/USP), Prof. Emerson R. Silva (UNIFESP), Prof. Alioscka Augusto C. A. Sousa (UNIFESP) e Prof. Valmir A. Chitta (IF/USP).

No segundo dia de evento, na sexta-feira, dia 22 de fevereiro, o workshop será reiniciado às 9h00, com curtas palestras ministradas por Prof. Martha Simões Ribeiro (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – IPEN), Prof. Leandro Martín Socolovsky (Universidad Tecnologia Nacional Faculdad Regional Santa Cruz – UTN FRSC, Argentina), Prof. Cristiano Luis Pinto de Oliveira (IF/USP), Dr. Oleg Prymak (University of Duisburg Essen – UDE), Prof. Márcia C. A. Fantini (IF/USP), Dr. Lionel Gamarra (Hospital Albert Einstein) e Prof. Eduardo Méndez (Universidad de la República – UdelaR, Uruguai), com pausa para Coffee-Break, novamente, às 10h20. Finalizando o período da manhã, ocorrerá a participação de dois outros patrocinadores do evento, Xenocs e Associação Brasileira de Cristalografia (ABCr).

O período da tarde será preenchido com a palestra “Thermophoresis of biological and biocompatible systems”, a cargo da Profª. Simone Wiegand (University of Cologne). Logo após, às 15h00, retornarão as palestras de 20 minutos com o Prof. Antônio M. F. Neto (IF/USP) e o Dr. Ulf Wiedwald (UDE).

Para mais informações sobre o evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de fevereiro de 2019

Ex-aluno do IFSC/USP e o sucesso nas áreas de óptica e fotônica

Reginaldo Afonso Ribeiro, hoje com trinta e dois anos, nasceu em Cambé (PR), mas vive em São Carlos desde os três anos de idade. Ingressou no IFSC/USP no ano de 2005 e desde o ensino fundamental já tinha facilidade em lidar com ciências exatas, algo que para ele foi natural, sem esforço ou incentivos. Desde muito cedo optou por trabalhar, embora nunca tivesse descartado os estudos, motivo pelo qual fez o ensino médio no período noturno. Além do trabalho e dos estudos, Reginaldo também se dedicou intensamente à formação profissionalizante, tendo frequentado o SENAI. Durante um período de férias, surgiu a hipótese de realizar um estágio de sete meses na empresa Faber Castell, em São Carlos e, em 2002, surgiu a oportunidade de poder atuar no setor de manutenção da TAM, onde ficou até 2004, desempenhando as funções de mecânico dos dispositivos internos das aeronaves.

Foi um ano antes, em 2003, já com vinte anos de idade, que Reginaldo se sentiu impelido em ingressar numa universidade para melhorar suas condições profissionais, porque, para ele, apenas um curso profissionalizante em seu currículo não seria bastante para alcançar uma progressão profissional significativa, já que ele queria ir mais longe e ter um leque maior de oportunidades. Nessa época, conheceu um programa da USP, no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que estava sob a responsabilidade dos Profs. Sérgio Carlos Zilio e Milton Ferreira de Souza, chamado Acesso, que proporcionava bolsas de estudos e a frequência de cursinho para alunos oriundos das escolas públicas: “Participei do processo seletivo, fui selecionado e decidi abandonar o meu emprego na TAM. Foi um risco, mas eu já tinha me preparado para isso, já que durante o tempo em que trabalhei consegui guardar algum dinheiro para poder me manter dentro da universidade”, revela Ribeiro.

Após prestar o vestibular, Reginaldo foi aprovado em três universidades – USP, UNICAMP e UNESP -, tendo optado por fazer o curso na USP, já que conhecia a “fama” do Grupo de Óptica do IFSC/USP. Assim, ingressou no Instituto a fim de atuar na física, com ênfase em óptica e fotônica. Como nunca acreditou possuir um perfil acadêmico, seu foco estava no mercado de trabalho. Já no segundo ano de graduação, Reginaldo desenvolveu a sua iniciação científica com o Prof. Milton, do Departamento de Materiais da Óptica e, no terceiro ano, realizou mais uma iniciação, dessa vez, com o Prof. Francisco Guimarães, na área de Polímeros. No quarto ano do curso, quando realizou o estágio obrigatório com ênfase na área de óptica e fotônica, Reginaldo teve a oportunidade de ingressar na empresa FHOCUS, voltada à fabricação de lentes oftálmicas: “A empresa estava com a firme intenção de montar um laboratório antirreflexo e, inclusive, tinha já um contato para fornecer esse tipo de equipamento. Os responsáveis pela empresa vieram ao Instituto de Física de São Carlos, conversaram com o Prof. Zilio, que me indicou para esse trabalho e, em 2008, dei início ao meu estágio obrigatório”, informa o ex-aluno do IFSC-USP.

Leybold Optics – Alemanha

No ano seguinte, ainda estagiando na FHOCUS, Reginaldo deslocou-se à sucursal da empresa alemã Leybold Optics, nos Estados Unidos, onde a FHOCUS havia adquirido seus equipamentos. Ainda em 2009, o laboratório que Reginaldo iria gerenciar, em São Carlos, estava finalmente montado e o ex-aluno do IFSC-USP começou a supervisionar a produção, calibrando e cuidando dos equipamentos e gerenciando os operadores: “Dispendi cerca de quatro meses a ajustar o laboratório para as necessidades da empresa e, nesse período, a Leybold Optics me convidou para trabalhar com eles, pois a empresa ainda não tinha nenhum funcionário que a representasse no Brasil”. Em janeiro de 2010, Reginaldo viajou para os EUA, onde assinou um contrato de trabalho com a Leybold Optics, companhia na qual trabalha até hoje, mas agora com funções diferentes, já que o ex-aluno do IFSC-USP assume a posição de Service Engineer, dando suporte técnico a todos os equipamentos desenvolvidos e comercializados pela empresa norte-americana: “No sentido de rentabilizar investimentos e despesas com RH, como a empresa não tem uma estrutura montada na América Latina, sou eu que presto serviço em toda essa área geográfica, atuando na área de TI, mecânica, elétrica, software e no processo oftálmico. Atualmente, grande parte de minhas atividades profissionais estão ligadas diretamente àquilo que aprendi no Instituto de Física de São Carlos”, explica Reginaldo.

Atualmente, Reginaldo está numa fase em que se dedica mais à área de processo do que ao campo de suporte técnico. Ainda no decurso de 2014 teve um treinamento na matriz da Leybold Optics, na Alemanha, estando no caminho certo para abraçar e desenvolver funções como engenheiro de processo da Leybold na América Latina, com sede no Brasil: “Trabalho em sistema home office, aqui em São Carlos. Isso é vinte por cento do meu trabalho, já que nos outros oitenta por cento eu viajo e atuo diretamente nas empresas, oferecendo suporte técnico”.

Reginaldo Ribeiro afirma que não foi um aluno brilhante durante a sua graduação, mas reconhece que foi um estudante bastante esforçado. Ele terminou sua graduação em 2011, no prazo máximo em que conseguiu, porque quando começou a se envolver no mercado de trabalho deixou de se dedicar o quanto deveria aos estudos; porém, não deixou de estudar e conseguiu terminar o curso: “Se uma pessoa tem um objetivo, ela deve persistir nele. Ninguém deve desistir no meio do caminho”, finaliza Ribeiro.

Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bonagamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de fevereiro de 2019

IFSC/USP: “Café com Física” – “Entanglement Thermodynamics”

Em mais uma edição da iniciativa Café com Física, ocorrida no dia 13 do corrente mês, o docente e pesquisador do Departamento de Física da Universidade de Regensburg (Alemanha), Prof. Dr. John Schliemann, apresentou o seminário que se subordinou ao tema Entanglement Thermodynamics.

Em sua apresentação, o pesquisador apresentou as pesquisas focadas na relação entre o espectro de entrelaçamento de um sistema composto de muitos corpos e o espectro de energia de um subsistema, usando os conceitos da termodinâmica canônica.

O pesquisador sublinhou, entre outros aspectos abordados na sua dissertação, de que forma em muitos casos importantes o emaranhamento Hamiltoniano é, no limite de forte acoplamento entre os subsistemas, proporcional à energia Hamiltoniana do subsistema.

O fator de proporcionalidade é um parâmetro de acoplamento bem definido, sugerindo interpretar o último como uma temperatura inversa.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de fevereiro de 2019

11/02 – Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

Em reconhecimento dos esforços da UNESCO, ONU Mulheres, UIT e outras organizações relevantes que apoiam e promovem o acesso das mulheres e raparigas à educação, formação e atividade de investigação científica, tecnológica, de engenharia e matemática,  a Assembleia-Geral das Nações Unidas adotou a resolução A/70/474/Add.2, declarando o dia 11 de fevereiro como o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência.

A ciência e a igualdade de gênero são dois fatores vitais para levar a cabo com sucesso a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Ao longo dos últimos 15 anos, a comunidade global fez muitos esforços para inspirar e envolver as mulheres e meninas na ciência, mas, infelizmente, muitas continuam a ser excluídas desta área.

De acordo com um estudo levado a cabo em 14 países, a probabilidade de mulheres obterem o grau de licenciatura, mestrado e doutorado em campos relacionados com a ciência é de 18%, 8% e 2%, respectivamente; enquanto que as percentagens masculinas são de 37%, 18% e 6%.

O Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência, que este ano se subordinou ao tema “Transformar o Mundo: Igualdade para todos” , visa ajudar as instituições a promoverem o trabalho das mulheres na ciência e, a partir do exemplo das mesmas e a encorajar as meninas a escolherem  a ciência como uma profissão para a vida.

(In: ONU)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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