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5 de junho de 2019

Ainda “calouro”, mas… a caminho de uma carreira na Academia

Imagine crescer rodeado por duas das maiores universidades do país. Para os jovens são-carlenses, a vida no interior paulista segue esse exemplo: o início do ano, com a chegada dos calouros, o famoso “pedágio” organizado pelos veteranos nas redondezas da “Praça XV”, as reuniões no Palquinho do CAASO e os eventos no CDCC/USP, além da produção científica e cultural que fazem de nossa cidade a “Capital da Tecnologia”; tudo permeia o cotidiano daqueles que aguardam ansiosos o início da vida universitária. Foi em todo esse contexto que cresceu também o ingressante do Curso de Bacharelado em Física do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Leonardo Christopher Moreira Alfonsetti, de 19 anos.

Segundo o estudante, o gosto e curiosidade pela ciência surgiram na infância, especialmente, devido a influência de eventos no Centro de Divulgação Científica e Cultural da Universidade de São Paulo (CDCC/USP) muito frequentada por Leonardo e o pai. “Eu gostava muito de ciências, desde pequeno. Ficava fascinado com o que eu via no CDCC, o que me despertava a curiosidade. Apesar disso, o meu interesse por ciências foi retomado apenas no Ensino Médio, quando eu decidi que prestaria Física no vestibular”, relembra.

Leonardo, então no terceiro e último ano do ensino médio da Escola Estadual Dr. Álvaro Guião, iniciou o ano de 2017 indeciso quanto ao curso que iria escolher, mas determinado a alcançar seu lugar em uma das universidades públicas da cidade. “Comecei o ano muito empenhado e inclusive empolgado. Logo no segundo dia de estudos, porém, Física foi justamente a matéria que resolvi estudar. Não é preciso dizer que depois daquele dia não consegui estudar outra coisa”, brinca Leonardo, que afirma: houve facilidade na decisão. “Eu estava muito indeciso quanto a que fazer de graduação. Eram três as minhas opções: Engenharia de Computação, Física ou História. Acabei focando nas ciências de base porque queria me aprofundar mais em minha área. Finalmente, bastou me questionar – ‘passar a minha vida estudando História me trará tanto prazer quanto estudando Física?’. Eu conclui que não, afinal, Física atiçaria mais a minha curiosidade”, emenda.

Decidido a prestar os vestibulares das universidades da cidade, o estudante são-carlense admite ter cometido um deslize nas inscrições. “Eu bobeei com as inscrições e perdi o prazo do vestibular da FUVEST, mas consegui prestar o ENEM e com o SISU ingressei no curso de Física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)”, relembra. A entrada na graduação da UFSCar, porém, não marcou o fim do sonho em tornar-se ifscano. “Eu não me adaptei muito bem à estrutura curricular. Além disso, a minha primeira opção ainda era a USP; então, resolvi prestar o vestibular pela segunda vez e acabei entrando no Bacharelado em Física, no IFSC/USP, no início deste ano de 2019”, relata Leonardo, contente.

O início de tudo para muitos jovens talentosos

Apesar de seu passado já estar envolvido na academia, nosso entrevistado decidiu-se por não usar as equivalências do um ano que passou na UFSCar. “Quero refazer as disciplinas que poderia quitar, porque acho que seria um bom meio de fixação, de ‘beber’ o máximo de conhecimento possível e me dedicar bastante”, relata. Ainda quanto a fazer uma boa graduação, Leonardo destaca requisitos importantes que constituem uma boa universidade. “Acredito que a disponibilidade de professores e funcionários é essencial para fazer uma boa instituição. Tanto os docentes quanto os integrantes de todos os departamentos do IFSC/USP são muito educados e atenciosos, sempre muito dispostos. Isso faz a diferença. Além disso, ter chances de bolsas de pesquisa e de Iniciação Científica é um ponto importante que, felizmente, se cumpre dentro da USP”.

Sobre o futuro, Leonardo reconhece o papel da curiosidade que carrega desde pequeno, para a carreira. “Meu maior interesse é seguir na área acadêmica. Essa é uma das coisas que se destacam nas ciências de base: além de serem mais abrangentes, proporcionam maiores oportunidades de criar conhecimento. Eu quero criar conhecimento, não aplicá-lo. Pretendo evoluir para a docência e tornar-me, além de professor, um grande pesquisador em minha área de atuação”, afirma o estudante que deseja focar em temáticas como, relatividade e conceito de tempo e energia.

Aos futuros e atuais ingressantes do Curso de Bacharelado em Física do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Leonardo empresta a voz da experiência e divide algumas dicas sobre como levar o curso. “O curso de Física é difícil e requer muito tempo e energia. Na USP, felizmente, há ferramentas à disposição para desenvolvermos um curso de qualidade. Logo no início, é natural se sentir um pouco perdido e por isso vejo o método de disponibilizar exercícios pré e pós-aula como algo muito positivo. Além disso, os professores são muito cuidadosos em disponibilizar a bibliografia, quando não, o material utilizado em aula para o estudo independente, em casa. Dar atenção, como aluno, a métodos como esses, é muito importante para o desenvolvimento do curso, assim como comparecer às monitorias. Acho extremamente válido se atentar para o que os professores falam e recomendam, porque eles realmente se importam com o seu entendimento e são muito solícitos. É preciso agarrar oportunidades como essas, que não são proporcionadas em todo lugar”, finaliza.

(Entrevista conduzida por Carolina Falvo / Superv. Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
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