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13 de agosto de 2024

Delegação da University of South Africa (UNISA) visita o IFSC/USP

Delegação da UNISA acompanhada pelo diretor e pesquisadores do IFSC/USP

Uma delegação da University of South Africa (UNISA), constituída por onze professores e pesquisadores, incluindo o próprio reitor da instituição, foram recebidos no dia 13 do corrente mês pelo diretor do IFSC/USP, numa visita programada para o estabelecimento formal de relações científicas e acadêmicas entre a universidade sul-africana e o IFSC/USP, bem como, também, entre o Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP).

Já com um projeto estabelecido no âmbito dos BRICS junto ao docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Igor Polikarpov, na área de biocombustíveis e energias renováveis, a delegação sul-africana pretende agora expandir essa colaboração com outras áreas de nosso Instituto, incluindo o intercâmbio de pesquisadores e alunos, com o foco de desenvolver projetos comuns.

Com campi instalados nas cidades de Pretoria e Joanesburgo, a UNISA é uma universidade de grande porte e com múltiplas áreas de pesquisa, o que, certamente, irá favorecer as pesquisas que irão ser realizadas em colaboração com o IFSC/USP e com o IQSC/USP.

Estando já sendo confeccionado o respectivo memorando de colaboração entre o nosso Instituto e a UNISA, a visita desta delegação da universidade sul-africana foi agendada e acompanhada pelo presidente da Comissão de Relações Internacionais do IFSC/USP, Prof. Dr. Gregório Couto Faria, e pelo próprio diretor de nosso Instituto, Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior.

Pesquisadora da UNISA apresenta as linhas de pesquisa da universidade sul-africana

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de agosto de 2024

Professor do IFSC/USP é homenageado pelo Governador do Texas com o titulo de “Distinguished Researcher”

Temporariamente afastado do Instituto de Física de São Carlos (IFSC -USP) para realizar pesquisas e organizar um centro de biofotonica na “Universidade do Texas A&M”, o docente e pesquisador, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, recebeu das mãos do governador do Texas, Greg Abbott, uma homenagem com distinção honrosa premiando e enaltecendo o seu desempenho e relevância nas pesquisas, da mesma forma que tem feito, desde 2017, a um grupo restrito de cerca de vinte pesquisadores americanos e de outras nações.

A cerimónia de homenagem ocorreu no último dia 7 de agosto, na residência oficial do governador – Texas Governor’s Mansion -, localizada na cidade de Austin – Texas. Segundo o homenageado, em entrevista à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, tratou-se de uma distinção por ter aceitado atuar no estado do Texas para o avanço da área do conhecimento em biofotônica, além de outras de contribuições para a ciência. Segundo Bagnato, em seu discurso, o governador Abbott, deixou claro a importância que tem em se olhar para o futuro atraindo para o estado cientistas que poderão fazer a diferença. Segundo ele, os cientistas escolhidos para serem homenageados são considerados “estrelas científicas brilhantes” que ajudam a brilhar mais intensamente o estado do Texas. Abbott elogiou ainda o reforço da conexão científica entre o seu estado e o Brasil,  considerando as vocações similares que ambos têm – agricultura, agropecuária, inovação cientifica e tecnológica, e, principalmente, ter os cidadãos como alvos de todas as prioridades. o cidadão como alvo das prioridades.

Em conversa mantida com a Assessoria de Comunicação do Prof. Vanderlei Bagnato, o pesquisador deixou claro que sua missão – entre outras – é mostrar que os brasileiros são extremamente importantes no mundo em vários aspectos relacionados com o desenvolvimento científico e tecnológico. Ao deixar claro a sua paixão pela cidade de São Carlos, pelo Instituto de Física de São Carlos e pela USP, como um todo, Vanderlei Bagnato sublinhou suas saudades de tudo e de todos e que  “Temos que apreciar os pequenos sucessos e reconhecimentos que recebemos. Estou plenamente convencido que a caminhada ao longo da carreira é muito mais prazeirosa  do que quando chegamos no final dela. Tenho tido sorte de ter excelentes colaboradores num instituto que comprova todos os dias a sua excelência nacional e internacional – o IFSC/USP, e de estar estar ao serviço de uma instituição – a USP – que nunca mediu esforços para apoiar todos os desenvolvimentos que fazemos, e que, inclusive, me tem apoiado nesta missão temporária, no Texas, consubstanciada na criação de um grupo de pesquisa, num centro de biofotônica com as mesmas características daquele que existe no IFSC/USP, e com o objetivo principal de desenvolver estudos e pesquisas bilaterais relacionadas com o câncer de pele e no combate às bactérias resistentes. Então, não é o Vanderlei Bagnato que está no Texas: é o IFSC, a USP  e o Brasil que estão no estado do Texas”, sublinha Bagnato

O pesquisador são-carlense espera retornar em breve e de vez à sua cidade, ao seu país, de uma forma mais consolidada, independente da idade. “Espero retornar uma pessoa ainda melhor, mais experiente e humilde o suficiente para enfrentar todos os problemas junto com meus colegas do IFSC/USP. Como eu disse ao governador, certamente não mereço a honraria, por isso vou trabalhar mais para poder merecê-la. Só tenho receio de ter medo frente aos desafios, mas isso não me impedirá de continuar”.

Para o IFSC/USP, a honraria atribuída ao Prof. Vanderlei Bagnato e sua decisão de a compartilhar com todos os seus colaboradores e instituições só demonstra o caráter firme de um grande pesquisador entre seus iguais e a sua humildade perante toda a sociedade. É um privilégio poder contar com o Prof. Vanderlei Bagnato no IFSC e na USP.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de agosto de 2024

Livro “Eletrofiação e nanofibras: Fundamentos e aplicações” vence “1º Prêmio Jabuti Acadêmico” – pesquisadores do IFSC/USP colaboram com a publicação

Daniel S. Corrêa, Luiza Mercante e a editora executiva da Atena Editora, Natália Oliveira (foto: divulgação)

O livro digital intitulado “Eletrofiação e nanofibras: Fundamentos e aplicações”, da autoria dos pesquisadores Luiza Mercante e Daniel S. Corrêa (Atena Editora-2023), foi um dos vencedores do “Prêmio Jabuti Acadêmico”, em sua primeira edição, tendo obtido o 1º lugar no Eixo Ciência e Cultura – Química e Materiais.

Com a participação de vários pesquisadores e ex-alunos do IFSC/USP, apresentando, inclusive, um capítulo escrito pelo Grupo de Fotônica do Instituto, a publicação aborda desde aspectos históricos da técnica de eletrofiação, seus princípios físicos e modelagem matemática, até suas inúmeras aplicações.

A técnica de eletrofiação é um processo eletro-hidrodinâmico, no qual uma gota de uma solução, geralmente um polímero dissolvido, é eletrificada por meio da aplicação de um campo elétrico elevado – podendo atingir 30 mil volts – para gerar um jato, que passa por processos de estiramento e alongamento levando à formação de fibras, que são depositadas em um coletor.

Além das colaborações de pesquisadores do IFSC/USP para a elaboração deste livro, os autores reuniram cerca de setenta autores de mais de vinte instituições, de diversas áreas de conhecimento, que enriqueceram os 19 capítulos desta publicação que buscam contribuir para um melhor conhecimento da técnica e de suas potencialidades, servindo como um guia para estudantes, pesquisadores e profissionais da indústria e da academia. Além disso, o livro traduz a experiência do Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA) da Embrapa Instrumentação e de parceiros no desenvolvimento de sensores e biossensores para análise da qualidade de alimentos, bem como em sistemas para remediação ambiental e no desenvolvimento de curativos multifuncionais para tratamento de feridas cutâneas.

Quem são os autores:

Daniel S. Corrêa

Possui graduação em Engenharia de Materiais (2004) pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais (2009) pela Universidade de São Paulo (USP), e pós-doutorado no Instituto de Física de São Carlos – USP (2010). Fez estágio de pesquisa (visiting scholar) durante o doutorado na Harvard University (USA) e durante a graduação na Friedrich-Schiller-University Jena (Alemanha). É Pesquisador-A da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) desde 2010, atuando na Embrapa Instrumentação. Foi secretário-executivo do Comitê Técnico Interno (CTI) no período de 2017-2021, e desde 2022 ocupa a Chefia de PeD desta unidade.

É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq desde 2012, atualmente no nível 1C, e também professor orientador credenciado em programas de Pós-Graduação na UFSCar e na USP. É autor/coautor de mais de 190 artigos científicos internacionais (Índice H=40 no Web of Science, H=43 no Scopus, e H= 48 no Google Scholar), 33 capítulos de livro, 7 depósitos de patentes, coeditor de 2 livros técnico-científicos, e tem algumas centenas de trabalhos apresentados em congressos no Brasil e exterior.

Já orientou/coorientou mais de 30 alunos de graduação (IC ou monografia de conclusão de curso), 14 alunos de mestrado, 16 alunos de doutorado e supervisionou/co-supervisionou 16 pós-doutorandos.

É atualmente Editor Associado da revista ACS Applied Polymer Materials (ACS) e membro do corpo editorial das revistas Sensors and Actuators Reports (Elsevier) e Advanced Sensor and Energy Materials (Elsevier). Foi editor associado das revistas Journal of Cluster Science (Springer), IEEE Sensors Journal (IEEE) e Frontiers in Sensors – Section: Chemical Sensors (Frontiers) e também membro do corpo editorial da revista Scientific Reports (Nature).

Tem experiência na área de Ciência e Engenharia de Materiais e Nanotecnologia, com foco em polímeros e nanomateriais compósitos para aplicações na agricultura, meio ambiente e biotecnologia. Tem interesse nos seguintes temas: nanofibras poliméricas e compósitas, filmes nanoestruturados, sensores e biossensores, sistemas de liberação lenta de insumos, sistemas de adsorção de poluentes, embalagens ativas, microfabricação a laser e espectroscopia de materiais.

Luiza A. Mercante

Graduada em Química Industrial (2008) pela Universidade Federal Fluminense – RJ, com doutorado (2013) em Química pela mesma Universidade.

Durante o doutorado, realizou estágio sanduíche na University of Massachusetts – Amherst (USA) na área de síntese e funcionalização de nanopartículas magnéticas visando aplicações biomédicas. Atuou como pós-doutoranda na Embrapa Instrumentação – São Carlos/SP no período de 2013 a 2018.

Em 2015 realizou estágio no Instituto Catalão de Nanociência e Nanotecnologia – Barcelona (Espanha).

Desde 2019, é Professora Adjunta no Instituto de Química da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq desde 2021, e também professora orientadora credenciada à Programas de Pós-Graduação da UFBA.

É Editora Associada da revista Journal of Cluster Science (Springer). Tem experiência na área de Química de Materiais e Nanotecnologia, com foco em nanomateriais compósitos para aplicações ambientais e biotecnológicas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de agosto de 2024

Curso para educadores na área da Física: “Da mecânica Aristotélica à mecânica Newtoniana” – Um espelho que pode refletir o futuro dos jovens alunos

 

Prof. Luiz Antonio de Oliveira Nunes

 

As comemorações do 30º aniversário do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que se prolongam até o último dia de dezembro deste ano, irão ter um atrativo especial com a realização, no dia 14 de agosto, entre as 08h30 e as 12h00, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, de um curso para educadores na área da Física.

Intitulado “Da mecânica Aristotélica à mecânica Newtoniana”, este curso é dedicado, principalmente, aos professores dos ensinos fundamental e médio, público e privado, tendo como ministrantes dois dos mais consagrados docentes e pesquisadores do Instituto – Profs. Luiz Nunes de Oliveira e Luiz Antonio de Oliveira Nunes.

O foco é, num primeiro momento, apresentar e expandir uma discussão, um diálogo, primeiramente sobre os aspectos filosóficos sustentados por Aristóteles e depois por Galileu Galilei, descrevendo os experimentos deste último, para, finalmente, se chegar a Newton, formalizando toda a mecânica como ela é conhecida hoje. A segunda parte do curso irá mostrar a comprovação experimental das leis de Newton e dos fenômenos observados por Galileu.

Para o Prof. Luiz Antonio de Oliveira Nunes, a importância deste curso é que nele serão discutidos todos os aspectos teóricos e experimentais, sendo que os experimentos que irão ser apresentados são modernos e de fácil execução. “Transmitir estes conceitos aos professores significa dizer que eles poderão incentivar seus alunos a executá-los com relativa facilidade, até para que possam ser exibidos, por exemplo, em feiras de ciência. É bom lembrar que tudo o que for apresentado está intimamente ligado com tecnologia. Então, acho que é importante que os professores participem e sinalizem para os seus alunos o que eles podem fazer”, salienta o docente.

Este é um evento onde os professores e alunos podem construir os seus próprios experimentos, podendo verificar que tipo de softwares são utilizados, sendo que é a primeira vez que se realiza um curso desta natureza no IFSC/USP. Para o Prof. Luiz Antonio, se este curso vai, ou não, ter continuidade, isso dependerá do interesse da plateia. Claro que para a Universidade de São Paulo é importante, pois ela não se dedica apenas à formação final de profissionais, como também na formação de matéria-prima para captar esses candidatos dos ensinos fundamental e médio a ingressarem na instituição. “Estes aspectos mais tecnológicos, esta modernização tecnológica dos experimentos que serão explicados no curso, tudo está ligado com coisas que se usam na indústria. Então, são coisas que obrigam os estudantes a pensar diferente, já que eles não vão estar vendo só a física pela física; eles vão estar vendo a física pelo prisma da tecnologia, e, quem sabe, por um espelho que possa refletir o seu futuro. Todo o jovem que está na escola gosta de estudar coisas que ele entenda e coisas em que ele observe uma aplicação tecnológica”, pontua o docente.

O intuito é, através dos professores, “contaminar” os jovens por interesses científicos, sendo que é no início de suas carreiras de estudantes, nos primeiros anos, que eles estão abertos a aprender coisas novas. “É muito importante que os professores participem desse curso. Depois, se tiverem interesse, nós poderemos fazer um curso mais específico relativo aos experimentos, mostrando tudo em detalhes nos experimentos, para que eles, uma vez mais, possam reproduzir isso com seus alunos em sala de aula”, conclui o docente.

Os interessados em participar desta iniciativa deverão se inscrever em AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

11 de agosto de 2024

Atualização da produção científica do IFSC/USP em julho de 2024

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de julho de 2024, clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP  (AQUI).

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio”, em frente à biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC/USP, no periódico “International Journal of Biological Macromolecules” (VER AQUI).

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de agosto de 2024

Quando o sucesso das pesquisas no IFSC/USP depende de vários atores – Técnicos e cientistas trabalhando juntos

Conferindo os equipamentos

A execução das mais variadas pesquisas e estudos dentro dos laboratórios das universidades e de outros centros de investigação não só requer o conhecimento dos cientistas em suas áreas específicas, como também um intenso trabalho desenvolvido, em paralelo, pelos inúmeros técnicos que apoiam os projetos.

O IFSC/USP não foge a essa regra, pelo que, recentemente, o cientista Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, coordenador do Grupo de Óptica, iniciou a criação do Laboratório de Física Atômica no Instituto, onde irá ser instalado o novo armadilhamento de átomos para estudo dos chamados “Processos Quânticos”. Trata-se de uma infraestrutura moderna que se insere no avanço do conhecimento quântico, inclusive dedicada a novas tecnologias, sendo que o estabelecimento desse laboratório é considerado de grande importância porque não existe outro parecido com esse tipo de armadilhamento no Brasil e no Hemisfério Sul. “Este é um tema dominado pelos europeus, no que diz respeito aos chamados “Condensados de Bose-Einstein” e este laboratório vai incluir o IFSC/USP nessa área, realizando determinadas pesquisas com os chamados “gases quânticos uniformes”, esclarece o pesquisador.

A criação deste laboratório obedeceu a uma cuidadosa montagem de um sistema elétrico de alto nível, incluindo o recabeamento geral e a inserção de linhas limpas e não-limpas para a alimentação de toda a infraestrutura, sendo que, para o Prof. Bagnato “(…) foi um trabalho extremamente cuidadoso e muito bem feito (…), tendo em consideração que essa responsabilidade imensa recaiu nos ombros de um dos mais conceituados técnicos do IFSC/USP – João Gazziro.

“Estou muito feliz” – menciona João Gazziro

Com 60 anos de idade e 42 anos dedicado ao IFSC/USP, o técnico João Gazziro entrou com 18 anos no campus USP de São Carlos, tendo três anos depois ingressado no antigo Laboratório de Vidros e Luminescência do Instituto. Para João Gazziro foi uma autêntica surpresa e um desafio imenso aceitar a tarefa de montar o laboratório, já que, segundo ele, apenas existiam as paredes. “Comecei por fazer um projeto elétrico simples, muito simples mesmo, tendo começado a cogitar de que forma iria fazer a requisição e compra do material, já que ele é muito especial para a finalidade do trabalho que será desenvolvido nesse laboratório, principalmente material contra explosões. Não é fácil encontrar esse tipo de material, mas consegui através de informações repassadas pela Petrobras e dessa forma formatei todos os equipamentos para funcionarem com perfeição no laboratório”, pontua o técnico.

Outra missão delicada para João Gazziro foi a montagem dos quadros de energia, sendo que a tensão utilizada no laboratório não é uma tensão normal de 110V ou 220V, mas sim uma de 380V. Essa particularidade obrigou o técnico a construir um autotransformador trifásico de 50KVA, com entrada de 220V e saída de 380V. “Foi desafiador elaborar os cálculos e construir esse equipamento, mas correu tudo muito bem. Nesse projeto foram também instalados dois “chillers” para resfriamento de água, equipamentos que têm a função de refrigerar o reator que está montado no laboratório. “Esses “chillers” funcionam através da retirada de calor de um líquido, podendo ser por compressão de vapor ou ciclo de refrigeração por absorção. É um equipamento que pode ser utilizado em diversas indústrias, como: a plástica, metal mecânica e médico hospitalar. Resumidamente, os “chillers”, neste laboratório, servem para resfriar o reator quando ele aquece”, explica Gazziro. Além destes equipamentos, João Gazziro projetou a instalação de um exaustor trifásico de 220V comandado por um inversor de frequência – que controla a velocidade do exaustor -, bem como todo o restante material elétrico – interruptores, luminárias, tomadas, painéis, etc.), tudo isso prevenindo qualquer tipo de explosão.

Após um mês e meio de trabalho ininterrupto, a criação do novo laboratório ficou pronto e João Gazziro não esconde o orgulho de ter feito um trabalho impecável. “É uma satisfação enorme ter conseguido terminar este trabalho apenas com projetos simples que derivam de minha própria experiência profissional de longos anos de trabalho. Fiquei extremamente feliz por ter recebido elogios e mais feliz fiquei ainda quando um engenheiro de uma grande empresa me procurou, pedindo se eu podia passar informações e dicas de como tinha elaborado o projeto, para que ele pudesse aplicá-lo em outro local. Projeto??? Este projeto foi concebido e desenhado em simples folhas de papel!…”, finaliza João Gazziro, sorrindo.

João Gazziro junto ao reator no Laboratório de Física Atômica

Este é um trabalho que orgulha toda a comunidade do IFSC/USP – docentes, pesquisadores, alunos e servidores não docentes – e a própria Universidade de São Paulo.

Rui Sintra & Adão Geraldo – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de agosto de 2024

Falecimento do ex-aluno do IFQSC/USP e IFSC/USP – Prof. Dr. Fábio Augusto Meira Cássaro

(Créditos da imagem: Jéssica Natal – UEPG)

Faleceu no último sábado, dia 03 de agosto, o Prof. Dr. Fábio Augusto Meira Cássaro, docente da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), professor associado do Departamento de Física desde 2010, e ex-aluno do IFQSC/USP e IFSC/USP.

O Prof. Fábio era bacharel em Física pelo IFQSC/USP (1991), e durante sua graduação foi bolsista Fapesp na modalidade IC sob orientação da Profa. Dra. Maria Cristina Terrile.

Obteve seu Mestrado pelo IFSC/USP (1994) sob orientação do pesquisador Dr. Sílvio Crestana do CNPDIA/Embrapa de São Carlos e, Doutorado sob orientação do Prof. Dr. Klaus Reichardt no Centro de Energia Nuclear na Agricultura – CENA/USP (2002).

Entre os anos de 1999 e 2001 esteve como pesquisador visitante na Rutgers – The State University of New Jersey, na modalidade de doutorado sanduíche, com a supervisão do Prof. Dr. Daniel Gimènez.

Entre 2011 e 2012 fez Pós-Doutorado no CNPDIA/Embrapa de são Carlos, sob supervisão do pesquisador Dr. Carlos Manoel Pedro Vaz.

O docente possuía experiência na área de Física, com ênfase na investigação do Solo: simulação computacional da estrutura de solos, estudos sobre a condutividade hidráulica e a curva retenção de água pelo solo.

O IFSC/USP rende homenagem à memória do Prof. Fábio Cássaro, enviando aos familiares e amigos, e á comunidade da UEPG, os mais sentidos votos de pesar.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de agosto de 2024

Novo sensor detecta paraquat e carbendazim em menos de 70 segundos – Tecnologia identifica contaminação de agrotóxicos em urina de trabalhadores rurais

Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo (IFSC/USP), em colaboração com o Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IQ-UFRJ) e o Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor), desenvolveram um novo sensor capaz de detectar a presença dos defensivos agrícolas paraquat e carbendazim, ainda utilizados, apesar de proibidos, em menos de 70 segundos.

O pesquisador Thiago S. Martins, do IFSC/USP e atualmente na Imperial College London, é o autor principal do artigo recentemente publicado na revista científica “Chemical Engineering Journal”. Ele destaca que a importância do desenvolvimento deste sensor, que utiliza uma técnica eletroquímica, reside na capacidade de monitorar rapidamente e com precisão a exposição dos trabalhadores rurais a esses agrotóxicos. Portátil e de fácil utilização, o sensor pode ser usado pelos próprios trabalhadores em seus locais de trabalho ou em suas residências, bastando coletar um pequeno volume de urina e obter o resultado em aproximadamente setenta segundos.

Para a equipe de pesquisadores, a detecção de pesticidas em águas e fluidos corporais é crucial para proteger o meio ambiente e a saúde humana, especialmente nas zonas rurais onde ocorre a aplicação dos defensivos agrícolas.

Esta pesquisa envolveu a participação de 9 trabalhadores rurais da região de Barretos, com idades entre 18 e 65 anos e incluiu a criação de tiras impressas contendo um nanomaterial orgânico denominado “RIO 17” (Reticular Innovative Organic Framework 17), desenvolvido no IQ-UFRJ. Utilizando um método eletroquímico, o sensor pode detectar os dois agrotóxicos no corpo humano com apenas 100 microlitros de urina, bem como na água e em outras amostras, se necessário.

Pesquisador Thiago S. Martins (foto arquivo pessoal)

Thiago S. Martins enfatiza a importância desta pesquisa, que revelou que todos os nove trabalhadores rurais testaram positivo para pelo menos um pesticida. “Isso é extremamente preocupante, pois não há nível seguro de exposição a esses químicos. Nossa pesquisa evidencia a necessidade de desenvolver soluções acessíveis para monitorar a exposição dos trabalhadores rurais aos agrotóxicos durante a pulverização. Atualmente, não existem tecnologias viáveis para realizar esse monitoramento in loco e garantir a proteção da saúde desses trabalhadores,” afirma o pesquisador.

Como tudo começou

Esta pesquisa, que se estendeu por mais de cinco meses, teve início com uma colaboração entre o IFSC/USP, o IQ-UFRJ e o Hospital do Amor, sendo que este último já desenvolvia um projeto destinado a monitorar os níveis de pesticidas em trabalhadores rurais, suas famílias e nas águas circundantes. “O hospital usava métodos cromatográficos e espectroscópicos para detectar os pesticidas individualmente. Ao saber que desenvolvíamos dispositivos miniaturizados, a parceria foi rapidamente estabelecida. O IQ-UFRJ então contribuiu com o nanomaterial para as tiras sensores e assim foi criado um dispositivo semelhante a um glicosímetro, que não exige tratamento ou diluição das amostras. Com apenas 100 microlitros, o resultado é obtido em cerca de setenta segundos.” explica Thiago S. Martins.

A importância do IQ/UFRJ nesta pesquisa

Foi fundamental para o sucesso desta pesquisa a participação do docente e pesquisador do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IQ/UFRJ), Prof. Pierre Mothé Esteves, co-autor do artigo científico já mencionado nesta matéria. O Prof. Pierre possui Graduação em Química (1994) e doutorado (1999) em Química Orgânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com período Sandwich na Universidade de Estrasburgo (1998), Pós-Doutoramento em Química de Hidrocarbonetos e Petróleo pelo Loker Hydrocarbon Research Institute da University of Southern California (USC, 2000-2001).

Prof. Dr. Pierre Mothé Esteves (foto arquivo pessoal)

A formação do pesquisador é na área de Química, com ênfase em Físico-Química Orgânica, atuando principalmente nos seguintes temas: nanociência, nanotecnologia, química reticular, materiais porosos, carbocátion, hidrocarboneto, superacido, carbônio, substituição eletrofílica aromática, hidratos de gás natural e garantia de escoamento.

A colaboração para esta pesquisa começou de forma furtuita, através de uma conversa e convite feito pelo atual diretor do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior. Ao estudar as demandas desta pesquisa, o Prof. Pierre e seu grupo acabaram por construir um novo material nanoestruturado equivalente a um engradado molecular. “Conseguimos construir esse engradado, extremamente poroso, feito de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, constituído por poros bastante seletivos, o que aumenta muito a sensibilidade. Entreguei uma amostra desse material ao IFSC/USP com a finalidade de testar o sensor que estava sendo proposto. Esse material tem uma grande afinidade para detectar pesticidas e afins, já que ele absorve coisas que estão muito diluídas, devido à sua grande área específica e organofilicidade. Por exemplo, proteínas não passam pelos poros, apenas pequenas moléculas, como as que se encontram nos pesticidas. Considero este novo material como se fosse uma grande “esponja seletiva”, pontua o pesquisador.

O pesquisador considera uma agradável surpresa saber que esse material desenvolvido por seu grupo foi um sucesso nesta pesquisa. Atendendo às inúmeras denominações registradas na International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC), o grupo do Prof. Pierre Esteves decidiu batizar este novo material de “Reticular Innovate Organic From Work 17” (RIO-17). “Fiquei extremamente feliz, pois descobrimos um material com nanoporos que tem um potencial enorme de aplicações e que se destina perfeitamente à finalidade desta pesquisa, dentro da classe de materiais porosos orgânicos. O Brasil é o grande celeiro do mundo e talvez essa seja a razão por se utilizar tanto defensivo agrícola. Há quem diga que no Brasil já não existe agricultura orgânica, de tanto agrotóxico que é utilizado. Por cada metro quadrado de agricultura existem em torno de 10 miligramas de pesticidas e eles são dispersos pelo vento, se entranham na terra, entram nos lençóis freáticos, etc., e por isso não são demais todos os esforços que possam ser feitos para detectá-los”, pontua o pesquisador.

Para o pesquisador da UFRJ, este sensor, dedicado aos agrotóxicos paraquat e carbendazin, abre portas para que, no futuro, se possa ter a esperança de ser possível detectar outros tipos de agrotóxicos, já que “temos a capacidade para desenhar não só o formato, quanto o tamanho desse “engradado molecular”, tal como fizemos para utilizar nesta pesquisa. Somos uma espécie de alfaiates moleculares”, finaliza o pesquisador.

A parceria com o Hospital do Amor

Dr. Henrique Santejo Silveira (foto arquivo pessoal)

O Dr. Henrique Santejo Silveira é igualmente um dos co-autores do artigo científico publicado na revista “Chemical Engineering Journal”. Pesquisador no Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular do Hospital de Câncer de Barretos (Hospital do Amor), ele é docente da Pós-Graduação em Oncologia do Instituto de Ensino e Pesquisa também no Hospital de Câncer de Barretos, e tem experiência em Genética e Biologia Molecular e Prevenção de Câncer, atuando principalmente nos seguintes temas: populações expostas ocupacionalmente, câncer relacionado ao trabalho, interações genes e ambiente e sua influência na carcinogênese, resposta ao estresse ambiental e saúde ambiental.

O Hospital do Câncer de Barretos já mantém uma profícua parceria com o IFSC/USP em diversas áreas. Assim, a contribuição com o fornecimento de amostras de urina oriundo de um grupo de trabalhadores rurais que foram estocadas no Biobanco do Hospital do Câncer de Barretos foi essencial para os testes do sensor. “Estas amostras derivam de um projeto de coorte (RUCAN study) que reunirá cerca de 2.200 trabalhadores rurais daquela região e cujo objetivo é acompanhar, ao longo do tempo, a incidência de diversas doenças causadas pela exposição aos agrotóxicos, incluindo o câncer e doenças neurológicas, sublinha o pesquisador. O Dr. Henrique Silveira salienta, ainda, que uma eventual evolução deste sensor poderá ser utilizada com mais eficácia e rapidez na prevenção e vigilância da saúde dos trabalhadores rurais, principalmente nas intoxicações causadas por agrotóxicos. “O -paraquat e o carbendazim são muito utilizados aqui na região e não só. Até para o próprio Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), que tem inúmeras unidades dispersas pelo país, seria fantástico poder utilizar este sensor na vigilância do trabalhador rural”, pontua o pesquisador.

O pesquisador Thiago S. Martins ressalta: “É crucial evitar a aplicação de químicos proibidos e assegurar a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) apropriados durante a pulverização de agrotóxicos”, finaliza.

Para conferir o artigo científico, clique (AQUI).

Rui Sintra & Adão Geraldo – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de julho de 2024

Lançamento do livro “Condutas e inovações nos cuidados com feridas crônicas”

Da autoria dos pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) Fernanda Mansano Carbinatto, Antonio Eduardo de Aquino Junior e Vanderlei Salvador Bagnato, está já disponível em formato PDF o livro “Condutas e inovações nos cuidados com feridas crônicas”, cujo foco é difundir os conceitos, características, formas de tratamentos convencionais e inovadores, neste último caso através da utilização de técnicas fotônicas, bem como dar a conhecer as principais dificuldades encontradas no tratamento de feridas crônicas.

Este livro vem agregar conhecimentos para os profissionais que lidam com feridas crônicas, de forma a que eles possam saber qual o tipo de tratamento que é mais efetivo para determinado tipo de lesão.

Para a confecção desta publicação, além dos esforços de pesquisadores e colaboradores de diversos setores, muito contribuíram os inúmeros pacientes que realizaram tratamentos de feridas crônicas com a equipe de pesquisadores do Grupo de Óptica do IFSC/USP e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), sempre tendo como meta contribuir para a melhor qualidade de vida de todos quantos são acometidos por feridas crônicas.

Para conferir o PDF desta publicação, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de julho de 2024

Novas metodologias para estudo de produtos farmacêuticos – Física Quântica e Cristalografia Quântica

Com base em um estudo anteriormente realizado, pesquisadores do Laboratório Multiusuário de Cristalografia Estrutural (LAMUCRES) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), concluíram recentemente uma pesquisa que teve o foco na aplicação de novas metodologias para o estudo de produtos farmacêuticos, particularmente para tentar entender melhor como esses produtos funcionam e, em função disso, procurar melhorá-los sabendo qual o seu funcionamento em nível quântico. Isso vai permitir obter novos modelos que, no futuro, abram portas para obter materiais e medicamentos melhorados que apresentem novas atividades. A importância desta pesquisa está relacionada com a inovação proposta para a indústria farmacêutica em relação à introdução da física quântica e, neste particular aspecto, na Cristalografia Quântica.

Adilson Wanderley e Camila Pinto são dois dos autores do artigo científico que foi publicado recentemente na prestigiada revista “Crystal Growth & Design”, inclusive com capa de destaque, tendo como pesquisador principal o Prof. Dr. Javier Ellena (IFSC/USP). “Esta é a segunda etapa de uma pesquisa cujB. co desenvolvimento teve início  em 2017 no LAMUCRES, onde basicamente desenhamos um novo medicamento que consegue juntar dois insumos farmacêuticos, dois princípios ativos, em um só. Em grosso modo, ao invés de um paciente tomar dois comprimidos para uma determinada doença, ele vai apenas tomar um que apresenta uma eficácia maior, contendo uma quantidade menor do medicamento. A ideia por trás da nossa pesquisa é determinar como você consegue juntar esses dois insumos, esses dois princípios ativos em um único só”, salienta Adilson Wanderley, acrescentando que a necessidade de se juntar esses dois princípios ativos em um único comprimido tem como vantagem a possibilidade de  que no organismo eles se separem, agindo com a mesma eficácia e sem perder as suas propriedades.

Os pesquisadores Adilson Wanderley e Camila B. Pinto

A pesquisadora Camila Pinto acrescenta que o que a equipe fez foi avaliar a modificação da distribuição eletrônica no fármaco quando ele é cocristalizado com outro fármaco. “Quando a gente tem essas duas moléculas juntas, uma vai influenciar a outra e aí vai ter uma variação na distribuição eletrônica. A partir disso, conseguimos avaliar interações, ligações, e aí conseguimos entender o que está originando a cristalização conjunta dessas duas moléculas para, no futuro, quem sabe, podermos fazer de forma mais previsível o processo de cocristalização de outros fármacos”, salienta a pesquisadora.

O Prof. Javier Ellena explica que esta pesquisa é composta por várias etapas, sendo que a primeira foi desenvolvida por dois alunos de mestrado do LAMUCRES, Matheus da Ssilva Souza e Luan Farinelli Diniz, que, em 2017, desenharam um composto unindo um fármaco utilizado para combater a tuberculose e um outro utilizado para combater fungos.

“Nesse início da pesquisa cocristalizamos os dois fármacos e obtivemos um medicamento novo que permite tratar problemas relacionados com o câncer de pulmão e problemas fúngicos concomitantes derivados da tuberculose. Isso permite tratar situações de saúde que hoje são preocupantes, como, por exemplo, em pacientes com HIV, que são imunodeficientes, sendo que a tuberculose é uma enfermidade característica nesses pacientes, já que ela é “oportunista”. Uma vez curada a tuberculose, fica como resultado da doença, como sequelas, os fungos que se alojam nos pulmões e isso é um processo difícil de tratar. Então, esse medicamento tem o intuito de cobrir essas áreas, em simultâneo, atendendo às duas situações”, pontua o pesquisador.

Segundo o Prof. Javier Ellena, atualmente, para o mesmo caso acima descrito, a forma de tratamento compreende a utilização de dois medicamentos diferentes, sendo que a nova fórmula desenvolvida anteriormente pelo LAMUCRES aumenta os índices de êxito, diminuindo a quantidade de medicamentos que os pacientes têm que ingerir: ou seja, doses menores, menos chances de interação medicamentosa, menos efeitos colaterais e a eliminação de incompatibilidades, atingindo assim os mesmos resultados nos pacientes.

Capa da revista científica com o estudo em destaque

Cristalografia Quântica

Prof. Javier Ellena

O que os pesquisadores Adilson Wanderley, Camila b. Pinto e colegas fizeram agora foi estudar o novo sólido farmacêutico desenvolvido por Diniz e Souza, mas em nível quântico, eletrônico, algo que se posiciona muito para além dos habituais estudos em nível molecular, ou seja, obterem uma informação de qual é a deformação de densidade de carga que permite que esse medicamento tenha essa atividade. “Sabendo isso, pode-se B. antever quais serão as modificações que são necessárias fazer para melhorar essa atividade. É uma espécie de modelo “fechadura/chave”. Você não conhece a fundo a “fechadura”, mas a partir deste momento sabe, em nível eletrônico, como é a “chave”, sabe onde e como ela funciona e, a partir daí, pode utilizar esse conhecimento rumo a novos avanços no desenvolvimento de novos e melhores medicamentos, mais baratos e eficazes, cujo resultado está patente no artigo que foi capa de revista publicado por Adilson, Camila e restantes colegas”, adianta o Prof. Javier Ellena. A aplicação da Cristalografia Quântica no desenvolvimento de fármacos é a ideia  inovadora deste artigo e foi esse diferencial que levou a sua publicação com destaque na capa de tão prestigiada revista.

Esta pesquisa, tal como muitas outras que são realizadas no IFSC/USP, envolveu uma equipe multidisciplinar, algo que é extremamente importante para o sucesso do estudo. “Você tem que interagir e trabalhar com cientistas de áreas diferentes, como, por exemplo, físicos, químicos, biólogos e farmacêuticos, entre outros, e o LAMUCRES é muito forte nessas interações que desaguam em trabalhos e estudos complexos”, pontua Adilson Wanderley, acrescentando que este é um trabalho demorado, cujo intuito é tentar chegar ainda mais longe para que essa dupla ação possa ser eficaz independentemente de qual for a doença.

Por último, Camila Pinto acredita que estes estudos podem abrir novas fronteiras, como a realização de estudos parecidos, só que para outros sistemas. “Agora, a intenção será fazer o mesmo tipo de estudo, mas para co-cristais de outros fármacos. Por quê? Para aumentar o conhecimento em geral sobre a forma como essas interações acontecem para, lá mais na frente, conseguir prever como os fármacos interagem , facilitando o desenvolvimento de novos medicamentos e visando contribuir de forma mais eficaz para uma melhor administração de fármacos”, finaliza a pesquisadora.

Assinam este estudo os pesquisadores Adilson B. Wanderley, Camila B. Pinto (primeira autora), Juan C. Tenorio, Ihosvany Camps, Christian W. Lehmann e o Prof. Javier Ellena.

Para conferir o artigo científico relativo a esta pesquisa, clique AQUI.

Rui Sintra & Adão Geraldo – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de julho de 2024

Como parte das comemorações do 50º aniversário – ACIESP promove o encontro “Jovens Pesquisadores e a Ciência no Brasil”

Como parte das celebrações dos seus 50 anos, a Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) promove no próximo dia 13 de agosto, entre as 14h00 e as 17h00, no auditório da FAPESP, o evento “Jovens Pesquisadores e a Ciência no Brasil“, em colaboração com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Este encontro é dedicado aos jovens pesquisadores e tem como objetivo discutir o futuro da ciência no Brasil. Foram convidados os Membros Afiliados da ACIESP, os Membros Afiliados da ABC no Estado de São Paulo e os Jovens Pesquisadores da FAPESP.

Com a participação dos presidentes da FAPESP, ABC, SBPC e ACIESP, a programação inclui uma palestra do diretor científico da FAPESP, Marcio de Castro Silva Filho, seguindo-se duas mesas de debates coordenadas pelos acadêmicos Carlos Graeff e Glaucius Oliva, com a participação de diversos jovens pesquisadores de destaque.

Para obter mais informações sobre este evento, incluindo a programação completa, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de julho de 2024

IFSC/USP recebe Congresso de Podologia numa organização do seu Grupo de Óptica

Dr. Eduardo de Aquino Junior

O Grupo de Óptica do IFSC/USP realiza nos dias 27, 28 e 29 deste mês de Julho, com o apoio do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica” (CEPOF), a nona edição do “Congresso de Podologia”, mantendo o intuito de divulgar as tecnologias e protocolos desenvolvidos no Instituto, não só para a área de podologia, como também em termos gerais na área da saúde.

O Dr. Eduardo de Aquino Junior, pesquisador do IFSC/USP e responsável por esse evento, sublinha a importância do mesmo.

“Este ano estamos concretizando este congresso com três dias de duração. O primeiro será um dia dedicado à realização de minicursos, onde iremos abordar temas como processos de cicatrização e tratamento de dor com laser, sendo que a ideia é que se possa desenvolver o tema em uma hora e meia, ao invés de uma palestra de somente 50 minutos. Já nos dias 28 e 29 – domingo e segunda-feira – iremos entrar propriamente no congresso, com palestra de 50 minutos e a exposição de casos clínicos dos profissionais, entre outros temas”, pontua o pesquisador.

Já com lotação esgotada, este congresso, que ocorrerá no “Anfiteatro Verde” do IFSC/USP, está dedicado ao desenvolvimento dos profissionais em relação à parte científica, a melhora na forma de atendimento e troca de experiências entre os participantes, por forma a priorizar e melhorar todo o conhecimento que é desenvolvido na Universidade em prol da sociedade.

Em 2023, este congresso reuniu um número vasto de participantes que lotou o Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”.

Este ano, por motivos de logística, a organização decidiu realizar o congresso em um ambiente menor – Anfiteatro Verde – no IFSC/USP, mas mesmo assim as inscrições superaram em muito aquilo que era esperado. Ou seja, uma vez mais lotação esgotada.

Participantes do Congresso de Podologia – Ano 2023

Para o coordenador do Grupo de Óptica do IFSC/USP e, simultaneamente, coordenador do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, estas instituições realizam periodicamente atividades que tentam valorizar não apenas a Academia e Pesquisa, mas também os profissionais que são os usuários do conhecimento que é gerado na Universidade e das tecnologias que são colocadas à disposição da sociedade. “O caso da podologia é uma dessas apostas. Nós desenvolvemos aos longo dos anos técnicas que permitem combater, por exemplo, a onicomicose, processos de cicatrização e de descontaminação de feridas, além de outras doenças localizadas nos pés, através de técnicas de laser. Realizar um evento onde temos a oportunidade de expor tudo isso aos profissionais, eles têm a chance de ouvir diretamente dos cientistas que desenvolveram essas tecnologias, aprofundando os seus conhecimentos. Isso torna os nossos desenvolvimentos mais próximos das classes profissionais que são usuárias dessas tecnologias”, salienta o pesquisador.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de julho de 2024

No IAU/USP – X SEMANAU E VII SEMAPÓS

O Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU/USP), sediado no Campus USP de São Carlos, organiza entre os dias 05 e 10 do próximo mês de agosto a X SEMANAU e VII SEMAPÓS.

Abertos a todos os estudantes, profissionais e outros interessados nas temáticas, este ano as comissões do curso de graduação e de pós-graduação do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP de São Carlos se uniram para realização do evento “Territórios em Disputa” a fim de explorar as dicotomias, conflitos e relações de poder, em suas conotações materiais e simbólicas, na escala mundial, nacional e universitária.

O evento acontecerá em diversos espaços do campus da USP de São Carlos, onde ocorrerão palestras, mesas de debate, oficinas e intervenções.

Para a participação é necessária a inscrição (AQUI).

Para mais informações, acompanhe os Instagrams do evento em:

@semanau.iau @semanapos.iauusp

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de julho de 2024

Novo portal apresenta ações sociais promovidas pelo campus da USP em São Carlos

Portal das Ações Sociais vai promover o acesso às informações de ações de extensão social oferecidas pelas unidades e órgãos localizados no campus de São Carlos da USP

Com o objetivo de promover o acesso às informações de ações de extensão social oferecidas pelas unidades e órgãos locais, o campus da USP em São Carlos lançou o site Portal das Ações Sociais – USP Campus São Carlos (PAS).

As ações terão foco nos estudantes de escolas públicas e comunidades de baixa de renda de São Carlos, especialmente as que vivem no entorno da Área 2 do campus.

O portal é uma iniciativa do Grupo de Estudos de Ações Sociais (Geas-USP SC), vinculado ao IEA Polo São Carlos, e tem o EduSCar como parceiro educacional. A ideia é que o Portal das Ações Sociais seja um instrumento importante de visibilidade para o público interno que deseja se dedicar a uma das ações de extensão e ao público externo que delas queira se beneficiar. É também importante quando se busca por parcerias externas para financiamento das ações.

As ações de extensão são divididas em três categorias: ações internas (curta ou longa duração para público externo realizadas no campus USP); ações externas (curta ou longa duração para público externo realizada em local externo ao campus USP) e humanitárias (curta duração para público externo).

“O Geas-USP SC e o Portal PAS são mais uma demonstração do comprometimento da USP em interagir com as populações do seu entorno”, comenta o professor José Marcos Alves, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), coordenador do grupo.

São parceiros das atividades sociais a Diretoria Regional de Ensino de São Carlos, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia e as empresas Tese Prime, Pearson Brasil e Anacom. Além dessas, novas parcerias vão implementar ações de extensão voltadas para o entorno da Área 2, incluindo a Prefeitura Municipal de São Carlos, o Inova USP-SC, o Senai, o Instituto Inova, a EduSCar e o Sebrae.

(Jornal da USP – Assessoria de Imprensa da USP São Carlos com informações do GEAS)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de julho de 2024

Intercâmbio IFSC/USP – FACSETE (MG) – Alunos concluem estadia de uma semana em nosso Instituto

Dr. Antonio Aquino com os alunos Gabriel Borba, Natália Oliveira, Diúlia Barbosa e Maria Júlia Matuck

Três alunas e um aluno do 9º período da Faculdade de Sete Lagoas (FACSETE-MG), dos cursos de Odontologia e Fisioterapia, terminaram no passado dia 12 de julho os trabalhos desenvolvidos durante uma semana de permanência no Grupo de Óptica de nosso Instituto, ao abrigo de um programa de intercâmbio já consolidado entre as duas instituições. O foco dos estudantes foi conhecer e aprofundar seus conhecimentos nas novas tecnologias desenvolvidas no IFSC/USP e acompanhar os protocolos relativos às novas formas de tratamento igualmente desenvolvidas no nosso Instituto, culminando a sua participação na confecção de um artigo científico (o primeiro realizado pelo grupo) relativo a um estudo de caso iniciado no dia 08 do mesmo mês dedicado a fibromialgia infantil e autismo.

Gabriel Borba e Natália Oliveira, ambos cursando Odontologia, Diúlia Barbosa e Maria Júlia Matuck, as duas cursando Fisioterapia, constituíram o grupo de estudantes que durante uma semana se empenharam em colher o máximo de informações possíveis sobre tudo o que se passa nos laboratórios do Grupo de Óptica do IFSC/USP. Para Gabriel e Natália, o resultado desta semana de estudos e de trabalho traduziu-se em “um crescimento muito grande e uma oportunidade que as instituições nos deram para um amadurecimento acadêmico e um conhecimento técnico muito grande sobre os novos tratamentos que estão sendo desenvolvidos aqui”. Gabriel relata que “foi algo impressionante, pois na nossa instituição não teríamos tanta oportunidade de aprofundar nossos conhecimentos quanto aqui, já que tudo acontece nestes laboratórios, do início ao fim”, enfatiza o aluno, que pretende seguir a área acadêmica rumo a um mestrado. Para Natália Oliveira “foram aprendizados que irei levar para o resto de minha vida, com experiências enriquecedoras para o meu crescimento e evolução”. Embora tenha também a intenção de seguir a área acadêmica, o certo é que o setor clínico está delineado como prioridade na linha do horizonte de Natália.

Para Diúlia Barbosa, as atividades práticas foram fundamentais em sua permanência no IFSC/USP. “São coisas que num futuro iremos levar para a nossa clínica – o manuseamento das novas tecnologias -, além de ter aprendido a escrever um artigo científico, atendendo a que todos nós estamos fazendo o TCC”, pontua a jovem, que dentro da área da Fisioterapia pretende ingressar na em pediatria. Para Maria Júlia, o grande destaque foi poder saber mais a fundo as reais capacidades que existem nos equipamentos que foram desenvolvidos no IFSC/USP. “Sei que muitos destes equipamentos desenvolvidos aqui, no Instituto, já estão disponíveis no mercado; dessa forma, existem soluções para ajudarem os nossos pacientes. Por outro lado, conhecer os estudos que aqui estão sendo desenvolvidos foi uma espécie de “boom” na minha cabeça, porque eu não tinha essa noção, eu não era muito atrelada às tecnologias existentes nos inovadores equipamentos, então gostei muito”, sublinha a jovem, destacando que tudo isso despertou nela um interesse grande em poder fazer um mestrado na área para se especializar mais em sua futura profissão, preferencialmente em ortopedia e cardiorrespiratória. Quanto ao fato de elaborar um artigo científico apenas em uma semana, Maria Júlia confessa que se assustou. “Me assustei por conta do tempo exíguo que tínhamos para fazer isso. Para fazer o TCC, que é o trabalho de conclusão de curso, temos praticamente um ano para conclui-lo, e ao longo desse tempo temos ideias de como iremos elaborá-lo, já que ele é construído faseadamente. Agora, vir aqui e fazer um artigo em quatro dias foi algo bem assustador, mas também foi muito enriquecedor, porque teve cinco membros pensantes – contando com o Dr. Antonio Aquino – em um artigo só.  Tivemos oportunidade de nos ajudar uns aos outros e saiu mais rápido do que nós quatro esperávamos.

Para o pesquisador do Grupo de Óptica do IFSC/USP, Dr. Antonio Aquino, que acompanhou os jovens estudantes no IFSC/USP “É sempre bom podermos receber alunos que estão dispostos a encarar desafios. A proposta de elaborar um artigo no espaço de uma semana, acho que é só a cereja do bolo com relação à vivência que eles tiveram nesses dias. O artigo científico deste grupo irá passar pelo rito normal por que passam todos os artigos – a aprovação pelo comitê de ética, a submissão a uma revista para um crivo dos pares, e, aí, a aprovação. Certamente vai ser muito positivo, conclui o pesquisador.

Alunos despedem-se do coordenador do Grupo de Óptica do IFSC/USP – Prof. Vanderlei Salvador Bagnato

Rui Sintra & Adão Geraldo – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de julho de 2024

Atualização da produção científica do IFSC/USP em junho de 2024

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de junho de 2024, clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio”, em frente à biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Carbohydrate Polymers” (AQUI).

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de julho de 2024

EE Professora Maria Ramos em festa de final de semestre – “Nanociência e Nanotecnologia” foi tema de destaque em disciplina eletiva

Prof. Marcelo Barros

A Escola Estadual (EE) Professora Maria Ramos, localizada no Bairro Vila Boa Vista, em São Carlos, foi palco para uma bonita festa que reuniu alunos, familiares e professores no passado dia 28 de junho, durante a designada “Culminância”*, que é a realização de uma amostra dos trabalhos realizados durante as disciplinas “Eletivas”, ofertadas durante o primeiro semestre pelos professores e que procurou, neste caso, detectar e incentivar os alunos a definir seus projetos de vida, o seu futuro.

Desenvolvido a partir de um estudo piloto vinculado ao Projeto Temático da FAPESP denominado “Implementação de Metodologias Ativas e Aprendizado em Sala de Aula”, o projeto realizado na EE Professora Maria Ramos envolveu trinta e quatro alunos, sendo que o tema escolhido foi “Nanociência e Nanotecnologia”, implementado e conduzido pelo docente daquela escola, Prof. Fabricio Hender Inoue. Para o docente do IFSC/USP, Prof. Marcelo Barros, que é o pesquisador principal desse projeto temático da FAPESP, a ação do Prof. Fabrício Inoue proporcionou aos alunos um melhor conhecimento sobre os assuntos relacionados com a ciência moderna e contemporânea, com exemplos e aplicações do cotidiano. “O Prof. Fabrício foi capaz de implementar as estratégias ativas de aprendizagem, fazendo com que os alunos se engajassem nas atividades propostas”, salienta o docente do IFSC/USP.

Professor Fabricio Hender Inoue e a diretora da EE Professora Maria Ramos, Profª Luciane Pilegi

Para o Prof. Fabrício Inoue “A ideia de introduzir e trabalhar este tema junto aos alunos foi no sentido de envolver algumas metodologias um pouco diferentes daquilo que é tradicional, como, por exemplo, as metodologias ativas.  Por exemplo, eu comecei por colocar perguntas conceituais sobre o tema aos alunos para que eles respondessem de forma individual e, a partir dessas respostas, ao longo do tempo os alunos se organizaram em grupos para realizarem experimentos ligados à temática. O conceito de Nanociência e de Nanotecnologia é um conceito muitas vezes abstrato, que envolve também Física Moderna, e a ideia foi pegar esse conceito e trabalhar essas metodologias junto dos alunos, algo que é raro acontecer nas escolas do ensino médio”, pontua o docente.

Luciane Pilegi atual diretora da EE Professora Maria Ramos, considera, em primeiro lugar, que esta iniciativa é extremamente  importante, já que ela traz as universidades para dentro do ambiente escolar. “É uma grande oportunidade para que os nossos alunos do ensino médio entendam que têm a possibilidade e todo o envolvimento para irem para uma universidade. Acho que é um preparo importante para todos eles através desta parceria com a USP. O Prof. Marcelo Barros nos procurou no sentido de desenvolver este projeto junto com o Prof. Fabrício, e, no final foi um sucesso, vendo nossos alunos motivados para ir além em seus próprios projetos de vida, o que é muito gratificante, enfatiza a diretora, acrescentando que os alunos que participaram nesta disciplina eletiva se mostraram já com uma tendência natural para a área de tecnologia. “Quando selecionamos alunos para participarem de uma culminância, de uma eletiva, sempre nos questionamos sobre qual será o projeto de vida de cada aluno: será na área da saúde, engenharia, ciência? Nesta eletiva vimos, de fato, que os alunos queriam ir para a área de tecnologia e isso é um incentivo para eles. Desta forma, o ensino médio incentiva estes jovens a frequentarem uma universidade e esta parceria com o IFSC/USP, vocês aqui conosco, junto com o professor e junto com os alunos, isso é muito bom, já que os jovens vêem que seus caminhos estão abertos para a vida. Eles estão vendo que não é algo impossível. Avalio que este foi um trabalho de excelência”, finaliza a professora.

Professores, alunos e familiares reunidos em convívio

A culminância possui um significado profundo, pois representa o ápice de um processo de aprendizagem ou trabalho em equipe. É o momento em que os participantes têm a chance de colocar em prática tudo o que foi aprendido e demonstrar suas habilidades e competências adquiridas ao longo do projeto. Além disso, a culminância é uma forma de valorizar e reconhecer o esforço dos envolvidos, proporcionando um sentimento de realização e motivação para futuros projetos.

Início dos trabalhos da “Culminância” na EE Professora Maria Ramos

A importância da culminância está relacionada ao fato de que ela promove a troca de conhecimentos e experiências entre os participantes e o público presente. É uma oportunidade de disseminar os resultados alcançados e inspirar outras pessoas a se envolverem em atividades semelhantes. Além disso, a culminância também fortalece os laços entre os participantes, criando um senso de pertencimento e colaboração.

Parabéns à EE Professora Maria Ramos.

Rui Sintra & Adão Geraldo – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de julho de 2024

IFSC/USP realiza “Curso para Educadores na área de Física” – “Da mecânica Aristotélica à mecânica Newtoniana”

No âmbito das comemorações do seu 30º Aniversário, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realiza no próximo dia 14 de agosto do corrente ano, com início às 08h30, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, o “Curso para Educadores na área de Física” e cujo público-alvo será constituído por professores de ciências (ensino fundamental II) e física (ensino médio) – mas não restrita a estes.

Essa atividade formativa será constituída por uma palestra/aula experimental intitulada “Da mecânica Aristotélica à mecânica Newtoniana”, com três horas de duração, na qual serão abordados, inicialmente, os aspectos conceituais da mecânica de Aristóteles (384 AC), referente a queda dos corpos. Na sequência, serão tratadas as observações experimentais e conclusões de Galileu (1564-1642) e finalmente as Leis da mecânica sintetizadas por Newton (1642-1726). Finalmente, serão apresentados e testados um conjunto de experimentos, de fácil construção e baseados na plataforma Arduino, para validar as observações de Galileu e as leis de Newton. A ideia é que a atividade estimule e auxilie os professores a incorporarem esses e outros experimentos em seu portfólio didático.

Será emitido um Certificado de Participação com a respectiva carga horária.

Os interessados em participar desta iniciativa deverão se inscrever até o dia 08 de agosto (AQUI).

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de julho de 2024

No IFSC/USP – Oportunidades de Mestrado e Doutorado em Física Atômica com Átomos Frios

O Laboratório de Física Atômica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está com várias vagas abertas para alunos de Mestrado e Doutorado em Física Experimental com Condensados de Bose-Einstein.

Os projetos desenvolvidos no laboratório compreendem investigações de fundamentos dos Sistemas Quânticos em Equilíbrio e Fora de Equilíbrio, bem como Química Quântica próxima do zero absoluto de temperatura e Metrologia de Tempo e Frequência.

Estas vagas se inserem em um dos laboratórios mais produtivos e modernos no que concerne a pesquisas quânticas, sendo que haverá possibilidade para a atribuição de bolsas.

Os interessados deverão entrar em contato, enviando carta de intensão e CV para um dos seguintes e-mails:

Vanderlei Salvador Bagnato – vander@ifsc.usp.br

Gustavo D. Telles – gugs@ifsc.usp.br

Kilvia M. Magalhães – kilvia@ifsc.usp.br

Daniel Magalhães – daniel@sc.usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de julho de 2024

EMBRAPA – Escola de Ciência Avançada tem vagas para simpósio de hologenômica aplicada à produção de alimentos

Estão abertas, até o dia 20 de julho, as inscrições para o “Simpósio Análises de Dados Hologenômicos para a Agricultura” que acontece de 29 a 31 de julho, em São Carlos (SP), cujo público-alvo são pesquisadores, professores universitários, profissionais, estudantes de graduação e pós-graduação nas áreas de ciências agrárias e afins.

Cientistas e estudantes do Brasil e do exterior terão a oportunidade de discutir as aplicações da hologenômica, a ciência que estuda como hospedeiros e microrganismos atuam em sintonia para melhorar a produção de alimentos e a sustentabilidade dos sistemas agropecuários. O simpósio faz parte da programação da Escola Paulista de Ciência Avançada.

Nesses três dias, um público mais amplo fará parte do debate com apresentações de palestras e pôsteres sobre diversos temas relacionados à hologenômica em diferentes domínios da vida.

De acordo com a coordenadora geral, a pesquisadora Luciana Regitano, da Embrapa Pecuária Sudeste, a integração entre cientistas brasileiros e internacionais que desenvolvem pesquisas na área vai proporcionar atualização e interconexão entre os participantes. “O uso de tecnologias cada vez mais sofisticadas proporciona uma visão mais abrangente para lidarmos com eventos climáticos extremos que podem afetar a disponibilidade de alimentos, como ocorreu recentemente no Rio Grande do Sul. O acesso a soluções inovadoras permite o desenvolvimento social, econômico e ambiental que terá efeito na saúde e na produtividade agropecuária”, destacou Luciana Regitano.

A Escola é organizada pela Embrapa Pecuária Sudeste, Embrapa Instrumentação e Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), recebendo também o suporte do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Por se tratar de evento internacional, o idioma será o Inglês.

As inscrições podem ser feitas AQUI.

A taxa é de R$150 para o público geral. Para estudantes, o valor é de R$100.

Para mais detalhes, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP