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20 de dezembro de 2021

Acesso ao Ensino Superior – Mídia e jornalismo científico fornecem temas para provas

Os responsáveis pela elaboração das provas de acesso ao Ensino Superior – ENEM e vestibulares – estão cada vez mais se alicerçando em publicações e reportagens veiculadas pela mídia sobre inovações tecnológicas e pesquisas científicas bastante atualizadas para, a partir daí, lançarem as questões que farão parte dessas provas.

Nos últimos anos, várias provas de ingresso demonstraram isso.  No vestibular da UNICAMP de 2019, por exemplo, uma das questões teve como base artigos e reportagens publicadas no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), divulgando pesquisas do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF-FAPESP). O texto explicava a ação da luz e curcumina na eliminação das larvas do Aedes aegypti. O mesmo aconteceu no ENEM de 2021, onde muitas questões foram elaboradas a partir de reportagens científicas, e novamente uma questão como o tema curcumina e larvas do Aedes aegypti foi apresentada.

“Também no ENEM deste ano, tivemos uma questão envolvendo a óptica das cores, tema que vem sendo apresentado aos alunos do ensino médio nas “Semópticas “- Semanas da Óptica promovidas pelo CePOF – durante muitos anos”, destaca o Prof. Sebastião Pratavieira (VER AQUI).

Este tipo de inspiração para as questões das provas mostra não apenas a relevância e a aplicação dos conhecimentos produzidos pela comunidade científica para os alunos, mas também o tipo de avaliação que tem sido almejada para a formação dos aspirantes aos vestibulares: a capacidade de converter o aprendizado em ferramenta para compreender e resolver problemas, fugindo das questões mais mecânicas do tipo “pergunta-e-resposta”.  Desta forma, torna-se extremamente importante que os alunos e professores/preparadores de vestibulandos fiquem atentos às reportagens, palestras, notícias e conteúdos que vão sendo publicados não só pelos institutos e pelas universidades, como também pela mídia cientifica, todos eles constituindo excelentes fontes de informação. Embora as bases do conhecimento venham através dos livros, é junto aos meios de divulgação científica que os alunos encontram as complementaridades que os obrigam a um raciocínio mais profundo, preparando-os de fato para usar seu conhecimento e, assim, ajudando-os no momento da prova de acesso.

É interessante perceber a relevância desse tipo de abordagem ao notar que, quando termina o ENEM, a hashtag #aprendinoENEM recebe um imenso número de buscas e visualizações, pois por meio delas os alunos compartilham fatos que eles desconheciam, mas que acabam descobrindo – muitas vezes já na prova.

Por isso, é importante que os alunos estejam atentos a essas notícias e reportagens, para que esses conhecimentos não cheguem tarde demais! O site de instituições de ensino e pesquisa como o do IFSC/USP, os vídeos e palestras veiculados no canal do CePOF no YouTube, bem como o site de notícias de agências de fomento como o da Agência FAPESP, são fontes ricas desse tipos de conteúdo, e consumir esses conteúdos com frequência, buscando compreendê-los, certamente contribuirá para a formação e o ingresso dos alunos ao ensino superior! Afinal, como já disse um aluno, “se eu estivesse atento a isso antes, já saberia o caminho das respostas certas… e não descobririam isso só na hora do ENEM!”

Fica a dica!

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de dezembro de 2021

Como encontrar a melhor revista para publicar seu artigo

“Como encontrar a melhor revista para publicar seu artigo” foi o título da apresentação feita por Thaís Vick, da Elsevier no decurso da “5ª Escola de Pesquisadores do Campus USP de São Carlos”, evento que ocorreu entre os dias 30 de novembro e 02 de dezembro.

Para conferir esta palestra, clique na imagem abaixo.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de dezembro de 2021

O NILC e as ferramentas de auxílio à escrita científica

Nesta palestra inserida no segundo dia da “5ª Escola de Pesquisadores do Campus USP São Carlos”, o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, apresentou o tema relativo ao Núcleo Interinstitucional de Linguística Computacional (NILC) subordinado ao tema “O NILC e as ferramentas de auxílio à escrita científica”.

Clique na imagem abaixo para acessar essa palestra.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de dezembro de 2021

Equipe brasileira vence o “McGill Physics Hackathon-2021”

Os vencedores

Alunos do IFSC/USP fizeram parte da equipe vencedora

Nem canadenses, nem indianos, nem americanos, nem chineses. A equipe de pós-graduandos brasileiros não deu chance alguma e conquistou os três prêmios que estavam em disputa no “McGill Physics Hackathon” (VER AQUI), uma competição de programação aplicada à física que ocorreu nos dias 06 e 07 de novembro, de forma remota, promovida pela Universidade McGill, em Montreal, no Canadá.

Sumariamente, este Hackathon – como praticamente todos os outros -, reuniu três dezenas de equipes oriundas de vários países que competiram entre si na área de programação, desenvolvendo e apresentando projetos para a resolução de problemas de física em apenas 24 horas, para um júri internacional previamente escolhido.

A equipe brasileira, constituída pelos alunos de pós-graduação Felipe Fontinele (mestrando – Universidade de Alberta-Canadá), Igor Reis (doutorando – IFSC/USP), Pedro Henrique Cintra (mestrando – UNICAMP), João Augusto (mestrando IFSC/USP) e Vitor Dantas (mestrando IFSC/USP), não deu qualquer chance às restantes equipes concorrentes, tendo conquistado a primeira posição na classificação geral, além do “Prêmio de Melhor Projeto em Astrofísica” e o “Prêmio Escolha Popular”.

Conhecendo-se desde alguns anos, já que todos fizeram sua graduação juntos na Universidade de Brasília, os vencedores desta competição apresentaram uma simulação das órbitas de três corpos celestes (poderiam ser estrelas, buracos negros ou outros corpos celestes de massas grandes). Igor Reis relembra que “(…) o intuito dos projetos apresentados nesta competição não se baseavam na dificuldade de cada um deles, mas sim na resolução de um problema específico da física que pudesse ser entendido por todos, e realmente nós nos superamos em todos os sentidos (…)”. Para Pedro Henrique Pinheiro “Este projeto é o resultado de uma paixão que todos nós sentimos pela Física da Gravidade, principalmente no quesito das estrelas. Foi muito emocionante!”, comenta o estudante.

Felipe Fontinele foi, na opinião de todos, o líder da equipe e o “cabeça” da estratégia, o responsável por fazer todas as contas da relatividade, todos os cálculos que precisaram ser feitos para que o projeto ficasse perfeito. Modestamente, Felipe tenta diminuir essa importância que, contudo, viria a ser fundamental para a conquista não de um, mas de três prêmios. “Cada um de nós fez a sua parte e todos nós somos bem treinados para resolver problemas de física e isso foi fundamental. Este projeto parte do ponto que no Universo você encontra muitos sistemas constituídos por dois corpos, tais quais uma estrela e um planeta ou até duas estrelas, todos eles orbitando entre si. O projeto que nós apresentamos, com a devida dificuldade inerente, foi sobre a dinâmica de sistemas de três corpos, que são raros no Universo, mas que são extremamente interessantes. Nos sistemas com dois corpos você observa sempre órbitas simples, como círculos e elipses bem definidas, enquanto que nos sistemas com três corpos você tem órbitas muito complicadas e até mesmo caóticas: são fenômenos muito complexos”, explica Felipe.

Corroborando com seu colega de equipe, João Augusto acrescenta que “Para corpos que têm uma massa muito baixa – planetas e algumas estrelas – a teoria de gravitação de Newton explica muito bem como esses corpos se movimentam, contudo, o questionamento do nosso projeto foi outro. A pergunta fundamental de nosso projeto foi, o que aconteceria se em vez de três corpos celestes colocássemos três buracos negros, que são extremamente massivos, com velocidades muito rápidas? (VER AQUI)”, explica João .

Vitor Dantas complementa a fala de João. “Para fazer isso que João está explicando, não podemos fazer a teoria de gravitação de Newton, mas sim a teoria de gravitação proposta por Einstein no começo do Século XX. Uma das comprovações dessa teoria é o fato de se ter observado que a órbita do planeta Mercúrio (primeiro planeta de nosso sistema solar, o que se encontra mais próximo do Sol) tinha um comportamento orbital muito estranho. Aí, a teoria de Newton cai por terra quando se observa que a força gravitacional fica muito grande quando os objetos ficam muito próximos uns dos outros, ou quando têm uma massa muito grande”. Todos estes problemas, constatações, cálculos e simulações foram criados e apresentadas pela equipe brasileira, repetimos, em apenas 24 horas, causando, inclusive, admiração nos membros do júri.

Quanto aos prêmios conquistados, os estudantes pretendem guardar o dinheiro para investi-lo em suas pós-graduações.

“1º Lugar Geral” – USD 1.000,00;

“Prêmio Melhor Projeto de Astrofísica” – 5 telescópios (substituídos por valor pecuniário);

“Prêmio Escolha Popular” – USD 400,00;

Para acessar o projeto vencedor, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de dezembro de 2021

No IFSC/USP: Imunossensor detecta proteína de Spike do SARS-CoV-2 através da saliva

Um trabalho desenvolvido por pesquisadores do IFSC/USP, em colaboração com colegas da UNICAMP e da EMBRAPA-Instrumentação, resultou na criação de um imunossensor que detecta a proteína Spike do SARS-CoV-2 em amostras de saliva, inclusive em amostras de vírus inativados que conservam a proteína. A nova metodologia é rápida e extremamente eficaz, empregando equipamento de baixo custo.

Como é do conhecimento público, em diversos países os testes para diagnóstico da COVID-19 não têm sido realizados com a frequência e abrangência necessárias em virtude da indisponibilidade e dos custos elevados das metodologias para detectar material genético do SARS-CoV-2. Os testes rápidos infelizmente não servem para diagnóstico, porque identificam apenas se uma pessoa tem anticorpos para a SARS-CoV-2. Esses anticorpos só são detectados vários dias após a infecção.

As melhores opções para diagnóstico do SARS-CoV-2 são através do conhecido RT-PCR, que detecta o material genético do vírus, mas cujos resultados demoram a ser processados. Além disso, o custo também é alto. Uma alternativa é empregar genossensores que podem detectar material genético de forma mais rápida, mas esses sensores ainda não estão disponíveis comercialmente.

As dificuldades acima motivaram a pesquisa do IFSC/USP e de seus parceiros, com a criação do novo imunossensor cuja detecção da proteína é feita através de espectroscopia de impedância elétrica. O sensor consiste de eletrodos de ouro revestidos com uma película de carboximetilquitosana (um derivado solúvel da quitosana) sobre a qual se deposita uma camada de anticorpos específicos para a proteína Spike. Em contato com uma amostra de saliva que contém o vírus, a proteína Spike é reconhecida, o que gera um sinal elétrico. Como é possível medir esse sinal com um instrumento portátil de baixo custo, podem-se desenvolver testes em larga escala, e empregados em qualquer local.

Segundo a Dra. Juliana Coatrini Soares, uma das autoras do trabalho, o sensor tem baixo custo porque é fruto da nanotecnologia: “Empregamos filmes ultrafinos de material biocompatível, com espessura de poucos nanômetros, que requerem pouco material. Nossa estimativa é que cada sensor custe menos de R$2,00 por unidade. O resultado do teste fica pronto em apenas 10 min. Além disto, o material biocompatível permite emprego em biossensores vestíveis, que poderão ser aplicados para diagnóstico em tempo real.

Para o pesquisador do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, há uma busca intensiva no mundo por novas metodologias de diagnóstico. “Para a COVID-19, em particular, é essencial que o diagnóstico possa ser feito com testes rápidos, o que se torna possível com imunossensores como os que desenvolvemos.”

Para acessar o artigo científico relativo a esta pesquisa, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de dezembro de 2021

Plano de gestão de dados e as publicações científicas

No decurso da “5ª Escola de Pesquisadores da USP São Carlos”, a última palestra relativa ao dia 1º de dezembro foi “Plano de gestão de dados e as publicações científicas”, uma apresentação que esteve a cargo de Elizabete Cristina de Souza de Aguiar Monteiro, da FFC/UNESP.

Clique na imagem abaixo para rever essa palestra.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de dezembro de 2021

Nanomedicina Teranóstica – diagnóstico e terapia em simultâneo

Estão sendo dados passos gigantescos para que num futuro próximo se possa atingir uma medicina quase cem por cento personalizada. Com isso, pacientes com doenças graves, como o câncer, poderão ser diagnosticados e tratados de forma muito mais rápida, sem efeitos secundários e sem a toxicidade apresentada pelos atuais procedimentos rádio e quimioterápicos. Não é ficção científica… É, sim, a conquista da Nanomedicina Teranóstica em uma nova fronteira da nanotecnologia.

Quando se fala em Nanomedicina Teranóstica, fala-se de nanomateriais que têm a particularidade de detectar e mostrar onde existe um problema grave de saúde – e aqui tomamos como exemplo típico o câncer. Ou seja, esses nanomateriais – ou nanopartículas – conseguem se alojar e fazer um diagnóstico de um tumor, combatendo em simultâneo as células cancerígenas, facultando o monitoramento de toda a ação. Várias são as formas atuais de se desenvolverem – ou desenharem – nanopartículas que produzam os efeitos acima relatados. Uma nanopartícula pode se alojar em um tumor e agir como se fosse um farol que o iluminasse e localizasse. Nesta mera e tosca comparação estamos exemplificando uma nanopartícula como agente de contraste para ser “interpretada”, por exemplo, através de imagens de ressonância magnética, ou por imageamento fotoacústico, e cujo exemplo mais recente é demonstrado por um artigo científico publicado recentemente pelo Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano-IFSC/USP), liderado pelo Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, o qual abordaremos mais adiante. Digamos que esta é a parte do diagnóstico. Depois temos a parte terapêutica, cujo exemplo é mostrado em outros artigos do mesmo grupo, que igualmente abordaremos mais à frente, através de uma terapia fototérmica, ou foto-hipertermia. A nanopartícula se aloja no tumor e recebe a radiação de uma luz laser, no infravermelho, promovendo um aquecimento muito localizado somente ao redor das nanopartículas, que se irradia, induzindo a morte celular do tumor.

Prof. Valtencir Zucolotto

Com efeito, quando se forma um tumor ele tem tendência natural a crescer de forma rápida, um crescimento que é comum às células cancerígenas. Como é esperado, os vasos sanguíneos que alimentam esse tumor também se desenvolvem de forma rápida, sendo que suas paredes podem se apresentar irregulares, com poros. E essa é uma situação que favorece a ação das nanopartículas, já que ao circularem pelo corpo humano, naturalmente acumulam-se no tecido tumoral, exercendo então sua ação e deixando, idealmente, os tecidos saudáveis liberados.

“A Nanomedicina Teranóstica representa uma das fronteiras da nanotecnologia, sendo que, atualmente, todos os grandes grupos de pesquisa estão na busca por sistemas que, através da mesma nanopartícula, possam detectar um tumor e em seguida aplicar uma terapia – um antitumoral, uma terapia por aquecimento, ou mesmo tudo isso junto, explica o Prof. Zucolotto, responsável pelo GNano, do IFSC/USP, um dos grupos que mundialmente buscam avanços nessa área.

Voltando um pouco ao início desta matéria, destacamos aqui os dois artigos do GNano que mencionamos anteriormente, resultantes de projetos desenvolvidos in vitro e que foram financiados pela FAPESP. O primeiro trabalho, intitulado Near Infrared Phoactive Theragnostic Gold Nanoflowers for Photoacoustic Imaging and Hyperthermia VER AQUI relata o desenvolvimento de uma estrutura não muito convencional, diferente de todas as outras, com o formato de uma flor. “A vantagem do formato nesse caso, é o rápido aquecimento localizado que a “nanoflor” pode fornecer pela irradiação da luz no infravermelho”, explicam os pesquisadores Olavo Amorim Santos e a Dra Juliana Cancino-Bernardi, autores principais do trabalho. Mostra-se, nesse trabalho, o imageamento feito por espectroscopia fotoacústica, para a detecção do tumor (diagnóstico), passando para a fase terapêutica com a absorção da luz pela nanopartícula, matando a célula tumoral na sequência. “A imagem fotoacústica é uma técnica que também se baseia na absorção de luz no infravermelho por alvos de interesse. Neste caso, pulsos curtos de laser, com duração da ordem de nanossegundos, são aplicados na região tecidual contendo as nanopartículas. Diante disso, o aumento de temperatura é localizado e transiente, o que induz a geração de ondas acústicas, efeito similar ao trovão causado por um raio. Para a formação das imagens que nos permite localizar as nanopartículas, essas ondas acústicas são detectadas por um equipamento de ultrassonografia. Neste caso, o equipamento de imagem é muito similar àqueles usados, por exemplo, em obstetrícia e cardiologia”, acrescenta o Prof. Theo Pavan, do Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto (FFCLRP/USP), co-autor do trabalho.

Near Infrared Phoactive Theragnostic Gold Nanoflowers for Photoacoustic Imaging and Hyperthermia

O segundo trabalho, intitulado Doped Plasmonic Zinc Oxide Nanoparticles with Near-Infrared Absorption for Antitumor Activity (VER AQUI) mostra uma nanopartícula de óxido de zinco modificada, a qual apresenta propriedades optoeletrônicas aprimoradas, incluindo absorção na região do infravermelho próximo. “O material sintetizado representa uma importante classe de nanocarreadores, que pode ser adaptado para a entrega de medicamentos e ser utilizada como plataforma teranóstica, ou seja, capaz de combinar o tratamento e o diagnóstico de forma simultânea em doenças como o câncer. Além do tratamento do câncer, as nanopartículas de óxido de zinco também possuem atividade antibacteriana, o que as tornam excelentes estruturas capazes de combinar os tratamentos usuais contra doenças crônicas e infecciosas em uma única plataforma terapêutica. Em resumo as nanopartículas modificadas de óxido de zinco representam uma alternativa no uso de materiais convencionais com uma rota de síntese mais barata e em larga escala, que é uma particularidade importante para seu uso em aplicações biológicas”, explica Nathalia Rissi, principal autora do artigo.

Contudo, já em 2018 o GNano se aproximava rapidamente da Nanomedicina Teranóstica com a publicação de um trabalho pioneiro no grupo, onde a pesquisadora Valeria S. Marangoni foi uma das autoras, intitulado Photothermia and Activated Drug Release of Natural Cell Membrane Coated Plasmonic Gold Nanorods and β-Lapachone (VER AQUI), realizado in vivo, com modelos animais, relativo ao desenvolvimento de uma nanopartícula que, ao ser irradiada e aquecida, provocou a diminuição de tumores.

Nanomedicina Teranóstica… O futuro da medicina bate à porta.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de dezembro de 2021

Perfis acadêmicos em plataformas digitais e rede social acadêmica (ResearchGate)

No decurso da “5ª Escola de Pesquisadores da USP São Carlos”, a primeira palestra relativa ao dia 1º de dezembro foi “Perfis acadêmicos em plataformas digitais e rede social acadêmica (ResearchGate)”, uma apresentação que esteve a cargo de Brianda Sigolo (Bibliotecária o Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU/USP) e de Ana Paula Calabrez (Bibliotecária sa Prefeitura do Campus USP de São Carlos (PUSP).

Clique na imagem abaixo para rever essa palestra.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de dezembro de 2021

Atualização da produção científica do IFSC/USP em novembro de 2021

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de  novembro  de 2021,  clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI). 

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico Physical Review Letters (VER AQUI)

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de dezembro de 2021

“Estratégias de Ensino – Disciplina “Práticas Pedagógicas no Ensino Superior” – IFSC/USP

Nova Playlist no Canal Youtube do IFSC/USP

A disciplina “Práticas Pedagógicas no Ensino Superior” é oferecida aos alunos da Pós-Graduação do IFSC-USP, com o objetivo de aprimorar a formação desses alunos para a docência em nível de graduação. A disciplina, ministrada pela Profa. Nelma R. S. Bossolan há 12 anos, aborda desde aspectos dos modelos de universidade que influenciaram a prática docente no Brasil, passando por aspectos formais do planejamento de uma disciplina do ensino superior, até a regência de aulas para este público utilizando as chamadas metodologias ativas de aprendizagem.

Neste momento de pandemia da COVID-19, quando a disciplina foi ministrada na modalidade remota, a professora sugeriu que grupos de alunos elaborassem vídeos explicativos sobre algumas metodologias apropriadas ao ensino superior, como atividade alternativa à regência de aulas normalmente oferecidas pelos estudantes no modo presencial da disciplina.

Como resultado, 10 vídeos foram produzidos, abordando 5 estratégias: Aprendizagem Baseada em Projetos, Aprendizagem Baseada em Problemas, Mapa Conceitual, Instrução pelos pares (Peer Instruction) e Sala de Aula Invertida (Flipped Classroom). Os vídeos têm curta duração (entre 10 e 15 minutos), são dirigidos a alunos de pós-graduação e docentes do ensino superior, e têm como objetivo apresentar a estratégia, contextualizar seu uso e mostrar as etapas de sua consecução em sala de aula. Cada vídeo também disponibiliza a bibliografia utilizada para a consulta e aprofundamento pelos interessados.

Segundo a Profª Nelma, “os estudantes mostraram-se motivados e foram muito criativos no processo de elaboração dos vídeos, gerando produtos com correção conceitual e utilizando recursos variados, como o simples ‘uma câmera na mão (no caso, do celular) e uma ideia na cabeça’, até aplicativos um pouco mais sofisticados de edição de vídeos e de banco de imagens”.

Os vídeos podem ser acessados na playlist “Estratégias de ensino – Disciplina “Práticas Pedagógicas no Ensino Superior” (IFSC/USP)” do canal do IFSC no Youtube (ACESSE AQUI).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de dezembro de 2021

IFSC/USP: Programa “Universitário por Um Dia” – O regresso presencial após quase dois anos de interrupção

O programa do IFSC/USP “Universitário por Um Dia” regressou à sua primeira atividade presencial após quase dois anos de interrupção devido à pandemia do Coronavírus, recebendo, no dia 13 de dezembro, a visita de cerca de 30 alunos, devidamente acompanhados por seu professor, de uma escola do ensino médio da cidade de Timburi, interior do Estado de São Paulo.

De fato, esta visita marca o recomeço das atividades do IFSC/USP e do próprio programa, agora obedecendo a todos os protocolos de segurança sanitária em vigor, mas continuando a pensar no estímulo que se deve dar aos estudantes do ensino médio para seu acesso ao ensino superior.

O Educador do IFSC/USP, Herbert João Alexandre, reafirma os objetivos desta iniciativa: “O programa “Universitário por Um Dia” continua a ter o objetivo de proporcionar aos estudantes do ensino médio uma vivência do ambiente universitário, entusiasmando-os a ingressar na Universidade. Ao mesmo tempo, esta experiência serve para os jovens conhecerem um pouco melhor o nosso Instituto, os seus cursos e o próprio Campus da USP São Carlos, além, é claro, de promover o ensino da Física de uma forma lúdica”.

Por outro lado, este programa, que compreende a realização de diversos experimentos e de um show de Física, serve também para subsidiar as aulas dos professores de Física do ensino médio.

Confira abaixo algumas imagens relativas a esta visita.

 

A chegada dos alunos ao Prédio Administrativo do IFSC/USP

Recepção de um dos grupos dos alunos visitantes à Biblioteca do IFSC/USP

Sabrina Mastrantonio (Bliblioteca do IFSC/USP) explica funcionamento da infraestrutura

Um dos grupos reunido na Biblioteca do IFSC/USP

Alunos assistem à realização de experimentos na Sala do Conhecimento (IFSC/USP)

Experimento realizado por um dos monitores do IFSC/USP

(Fotos: Maria Zilda Lima)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de dezembro de 2021

Pinças ópticas poderão em um futuro próximo aprisionar nanopartículas minúsculas

As aplicações poderão ser enormes, inclusive no estudo da interação de biomoléculas uma a uma.

O conceito de pinças ópticas data da década de 1980, com o trabalho pioneiro de Arthur Ashkin, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 2018. Uma pinça óptica serve para prender e manipular partículas – ou nanopartículas – com a luz de um laser. No ar, pode-se levitar essas partículas quando a força da radiação do laser equilibra a força gravitacional e demais forças atuando sobre elas.

Nestes últimos cinquenta anos houve grandes avanços no desenvolvimento e uso de pinças ópticas, destacando-se, dentre as várias aplicações, as da área biologia, pois pode-se manipular células ou DNA de forma isolada. Uma adaptação do conceito foi feita por Steven Chu, Claude Cohen-Tannoudji e William D. Phillips para aprisionar átomos, tendo-lhes rendido o Prêmio Nobel de Física em 1997.

Contudo, uma das limitações das pinças ópticas atuais está na impossibilidade de manipular partículas muito pequenas (dezenas de nanômetros) sem causar aquecimento, o que se deve principalmente às altas intensidades de laser requeridas. Alternativas recentes empregam nanoestruturas metálicas para explorar a chamada ressonância plasmônica. Com essa ressonância o campo eletromagnético da luz é aumentado consideravelmente nas vizinhanças das nanoestruturas, permitindo o aprisionamento de nanopartículas pequenas usando fontes de potência relativamente baixa.

Porém, em metais, ocorre o aquecimento pelo efeito Joule. Por exemplo, o aquecimento nas estruturas plasmônicas usadas para aprisionar nanopartículas é suficiente para ferver a água, impossibilitando o estudo de nanopartículas biológicas, como pequenas biomoléculas ou células.

Essa limitação pode ser vencida dentro de pouco tempo graças ao trabalho teórico desenvolvido por pesquisadores do IFSC-USP e do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), publicado recentemente através de um artigo da revista Physical Review Letters, onde propuseram um novo design de uma nanoestrutura que permite manipular nanopartículas tão pequenas quanto 20 nm, sem aquecê-las. A nanoestrutura projetada é um nanodisco de silício com uma fenda, que pode ser embebido em água (ou solução aquosa) contendo as nanopartículas.

Segundo o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, cálculos teóricos são usados para otimizar a nanoestrutura de maneira que nanopartículas na água possam ser manipuladas e aprisionadas por um feixe de laser de baixa potência no infravermelho. “O que distingue este trabalho de outros, na literatura, é que a luz do laser não é absorvida pelo meio aquoso, ou pela nanoestrutura. Isso ocorre com a excitação pela luz num modo denominado anapolo, em que a luz fica aprisionada principalmente na região da fenda. Não havendo irradiação do campo, este fica inteiramente localizado, pelo que nanopartículas minúsculas, mesmo as de 20 nm de diâmetro, podem ser aprisionadas e manipuladas”, explica o Prof. Osvaldo.

A expectativa é a de que a partir da publicação deste trabalho, grupos experimentais possam fabricar nanoestruturas como as propostas, sendo que as aplicações poderão ser enormes, como no estudo da interação de biomoléculas uma a uma. “Um exemplo será a possível verificação de como um fármaco encapsulado numa nanopartícula ataca uma célula cancerosa”, finaliza o pesquisador.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de dezembro de 2021

Como escrever artigos de alto impacto: da ideia à publicação – “5ª Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos”

Uma das palestras que mais congregou participantes no decurso da “5ª Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos”, evento realizado remotamente entre os dias 30 de novembro e 02 de dezembro do corrente ano, foi a que ocorreu exatamente no dia 30 de novembro, com a participação do coordenador da citada escola, Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, que explanou o tema “Como escrever artigos de alto impacto: da ideia à publicação”.

Clique na imagem abaixo para rever essa extraordinária palestra.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de dezembro de 2021

Reitoria promove Concerto de Natal no próximo dia 17 de dezembro

No próximo dia 17 de dezembro (sexta-feira), a Reitoria promove seu tradicional Concerto de Natal, a partir das 12h, no Auditório do Centro de Difusão Internacional (CDI), no campus da USP em São Paulo. Neste ano, o evento contará com a apresentação da Orquestra Sinfônica da USP (Osusp). O concerto também será transmitido pelo Canal USP (AQUI).

O repertório do concerto inclui as obras  Il Concerto grosso in sol minore, op. 6, n. 8 (fatto per la notte di Natale), de Arcangelo Corelli; Burrico de Pau, de Carlos Gomes; Dança Brasileira, de Camargo Guarnieri; Gabriela, o Frevo, de Felipe Senna; Carinhoso, de Newton Carneiro (sobre original de Pixinguinha), além de músicas natalinas. A regência será do maestro Abel Rocha.

Fundada em 1975, a Osusp é um órgão da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária e tem como objetivos principais divulgar a música sinfônica e de câmara, inovar em propostas educacionais e artísticas, estimular a formação de público e, sobretudo, promover a interação entre o saber produzido na Universidade e a sociedade. Com ampla programação, que inclui concertos sinfônicos e camerísticos, a Orquestra está presente nas salas de concerto e nas unidades de ensino e institutos especializados ligados à Universidade, nos vários campi da USP. Já realizou turnês nacionais e internacionais, lançou oito álbuns, organizou concursos de composição, participou de montagens de óperas e se apresentou com celebrados regentes e solistas do Brasil e do mundo.

O Concerto de Natal é gratuito e aberto a toda a comunidade acadêmica. O Auditório do CDI está localizado na Avenida Prof. Lúcio Martins Rodrigues s/n°, na Cidade Universitária, em São Paulo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de dezembro de 2021

Destaques da produção científica do IFSC/USP (Jul/Ago-2021)

 

A Biblioteca do IFSC apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como interessantes no bimestre de julho/agosto de 2021 pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters. Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP ou quem tem acesso ao Portal CAPES.

Para mais informações sbiprod@ifsc.usp.br

 

ÁREA:   Agricultural Science

Development of cellulose-based bactericidal nanocomposites containing silver nanoparticles and their use as active food packaging

 

ÁREA:   Chemistry

A review on chemiresistive room temperature gas sensors based on metal oxide nanostructures, graphene and 2D transition metal dichalcogenides

Emergence of complexity inhierarchically organized chiral particles

Folding of xylan onto cellulose fibrils in plant cell walls revealed by solid-state NMR

Molecular docking and structure-based drug design strategies

Plasmonic biosensing: focus review

Yolk-shelled ZnCo2O4 microspheres: Surface properties and gas sensing application

 

ÁREA:   Computer Science

Clustering algorithms: A comparative approach

 

ÁREA:   Materials Science

A non-volatile organic electrochemical device as a low-voltage artificial synapse for neuromorphic computing

 

ÁREA:   Molecular Biology & Genetics

Functional and evolutionary insights from the genomes of three parasitoid Nasonia species

 

ÁREA:   Physics

Analyzing and modeling real-world phenomena with complex networks: a survey of applications

Antiproton flux, antiproton-to-proton flux ratio, and properties of elementary particle fluxes in primary cosmic rays measured with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Boosting the sensitivity of Nd3+-based luminescent nanothermometers

Bose-Einstein condensation: twenty years after

Observation of new properties of secondary cosmic rays lithium, beryllium, and boron by the alpha magnetic spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the boron to carbon flux ratio in cosmic rays from 1.9 GV to 2.6 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the helium flux in primary cosmic rays of rigidities 1.9 GV to 3 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the proton flux in primary cosmic rays from rigidity 1 GV to 1.8 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

The Kuramoto model in complex networks

The Pierre Auger Cosmic Ray Observatory

Towards understanding the origin of cosmic-ray positrons

 

ÁREA:   Space Science

Design concepts for the Cherenkov Telescope Array CTA: an advanced facility for ground-based high-energy gamma-ray astronomy

Detection of variable VHE γ-ray emission from the extra-galactic γ-ray binary LMC P3

Introducing the CTA concept

Multi-messenger observations of a binary neutron star merger

Observation of a large-scale anisotropy in the arrival directions of cosmic rays above 8 x 1018 eV

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de dezembro de 2021

Novo sensor com formato de caneta detecta bisfenol-A na água com rapidez e baixo custo

Pesquisadores dos Institutos de Física (IFSC) e de Química (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos desenvolveram um sensor com formato alongado e cilíndrico, semelhante a uma caneta, para análise de poluentes químicos eliminados na água. Fabricado com grafite, nanopartículas de prata e poliuretano, o sensor detecta bisfenol-A (BPA) – composto químico considerado um marcador molecular da presença de contaminantes emergentes, como produtos farmacêuticos, hormônios e pesticidas, entre outros. Resultados da pesquisa, financiada pela FAPESP, foram publicados na revista Materials Science and Engineering: C (VER AQUI).

Paulo Augusto Raymundo-Pereira, coordenador do trabalho, explica que entre os poluentes químicos eliminados no meio ambiente destacam-se os denominados interferentes endócrinos (também conhecidos como desreguladores ou disruptores endócrinos). O BPA, comumente utilizado na produção de policarbonato (um tipo de plástico duro) e em vernizes (como o que reveste latas de alumínio), se enquadra nessa classificação.

Mesmo em baixas concentrações, essas substâncias são capazes de interferir no sistema endócrino dos organismos, que compreende um conjunto de glândulas responsáveis pela síntese de hormônios, e causar prejuízos à saúde, como desequilíbrio hormonal, infertilidade e câncer em órgãos reprodutores.

O Brasil proibiu a importação e a fabricação de mamadeiras e outros utensílios para lactentes que contenham BPA, considerando a maior exposição e suscetibilidade dos usuários desses produtos. Pela regra vigente desde janeiro de 2012, mamadeiras em policarbonato não podem mais ser vendidas no país.

Para as demais aplicações, o bisfenol-A ainda é permitido, mas a legislação estabelece um limite máximo de migração específica da substância para o alimento, definido com base nos resultados de estudos toxicológicos.

“Acontece que o resíduo da produção pode ser descartado em córregos e atingir a estação de água, na qual o tratamento não é 100% eficiente para remover todos esses poluentes. Eles podem, portanto, migrar para a torneira das nossas casas, sendo consumidos por nós.”

Pesquisador Paulo Augusto Raymundo-Pereira

Esse cenário exige o monitoramento constante da qualidade da água. Hoje, a determinação de poluentes emergentes pode, em princípio, ser realizada com análises que envolvem coleta e condicionamento de amostras, além de longas etapas de limpeza. Já a determinação do BPA é normalmente feita por técnicas como cromatografia e espectroscopia. Esses métodos convencionais de monitoramento são caros e demorados.

“Não há uma maneira simples para a análise de poluentes emergentes e, talvez, essa seja a principal razão pela qual os testes com o bisfenol-A ou outros contaminantes ainda não estão disponíveis para as empresas de saneamento, agências de controle ambiental ou pelo menos não nos serviços públicos dos países em desenvolvimento. Esse cenário pode mudar se essas substâncias puderem ser analisadas a partir de sensores sensíveis e robustos, com um dispositivo simples e de baixo custo”, avalia Raymundo-Pereira.

“Pen sensor”

A escolha dos materiais usados no dispositivo – chamado pelos pesquisadores de pen sensor – levou em conta as vantagens obtidas pela combinação entre eles, incluindo estabilidade, facilidade de limpeza da superfície, simplicidade e baixo custo de preparação. Além disso, o poliuretano utilizado é um polímero ecologicamente correto, obtido a partir do óleo de mamona.

“Já tínhamos certa experiência com esses materiais. O grafite é bom condutor elétrico. As nanopartículas de prata, já sabíamos, melhoram a condutividade do grafite, evitam que outras substâncias ‘grudem’ no sensor, além de funcionar muito bem na detecção dos compostos fenólicos, como é o caso do bisfenol.”

A detecção é realizada pela geração de um sinal elétrico produzido por reações químicas de oxidação e/ou redução que ocorrem na superfície do sensor quando em contato com uma amostra contendo o bisfenol-A. Métodos baseados no uso de sensores podem fornecer resultados rápidos e confiáveis ainda nas estações de tratamento, dispensando a coleta da amostra, o uso de equipamentos sofisticados ou a necessidade de pessoal treinado.

Ineditismo e versatilidade

Raymundo-Pereira explica que tanto o desenho do sensor quanto a sua composição são inéditos. “Ele pode ser usado como alternativa às técnicas tradicionais, que são mais caras, consomem mais tempo, geram resíduos e exigem conhecimento técnico de alto nível. Nosso dispositivo pode ser usado por qualquer pessoa, mesmo sem treinamento. Acoplado a um analisador menor do que um celular, possível de ser conectado a um smartphone, forma um conjunto portátil, que pode ser levado a uma estação de tratamento, por exemplo. Não há necessidade de colher uma amostra de água para analisar em laboratório.”

Também é possível utilizá-lo em um rio, em um córrego, um contêiner, um poço e até na torneira. “Em menos de um minuto de contato da amostra com o sensor é possível saber o resultado da análise. Os testes convencionais demoram semanas, até meses. Além disso, a caneta pode ser usada na posição vertical, mas com o sensor virado para cima, e nesse caso apenas 25 microlitros (μl) de amostra – a metade do volume de uma gota – seriam suficientes para realizar o teste”, conta Marina Baccarin, primeira autora do artigo.

A patente do sensor foi submetida recentemente pelo grupo, por meio da Agência USP de Inovação. “A tecnologia está pronta para ser produzida e transferida. Tentamos usar material barato, nada de equipamentos supersofisticados ou importados; tudo pode ser encontrado aqui. E isso exatamente para facilitar essa transferência tecnológica”, ressalta.

A pesquisa teve apoio da FAPESP por meio de três projetos (16/01919-6, 17/04211-7 e 18/22214-6).

(Com informações de Karina Ninni/Agência FAPESP – Foto: Marina Baccarin/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de dezembro de 2021

Com parceria do IFSC/USP: INOVA/CITESC inaugura centro de reabilitação para tratamentos de pacientes com sequelas de COVID-19

Instituto INOVA / CITESC

IFSC/USP disponibiliza equipamentos e pessoal especializado para ação gratuita

Através de uma parceria estabelecida entre a Secretaria de Saúde de São Carlos, Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e o Instituto INOVA/CITESC – Centro de Inovação e Tecnologia em Saúde, será criada, na primeira quinzena de dezembro do corrente ano, o denominado “Centro de Desenvolvimento e Treinamento para Tecnologias e Procedimentos de Reabilitação de Pacientes Pós-Covid-19”, ou seja, um centro de reabilitação único no país e exclusivamente dedicado ao tratamento de pacientes (residentes em São Carlos) portadores de sequelas provocadas por  COVID-19.

Estes tratamentos – gratuitos – serão realizados nas modernas instalações do CITESC, na área do Instituto INOVA – Parque Ecotec Damha, onde ficarão instaladas doze macas bem como todos os equipamentos desenvolvidos nos últimos dois anos pelo IFSC/USP destinados a combater as consequências da COVID-19, com a presença de pesquisadores e técnicos do Instituto devidamente treinados para este efeito e onde serão capacitados novos profissionais que irão reforçar o desenvolvimento das novas tecnologias reabilitadoras.

INOVA/CITESC – Bruna Boa Sorte e Marcelo da Paz

Para a Presidente do Instituto Inova, Bruna Boa Sorte, “Desde o início, as novas tecnologias para a saúde constituíram um dos pilares escolhidos para a atuação do INOVA. Seguimos focados na construção de uma sociedade com menos desigualdades sociais e esse deve ser o papel fundamental dos ambientes de inovação no Brasil”. Para Marcelo da Paz, responsável pelo CITESC “Nossa instituição é um projeto ao qual dedicamos muito tempo e trabalho, desde sua concepção. Agora, com o lançamento e operação desta iniciativa, não tenho dúvida que deixaremos um legado na área da saúde à população são-carlense a partir das novas tecnologias desenvolvidas aqui, pelos pesquisadores de nossa cidade”.

Os destaques destes tratamentos – gratuitos – estarão voltados para as áreas de Fisioterapia e Odontologia, atendendo às principais sequelas que foram sendo detectadas ao longo do tempo, com destaques para dores musculares, dificuldades motoras, dificuldades respiratórias, paralisia facial, zumbidos no ouvido, fadiga, cansaço, perda de olfato e perda de paladar, entre outras.

IFSC/USP – Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato

Para o Diretor do IFSC/USP e Coordenador do Grupo de Óptica do mesmo Instituto, onde foram desenvolvidos os novos protocolos e equipamentos, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato “Através deste Centro teremos a oportunidade de colocar ao serviço da sociedade são-carlense todos os equipamentos e protocolos que foram desenvolvidos pelo Instituto de Física de São Carlos nos últimos dois anos, especialmente concebidos para tratar as pessoas que foram atingidas pela COVID-19 e que felizmente sobreviveram, mas onde muitas delas ficaram com sequelas. Assim, além desses equipamentos, teremos um contingente de pesquisadores e de profissionais que irão atuar nesses tratamentos, com especial destaque para as fisioterapias respiratória, vascular e muscular, bem como as fisioterapias odontológicas destinadas a recuperar o olfato, o paladar e a tratar os zumbidos no ouvido, procedimentos que serão realizados até os pacientes completarem sua recuperação. Esta magnífica parceria viabiliza assim o interesse público, através da Secretaria de Saúde de nossa cidade, o interesse dos cientistas e da academia, através do Instituto de Física de São Carlos / Universidade de São Paulo, da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos que gentilmente cedeu inúmeros insumos hospitalares, do Instituto INOVA, através do CITESC, que disponibiliza o magnífico espaço, tudo isso para que possamos ganhar o restabelecimento da saúde da população que foi acometida com o vírus, por forma a que elas voltem às suas atividades de trabalho, já que tem muitas pessoas que hoje ainda não conseguem voltar plenamente às suas atividades de rotina por causa dessas sequelas”.

Provedor da SCMSC – Dr. Antônio Valério Morillas Júnior

O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, Dr. Antônio Valério Morillas Júnior recorda que a Santa Casa foi a primeira unidade de saúde da região a abrir uma ala com leitos exclusivos para atendimento COVID, tendo investido em treinamento e capacitação e, graças a isso, conseguiu manter ao longo da pandemia baixos índices de letalidade, comparáveis à média brasileira dos hospitais particulares. “O próximo desafio é lidar com as sequelas da COVID. Sabemos que a doença não afeta apenas os pulmões, mas também os rins e aumenta as chances de infarto e AVC. Por isso, o projeto de tratamento para pessoas com sequelas da COVID, no CITESC, é fundamental e nós não poderíamos deixar de dar o nosso apoio, através da doação de um número considerável de insumos hospitalares”.

Presidente da Câmara Municipal de São Carlos – Roselei Françoso

Finalmente, o Presidente da Câmara Municipal de São Carlos, Roselei Françoso, considera bastante importante para todos a implantação desse centro de reabilitação. “Eu só tenho a agradecer essa parceria que envolve governo municipal, governo estadual, governo federal, a USP, Instituto INOVA, e também o poder legislativo da cidade de São Carlos, que de alguma forma tem contribuído para instalação deste centro de reabilitação. Ele vem em um momento oportuno, uma vez que temos muitas pessoas precisando deste serviço. Temos a UFSCar que contribuiu e contribui com a reabilitação de pessoas, mas dado a elevação dos números de munícipes que apresentam essa demanda, eu vejo que é necessário e o mais rápido possível a instalação desta infraestrutura para que a população possa de fato ter a sua qualidade de vida de volta, ter direito de se tratar, de se recuperar e este centro vai possibilitar isso. O Instituto INOVA trabalhou muito para que este dia chegasse. Essa é uma conquista enorme para a cidade de São Carlos. Sabemos que muita gente colaborou para que este projeto desse certo: o Prefeito Airton Garcia, o Prof. Vanderlei Bagnato, a presidente do Instituto INOVA, Bruna Boa Sorte, entre outros que contribuíram para que este momento se tornasse realidade. Desejo que esse centro devolva às pessoas a esperança pela vida”.

O “Centro de Desenvolvimento e Treinamento para Tecnologias e Procedimentos de Reabilitação de Pacientes Pós-Covid-19” está localizado na Avenida Almir Villas Boas, 1100, Parque Tecnológico Damha I, em São Carlos, e será apresentado oficialmente no dia 09 de dezembro, através de coletiva de imprensa a ser anunciada pelo Instituto INOVA / CITESC, sendo que nesse mesmo dia se inicia a inscrição de pacientes. Os tratamentos iniciam-se no dia 13 de dezembro.

De acordo com os pesquisadores do IFSC/UP, responsáveis pelas equipes de atendimento, Profs. Drs. Antonio de Aquino Junior (Diretor Científico do CITESC) e Vitor Hugo Panhóca (Diretor Clínico do CITESC), a previsão é que se possam fazer cerca de dois mil atendimentos por mês, um trabalho que irá se prolongar pelo ano de 2022.

As inscrições para os tratamentos poderão ser feitas através do telefone (16) 99734-2922.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de dezembro de 2021

Organização de estratégias de pesquisa para o desenvolvimento sustentável

No início da “5ª Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos”, ocorrido no dia 30 de novembro do corrente ano, coube ao Prof. Dr. Carlos Henrique de Brito Cruz, Vice-Presidente Sênior de Redes de Pesquisa na Elsevier (Oxford-UK), apresentar a palestra de abertura deste evento subordinada ao tema “Organização de estratégias de pesquisa para o desenvolvimento sustentável”.

Clique na imagem abaixo para assistir a esta palestra.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de dezembro de 2021

Mais de três mil inscritos na “5ª Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos”

Abertura do evento

Ocorreu entre os dias 30 de novembro e 02 de dezembro, de forma remota, a 5ª edição da “Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos”, um evento que reuniu mais de três mil inscrições, revelando, assim, o prestígio e a qualidade que o mesmo tem conquistado ao longo dos anos.

Com a participação de palestrantes de renome, este grandioso evento organizado pelo “Portal da Escrita Científica da USP de São Carlos”, na pessoa do Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, com os apoios do Instituto de Estudos Avançados da USP e da editora “Springer”, manteve o seu foco em desenvolver, aprimorar e consolidar as habilidades necessárias à vida científica de pesquisadores em pesquisa básica e aplicada em temas ousados e de alto impacto.

Uma vez mais, este evento foi especialmente direcionado a alunos de Pós-Graduação, Pós-Doutores, técnicos de nível superior e professores pesquisadores.

Todas as palestras desta “5ª Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos” estão concentradas no Canal Youtube do evento, nercessariamente divididas pelos temas constantes em sua programação.

No Facebook e no Instagram do IFSC/USP estarão sendo publicadas todas as palestras constantes deste evento, que teve um índice de participação bastante elevado.

Vale a pena conferir a Playlist da “5ª Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos” no Canal Youtube (AQUI).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de dezembro de 2021

Prof. Ronald Cintra Shellard soube colaborar, dividir e oferecer

Prof. Tito José Bonagamba

Na Comunidade em que vivemos, são poucas as pessoas que sabem colaborar, dividir e oferecer.

O Caro Amigo Ronald Cintra Shellard foi uma dessas preciosas e raras pessoas.

Tivemos a oportunidade de nos aproximar dele no início da década de 2010, durante as importantes atividades conjuntas da SBF e do CGEE, com o apoio da FINEP, para a realização do estudo intitulado “A Física e o Desenvolvimento Nacional”, publicado em 2012.

Como fruto das estimulantes conversas que tivemos sobre o fundamental papel da Física, bem como de todas as áreas do conhecimento, para o desenvolvimento socioeconômico do País, realizamos o “I Encontro Nacional de Física na Indústria”, em 2013.

Atividades como essas estão ocorrendo até hoje, com maior intensidade e maturidade, destacando aquelas organizadas pela Comissão de Física na Empresa da SBF, que deram um novo norte para as atividades de pesquisa básica em nosso País.

Nos últimos anos, na condição de Diretor do CBPF, exerceu um expressivo papel de liderança dentro dessa perspectiva, ao lado de outra(o)s Diretora(e)s de Unidades de Pesquisa em Ciência e Tecnologia vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), procurando valorizar as atividades de PDI dessas Unidades e ressaltar a relevância das suas contribuições, dentro de suas missões, para o desenvolvimento socioeconômico da nação junto às esferas do Governo Federal.

Esperamos que esses esforços sejam reconhecidos, com o necessário apoio das Agências de Fomento.

Lamentamos a inestimável perda do Caro Amigo Ronald Cintra Shellard, não podendo mais contar com as agradáveis e construtivas conversas, mas preservaremos suas iniciativas, agradecendo todas as preciosas oportunidades que nos ofereceu, explorando-as da melhor forma possível.

(Prof. Tito José Bonagamba – IFSC/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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