Notícias Destaque

29 de abril de 2019

“Laboratório de Difusão Científica (LaDiC): 19 anos de uma história”

Ariane Baffa Lourenço, pesquisadora colaboradora com pós-doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo e Universität des Saarlandes (Alemanha), foi a palestrante de mais um seminário promovido pelo Grupo de Pesquisa em Nanomateriais e Cerâmicas Avançadas do IFSC/USP (NACa), realizado no último dia 26 do corrente mês, subordinado ao tema Laboratório de Difusão Científica (LaDiC):  19 anos de uma história.

Em seu colóquio, Ariane começou por apresentar o Laboratório de Difusão Científica (LaDiC), criado no ano de 2000 pelo Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes no grupo de Pesquisa Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos (CCMC-IFSC). Sua criação adveio da necessidade do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CDMC), vinculado ao CEPID-FAPESP, de ter um laboratório responsável pela disseminação de conhecimento científico aos diferentes segmentos da sociedade.

Desde a sua criação, o LaDiC desenvolve e implementa ações de diferentes naturezas, voltadas à divulgação e disseminação do conhecimento, envolvendo a formação continuada de estudantes da Educação Básica, do Ensino Superior, profissionais autônomos, dentre outros públicos.

Neste seminário, a Ariane apresentou uma síntese das ações desenvolvidas pelo LaDiC nos seus 19 anos de existência, os desdobramentos dessas ações na culminação de projetos em diferentes

instituições de ensino, os projetos de pesquisa a elas desenvolvidos e as perspectivas de ações futuras.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

26 de abril de 2019

Prof. Daniel Magalhães fala sobre o “Sistema Internacional de Medidas”

No último dia 26 deste mês, o programa Colloquimum Diei teve como palestrante o Prof. Daniel Varela Magalhães (EESC),  que apresentou o tema “O que muda no novo sistema internacional de unidades?”.

O palestrante explanou sobre a mudança formal no Sistema Internacional de Unidades – SI, marcada pela data comemorativa do Dia Internacional da Metrologia, 20 de maio próximo. Ele afirmou que essa mudança reflete uma atualização importante das nossas Unidades de Medidas, pois as define em termos de constantes fundamentais da natureza,  ao invés de usar artefatos, como padrões de referência.

O palestrante esclareceu a evolução do SI, tendo abordado elementos motivadores para suas alterações e seus pré-requisitos, principalmente, as Unidades de Base para tempo, comprimento e massa, sendo a última a mais chamativa para essa reestruturação.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de abril de 2019

IFSC/USP: Bolsa FAPESP – PD em Planejamento de Fármacos

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) oferece uma (1) oportunidade para pesquisador de Pós-Doutorado, com bolsa FAPESP. O pesquisador irá integrar um grupo multidisciplinar de pesquisadores em colaboração com a unidade de planejamento de fármacos da University of Dundee – Escócia, Reino Unido (http://www.drugdiscovery.dundee.ac.uk/home), para estudar novos compostos ativos contra T. cruzi e Leishmania spp., a partir de fontes naturais, para o tratamento da doença de Chagas e da leishmaniose.

Trata-se de um projeto temático intitulado “Converting natural product leads into structure- and ligand-based drug discovery campaigns against leishmaniasis and Chagas’ disease” (Processo FAPESP 2018/14268-9), fruto do acordo com o Medical Research Council do Reino Unido (MRC/UKRI), com apoio do Fundo Newton.

O pós-doutorando será responsável pelo planejamento e execução de (i) ensaios fenotípicos in vitro contra Trypanosoma cruzi e Leishmania, e (ii) estudos in vitro de farmacocinética e metabolismo (solubilidade, permeabilidade, lipofilia e estabilidade metabólica). A iniciativa visa também o estudo do mecanismo de ação (MoA) por meio da deconvolução do alvo para os compostos bioativos identificados.

Requisitos

Os candidatos devem possuir título de doutor obtido há no máximo 7 (sete) anos, no país ou no exterior, e experiência na condução de ensaios in vitro de parasitologia e/ou farmacocinética/ADME in vitro. Fluência em inglês e capacidade de trabalhar em equipes interdisciplinares são obrigatórios.

Inscrições

O prazo de inscrição se encerra em 23 de maio de 2019. Os interessados devem enviar curriculum vitae, carta de interesse e duas cartas de recomendação para o Prof. Adriano D. Andricopulo (aandrico@ifsc.usp.br), coordenador do projeto.

Informações sobre a bolsa

O selecionado receberá bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP no valor de R$ 7.373,10 mensais e Reserva Técnica, que equivale a 15% do valor anual da bolsa e se destina à utilização em atividades estritamente relacionadas com o projeto de pesquisa da Bolsa, no período de vigência da mesma. Bolsistas que precisem se mudar para São Carlos/SP podem solicitar o benefício de Auxílio Instalação, quando houver deslocamento por distância superior a 350 km (trezentos e cinquenta quilômetros). Esse benefício precisa ser aprovado pela FAPESP.

Mais informações sobre a bolsa de Pós-Doutorado da FAPESP: www.fapesp.br/270.

Para conferir o processo nº 2018/14268-9 da FAPESP, clique AQUI.

(Foto: OMS)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de abril de 2019

Em Santa Catarina: XVIII Brazil MRS Conference – XVIII B-MRS

Realiza-se entre os dias 22 e 26 do próximo mês de setembro, em Balneário Camburiú (SC), o XVIII Brazil MRS Conference  – XVIII B-MRS, numa organização da Sociedade Brasileira de Pesquisa e, Materiais, um fórum inteiramente dedicado aos avanços e perspectivas recentes em ciência e tecnologia de materiais, contando-se com a participação de diversas sociedades latino-americanas de pesquisa em materiais, que apresentarão, através de seus representantes,vinte e três simpósios nas mais variadas áreas de interesse.

A conferência de abertura será apresentada pela Profª Yvonne Primerano Mascarenhas, docente e pesquisadora do IFSC/USP, que ocorrerá no conhecido “Complexo Cristo Luz”, e que se subordinará ao tema Cristalografia no Brasil: origem e panorama atual.

Dia 30 de abril é data limite para a submissão de “abstracts”.

Para mais informações sobre este evento, e/ou para se inscrever, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de abril de 2019

Catalin Toma dá seminário no “Journal Club/General Relativity”

No último dia 25 de abril, o Seminário do “Journal Club/General Relativity” contou com a participação do aluno de pós-graduação do IFSC/USP, Catalin Toma, oriundo da Universidade de Jacobs (Alemanha).

O palestrante dissertou sobre o tema Spontaneous scalarization of black holes and compact stars from a Gauss-Bonnet coupling, uma palestra que congregou vários jovens pesquisadores do IFSC/USP.

Os seminários integrados no “Journal Club/General Relativity” são da responsabilidade dos docentes e pesquisadores do nosso Instituto, Profs. Daniel Vanzella e Betti Hartmann, contando sempre com a participação de pesquisadores convidados e de alunos de pós-graduação que desenvolvem temas e pesquisas relacionadas com a área específica de conhecimento.

 

 

 

Asssessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de abril de 2019

Ingressante no IFSC/USP com foco em pesquisas na área de data-science

Existem aqueles que são conquistados por uma graduação específica do dia para a noite. Outros, que ao longo dos anos sabem exatamente o que esperar do futuro. No caso de Augusto Sousa Nunes (18), ingressante do Curso de Física Computacional do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a decisão por aquilo que queria cursar foi uma grande mistura – quase uma salada russa.

Natural de São João da Serra Negra, distrito de Patrocínio (MG) – onde fez os ensinos fundamental e médio – Augusto começou a interessar-se por ciências exatas desde muito cedo, mas foi apenas no 5º ano do ensino fundamental que teve o primeiro contato com o que descobriria mais tarde ser Física. “Foi só no final do ano, em uma aula de ciências, que experimentei a noção básica de Física. As últimas aulas tratavam do sistema solar e uma base para o estudo de eletromagnetismo. Tudo bem simples, mas já o suficiente para me interessar, juntamente com alguns colegas”, comenta Augusto. “As aulas motivaram-nos a desmembrar carrinhos de brinquedo e montar uma maquete com os vários motores que conseguimos retirar: tudo funcionando. Foi bem legal!”, menciona, com nostalgia, relatando a primeira interação com a disciplina que retornaria ao seu convívio apenas quatro anos depois, já no 9º ano.

Finalizado o ensino fundamental, Augusto foi aprovado no concurso do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), que permitia aos ingressantes cursar o ensino médio conjugado ao técnico – no caso – em Manutenção e Suporte em Informática. Segundo o estudante, a realização do técnico, em paralelo ao estudo da grade comum, foi fundamental para consolidar o gosto pela disciplina e expandir a visão dele quanto à sua futura área de atuação. “O curso técnico proporcionou logo de cara o estudo de matérias em Física que eu veria apenas no 3º ano do ensino médio, em uma escola comum, mas como precisávamos da noção de eletrônica para realizar os projetos propostos, a grade foi adiantada. Essa ‘inversão’ de matérias agregou muito para o entendimento daquilo que me agradava”, destaca Augusto.

Além do desenvolvimento dos conhecimentos em Física, o curso técnico escolhido por Augusto permitiu a interação com outro grande interesse do estudante: computação. “Eu sempre gostei muito de computadores, então, logo no primeiro ano procurei uma iniciação científica. Foi assim que comecei a trilhar o caminho que queria seguir: a Computação”, afirma.”Mesmo assim, no 3º ano eu ainda não tinha plena certeza do que queria. Minha dúvida era: Engenharia da Computação ou Ciência da Computação? Foi só quando saiu o aplicativo do SISU que me decidi por Física Computacional”, completa.

Em janeiro do corrente ano, após a abertura do aplicativo do Sistema de Seleção Unificada (SISU), Augusto procurava cursos relacionados à sua área de interesse quando se deparou com o curso de Física Computacional do IFSC/USP. “Eu achei um curso com nome interessante e resolvi pesquisar um pouco mais sobre a grade e área de atuação. Achei um curso bem legal, com área de atuação ampla e relacionada com aquilo que eu queria, então coloquei como primeira opção. No final das contas, passei”, narra o ingressante sobre a escolha do curso.

Porém, a calma e simplicidade com que conta a trajetória até o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) não significa que a espera pelo resultado tenha sido simples. Para o mineiro, havia apenas duas opções possíveis: Física Computacional, na Universidade de São Paulo (USP) – que realmente interessava – ou Ciência da Computação, na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) -, o curso mais próximo de casa. Decidido a arriscar, Augusto investiu na universidade paulista, mas não foi aprovado logo de cara. “Eu estava entre colocar Uberlândia ou São Carlos no SISU, mas acabei decidindo pela USP. Nem falei nada para os meus pais, mas quando percebi que não tinha passado pela chamada regular, comentei: ‘e pensar que se eu tivesse colocado UFU eu teria passado’. A minha mãe ficou muito brava”, comenta, divertido, sobre a reação da mãe.

Mesmo incerto quanto ao futuro, Augusto estava determinado a vir para a cidade de São Carlos, fosse para a graduação, ou para um possível ano de cursinho. “Eu queria vir de todo jeito. Acabei convencendo minha mãe de que os gastos que eu teria em Patrocínio, com o cursinho particular, seriam quase tão grandes quanto a despesa para me manter em São Carlos, onde estudaria no cursinho popular da UFSCar: a vantagem de São Carlos seria o contato mais próximo com a ciência, através de cursos e palestras que eu já poderia assistir, e passar pela fase de adaptação mais cedo”, explica. “Por sorte, nada disso foi necessário porque logo na primeira lista de espera o meu nome apareceu como aprovado. A minha mãe até chorou de emoção, “tadinha”, comemora o calouro de nosso Instituto.

Momento de maior tensão dos adolescentes, prestar vestibular não foi tão estressante para Augusto, no final das contas. A tranquilidade no momento, que para outros seria de caos, veio, segundo o estudante, de muito planejamento e autoconhecimento. “Todo mundo se espanta quando eu falo que foi um período tranquilo, mas quando chegou o começo do terceiro ano eu tomei certas decisões: não iria fazer iniciação científica pelo terceiro ano seguido e aquilo que eu estudei no 1º e 2º ano do ensino médio não deveria ser reestudado. O curso técnico já me tomava tempo extra, então decidi não me saturar mais. Mesmo assim, é inevitável continuar se cobrando mais e mais”, relata. “Isso tudo mudou muito quando eu comecei a ouvir podcasts. Entre a minha cidade e o Instituto Federal eram uns 40 minutos de viagem, tempo que eu passava ouvindo músicas. Acontece que durante esses quarenta minutos, ouvindo todos os dias as mesmas músicas, começaram a cansar; então, em uma dessas viagens comecei a ouvir um podcast que falava justamente sobre sair de casa e o quanto nos agarramos à ilusão de que temos apenas um ano de nossas vidas para nos preparar para o vestibular e entrar na faculdade, enquanto, na verdade, não é bem assim. Ouvir isso me deu a tranquilidade de que eu precisava em 2018”, completa.

Quanto às expectativas para a Graduação, Augusto prioriza para 2019 o foco nas disciplinas da grade do primeiro ano, embora não descarte um futuro de projetos de pesquisa e iniciação científica. “Agora estou focado em me empenhar e compreender as disciplinas. Logo nas primeiras aulas os professores enfatizaram algumas orientações de estudo pré-aula e pós-aula, e é nisso que eu vou focar por enquanto. Além disso, todos os veteranos mencionam que não é interessante pegar uma iniciação científica logo no primeiro ano, mas não descarto essa possibilidade para o futuro próximo”, revela. “Quero seguir carreira como pesquisador na área de data science, – motivo pelo qual escolhi a Física Computacional – por isso acredito que ter uma iniciação nessa área ou participar de um grupo de pesquisa seria muito produtivo”, projeta Augusto, que no momento está envolvido em no Data ICMC, grupo de data science do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação (ICMC/USP).

Sobre as necessidades de formação de bons profissionais, Augusto enfatiza a maestria do IFSC. “No geral, toda universidade que ministra cursos da minha área de conhecimento deve ter bons grupos de pesquisa e um amplo apoio de ensino para formar profissionais capazes; e isso o IFSC/USP já nos fornece. Para saírem bons profissionais do Instituto, cabe o envolvimento em iniciação científica e esforço individual: faz toda a diferença”, declara.

Para os futuros ingressantes do Curso de Física Computacional, Augusto deixa a sabedoria e a curiosidade como mensagem. “Pesquisas, muito além de inovar, trazem ao pesquisador uma nova visão de mundo e a oportunidade de conhecer questões com mais profundidade. Foi o que me motivou a seguir a Física Computacional e se isso é o que te motiva também, então siga seus sonhos; mas faça iniciação só depois do primeiro ano!”, brinca.

(Carolina Falvo – Estag. Jornalismo – Com Superv. Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de abril de 2019

Sangue novo refresca Academia Brasileira de Ciências (ABC)

Os professores Tiago Pereira, docente e pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP) e Diogo de Oliveira Soares Pinto, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), são os novos membros afiliados da Academia Brasileira de Ciências (ABC), para o período de 2019/2023, cuja formalização se realizou em cerimónia ocorrida no dia 14 de março último, na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (USP), em São Paulo.

A notícia foi acolhida com bastante regozijo, não só no Campus USP de São Carlos, como também e principalmente nas Unidades onde os jovens docentes desenvolvem seus trabalhos – Instituto de Física de São Carlos e Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação.

Características comuns aos dois jovens pesquisadores: humildade, amor pela ciência, amor por seus alunos, sentido de responsabilidade e visão futura, o que faz com que esta entrevista tenha a fragrância de um futuro que certamente será promissor para o País.

Professor associado do ICMC na área de Matemática aplicada desde 2015, Tiago Pereira obteve seu bacharelado em Física (2004) pela USP, doutorado em Matemática (2007) pela Universidade de Potsdam, na Alemanha, e a livre-docência em Matemática (2015) pela USP. O tema central de sua pesquisa é o comportamento coletivo que emerge de forma espontânea em sistemas dinâmicos que interagem. Em particular, o foco de estudo é como a estrutura de interação infere com a dinâmica individual para gerar novos comportamentos dinâmicos. Com pós-doutorado em matemática feito igualmente na Alemanha e mais tarde, já no Brasil, no Instituto de Matemática Pura Aplicada (IMPA), Tiago afirma que sempre se manteve na mesma área, exceto quando regressou ao nosso país.

“Eu trabalhava no sentido de entender como a ordem emerge naturalmente em sistemas. Isso é mais tratado pela Física, mas a matemática pode ajudar muito nesse direcionamento. Sempre foi um grande interesse meu. Por exemplo, você vê uma revoada de pássaros voando, mas de fato aquelas verdadeiras nuvens de pássaros não tem um líder, ou seja, eles alcançaram uma ordem sem ter um líder. No nosso coração acontece a mesma coisa. Cada célula tem seu próprio ritmo, mas se elas não conversarem entre si, a gente vai ter uma arritmia”, exemplifica Tiago. Grande parte de seu trabalho de pesquisa foi no sentido de traduzir o exemplo acima em contextos matemáticos e a partir das equações tentar prever o comportamento de várias situações, algo que criou robustez em todo estado da arte de suas pesquisas.

Chanceler alemã Angela Merkel em visita a um dos laboratórios na Universidade de Berlim

Relativamente à sua indicação para a ABC, Tiago Pereira considera – com humor – que foi um ótimo antidepressivo. “Acho que o reconhecimento é importante, porque é indicação de que o que fazemos está certo. É também uma forma de reconhecer uma área de pesquisa, porque o que eu fazia aqui não era exatamente main streaming, mas emerge de várias áreas; pegamos uma parte da matemática – grafos aleatórios -, juntamos com sistemas dinâmicos e tentamos resolver. É, em suma, o conjunto de todo o conhecimento que consegui adquirir e colocar em prática” sublinha o jovem cientista.

Dedicação e formação de bons professores

Com uma experiência riquíssima na Europa, Tiago Pereira compara a pesquisa que é feita no exterior com a que é feita em nosso país, considerando que o gap está na “qualidade uniforme”. “No Brasil, a pesquisa é boa, você tem alguns dos melhores grupos do mundo, mas conforme viaja pelo país você vai notando uma queda na qualidade; por exemplo, você vai a uma universidade vizinha da sua e lá tem um “apagão” de mão de obra. Essa disparidade gera uma desqualificação grande do estudante e isso impede o nosso crescimento. Veja o que acontece na Alemanha, por exemplo: você vai a uma universidade distante da capital (Berlim) e o nível de trabalho é exatamente igual. Na Europa, tem também algumas disparidades: eu trabalhei na Inglaterra e comparar o top 10 britânico com as outras universidades na própria Inglaterra era irreal; mas no Brasil a disparidade é gritante. Na Inglaterra, de seis em seis anos eles avaliam os professores a nível nacional e você só pode enviar quatro trabalhos para essa avaliação. Não é numérico! Eles preferem que você faça três coisas boas em quatro anos, do que você “atirar para todo lado”. Lá, eles pegam os grupos de pesquisa, leem os trabalhos e “ranqueiam” os departamentos”, pontua Tiago, que acrescenta faltar uma grande integração de áreas de pesquisa no Brasil, por forma a diminuir o citado gap.

Centro de Pesquisa na London Metropolitan University – Investimento de 30 milhões de libras

Dando como exemplo uma frase de Confúcio “Se você quer sustentar a pessoa por um dia, dê comida a ela, se quiser sustentá-la pela vida toda, tem que educar”, Tiago Pereira afirma que o que falta para alavancar a pesquisa nacional é eliminar o gargalo que existe na área da educação, ou seja, formar bons professores. “Tudo isso remete a Sócrates, que morreu por querer educar. Consultei recentemente a estatística do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa INEP) e os piores alunos viraram professores de ensino médio”. Questionado sobre qual a sua principal preocupação perante os alunos, Tiago Pereira aponta que dar treinamento é essencial e, relativamente à sua área, não se trata só de ensinar matemática, mas apresentar uma cultura do problema. “Por exemplo, fazer um doutorado tem efeitos quando a pessoa percebe que o problema é dela. O grande desafio é apresentar o problema ao aluno e ele resolvê-lo sozinho. O meu desafio é manter a neutralidade”, sublinha o pesquisador. Para os alunos, Tiago Pereira deixa uma pequena mensagem. “O conhecimento é bonito quando você se esforça; você verá essa beleza intrínseca ao longo dos vários anos de estudo. Mas isso requer uma dedicação”.

A informação quântica

Diogo de Oliveira Soares Pinto é graduado em Física (2003) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com doutorado em Física (2009) pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Suas pesquisas são principalmente em informação quântica, tendo contribuído para a caracterização de correlações quânticas em sistemas de ressonância magnética nuclear (RMN) e em materiais magnéticos. Dedica-se à melhoria de protocolos de estimativa de parâmetros a partir da teoria quântica (metrologia quântica) e se estende à geometria da informação, dinâmica de sistemas abertos e termodinâmica de sistemas fora de equilíbrio.

Diogo ingressou no pós-doutorado no IFSC/USP em meados de 2009, sob a orientação do Prof. Tito José Bonagamba, após ter concluído uma etapa de seu doutorado na cidade de Aveiro (Portugal). Depois de quatro anos no nosso Instituto, o pesquisador conseguiu uma oportunidade para prestar concurso e acabou contratado. “Estava no Grupo de Ressonância Magnética até agora, no final do meu probatório, e a partir daí criei uma identidade forte na área da informação quântica, que proporcionou a abertura de um grupo de pesquisa nessa área, em 2018”, recorda o pesquisador.

Questionado sobre o que é informação quântica, Diogo Soares Pinto alega que até podia responder sobre o que é informação e, nesse capítulo, arrisca-se a contar uma história. “Claude Shannon – o pai da teoria da informação – foi o primeiro a estudar esse problema, a entender o que era um computador e como você poderia manipular “bits”. A partir daí, ele propôs uma maneira de quantificar informação, sem de fato dizer o que ela era. Ele quantificou com uma função matemática inventada por ele  e reza a lenda que foi se consultar com o matemático John Von Neumann – o grande teórico da época –, mostrando suas conclusões. Von  Neumann terá dito: ‘Em primeiro lugar, eu acho que esse seu quantificador de informação deveria se chamar de entropia, porque essa função já existe em física e o nome dela é esse mesmo – entropia. Em segundo lugar, porque você tem uma vantagem em uma eventual discussão com qualquer físico, ou seja, você sabe o que ela está quantificando e o físico, em geral, não sabe”, relata Diogo, sorrindo perante nossa momentânea confusão. Em suma, segundo nosso entrevistado, informação é algo onde você consegue pegar toda e qualquer coisa e decodificar nessa quantidade de “bits” que carrega a identidade de algo a ser trocado e que podemos quantificar com a entropia ou com famílias de entropias. “A informação quântica surge quando você permite não lidar mais com bit 0’s e 1’s e passa a querer codificar essa informação em sistemas quânticos (partículas). Houve uma evolução grande na área e hoje existe uma espécie de distanciamento entre o que a teoria propõe e o que vai ser quantificado. Hoje, discute-se independente do sistema físico em que se vai quantificar, e manipulam-se informações. Essa é uma visão um pouco particular sobre o que é, mas, no fundo, tudo é informação quântica. É como você quantifica e manipula isso”, destaca Diogo Soares Pinto.

O impacto de entrar para a Academia Brasileira de Ciências

Claude Shannon (Foto de: Stanley Rowin)

O fato de ter sido indicado para a Academia Brasileira de Ciências foi algo que impactou o jovem cientista. “Como  estudei no Rio de Janeiro, tive a oportunidade de ter como meu mestre o Prof. Luiz Davidovich, que é o presidente da Academia. Sempre ouvimos dizer que é na Academia que os grandes mestres se reúnem para discutir diretrizes, que participa quem tem destaques de uma forma ou de outra, quem tem a oportunidade de lidar de forma mais ampla com o meio académico, com outras áreas do conhecimento, discutir políticas, até mesmo para propor políticas de estado. Isso sempre permeou o meu pano de fundo, porque convivi com isso; agora, ser indicado foi impactante, porque é uma chance de fazer parte desse grupo, é uma coisa que você sabe que está ali, mas que nunca teve contato. Por isso, vejo que realmente estou conseguindo construir uma carreira e esse ingresso na Academia é um reconhecimento de anos de trabalho”, comenta Diogo.

Já com um encontro geral dos membros da Academia marcado para o próximo mês de junho, Diogo afirma que sua preocupação se irá centrar no combate às inúmeras tentativas feitas recentemente – em nível mundial – para a desconstrução de conhecimentos e das ideias científicas já adquiridas, como, por exemplo, a defesa de um “terraplanismo e de movimentos contrários às vacinas. “A Internet é muito importante, agentes sociais são muito importantes, mas ultimamente eles têm dado voz a uma desconstrução de conhecimentos e ideias. As pessoas estão preferindo acreditar mais em discursos vagos, porque acham que tudo pode ser questionado e que pouco ou nada deve ser entendido à luz da Ciência: não foi de um dia para o outro que um cientista ou pensador acordou e simplesmente disse que a partir daquele momento determinado conceito funcionaria de determinado jeito. Existem métodos científicos, existem séculos e séculos de conhecimento acumulado, de análises de casos, de estruturação de ideias. Eu ouvi recentemente alguém dizer uma frase curtinha, bem interessante, que fala mais ou menos assim: “Toda pessoa que nasce, já nasce com conhecimento acumulado de séculos, porque séculos antes de seu nascimento, pessoas trabalharam no desenvolvimento do conhecimento; quando ela nasceu, não nasceu um mundo, mas entrou em um mundo que já existe”. Então, as pessoas questionarem ideias sem saber a origem delas é perigosíssimo, pois isso começa a afetar a saúde pública, questões de segurança, privacidade, etc.”, pontua Diogo, acrescentando que a Academia vai certamente trabalhar para mostrar à sociedade como realmente funcionam as coisas e desmistificar determinados conceitos e afirmações falsas.

A pesquisa no mundo e no Brasil

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – Brasil

Em relação ao mundo, a pesquisa tem evoluído muito rapidamente, segundo Diogo Soares Pinto. Nas últimas décadas houve uma disseminação do conhecimento científico, principalmente nas universidades, principalmente devido a um aumento de entrada de alunos nos programas de pós-graduação. “A minha área de conhecimento – informação quântica – tem sido de alguma forma privilegiada, com muitos investimentos por parte dos governos, no mundo, atendendo a que existe uma perspectiva de realização e avanço tecnológico: comunicação segura através de satélites, criptografia, computadores quânticos, etc., isso fomenta pesquisa de alta qualidade, da básica à aplicada, e houve um impulso da área nas últimas décadas. Com relação ao Brasil, curiosamente tem-se vivido um retrocesso brutal em questão de investimentos, o que tem impactado na pesquisa brasileira. Aqueles que trabalham com pesquisa teórica, como eu, sentem um pouco menos, mas quem trabalha com experimental, sente mais. Agora, a pesquisa académica tem uma coisa boa, que é o fato de que quando você começa um trabalho, ele não para, ele avança sempre, quer esse trabalho tenha um índice maior ou menor de dificuldade”, pontua Diogo.

No final da entrevista, o Prof. Diogo Soares Pinto deixa uma mensagem aos alunos: “Tenham criatividade e curiosidade. Essas duas componentes são extremamente importantes. Se você é curioso, tenaz, ou seja, insiste em fazer algo, se dedica a isso, inevitavelmente você será capaz de construir algo com o conhecimento adquirido e, na perspectiva da academia, é fazer com que todo o mundo entenda que o que ele recebe vem sendo construído ao longo de séculos e não saiu simplesmente da cabeça de um professor; é um conhecimento de longo prazo que precisa ser aprendido com profundidade, dedicação e curiosidade. Então, primeiro, devagar, que você precisa passar alguns anos ainda aprendendo. E, para formar um bom aluno – não quero dizer um que apenas publique muitos artigos –, um cara que entende o problema que está lidando, tem ferramentas para lidar com os problemas, administrar, manipular e construir coisas novas. A maior satisfação de um professor é quando chega ao final de um doutorado e percebe que conseguiu fazer isso com um estudante, que ele conseguiu independência, mantendo a curiosidade e a criatividade dele – aí, você fez um bom trabalho. Já para os alunos de graduação, o objetivo é formar pessoas para chegarem à pós-graduação, apresentando ferramentas e ao longo de todo o caminho falar que é difícil, mas estimular sempre a curiosidade para um dia eles a utilizarem com criatividade. Acho que é um ponto importante para quem está no meio académico e é um trabalho que dá um enorme prazer: você depender de si mesmo para criar. É um trabalho criativo e talvez assemelhado à arte”, finaliza o docente.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de abril de 2019

“Oficiência” – Carregando a bateria do celular no sapato enquanto caminha

O chamado Efeito Piezoelétrico é a propriedade que alguns materiais apresentam de se polarizarem ao serem pressionados mecanicamente.

Os exemplos mais corriqueiros são os conhecidos isqueiros eletrônicos, os tênis que acendem leds, ou os relógios de quartzo.

Por mais incrível que pareça, você pode, inclusive, colocar a bateria de seu celular no sapato e enquanto caminha, salta, corre ou dança, por exemplo, a bateria carrega automaticamente e estará pronta para ser usada novamente, em pouco tempo.

Quer saber como funciona tudo isso e muito mais? Assista ao programa “Oficiência” na TV-USP/CEPOF (Canal 10 da Net São Carlos) ou no Youtube, apresentado pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes.

Clique na imagem abaixo e assista ao Efeito Piezoelétrico.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de abril de 2019

Instituto de Física de São Carlos e seu serviço de apoio psicológico

A USP disponibiliza à sua comunidade acadêmica um serviço de acolhimento para prevenção de sofrimentos, orientação e acolhimento por meio do Escritório de Saúde Mental. Além dessa iniciativa institucional, algumas unidades também oferecem um atendimento similar, como é o caso do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), que possui uma psicóloga que trabalha para dar apoio imediato a quem apresenta sintomas relacionados a doenças mentais.

Bárbara Kolstock Monteiro, psicóloga que coordena o atendimento no nosso Instituto, já realizou cerca de cem atendimentos e traçou um perfil do público que tem buscado o serviço.

“A depressão e a ansiedade são os quadros que mais aparecem no instituto, não tanto entre funcionários, mas, principalmente, entre alunos de graduação e pós-graduação. Aliados a esse quadro, temos situações com abuso de álcool, ingestão de medicamentos e drogas, que contribuem para um agravamento do estado depressivo”, analisa Bárbara.

Drª Bárbara Kolstock Monteiro

As mulheres são maioria nos atendimentos e a idade dos que mais procuram o serviço oscila entre 21 e 25 anos. “O número de mulheres é superior ao dos homens, embora esse índice não represente apenas um maior adoecimento por parte delas, mas a maior facilidade em solicitar ajuda. A literatura aponta que mulheres cuidam mais da saúde do que os homens”, esclarece a psicóloga.

A profissional aponta que problemas financeiros, dramas familiares, isolamento e frustração no rendimento escolar são algumas das causas que levam a situações extremas, como, por exemplo, o suicídio. “A metodologia aplicada é, em primeiro lugar, fazer o acolhimento, escutar e validar o sentimento da pessoa, dando seguimento aos problemas considerados mais graves, como é o caso da tendência ao suicídio e é aí que nossas forças têm que estar conjugadas.”

O trabalho da Bárbara também inclui a prevenção. Ela realiza palestras de esclarecimento sobre doenças mentais na ação IFSC e Bem-Estar de sua Comunidade. A partir do mês de janeiro, ela pretende criar grupos terapêuticos com alunos de graduação, pós-graduação e funcionários, além de tentar fazer parceria com o Centro de Educação Física, Esportes e Recreação (Cefer) da USP a fim de promover atividades físicas específicas para melhorar a saúde mental das pessoas.

“Eu acredito muito no trabalho da psicologia neste sentido de ajudar a ultrapassar dificuldades, que essas pessoas comecem a ter um olhar diferente em relação ao instituto, que não é um lugar de sofrimento, mas de prazer, de promoção da saúde e do convívio saudável”, destaca a psicóloga.

Bárbara lembra que sua missão é identificar o que está causando sofrimento, adoecimento, e buscar as modificações necessárias para se atingir o bem-estar individual e coletivo. Uma das iniciativas que contribuem para esse equilíbrio é o Momento Bem-Estar, na biblioteca do IFSC/USP, com práticas de meditação. “Todos nós precisamos ter vários pilares no nosso dia-a-dia, não podemos apenas trabalhar, ou estudar, ou ser só pai, só mãe. Precisamos diversificar os nossos dias para ter equilíbrio”, conclui.

Para contatar Bárbara Kolstock Monteiro, utilize o e-mail barbarakmpsico@gmail.com

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de abril de 2019

SBI/IFSC: Como sobreviver sem assinar revistas científicas

Universidades de vários países estão criando novos arranjos para ampliar o acesso à literatura científica, depois de suspender contratos de assinaturas com grandes editoras, considerados caros e abusivos.

Para atender, ao menos em parte, as necessidades de informação de seus alunos e pesquisadores, as instituições apostam em ferramentas que ajudam a localizar na internet cópias de papers disponíveis em acesso aberto e no apoio de redes de bibliotecas e de mídias sociais para obter artigos de conteúdo restrito.

A Universidade da Califórnia (UC), nos Estados Unidos, por exemplo, anunciou em fevereiro o rompimento com a editora holandesa Elsevier, por meio do qual, a um custo de quase US$ 11 milhões por ano, seus 273 mil estudantes e 68,4 mil docentes e pesquisadores podiam ler documentos publicados em 2,4 mil periódicos.

Responsável por cerca de 10% de toda a produção científica norte-americana, a UC pressionava a Elsevier a aceitar um novo acordo, em que fariam parte de um único pacote o preço das assinaturas e as taxas pagas pelos pesquisadores da universidade para publicar seus artigos em acesso aberto em títulos da editora.

A Elsevier insistiu em manter o esquema tradicional para a maioria de seus periódicos, cobrando assinaturas e taxas de publicação de artigos e exigindo quantias extras quando o autor quer divulgar seu paper livremente na web.

Mais informações ver texto completo: http://revistapesquisa.fapesp.br/2019/04/15/como-sobreviver-sem-assinar-revistas-cientificas/

(Serviço de Biblioteca e Informação / SBI/IFSC/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de abril de 2019

Produção Científica do Instituto de Física de São Carlos em março de 2018

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica, cadastradas no mês de  Março  de 2019, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) no final da página principal do IFSC.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico:

Pattern Analysis and Applications, v. 22, n. 1, p. 89-98, Feb. 2019

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de abril de 2019

No PPGF/UFSCar: Absorção e espalhamento de Raios-X moles no SIRIUS 

No próximo dia  25 de abril, pelas 16h30, na sala de Seminários Swieca Nova, o Programa de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal de São Carlos (PPGF/UFSCar) levará a efeito mais um colóquio, desta vez ministrado pelo Prof. Dr.  Pedro Schio, do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron / Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, que desenvolverá o tema Possibilidades em absorção e espalhamento de Raios-X moles no SIRIUS 

Neste colóquio, Pedro Schio mostrará como a utilização de Raios-X para estudo de materiais tem evoluído desde sua descoberta. O avanço tecnológico dos aceleradores de partículas, produzindo Raios-X mais brilhantes e de comprimento de onda selecionáveis, impulsionou uma profunda expansão no escopo de estudos relacionados.

Na primeira parte deste colóquio, o palestrante irá descrever de forma breve alguns dos princípios de funcionamento dos aceleradores de partículas modernos, bem como alguns aspectos da interação de radiação e matéria, apresentando, também, o projeto SIRIUS, o novo acelerador de partículas de quarta geração que se encontra em fase final de construção em Campinas.

A segunda parte do colóquio será dedicada às possibilidades existentes no SIRIUS, no que diz respeito a técnicas utilizando Raios-X moles, com a apresentação das possibilidades de estudos em (i) absorção de raios-X (XAS), incluindo possibilidade de investigação de propriedades magnéticas dos materiais com seletividade ao elemento químico (XMCD); (ii) espectroscopia de fotoelétrons com resolução angular (XPS, XPD, ARPES) ou espacial (microscópio PEEM).

Além destas técnicas relacionadas com radiação síncrotron,  Pedro Schio descreverá a infraestrutura disponível para estudos in-situ de superfícies e filmes finos, que consiste em câmaras para evaporação de filmes finos metálicos por epitaxia de feixes moleculares (MBE), câmara de crescimento de materiais complexos por deposição a laser pulsado (PLD) e microscópio de sonda de varredura nos modos força a atômica e tunelamento conectados por túnel de ultra-alto vácuo nas câmaras experimentais disponíveis.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de abril de 2019

Romain Dubessy apresenta seminário no Grupo de Óptica (IFSC/USP)

O Grupo de Óptica do  IFSC/USP realizou no dia 23  do corrente mês mais um seminário, desta vez com o Dr. Romain Dubessy (Univ. Paris 13), que explanou o tema Superfluid Dynamics and Collective Excitations of a Quasi-Two Dimensional Bose Gas.

Dubessy apresentou os recentes resultados experimentais obtidos no Grupo Condensado de Bose-Einstein, da Universidade Paris 13, tendo discorrido sobre a configuração experimental baseada em átomos Rb87 super-esfriados presos em um potencial revestido de radiofrequência.

Neste seminário, foram discutidas as excitações de baixa energia do gás quântico e mostradas como elas podem ser reveladas usando um processamento de dados conhecido como Análise de Componentes Principais, relacionadas com suas propriedades e com a dinâmica do super-fluido. Também foram apresentados resultados preliminares sobre gases super-fluidos de rotação rápida, bem como quais os direcionamentos das pesquisas atuais e futuras no grupo do pesquisador.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de abril de 2019

“O mal estar na cultura contemporânea: questões e desafios para a Universidade”

A professora doutora Maria Arminda do Nascimento Arruda, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, estará no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP nesta quarta-feira, 24 de abril, a partir das 16 horas, no anfiteatro térreo localizado no edifício Q1, onde abordará o tema “O mal estar na cultura contemporânea: questões e desafios para a Universidade”.

“A partir da caracterização dos princípios estruturadores da cultura moderna que definiram as balizas do nosso entendimento pretende-se refletir sobre a forma pela qual esses valores foram questionados na sociedade contemporânea.  A partir desse problema, a exposição tratará do papel das universidades nesse cenário de profundas transformações do ideário da modernidade”.

Maria Arminda é Diretora da FFLCH-USP e membro da Comissão de Atividades Acadêmicas da USP.  Atuou como Pró-Reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP de 2010 a 2015. Tem vasta produção de artigos e capítulos de livros, além de orientações de mestrado e doutorado. Recebeu inúmeras distinções acadêmicas, entre elas o Prêmio Jabuti 2002 – Menção Honrosa; Medalha Cultural Imperatriz Leopoldina do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.

A palestra integra a programação do Ciclo de Palestras e Seminários Química às 16 horas (Q16), que discute temas atuais envolvendo ciência, universidade, academia e gestão do conhecimento, com cientistas de diferentes áreas que apresentam, de forma aberta, suas atividades a todos os interessados gratuitamente. A Coordenação deste ciclo está a cargo dos professores doutores Fabio Henrique Barros de Lima e Danilo Manzani.

(Com informações da Assessoria de Comunicação do IQSC/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

22 de abril de 2019

Instituto de Física da USP no desenvolvimento de novas vacinas orais

Um estudo recentemente publicado na prestigiosa revista Nature – Scientific Reports, que contou com pesquisadores do Brasil e do exterior conseguiu demonstrar a eficiência do uso da sílica nanoestruturada como adjuvante (veículo protetor) na produção de vacinas orais mais eficientes.

O objetivo principal da pesquisa foi o de garantir a segurança do antígeno encapsulado dentro do veículo protetor pela passagem através do trato gastrointestinal, promovendo a entrega correta dos antígenos no organismo e com isso aumentar a resposta imunológica.  No caso particular da hepatite B, os pesquisadores observaram que a utilização da sílica nanoestruturada SBA-15 na formulação oral se constituiu numa abordagem viável. Como resultado de sua estrutura porosa, baixa toxicidade e estabilidade estrutural, a SBA-15 foi capaz de proteger e liberar o antígeno do tipo partícula viral (HBsAg), utilizado no esquema de vacinação, no destino desejado. Além disso, quando comparado com o método de administração baseado em injeção atualmente utilizado, observou-se uma melhora na resposta de anticorpos.

No entanto, informações sobre a organização da proteína do antígeno permaneciam desconhecidas. Por exemplo, a partícula HBsAg era muito grande para entrar nos mesoporos ordenados da SBA-15, de diâmetro médio 10 nm, e apresentava uma tendência para aglomerar quando protegido pelo sistema de entrega. Foi nesse momento que a Física foi fundamental para auxiliar os cientistas na resolução do problema.

A dependência do pH da agregação das partículas HbsAg foi testada em solução salina e os cientistas começaram a investigar essa agregação usando a técnica de espalhamento de raios X a baixo ângulo (SAXS) que resultou em uma otimização das condições de encapsulamento. Além disso, microscopia por transmissão de raios X com varredura (STXM), a tomografia com nêutrons e raios X permitiu visualizar imagens completas em 3D do agrupamento da HBsAg (a aglomeração de antígenos), dentro dos macroporos da SBA-15. Esse método evidenciou a organização do antígeno no interior do sistema de entrega da vacina no organismo, onde as partículas HBsAg aglomeradas coexistem com partículas uniformemente distribuídas, estas últimas mais adequadas à liberação dos antígenos para o sistema imunológico.

Essa nova abordagem, a ser levada em consideração ao preparar a formulação, pode ajudar muito na compreensão de estudos clínicos e no avanço de novas formulações de vacinas orais.

O Brasil tem dado contribuições importantes para o desenvolvimento de adjuvantes (veículos) a base de sílica nanoestruturada que poderão ser usados em polivacinas, algumas delas de uso oral, e em transporte de novas biomoléculas tornando o processo de desenvolvimento de novas vacinas mais barato. O Instituto de Física da USP em conjunto com o Instituto Butantan e o Niels Bohr Institute da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, participam ativamente dessas pesquisas.

Confira AQUI o artigo publicado na Revista Nature-Scientific Reports.

(Com informações de José Clóvis de Medeiros – Assessoria de Comunicação do IFUSP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

22 de abril de 2019

Comunicado: Transporte entre as Áreas 1 e 2 do Campus

Prefeitura do Campus UPS de São Carlos solicita colaboração para que usuários utilizem o horário das 7h30 para a Área 2 do Campus

Em COMUNICADO publicado no Informe Geral de 1° de abril de 2019, foi informado que haveria a inclusão do horário das 7h30 na escala dos ônibus que efetuam o transporte entre as Áreas 1 e 2 do Campus.

No comunicado, solicita-se a cooperação de todos os usuários para que cheguem mais cedo e utilizem os ônibus no horário das 7h30 e com isso evitem os atrasos que ocorrem quando não há ônibus suficientes para o transporte de todos os passageiros no horário das 7h50.

É preciso compreender que a Prefeitura do Campus não possui ônibus e motoristas suficientes para atender toda a demanda neste horário.

Tivemos muitas reclamações, principalmente porque os alunos estavam chegando nas aulas da Área 2 após terem sido iniciadas.

Sem a colaboração dos usuários, qualquer esforço da Prefeitura do Campus será em vão, e as aulas continuarão sendo prejudicadas.

Desde o dia 3 de abril, quando começou a vigorar o horário das 7h30, não houve comparecimento considerável de usuários que influenciasse no horário das 7h50. Por duas vezes, um dos ônibus que partiu às 7h50 precisou voltar da Área 2 para a Área 1 e levar os passageiros que não conseguiram embarcar. Esta situação poderia ter sido evitada se mais passageiros utilizassem o ônibus no horário das 7h30.

Portanto, alertamos a todos os usuários do transporte entre as Áreas 1 e 2 do Campus que, infelizmente, caso não haja a adesão do público em utilizar os ônibus no horário das 7h30, não será possível evitar os atrasos que estão ocorrendo.

(Com informações da Assessoria de Comunicação do Campus USP de São Carlos / Seção de Transportes – DVMANOPER – Prefeitura do Campus)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de abril de 2019

“Ciência às 19 Horas”: A malária volta assustar o Brasil

Depois de quase uma década de constante progresso no controle da malária, o Brasil volta a registrar um aumento expressivo do número de casos na Amazônia. Em 2016, foram notificados somente 129.000 casos no País, o menor número em 37 anos. Entretanto, chegamos ao final de 2017 com mais de 193.000 casos notificados – um aumento de quase 50% em relação ao ano anterior. Os números provisórios de 2018 tampouco dão margem a otimismos.

Por esse motivo, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realiza no próximo dia 24 de abril, a partir das 19 horas, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, mais uma edição do programa Ciência às 19 Horas, com a participação do Prof. Marcelo Urbano Ferreira, pesquisador do Departamento de Parasitologia – Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/USP), que irá falar sobre A malária volta a assustar o Brasil.

Tendo em consideração que a Universidade de São Paulo possui uma longa e frutífera tradição de cooperação técnica com o Ministério da Saúde e com as secretarias municipais e estaduais, para o controle da malária, esta palestra irá apresentar alguns dos recentes resultados  apurados em pesquisas de campo recentes, na busca de fatores que contribuam para um melhor controle da doença, principalmente na Amazônia, onde ela é originária.

Esta palestra é aberta a todos e tem entrada gratuita.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

 

 

18 de abril de 2019

Pesquisador do MIT visita IQSC/USP e profere seminário no dia 22

O pesquisador Bradley D. Olsen do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Estados Unidos, profere o seminário “New Routes for Bioconjugate Synthesis to Self-Assemble Protein Nanomaterials” nesta segunda-feira, 22 de abril, às 10 horas, no anfiteatro térreo do edifício Q1 do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP.

Olsen atua junto ao Departamento de Engenharia Química, na área de design de materiais e materiais inteligentes baseados em polímeros e proteínas para aplicação em bioeletrônica. Durante o seminário abordará novas rotas de síntese de compostos bioconjugados e de nanomateriais a base de proteínas automontadas.

O cientista é convidado do professor doutor Frank Nelson Crespilho, coordenador do Grupo de Bioeletroquímica e Interfaces do IQSC, local onde fará visita.

A atividade tem o apoio da Diretoria e da Pós-Graduação do IQSC, é gratuita e aberta a todos os interessados.

As inscrições estarão oportunamente disponíveis no site www.iqsc.usp.br/eventos.

(Com informações de Sandra Zambon – Assessoria de Comunicação – IQSC/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de abril de 2019

FAPESP apoia novas “Escolas São Paulo de Ciência Avançada”

A FAPESP anunciou recentemente uma nova chamada da modalidade Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), que oferece recursos para a organização de cursos de curta duração em pesquisa avançada nas diferentes áreas do conhecimento no Estado de São Paulo.

É a décima quinta chamada da modalidade, que tem periodicidade anual. Além de contribuir para o avanço do conhecimento e para a formação dos participantes, espera-se que os eventos apoiados contribuam para dar visibilidade à pesquisa, aos programas de doutorado e às oportunidades para estágios de pós-doutorado no Estado de São Paulo, em especial a candidatos de outros estados e países.

Cientistas com interesses profissionais comuns irão se reunir, por período de 10 a 14 dias, promovendo intensa discussão e análise dos aspectos mais avançados em seus campos de pesquisa.

Os professores que lecionarão as disciplinas nas escolas selecionadas deverão ser pesquisadores de excelente qualificação e destaque, incluindo cientistas estrangeiros convidados.

Os estudantes participantes devem estar matriculados em cursos de graduação ou pós-graduação no Brasil ou exterior, sendo potenciais candidatos a cursos de mestrado e doutorado ou a estágios de pós-doutorado em instituições de ensino superior e pesquisa no Estado de São Paulo. Também poderão ser aceitos alguns jovens doutores.

Espera-se que, entre os pesquisadores convidados para apresentar minicursos ou palestras, estejam cientistas de alta visibilidade mundial, evidenciada por meio de elementos como o recebimento de prêmios científicos de alto nível, publicações de impacto reconhecido pela comunidade da área, liderança em organizações de destaque internacional. Com isso busca-se oferecer aos estudantes participantes a oportunidade de conviver com destacados cientistas.

Os estudantes selecionados terão a oportunidade de apresentar, em sessões de pôsteres, os resultados de suas pesquisas, discutindo progressos com os cientistas participantes.

As Escolas São Paulo de Ciência Avançada oferecem meios de disseminação de informação e ideias de uma forma que não poderia ser obtida por meio de canais usuais de comunicação, como publicações científicas e apresentações em eventos científicos.

Na seleção, serão priorizadas propostas com temas não debatidos recentemente nas escolas selecionadas pela modalidade ESPCA.

Submissões serão recebidas até 9 de agosto de 2019, exclusivamente pelo Serviço de Apoio a Gestão (SAGe) da FAPESP.

Uma reunião aberta a interessados para esclarecimentos sobre a modalidade ESPCA e a chamada será realizada na sede da FAPESP, no dia 22 de maio.

Para conferir o conteúdo desta chamada, clique AQUI.

(Com informações da FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

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