Notícias Destaque

9 de março de 2023

Novo horário de funcionamento da Biblioteca do IFSC/USP

A partir do dia 13 de março do corrente ano, a Biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) terá seu funcionamento reduzido, entre as 08h00 e 19h00, mas os alunos terão ao seu dispor todo o espaço 24h que tem capacidade para acolher ~80 pessoas com toda a infraestrutura adequada para os estudos.
9 de março de 2023

CNPq aprova projeto de “Pesquisa e Desenvolvimento em Computação Quântica”

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aprovou o Projeto de “Pesquisa e Desenvolvimento em Computação Quântica” relativo à Chamada CNPq/MCTI/SEMPI Nº 26/2022, coordenada pelo Laboratório de Crescimento e Nanofabricação (IFSC/USP) através do pesquisador Prof. Euclydes Marega Junior, em parceria com o Laboratório de Semicondutores do Departamento de Física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), liderado pelo Prof. Marcio Daldin Teodoro.

Esta proposta tem o objetivo principal de produzir amostras de pontos quânticos semicondutores individuais de InAs em substratos de GaAs através da técnica de Epitaxia por feixes molecurares (MBE).

Além da individualização dos pontos, estes serão inseridos em cavidades fotônicas e estruturas plasmônicas, o que permitirá que se atinjam regimes de forte acoplamento da interação da luz-matéria, fator necessário para a criação de fontes emissoras de fótons únicos que podem ser utilizadas para o desenvolvimento de tecnologias de informação quântica.

Resumidamente, o foco deste projeto é produzir pontos quânticos de forma a que os pesquisadores possam isolar apenas um deles e, a partir desse ponto quântico, poder controlar a emissão de fótons, fazendo com que ele se transforme em um emissor de informação quântica. “Podemos controlar esse fóton colocando-o perto de uma cavidade plasmônica – ou uma nano-antena. Dessa forma, poderemos mostrar que é possível controlar pontos quânticos usando nano-antenas, sendo que esses pontos quânticos poderão ser utilizados, do ponto de vista quântico, para a emissão de informação criptografada. Embora já existam conceitos que compreendem esses pontos quânticos colocados dentro de uma cavidade fotônica, o que nós pretendemos é construir uma cavidade plasmônica”, explica Marega Junior.

Prof. Euclydes Marega Junior

Mas, qual é a diferença entre uma cavidade fotônica e uma plasmônica? De fato, segundo explica o pesquisador do IFSC/USP, no caso da cavidade fotônica existe a necessidade de fazer com que o ponto quântico fique dentro dela, num conjunto de espelhos. No caso da cavidade plasmônica é como se você colocasse a estrutura ao lado do ponto quântico. “Dessa forma, podemos trocar informação mexendo no estado quântico desse ponto através dessa nano-antena, ou seja, através de uma informação apenas óptica, só com luz”, conclui o pesquisador.

Este projeto teve em consideração a experiência e a infraestrutura existente no Laboratório de Crescimento e Nanofabricação do IFSC/USP, principalmente aquela que é necessária para o crescimento epitaxial de semicondutores, processamento e caracterização através de micro-fotoluminescência, bem como a individualização destas fontes.

Por outro lado, a parceria com o Laboratório de Semicondutores do Departamento de Física UFSCar mostrou-se ideal para esta pesquisa, atendendo a que ele possui a infraestrutura necessária para caracterização óptica das nanoestruturas através de técnicas de espectroscopia resolvida no tempo e com análise de polarização em campo magnético.

Esta pesquisa irá proporcionar que estudantes de graduação e pós-graduação tenham contato direto com o estado da arte da tecnologia de informação quântica experimental, sendo que todos as etapas desta proposta poderão ser desenvolvidas nos laboratórios da USP e UFSCar.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de março de 2023

Sensor de papel detecta agrotóxicos em alimentos – Pesquisa conjunta do IFSC/USP e IQSC/USP

Dispositivo criado na USP se assemelha a um medidor de glicose usado por diabéticos (Foto arquivo pessoal dos autores)

Pesquisadores dos Institutos de  Física (IFSC) e de Química (IQSC) da Universidade de São Paulo desenvolveram um sensor eletroquímico de papel kraft capaz de detectar em tempo real a presença de pesticida em frutas e verduras. Ao entrar em contato com maçãs ou repolhos, por exemplo, o sensor, ligado a um dispositivo eletrônico, identifica a presença e mede a quantidade do fungicida carbendazim – amplamente utilizado no Brasil, apesar de proibido. Os resultados foram divulgados na revista Food Chemistry.

“Para verificar a presença de pesticidas em alimentos por meio de abordagens convencionais é preciso triturar uma amostra, submetê-la a processos químicos demorados para só então detectar a substância. Os sensores vestíveis, como o que desenvolvemos para o monitoramento contínuo da concentração de pesticidas na agricultura e na indústria de alimentos, eliminam a necessidade desses procedimentos complexos. Fica muito mais fácil, barato, além de ser muito mais confiável para um supermercado, restaurante ou importador fazer a verificação”, afirma o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior.

O novo dispositivo tem grande sensibilidade e se assemelha aos medidores de glicose [glicosímetro] utilizados por diabéticos. Para medir a quantidade de agrotóxico em alimentos, o sensor eletroquímico capta a presença do fungicida e o resultado pode ser acessado, em questão de minutos, por meio de um aplicativo de celular.

“Nos testes que realizamos, o dispositivo teve sensibilidade semelhante à do método convencional. Tudo de uma forma mais rápida e barata”, conta o pesquisador pós-doutorando José Luiz Bott Neto, autor correspondente do artigo que descreve o desenvolvimento da ferramenta.

Como funciona

Como explica Bott Neto, o dispositivo é basicamente um substrato de papel modificado com tinta de carbono e submetido a um tratamento eletroquímico em meio ácido para a ativação de grupos carboxílicos – o que permite fazer a detecção.

“Utilizamos o mesmo sistema empregado na serigrafia [estamparia de roupas] para fazer a transferência da tinta condutora de carbono para a tira de papel kraft, criando assim um dispositivo baseado em eletroquímica. O dispositivo é confeccionado com três eletrodos de carbono e mergulhado em uma solução ácida para a ativação dos grupos carboxílicos. Em outras palavras, átomos de oxigênio são adicionados na estrutura do eletrodo de carbono. Ao entrar em contato com uma amostra contaminada com carbendazim, o sensor induz uma reação de oxidação eletroquímica que permite a detecção do fungicida. Assim, a quantidade de carbendazim é medida via corrente elétrica”, explica Bott Neto à Agência FAPESP.

Para desenvolver o dispositivo, os pesquisadores avaliaram a estabilidade e o impacto da estrutura do papel na construção dos sensores. “Além do desenvolvimento do dispositivo, o trabalho teve uma parte voltada para entender a questão das propriedades do papel na fabricação do dispositivo”, conta o pós-doutorando Thiago Serafim Martins.

Melhor opção

Os pesquisadores analisaram dois tipos de papel: o kraft e o pergaminho. Ambos se mostraram estáveis o suficiente para a construção dos sensores. Porém, segundo Martins, a natureza porosa do papel kraft conferiu maior sensibilidade ao sensor e aos grupos carboxílicos formados durante a ativação eletroquímica.

Ele explica que a fabricação dos eletrodos em papel abre a possibilidade para diversas aplicações. “Existem eletrodos comerciais feitos com plástico ou cerâmica. No nosso trabalho, conseguimos desenvolver sensores eletroquímicos com papel, um material muito mais maleável, o que amplia o seu uso em vários campos, não apenas na agricultura ou no setor alimentício, mas em outras áreas como a da saúde, por exemplo”, diz.

Para acessar o artigo correspondente a esta pesquisa, clique AQUI.

(Adaptação ao texto de Maria Fernanda Ziegler – Agência FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSCUSP

9 de março de 2023

Oficinas de apoio aos pesquisadores do IFSC/USP: Trabalho quase invisível é indispensável ao desenvolvimento científico e ao ensino de qualidade

Pouco se tem falado do trabalho quase imperceptível desenvolvido pelos profissionais das oficinas de apoio do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) – Oficinas Mecânica, Criogenia, Óptica e Vidraria. Longe das  mídias e das luzes das câmeras de TV quando se anunciam inovações tecnológicas, novos equipamentos científicos ou novos desenvolvimentos, de qualquer área, essas oficinas e seus profissionais são, de fato, pilares que sustentam diretamente o trabalho dos cientistas. Sem eles, seria impossível a ciência avançar com a excelência demonstrada ao longo dos anos, seria impossível catapultar o IFSC/USP ao nível mais elevado onde se encontra, em termos de notoriedade e de qualidade científica internacional.

Neste breve apontamento iremos dar destaque à Oficina de Óptica, sendo que brevemente dedicaremos trabalho similar às outras oficinas e serviços de apoio que integram igualmente os espaços imprescindíveis na ciência que se faz no Instituto. Embora com presença discreta, a Oficina de Óptica do IFSC/USP é, como as outras, uma seção que faz toda a diferença, até porque na esmagadora maioria das universidades brasileiras e nos institutos existem poucas estruturas similares.

Acompanhados pelo Profs. Francisco Guimarães e Sebastião Pratavieira, tivemos a oportunidade de visitar esta oficina que, por incrível que pareça, consegue fabricar  componentes ópticos similares e até mesmo melhores que aqueles encontrados no mercado internacional. Ao longo dos anos, a Oficina de Óptica tem acumulado experiência na fabricação de espelhos, lentes e filmes finos dielétricos dedicados à instrumentação científica de alta complexidade na área da óptica. “Aqui se constroem produtos com qualidade superior aos que são importados da Ásia ou dos Estados Unidos, sendo, por isso, competitivos em termos de custos”, pontua o Prof. Francisco Guimarães.

Destacando a alta qualidade dos produtos que são aí desenvolvidos, o técnico Marcos Antonio confirma que a Oficina de Óptica tem bastante procura pelos pesquisadores do IFSC/USP. “De fato, construímos aqui produtos que são verdadeiras obras primas no apoio à ciência que se faz neste Instituto, algo que tem promovido, desde há longo tempo, a procura de nossos serviços por muitas universidades e instituto espalhados pelo país. A capacidade profissional de nossos técnicos é muito elevada, já que além de construirmos e recuperarmos todos os tipos de  lentes e espelhos, fazemos filmes finos e executamos cortes especiais em vidros, tudo dedicado aos mais diversos equipamentos científicos existentes em nosso instituto e em outras universidades, contribuindo para uma maior durabilidade dos mesmos. Por outro lado, nosso know-how permite-nos ir mais além, elaborando projetos para empresas de instrumentação científica e da área médica, o que nos acarreta uma elevadíssima responsabilidade, sempre correspondida pela competência dos funcionários que prestam serviço neste setor”, complementa Marcos.

“Seria impossível pensar o nosso Instituto e em toda a ciência que aqui é feita sem a intervenção direta da Oficina de Óptica. Se conseguimos ter sucesso no desenvolvimento científico, certamente os profissionais desse setor deverão estar na primeira fila para os devidos agradecimentos, pois eles estão contribuindo – e muito – para tudo isso”, finaliza o Prof. Sebastião Pratavieira.

A oficina também é aberta a colaborações com instituições públicas e privadas do Brasil, através da Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica (SISFOTON). Atualmente, o responsável pela oficina é o Prof. Dr. Lino Misoguti (acima ao centro), juntamente com os técnicos João Paulo Cardoso, Luís Fernando Aiello, Marcos Aparecido Antônio e Tiago Luis Firmiano.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de março de 2023

Resistência a medicamentos compromete avanços no combate à COVID-19

Pesquisadores responsáveis pelo trabalho no Sirius, a nova fonte de luz sincrotron brasileira, durante uma das coletas de dados que levaram ao trabalho. Da esquerda para direita Mariana Ortiz, Gabriela Noske, Andre Godoy (Pesquisador responsável pelo projeto), Glaucius Oliva (Coordernador do CIBFar), Ellen Souza e Isabela Dolci.

Pesquisadores do CIBFar investigam ação das variantes da protease

Desde 2016 que os laboratórios do CIBFar, um CEPID da FAPESP alocado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) sob a coordenação do Prof. Glaucius Oliva, desenvolvem um trabalho ativo voltado ao desenvolvimento de novos medicamentos para o combate a diversos vírus, com uma atuação intensa que foi concentrada no desenvolvimento de candidatos antivirais para o vírus Zika até o ano de 2020, ano em que todos os esforços passaram a estar concentrados no combate à pandemia da COVID-19. Uma vez mais, o CIBFar tomou a frente científica com o objetivo de encontrar novos fármacos para o tratamento dessa doença.

Em um desses projetos, liderado pelo pesquisador Andre Schützer de Godoy, o CIBFar tem buscado compreender como funcionam as proteases virais, que são fundamentais para o ciclo do vírus. Desde 2020 que a equipe do CIBFar tem obtido bastante sucesso nas pesquisas nessa área, sendo que em 2021, entre outros estudos que foram feitos, emergiu o primeiro trabalho utilizando o Sincrotron brasileiro, o SIRIUS (https://revistapesquisa.fapesp.br/foi-uma-honra-sermos-os-primeiros-usuarios-externos-do-sirius/). Agora, o grupo tenta entender como novos medicamentos desenvolvidos contra esses alvos afetam as proteases em um nível estrutural, e também tentar entender como variantes do Coronavírus que já estão em circulação podem comprometer a eficácia desses medicamentos.

O que é a protease e como ela age

O Coronavírus é usualmente conhecido pela imagem de uma esfera coberta por espinhas (as chamadas Spikes). De fato, essa imagem mais não é do que uma espécie de envelope que contém no seu interior o material genético do vírus. “Quando esse vírus chega nas células e após as Spikes reconhecerem os receptores, ele “joga” esse material genético dentro delas, sequestrando toda a “maquinaria celular”. Esse material produz algumas proteínas que são essenciais para a sobrevivência e disseminação do vírus pelo organismo, sendo que dentre essas proteínas está a protease. Essa é a proteína que se transformou em um alvo óbvio para o desenvolvimento de novos medicamentos contra a doença, como os dois medicamentos aqui estudados”, pontua Andre Godoy.

Figura mostra as posições das mutações onde foram identificados focos de resistência para os antivirais

Novos medicamentos e a ameaça das variantes da protease

O “Paxlovid” e o “Ensitrelvir” foram os dois medicamentos lançados mundialmente em finais do ano passado para combater a COVID-19. O primeiro, lançado pela Pfizer e já contando com a aprovação do FDA e da ANVISA, e o segundo, desenvolvido pela farmacêutica japonesa Shionogi, mas ainda sem aprovação pelas principais agências mundiais, têm como ponto negativo o alto custo para os pacientes. Apesar de diferentes, ambos os fármacos agem no mesmo alvo do vírus – a protease. O trabalho que a equipe desenvolveu foi exatamente sobre o princípio ativo desses dois medicamentos, tendo sua equipe buscado nos bancos de dados genômicos – cerca de 7 milhões de genomas – as variantes que existem dessa protease próximas ao sítio ativo – apenas 16 – produzido cada uma delas em laboratório e verificando como elas se comportam frente aos medicamentos.

Dois medicamentos concentrados em um só

Pesquisador Andre Schutzer de Godoy do CIBFar, que coordenou o projeto

“Nesta pesquisa encontramos duas coisas muito interessantes. A primeira foi que algumas dessas variantes já em circulação parecem ser resistentes a um desses medicamentos, ou seja, podem comprometer a eficácia no tratamento da COVID-19 por meio da geração de resistência. Além disso, observamos que uma mesma variante não parece ser resistente a ambos os medicamentos. Em virtude de os dois fármacos serem ligeiramente diferentes do ponto de vista estrutural – e aqui falamos do aspecto químico – esses dados podem indicar que a combinação dos dois fármacos possa ser um boa maneira de evitar resistência”, sublinha o pesquisador acrescentando ainda  que a caracterização estrutural dessas variantes foi realizada através de cristalografia de raios-x, onde se utilizou novamente o SIRIUS para esse fim. Dessa forma, a equipe de Andre Godoy conseguiu resolver as questões relacionadas com as sete principais variantes que mostravam resistência aos medicamentos, sendo que isso permitiu compreender em um nível molecular o que provocava a resistência.

O pesquisador do CIBFar admite que este é um trabalho bastante importante, sublinhando a forte parceria que foi feita com o SIRIUS e cujos resultados foram obtidos há cerca de seis meses. Em termos clínicos e através deste trabalho, Andre Godoy acredita que se abrem portas para que, no futuro, se possam realizar estudos e pesquisas que promovam a combinação destes dois medicamentos – ou de outros com as mesmas características – em um só, de forma que se evite a formação de linhagens resistentes. “O CIBFar vai permanecer muito atento a estas variantes resistentes de protease, embora elas não constituam uma preocupação ou ameaça em larga escala, por enquanto”, conclui o pesquisador.

(Confira AQUI o artigo científico)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de março de 2023

Concurso Livre-Docência: Prof. Diogo de Oliveira Soares Pinto – Resultado do concurso e quadro de notas

Comunicamos que as provas do concurso para obtenção do título de livre-docente no qual se encontra inscrito o Prof. Dr. Diogo de Oliveira Soares Pinto, terá início no dia 01 de março de 2023, às 8h15, de forma remota.

Informações do concurso encontram-se disponibilizadas abaixo:

Agenda dos trabalhos

Ponto sorteado para prova escrita

Ponto sorteado para prova didática

Resultado do concurso – Quadro de Notas

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de março de 2023

Pesquisador da USP de São Carlos conquista prêmio na área de óptica nos Estados Unidos

O docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, conquistou no início deste mês de março, em Washington (DC) – Estados Unidos -, dentre de mais de uma centena de premiados, uma das maiores distinções anualmente atribuídas pela “Optica – Advancing Optics and Photonics Worldwide”, em reconhecimento pelos trabalhos, pesquisas, estudos, liderança e  difusão do conhecimento na área de óptica -, o prêmio “Robert E. Hopkins Leadership Award”.

Este prêmio foi estabelecido em 1997 com o intuito de ajudar a fortalecer o vínculo entre a comunidade mundial de pesquisadores na área de óptica e a sociedade, sendo que o “Robert E. Hopkins Leadership Award” reconhece um pesquisador ou um  grupo de pesquisa que gerou um impacto significativo na comunidade global de óptica e fotônica, ou na sociedade como um todo, decorrente das pesquisas realizadas.

A este prêmio foi dado o nome de Robert Earl Hopkins (30 de junho de 1915 – 4 de julho de 2009), que desempernhou o cargo de presidente da Optical Society of America em 1973, sendo reconhecido como um especialista em design de instrumentos ópticos, óptica asférica, interferometria, lasers e testes de lentes. Ele é conhecido no meio acadêmico mundial como o “pai da engenharia óptica”.

A Optica (anteriormente OSA) – Advancing Optics and Photonics Worldwide (VER AQUI), é uma sociedade científica internacional dedicada a promover a geração, aplicação, arquivamento e disseminação de conhecimento no campo. Fundada em 1916, é a principal organização para cientistas, engenheiros, profissionais de negócios, estudantes e outros interessados na ciência da luz. As renomadas publicações, reuniões, recursos online e atividades presenciais da Optica alimentam descobertas, moldam aplicações na vida real e aceleram realizações científicas, técnicas e educacionais.

Confira AQUI a lista de cientistas distinguidos nos diversos prêmios atribuídos pela “Optica”.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de março de 2023

Invenção: USP de São Carlos obtém mais uma patente: Microendoscópio acoplado a smartphone para diagnóstico

A figura apresenta um desenho esquemático do microendoscópio com as duas plataformas disponíveis: imageamento in situ (6,12) e para lâminas de esfregaço celular

O Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP) acaba de ver concedida mais uma patente de invenção, traduzida no projeto de desenvolvimento de um microendoscópio de refletância e fluorescência portátil acoplado a smartphones.

Essencialmente dedicado a fazer imagens microscópicas de células e tecidos, este novo dispositivo está especialmente indicado para auxiliar no diagnóstico de lesões da mucosa da boca e do colo do útero, e para avaliação de lâminas com material de esfregaço celular, como de sangue ou a citologia de Papanicolau.

O equipamento é constituído por um mini-microscópio de uso manual conectado a uma sonda (conjunto de fibras ópticas), que permite uma visualização amplificada de células e tecidos em tempo real, através de um smartphone que pode também gravar as imagens para posterior análise.

O Prof. Sebastião Pratavieira, um dos inventores do novo dispositivo, explica as características desta nova aposta inovadora. “O uso do microscópio tradicional teve que evoluir ao longo do tempo. Primeiro, para um funcionamento correto, ele necessitava estar ligado a um computador de mesa, sendo que mais tarde se evoluiu para um laptop. Como a ciência não para, hoje demos mais um salto na inovação, fizemos diversas alterações e aí conseguimos desenvolver, através de miniaturização, um microscópio que, com várias lentes e com uma fina fibra óptica – que é um guia de luz -, pode ser conectado a um smartphone e gravar todas as imagens que são obtidas nas células e tecidos das mucosas, com a finalidade de diagnosticar as doenças. Outra hipótese é utilizar o mesmo equipamento para análises microscópicas em lâminas histológicas”, relata o pesquisador.

Os pesquisadores Cristina Kurachi e Sebastião Pratavieira

A Profª Cristina Kurachi, docente e pesquisadora do IFSC/USP, orientadora do trabalho desta patente, explica que “Métodos de diagnóstico que auxiliem a avaliação do paciente na cadeira do consultório e com análise em tempo real são de grande relevância para diminuir o tempo e os custos relacionados ao diagnóstico de diferentes patologias”.

O projeto foi realizado durante o estágio do aluno Pablo Gómez García, na época como visitante no IFSC/USP e com a colaboração do aluno de doutorado Ramon Gabriel Teixeira Rosa. A possibilidade de obtenção de imageamento do tecido in vivo com resolução microscópica traz um grande avanço para a avaliação clínica dos pacientes no consultório, sendo que com o uso acoplado ao smartphone torna o método de incorporação mais viável pelos médicos e dentistas.

Esta invenção é da autoria de Cristina Kurachi, Sebastião Pratavieira, Pablo Gómez Garcia e Ramon Gabriel Teixeira Rosa.

Para acessar a Carta Patente, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de março de 2023

No IFSC/USP – Vaga para estágio remunerado: Cursos de Administração ou de Ciências Contábeis

O IFSC/USP está com uma vaga para um estagiário remunerado, de forma presencial, para cumprir 30 horas semanais, dos cursos de Administração ou de Ciências Contábeis.

O estágio será co-supervisionado pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Igor Polikarpov, sendo que os interessados a esta posição deverão se manifestar até o dia 31 do corrente mês de março.

Para conferir todas as informações sobre esta vaga, clique AQUI.

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de março de 2023

“INCT inSAC” entrega kits educacionais de robótica a crianças do projeto “Anjo da Guarda” em São Carlos

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia “INCT inSAC” (https://www.facebook.com/inct.sac/), sediado no campus da USP de São Carlos, promoveu recentemente a doação de kits educacionais de robótica a crianças do “Projeto Anjo da Guarda”, financiados pelo próprio Instituto, em uma ação que foi coordenada pelo Prof. Marco Henrique Terra, docente e pesquisador da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), com recursos da FAPESP.

O Grupo de Estudos de Ações Sociais da USP de São Carlos (GEAS), vinculado ao Instituto de Estudos Avançados da USP – Polo de São Carlos, na pessoa do Prof. José Marcos Alves, intermediou esta bonita ação, na presença e com a participação de instrutores da Fundação Educacional de São Carlos.

Recordamos que o “Projeto Anjo da Guarda” (VER AQUI), sediado em São Carlos, tem como objetivo atender crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de março de 2023

Pesquisa da USP de São Carlos aumenta a durabilidade dos alimentos – Estudo insere-se nos ODS da “Agenda 2030” da ONU

Tendo como cenário apenas o Brasil – ou seja, não contando com o resto do mundo -, estima-se que cerca de 40% da produção de frutas e verduras sejam irremediavelmente perdidos no campo, enquanto que no processo de comercialização do produto restante, a partir do momento da compra de qualquer desses produtos, o consumidor se confronta com uma rápida deterioração dos alimentos. Estas são duas infelizes realidades que estão diretamente ligadas aos propósitos da “Agenda 2030” da ONU, em seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – campo 12 – Consumo e produção responsáveis: assegurar padrões de produção e consumo sustentáveis. Ou seja, uma produção e consumo de alimentos que se processem de forma responsável, reduzindo o desperdício e as perdas.

E, foi isso que levou pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) e do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) a se juntarem em uma pesquisa que tem como objetivo contrariar essa realidade, através do desenvolvimento de um filme polimérico que proteja e prolongue a vida de frutas e hortaliças, tendo sido escolhido como modelo o morango, atendendo a que essa fruta é altamente perecível.

A pesquisa inicial tem sido desenvolvida pelo docente e pesquisador do IQSC/USP, Prof. Stanislau Bogusz Junior e pela doutoranda Mirella Romanelli Vicente Bertolo, um trabalho que já dura há cerca de quatro anos. O pesquisador confirma que, se houver boas condições de produção, de colheita e armazenamento, o morango resfriado pode durar em média três ou quatro dias, no máximo, sendo que após esse período ele começa a criar fungos e isso leva a perdas em todos os níveis. Foi a partir desse exemplo que os pesquisadores se lançaram no trabalho de desenvolver algo que protegesse e prolongasse a vida útil dos alimentos. “Inserido na área de química dos alimentos, o que nós estamos fazendo é tentar entender qual a vida útil dessa fruta na prateleira, com o foco de interferir nesse processo para que ela possa durar muito mais tempo, diminuindo assim as perdas”, sublinha o pesquisador.

Extrato de casca de romã

Prof. Stanislau Bogusz Junior

Produzir novos materiais para essa finalidade é o foco principal, sendo que neste caso concreto os filmes poliméricos se apresentam como uma solução muito viável, já que são completamente diferentes daqueles que são fabricados com plástico e que são obtidos através dos derivados do petróleo e que geram uma série de contaminações a nível ambiental. “Utilizamos compostos naturais à base de quitosana e gelatina, um polissacarídeo e uma proteína -, e com esses materiais preparamos os citados filmes. Esses materiais formam uma película invisível sobre cada fruta, como se você a embalasse individualmente, sendo que essa espécie de “barreira” vai impedir que micro-organismos entrem em contato com a fruta, ou com a hortaliça, impedindo, também, que se desenvolvam aqueles que já existem nesses produtos. Para que esse processo tivesse sucesso, adicionamos extratos naturais que têm propriedades preservativas, conservantes e que promovem um prolongamento da vida útil do alimento, neste caso, do morango. Para termos condições de produção e de consumo responsáveis, utilizamos extratos de resíduos agroindustriais, sendo que neste caso concreto do morango utilizamos um extrato de casca de romã. A romã tem cerca de 40%-50% de seu peso constituído pela casca, sendo que quando essa fruta é consumida o destino dela é o lixo, para reciclagem”, esclarece o pesquisador. Ao obter esse extrato natural da casca de romã, os pesquisadores incorporaram-no nos filmes – que neste caso são feitos à base de gelatina e quitosana. Como estes filmes se baseiam em produtos naturais e comestíveis, o consumidor ingere o morango junto com o filme.

Artigos científicos e a participação do IFSC/USP na pesquisa

No andamento deste projeto, os pesquisadores decidiram convidar o docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Vanderlei Bagnato, e o pós-doutorando Lucas Dias, para integrarem as pesquisas através de estudos e testes na aplicação de luz laser sobre o filme, algo que aumentou as propriedades conservantes do material.

Doutoranda Mirella Romanelli Vicente Bertolo

Ao todo, já foram publicados dois trabalhos científicos sobre este estudo, estando em fase de publicação um terceiro artigo. “Na verdade, os dois artigos já publicados e o terceiro em fase de publicação se complementam em todo este projeto. O primeiro artigo, onde o pós-doutorando do IFSC/USP, Lucas Dias, é o primeiro autor (VER AQUI), é um estudo comparativo que utiliza a curcumina e o extrato de casca de romã, com aplicação de luz laser. Esse estudo levou em consideração que esses compostos e essa aplicação são eficazes e são elementos agregadores contra o crescimento bacteriano, podendo ser aplicados com muita eficácia nas áreas médica e alimentar”, sublinha Mirella Bertolo. O segundo artigo, que tem a pesquisadora como primeira autora (VER AQUI), é um estudo de desenvolvimento e caracterização de filmes apenas para a área de alimentos, enquanto que o terceiro artigo, ainda em fase de conclusão, demonstra os efeitos da combinação dos filmes de quitosana, gelatina e extrato de casca de romã com a aplicação de luz nos morangos revestidos. “Na literatura científica existem inúmeros estudos que relatam os benefícios dos compostos fenólicos, principalmente no que se refere à casca de romã, mas são poucos os trabalhos que combinam a potencialidade desses extratos com a aplicação de luz para a segurança alimentar, o que é muito estimulante para este nosso estudo”, comemora Mirella.

Prof. Vanderlei Salvador Bagnato

Para o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, Coordenador do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), alocado no IFSC/USP, a meta de se combaterem as perdas e os desperdícios alimentares é algo que constitui uma prioridade. “De fato, além das perdas que se verificam na produção, no campo, e que acontecem pelas mais variadas razões – colheita deficiente, transporte inadequado, etc., as frutas deterioram-se rapidamente, principalmente graças à ação de fungos e micro-organismos. Além disso, a maioria das frutas não consegue atingir um tempo de espera razoável nas prateleiras, já que, quando embaladas, ou seja, em micro-ambientes fechados, elas estão sujeitas ao aparecimento de micro-organismos, que as destroem”, elucida o pesquisador.

O CEPOF começou já há algum tempo uma linha de pesquisa que tem o objetivo de desenvolver um “spray” que é jogado sobre as frutas, sendo que a própria luz ambiente realiza uma foto-reação evitando a formação de colônias bacterianas. “O Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) usou, nesta pesquisa, uma molécula diferente daquela que usamos em nossos trabalhos, já que ela só age com a ação da luz – ação fotodinâmica, destruindo os micro-organismos. O IQSC/USP utilizou compostos extraídos da casca da romã e aí nós participamos com a realização de diversos testes e ensaios nos nossos laboratórios, validando o processo. O que verificamos foi que a película protetora à base de quitosana, gelatina e extrato de casca de romã, além de ser eficaz no combate aos fungos e micro-organismos no morango, também é eficaz com a ação da luz, algo que é bastante positivo no contexto da pesquisa”, enfatiza Bagnato, acrescentando que “(…) colaborar com os colegas do IQSC/USP é algo extremamente importante e muito saudável. A interação destes dois Institutos, que têm, neste caso específico, um mesmo interesse e objetivo – o combate ao desperdício e à perda de alimentos -, é deveras muito importante, o que confirma o fato deles estarem entre as Unidades mais produtivas da Universidade de São Paulo.

Casca de romã e morangos – um sistema modelo

A romã foi escolhida e investigada como um sistema modelo, sendo que os estudos também poderiam ser realizados com extratos obtidos de outras frutas. “O que fizemos com a romã poderá ser executado com casca de laranja e, nesse caso, é óbvio que as propriedades seriam diferentes, e é claro também que em vez de termos utilizado o morango poderíamos ter utilizado outra fruta ou uma hortaliça. Contudo, o morango é, como foi já sublinhado, muito sensível, e por isso ele foi selecionado para esta nossa pesquisa”, pontua Stanislau Bogusz.

Outra curiosidade relativa a esta pesquisa foi o fato de os pesquisadores terem realizado testes sensoriais utilizando metodologias analíticas, tendo, dentro desse contexto, convidado dezoito pessoas treinadas para serem provadores dos morangos com o recobrimento do filme e sem recobrimento. “O resultado foi muito bom, atendendo a que nenhuma dessas dezoito pessoas conseguiu encontrar diferenças do ponto de vista sensorial, ou seja, no paladar. Isso é ótimo porque indica que com este procedimento o consumidor não irá rejeitar o produto que está coberto com o filme, pois ele terá cheiro e paladar iguais, sem que seja detectado visualmente. O que se espera é que este biofilme possa ser adotado em outras frutas, hortaliças, etc.”, finaliza o pesquisador.

Com uma patente já depositada (Número do registro: BR10202102640, título: “Composições poliméricas com propriedades antioxidantes e antimicrobianas para revestimento de frutas, método de preparação do revestimento e seu uso”) e com cerca de 90% do trabalho de pesquisa concluído, existe a grande probabilidade deste biofilme poder entrar brevemente no mercado e ser comercializado a um preço muito baixo, bastando, para isso, haver interesse dos investidores.

Esta pesquisa teve o apoio da FAPESP, através dos seguintes processos: (2019/18748-8) Composição química de morangos recobertos com biofilmes a base de extratos de casca de romã, quitosana e gelatina / (2022/04977-8) Associação de resíduos agroindustriais na formulação de revestimentos ativos de quitosana e gelatina: valorização de extratos de romã e casca de amêndoa como fontes de compostos fenólicos.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de fevereiro de 2023

Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP) – Vaga para Analista Administrativo Pleno na USP de São Carlos

A Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP) está oferecendo uma vaga para Analista Administrativo Pleno  para atuar no Campus II da USP de São Carlos.

Com contrato de trabalho CLT (ptresencial), a posição requer 20 horas de trabalho de segunda a sexta-feira, de manhã ou tarde (a combinar).

As responsabilidades do profissional a ser contratado verterão nos seguintes aspectos:

*Atendimento e orientação aos docentes em geral e Coordenadores de Projetos (presencial; telefone; e-mail e whatsapp);

*Interação com diversas áreas da sede da Fundação em São Paulo;

*Acompanhamento dos processos e elaboração de relatórios;

*Organização e controle dos fluxos de trabalho;

*Análises de minutas de documentos e contratos;

*Auxilio na abertura dos projetos;

Os candidatos deverão ter conhecimento de todo o regulamento e informações sobre a Fundação.

Para obter mais informações sobre esta vaga e/ou se inscrever, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de fevereiro de 2023

Na UFSCar – Curso de extensão universitária “Análise de Dados com Linguagem de Programação, Python e R”

Estão abertas as inscrições para o curso de extensão universitária promovido pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) “Análise de Dados com Linguagem de Programação, Python e R”, destinado a quem necessita de conhecimentos para trabalhar com dados em suas pesquisas e atuação profissional em qualquer área.

Objetivando democratizar o acesso a ferramentas computacionais de alto nível para análise de dados em todas as áreas do saber, os interessados em participar deste curso terão que dispor de computador ou notebook com acesso à Internet para acompanhar as aulas e atividades, que serão totalmente

práticas, sendo que nenhum conhecimento prévio em programação é exigido.

Vagas limitadas.

Para mais informações e fazer a inscrição, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de fevereiro de 2023

Pós-Graduação USP – Nova disciplina “Formação de cientista empreendedor”

A Universidade de São Paulo (USP), através da sua Pró-Reitoria de Pós-Graduação, irá oferecer já no primeiro semestre deste ano uma nova disciplina – “Formação de cientista empreendedor”, cujos objetivos são:

*Fomentar criação de equipes multidisciplinares para desenvolvimento de projetos de empreendedorismo com potencial de transformação em startups a partir de tecnologias desenvolvidas pelos pós-graduandos;

*Apresentar os aspectos relacionados à criação e gestão de startup em diferentes setores de atividade econômica;

*Apresentar metodologias de elaboração e apresentação do planejamento de um negócio a partir de uma tecnologia desenvolvida pelo aluno a ser utilizado para: captar recursos financeiros para investimentos públicos ou privados ou buscar novos investidores para o negócio;

*Oferecer a oportunidade de apresentação do projeto de empreendedorismo através de um PITCH para a Banca de Avaliadores formada por investidores early stage.

O público alvo é constituído por Mestrandos e Doutorandos detentores de tecnologia, ou com interesse em formar times de sócios fundadores para desenvolvimento de uma startup a partir de uma tecnologia desenvolvida por um dos alunos.

A pré-matrícula da disciplina só poderá ser realizada, via web, pela(o) própria(o) aluna(o) no período de 27 de fevereiro a 05 de março do corrente ano através do sítio https://uspdigital.usp.br/janus, da mesma maneira que as disciplinas habituais. Basta colocar o código da disciplina ou acessar pela área de concentração 110499 – Pró-Reitoria de Pós-Graduação.

Informações da Disciplina:
Créditos: Esta disciplina atribuirá 8 créditos
Período de oferecimento: 13/03 a 03/07/2023
Horário: Segundas-feiras das 19h às 23h
Local: Sistema online ZOOM
Forma de oferecimento: Não presencial
Vagas para alunos regulares: 50
Forma de Avaliação: A aprovação está condicionada a obtenção dos Conceitos A, B ou C na entrega do trabalho da disciplina. O trabalho da disciplina consistirá no desenvolvimento da inovação a partir da tecnologia do pós-graduando.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de fevereiro de 2023

No IFSC/USP: Grupo de Óptica atinge a 20ª patente concedida no espaço de 22 anos

Neste início de 2023 o Grupo de Óptica “Prof. Dr. Milton Ferreira de Souza” do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP), celebra sua vigésima patente concedida dentre as quase cem depositadas, algumas ainda aguardando julgamento do Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI.

Para o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, que coordena esses projetos, a patente é uma forma de avaliar e legitimar algo que tem utilidade para a sociedade. “O fato de nós termos um excelente lote de patentes concedidas e um número elevado de patentes que aguardam a decisão final mostra que a equipe técnico-científica do Grupo, como um todo, vem desenvolvendo com muita seriedade e competência uma de suas missões, que é a transformação do conhecimento em benefícios para a sociedade, com soluções inéditas e inovadoras que ajudam a resolver diversos problemas. Essas patentes estão em temas relevantes, que impactam a sociedade”, complementa o pesquisador.

O processo de submissão, concessão e licenciamento de patentes é um processo árduo, que conta com o apoio da Agência USP de Inovação, órgão que muito tem auxiliado para que o conhecimento gerado seja repassado para a sociedade.

O Grupo de Óptica “Prof. Dr. Milton Ferreira de Souza” do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP) é sede do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica – CePOF (um CePID – Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP), do Instituto Nacional de Óptica Básica e Aplicada às Ciências da Vida (programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia – INCT do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), intermediado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq).

O Grupo de Óptica também é sede do Laboratório de Apoio à Inovação e ao Empreendedorismo em Tecnologias Fotônicas (USP Fóton), do Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica (SISFOTON), parte da Iniciativa Brasileira Fotônica (IBFOTON) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), sendo igualmente uma unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), atuando em  Biofotônica e Instrumentação.

Para conferir a listagem e as patentes, clique AQUI e AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de fevereiro de 2023

Pesquisadores da USP de São Carlos desenvolvem novo biossensor para SARS-CoV-2

A pesquisa traz como Inovação o tipo de material utilizado na camada de reconhecimento do biossensor

Embora a pandemia tenha cessado, o certo é que os pesquisadores continuam preocupados e vigilantes com as mais diversas variantes da COVID-19 que, entretanto, vão surgindo, principalmente em relação ao SARS-CoV-2, o vírus que causa a doença.

Tendo isso em consideração, pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Departamento de Química da FFCLRP/USP, desenvolveram um biossensor especialmente dedicado à detecção do SARS-CoV-2 com base no reconhecimento da proteína Spike do vírus por receptores de membranas celulares. Além deste biossensor se apresentar de baixo custo (menos de um dólar) devido a camada de biorreconhecimento, ele tem a particularidade de descartar a detecção de outros vírus, como, por exemplo, Dengue e Zika, sendo, por isso, uma ferramenta exclusiva para SARS-CoV-2.

Dra Juliana Cancino-Bernardi

A pesquisadora colaboradora do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano) do IFSC/USP e primeira autora do artigo científico que aborda este desenvolvimento (VER AQUI), Drª Juliana Cancino-Bernardi, sublinha que este tipo de biossensor foi desenvolvido utilizando membranas celulares com receptores capazes de reconhecer o vírus exatamente como ocorre dentro do corpo do paciente. Essas membranas foram imobilizadas na superfície de um dispositivo eletroquímico capaz de transformar um reconhecimento biológico específico em sinal físico. “Ao contrário do que tem sido feito até aqui, que é a utilização de anticorpos ou DNA que passam por um processo de purificação, o que fizemos foi utilizar membranas das células Vero e Calu, que superexpressam receptores responsáveis pelo reconhecimento da proteína Spike, como camada seletiva para sua detecção. Esta ideia surgiu pelo fato de nós conhecermos bem a tecnologia de extração de membranas celulares e suas potencialidades como sistema de entrega em nanomedicina teranóstica”, pontua a pesquisadora. Para ter a certeza de que essa membrana teria a capacidade de reconhecer única e especificamente as proteínas Spike de SARS-CoV-2, os pesquisadores realizaram estudos de seletividade introduzindo proteínas de Zika e Dengue, cujos resultados revelaram que esta plataforma apenas detecta, com exclusividade, as relacionadas com SARS-CoV-2.

A Dra Juliana Cancin-Bernardi afirma ainda que “Essa tecnologia pode diminuir os custos de produção destes dispositivos, pois o processo de extração de membranas celulares é no geral mais acessível que muitos processos de purificação.

De acordo com o Prof. Zucolotto, coordenador do GNano/USP, e responsável pelo trabalho, “O grupo foi pioneiro na manipulação de membranas celulares para terapia ou diagnóstico, incluindo o desenvolvimento de sensores baseados em membrana celulares, no Brasil, o que abre caminhos para a construção de dispositivos diagnóstico para outras doenças, desde que o biorreconhecimento seja realizado por moléculas superexpressas nessas membranas”, conclui.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de fevereiro de 2023

Aluno(a)s da EE Profª Maria Ramos iniciam Programa de Pré-Iniciação Científica no IFSC/USP

Em primeiro plano os quatro alunos com professores e alunos de pós-graduação

Ação coincidiu com as comemorações do “Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências”

Três alunas e um aluno da EE Profª Maria Ramos (São Carlos) foram selecionados pela própria escola para fazerem parte do Programa de Pré-Iniciação Científica (USP) no Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Com os apoios da Universidade de São Paulo (USP) e da FAPESP, os jovens irão receber uma bolsa do CNPq para que desenvolvam projetos científicos com o auxílio de alunos de pós-graduação e com supervisão de docentes e pesquisadores do Grupo de Óptica.

Com duas alunas da escola já presentes no IFSC/USP desde janeiro passado, a elas se juntaram, no dia 10 do corrente mês, mais dois estudantes – Miguel Assis e Luana Moura – acompanhados pelo Prof. Denis Jacomassi, Coordenador de Gestão Pedagógica da EE Profª Maria Ramos e que fez sua formação neste Instituto, lecionando há já quinze anos. “A grande aposta é motivar os jovens para a ciência, trazer alunas e alunos do ensino médio das escolas de nossa cidade, não só para vivenciarem os ambientes universitário e científico aqui do IFSC/USP, mas para que possam desenvolver suas habilidades que já foram detectadas na nossa escola. Estes quatro jovens já mostraram enorme potencial para a ciência e este projeto serve exatamente para eles exibirem suas capacidades, e, quem sabe, poderem ingressar na USP e optarem por trabalhar nesta área do conhecimento – Física”, sublinha o professor.

Prof. Denis Jacomassi

Miguel Assis foi um dos estudantes que ingressou no nosso Instituto no passado dia 10. Ainda um pouco nervoso para conversar, Miguel afirmou que em primeiro lugar queria conhecer bem a infraestrutura para, depois, começar a estudar e se integrar. Embora vá desenvolver um projeto relacionado com Física, ele pretende se formar em imagem e som.

Stephany e Larissa são as duas estudantes da EE Profª Maria Ramos que chegaram em janeiro último e, por isso, se mostram mais descontraídas. “Nós estamos trabalhando juntas em um projeto muito legal e esperamos poder completá-lo em curto tempo”, afirma entusiasmada Stephany. “Estamos fazendo um projeto muito interessante, que envolve três segmentos: a aplicação de luz, luminescência e eletromagnetismo. Estamos muito entusiasmadas e queremos avançar rápido”, complementa Larissa.

A chegada desta segunda equipe da EE Profª Maria Ramos – Miguel Assis e Luana Moura – e a reunião de todos os intervenientes, cuja maioria é feminina,  coincidiu com o “Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências”, comemoração que aconteceu no dia 11.

Miguel Assis

Desde 2016, o “Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências” é comemorado em 11 de fevereiro, data aprovada e celebrada pelas Nações Unidas e UNESCO. A criação da data visa buscar um maior destaque para a pauta, visto que ainda são necessários esforços para a participação igualitária das mulheres nas ciências.

Dados da ONU e da UNESCO apontam que as mulheres representam menos de 30% dos pesquisadores no mundo todo e demonstram como ainda persistem as barreiras e a baixa representatividade para mulheres e meninas, sobretudo em áreas como ciências, tecnologia, engenharia e matemáticas.

Nesse contexto, o IFSC/USP está fazendo sua parte, com muito prazer.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de fevereiro de 2023

Destaques da produção científica do IFSC/USP (setembro/outubro 2022)

A Biblioteca do IFSC apresenta os artigos científicos produzidos pelos seus docentes e pesquisadores que foram identificados como interessantes no bimestre de Set./Out. de 2022 pela Essential Science Indicators, um dos produtos de citação da agência Clarivate Analytics/Thomson Reuters. Lembramos que o acesso ao texto completo é liberado para comunidade USP ou quem tem acesso ao Portal CAPES.

Para mais informações: sbiprod@ifsc.usp.br

ÁREA:   Agricultural Sciences

Development of cellulose-based bactericidal nanocomposites containing silver nanoparticles and their use as active food packaging

ÁREA:   Chemistry

A review on chemiresistive room temperature gas sensors based on metal oxide nanostructures, graphene and 2D transition metal dichalcogenides

Carbon-based materials in photodynamic and photothermal therapies applied to tumor destruction 

Emergence of complexity inhierarchically organized chiral particles

Folding of xylan onto cellulose fibrils in plant cell walls revealed by solid-state NMR

Molecular docking and structure-based drug design strategies

The past and the future of Langmuir and Langmuir-Blodgett films  

Plasmonic biosensing: focus review

Yolk-shelled ZnCo2O4 microspheres: surface properties and gas sensing application

ÁREA:   Clinical Medicine

Features of third generation photosensitizers used in anticancer photodynamic therapy: Review

ÁREA:   Computer Science

Clustering algorithms: a comparative approach

ÁREA:   Materials Science

A non-volatile organic electrochemical device as a low-voltage artificial synapse for neuromorphic computing

ÁREA:   Molecular Biology & Genetics

Functional and evolutionary insights from the genomes of three parasitoid Nasonia species

ÁREA: Pharmacology & Toxicology  

ADMET modeling approaches in drug discovery

ÁREA:   Physics

Antiproton flux, antiproton-to-proton flux ratio, and properties of elementary particle fluxes in primary cosmic rays measured with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Boosting the sensitivity of Nd3+-based luminescent nanothermometers

Generalized Geometric Quantum Speed Limits   

Observation of the Identical Rigidity Dependence of He, C, and O Cosmic Rays at High Rigidities by the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Observation of new properties of secondary cosmic rays lithium, beryllium, and boron by the alpha magnetic spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the boron to carbon flux ratio in cosmic rays from 1.9 GV to 2.6 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the helium flux in primary cosmic rays of rigidities 1.9 GV to 3 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Precision measurement of the proton flux in primary cosmic rays from rigidity 1 GV to 1.8 TV with the Alpha Magnetic Spectrometer on the International Space Station

Revisiting the optical bandgap of semiconductors and the proposal of a unified methodology to its determination

The Kuramoto model in complex networks

The Pierre Auger Cosmic Ray Observatory

Towards understanding the origin of cosmic-ray positrons

ÁREA:   Space Science

Introducing the CTA concept

Multi-messenger observations of a binary neutron star merger

Observation of a large-scale anisotropy in the arrival directions of cosmic rays above 8 x 1018 eV

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de fevereiro de 2023

Em março no IFSC/USP – “Ciência por Elas pra Elas com Elas”

Estruturado em quatro dias, o evento “Ciência por Elas pra Elas com Elas” tem como enfoque o empoderamento da mulher na ciência. O objetivo do evento é ampliar a visão das mulheres que estão no meio científico, mostrando exemplos de sucesso e as possibilidades de retornar seus conhecimentos para as outras mulheres na sociedade, ou seja, a ciência da mulher para a mulher.

O evento ocorrerá de forma presencial durante os dias 21, 22, 23 e 24 de Março de 2023 no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas no Instituto de Física de São Carlos.

Na terça-feira, contará com a apresentação de uma pesquisadora de destaque do nosso instituto e uma pesquisadora destaque do nosso campus, em que será discutido o que vem sendo feito por grandes cientistas que estão presentes em nossos laboratórios.

Na quarta-feira, teremos o grande prazer de contar com cientistas que ocupam lugares importantes de organizações e instituições científicas do nosso país, que irão discutir a presença das mulheres nestas posições.

Já na quinta-feira, iremos realizar um talks e uma roda de conversa com gestoras de projetos sociais incríveis que levam a ciência para meninas e mulheres, discutindo sobre a importância de abrir espaço para uma nova geração de mulheres pesquisadoras e inovadoras.

E, por fim, na sexta-feira, iremos finalizar nosso evento com um talks com mulheres que atuam fora da Academia, empresárias e egressas do IFSC/USP, que contarão suas histórias e como é atuar nestes espaços.

A expectativa é de que o evento contribua de forma positiva, principalmente, para a divulgação dos fortes quadros femininos para a ciência, a importância da representatividade como incentivo no processo de identificação para jovens mulheres ingressantes no meio científico, e discussões pautadas em mostrar como ajudar a luta da mulheres em seu dia a dia na ciência pode trazer frutos à sociedade como um todo.

O que é a SPIE Student Chapter”

A SPIE, Sociedade Internacional de Óptica e fotônica, foi fundada em 1955 com o intuito de promover tecnologias que baseiam seu funcionamento no uso da luz. A SPIE fornece financiamento a cada Student Chapter para que seus membros possam criar e se envolver em oportunidades que possibilitem o desenvolvimento de  suas carreiras.

A SPIE acredita que o futuro pertence à óptica e à fotônica, e que o futuro dessas tecnologias está nas mãos de nossos alunos.

O USP-SC SPIE Student Chapter foi fundado em 2014, no Instituto de Física de São Carlos, sob orientação da professora Cristina Kurachi. Atualmente, contamos com 17 membros, sendo estes alunos de graduação e pós-graduação do IFSC USP.

Em 2022, o Chapter realizou diversos eventos: integração com alunos do instituto, divulgação científica na Semóptica (evento de divulgação científica no Museu da Ciência de São Carlos “Prof. Mário Tolentino”), concurso de fotografia e divulgação científica em escolas. Além disso, tem um papel de divulgação nas redes sociais bem ativo, mostrando as atividades e discutindo sobre temas relacionados à Ciência.

Este ano, o Chapter também iniciou seu novo projeto chamado “SPIE.Talks”, que é um evento com diversas palestras e conversas de diversos temas voltados para os alunos da instituição. O Chapter também sempre está presente em eventos para comemorar o Dia Internacional da Luz, realizando divulgação científica e demais atividades.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de fevereiro de 2023

Nanotecnologia e Células Artificiais – Pesquisa comprova a eficácia de sistemas biomiméticos no combate ao câncer

Uma das linhas de pesquisa desenvolvida por pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em colaboração com o Hospital do Câncer de Barretos, está inteiramente dedicada ao combate do câncer através do uso de nanotecnologia aliada a biomimética.

A estratégia consiste em uma técnica sofisticada onde nanoestruturas de diferentes naturezas são recobertas por membranas celulares naturais isoladas de células cancerígenas, proporcionando maior eficácia terapêutica.

A convergência dessas ferramentas permite a camuflagem desses sistemas à resposta imunológica, além do acúmulo de nanopartículas na microrregião do tumor. Adicionalmente, as membranas celulares isoladas e utilizadas no recobrimento fornecem importantes características biológicas, permitindo o direcionamento homotípico e interação efetiva com o complexo microambiente tumoral.

Natália Noronha Ferreira Naddeo (35) e Renata Miranda (35), Pós-doutorandas e primeiras autoras de um trabalho recentemente publicado, fornecem uma compreensão mais ampla sobre a dinâmica do uso de membrana plasmática isolada de células tumorais de glioblastoma para o revestimento de nanopartículas poliméricas, como nanoplataformas inteligentes para tratamentos de câncer. O trabalho, que pode ser conferido AQUI, foi desenvolvido com auxílio da FAPESP.

Em um outro trabalho desenvolvido no GNano, membranas celulares e as vesículas extracelulares foram utilizadas no revestimento de nanopartículas de ouro (nanorods) com a finalidade de comparar a utilização dessas diferentes estratégias biomiméticas, algo inédito até então.

Diferentemente do processo de isolamento de membrana celular utilizado no trabalho citado acima, as vesículas extracelulares demoram mais tempo para serem isoladas em quantidade suficiente. Paula Maria Pincela Lins (29), Pós-doutoranda e primeira autora do artigo científico, relata que o que se constatou nos resultados dessa pesquisa foi que os “nanorods” revestidos de vesículas extracelulares de macrófagos não interagem diretamente com as células tumorais. “Comparando esses dois sistemas de revestimento, chegamos à conclusão de que as membranas celulares têm uma ação muito mais efetiva na entrega dos “nanorods” de ouro nas células tumorais, comparado com as vesículas extracelulares. O que ficou provado foi que, para este tratamento, as membranas celulares interagem rapidamente com as células cancerígenas, podendo entregar eficientemente fármacos de interesse, enquanto as vesículas extracelulares interagem apenas com o microambiente onde o tumor se encontra”, explica a pesquisadora.

Para conferir o artigo científico, clique AQUI.

Esta dúvida da eficácia entre os dois sistemas surgiu em 2014 com a introdução de uma regulamentação que padronizou a utilização das vesículas extracelulares para as pesquisas, sendo que, um ano mais tarde, diversas publicações davam a indicação que seriam promissoras como carreadoras de fármacos para essa finalidade, já que elas iriam interagir com os tumores.

Para o coordenador do GNano, Prof. Valtencir Zucolotto, que há anos trabalha com a manipulação e processamento de sistemas biomiméticos, “O processamento de membranas celulares na forma de nanocápsulas e nanorrevestimentos é uma poderosa ferramenta para camuflar os nanomedicamentos do sistema imunológico, e ao mesmo tempo aumentar o targeting da entrega na célula tumoral alvo, que ocorre pela adesão homotípica”

Os trabalhos científicos foram financiados com recursos FAPESP – Projeto: FAPESP 2020/00124-5 / Projeto Bolsa FAPESP 2017/21869-6 / Projeto Bolsa FAPESP 2019/25645-0.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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