All posts by: Rui Sintra

Sobre Rui Sintra

25 de novembro de 2021

Coordenadora-Geral de Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) visita IFSC/USP

Prof. Sebastião Pratavieira exemplifica um dos kits para a visitante

A Coordenadora-Geral de Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Profª Drª Silvana Copceski, visitou o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) no dia 18 do corrente ano, onde se inteirou de projetos importantes já implementados há alguns anos e que têm sido um sucesso na cidade de São Carlos e região, nomeadamente nas áreas de Ciência e Tecnologia, especialmente dedicados aos alunos dos ensinos fundamental e médio.

Os esforços desenvolvidos pelo Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF), um CEPID da FAPESP alocado no IFSC/USP, e onde se encontram agregados inúmeros professores, pesquisadores e técnicos do Instituto, surgiram há cerca de seis anos quando foi constatado que nosso país se encontrava bastante mal colocado na área do ensino de ciências em nível do ensino médio, quando comparado com seus pares no resto do mundo. De fato, notava-se nessa época – e ainda hoje isso é uma realidade -, a escassez de oportunidades e de meios que os jovens estudantes dos ensinos fundamental e médio tinham para acessar laboratórios experimentais e poder manipular objetos reais que faziam parte de seus estudos, aprimorando, assim, seus conhecimentos teóricos. E essas curiosidades não surgem apenas em idade escolar, sendo que são uma realidade mesmo em crianças em idade pré-escolar.

Profs. Sebastião Pratavieira e Wilma Barrionuevo demonstram as particularidades de um dos kits educativos

Foi a partir daí que um grupo de pesquisadores oriundos da Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (UNICAMP) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), decidiram lançar um projeto inovador com a criação de kits científicos dedicados ao ensino médio de ciências, estimulando a curiosidade inata dos jovens alunos, usando recursos individuais para experimentação e gerando pequenos laboratórios caseiros, onde, além de professores, também familiares e amigos pudessem interagir. Desta forma, os kits intitulados “Aventuras na Ciência” apareceram como uma forma de complementar de forma experimental os temas tratados pelos professores em sala de aula, criando uma outra dinâmica e entusiasmando os jovens nas áreas de Física, Química, Biologia, Geologia, Geofísica, Astronomia, Robótica e Matemática. Cada kit vem acompanhado de um folheto que descreve os resultados nele contidos e conta um pouco da história dos cientistas que os descobriram, incluindo, ainda, um manual de instruções sobre como realizar os experimentos propostos e diversas perguntas sobre os resultados.

Graças a esses kits, foram implementados e desenvolvidos na região da cidade de São Carlos (sete municípios), a partir de 2016, os “Clubes de Ciências” nas escolas, graças a uma importante parceria estabelecida entre o CEPOF-IFSC/USP, através do Prof. Vanderlei Salvador Bagnato – com o apoio da FAPESP -, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia INCT de Óptica Básica e Aplicada às Ciências da Vida – financiado pelo CNPq –  e a Diretoria de Ensino da Região de São Carlos, na pessoa de sua Dirigente Regional de Ensino da Diretoria de Ensino, Profª Debora Gonzalez.

Os temas desenvolvidos pelos “Clubes de Ciências” envolvem a resolução experimental de problemas da sociedade. Durante o ano, os estudantes e seus professores propõem, e demonstram na prática, soluções sustentáveis para melhorias em áreas diversas, como saúde, ensino, alimentação, acessibilidade, trânsito, meio ambiente e equidade social, dentre outros fatores que considerarem relevantes.

Alunos da “Escola Estadual Prof. Sebastião de Oliveira Rocha” gravam vídeo para Ministro Marcos Pontes

Ao final, os experimentos desenvolvidos são exibidos em uma Feira de Ciências, ou outras iniciativas similares,  que podem ser realizadas a nível de escola ou a níveis municipal, regional e em mostras nacionais, preferencialmente durante a “Semana Nacional de Ciência e Tecnologia”.

A Coordenadora-Geral de Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) foi acompanhada, em sua visita, pelos professores Euclydes Marega Junior,  Sebastião Pratavieira (IFSC/USP) e Wilma Barrionuevo (CEPOF), e pela Diretora Presidente da empresa “EDUCar”, Miriam Barbosa, responsável pela construção dos kits educativos.

Em sua estada no Instituto, a Profª Drª Silvana Copceski, visitou o Laboratório de Ensino do IFSC/USP, onde foram mostrados e explicados os kits educativos, os estúdios do Canal 10 da NET – CANAL USP (PROVE), onde são gravados vídeos educativos, e visitou a “Escola Estadual Prof. Sebastião de Oliveira Rocha”, onde a representante do MCTI teve a oportunidade de conversar com alunos e professores e conferir os trabalhos já executados, e com a Dirigente Regional de Ensino, da Diretoria de Ensino, Profª Débora Gonzalez Costa Blanco. Na oportunidade, os alunos pertencentes ao “Clube de Ciências” da escola mostraram seus trabalhos e confraternizaram com a visitante, tendo gravado um pequeno vídeo pedindo ao Ministro Marcos Pontes que visitasse seu estabelecimento de ensino para observar de perto os projetos.

No final, a Profª Drª Silvana Copcesk fez uma balanço de sua visita em entrevista à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, que poderá ser acessada clicando na imagem abaixo.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de novembro de 2021

IFSC/USP no “I Congresso USP de Cultura e Extensão”

Iniciou-se hoje (25/11) o “I Congresso USP de Cultura e Extensão”, um evento, online que oferece palestras e apresentações de trabalhos desenvolvidos por docentes, discentes e servidores técnico-administrativos da USP, em uma grande oportunidade para que toda a comunidade amplie seus conhecimentos e experiências sobre o que é fazer cultura e extensão universitária.

O Congresso propõe-se a ser uma conexão entre a Universidade e a sociedade, permitindo o contato entre os diversos atores que fazem extensão na USP e promovendo a interação entre as áreas do conhecimento.

Confira AQUI aqui os trabalhos relativos ao IFSC/USP, presentes neste grande evento.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de novembro de 2021

ATENÇÃO!!!!! É HOJE – DIA 24 DE NOVEMBRO – 15h00

Conversa Pública com os candidatos das chapas 1 e 2 inscritos para a escolha do Diretor e do(a) Vice-Diretor(a) do

Instituto de Física de São Carlos

Gestão 2022-2026

 

Chapa 1

Diretor: Osvaldo Novais de Oliveira Junior

Vice-Diretora: Ana Paula Ulian de Araújo

 

Chapa 2

Diretor: José Carlos Egues de Menezes

Vice-Diretor: Hellmut Eckert

 

A Conversa Pública será realizada no auditório Professor Sérgio Mascarenhas, no dia 24/11/2021 (quarta-feira) às 15h, aberto ao público em geral, respeitada a lotação de 50% do espaço. Não será permitido público excedente, haja vista que a conversa terá transmissão ao vivo on-line pelo link:

https://meet.google.com/ybr-bjsz-ksd

A conversa será dividida em quatro grandes blocos, com duração máxima de 2h. As regras gerais da conversa, definidas pela Comissão Eleitoral, serão lidas no início dos trabalhos e as regras específicas no início de cada bloco. Haverá um mediador, que será o presidente da Comissão Eleitoral, Prof. Adriano D. Andricopulo.

Abaixo, os programas de gestão dos candidatos.

 

PLANO DE GESTÃO CHAPA 1

PLANO DE GESTÃO CHAPA 2

 

COMISSÃO ELEITORAL

Adriano Defini Andricopulo – Presidente

Euclydes Marega Jr

Paulo Barbeitas Miranda

22 de novembro de 2021

Paciente fibromiálgica fica dois anos e meio sem dores – Resultado é considerado extraordinário no tratamento desenvolvido pelo IFSC/USP

Resultado é considerado extraordinário no tratamento desenvolvido no IFSC/USP

Iracy Inácia Santana (Tiacy) nasceu na cidade de São Paulo, em 1946, e desde os sete anos de idade que sofria com dores intensas sem saber qual o motivo. Até 1975 – ano em que por motivos profissionais se mudou para a cidade do Rio de Janeiro -, Iracy consultou todos os médicos disponíveis, fez todos os exames possíveis e imaginários, esgotou as possibilidades de diagnóstico e eventual tratamento no Hospital das Clínicas (USP). Nada! Ninguém soube detectar a causa das dores extremas que sentia vinte e quatro horas por dia desde sua infância.

O quadro manteve-se ao longo dos anos e a intolerância à medicação para aliviar as dores começou a despontar em meados de 2013: “As dores eram permanentes e extremas, quer quando eu caminhava, quer quando estivesse imóvel, sentada ou deitada. A única solução foi reduzir toda a medicação que eu estava tomando ao longo do tempo, pois comecei a ter intolerância. Aí, os médicos optaram por me medicar “Tramal” e morfina. Era como se fosse a última hipótese para aliviar as dores”, explica Iracy. Foi em 2016 que, durante uma consulta no Instituto da Dor, no Rio de Janeiro, foi finalmente diagnosticada uma doença que Iracy nunca tinha ouvido falar – Fibromialgia. A partir daí, nossa entrevistada pesquisou incessantemente tudo o que se relacionava com essa doença, mas as informações disponíveis não eram conclusivas. Foi no ano seguinte que, através de um amigo, Iracy teve conhecimento de um tratamento experimental que estava sendo feito na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, na Unidade de Terapia Fotodinâmica, coordenada por pesquisadores do IFSC/USP. “Eu não quis saber de mais nada e mesmo com dores quase movi céu e terra para descobrir como me candidatar para esse tratamento que era considerado inovador”, recorda Iracy, salientando que passou uma verdadeira aventura para descobrir com precisão como contatar os pesquisadores, como se candidatar ao tratamento experimental e como chegar em São Carlos, sabendo que viajaria completamente só, mas com determinação para tentar resolver um pesadelo que a perseguia há mais de sessenta anos.

Finalmente, em maio de 2019, Iracy Santana foi selecionada para o tratamento e viajou rumo a São Carlos. “Para mim, era a última tentativa para resolver meu problema. Fui muito acarinhada por todo o pessoal do IFSC/USP e da Santa Casa da Misericórdia de São Carlos. Talvez pela minha idade avançada, as equipes decidiram fazer o tratamento – 10 sessões – em uma única semana, me poupando assim de gastos elevados e de viagens internas diárias. Com surpresa e comovida, logo após a primeira sessão senti algo que nunca tinha sentido na vida – uma diminuição na dor. Na quarta sessão quase me ajoelhei, agradecendo: não sentia qualquer dor”, relata Iracy com lágrimas nos olhos.

O resultado deste tratamento fez com que Iracy Santana começasse a encarar sua vida de outra forma, com uma leveza e esperança nunca antes sentidas. Contudo, para que esse tratamento prolongasse cada vez mais sua qualidade de vida, ela teria que aprender a moderar o estresse diário e todos os aspectos psicológicos que regem a vida de qualquer um de nós. Dois anos e meio após fazer esse tratamento, Iracy passou por diversas dificuldades e vicissitudes em sua vida pessoal, o que originou o regresso de alguns incômodos dolorosos provocados pela Fibromialgia.

Em novembro deste ano (2021), Iracy regressou a São Carlos, à “Clínica MultFISIO Brasil” (parceira do IFSC/USP), para uma nova série de dez sessões. “É verdadeiramente espantoso o resultado deste tratamento, pois logo na primeira sessão o incômodo desapareceu. No fim da série de sessões, a dor sumiu exatamente como aconteceu em 2019”, sublinha nossa entrevistada.

Para o pesquisador do IFSC/USP e coordenador da “Clínica MultFISIO Brasil”, Dr. Antonio Aquino Junior, o último resultado, onde se conseguiu que um paciente fibromiálgico ficasse 300 dias sem dores foi um fato histórico, obviamente ultrapassado por este agora observado na paciente Iracy Santana. “Dois anos e meio sem qualquer tipo de dor provocada pela Fibromialgia é algo extraordinário como resultado deste tratamento. É muito tempo. De qualquer forma, devemos considerar que para conquistar este resultado, o paciente terá que fazer sua parte, ou seja, gerir muito bem sua vida pessoal, familiar e profissional, pois isso também contribui para que os processos dolorosos demorem mais tempo a aparecer. De qualquer forma, é motivo para parabenizar nossa querida Iracy Santana, dizendo para ela que continuaremos sempre ao seu dispor”.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de novembro de 2021

“MOVA – São Carlos” na luta contra o analfabetismo – A solidariedade e apoio do IFSC/USP

São 24 núcleos de alfabetização nas áreas rural e urbana do Município de São Carlos, estando inscritos no programa cerca de 270 pessoas jovens, adultas, idosas, pessoas em situação de rua e pessoas com deficiência, além de atender pessoas que vivem no campo e cuja a maior parte está em processo de alfabetização, pois nunca frequentaram a escola.  O projeto envolve pessoas com idade superior a 18 anos, majoritariamente mulheres, que nunca frequentaram a escola ou que deixaram de frequentar há muito tempo, por diversos fatores que afetam a vida a adulta, a maior concentração de estudantes é por mulheres em todos os núcleos.

Resumidamente, este é o objetivo e o trabalho desenvolvido pelo movimento de alfabetização de jovens e adultos de São Carlos, designado “MOVA São Carlos”, um projeto criado em 2002, sobre a regulamentação da Lei Nº12.968 de março 2002, e que desde então está tendo grande relevância para a comunidade, pois possibilita que a população que não teve acesso a leitura e a escrita possa se alfabetizar e adquirir a dimensão instrumental que é de fundamental importância para as vivências sociais.

Dados do IBGE constataram que no Brasil, no ano de 2018, havia cerca de 11,3 milhões pessoas que ainda não sabiam ler e escrever, ou se sabiam não conseguiam compreender o que estava escrito nos textos. Nessa perspectiva, o “MOVA São Carlos” vem atuando e colaborando relevantemente para a diminuição desse índice, pois possibilita investimentos na área da educação de pessoas jovens e adultas.

Profª Maria Alice Zacharias

“O MOVA São Carlos” é um projeto gratuito que surgiu a partir das experiências desenvolvidas em 1989 pelo “MOVA São Paulo” e que teve a participação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e  da Secretaria Municipal de Educação, envolvendo professores voluntários da rede municipal de ensino e da Universidade, que trabalharam juntos para desenvolver apoio e formação dos educadores e educadoras do movimento. Além disso, nessa época foi possível estabelecer uma parceria com o “Brasil Alfabetizado”, onde, a través de vários recursos, foi possível ampliar salas de aula e a formação de educadores e educandos e oferecer o curso de “Inclusão Digital” que era sistematizado, pelas professoras e professores da UFSCar e equipes estudantes da graduação e pós-graduação.

As atuações do “MOVA São Carlos”são voluntárias e gratuitas, ou seja, quem deseja estudar tem atendimento gratuito e material à disposição, como lápis, cadernos, borrachas e apontadores. “A equipe do “MOVA São Carlos” faz o trabalho de campo, ou seja, faz visitas às casas  das pessoas nos bairros e as convida  para se inscreverem no projeto, dando exemplos concretos de quem já se alfabetizou. Esse pré-contato com as pessoas é indispensável, pois a partir dele conseguimos saber quais são suas demandas e necessidades, porque nem sempre elas se sentem encorajadas a frequentar as aulas de imediato. Além disso, proporciona-nos fazer um levantamento prévio em relação ao número de pessoas que estão fora da escola em cada comunidade”, salienta a Profª Maria Alice Zacharias, alfabetizadora e coordenadora do “MOVA- São Carlos”.

Os núcleos são constituídos em espaço cedidos por apoiadores. Assim, cabe ressaltar que é importante que às pessoas tenham acesso ao conhecimento e a equipe MOVA orienta e encaminha as educandas e educandos para que deem continuidade aos estudos, pois compreendemos como é relevante a formação escolar em qualquer etapa da vida.

A solidariedade e o apoio do IFSC/USP

As ações do “MOVA São Carlos”, por serem voluntárias, contam com o apoio de inúmeros parceiros, como, por exemplo: Secretaria Municipal de Educação de São Carlos, Associação de Capacitação, Orientação e Desenvolvimento do Excepcional (ACORDE), Associação de Apoio Educacional e Social de São Carlos (APRENDER), universidades privadas, USP, UFSCar –  Grupo de Pesquisa Núcleo de Investigação e Ação Social e Educativa (NIASE), estabelecimentos comerciais, entidades religiosas, assentamentos, acampamentos rurais, centros espíritas, Serviço Social do Comércio (SESC), e particularmente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), conforme explica a Profª Maria Alice. “O Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos de São Carlos (MOVA), diante do isolamento social provocado pela pandemia da COVID-19, tem procurado possíveis soluções para que os estudantes jovens e adultos, possam ter o contato com os conteúdos escolares, para além do atendimento presencial. Nesse sentido, junto com a equipe de educadoras e educadores foi cogitada a possibilidade de transmitir aulas pelo Canal 10 da Net/TV USP e pelo canal YouTube. Sabendo que o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato sempre atua no sentido de contribuir com a sociedade, o “MOVA São Carlos” procurou-o em março deste ano para pedir sua colaboração. Prontamente, o Prof. Bagnato se dispôs a conceder o estúdio de gravação do CEPOF/USP para que fosse possível gravar aulas dedicadas às pessoas jovens e adultas em processo de alfabetização.  Em meados de maio de 2021, as aulas vêm sendo produzidas com a finalidade de proporcionar o compartilhamento dos conteúdos, abrangendo temáticas diversificadas e articuladas com a vida adulta. As aulas são gravadas por educadoras e educadores voluntários, com o apoio da equipe de produção da PROVE, que se encontra ao serviço do IFSC/USP, através dos profissionais Brás José Muniz, Anderson Muniz e Marcel Firmino”, enaltece a professora.

Além disso, a coordenação do “MOVA São Carlos”, junto com uma equipe de educadoras de apoio, vem organizando os cadernos de atividades, articulados com os conteúdos escolares, dedicados a quem não tem acesso aos canais de TV e YouTube. Mesmo com o retorno das aulas presencias, a Profª Maria Alice considera relevante manter as aulas nesses canais, tendo em vista que o isolamento social provocado pela pandemia vem impactando negativamente a vida educacional de muitas pessoas. “Ter o conteúdo escolar disponível no canal do YouTube, por exemplo, é um recurso relevante para que as pessoas possam assistir e rever  os conteúdos, se for necessário”, enfatiza a educadora.

A proposta do “Mova São Carlos” para o ano de 2022 é oferecer à comunidade cursos gratuitos de tecnologias digitais, idiomas, culinária, mecânica, artesanato e cursinho comunitário, entre outros, por meio de parcerias, e implantar o projeto “Horta Solidária”.

A sede do “MOVA São Carlos” está localizada na Av. João Dagnone, nº 7, em São Carlos

Contato – (16) 99235-2190

Facebook – https://www.facebook.com/movasaocarlos/posts/?ref=page_internal

Confira a localização do núcleos do “MOVA São Carlos” AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de novembro de 2021

No IFSC/USP: desenvolvido projeto de pesquisa para o tratamento da Disfunção Temporomandibular (DTM)

Um projeto apoiado pela FAPESP (CEPID-CEPOF), para tratamento de Disfunção Temporomandibular (DTM) e dor orofacial (DOF), com aplicação de Laser de baixa potência acoplado a terapia com ultrassom e terapia com vácuo, foi desenvolvido por pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tendo sido publicados quatro artigos clínicos, sendo dois neste último mês de setembro de 2021.

A Disfunção Temporomandibular é considerada uma das dores orofaciais mais comuns, resultado de inflamação e dores que podem aparecer nos músculos da mastigação e na articulação temporomandibular (ATM) que liga a cabeça da mandíbula à base do crânIo. Normalmente, a DTM está associada a um apertamento dental noturno, usualmente conhecido como “bruxismo do sono”, podendo também surgir devido a pequenos traumatismos (pancadas) e vícios posturais, entre outras causas.

Segundo dados recentes, cerca de 45% da população brasileira apresenta sintomas relacionados com essa doença, cuja maior prevalência é em mulheres com idades entre os 20 e 50 anos de idade, sendo que 10% apresentam necessidade de tratamento.

Para o pesquisador do IFSC/USP, Vitor Hugo Panhóca, responsável por estas pesquisas, este novo tratamento, agora feito com duas metodologias inovadoras e distintas, vem na sequência de anteriores pesquisas feitas ao longo dos últimos cinco anos. “De fato, começamos a abordar esta nova metodologia de tratamento em 2015, com métodos aplicando laser e led, sendo que os estudos evoluíram para este novo tratamento feito com dois equipamentos distintos, mas cuja eficácia é semelhante – o laser de baixa potência acoplado a terapia com ultrassom ou terapia de vácuo. Estes equipamentos foram desenvolvidos pelo Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT) do IFSC/USP sob a coordenação do Prof. Vanderlei Bagnato”.

Prof. Dr. Vitor Hugo Panhóca

O Prof. Dr. Vitor Hugo Panhóca, auxiliado pela Profª. Patricia Eriko Tamae e demais pesquisadores da equipe do Laboratório de Biofotônica, do IFSC USP, já realizaram o atendimento experimental em vários grupos de pacientes, cujos resultados demonstraram uma substancial redução de dor, a reabilitação da abertura da boca (extensão do maxilar) e, com isso, a recuperação de uma boa qualidade de vida nos pacientes portadores de DTM. Em um futuro próximo os pesquisadores irão organizar outros grupos compostos por um maior número de pacientes voluntários, no sentido de comprovar os resultados obtidos com estes procedimentos inovadores.

Contato: Dr. Vitor Hugo Panhoca:

E-mail: vhpanhoca@msn.com / WhatsApp (16) 98118-9078

Confira, abaixo, os artigos publicados sobre este assunto

– Treatment of temporomandibular disorder using synergistic laser and ultrasound application. Oral Health Dental Manag, (AQUI).

– Increased Oral Health-Related Quality of Life Postsynergistic Treatment with – Ultrasound and Photobiomodulation Therapy in Patients with Temporomandibular Disorders. Photobiomodulation, photomedicine, and laser surgery (AQUI).

 – Synergistic effect of low-level laser and vacuum therapy on the temporomandibular disorder: two cases report. Laser Physics Letters (AQUI)

– Comparison of the Synergistic Effect of Vacuum Therapy or Ultrasound Associated with Low Power Laser Applied in Temporomandibular Disorders. Oral Health Dental Manag, (AQUI)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação IFSC/USP

17 de novembro de 2021

Pós-doutorado no IFSC/USP com bolsa FAPESP – “Filamentos de septinas: estrutura, polimerização e atuação em patologias”

O IFSC/USP está em busca de candidatos excepcionalmente motivados e inovadores para realizar pós-doutorado (com Bolsa FAPESP), junto ao Projeto Temático “Filamentos de septinas: estrutura, polimerização e atuação em patologias”, para desenvolver  projeto usando crio-ME como principal técnica. Ainda, microscopia eletrônica por contrastação negativa, MALS e SAXS, também poderão ser utilizados na determinação do estado de oligomerização, forma e homogeneidade dos complexos de septinas.

Os candidatos devem possuir título de Doutor obtido há no máximo 7 anos e experiência em  purificação de proteínas. Experiência em Biologia Estrutural e Criomicroscopia são desejáveis, mas não é um requisito.

Esta oportunidade está aberta a candidatos de qualquer nacionalidade.

Interessados deverão enviar, até 10/12/2021, para o coordenador do projeto, Richard C. Garratt (richard@ifsc.usp.br), os seguintes documentos para inscrição:

– Carta apresentando seu interesse;

– Um CV resumido, apresentando a formação acadêmica, publicações, e informações que comprovem a sua experiência científica;

– Carta de recomendação.

(Processo FAPESP: 2020/02897-1)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de novembro de 2021

LEAR-IFSC/USP presente em atividade da IBM

O Laboratório de Espectroscopia de Alta Resolução por RMN (LEAR) tem feito muitos esforços para desenvolver projetos em diferentes áreas de pesquisa envolvendo colaborações com a Indústria, com destaque para Meios Porosos. Dentro dessa linha de pesquisa, duas atividades se destacam: Física Computacional e Instrumentação Avançada. Por essa razão, acabou estabelecendo parcerias com Grupos de Pesquisa da Petrobras e da IBM Research Brazil.

Como fruto dessas colaborações, o Coordenador do LEAR, Prof. Tito J. Bonagamba, estará participando do “Colóquio 2021 – Descoberta de novos materiais para um futuro sustentável”, organizado pela IBM Research Brazil e agendado para o dia 25/11/21.

Vide a programação do Colóquio no link abaixo:

https://brl-coloquio-2021.gaqe9jqf0t4.us-south.codeengine.appdomain.cloud/

Vejam também as matérias abaixo sobre atividades conjuntas das Equipes do LEAR e da IBM Research Brazil:

– How cloud computing could help store carbon dioxide in tiny rock pores – IBM Research (2021)

Estudos de Rochas Reservatório: permeabilidade ao petróleo e capacidade de armazenar CO2 – Uma parceria entre Academia e Indústria (2021)

– IBM Research Brazil announces AI technology to optimize the use of natural resources and reduce the environmental impact caused by industrial processes (Veja o vídeo e acompanhe a mensagem do Prof. Bonagamba a partir de 2m50s) (2020).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de novembro de 2021

“Ora, direis, ouvir estrelas!” (parte-1)

Figura 1 – A anã vermelha Proxima Centauri, a estrela mais próxima do nosso Sol, atualmente (cerca de 4,2 anos-luz). Fonte: Telescópio Hubble (NASA)

Por: Prof. Roberto N. Onody *

Após a sua formação, no interior de uma nebulosa, o destino de uma estrela dependerá essencialmente de sua massa. Quanto menor for o valor da sua massa, tanto maior será sua expectativa de vida. Outro fator que regulará o destino dessa estrela, é o seu entorno estelar. A dinâmica dos astros em nosso universo (desde o Big Bang) é controlada pelas interações (gravitacionais e de matéria e energia escura) com explosões e muitas, muitas colisões.

Se a estrela tiver massa entre 1,3 % e 8 % da massa do nosso Sol, a estrela (ou subestrela, pois faz fusão de deutério e não de hidrogênio) é uma anã marrom (para mais detalhes, veja ref. 1).

No intervalo de 8 % a 60 % da massa do Sol, a estrela é uma anã vermelha (que já faz fusão de hidrogênio). A estrela mais próxima do Sol, a Proxima Centauri, é uma anã vermelha (Figura 1). Durante os últimos 32.000 anos, ela foi a estrela mais próxima do Sol, e continuará a sê-lo por mais 25.000 anos!

A maior parte das estrelas que compõem o universo são anãs vermelhas. Estima-se que, na nossa Via-Láctea, dois terços das estrelas sejam anãs vermelhas! Muitas anãs vermelhas são orbitadas por exoplanetas. Para uma anã vermelha, modelos teóricos preveem que, a zona habitável estaria numa órbita muito próxima da estrela. E isso é um problema, pois a atuação do efeito maré faria com que sempre a mesma face do exoplaneta estivesse voltada para estrela. Num hemisfério teríamos sempre alta temperatura e no outro baixa temperatura. Na superfície, de uma anã vermelha, as temperaturas variam entre 2.000 e 3.500 oC (no Sol, a temperatura da fotosfera é cerca de 6.000 oC).

Figura 2 – A nebulosa planetária do Esquimó (NGC2392), ganhou esse nome em 1787 quando foi visualizada por W. Herschel, pois lembra um capuz de pele de um esquimó. O material (hidrogênio, hélio, nitrogênio e oxigênio) é ejetado em alta velocidade, em todas as direções, formando uma espécie de bolha. Outrora, esse material formava as camadas externas de uma estrela gigante vermelha. A nebulosa Esquimó está há cerca de 2.870 anos-luz do Sol. Fonte: Telescópio Hubble (NASA)

Na faixa entre 6 e 10 vezes a massa solar, teremos as estrelas parecidas com o nosso Sol. No seu núcleo, elas transformam hidrogênio em hélio. A temperatura necessária para essa fusão é de 15 milhões de graus Celsius (na superfície da estrela, porém, ela é bem menor). Quando o hidrogênio se esgota no núcleo, este se contrai pela força da gravidade, a temperatura sobe e as camadas externas da estrela se expandem. A estrela se torna, então, uma gigante vermelha. É o que acontecerá com o nosso Sol, daqui há alguns bilhões de anos. Estima-se que a expansão do Sol irá engolfar os planetas Mercúrio, Vênus, Terra e, quem sabe, Marte.

Na temperatura de 170 milhões de graus Celsius, a estrela passa a fundir núcleos de hélio para formar o carbono. O processo continua, com o núcleo estelar produzindo elementos químicos cada vez mais pesados. A partir do ferro, a fusão nuclear ao invés de produzir energia, consome energia. Quando a fusão nuclear cessa, o núcleo então, colapsa gravitacionalmente, pois era a fusão nuclear que se contrapunha à contração gravitacional, gerando energia, aumentando a temperatura e a pressão. O colapso, porém, não é total, e será contido pela ‘força’ de Fermi (veja próximo parágrafo). Como as camadas internas se contraem, por conservação de momento, as camadas externas da estrela se expandem, são ejetadas e se descolam, formando a chamada nebulosa planetária (Figura 2). A má escolha desse nome se deve ao fato que, para telescópios mais antigos, elas se pareciam muito com o planeta Urano. O núcleo, muito denso e quente, é agora uma estrela chamada anã branca (Figura 3).

Mas, por que a anã branca se formou? O que conteve a contração gravitacional? A resposta é que, devido à enorme densidade do núcleo estelar, surge uma força de repulsão que é de natureza quântica, uma manifestação do princípio de exclusão de Pauli (válido para todos os férmions como prótons, nêutrons e elétrons). Ele afirma que dois férmions não podem ter o mesmo conjunto de números quânticos. Em outras palavras, a contração gravitacional preenche os níveis mais baixos de energia e, novos férmions, são obrigados a ocupar energias mais altas, como se houvera uma ‘força’ de repulsão. Ela resiste à atração gravitacional provocada por massas menores ou iguais a 1,4 vezes a massa do Sol. É o chamado limite de Chandrasekhar. Não podem existir anãs brancas com massa maior do que a desse limite.

Em geral, a composição química das anãs brancas envolve carbono e oxigênio, mas, dependendo da massa inicial, também pode conter neônio e magnésio. Em geral, uma anã branca tem um diâmetro um pouco maior que o da Terra e uma densidade da ordem de 1×109 kg/m3 (duzentas mil vezes maior que a densidade da Terra). Como não há mais fusão (de nenhuma espécie) no interior da anã branca, ela deverá se esfriar, se cristalizar e, em algumas dezenas de bilhões de anos, tornar-se uma anã preta. Como a idade estimada do universo é de 13,8 bilhões de anos, não deve haver nenhuma anã preta aí fora.

Figura 3 – O sistema binário Sirius é composto pela estrela Sirius A (a mais brilhante estrela no céu noturno) e a anã branca Sirius B (o pontinho indicado pela seta). Está há cerca de 8,2 anos-luz do Sol. Fonte: Telescópio Hubble (NASA)

Se uma anã branca pertence a um sistema binário (em geral, com outra estrela tipo Sol ou gigante vermelha) e a rotação entre as estrelas diminui para um período de cerca de 1 dia, a anã branca ficará tão próxima que roubará material da sua parceira, acretando hidrogênio na sua superfície.  À medida que essa camada superficial de hidrogênio fica mais espessa, sua temperatura sobe até atingir um valor crítico (da ordem de 15 milhões de graus Celsius), a fusão nuclear tem início de forma explosiva – é uma nova. Muitas dessas explosões de novas podem ser vistas a olho nu e podem brilhar por várias semanas ou meses. Ao juntar mais material na superfície da anã branca, o fenômeno pode se repetir. Aproximadamente, ocorrem 50 novas por ano em galáxias como a nossa Via Láctea. As novas têm brilho dez milhões de vezes menor do que o de uma supernova (veja mais adiante).

Se a massa inicial da estrela estiver entre 10 e 25 vezes a massa solar, ela evoluirá para uma estrela de nêutron. Até o colapso do núcleo, o desenvolvimento de uma estrela de nêutron é muito semelhante ao de uma anã branca. No processo de expansão, a estrela se transforma numa supergigante vermelha. Como o tamanho e a massa do núcleo são maiores, quando cessa a fusão, prótons e elétrons se aniquilam formando nêutrons, liberando neutrinos e muita radiação eletromagnética de alta frequência – os raios-gama. O colapso do núcleo ocorre em menos de um segundo! Uma cataclísmica onda de choque se forma nas camadas exteriores, liberando ao espaço elementos químicos pesados. Futuros planetas, que se formem nas redondezas, muito se beneficiarão desse material!

Essa explosão catastrófica é chamada de supernova. É tão poderosa, que a luminosidade gerada por ela pode superar a de uma galáxia inteira! Muitas supernovas podem e já foram vistas a olho nu. Essa extraordinária luminosidade pode durar semanas, meses ou anos. Os astrônomos investigam as supernovas em vários comprimentos de onda eletromagnética – rádio, infravermelho, visível, ultravioleta, raios-x e raios-gama (Figura 4). O colapso gravitacional total agora é contido por nêutrons degenerados (repulsão nêutron-nêutron). Aqui, novamente, entra em ação a ‘força’ de Pauli. Estimativas calculam que a maior massa possível de uma estrela de nêutron deve estar entre 1,5 e 3,0 vezes a massa solar.

Figura 4 – O material ejetado na supernova (chamados de remanescentes da explosão) fertilizará a composição química de futuros planetas. Na imagem, a nebulosa do Caranguejo após a explosão da supernova SN 1054 (ano que ela explodiu). Está a 6.500 anos-luz de distância, na direção do centro da Via-Láctea. Fonte: NASA/ESA

Quando o núcleo de uma supergigante vermelha colapsa, a conservação do momento angular e do fluxo magnético fazem com que a estrela de nêutron gire muito rapidamente e tenha um campo magnético extraordinariamente intenso (cerca de 1012 vezes o valor do campo magnético da Terra!). Ao nascer, uma estrela de nêutron isolada gira a pelo menos 60 voltas por segundo. Se nascer num sistema binário, a rotação pode chegar a 600 voltas por segundo. Ao longo do eixo norte-sul magnético, a estrela de nêutron emite partículas e muita radiação eletromagnética. Essa estrela de nêutron, que gira tão rapidamente, passou a ser conhecida como Pulsar! (Figura 5)

Em geral, o eixo de rotação de uma estrela de nêutron não coincide com o seu eixo magnético. Se acontecer que a nossa linha de visão aqui da Terra, se cruze com o jato de radiação (ao longo do eixo magnético) detectaremos sinais periódicos. Algo parecido com o que acontece quando um navio aproxima de um farol. Foi assim, que se encontrou a primeira estrela de nêutrons em 1967 (em comprimento de ondas de rádio). À época, chegou-se a especular que se tratava de uma tentativa de comunicação com a Terra de seres inteligentes extraterrestres.

O brilho das supernovas é utilizado para medir a distância da estrela de nêutron até a Terra.  Sabe-se que o tempo de decaimento do seu brilho está relacionado com a luminosidade da estrela. Uma vez conhecida a sua luminosidade, obtém-se a magnitude absoluta. Em seguida, determinando-se (aqui na Terra) a magnitude aparente da estrela, pode-se calcular a distância da estrela à Terra.

As estrelas de nêutrons são muito pequenas, do tamanho de uma cidade, com diâmetro em torno de 10 a 20 km! Mas, sua densidade é absurda, cerca 1017 kg/m3. São os objetos conhecidos mais densos do universo (excluindo-se os buracos negros). Para se escapar da atração gravitacional de uma estrela de nêutron, a velocidade de um corpo tem que ser maior do que 50% da velocidade da luz!

Na nossa Via-Láctea, já foram detectadas cerca de 1.300 estrelas de nêutrons. Mas, a quantidade de poeira e gás ao longo do disco galáctico, dificulta muito a sua observação.  Estima-se que a Via-Láctea contenha cem mil estrelas de nêutrons ao longo do seu disco. A estrela de nêutron detectada (até agora) mais próxima da Terra está há cerca de 420 anos-luz.

Figura 5 – O pulsar existente no interior da nebulosa do Caranguejo (veja Figura 4) detectado, em raios-x, pelo telescópio Chandra. Fonte: NASA

Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…

E conversamos toda a noite, enquanto
A Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.

Olavo Bilac, soneto que se encontra no livro “Poesias”, publicado em 1888.

(Continua)

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

1 Anã Marrom – um objeto subestelar, Roberto N. Onody

https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/ana-marrom/

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de novembro de 2021

Doenças negligenciadas são tema da “6ª Conferência FAPESP 60 anos”

Encontro reunirá Sir Mike Ferguson, da Universidade de Dundee, e os Profs. Jon Clardy, da Universidade Harvard e Glaucius Oliva, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP)

As doenças negligenciadas afetam mais de 2 bilhões de pessoas, sobretudo as mais pobres e desfavorecidas em regiões tropicais e subtropicais do planeta, incluindo as Américas. O número de mortes supera 1 milhão ao ano, com o agravante de causar grande sofrimento e incapacidade permanente em homens, mulheres e crianças.

A 6ª Conferência FAPESP 60 anos (VER AQUI) reunirá na próxima quarta, dia 17 de novembro, a partir das 10h00, especialistas para debater os avanços da ciência, especialmente da química medicinal e de produtos naturais, para combater esse que é um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade.

O encontro contará com a presença de Sir Mike Ferguson, especialista em parasitologia molecular aplicada ao planejamento de fármacos para doenças tropicais. Ele é professor titular e reitor associado de pesquisa da Universidade de Dundee (Reino Unido), membro do Conselho da Medicines for Malaria Venture (MMV), da The Royal Society of London, da Academy of Medical Sciences e da European Molecular Biology Organization (Embo), além de vice-presidente da Wellcome Trust.

Com mais de 250 artigos científicos publicados, Ferguson tem investigado a bioquímica de protozoários parasitas, entre eles os causadores da doença do sono africana, da doença de Chagas e da leishmaniose. Sua pesquisa se inscreve na interface entre a biologia e a química.

Também participará do debate Jon Clardy, especialista em química biológica aplicada ao desenvolvimento de fármacos e ao estudo do controle de processos biológicos por moléculas bioativas de origem natural. Ele é professor titular da Universidade Harvard (Estados Unidos), membro do Broad Institute, da American Association for the Advancement of Sciences (AAAS), da American Academy of Arts and Sciences e da American Academy of Microbiology.

Ao longo de quase 50 anos, Clardy se dedicou a pesquisas relacionadas a produtos naturais que resultaram em mais de 700 publicações. Foi pioneiro no uso da técnica de DNA ambiental para a prospecção da diversidade química codificada em metagenomas e organismos não cultiváveis. Também foi dos primeiros a estudar compostos como a saxitoxina e a brevetoxina, duas neurotoxinas produzidas por dinoflagelados marinhos. Contribuiu ainda para a identificação de alvos proteicos de produtos naturais e para a elucidação das estruturas moleculares de diversos compostos.

A conferência contará ainda com a participação de Glaucius Oliva, especialista em biologia estrutural aplicada ao planejamento de fármacos para doenças infecciosas e professor titular da Universidade de São Paulo (USP). É membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp) e da The World Academy of Sciences (TWAS).

Oliva é coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos  (CIBFar), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão da FAPESP que recentemente desvendou detalhes do processo de maturação da principal enzima envolvida na replicação do SARS-CoV-2, conhecida como 3CL.

A abertura será feita por Ronaldo Aloise Pilli, vice-presidente do Conselho Superior da FAPESP. E o debate será moderado por Adriano Defini Andricopulo, professor do IFSC-USP e vice-presidente da Aciesp.

Para se inscrever, clique AQUI.

Para sanar dúvidas, envie e-mail para conferencias60anos@fapesp.br

Para assistir a este evento, via Canal Youtube da Agência FAPESP, clique AQUI.

Mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de novembro de 2021

“V Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos” arranca dia 30/11 – Inscreva-se já!

Edição de 2018

Uma forte contribuição para a formação de pesquisadores de elevada excelência, aprimorando suas habilidades para o desenvolvimento progressivo em pesquisas básicas e aplicadas, sejam quais forem suas áreas de conhecimento.

Este é um dos principais objetivos da “Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos” (VER AQUI), em sua 5ª edição, que ocorrerá de forma remota entre os próximos dias 30 de novembro e 02 de dezembro, com inscrição gratuita e ofertando  minicursos e palestras com personalidade acadêmicas e científicas, permitindo-nos destacar: Pró-Reitor de Pesquisa da USP, Prof. Sylvio Canuto, os professores da USP de São Carlos, Valtencir Zucolotto e Osvaldo Novais de Oliveira Junior, bem como Carlos Henrique de Brito Cruz, vice-presidente de redes de pesquisa na Elsevier, André Brunoni, da Faculdade de Medicina da USP e ainda profissionais das áreas de gestão de dados e publicações científicas.

Tendo como público-alvo alunos de pós-graduação, professores, pesquisadores e técnicos de nível superior, a “Escola de Pesquisadores da USP de São Carlos” propõem-se abordar, entre outros assuntos, a escrita de relatório de patentes, a promoção de artigos científicos, e a forma como funciona o processo de editoria em uma revista científica. O evento conta ainda com apresentação do Coral USP de São Carlos e diversos sorteios de brindes.

A organização deste evento é do Portal da Escrita Científica da USP, projeto que tem como objetivo auxiliar na formação de pesquisadores de alto nível com minicursos, materiais de apoio e videoaulas. A iniciativa também conta com apoio do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP e da Springer, editora que é líder global de publicações em Ciência, Tecnologia & Medicina.

Confira AQUI  a programação do evento.

Faça sua inscrição AQUI.

Saiba mais no site escoladepesquisadores.sc.usp.br/5, no Facebook e pelo e-mail escoladepesquisadores@sc.usp.br.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de novembro de 2021

Atualização da produção científica do IFSC/USP de novembro de 2021

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de  novembro  de 2021,  clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI) .

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico Journal of CO2 Utilization (VER AQUI).

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de novembro de 2021

EEFERP/USP recebe Equipe de Judô do Club Athletico Paulistano para atividades conjuntas

Mesa de abertura do evento

Durante o período de 27 a 30 de outubro de 2021, a Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP), da Universidade de São Paulo (USP), recebeu a Equipe de Judô do Club Athletico Paulistano (CAP), para a realização de atividades conjuntas junto à Clínica de Avaliação Multidisciplinar de Atletas de Alto Rendimento (CAMAR). Todas as atividades programadas foram organizadas a partir do Workshop realizado no dia 20 de março de 2021, com participação de membros das duas instituições.

A Equipe visitante do CAP, liderada pelo Prof. Douglas Vieira, foi composta pelo analista de desempenho, Giovani Marcon, o preparador físico Rainner Oscisk e a psicóloga Cristina Madi, bem como 26 Judocas (vide lista no final da matéria), tanto do Judô feminino quanto masculino. Embora não presente nas atividades realizadas, colaborou para organização do evento o técnico de Judô do CAP, Marcos Dagnino.

Coube aos Professores Douglas Vieira, representando o CAP, Hugo Tourinho Filho, Diretor da EEFERP/USP, e Tito J. Bonagamba, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), proponente e coordenador do projeto de colaboração entre o CAP e a EEFERP/USP, comporem a mesa de abertura das atividades.

Teste para determinação da taxa de desenvolvimento de força e força máxima isométrica

Abrindo o evento, o Prof. Douglas Vieira agradeceu os esforços de toda(o)s para que a parceria fosse estabelecida e enalteceu a importância da união entre a prática esportiva e a ciência do esporte, beneficiando a(o)s atletas na procura do melhor rendimento. Por essa razão, solicitou à(o)s Judocas que participassem com empenho e seriedade de todas as avaliações propostas. Após os agradecimentos do Prof. Hugo Tourinho, o Prof. Bonagamba discorreu sobre as atividades gerais do Projeto “Judô na EEFERP/USP”, dando maior atenção à CAMAR, e ressaltou fatos históricos das Olimpíadas de Los Angeles – 1984, concluindo sua fala destacando o êxito do Judoca Douglas Vieira, ao ter sido o primeiro brasileiro a disputar uma final olímpica na modalidade, ficando com a medalha de prata, fato que abriu uma trajetória de sucesso para o Judô brasileiro.

A(o)s Judocas passaram por inúmeras avaliações conduzidas pelo Grupo de Docentes e Pesquisadores da CAMAR, em produtiva parceria com os Profissionais do CAP.

As avaliações ocorreram dentro das áreas descritas abaixo.

A Equipe coordenada pelo Prof. Marcelo Papoti (Grupo de Estudos e Pesquisa em Ciências Fisiológicas e Exercício – GECIFEX) aplicou o Special Judo Fitness Test associado com medidas de concentração de lactato no sangue, frequência cardíaca e consumo de Oxigênio. Com os dados em mãos, serão determinados os índices SJFT e a estimativa da participação metabólica (anaeróbia lática, alática e aeróbia) da(o)s atletas. Todos procedimentos foram realizados sob a liderança do Prof. Wonder Passoni Higino, com o apoio de colaboradora(e)s do GECIFEX.

A lista de toda(o)s os colaboradores dos Grupos de Pesquisa que contribuíram para a realização das avaliações encontra-se no final da matéria.

A Equipe coordenada pelo Prof. Enrico Fuini Puggina (Grupo de Estudos em Desempenho Físico e Treinamento Esportivo – GEDEFITE) realizou medidas da composição corporal e de manifestações da força muscular. A antropometria foi realizada por meio da técnica de densitometria por dupla emissão de raios X (DEXA). Já os Testes de Força e Potência muscular foram conduzidos por meio de mensurações da Taxa de Desenvolvimento de Força (TDF) e Força Máxima Isométrica no exercício do Levantamento Terra com uso de células de carga, da potência de membros inferiores e superiores pelo uso de técnicas de salto vertical em tapete sensorizado (Squat Jump, Countermovement Jump e Power Push-Up Test), e finalmente a força máxima dinâmica, de preensão manual e o equilíbrio muscular utilizando-se de avaliações em dinamômetro isocinético e dinamometria convencional. Todos os procedimentos foram realizados sob a liderança do Prof. Enrico F. Puggina, com o apoio de colaboradora(e)s do GECIFEX.

De forma complementar, toda(o)s atletas foram submetidos à análise da densitometria corporal por meio da técnica de absorção de raios-X de dupla energia (DEXA), para determinação das massas óssea, muscular e de gordura.

Paralelamente, as Equipes coordenadas pelos Profs. Cristiano Roque Antunes Barreira (Grupo de Pesquisa Fenomenologia e Práticas Corporais – GFEPAC) e Renato Francisco Rodrigues Marques (Grupo de Estudo e Pesquisa em Aspectos Socioculturais e Pedagógicos do Esporte – GEPESPE) conduziram as entrevistas dedicadas às análises dos Perfis psicológico e social da(o)s atletas.

Análise da densitometria corporal por meio da técnica de absorção de raios-X de dupla energia (DEXA), para determinação das massas óssea, muscular e de gordura

Após a realização das primeiras intensas atividades, as Equipes da CAMAR e do CAP se reuniram para discutir os resultados alcançados e os próximos passos a serem tomados. Em todas as frentes de avaliação da CAMAR, as perspectivas encontradas são excelentes. Como exemplo, mesmo tendo concluído todas as avaliações previstas originalmente, as últimas atividades realizadas já envolveram aprimoramentos dos testes realizados nos dias anteriores, algo esperado dentro dessa profícua colaboração de longo prazo.

Tendo em mãos os dados obtidos e as excelentes observações e sugestões feitas pela Equipe do CAP, os membros da CAMAR já iniciaram a análise dos dados obtidos ao longo dos quatro dias de atividades, com o intuito de apresentar relatórios individuais detalhados e propostas de novas avaliações à equipe do CAP, em novo encontro a ser agendado para breve.

Participantes das atividades:

– Judocas do CAP: Adriano Toshio Miwa de Souza, Adrielly Lopes de Faria, Alline Cristina da Silva, Amanda Ferreira Culato, Daiana Teresinha Borba, Gabriel Bondezan, Hanna Laryssa Silva do Nascimento, João Henrique de Oliveira Baptista, João Paulo dos Santos Correa, João Pedro Jorqueira, João Vitor de Sá Furquim, Jose Marcelo Araujo Da Silva, Kenia Astrom de Souza, Luís Henrique Santana Janotta, Marcos Soares, Mari Hayse Lys da Silva, Matheus de Campos Silva, Mayrhá Lucato, Natalia Barreto Lima, Rai Ferreira da Silva, Samara Contarini de Oliveira, Samuel Venancio de Souza, Thauana Ap. das Dores Lopes da Silva, Thiago Henrique da Silva Chiodi, Victor Hugo da Silva Nascimento e Vitória Pereira Neto.

– Membros da Equipe do Prof. Marcelo Papoti – GECIFEX:

Professores: Tiago Rezende Figueira e Wonder Passoni Higino.

Alun(a)os de Mestrado: Carlos Dellavechia de Carvalho, Gabriel Peinado Costa, Marcela Coffacci de Lima Viliod, Vitoria Maria Alves Rangel e Yan Figueiredo Foresti.

– Membros da Equipe do Prof. Enrico F. Puggina – GEDEFITE:

Aluna(o)s de Iniciação Científica: Allan Zapatta Gomes, Beatriz Piffer, João Victor Madeira da Costa, Lucas Pompeu Trevelin e Ricardo Bisan Filho

Aluna(o)s de Mestrado: Gabriel Bonavena de Oliveira.

Aluna(o)s de Doutorado: Arthur Marques Zecchim Oliveira, Fábio Marzliak Pozzi de Castro, Izabela dos Santos, Marcel Frezza Pisa, Rodrigo Ribeiro Rosa e Thiago Porto.

Técnico do Laboratório que realizou as análises DEXA: Marcílio Mano Júnior.

– Membros da Equipe do Prof. Cristiano R. A. Barreira – GFEPAC:

Cilene Chivalsky de Oliveira (Psicóloga e pesquisadora), Leonardo Fernandes Coelho (pesquisador), Pedro Henrique Alves Campos (pesquisador) e Thais Petroni Rocha Lima Silva (Psicóloga e Mestranda em Psicologia pela FFCLRP-USP)

– Membros da Equipe do Prof. Renato F. R. Marques – GEPESPE:

Nesta etapa, o Prof. Renato F. R. Marques atuou individualmente.

Judocas visitantes acompanhado(a)s por membros do Club Athletico Paulistano e da EEFERP/USP

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de novembro de 2021

Pesquisadores do IFSC/USP estão entre os maiores especialistas mundiais na área de “Agentes Fotossensibilizadores”

Pesquisadores do IFSC/USP estão entre os maiores especialistas mundiais na área de “Agentes Fotossensibilizadores”, segundo a “Expertscape”, agência que classifica, objetivamente, cientistas e instituições de todo o mundo através de seus trabalhos desenvolvidos em mais de 29 mil tópicos biomédicos.

A “Expertscape”acaba de divulgar a sua mais recente “PubMed”, dedicada ao “Mês da Pela Saudável – Novembro”, onde classifica o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, como um “Especialista Mundial” na área de Agentes Fotossensibilizadores, enfatizando uma experiência e atuação acumuladas ao longo de, pelo menos, dez anos.

Dentro dessa classificação, encontram-se igualmente registrados outros docentes e pesquisadores importantes de nosso Instituto dentro dessa mesma área, todos pertencentes ao Grupo de Óptica, merecendo, todos eles, o mesmo destaque. São eles: Cristina Kurachi, Sebastião Pratavieira, Natália Inada, Dirceu Vollet-Filho, Hilde Buzzá, Lilian Tan Moriyama, Kate Blanco e Michelle Requena.

Para conferir o “PubMed” da “Expertscape”, clique AQUI.

Uma vez mais, um orgulho para o IFSC e para a Universidade de São Paulo.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de novembro de 2021

Debate entre candidatos à próxima gestão reitoral da USP

Realiza-se no próximo dia 09 de novembro, a partir das 17h00, de forma virtual, o debate entre o(a)s candidato(a)s à próxima gestão reitoral da USP, conforme o previsto no artigo 5º da Resolução 8115/2021.

Para acessar o link para acompanhamento da transmissão, clique AQUI.

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP