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Sobre Rui Sintra

11 de maio de 2022

Vaga para Analista de BI/Dashboard na empresa “Cognatis”

A empresa “Cognatis”, sediada na cidade de São Paulo, está com vaga aberta para Analista de BI/Dashboard, em modelo de trabalho híbrido (online e presencial).

O profissional atuará principalmente na área de Analytics no desenvolvimento e implementação de dashboards interativos, que serão integrados às plataformas da empresa. Além disso, deverá apoiar os processos de manutenção e criação de dados. O contratado receberá treinamento para usar a plataforma de desenvolvimento e integração da empresa (embedding) de dashboards.

Atribuições

Participar na criação técnica dos dashboards;

Ser capaz de propor estratégias de visualização de dados para endereçar as necessidades de clientes (externos ou internos);

Entender o propósito destas visualizações, e como torná-las mais pertinentes e eficazes na comunicação daquilo que importa aos usuários;

Apoiar processos de Machine Learning (modelos preditivos, segmentações, etc), que frequentemente estão associados aos dashboards ou demais projetos da empresa;

Qualificações necessárias

Bons conhecimentos de SQL e Python na visualização de dados;

Conhecimentos básicos em estatística e Machine Learning;

Bons conhecimentos de BI, em especial em relação ao Data Vis (Storyteller);

Conhecimentos básicos de Java Script, CSS e HTML;

Boa capacidade de aprendizagem;

Ser curioso;

Ser organizado e detalhista;

Trabalhar bem em equipe;

Saber trabalhar sob pressão;

Boa capacidade lógica;

Qualificações desejáveis

Conhecimento dos principais algoritmos e técnicas estatísticas;

Para se candidatar a esta vaga, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de maio de 2022

Instituto Serrapilheira: Como incentivar soluções criativas e colaborativas para melhorar a pesquisa científica?

Depois de duas edições online, a “No-Budget Science Hack Week” volta ao formato presencial.

O evento, que tem como filosofia “um laptop na mão e uma ideia na cabeça”, vai reunir entre os dias 8 e 14 de agosto, no Campus Praia Vermelha da UFRJ, no Rio de Janeiro, estudantes e pesquisadores de todo o país para uma semana de desenvolvimento de projetos sem custo em metaciência.

As inscrições estão abertas até 15 de junho.

Serão selecionados cerca de 20 participantes, que terão seus custos de viagem e estadia cobertos pela organização do evento.

Criado em 2019, o “No-Budget Science Hack Week” incentiva a utilização de dados publicamente disponíveis, iniciativas de ciência cidadã e defende que nem toda ciência precisa de bancada.

Pré Hack Week: de 18 de maio a 8 de junho

Como nos últimos anos, a edição de 2022 traz uma programação prévia, aberta ao público, com uma série de debates preparatórios para gerar ideias de projetos em diferentes temas.

Confira:

18/5 – Retrospectiva “Hack Week 2019-2021” – Juliane Fernandes (USP), Adriana Cabanelas (Firjan), Lucas Amaral (UFRJ) e Christian Limberger (UFRGS);

25/5 – Financiamento Científico – Odir Dellagostin (CONFAP), Kleber Neves (UFRJ) e Jerson Lima (FAPERJ);

1/6 – Evidência e Políticas Públicas – Paulo Almeida (Instituto Questão de Ciência), Natália Koga (IPEA) e Diana Moreira (UC-Davis);

8/6 – Vida e Carreira Científica – Bruno Paranhos (Coractium) e Flávia Calé (ANPG), Patrícia Paiva (CAPES);

Para obter mais informações, clique AQUI.

Para se inscrever, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de maio de 2022

Atualização da produção científica do IFSC/USP em abril de 2022

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de  abril de 2022 clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Bioresource Technology” (VER AQUI).

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de maio de 2022

IFSC/USP homenageia Prof. Rogério Trajano: Lançamento do livro “Introdução da história das ciências físicas”

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) sempre teve a postura de ao longo de sua vida saber guardar em sua memória aqueles e aquelas que mais se destacaram na criação e no desenvolvimento desta Unidade da USP que viria a ser e a se consolidar como uma das mais destacadas instituições de excelência em ensino, pesquisa e extensão do país. E essa memória, que engloba professores, pesquisadores, ex-alunos e servidores não-docentes, tem servido para que a Instituição homenageie personalidades que contribuíram para o fortalecimento do DNA do IFSC/USP. Como exemplos temos aqueles que, infelizmente, já não estão entre nós, como são os casos, entre outros, dos Profs. Sérgio Mascarenhas, Horácio Carlos Panepucci, Bernhard Gross, Dietrich Schiel, Silvestre Ragusa e Guilherme Fontes Leal Ferreira; e como são os casos daqueles que estão dando continuidade a esse espírito de sucesso – Profs. Yvonne Primerano Mascarenhas, Glaucius Oliva, José Nelson Onuchic, Sylvio Goulart Rosa Júnior, Roberto Leal Lobo e Silva Filho, Osvaldo Novais de Oliveira Junior, Vanderlei Salvador Bagnato, Luiz Nunes de Oliveira, Roberto Mendonça Faria, Milton Ferreira de Souza e Tito José Bonagamba, só para citar alguns. Contudo, cabe neste espaço destacar agora um outro docente e pesquisador que foi homenageado pela Instituição no passado dia 06 de maio do corrente ano – o Prof. Rogério Cantarino Trajano da Costa.

Professor e pesquisador do IFSC/USP por mais de três décadas, o Prof. Rogério (como carinhosamente é conhecido) marcou sua vida acadêmica pela intensa paixão não só pela Física, mas também pelo enorme interesse que ainda nutre pela história da ciência e da tecnologia, música e política. Docente aposentado do IFSC/USP, o Prof. Rogério é Bacharel em Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Doutorado na mesma Universidade (1966), tendo feito estágio de Pós-Doutorado na Universidade de Rochester (EUA). Ao longo de sua trajetória acadêmica também ministrou aulas no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e na Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Na homenagem que o IFSC/USP prestou ao Prof. Rogério Trajano, realizada no dia 06 do corrente mês, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas, que incluiu um colóquio especial ministrado pelo homenageado, a Instituição promoveu, também, através dos serviços de sua Biblioteca a organização, edição e publicação do livro “Introdução da história das ciências físicas”, obra que congrega todos os apontamentos, anotações e manuscritos da autoria do homenageado, documentos que foram extraídos igualmente da biblioteca pessoal do Prof. Rogério, um trabalho efetuado sob a coordenação do Prof. José Pedro Donoso Gonzalez (IFSC/USP). Pessoa singular, mestre de muitos dos professores e pesquisadores veteranos da Instituição, o Prof. Rogério foi classificado por seus ex-alunos e ex-colegas como um homem que fez contribuições excepcionais para o engrandecimento do Instituto de Física de São Carlos – Ensino, Pesquisa e Extensão -, um professor que preparava suas aulas com um extraordinário esmero, que envolvia e entusiasmava os seus alunos e que promoveu e estabeleceu um padrão de dedicação exemplar dentro e fora da sala de aula. Na homenagem, seus ex-alunos também destacaram a figura do Prof. Rogério como um grande formador de recursos humanos, tendo modificado suas vidas, de forma positiva, além de ser uma pessoa com extraordinária cultura, um intelectual ativo e de espectro aberto, que elevou a extraordinária qualidade do IFSC/USP e de sua imagem dentro e fora da Universidade de São Paulo.

Para assistir ao vídeo desta homenagem, clique AQUI.

(Imagens – Ricardo Rehder)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de maio de 2022

Memorial Prof. Sérgio Mascarenhas – o legado do Mestre

Existe sempre uma profunda nostalgia quando pensamos ou falamos do saudoso Prof. Sérgio Mascarenhas, um dos pioneiros do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e fundador de inúmeras instituições de ensino e de pesquisa no Brasil. E essa saudade imensa não só inunda as almas de todos quantos com ele privaram nos vários redutos de ciência e tecnologia, como no esplêndido universo que esse maravilhoso ser humano soube criar nas artes, na música, na filosofia de vida e na generosidade que sempre irradiou. Por isso ele teve tantos amigos e admiradores.

Nunca é demais recordar essa figura ímpar da ciência nacional que traçou, em primeira instância, as linhas mestras para a criação daquele que viria a ser o IFSC/USP, sempre acompanhado por sua companheira inseparável, a Profª Yvonne Primerano Mascarenhas. O dia 02 de maio do corrente ano – data em que o Prof. Sérgio Mascarenhas celebraria o seu 94º aniversário, caso estivesse ainda entre nós – foi assim devidamente recordado através do “Memorial Prof. Sérgio Mascarenhas” promovido pelo IFSC/USP, momento em que também foi anunciado um número especial do “Brazilian Journal Physics” (BJB), com a participação de seus principais editores. Tanto na plateia como de forma remota, muitos foram aqueles que quiseram acompanhar a homenagem prestada ao grande cientista e Homem, todos eles com lembranças de uma convivência que fica registrada para toda a vida.

Drª Yvone Maria Mascarenhas

A cerimônia, presidida pelo Diretor do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, e coordenada pela Chair do evento e Vice-Diretora do IFSC/USP, Profª Ana Paula Ulian de Araújo, contou com diversas abordagens e testemunhos da carreira do Prof. Sérgio Mascarenhas e à sua participação direta em diversos momentos importantes que marcaram a evolução da ciência nacional. Os discursos proferidos pelos Profs. Glaucius Oliva (docente, pesquisador do IFSC/USP e ex-Presidente do CNPq), Ana Beatriz de Oliveira (Reitora da UFSCar), Sílvio Crestana (EMBRAPA), Antônio Martins Figueiredo Neto (Editor Chefe do BJP) e Oswaldo Baffa Filho (Editor Associado BJP), foram prova disso. Já no âmbito pessoal, a presença de familiares do homenageado no auditório constituiu um particular momento de partilha da imagem do cientista em seu reduto familiar através das palavras de sua filha, Drª Yvone Maria Mascarenhas e de dois netos de Sérgio Mascarenhas, que destacaram as experiências, a forma de ser estar do homenageado, seus ensinamentos.

O Prof. João Cândido Portinari (Projeto Portinari), através da exibição de um vídeo de homenagem, traçou o perfil do Prof. Sérgio Mascarenhas no âmbito cultural, artístico e filosófico, tendo enaltecido a vida do cientista através de seu perfil humanista.

O encerramento deste evento esteve a cargo da Profª Ana Paula Ulian de Araújo (Chair), que abordou sua experiência de convivência acadêmica e científica com o Prof. Sérgio Mascarenhas ao longo dos anos.

A Comissão Organizadora deste evento, que certamente ficará marcado em todos aqueles que tiveram a oportunidade de assistir, foi constituída por:

Profa. Ana Paula Ulian de Araujo    (IFSC-USP) –  Chair;

Prof. Antonio José da Costa  Filho  (FFCLRP-USP);

Prof. Antonio Martins Figueiredo Neto  (IF-USP);

Prof. Glaucius Oliva   (IFSC-USP);

Prof. Oswaldo Baffa Filho   (FFCLRP-USP);

Para assistir ao vídeo relativo a esta cerimônia, clique AQUI.

(Fotos: Ricardo Rehder)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de maio de 2022

A construção estética de um povo: os três modernismos brasileiros e seus colapsos

Conferência Magistral do Campus USP São Carlos:

“A construção estética de um povo: os três modernismos brasileiros e seus colapsos”

Prof. Dr. Vladimir Safatle (FFLCH-USP)

Mediação: Prof. Dr. Ruy Sardinha Lopes (IAU-USP)

Vladimir Safatle nasceu em 1973, em Santiago do Chile. Formado em Filosofia pela USP e mestre em Filosofia pela mesma universidade, com dissertação sobre o conceito de sujeito descentrado em Lacan, sob a orientação de Bento Prado Júnior, é doutor em Filosofia pela Universidade de Paris VIII, com tese sobre as relações entre Lacan e a dialética, sob a orientação de Alain Badiou. Professor titular do Departamento de Filosofia da USP, onde leciona desde 2003, também é professor do Instituto de Psicologia da mesma universidade e foi professor convidado nas universidades de Paris I, Paris VII, Paris VIII, Paris X, Toulouse (França), Louvain (Bélgica) e Essex (Inglaterra), visiting scholar da Universidade de California, Berkeley (EUA), além de fellow do Stellenbosch Institute of Advanced Studies (África do Sul), e responsável por seminários no Collège International de Philosophie (França) e fellow do The New Institute de Hamburgo (Alemanha). Um dos coordenadores do Laboratório de Pesquisas em Teoria Social, Filosofia e Psicanálise (Latesfip/USP), juntamente com Christian Dunker e Nelson da Silva Júnior, é ainda membro do conselho diretivo da International Society of Psychoanalysis and Philosophy.Com artigos traduzidos para inglês, francês, japonês, espanhol, sueco, norueguês, catalão e alemão, suas publicações versam sobre psicanálise, teoria do reconhecimento, filosofia da música, filosofia francesa contemporânea e reflexão sobre a tradição dialética pós-hegeliana. Seus livros incluem: A potência das fendas: diálogos sobre música (N-1, 2021, com Flo Menezes), Maneiras de transformar mundos: Lacan, política, emancipação (Autêntica, 2020), Dar corpo ao impossível: o sentido da dialética a partir de Adorno (Autêntica, 2019; versão em espanhol), O circuito dos afetos: corpos político, desamparo e o fim do indivíduo (Autêntica, 2016; versões em espanhol, em italiano e francês), Grande Hotel Abismo – para uma reconstrução da teoria do reconhecimento (Martins Fontes, 2012; versão em inglês), O dever e seus impasses (Martins Fontes, 2013), A esquerda que não teme dizer seu nome (Três estrelas, 2012; em espanhol), Cinismo e falência da crítica (Boitempo, 2008), Lacan (Publifolha, 2007; versão atualizada publicada pela Autêntica, 2017) e A paixão do negativo: Lacan e a dialética (Unesp, 2006; versão em francês publicado por Georg Olms Verlag, 2010). Seus próximos trabalhos versarão sobre a atualização da noção de forma crítica a partir da estética musical contemporânea e da reflexão sobre problemas relacionados ao destino das categorias de autonomia, expressão e sublime. O primeiro volume desse trabalho, que deverá conter três volumes, será “Em um com o impulso: experiência estética e emancipação social” (Autêntica, 2022).

4 de maio de 2022

Academia Brasileira de Ciências (ABC) – Prof. Adriano Andricopulo (IFSC/USP) toma posse como Membro Titular

O “Museu do Amanhã”, localizado na cidade do Rio de Janeiro, recebe no dia 04 de maio a Reunião Magna da Academia Brasileira de Ciências (ABC), onde, entre várias iniciativas, ocorrerá a posse da nova diretoria – que pela primeira vez em 106 anos de história será presidida por uma mulher, a Profª Helena Nader -, e a apresentação dos novos Membros Titulares e Correspondentes. Dentre estes, eleitos em Assembleia Geral da Academia realizada no dia 02 de dezembro de 2021, está o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Adriano Defini Andricopulo, na área de Ciências Químicas.

É natural que, para qualquer cientista, entrar para a ABC é um momento especial em sua vida, já que passa a pertencer a um grupo seleto de pessoas que representam um lote importante de contribuições para a ciência nacional. No caso concreto do Prof. Adriano Andricopulo, ele representa a área de química medicinal representando toda uma comunidade que tem procurado insistentemente por soluções urgentes, imediatas, com o intuito de garantir um futuro com mais qualidade de vida, algo que para ele é algo que impacta não só no presente, como no futuro. “A Ciência é o caminho para isso, com resultados valiosos para o nosso país e com contribuições que vão poder melhorar a qualidade  de vida da nossa população”, salienta o pesquisador.

Retrospectiva

Com alguma regularidade – e principalmente agora -, Adriano Andricopulo confessa que quando olha para trás, quando faz uma retrospectiva da carreira, desde sua chegada ao IFSC/USP (2002), parece que o tempo acelerou. “O tempo passa rápido! Fiquei vários anos nos Estados Unidos, doutorado, depois fazendo pós-doutorado, e voltei para o Brasil muitos anos depois.  Foi o IFSC/USP que me abriu as portas, numa área nova de pesquisa de fármacos, de química medicinal, coisas realmente fantásticas e que deram muito certo. Então, sou muito grato ao Instituto de Física de São Carlos, já que toda minha carreira foi desenvolvida aqui; logo desde o início, quando eu cheguei como jovem pesquisador, ou seja, um doutor formado, mas em início de carreira, tive que mostrar trabalho, serviço. Enfim, isso foi feito ao longo dos anos, depois virei professor doutor, professor associado e professor titular, num momento em que na Academia Brasileira de Ciências, em 2008, foi criada a categoria de jovens pesquisadores até 40 anos. Eu entro no início da criação dessa nova categoria, na área de química, nessa época por indicação do Prof. Glaucius Oliva. De repente….  Me vejo em 2021 sendo membro afiliado da ABC na área de Ciências Químicas e em 2022 me tornando membro titular. Então, são coisas que mostram um caminho, uma trajetória, e isso vem do nosso esforço do dia a dia, do nosso estudo de muitos anos. De você ir para o laboratório fazer um experimento e de ele não funcionar, e saber que no outro dia você vai voltar e repetir o que você aprendeu com aquilo que aconteceu, até que você de fato consegue progredir, ter sucesso e alcançar pesquisas que tem relevância, que tem impacto, que você publica nas melhores revistas e que serão reconhecidas pela comunidade científica”, enfatiza o pesquisador.

Sempre disposto e ativo para trabalhar, para trocar ideias com as pessoas e investir naquilo que é o melhor que se pode  dar –  educação, formação das futuras gerações, investimento nos jovens para que eles tenham uma janela de tempo em médio prazo -, Adriano Andricopulo aposta muito forte para que seus jovens estudantes possam ter condições para fazerem melhor do que ele próprio já fez. “Eu quero que meu estudante possa fazer muito melhor do que eu fiz, do que eu faço hoje, para que a Ciência de nosso país avance com o que ela tem de melhor, que é nos dar esperança que com seus resultados possamos ter um mundo melhor, capaz de vencer crises, por exemplo, sanitárias, como a gente acompanha agora no caso da COVID e para ajudar a solucionar problemas nacionais. E a nossa contribuição tem que ser cada vez maior, temos que estar ativos, mostrando o valor da Ciência, mostrando a importância da educação. Povo educado vai ter condições de contribuir muito mais com o avanço do seu país, então é um contexto geral de coisas que eu coloco, que acabamos revisitando ao longo de uma carreira… Puxa!! Eu vou tomar posse na ABC… O que é que passa na nossa cabeça nessa hora não é?… Talvez seja a primeira vez que eu penso nisso!…”, pondera Andricopulo.

Os apoios que promovem o sucesso

Crédito (UOL)

O Prof. Adriano Andricopulo faz questão de sublinhar que o IFSC/USP foi, é, e será sempre a sua casa, local onde irá estar para o resto de sua carreira, lembrando que acima de tudo é a USP que capacita e dá condições para que seus cientistas desenvolvam os trabalhos. Contudo, o pesquisador recorda o papel importante das agências de fomento. “O que seria o desenvolvimento de pesquisas, como as que fazemos, se não houvesse investimento? Pessoas que acreditam e obviamente nos  ajudam a seguir em frente, pertencentes à FAPESP, CAPES, CNPq e FINEP, agências que contribuíram para que a gente pudesse realizar nossos sonhos, fazer realmente a pesquisa em alto nível e que acaba como consequência trazendo esse reconhecimento. E esse reconhecimento vem, eu acho, contemplar todo o trabalho desenvolvido por centenas, milhares de pessoas de uma ou várias instituições que apoiam e incentivam as contribuições que fazemos, que são passageiras, mas que devem deixar suas marcas e contribuir para que novas venham… Eu vejo isso assim desta forma, com humildade, com simplicidade, com serenidade para aceitar, para entender a magnitude do que significa, mas, isso não muda nada; independente de tudo, eu vou voltar para o meu laboratório e fazer o mesmo experimento que funcionou há 20 anos atrás e nós vamos sempre atrás de novas perspectivas e respostas e acho que isso é uma coisa boa que a gente pode passar também para os nossos alunos. Enfim, é o que nós gostamos de fazer, trabalhar… Trabalhar… Mas sempre com comprometimento, com responsabilidade, e claro que ficamos felizes quando esse trabalho é reconhecido, mas sempre com a noção de que existem vários componentes que nos ajudam nisso… Tudo isso vai nos amadurecendo e vai nos mostrando o caminho para que possamos realmente ter excelência na educação e pesquisa, isso é o mais importante”, conclui o pesquisador.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de maio de 2022

Alunos da USP – São Carlos promovem “Campanha USP do Agasalho 2022”

Os alunos do Campus USP de São Carlos estão promovendo a “Campanha USP do Agasalho 2022”, cujos produtos das doações serão distribuídos por instituições sociais sediadas na cidade de São Carlos.

Postos para doação:

Biblioteca do IQSC/USP;

Bandejão USP São Carlos;

Laboratórios de Ensino de Física – IFSC/USP;

Serviço de Biblioteca e Informação – IFSC/USP;

IFSC /USP;

E1 – EESC/USP;

Biblioteca CDCC/USP;

Portaria da Matemática – ICMC/USP;

Torres Gêmeas – Rua Episcopal, 2474, Centro – São Carlos;

São Carlos Clube – Rua Ruth Bloen Souto, 161, Centro – São Carlos;

“Objetivo” Vila Monteiro – Rua Joaquim, 1515, Vila Monteiro – São Carlos;

“Educativa” São Carlos – Rua Arístides de Santi, 11, Azulville I – São Carlos;

“Japa Açaí” – Avenida São Carlos, 3077, Centro – São Carlos;

“Objetivo” São Carlos – Rua Jesuíno de Arruda, 2625, Jardim São Carlos – São Carlos;

“XPrime Academia” – Av. Dr. Carlos Botelho, 2140, Centro – São Carlos;

Igreja Santa Rita de Cássia – Rua Alberto LAnzoni, 474, Parque Santa Felícia Jardim – São Carlos;

“Collegium Sapiens” Educação Infantil – Rua Cap. Adão Pereira de Souza Cabral, 767, Centro – São Carlos;

Paróquia São Benedito – Rua General Osório, 510, Centro – São Carlos;

Tiquinho – Av. São Carlos, 2846, Centro – São Carlos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de abril de 2022

IEA/USP – Polo de São Carlos reinicia suas atividades

A Técnica Acadêmica Rosemari Siqueira e o grupo inicial constituído pelos Profs. Valtencir Zucolotto, Frank Crespilho, Yvonne Primerano Mascarenhas, Tadeu Malheiros, Juliana Cancino e José Marcos Alves

Completamente renovado em seu espaço interno, o Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP), Polo de São Carlos, reativou no passado dia 18 de abril as suas atividades com a realização da primeira reunião entre os coordenadores dos grupos de trabalho que irão desenvolver seus projetos a partir de agora, trabalhos que divulgaremos muito em breve.

Tendo como coordenador o Prof. Valtencir Zucolotto (IFSC/USP) e como vice-coordenador o Prof. Frank Crespílho (IQSC/USP), o IEA-São Carlos foi sujeito, nos dois últimos anos, a uma série de obras que visaram principalmente a reestruturação e adequação dos espaços internos, que agora estão em perfeitas condições para receberem alunos, professores e pesquisadores interessados em desenvolver seus trabalhos e projetos. Nesse período também foram criados ou reativados novos Grupos de Trabalho, que são as principais plataformas de atuação do IEA.

Prof. Valtencir Zucolotto

Embora a pandemia tenha atrasado o desenvolvimento desses trabalhos, que deveriam ter sido concluídos em um espaço de tempo mais curto, o certo é que a renovada área está agora disponível e operacional, como salientou o Prof. Zucolotto. “Esta foi uma reunião muito importante, pois marca a retomada dos trabalhos do nosso polo do IEA, e teve por objetivo não só apresentar o novo espaço físico do IEA, completamente renovado, como também reunir e apresentar o grupo inicial de coordenadores dos projetos que serão os incentivadores para que outros grupos possam aqui se reunir para desenvolver seus trabalhos.

Igualmente entusiasmado com a reativação dos trabalhos, o Prof. Frank Crespilho, afirmou que sua presença não se limitaria ao cargo de vice-coordenador, mas também ao desenvolvimento de projetos e Grupos de Trabalho. Estiveram presentes nesta reunião os Profs. Yvonne Primerano Mascarenhas (IFSC/USP, que inicialmente irá trabalhar na área de “Educação nas Escolas”, José Marcos Alves (EESC/USP), que iniciará o projeto “Inclusão Social”, Tadeu Malheiros (EES/USP), que irá avançar com o projeto “Cidades Globais”, Frank Crespilho com o grupo de Trabalho: Observatório da COVID-19, e Juliana Cancino (FFCLRP/USP), cujo projeto traz estudos sobre os Aspectos Regulatórios e os impactos econômicos e sociais da Nanotecnologia.

O que é o IEA

Criado em 29 de outubro de 1986, o Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (sede), tal como o seu polo no Campus de São Carlos, é um órgão de integração destinado à pesquisa e discussão, de forma abrangente e interdisciplinar, das questões fundamentais da ciência e da cultura. Sua missão é realizar, junto a segmentos representativos da sociedade, estudos sobre instituições e políticas públicas (nacionais, estaduais, municipais e até supranacionais). Destacam-se os trabalhos sobre políticas de desenvolvimento da ciência, tecnologia e cultura, bem como sobre o uso social do conhecimento.

Pela natureza de suas atividades, o IEA desempenha papel significativo no incremento do intercâmbio científico e cultural entre a USP e instituições brasileiras e estrangeiras (universidades, organizações governamentais e não-governamentais, entidades científicas e culturais etc.). Isso se dá através de convênios de cooperação e intercâmbio acadêmico ou convites específicos a pesquisadores e intelectuais, brasileiros e estrangeiros, com trabalhos representativos e enriquecedores dos debates realizados no Instituto.

Para atender às suas finalidades, o IEA possui estrutura acadêmica diferenciada das demais unidades e institutos da USP. O IEA não ministra cursos de graduação ou pós-graduação, não possui quadro estável de pesquisadores, uma vez que a abrangência de seus debates interdisciplinares habilita-o ao debate teórico e prospectivo de questões científicas, não à execução de trabalhos experimentais.

A área interna foi completamente renovada

A estrutura acadêmica do IEA é composta por grupos de pesquisa e estudo e outras formas de organização de pesquisadores. A participação nas atividades é aberta a pesquisadores e profissionais com projetos relacionados com os temas de trabalho do IEA. A análise dessa confluência temática é feita pelos coordenadores das equipes de pesquisa. Podem participar brasileiros e estrangeiros, integrantes ou não da USP, portadores ou não de título universitário. Outros pesquisadores são integrados temporariamente em função das atividades específicas de projetos e cátedras do Instituto, como por exemplo os professores visitantes e seniores.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de abril de 2022

Em abril – TUSP São Carlos apresenta “Música em Foco”

 

O Teatro da USP – “TUSP”, na cidade de São Carlos, retoma o projeto “TUSP em Foco”, que teve início em 2021, tratando da linguagem da dança. No próximo mês de abril será lançado o projeto “Música em Foco”, com a apresentação de um ciclo de conversas personalidades convidadas que atuam na área, ressaltando a importância dessa linguagem nas práticas cotidianas.

Serão quatro encontros  transmitidos ao vivo pelo Instagram @tuspdesanca, nos dias 07/04, 14/04 (Quintas-feiras), 20/04 e  27/04 (Quartas-feiras) , às 20h00, com mediação do violonista Henrique Carvalho,  bacharelando em música pela ECA-USP e bolsista Pub do TUSP nesta área, tendo a seu lado Claudia Alves, coordenadora das atividades do Teatro da USP no Campus São Carlos e pesquisadora em Pedagogia do Espectador pela ECA-USP.

O “Música em Foco” integra o Núcleo de Experiência e Apreciação e  foi idealizado com a expectativa de propor um debate qualificado sobre a linguagem, refletindo-a como importante instrumento de desenvolvimento pessoal e coletivo. O objetivo é democratizar o acesso à arte e à cultura, dentro e fora da universidade, com a participação de especialistas em música, de São Carlos e de São Paulo.

Convidado(a)s:

Fred Cavalcanti: Natural de Belo-Horizonte, viveu a infância no interior de Minas Gerais. Passou por Salvador e, atualmente, está no Estado de São Paulo. Vem de uma família com veia musical, onde todos tocam e cantam. Vivenciou a musicalidade no contexto das igrejas e em grupos musicais de MPB e de jazz. O aprendizado formal em música aconteceu no Conservatório de Tatuí , no Curso de Música da UNICAMP, além de pós- graduação em Educação na UFSCar.
Matheus Augusto Ferreira: Músico e educador musical, formado em Licenciatura em Educação Musical pela UFSCAR em 2008. Está à frente do Projeto Doces Flautistas desde 2007, além de professor de música da rede municipal de São Carlos desde 2011. Seu principal instrumento é o teclado, atuando como músico profissional em bandas desde 2004.

Ricieri Nascimento: Músico, Professor, Arranjador e Produtor Musical. Estudou no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos em Tatuí – SP, além de ter estudado com Tinho Pereira (baixista e arranjador), Fred Cavalcante (pianista e arranjador) e Mario Campos (baixista e arranjador), entre outros. Cursou Canto e Direção Vocal no Just Voice Institute em São Paulo – SP. Lecionou Música na escola Educativa, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino Médio. Trabalhou como produtor, professor e diretor musical na 3 Atos – Escola de Artes Cênicas, em São Carlos. Desde 2003 é produtor e arranjador no Timbu Estúdio (São Carlos) e na Radiovinhetas.

Nara Dom: Se traduz como junção entre o soul e o samba moderno. Faz música com muita personalidade e diversas influências no R & B. As referências são as divas internacionais como Aretha Franklin, Sharon Jones, Nina Simone e Etta James. No samba suas referências sonoras vem das rainhas do samba, como Dona Ivone Lara, Alcione, Beth Carvalho e Leci Brandão.

Mediadores:       

Claudia Alves Fabiano: Coordena o programa de ações culturais do TUSP no Campus  São Carlos, na função de orientadora de arte dramática. Atriz, professora de teatro, pesquisadora em Pedagogia do Espectador. Graduada em Artes Cênicas pela ECA-USP. Mestre em Artes e Doutoranda (em pausa) na área de Pedagogia do Teatro, pela mesma instituição. Integrante do Coletivo de Areia. É Coringa pelo Centro de Teatro do Oprimido.

Henrique Carvalho: Estudante de Música em São Paulo (CMU/ECA/USP) e violonista. Premiado em  concursos nacionais e internacionais. Foi bolsista da Cultura Artística, sob a orientação do maestro Fábio Zanon e foi selecionado no programa inaugural da Guitar Foundation of America Mentorship Program (USA). É bolsista PUB do TUSP – São Carlos, como monitor de música.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de abril de 2022

“Encontro Cultura em Diálogo” nos campi da USP São Carlos e Ribeirão Preto

Uma semana de ações culturais conjuntas, com mesas-redondas, conferências, apresentações artísticas dirigidas às comunidades interna e externa da USP, e encontros formativos visando uma reflexão sobre ações e programas de cultura e extensão. Tudo isto estará congregado no “Encontro Cultura em Diálogo”, que ocorrerá de forma presencial e remotamente nos campi da USP São Carlos e Ribeirão Preto, entre os dias 23 e 27 deste mês de maio.

Promovido e organizado conjuntamente pelos Grupos Coordenadores das Atividades de Cultura e Extensão dos campi USP de São Carlos e de Ribeirão Preto, Centro Cultural da USP de São Carlos, Teatro da USP sediados nos dois campi, Seção de Atividades Culturais de Ribeirão Preto e o Coral da USP (São Carlos e Ribeirão Preto), este evento cultural contará com as presenças da Pró-Reiotora de Cultura e Extensão Universitária, Profª Marli Quadros Leite, Pró-Reitor Adjunto de Cultura e Extensão Universitária, Prof. Hussam El Dine Zaher, Prof. Alexandre José Molina (IA-UFU), Profª Lúcia Maciel Barbosa de Oliveira (ECA-USP), Prof. Ruy Sardinha Lopes (IAU-USP), Profª Vera Lúcia Cardim de Cerqueira (UFBa) e Celso Frateschi, o evento terá seu epílogo com a rfealização do Fórum de Políticas Culturais da USP (campi de São Carlos e Ribeirão Preto), onde serão discutidas concepções de cultura, arte, políticas de ação e gestão cultural, com a posterior produção de um documento-síntese que será enviado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP, visando contribuir para o fortalecimento das políticas culturais da Universidade.

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de abril de 2022

Reunião Magna da ABC discute papel da ciência na construção do futuro

Posse da nova presidente Helena Nader acontecerá durante o evento em 4 de maio

Mudanças climáticas, pandemias, revolução 4.0, Internet das Coisas (IoT), entre outras transformações, impõem novos desafios à sociedade. A ciência tem um papel importante na construção de um futuro mais justo e sustentável. Com o objetivo de promover esta discussão, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) realiza, em maio, a Reunião Magna de 2022, que vai debater temas urgentes nas áreas de meio ambiente, tecnologia e saúde. O evento também será palco da cerimônia de posse de Helena Nader, primeira mulher a presidir a entidade.

O  evento acontece em 3, 4 e 5 de maio, em formato híbrido. Participantes que desejem acompanhar as atividades presencialmente no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, podem se inscrever gratuitamente AQUI. Aqueles que não conseguirem participar presencialmente poderão acompanhar as atividades, ao vivo, pelo Canal Youtube da ABC (AQUI).

Com o tema “O Futuro é Agora”, o encontro reunirá grandes nomes da ciência mundial.  Entre os palestrantes, estão a epidemiologista Maria Van Kerkhove, diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Covid-19; Chris Field, ecologista que desenvolve pesquisas inovadoras em soluções para mudanças climáticas e diretor do Instituto Stanford Woods para o Meio Ambiente; e James Kurose, cientista da computação da Universidade de Massachusetts e co-autor do best-seller “Redes de Computadores e a Internet”, que já está em sua 8ª edição no Brasil. Confira a programação.

“Vai ser muito bacana. Vamos passar três dias discutindo assuntos modernos, intrigantes e inadiáveis, dentro dos temas de meio ambiente, tecnologia e saúde. Vamos falar sobre os aspectos positivos que têm se desenvolvido nestas áreas, frutos do conhecimento científico, mas também sobre as nossas fragilidades. O encontro é aberto ao público em geral e a expectativa é que todos se beneficiem das discussões”, disse o engenheiro Alvaro Prata, Acadêmico que coordena a Reunião junto a Glaucius Oliva, vice-presidente da ABC para a região São Paulo.

Helena Nader, primeira mulher a presidir a ABC, será empossada no evento

A ocasião também será palco da cerimônia de posse da biomédica Helena Nader, primeira mulher a presidir a ABC em 106 anos de Academia. A posse da nova diretoria acontece em 4 de maio, a partir das 18h, e é uma atividade restrita a convidados e jornalistas credenciados. O credenciamento deve ser feito pelo e-mail corcovadoabc@gmail.com.

Vice-presidente da ABC desde 2019, Helena assume o cargo para o triênio 2022-2025 e sucede o físico Luiz Davidovich. O químico Jailson Bittencourt de Andrade, professor aposentado da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e atuante no Centro Universitário Senai-Cimatec, ocupará a vice-presidência. Os outros membros da nova gestão podem ser conferidos no site da ABC.

Conferências Magnas e Sessões temáticas

Coordenada pela bióloga Mercedes Bustamante, que integra o grupo de autores brasileiros colaboradores do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), a sessão temática “Planeta Frágil – Biodiversidade e Meio Ambiente” abre o evento, na terça-feira (3), às 15h. O debate será seguido pela palestra “Acelerando soluções para mudanças climáticas: próximos passos para um mundo que está sem tempo”, ministrada por Chris Field, às 17h.

No segundo dia de programação, às 14h, James Kurose vai discutir dois eventos recentes que vêm impactando o ensino superior nos Estados Unidos: a aprendizagem flexível e os aceleradores regionais de inovação. Em seguida, às 15h, uma sessão coordenada pelo engenheiro José Roberto Boisson de Marca aborda os impactos e implicações éticas dos avanços da informação e tecnologia na sociedade.

Pandemia, saúde e envelhecimento são os assuntos que encerram a Reunião Magna de 2022. A programação do último dia terá palestra de Maria Van Kerkhove, diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Covid-19. A epidemiologista vai falar sobre o gerenciamento da pandemia do coronavírus e as lições para as próximas. Presidente da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), o médico Jerson Lima Silva comanda a sessão temática que sucede a conferência.

Sessão especial marca o Dia Mundial da Língua Portuguesa

Uma sessão especial vai celebrar o Dia Mundial da Língua Portuguesa, às 10h30 de 5 de maio. Ação em conjunto das Academias de Ciências e de Letras da comunidade de países lusitanos, o encontro será virtual e contará com apresentações do presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Merval Pereira; do presidente da Academia das Ciências de Lisboa, José Luís Cardoso; e do ex-embaixador de Portugal na UNESCO, António Sampaio da Nóvoa. Luiz Davidovich e Helena Nader também participam da sessão.

No local, será exigida a apresentação do comprovante de vacinação. A apresentação de PCR negativo não substituirá o comprovante.

Inscrições AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

27 de abril de 2022

Pesquisadores do IFSC/USP no ranking “Top Scientists-2022”

Cerca de 170 mil cientistas de todo o mundo, distribuídos popr 17 áreas de conhecimento, tiveram seus perfis acadêmicos analisados através do Google Scholar e Microsoft Academic Graph, tendo um seleto grupo sido inserido no ranking “Top Scientists – 2022”, pertencente ao portal Research.com.

Nesse seleto grupo aparecem quatro pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a saber:

*Prof. Igor Polikarpov – Áreas de conhecimento: Biologia / Bioquímica / Química;

*Prof. Hellmut Eckert – Área de Conhecimento: Química;

*Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior – Áreas de Conhecimento: Química / Ciências dos Materiais;

*Prof. Valtencir Zucolotto – Áreas de Conhecimento: Química / Ciências dos Materiais;

Para conferir o citado ranking, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de abril de 2022

Vaga de analista de dados na empresa Cognatis

A empresa Cognatis, sediada na cidade de São Paulo (SP), está com vaga aberta para Analista de Dados (modelo de trabalho híbrido: online e presencial).

As funções atribuídas serão as seguintes:

*Extração de informação dos bancos;

*Automação de atualizações (desenvolver e monitorar);

*Definir e implementar regras de transformação e tratamento dos dados;

*Documentação de dados;

*Participar das decisões de modelagens;

*Participação nos processos de coleta de dados;

Qualificações desejáveis:

*Conhecimentos de técnicas básicas de Data Prep (Outliers, Imputation, etc.);

*Alguma experiência em Cloud Data Services;

*Conhecimento em GIS (MapInfo, Q Gis, Post Gres);

Qualificações necessárias:

*Conhecimento avançado em SQL;

*Intermediário em programação com utilização de Python;

*Avançado de Pandas;

*Básico de Beautyful Soup e Selenium;

*Bons conhecimentos de Analytics e Matemática;

*Boa capacidade de aprendizagem;

*Ser curioso;

*Trabalhar bem em equipe;

*Saber trabalhar sobre pressão;

*Boa capacidade lógica.

Os interessados deverão se inscrever acessando o link abaixo.

https://www.linkedin.com/jobs/view/2869607964/

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de abril de 2022

Proteínas e Inteligência Artificial: o ano de 2021 foi disruptivo para a biologia estrutural de proteínas

Figura 1 – O uso da inteligência artificial escancarou novas perspectivas e possibilidades no estudo das estruturas 3D e na formação de complexos de proteínas. A revista Science elegeu o assunto como um dos maiores avanços científicos do ano de 2021 [9]. (Crédito: Spencer Phillips/EMBL-EBI, Solving the protein structure puzzle  EMBL)

Por: Prof. Roberto N. Onody *

O ano de 2021 foi disruptivo para a biologia estrutural de proteínas. Foi o ano em que a inteligência artificial obteve resultados inimagináveis há 50 anos atrás (Figura 1). Além de colocar o problema do enovelamento de proteínas em um novo patamar, a inteligência artificial abriu caminho para que, com orçamentos mais modestos, cientistas e laboratórios do mundo todo possam, agora, desenvolver e aprofundar suas pesquisas.

 

As proteínas são os blocos de construção e manutenção da vida como a conhecemos.  Não importa qual seja o seu domínio na evolução celular – Bacteria, Archaea ou Eukarya, as proteínas são fundamentais e estão sempre presentes.

 

Proteínas são grandes cadeias lineares de aminoácidos (quando essas cadeias são pequenas, são chamadas de peptídeos). Os aminoácidos são compostos orgânicos que contêm carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio. Ao se ligarem entre si, os aminoácidos adquirem (num piscar de olhos) uma estrutura tridimensional que, juntamente com a sequência dos diferentes tipos de aminoácidos conectados, definirão a proteína resultante e a sua funcionalidade. Esse processo é chamado de enovelamento da proteína (“protein folding”).

Em um minuto, o ser humano produz cerca de 120.000 proteínas.

Figura 2 – Descoberta em 1921, a insulina é um hormônio sintetizado no pâncreas. É fundamental no metabolismo dos carboidratos, principalmente da glicose. É formada por 2 cadeias de peptídeos (uma com 21 aminoácidos e a outra com 30 aminoácidos) ligadas entre si por átomos de enxofre. Sua fórmula contém 788 átomos – C257 H383 N65 O77 S6 (Crédito: ref. [1])

É bem conhecido o mecanismo de síntese de proteínas por expressão gênica.

Em eucariotos, um gene do DNA (que está no núcleo da célula) é copiado (transcrito) para um RNA. Este, por sua vez, passa por um processamento bioquímico que o transforma num RNAm (RNA mensageiro). O RNAm atravessa a membrana do núcleo para o citoplasma e, no ribossomo, através dos códons e dos RNAt (RNA transportador), convoca os aminoácidos corretos e sintetiza a proteína desejada.

 

A expressão gênica pode sintetizar um pouco mais do que 20.000 tipos de proteínas (número estimado de genes humanos). Com a regulação pós-transcrição (“alternative splicing”), o número total de tipos de proteínas pode chegar próximo de 200.000. Estima-se que, num volume muito pequeno de 10 – 15 litros (igual a 1 micrômetro cúbico) de uma célula, existam de 2 a 4 milhões de proteínas. E olhe que o número total de células existentes no corpo humano é estimado em 30 trilhões!

A primeira proteína que teve sua sequência de aminoácidos corretamente determinada, foi a insulina (por F. Sanger, 1949). O fígado, os músculos e as hemácias (também conhecidas por glóbulos vermelhos ou eritrócitos) contêm 30% de proteínas. As proteínas também recebem outras denominações que dependem de sua função dentro do organismo.

Figura 3 – Asparagina – o primeiro aminoácido descoberto. Cores: cinza escuro – Carbono; cinza claro – Hidrogênio; lilás – Nitrogênio; vermelho – Oxigênio. Fórmula: C4 H8 N2 O3 (Crédito: ref. [2])

As enzimas, por exemplo, são proteínas fundamentais com a função de catalisar reações químicas, seja na produção de novas substâncias, seja na sua degradação. Assim, a pepsina ou protease degrada proteínas em moléculas menores, a miosina atua na contração muscular, a lactase facilita a hidrólise da lactose, a DNA polimerase atua na duplicação do DNA etc. A atividade enzimática é controlada, principalmente, pela temperatura e pelo pH.

Os hormônios são proteínas que têm função regulatória das atividades fisiológicas e manutenção da homeostase. São segregados pelo nosso sistema endócrino. Entre os mais importantes podemos citar: a insulina (Figura 2), que metaboliza o açúcar; a cortisona, no combate às inflamações e os hormônios sexuais estrogênio e testosterona.

Cada órgão sintetiza seu próprio conjunto de proteínas necessárias para o seu pleno funcionamento. No entanto, para sintetizar uma proteína, o organismo tem que ter disponibilidade de todos os aminoácidos que a compõem. As plantas sintetizam todos os tipos de aminoácidos (hoje, são conhecidos mais de 500 aminoácidos), mas os animais não. Existem 20 tipos de aminoácidos nos animais, sendo que 9 deles são essenciais e não são sintetizados pelos animais. Precisamos, então, nos alimentar das plantas para obtê-los (ou de animais que delas se alimentaram). O prato brasileiro principal, feijão com arroz, contém todos os 9 aminoácidos essenciais.

Em 1806, químicos franceses encontraram, no aspargo, o primeiro aminoácido – a asparagina (Figura 3), que não é um aminoácido essencial. Na construção de uma proteína, o primeiro aminoácido incorporado é a metionina (Figura 4). É um aminoácido essencial, codificado pelos códons AUG. É encontrado em grãos, sementes, ovos, carne e peixes.

Durante muitas décadas, os experimentos para se conseguir a estrutura de uma proteína, necessitavam antes cristalizá-la para depois submetê-la a experimentos de espalhamento de raios-x. Um processo muito demorado.

Figura 4 – Metionina – um aminoácido essencial. Cores: cinza escuro – Carbono; cinza claro – Hidrogênio; lilás – Nitrogênio; vermelho – Oxigênio; amarelo – Enxofre.  Fórmula: C5 H11 N O2 S (Crédito: ref. [3])

A partir de 2001, também passou a ser utilizada a técnica de espectroscopia de ressonância magnética nuclear [4]. Ela permite calcular como os átomos estão ligados quimicamente, suas distâncias e velocidades. Em geral, as amostras são dissolvidas em água. Essa técnica, permite também determinar a dinâmica de interação de duas proteínas.

Desde sua invenção (na década de 1930) o microscópio eletrônico de transmissão muito tem contribuído ao estudo de biomoléculas e novos materiais. A preparação de amostras biológicas em baixa temperatura, o avanço na tecnologia dos detetores e de softwares, conduziram ao desenvolvimento da microscopia eletrônica criogênica [5]. Amostras biológicas rapidamente congeladas em gelo amorfo (vítreo) têm pouco dano estrutural. O sucesso dessa nova técnica levou ao prêmio Nobel de Química de 2017.

Todas as proteínas com sua estrutura tridimensional resolvida experimentalmente (por qualquer um dos três métodos descritos acima) estão contidas num repositório de livre acesso – “Protein Data Bank[6]. São cerca de 185.000 proteínas catalogadas. Estima-se que existam pouco mais de 700.000 proteínas no corpo humano (com e sem estrutura espacial conhecida).

Como vimos, ao juntar dezenas ou centenas de aminoácidos (e de tipos de aminoácidos) para formar uma determinada proteína, ao final, devido às interações entre os seus componentes, a proteína se enovela, isto é, ela se curva e se retorce, adquirindo uma estrutura tridimensional que terá papel fundamental na funcionalidade dessa proteína (e sua eventual utilização no design de novas drogas). Há 50 anos atrás, o prêmio Nobel de bioquímica, C. Anfinsen, previu que um dia seria possível se determinar a estrutura 3D final de qualquer proteína, a partir da sequência de aminoácidos que a compõe.

Figura 5 – A estrutura da proteína humana interleucina-12 se ligando a seu receptor (Crédito: Ian Haydon, UW Medicine Institute for Protein Design)

Dessa maneira, prever a estrutura espacial de uma proteína a partir da sua sequência de aminoácidos, se tornou um enorme desafio teórico para físicos, químicos e biólogos. Paralelamente, na década de 1990, surgiram programas computacionais que procuravam prever a estrutura de pequenas proteínas. Em 1994, foi lançada uma competição bianual chamada CASP (Critical Assessment of protein Structure Prediction). Aos competidores eram fornecidas as sequências de aminoácidos de algumas dezenas de proteínas, e os resultados desses programas computacionais eram, então, comparados com os resultados experimentais. Um porcentual de 90 % de acerto na estrutura seria considerado um sucesso.

No início, os programas mal chegavam perto do índice de 60%. Mas, em 2018, entrou na competição um programa de inteligência artificial chamado AlphaFold [7], desenvolvido pela companhia DeepMind, subsidiária da Google. Ela atingiu o índice de 80% e, em 2020, a sua segunda versão AlphaFold 2, obteve uma precisão incrível de 92,4 %! O custo computacional é bastante alto, pois utiliza 182 processadores otimizados para aprendizado de máquina. Em 2021, entrou em cena um outro programa de inteligência artificial, o RoseTTAFold [8] com os mesmos objetivos do AlphaFold, mas que demanda menos poder computacional. Ambos os programas têm seus códigos disponíveis gratuitamente na internet.

Figura 6 – Os anticorpos são proteínas em forma de Y que se ligam a proteínas estranhas ou nocivas. O fato de serem bem grandes, permite que elas se liguem à proteína alvo em vários pontos de encaixe (Crédito: Shutterstock)

Basicamente o que esses programas de inteligência artificial [10], [11] fazem é alimentar uma rede neural com uma determinada sequência de aminoácidos (de uma proteína com estrutura 3D experimentalmente conhecida) e alterar vários bilhões de parâmetros para que saída seja uma proteína compatível com aquela experimental. Repete-se esse procedimento, dando entrada para centenas de milhares de proteínas com estruturas 3D experimentalmente conhecidas. Uma nova proteína, com a sua própria sequência de aminoácidos, tem sua estrutura calculada com os valores dos bilhões de parâmetros ´treinados´ ou ´ensinados´ exaustivamente. A estrutura 3D dessa proteína vai para um banco de dados. A AlphaFold tem quase um milhão de estruturas proteicas propostas para o proteoma humano. A previsão de novas estruturas pode auxiliar no design de novas drogas (Figura 5). Juntos os dois programas revelaram mais de 5.000 complexos de interação proteína-proteína. Pesquisadores chineses mapearam a estrutura de 200 proteínas que se ligam ao DNA.

Anticorpos são proteínas grandes em forma de Y, que se conectam a proteínas prejudiciais presentes em bactérias, vírus ou células cancerígenas, sinalizando ao sistema autoimune para que destrua o invasor (Figura 6). Pelo fato de serem grandes, os anticorpos podem se conectar, simultaneamente, a vários pontos da proteína alvo (antígeno). Anticorpos produzidos artificialmente são, porém, caros e instáveis. Dessa maneira, pesquisadores se lançaram à tarefa de produzir mini proteínas, mais estáveis, mas que necessitam ser bem ´desenhadas´ para se encaixarem em determinados locais e regiões da proteína alvo. Em artigo recente publicado na revista Nature [12], cientistas utilizaram o programa RoseTTAFold para encontrar a sequência de aminoácidos de mini proteínas que se encaixaram em 12 proteínas alvo, incluindo a do SARS-CoV-2.

Claro, apesar do enorme progresso e da rapidez que os programas de inteligência artificial trouxeram à previsão estrutural das proteínas, isso não significa, stricto sensu, que o problema do enovelamento de proteínas tenha sido resolvido. Muitos de nós gostaríamos de ver soluções baseadas em primeiros princípios, ou seja, nas interações físicas e químicas.

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

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(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

[1] Insulin: A pacesetter for the shape of modern biomedical science and the Nobel Prize – ScienceDirect

[2] Ben Mill, Public Domain

https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=98314887

[3] Ben Mill, Public Domain

https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=98248870

[4] The way to NMR structures of proteins | Nature Structural & Molecular Biology

[5] Preparing Better Samples for Cryo–Electron Microscopy: Biochemical Challenges Do Not End with Isolation and Purification | Annual Review of Biochemistry (annualreviews.org)

[6] wwPDB: Worldwide Protein Data Bank

[7] AlphaFold Protein Structure Database (ebi.ac.uk)

[8] The Rosetta Software | RosettaCommons

[9] Science’s 2021 Breakthrough of the Year: AI brings protein structures to all | Science | AAAS

[10] Teste de Turing e Inteligência Artificial – Portal IFSC (usp.br)

[11] C4AI – Centro de Inteligência Artificial (usp.br), parceria da USP, Fapesp e IBM.

[12] Design of protein binding proteins from target structure alone | Nature

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

26 de abril de 2022

Universidade finlandesa venera sua tradição acadêmica – Docente do IFSC/USP testemunha o fato

Prof. Richard Charles Garratt (Oponente), a aluna Subhadra Dalwan e seu orientador (Custos)

Vista como um momento especial, mas dentro de um cotidiano acadêmico, as defesas de dissertação e/ou de tese, na maior parte das universidades, são consideradas rituais acadêmicos normais, onde o aluno apresenta à sua comunidade, aos docentes, o projeto que desenvolveu ao longo de seu mestrado ou doutorado. Embora seja um momento importante para alunos, familiares e professores, normalmente esses rituais não impactam na vida normal das universidades, no seu dia a dia. Bem, estamos nos referindo ao que se passa não só nas universidades brasileiras, como também em muitas universidades ao redor do mundo. Contudo, existem universidades que levam muito a sério esses ritos de passagem, mantendo tradições centenárias que acompanham a história da criação das mesmas. Portugal, Inglaterra, França e Espanha são países onde algumas de suas universidades mantêm intocáveis as suas tradições acadêmicas, mas é no norte da Europa – Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia, por exemplo – que as tradições acadêmicas são fortemente mantidas, defendidas e enaltecidas, inclusive pelas populações.

Experiência marcante

A Universidade de Oulu é um estabelecimento de ensino superior de pesquisa multidisciplinar, sediado na cidade com o mesmo nome, capital da região de Ostrobothnia do Norte, na Finlândia, cuja fundação remonta ao ano de 1605. A cidade comporta uma população estimada em cerca de 210 mil habitantes, sendo reconhecida como um centro de P&D de classe mundial. Fundada em 1958, a universidade local tem cerca de 16 mil alunos e 3 mil funcionários distribuídos por uma vasta área composta pelos seguintes institutos: Medicina e Bioquímica Molecular / Educação / Humanidades / Tecnologia de Informação e Engenharia Elétrica / Medicina / Escola de Negócios / Escola de Mineralogia / Escola de Arquitetura / Ciências e Tecnologia.

Entrada da Universidade de Oulu

O docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Richard Charles Garratt, recebeu o convite – através de um colega amigo e professor  da citada universidade – para integrar uma banca de doutorado marcada para o dia 18 de março. Contudo, uma surpresa estava reservada para o convidado, quando foi informado de como seria o rito.

Prof. Richard Charles Garratt lê o parecer final

A “banca” iria avaliar o trabalho final da doutoranda da Faculdade de Bioquímica e Medicina Molecular, Subhadra Dalwan (Índia), só que essa banca era apenas constituída por três pessoas: a aluna candidata, o designado “Custos”, que pode ser (ou não) o orientador da candidata, e o chamado “Oponente”, que é, em suma, o único examinador da prova. Saliente-se que o protocolo dessa verdadeira solenidade tem um script já elaborado, indicando todo o ritual que deverá ser seguido e que faz parte da tradição acadêmica da universidade.

A entrada do público no anfiteatro onde decorrerá a defesa da tese deverá ser feito às 12h00 em ponto e ninguém pode sair após dar início à defesa. Pontualmente, às 12h15, qualquer defesa de doutorado se inicia com a entrada organizada – por ordem – dos integrantes da banca, sendo que os homens têm que estar vestidos com fraque (os chamados smoking com asas de grilo) e no caso das mulheres, vestidas socialmente com cor preta. Cabe ao “Custos” conduzir o processo, apresentando os componentes da mesa e abrir e encerrar a sessão, não podendo, em momento algum, interferir no diálogo que se processará entre o “Oponente” e, neste caso, a aluna candidata. A aluna terá vinte minutos para a apresentação oral de seu trabalho (atendendo a que o trabalho escrito já foi apresentado a outra banca – e aprovado), seguido por uma apresentação oral feita pelo “Oponente”.  Na sequência o “Oponente” levanta questionamentos e/ou comentários relativos à exposição oral e à tese escrita do(a) candidato(a), podendo usar o tempo que julgue necessário para fazer uma avaliação adequada. Cada vez que o “Oponente” se levanta o gesto será sempre seguido pelo aluno(a). No final, o “Oponente” lê o parecer final  e o “Custos” dá por encerrada a sessão. Os três integrantes da banca deslocam-se seguidamente para o hall do anfiteatro e recebem os cumprimentos do público que assistiu à cerimônia.

A valorização de um ritual acadêmico

Confraternização após a Defesa da Tese

Este ritual acadêmico da Universidade de Oulu tem ainda outras particularidades, a saber:

*Após a cerimônia da Defesa da Tese, o(a) candidato(a) promove em um dos salões da universidade um pequeno coquetel (a suas expensas), com bolo de celebração;

*Na noite seguinte ao dia da Defesa da Tese, o(a) aluno(a) oferece um jantar formal (com direito a discursos) à banca e aos seus restantes convidados.

*O(A) candidato(a) paga, também, a impressão de todas as cópias (algumas centenas) de sua tese, que serão entregues à sua família e ao público que assistirá ao evento;

Contudo, quais são as responsabilidades da universidade neste tipo de cerimônia, além, é claro, da parte organizacional? A universidade responsabiliza-se pela passagem, hotel e alimentação do “Oponente”, o aluguel da roupa da cerimônia (Fraques), bem como o jantar formal e protocolar que ocorre na noite anterior ao evento, com convidados, entre os quais estarão o “Custos” e o “Oponente”, onde este último comunica ao(à) candidato(a) qual o tipo de abordagem e de comentários que provavelmente fará na cerimônia de Defesa da Tese.

Para o “Oponente”, na circunstância, o Prof. Richard Charles Garratt, houve uma mistura de sentimentos, conforme ele próprio explica:

“Em primeiro lugar, senti um privilégio enorme de poder fazer parte daqueles momentos, pois estava vivenciando um momento histórico da Universidade de Oulu, já que todas as cerimônias de Defesa de Teses ficam registradas como tal. Depois, foi fascinante constatar como os universitários – docentes, alunos e funcionários – e a própria população valorizam este rito de passagem para um doutorado, uma valorização que enriquece a própria universidade e o papel que ela tem na sociedade. Trata-se da valorização da universidade ao seu mais alto nível, algo que também acontece em universidades igualmente antigas, como na França, Reino Unido, Portugal e Alemanha, só para dar alguns exemplos. Creio que por cá poder-se-ia dar também alguma valorização a mais a estes momentos, que, quer queiramos, quer não, determinam sempre o futuro, principalmente dos jovens universitários e de suas famílias”, conclui o pesquisador.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP