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22 de novembro de 2018

O Espectro de Fraunhofer no “Canal Oficiência” – TV/USP-CEPOF

O espectro de Fraunhofer – ou Linhas de Fraunhofer –, nas áreas de Física e Óptica, são um conjunto de linhas espectrais associadas originalmente a faixas escuras existentes no espectro solar, e que foram catalogadas pelo físico alemão Joseph von Fraunhofer (1787–1826).

As Linhas de Fraunhofer são de suma importância para a pesquisa da composição de corpos celestes que emitem energia eletromagnética. O fenômeno ocorre porque os fótons podem ser absorvidos por um átomo, causando o salto de um elétron de um orbital atômico para outro. Cada salto, chamado também de excitação, é associado com um comprimento de onda específico. Através do estudo de absorções do espectro eletromagnético luminoso visível podemos ver nas regiões ou camadas frias do exterior da superfície solar a evidência de átomos de muitos elementos.

Na TV/USP-CEPOF e também no Youtube, em seu canal Oficiência, o Prof. Luiz Antônio de Oliveira Nunes explica tudo sobre o tema e “mete a mão na massa”, exemplificando através de experimentos.

Clique na imagem para assistir a esta interessante aula.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de novembro de 2018

Vaga para docente na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Encontram-se abertas, até meados de janeiro, as inscrições para concurso público para preenchimento de uma vaga para professor adjunto em Física Teórica no Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O regime de trabalho é de quarenta horas semanais, em tempo integral, com dedicação exclusiva.

Para consultar o edital do concurso, clique AQUI.

Para acessar os formulários e outras informações, clique AQUI.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de novembro de 2018

“Café com Física”: Denis Cândido apresenta seminário

Em uma apresentação baseada em sua tese de doutorado defendida recentemente, o pesquisador Dr. Denis Cândido (IFSC/USP) foi o palestrante convidado em mais uma edição da iniciativa Café com Física, subordinada ao tema Blurring the boundaries between topological and non-topological physical phenomena in dots.

Em sua apresentação, Denis elucidou como foi investigada a estrutura eletrônica e as propriedades de transporte de pontos quânticos cilíndricos topologicamente triviais e não-triviais, definidos por confinamento de poços quânticos (QWs) InAs1-xBix/AlSb, e, ainda pontos quânticos cilíndricos definidos a partir de confinamento desses poços contendo Bi, em ambos os regimes trivial (d < dc) e não-trivial (d > dc).

Como resultado dessas pesquisa, descobriiu-se que os pontos quânticos topologicamente triviais e não triviais têm propriedades de transporte semelhantes, algo que apresenta grande contraste com as suas versões semi-infinitas, como por exemplo uma fita.

Mais especificamente, através de cálculos detalhados, que envolvem uma solução analítica do problema de autovalores dos pontos quânticos, demonstrou-se que pontos quânticos cilíndricos triviais e não-triviais possuem estados de borda semelhantes, isto é, estados quânticos helicoidais protegidos contra espalhamento elástico não magnético.

Curiosamente, esses mesmos pontos quânticos triviais exibem estados helicoidais geometricamente robustos, similarmente aos pontos quânticos topologicamente não-triviais, em uma ampla faixa de parâmetros do sistema, como por exemplo, o raio do ponto quântico.

O tema deste Café com Física está descrito nos artigos, destacados abaixo, sendo que um deles foi aceito na prestigiada Physical Review Letters e o outro também como uma “Rapid Communication” e “Editors’ Suggestion”, no tradicional Physical Review B.

[1] D. R. Candido, M. E. Flatté and J. C. Egues, Phys. Rev. Lett., to appear; arXiv:1803.02936.

[2] D. R. Candido, M. Kharitonov, J. C. Egues, and E. Hankiewicz, Phys. Rev. B 98, 161111(R) (2018), (Editors’ Suggestion).

Denis defendeu seu doutorado dia 29 de junho de 2018 e deverá seguir para um pós-doutorado nos Estados Unidos (Chicago e Iowa), em Janeiro de 2019, tendo sido um doutorado de grande sucesso, tendo em vista as publicações de altíssimo nível.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de novembro de 2018

Entre 14 e 24 de novembro – “Escola de Cristalografia Molecular – 2018”

O IFSC organiza, em suas instalações, entre os dias 14 e 24 do corrente mês, a Escola de Cristalografia Molecular – 2018, subordinada ao tema Do processamento de dados à estrutura refinada, um evento destinado a pós-doutorandos e a jovens cientistas.

Tendo como tópicos principais o processamento de dados de difração, faseamento e determinação de estrutura e refinamento e validação de modelos, esta escola tem como organizadores locais os docentes e pesquisadores do IFSC/USP, João Renato Muniz, Richard Garratt e Glaucius Oliva, contando ainda com um Comitê Internacional composto pelos pesquisadores Kyle Stevenson e Ronan Keegan, ambos pertencentes ao Grupo CCP4, Laboratório STFC Rutherford Appleton, Reino Unido.

A sessão de abertura do evento realiza-se no dia 14, às 08h30, na Sala F-210 do IFSC, enquanto as aulas ocorrerão no Anfiteatro Novo de nosso Instituto

Para conferir a programação da Escola de Cristalografia Molecular, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de novembro de 2018

No IFSC/USP: Workshop “Ciência do Petróleo: Meios Porosos”

Fundamental para o desenvolvimento da indústria petrolífera, a Ciência do Petróleo oferece conhecimento, não apenas para a exploração desse produto, como também para seu uso de forma ambientalmente segura e economicamente viável.

Para aproximar essa indústria e grupos que desenvolvem pesquisa na área dentro da Universidade, o Laboratório de Espectroscopia de Alta Resolução por Ressonância Magnética Nuclear (LEAR), do Instituto de Física de São Carlos – USP, e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, promovem, nos dias 26 e 27 de novembro, no Espaço de Eventos do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP, o Workshop “Ciência do Petróleo – Meios Porosos”.

No evento, especialistas ligados à USP, Unicamp, Unesp, Unifesp, UFPA, Cenpes/Petrobras, IBM, Wikki Brasil, Bruker do Brasil e Oxiteno, entre outras instituições e empresas, discutirão temas científicos de relevo nas áreas de Geologia, Geofísica, Física, Matemática, Química, Engenharia, Biologia e Computação para a Indústria do Petróleo, com destaque para Rochas Reservatório e Meios Porosos em geral.

Serão também abordados tópicos relacionados com a história e a importância das Indústrias do Petróleo e Petroquímica no Brasil, a presença da Petrobrás na USP, bem como os benefícios da pesquisa já desenvolvida para outras áreas, como Engenharia Civil, Odontologia e Medicina.

Na abertura do Workshop, será proposta a realização de uma Conferência USP/Petrobras, com o intuito de estimular um movimento de colaboração multidisciplinar entre as duas instituições, através da integração dos Grupos de Pesquisa da USP e Gerências do Cenpes. Será destacada a importância dos recursos da Petrobras/ANP que são investidos na USP para estudos de interesse da empresa, envolvendo estruturação do parque de instrumentos científicos, consolidação de infraestrutura e realização de construções, que afetam a Universidade como um todo, incluindo linhas de pesquisa não diretamente ligadas à Indústria do Petróleo.

O Workshop será coordenado pelo professor Tito J. Bonagamba (Instituto de Física de São Carlos – USP).

Apoio: IEARP/USP, IFSC/USP, FFCLRP/USP, SUPERA Parque, Bruker do Brasil e AUREMN.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas clicando AQUI.

Mais informações: iearp@usp.br ou (16) 3315 0368.

Confira, abaixo, o cartaz com a programação do evento.

(Com informações de J.Henriques – IEA Polo de Ribeirão Preto)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de novembro de 2018

Saindo do IFSC/USP e entrando no imenso mundo da óptica

Após se formar em engenharia mecânica aeronáutica e também em eletrônica, pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP), Mario Antonio Stefani (54) sentiu falta de adquirir ainda mais conhecimento básico na área. Foi nesse momento, na década de oitenta, que este egresso da Universidade de São Paulo decidiu fazer seu mestrado e doutorado em física no IFSC-USP, na área de óptica/laser, um campo que estava começando a se desenvolver no Brasil.

Como era final da década de 80 e o Brasil acabava de sair de uma ditadura e de uma crise econômica, Mario enxergou grandes oportunidades numa área em que se utilizava laser. Para ele, até os dias de hoje, há muito que fazer no Brasil, o que torna o país um local com grandes oportunidades para os futuros profissionais que tenham vocação empreendedora. Mario conta, ainda, que naquela época os alunos que estudavam na Física já se deslumbravam com a área de lasers, um campo com diversas opções de atuação e novas soluções tecnológicas: fato que mexeu com a mente do engenheiro e o trouxe para o Instituto de Física de São Carlos.

“O caminho é sempre esse, da tecnologia básica para a aplicada. A física era tecnologia básica e conhecimento científico e eu tinha background de engenheiro, ou seja, já sabia transformar uma coisa em outra. Hoje, se você ingressar na Física, irá se deparar com diversas pesquisas, tecnologias básicas e várias oportunidades de futuras aplicações no mercado”, explica o profissional.

Satélite CBERS

Durante seu mestrado e doutorado, Mario já trabalhava na Opto, empresa de tecnologia optoeletrônica sediada em São Carlos e criada por um grupo de pesquisadores oriundos do próprio IFSC-USP. Assim, todos os seus trabalhos de mestrado e doutorado foram realizados dentro da própria empresa, onde acabou por ser o responsável pelo departamento de novos produtos da firma. Segundo ele, foi uma grande oportunidade que apareceu em seu caminho profissional: “Eu tive o apoio de alguns professores que enxergavam a importância de se fazer o mestrado e doutorado, trabalhando com aquilo que você aprendeu e criou na indústria, uma quebra de paradigma na época”, diz Mario Stefani.

Durante seu mestrado, ele desenvolveu um princípio de impressora a laser, um trabalho complexo que gerou várias outras tecnologias, além da forma de controle dessas máquinas. Essa base tecnológica deu origem a diversos outros produtos para a empresa, como lasers para aplicações médicas na retina, câmeras para o fundo do olho, bem como sistemas de monitoramento agroambientais. Posteriormente, já em seu doutorado, Mario criou um medidor de distância a laser, que rendeu diversas aplicações, tanto industriais quanto na área de defesa e espaço. Essa bagagem permitiu que a Opto – empresa na qual Mario se tornou sócio há vinte e nove anos – participasse de uma série de programas estratégicos na área de defesa e espaço. A Opto, por exemplo, desenvolveu as câmaras de sensoriamento remoto brasileiras para os satélites CBERS, numa parceria do Brasil com a China. Ou seja, todo esse conhecimento em óptica e laser adquiridos por Mario na engenharia e na física, desde a graduação até o doutorado, foi fundamental para a criação de todos os produtos que desenvolveu.

Durante essas quase três décadas em que se dedica à Opto, Mario revela que sempre passou por altos e baixos, sendo essa a primeira lição que aprendeu. Desde quando participou da fundação da Opto, em 1986, ele acompanhou diversas crises, principalmente, durante a criação dos primeiros produtos desenvolvidos pela empresa, numa época em que Mario ainda não tinha noções de qualidade, processo, legislação fiscal e trabalhista e normas de segurança, tópicos que para ele eram totalmente estranhos para um físico. “Foi a primeira pancada que a gente levou”.

Um ano após a fundação da firma, o Prof. Dr. Milton, um dos sócios fundadores que havia dado aulas para ele no IFSC/USP, conseguiu convencer um banco a investir na empresa e deu certo. A primeira mudança durante essa nova fase da companhia foi exatamente substituir os artigos científicos pela busca e criação de aplicações que dessem retorno financeiro. Foi assim que ele e sua equipe acabaram desenvolvendo uma série de produtos para a área industrial e, posteriormente, para a área médica. Para ele, no começo foi muito difícil encontrar os produtos em que a Opto pudesse competir no mercado e ganhar dinheiro, mas, depois de muitas tentativas e erros, a equipe acabou por encontrar o caminho. Um desses produtos, um modelo de refletor de luz fria, foi o “ganha pão” da firma por longo tempo e chegou a ter participação de quarenta e sete por cento do mercado mundial para a Opto.
Mario lembra, porém, que depois de quase vinte anos neste mercado, produtos destinados ao segmento odontológico, os chineses conseguiram entrar com produtos de baixa qualidade e extremamente baratos e acabaram por expulsar a empresa deste segmento. “Essa é uma das lições mais importantes. A solução de hoje pode não ser a de amanhã. De uma hora para outra as coisas mudam, pois além do risco de ruptura tecnológica, que é inerente à nossa atividade, existem riscos de mercado, de gestão e de legislação fiscal entre outros”.

Para os alunos que estão cursando Física na USP, Mario sugere que eles se aproximem dos empresários para que possam adquirir as experiências desses profissionais, já que muitos estão atuando há trinta ou quarenta anos e têm muitas histórias para contar. “Essas histórias são reais, vivências muito importantes, principalmente porque o Brasil só vai melhorar enquanto essa experiência não for perdida, quando os erros poderem ser evitados: as lições têm que ser aprendidas”, finaliza nosso entrevistado.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bonagamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de novembro de 2018

USP Filarmônica em concerto comemorativo ao “Dia da Consciência Negra”

No próximo dia 20 de novembro, terça-feira, às 20h30, no Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto, e no dia 21 de novembro, quarta-feira, às 20h30, no Teatro Universitário Florestan Fernandes da UFSCar, em São Carlos, em ambos os casos com entrada franca, a USP-Filarmônica apresenta concerto especial comemorativo ao Dia da Consciência Negra, efeméride da morte de Zumbi dos Palmares, líder quilombola que lutou contra a escravidão no Nordeste, no século XVII.

O concerto contará com a participação especial do tenor Jean William Silva, nascido em Sertãozinho e criado em Barrinha, formado pela USP de Ribeirão Preto, já com sólida carreira internacional. Outros solistas de destaque são a violinista venezuelana, radicada no Rio de Janeiro, Carla Rincon, e os professores da FFCLRP-USP, Gustavo Silveira Costa (violão) e Fátima Graça Monteiro Corvisier (piano).

A regência é de Rubens Russomanno Ricciardi, maestro titular da USP-Filarmônica e Professor Titular da USP.

A discussão sobre a inclusão e papel dos descendentes de africanos na sociedade, bem como a dívida histórica do Brasil para com os negros em razão da escravatura, também tem sua representação crítica em arte. Para tanto, foi selecionada, como ponto alto do concerto, a obra musical de diáspora negra, Navio Negreiro, para tenor e violino solistas, do compositor paulistano, professor emérito da USP, Olivier Toni (1926-2017), com trechos do famoso poema de Castro Alves (1847-1871), relatando o sofrimento dos africanos, retirados à força de seu continente pelos portugueses e trazidos ao Brasil, por conta do tráfico negreiro.

Esta obra foi composta em 2016 e estreada pela própria USP-Filarmônica, naquele mesmo ano. Outra composição musical, também com poema do poeta dos escravos, Amar e Ser Amado (2014), de autoria de Rubens Russomanno Ricciardi, contará, do mesmo modo, com o tenor Jean William Silva e a violinista Carla Rincon como solistas. O repertório comemorativo à Consciência Negra homenageia ainda o compositor carioca José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), filho de escrava que se tornou mestre-de-capela da Real Câmara e Capela de João VI, com apresentação de sua Sinfonia Fúnebre (Rio de Janeiro, 1790), aqui em edição crítica inédita pelo Núcleo de Pesquisa em Ciências da Performance em Música (NAP-CIPEM) da USP de Ribeirão Preto.

Constam do concerto sinfônico ainda obras consagradas da literatura universal, tais como o Concerto em Fá menor nº 5 para piano e orquestra BWV 1056, de Johann Sebastian Bach, e o famoso Concierto de Aranjuez, para violão e orquestra, de Joaquín Rodrigo.

Este é o 110º concerto da USP-Filarmônica, pela sua séria mensal Concertos USP / Theatro Pedro II, bem como seu 111º concerto, pela sua série mensal Concertos USP / São Carlos.

A entrada, em ambos os concertos, é livre e gratuita, sem impressão de ingressos, visando sempre o mais amplo acesso, numa prestação de serviços à comunidade, parte do projeto de extensão universitária da Universidade de São Paulo, sempre atrelado ao ensino e à pesquisa, aqui numa ação conjunta com a UFSCar.

PROGRAMA (sem intervalo)

José Maurício Nunes Garcia (Rio de Janeiro, 1767-1830)

Sinfonia Fúnebre (Rio de Janeiro, 1790) – Pesquisa e edição do NAP-CIPEM da FFCLRP-USP

Olivier Toni (São Paulo, 1926-2017)

Navio Negreiro (São Paulo, 2016), poema de Castro Alves (São Paulo, 18 de abril de 1868)

Rubens Russomanno Ricciardi (*Ribeirão Preto, 1964)

Amar e ser amado (Ribeirão Preto, 2014), poema de Castro Alves (s.d.)

Johann Sebastian Bach (Eisenach, 1685 – Leipzig, 1750)

Concerto em Fá menor nº 5 para piano e orquestra BWV 1056 (Leipzig, 1734-1739)

I) Allegro

II) Largo

III) Presto

Joaquín Rodrigo Vidre (Sagunto, 1901 – Madrid, 1999)

Concierto de Aranjuez para violão e orquestra (Paris, 1939)

I) Allegro con spirito

II) Adagio

III) Allegro gentile

 

Apoios USP: Reitoria da USP / Vice-Reitoria da USP / Pró-Reitoria de Graduação / Pró-Reitoria de Pós-Graduação / Pró-Reitoria de Pesquisa / Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária / Grupo Coordenador das Atividades de Cultura e Extensão Universitária do Campus de São Carlos da Universidade de São Paulo (GCACEx) / Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) 65 anos / Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) / Departamento de Música da FFCLRP / Núcleo de Pesquisa em Ciências da Peformance em Música (NAP-CIPEM) da FFCLRP;

Apoios UFSCar: Reitoria da UFSCar/ Pró-Reitoria de Extensão / Coordenadoria de Cultura;

(Foto: André Estevão)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de novembro de 2018

Ordem magnética resultante de uma desordem química

O Prof. Armando Paduan Filho, docente e pesquisador do Instituto de Física da USP (IFUSP), trabalhando em colaboração com pesquisadores de Grenoble, publicou recentemente um trabalho na revista Physical Review Letters, em que descreve a existência de uma fase magnética ordenada como o resultado de uma desordem introduzida artificialmente em um material paramagnético. Medidas de magnetização foram realizadas no IFUSP.

O entendimento de efeitos sutis de impurezas e desordem em sistemas quânticos motivou recentes atividades experimentais e teóricas. Em especial, o assunto de localização em problemas de muitos corpos surgiu como uma possibilidade de reanálise dos fundamentos da estatística quântica. Entretanto, apesar de importantes realizações teóricas, a física experimental de sistemas desordenados permaneceu escassa.

Neste contesto o sistema magnético NiCl2-4SC(NH2)2 , cloreto de níquel com tiureia (DTN), um material que apresenta uma condensação de Bose-Einstein em condições especiais de temperatura e campo magnético, mostrou-se como um sistema em que a desordem provocada pelas impurezas leva a uma nova ordem magnética. Esta fase do tipo “ordem por desordem”, recentemente sugerida em um trabalho teórico, foi detectada através de medidas de ressonância magnética nuclear por um grupo composto por Armando Paduan Filho e colaboradores em Grenoble.

A desordem no DTN foi introduzida pela substituição parcial de cloro por bromo, que, quando adicionada em pequenas proporções, dá origem a nova fase em temperaturas da ordem de miliKelvin e campos de 13 Tesla.

Trabalho publicado em 25/10/2018, em Phys. Rev. Lett. 121, 177202 (2018).

Para conferir o trabalho, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de novembro de 2018

Docente do IFSC/USP assume cargo na “Journal of Alloys and Compounds”

O docente e pesquisador de nosso Instituto, Prof. Valmor Mastelaro, acaba de assumir o cargo de editor associado do Journal of Alloys and Compounds, uma das mais importantes revistas interdisciplinares, neste caso dedicada à Ciência dos Materiais, Química e Física do Estado Sólido.

Esta revista, de conceito internacional, é revisada por especialistas para a publicação de trabalhos sobre materiais que compreendem compostos e ligas. Seu grande destaque reside na diversidade de disciplinas que abrange, reunindo resultados da ciência dos materiais, metalurgia física, química e física do estado sólido.

A natureza interdisciplinar da revista é predominante em muitas áreas temáticas, com abordagens experimentais e teóricas para problemas de materiais que requerem uma interação ativa entre uma variedade de disciplinas científicas tradicionais e novas.

A comunidade do IFSC/USP congratula o Prof. Valmor Mastelaro por esta importante indicação.

Para consultar a revista, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de novembro de 2018

IFSC/USP – Programa de pesquisa para estudantes visitantes

O Programa de Pós-Graduação em Física do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebe, até 15 de novembro, inscrições de candidatos para participarem do Programa de Pesquisa para Estudantes Visitantes.

O objetivo do programa é estimular a colaboração dos orientadores da pós-graduação com estudantes de outras instituições e estimulá-los a realizar doutorado no instituto.

Estão disponíveis vagas nas áreas de Física Teórica e Experimental, Física Biomolecular ou Física Computacional. Os candidatos selecionados terão os custos de viagem e estadia financiados pela Comissão de Pós-Graduação (CPG) do IFSC para realizar estágio de pesquisa de no máximo um mês no IFSC-USP.

A estadia deverá ocorrer entre janeiro e março de 2019.

Os candidatos precisam ter formação com perfil para atuar nas áreas do Programa de Pós-Graduação de acordo com as linhas de pesquisa dos orientadores plenos credenciados do programa. Além disso, devem ser estudantes regularmente matriculados em um curso de graduação ou mestrado de reconhecidas instituições de ensino

O processo seletivo é constituído por etapa única de análise de documentação que comprove o mérito acadêmico e o potencial para realizar o projeto de pesquisa pretendido pelo candidato. Não haverá entrevista em nenhuma etapa do processo de seleção.

Serão aceitas duas formas de inscrição: solicitação do estudante com indicação de orientadores plenos do IFSC de interesse do candidato ou solicitação do orientador pleno do IFSC/USP com indicação do estudante.

Para fazer sua inscrição, clique AQUI.

Para mais informações, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de novembro de 2018

A partir do IFSC/USP: a Física Computacional no setor industrial

Quando ingressou no ensino médio, sua intenção era estudar o máximo possível para poder entrar em uma das melhores universidades públicas do país e essa paixão pelas ciências exatas, principalmente pela matemática, fez com que Lucas Eduardo Visolli Sala, hoje com 25 anos, escolhesse o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), principalmente depois de ter lido sobre o curso de física computacional ministrado pela Instituição.

Nascido em Ribeirão Preto, mas tendo vivido toda a sua infância em Porto Ferreira, também no interior do estado de São Paulo, Lucas cumpriu seu ensino fundamental na escola pública Mário Borelli Thomaz e já nesse período a atração pelos números e pela computação era muito forte, um sentimento que acompanhou o jovem ao longo do ensino médio. Nessa época, surgiu a oportunidade de participar de um processo seletivo, onde ganhou uma bolsa integral no Colégio Cooperativo, uma instituição particular localizada em Porto Ferreira (SP).

Assim que passou na Fuvest, Lucas teve a oportunidade de conversar com alguns professores e amigos e foi aí que surgiu a decisão de ingressar no IFSC/USP e mudar-se para São Carlos, acompanhado por três colegas seus, o que imediatamente desencadeou a ideia de fundarem uma república. Quando iniciou essa nova etapa de sua vida acadêmica, Lucas foi confrontado com aquilo que ele classifica ser a “dificuldade” do curso de física, mesmo depois de mergulhar profundamente nas disciplinas que exigiam mais esforço, estudo e dedicação. Todavia, o jovem afirma que essa sensação de dificuldade desapareceu ao longo do primeiro semestre:

“Quando nós levamos os estudos a sério, tudo acaba dando certo”, comenta Lucas. Com a ideia fixa de poder fazer pesquisa dentro ou fora da academia e ainda com muitas indecisões sobre o futuro, o segundo semestre de Lucas foi alucinante, tendo trancado quatro das cinco disciplinas em que havia se matriculado: “Eu só fiz uma disciplina – a de computação – porque eu estava bem indeciso. Eu não sabia se deveria continuar fazendo física computacional, ou se deveria optar por ciência da computação”, explica Lucas. Prestes a mudar de curso, o jovem teve oportunidade de conversar com alguns docentes e profissionais da área e todos eles opinaram que a física seria o melhor curso para ele, mesmo que futuramente optasse pela carreira em outra área. Foi a partir desse momento que o jovem estudante decidiu continuar cursando física computacional no Instituto, sendo que a partir do terceiro semestre se tornou bolsista de iniciação científica, o que se estendeu até o último ano de sua graduação: “O IFSC/USP foi um ótimo lugar, porque ele me ensinou a correr atrás para aprender”.

Com a graduação concluída, Lucas tinha as portas abertas para entrar no mestrado, mas a vontade do então jovem físico era conhecer e se aventurar no mercado de trabalho, fora da universidade, tendo principal interesse pela área de mineração de dados. “Eu gostei bastante, porque é uma intersecção de várias áreas interessantes, como computação, modelagem matemática e estatística. Durante uma conversa com um de meus amigos, que trabalhava na Ícaro Technologies, uma empresa de tecnologia de informação sediada em Campinas, soube que tinham interesse em formar um centro de excelência para trabalhar com mineração de dados. Inscrevi-me, fui admitido como estagiário, tendo posteriormente sido contratado e onde atuo até hoje”, pontua Lucas, que atualmente já tem seu mestrado concluído na UNICAMP.

A Ícaro Technologies tem como principal foco a integração de serviços em tecnologia de informação, atendendo, em sua maioria, companhias de telecomunicações. Ao lado de seis profissionais, Lucas é responsável por algoritmos de aprendizagem de máquina e análises estatísticas no centro de excelência da empresa e sua intenção é poder ir mais longe, cogitando poder trabalhar, no futuro, em outras empresas no Brasil e ter uma experiência fora do país.

Segundo Lucas Sala, um aluno que já tenha terminado a graduação e pretenda atuar na mesma área profissional em que ele está, poderá receber um salário inicial de R$ 3.500,00, porém, no exterior, poderá alcançar o triplo do valor. Para o ex-aluno do IFSC-USP, é preciso aproveitar o máximo as oportunidades durante a vida acadêmica, porque quando se sai da universidade é que o estudante percebe a superior qualidade de seu instituto, que lhe proporcionou uma ótima formação.

Além disso, ele diz que é importante que todos os alunos façam iniciação científica, mesmo que não pretendam permanecer na academia. “É sempre um diferencial!”, finaliza Lucas.

(Entrevista publicada no livro intitulado “Egressos do IFSC/USP que atuam fora da academia” – por: Prof. Tito José Bonagamba e Rui Sintra-jornalista)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de novembro de 2018

Prof. Vanderlei Bagnato é nomeado “Fellow Faculty” na Texas A&M University

O diretor do IFSC/USP, Prof.Vanderlei Bagnato, foi recentemente nomeado Fellow do Instituto Hagler de Estudos Avançados da Texas A&M University (EUA), juntamente com outros oito renomados cientistas que têm contribuído para avanços significativos em pesquisas nas áreas de engenharia, química, física, ciência dos materiais, energia e ciência política.

Entrada do Campus da Texas A&M University

No anúncio oficial da nova classe de docentes, o presidente da Texas A&M University, Michael K. Young, enalteceu o fato das nomeações abrangerem membros da Academia Nacional de Ciências e da Academia Nacional de Engenharia dos Estados Unidos, da Academia Americana de Artes e Ciências e de academias equivalentes em todo o mundo, além das sociedades reais da Inglaterra, Canadá e Austrália: “Mais uma vez, o Instituto Hagler reuniu uma classe de acadêmicos e pesquisadores com qualificações excepcionais. Estes nove membros do corpo docente trabalharão em estreita colaboração com nossos pesquisadores do corpo docente para avançar nas fronteiras da pesquisa acadêmica, para melhorar a reputação da pesquisa da Texas A&M e para apresentar oportunidades transformacionais aos estudantes de graduação e pós-graduação de nossa instituição.”

Cada membro do corpo docente agora nomeado fará parceria com um ou mais departamentos que oferecem cursos de pós-graduação alojados nas 16 faculdades ou escolas da Texas A&M, ou no campus destas universidades, em Galveston – Estados Unidos. O Instituto Hagler fornece bolsas para estudantes de pós-graduação trabalharem com os bolsistas do corpo docente, bem como financiamento para apoiar estudantes de pós-graduação visitantes e pesquisadores de pós-doutorado afiliados aos bolsistas de faculdades.

A cada ano, o Instituto Hagler seleciona seus bolsistas de entre os principais acadêmicos que se destacaram por meio de excelentes realizações profissionais ou reconhecimento significativo. “Esta sétima turma de membros do corpo docente (Fellows) compreende um conjunto diversificado de personalidades que enriquecerá nossos programas de pesquisa e nos permitirá destacar o calibre dos alunos e pesquisadores da Texas A&M para o resto do mundo”, disse, durante o anúncio, o diretor fundador do Instituto Hagler, John Junkins.

A Fellow Faculty entregue ao Prof. Bagnato compreenderá recursos vindos da Universidade do Texas para custear todas suas visitas àquela instituição, bem como recursos adicionais para levar consigo estudantes, pós-doutores e colaboradores para trabalharem em conjunto com ele. Segundo Bagnato, nos próximos quatro anos estará viajando algumas vezes por ano ao Texas para realizar, junto com pesquisadores de lá e com colaboração de pesquisadores do IFSC/USP, diversos trabalhos. “Tenho muitas obrigações com meu IFSC-USP, tanto como pesquisador/professor, mas também como diretor. Mesmo assim, tenho que fazer um esforço para levar este projeto adiante, pois vejo que ele é uma oportunidade para estreitar os laços com o Texas e criar espaços profícuos para meus excelentes parceiros da USP e de outras instituições”.

Sebastião Pratavieira (2º na imagem) e Vanderlei Bagnato (5º na imagem) com membros do Hagler Institute da U. Texas, por ocasião da assinatura da aceitação da “Fellow Faculty”

Estão colaborando com Bagnato, nesta oportunidade, Sebastião Pratavieira, jovem docente e pesquisador contratado pelo IFSC/USP, e a Profa. Dra Cristina Kurachi (IFSC/USP), com os quais serão realizados projetos na área de câncer e detecção precoce de problemas vasculares, com técnicas inovadoras. Além destes, os Dr. Gustavo Telles e Dra. Mônica Caracanhas colaborarão em desenvolvimento de conceitos termodinâmicos para condensados de Bose-Einstein. “É também uma excelente oportunidade para tornar nossa instituição mais internacional”, acrescenta Bagnato.

Tudo indica que a primeira visita do Prof. Bagnato ao Texas ocorrerá no início de 2019, participando em uma série de palestras e na solenidade oficial de posse dos novos Fellows da Universidade do Texas A &M. “ Esta Universidade é uma das maiores escolas de engenharia dos EUA e esta oportunidade vem na hora certa, quando queremos unir física, química, matemática e engenharia em prol de inovações que beneficiarão cursos e atividades no Campus de São Carlos “, diz Bagnato, referindo-se às novas tentativas de ter novas áreas como bioengenharia, física médica e química médica na USP São Carlos.

Veja abaixo os nomeados e as tarefas que os mesmos terão pela frente, a partir de agora:

Vanderlei Salvador Bagnato é professor titular de física e ciência dos materiais da Universidade de São Paulo, do Instituto de Física de São Carlos – Bagnato realizou uma pesquisa significativa em resfriamento a laser, capturando átomos neutros e aplicando os princípios da ótica e lasers em ciências da saúde. Bagnato é membro da Academia Nacional de Ciências, da Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano, da Academia Mundial de Ciências e da Academia Brasileira de Ciências, além de Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico do Brasil. Bagnato colaborará com professores e alunos na Faculdade de Engenharia e na Faculdade de Ciências.

Michael J. Duff é professor emérito de física teórica e investigador sênior de pesquisa no Imperial College, em Londres – A pesquisa de Duff explorou a gravidade quântica, a informática quântica, a teoria das cordas, a teoria M e as teorias unificadas das partículas elementares. Duff é membro da Royal Society of London e detém a Medalha de Ouro e Prêmio Paul Dirac do Instituto de Física, o Prêmio de Distinção para Pesquisa do Texas A&M e uma Medalha de Ouro em Encontro do Colégio Nacional. Duff irá colaborar com professores e alunos no Instituto de Ciências Quânticas e Engenharia.

Yonggang Huang é professor de Engenharia Mecânica, Engenharia Civil e Ambiental e Ciência e Engenharia de Materiais na Northwestern University – Entre os esforços de pesquisa de Huang estão a mecânica de materiais elásticos e manufatura aditiva. Ele desenvolveu circuitos flexíveis com potencial uso em sensores flexíveis, dispositivos microfluídicos e transmissores. Huang é membro da Academia Nacional de Engenharia. Ele detém a Medalha William Prager da Society of Engineering Science, o Prêmio Memorial Gustus L. Larson, da Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos, e o Prêmio de Pesquisa para Cientistas e Acadêmicos dos EUA, da Fundação Alexander von Humboldt. Huang colaborará com professores e alunos da Faculdade de Engenharia.

Cameron Jones é Distinguished Chair de Química na Monash University, Melbourne, Austrália – Jones liderou um grupo de pesquisa no desenvolvimento de facetas da química que procuram refinar as visões existentes sobre estrutura, ligação e estabilidade. Jones detém o prêmio de pesquisa sênior de retorno da Fundação Alexander von Humboldt, é membro eleito da Academia Australiana de Ciências, membro honorário do Magdalen College, em Oxford, Inglaterra, e ganhou o Prêmio Frankland da Royal Society of Chemistry e a Medalha Memorial HG Smith do Royal Australian Chemical Institute. Ele vai colaborar com professores e alunos da Faculdade de Ciências.

Stefan H.E. Kaufmann é diretor fundador e chefe do Departamento de Imunologia no Instituto Max Planck de Biologia Infecciosa, Alemanha – Conhecido pela pesquisa e vacinas contra a tuberculose, Kaufmann é membro eleito do Royal College of Physicians de Edimburgo, membro da Academia de Ciências Leopoldina e membro da Academia de Ciências de Berlim-Brandenburgo. Ele detém o prêmio Gardner Middlebrook Lifetime Achievement, da Becton Dickinson Diagnostic Systems, um prêmio da Fundação Robert Pfleger, do Merckle Research Prize e do SmithKline Beecham Science Prize. Kaufmann irá colaborar com professores e alunos nas faculdades de Medicina Veterinária e Ciências Biomédicas, Medicina, Engenharia e Agricultura e Ciências da Vida, bem como com a Texas A&M AgriLife Research e com a Texas A&M Experiment Station.

Vincent Poor é professor de engenharia elétrica da Universidade de Henry Henry Strater e da Universidade de Princeton, Estados Unidos – A pesquisa em andamento de Poor inclui o avanço rápido do desenvolvimento de tecnologia, como em redes sem fio, sistemas de energia e energia e redes sociais. Poor é membro da Academia Nacional de Ciências e a Academia Nacional de Engenharia, além de membro estrangeiro da Academia Europeia e da Royal Society do Reino Unido. Ele também é membro da Academia Nacional de Inventores e da Academia Americana de Artes e Ciências. Poor colaborará com os professores e alunos da Faculdade de Engenharia e da Faculdade de Ciências.

Robert D. Putnam é professor de Políticas Públicas na Kennedy School of Government, Universidade de Harvard, Estyados Unidos- A pesquisa de Putnam engloba uma série de tópicos, incluindo religião na sociedade, a queda e renascimento da comunidade americana e as lacunas de oportunidade em relação a alcançar o sonho americano. Putnam é membro da Academia Nacional de Ciências e da Academia Americana de Artes e Ciências e é ex-presidente da American Political Science Association. Ele detém o Prêmio Johan Skytte, o maior prêmio que um cientista político pode obter, recebeu a Medalha Nacional de Humanidades do Presidente Obama, em 2012, e é autor de 15 livros. Putnam colaborará com professores e alunos na Faculdade de Artes Liberais.

Andrea Rinaldo é professor de hidrologia e recursos hídricos, e diretor do Laboratório de Eco-Hidrologia da École Polytechnique Fédérale de Lausanne, na Suíça – Rinaldo conduziu pesquisas que levaram a uma teoria de redes fluviais fractais auto-organizadas e de redes de transporte eficiente. Rinaldo é membro da Academia Nacional de Ciências, da Academia Nacional de Engenharia e da Academia Real de Ciências da Suécia. Ele detém o Prêmio de Ciências Hidrológicas da União Geofísica Americana, a Medalha Dalton da União Européia de Geociências, e o Príncipe Sultão Abdulaziz International Water Prize, do Reino da Arábia Saudita. Rinaldo irá colaborar com professores e alunos da Faculdade de Engenharia.

William G. Unruh é professor de física da Universidade da Columbia Britânica, Estados Unidos – Unruh fez contribuições significativas para a relatividade geral e, com Stephen Hawking, refinou os fundamentos da mecânica quântica em relação aos buracos negros. Unruh é membro da Royal Society de Londres e Canadá e é membro honorário estrangeiro da Academia Americana de Artes e Ciências. Ele detém a Medalha Rutherford da Royal Society of Canada, bem como a Medalha Herzberg e a Medalha de Conquista da Associação Canadense de Físicos. Unruh irá colaborar com professores e alunos da Faculdade de Ciências.

O Instituto Hagler de Estudos Avançados foi criado em dezembro de 2010 pela Diretoria de Regentes da Texas A&M University para aproveitar a crescente reputação acadêmica desta Universidade e fornecer uma estrutura para atrair acadêmicos de todo o mundo para nomeações de até um ano. A seleção dos membros do corpo docente inicia-se sempre com indicações do corpo docente de academias nacionais e acadêmicos do calibre do Prêmio Nobel, que se alinham aos pontos fortes e ambições existentes na Universidade.

Sobre a Texas A&M University, ela é uma das principais instituições de pesquisa do mundo, colocando-se na vanguarda através de contribuições significativas para bolsas de estudo e descobertas, incluindo a da ciência e tecnologia. Para o diretor do IFSC/USP “Tão importante como fazer contribuições para a ciência é tê-las reconhecidas e aceitas pela comunidade. Vejo esta fellowship como uma oportunidade de tornar a USP e nosso Instituto ainda mais internacionais, levando com isto o nome de São Carlos ainda mais longe”, conclui Bagnato.

Para saber mais sobre esta Universidade, clique AQUI.

(Colaboração de Kleber Chicrala – CEPOF/IFSC)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de novembro de 2018

“Growing of apatite particles on natural rubber surfaces”

Growing of apatite particles on natural rubber surfaces and its effects on blood wettability foi o título da palestra apresentada pelo pós-doutorando na área de Física Aplicada – Materiais Nanoestrurados, Rodney Marcelo do Nascimento, do Grupo de Pesquisa em Nanomateriais e Cerâmicas avançadas (IFSC/NaCA), realizada no dia 09 de novembro nas instalações do citado grupo (Área-2 da USP São Carlos).

Em sua apresentação, Rodney abordou as propriedades recentemente descobertas de uma borracha natural híbrida incorporada com micropartículas de cerâmica bioativa à base de fosfato de cálcio (CaP) visando aplicações em campos biomédicos. Em particular, foram discutidos os efeitos da molhabilidade e do anel de sangue na superfície do material.

Técnicas de imagem espectroscópica óptica e eletrônica associadas a medidas de ângulo de contato foram empregadas para avaliar com sucesso a capacidade de encapsulamento NR, a estabilidade de revestimentos / membranas e a fenomenologia. da interface fluido-material do corpo. Além disso, a resposta do revestimento híbrido ao fluido corporal simulado (SBF) foi avaliada incubando as amostras por 30 dias.

Após a exposição a um ambiente biológico, as superfícies de NR foram quimicamente modificadas, aumentando a molhabilidade do sangue e diminuindo as cargas de superfície negativas e o ângulo de contato para valores próximos aos associados à adsorção de proteínas e adesão celular.

Estas características tornam o material um candidato para engenharia de tecidos, sendo esta a ênfase do trabalho do palestrante.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de novembro de 2018

Falecimento do Prof. Stefano Caldarelli – Univ. Aix-Marseille (França)

Vítima de doença prolongada, faleceu no início desta semana o Prof. Stefano Caldarelli, professor do Departamento de Química da Universidade de Aix-Marseille (França) desde 2001.

Originalmente formado como especialista em RMN em estado sólido, ele fez várias contribuições não só neste campo em particular, tendo sido, por exemplo, um dos membros fundadores das prestigiosas Conferências de NMR de estado sólido de Chamonix, mas também no campo conhecido como “cromatografia de RMN”.

Conhecido por seu bom humor e entusiasmo, a ciência internacional perde, assim, mais um de seus mais apaixonados membros.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de novembro de 2018

Criado biossensor que detecta pré-disposição para contrair HPV-16

Pesquisadores do IFSC/USP, em estreita parceria com colegas do Hospital de Câncer de Barretos, da Universidade Estadual de Maringá (PR) e da Escola de Saúde da Universidade do Minho (Portugal), desenvolveram um biossensor que é capaz de detectar o denominado HPV-16 no corpo humano.

O HPV – Vírus do Papiloma Humano – é responsável por um elevado número de infecções, que normalmente são assintomáticas e de regressão espontânea, enquanto outros tipos de HPV têm sido associados a câncer nos órgãos genitais, quer em homens como em mulheres. Estes casos são considerados de “alto risco”, podendo evoluir para o denominado câncer de cabeça/pescoço, que aparece na garganta, traqueia, faringe, laringe, boca, língua etc., e cuja gênese começa com a mutação de células.

Andrey Coatrini Soares, pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (USP), é o autor principal do artigo científico publicado recentemente na revista ACS Applied Materials and Interfaces e que aborda a criação do citado biossensor. “Toda a equipe trabalhou de forma diligente nas diversas frentes de uma pesquisa multidisciplinar, tendo em vista o resultado final”, relata Andrey. “Uma das contribuições mais importantes originou do Hospital de Câncer de Barretos, que, através de amostras extraídas de pacientes com o HPV-16, conseguiu construir uma sequência de DNA, fundamental para o resto do trabalho”, pontua nosso entrevistado.

Andrey Coatrini Soares

O novo biossensor é constituído por um filme nanoestruturado que possui dois polímeros naturais biocompatíveis e biodegradáveis – a quitosana e o sulfato de condroitina -, sendo que este último é um dos componentes do tecido cartilaginoso presente nos seres humanos. “Esse filme também é composto por uma sonda, que é uma sequência de bases nitrogenadas complementares à sequência de DNA acima descrita. Quando o filme entra em contato com uma célula infectada com o HPV-16 é gerado um sinal elétrico, a partir do qual se detecta que a pessoa tem altíssimas chances de desenvolver algum câncer de cabeça/pescoço no futuro. Esse diagnóstico serve de alerta para o paciente fazer um tratamento e evitar esse tipo de câncer”, elucida Andrey, que acrescenta que essa detecção pode acontecer muitos anos antes de o câncer se manifestar.

A ideia é que este biossensor possa fazer parte, no futuro próximo, do conjunto de equipamentos tradicionais que existem em hospitais e consultórios médicos para utilização cotidiana. O resultado de um exame feito com este novo biossensor demora cerca de dez minutos, prevendo-se que tenha um custo muito baixo.

Segundo o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Jr, que igualmente assina o artigo “O processo de patenteamento deste biossensor, junto da Agência USP de Inovação, será iniciado em breve. O próximo passo da equipe é desenvolver outro biossensor para detecção preditiva do HPV-18, vírus muito agressivo que é responsável pelo aparecimento de câncer nos órgãos genitais femininos”.

Para acessar o artigo publicado pela equipe de pesquisadores na ACS Applied Materials and Interfaces, clique AQUI.

(Foto principal: Michigan Health Lab)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de novembro de 2018

Alunos do IFSC/USP desenvolvem equipamento didático

Renan dos Reis, Solano Felicio e Pedro Hiroshi são alunos do 2º ano do IFSC/USP, nomeadamente dos cursos de Ciências Físicas e Biomoleculares, Física, e Física Computacional: até aqui nada de extraordinário; mas, de qualquer forma, qual é o particular interesse em torno destes três jovens?

Em finais de 2017, na disciplina Laboratórios de Física II, os jovens tiveram que preparar um seminário que abordava os temas vibrações e ressonância, com a motivação de que podiam mostrar como um terremoto pode afetar prédios e outras estruturas. Aproveitando uma máquina que pertencia a um projeto antigo e já abandonado, os três jovens lançaram mãos à obra e transformaram aquilo que à primeira vista era considerado “ferro-velho” num equipamento funcional.

Na verdade, os jovens propuseram um dispositivo para demonstrações em sala de aula, baseado em ressonância em hastes cilíndricas. O dispositivo consiste em um aro com varetas de diferentes comprimentos ligado a uma fonte de vibração, que é um disco desbalanceado rodando sob o efeito de um motor. Quando é ligado o dispositivo, observa-se que uma das varetas vibra muito mais intensamente do que as demais, fenômeno chamado de ressonância. Este efeito, no caso de um terremoto, potencializa a destruição de estruturas, como edifícios.

“Dependendo da frequência predominante emitida por um terremoto, ele afeta com maior ou menor intensidade as estruturas que tenham maior ou menor altitude, e essa máquina abandonada era o ideal para nós avançarmos com o projeto, quase sem custos, fazendo um paralelo entre ressonância em hastes e danos sofridos por prédios de diferentes tamanhos”, sublinha Renan. O instrumento foi adaptado às necessidades de pesquisa dos alunos e apresentado ao docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Fernando Paiva, que incentivou os jovens a escreverem um artigo, que foi já publicado em maio deste ano, na Revista Brasileira de Ensino de Física.

Além de demonstrar o efeito de terremotos, o dispositivo tem uso como material didático. A frequência de vibração do equipamento é ajustável, mostrando que varetas menores ressoam em frequências maiores, permitindo que se faça uma análise qualitativa e quantitativa dos chamados modos de vibração. Além disso, o experimento também permite medir o módulo de elasticidade, uma propriedade do material de que as hastes são feitas.

“A utilidade didática dessa ferramenta é que podemos testar diretamente as equações de vibração em corpos cilíndricos, usando diversas variáveis. Se mudarmos a frequência, isso afeta o padrão de vibração observado nas hastes, conforme seu comprimento; por outro lado, se mudarmos os materiais, podemos observar como a frequência de ressonância se comporta e comparar com o que era esperado. Assim, fica mais palpável o que diz a teoria”, pontua Solano, acrescentando que o estudo de resistência dos materiais é essencial em muitas áreas da engenharia. “Com algumas melhorias, também é possível que a máquina seja útil em engenharia, para medida de módulos de elasticidade”, acrescenta Renan.

Contudo, o aproveitamento deste equipamento para fins didáticos é, sem dúvida, o grande objetivo deste trabalho. “Um dos métodos didáticos que julgamos importantes é ter uma demonstração visual que possa se aliar às questões teóricas, ao modelo matemático do sistema. A máquina está pronta para ser utilizada em sala de aula, para testar certos tipos de material, como outras ligas metálicas, e estamos cogitando a forma de podermos simplificar a replicação desta máquina, incentivando sua construção para que mais delas possam ser usadas em outras universidades”, afirma Pedro.

Para acessar o artigo publicado pelos alunos na Revista Brasileira de Ensino de Física, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de novembro de 2018

Prof. William Phillips debate “Ordinary Faith, Ordinary Science”

Embora a cultura popular muitas vezes retrate a relação entre ciência e religião como um conflito, o fato é que muitos cientistas pelo mundo fora – e tidos como “convencionais”- também são pessoas com fé religiosa.

Para falar sobre esse assunto, o evento Filosofísica, realizado no final da tarde do dia 05 de novembro do corrente ano, no amplo Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), conectou, através de videoconferência, com o Prof. William Daniel Phillips docente e pesquisador na Universidade de Maryland – EUA (laureado pelo Prêmio Nobel de Física em 1997), onde falou sobre suas concepções pessoais relacionadas com ciência e religião e o peso que cada uma tem em sua vida.

Para Phillips, embora a ciência e a religião difiram em muitos aspectos, por exemplo, na verificabilidade e falseabilidade das afirmações, elas também têm características comuns (por exemplo, entendimento baseado na experiência, razão e sabedoria recebida).

O cientista discutiu sua crença em Deus como um criador cósmico que está em um relacionamento pessoal com todos nós e considera as dúvidas e questões que os cientistas, ou quaisquer pensadores críticos com fé religiosa, enfrentam.

Vale a pena assistir à conversa que o Prof. William Phillips manteve com quem decidiu comparecer neste evento, clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de novembro de 2018

Licenciandos da USP São Carlos visitam Escola de Aplicação da FEUSP

No dia 26 de outubro, licenciandos do campus da USP, em São Carlos, conheceram o trabalho realizado pela Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP (FEUSP).

Criada com o objetivo de realizar ensaios de técnicas de ensino, a Escola de Aplicação também tem como objetivo oferecer cursos de aperfeiçoamento para professores, inclusive de outros países, por meio de convênio estabelecido com a UNESCO.

A viagem didática foi promovida pelo Laboratório de Educação Matemática e pelo Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores, ambos do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC).

Além disso, contou com o apoio da Pró-Reitoria de Graduação da USP, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), do Instituto de Química de São Carlos e do departamento de Matemática do ICMC.

Confira as fotos desta visita AQUI  e AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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