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15 de fevereiro de 2011

Matrícula dos aprovados movimenta o IFSC

Entre os dias 14 e 15 de fevereiro são realizadas as matrículas dos novos ingressantes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), nos cursos de Física, Física Computacional, Ciências Físicas e Biomoleculares e Licenciatura em Ciências Exatas.

Como é de costume, os veteranos do curso recepcionaram os calouros com entusiasmo, trazendo grande movimentação de pais e alunos ao Prédio dos Laboratórios de Ensino (LEF), local onde as matrículas foram realizadas.

A visão de quem chega

Desde o colegial, Gustavo Schimiti tinha afinidade com as ciências exatas, em especial matemática e física. “Fiquei na dúvida, mas, no fim, achei a física mais legal”, conta o calouro.

Nascido em Londrina e aprovado em primeiro lugar na Universidade Estadual de Maringá (UEM), Gustavo trocou o Paraná por São Paulo, pois “um professor da minha cidade disse que o curso de física, aqui, era muito bom”.

“Gustavo teve que convencer o pai a deixá-lo fazer uma faculdade longe de casa. Para isso, ele fez pesquisas sobre o curso, sobre o que é estudado, currículo lattes dos professores”, explica Josi, mãe de Gustavo.

No final, Gustavo conseguiu ser aprovado e teve a benção do pai, Uraci, para iniciar sua graduação no Instituto de Física de São Carlos e já define a área com a qual tem mais afinidade e pretende seguir com sua pesquisa, nos próximos anos: física de partículas.

A visão de quem já está

Para Alexandre Benatti, aluno do segundo ano do curso de física, a pesquisa sempre foi sua meta, e através da formação fornecida pelo IFSC, pretende juntar-se aos cientistas, para desenvolver seus estudos.

Tânia Benatti, mãe do aluno, conta que o filho sempre foi vencedor das Olimpíadas de Física e Matemática, realizadas em sua cidade natal, Bariri. “O Alexandre, desde criança, sempre foi bom em exatas. Ele passou na melhor universidade que, inclusive, também se destaca em física, e estamos sempre aqui, dando apoio às suas decisões”, afirma.

Alexandre já optou pelos estudos em física teórico-experimental e conta que, embora ainda não tenha definido a área específica na qual pretende atuar, uma coisa tem concretizada: “Quero atuar em pesquisas, para o desenvolvimento do país”, finaliza.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tatiana G. Zanon/Assessoria de Comunicação

Data: 15 de fevereiro

14 de fevereiro de 2011

Instituto de Física de São Carlos (IFSC) é destaque no número de registro de patentes

Matéria publicada pelo jornal da TV Record, “Record News Paulista”, aponta São Carlos como a cidade que mais registra número de patentes em território nacional. São 15 patentes para cada 100 mil habitantes.

Ainda, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC) é apontado como um dos maiores responsáveis pela estatística, já que nos últimos oito anos registrou 30 patentes, baseada em pesquisas desenvolvidas na Unidade.

Na matéria, o destaque vai para trabalhos realizados pelo Grupo de Óptica do IFSC.

Para ter acesso à notícia exibida pela emissora, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

Data: 14 de fevereiro

14 de fevereiro de 2011

Prof. Richard Garratt faz balanço positivo

Decorreu nos dias 10 e 11 de fevereiro, nas instalações do IFSC-USP, o IV Workshop de Integração e Acompanhamento do INBEQMeDI, um evento que reuniu cerca de vinte pesquisadores envolvidos neste INCT sediado no Instituto de Física, tendo-se registrado a presença do recém-empossado Presidente do CNPq, Prof. Glaucius Oliva, coordenador-geral do projeto.

Além de terem sido apresentados e discutidos os projetos científicos em curso, este workshop deu a conhecer, igualmente, os trabalhos realizados nas áreas de Difusão e Inovação.

Para o Prof. Richard Charles Garratt, que coordenou os trabalhos, o balanço final desta reunião foi positivo, tendo destacado o marcante fortalecimento das interações entre todos os membros da equipe, no momento em que está prestes a finalizar a primeira fase do projeto deste INCT (três anos).

Contudo, Garratt sublinhou que ainda é possível fazer mais no campo das interações entre os membros: Estão surgindo, cada vez mais, interações entre os grupos que fazem, por exemplo, Biologia Molecular, Química, etc; mas precisamos melhorar essas correlações. Uma das conclusões extraída desta reunião é a necessidade de criar, em um futuro próximo, um grupo de trabalho que irá tentar coordenar a integração das equipes de uma forma ainda mais eficaz, já que essa integração tem acontecido, até hoje, de uma forma espontânea. Assim precisamos ser mais proativos, de tal forma que possamos avançar mais rapidamente nos nossos objetivos.

Garratt referiu que o entusiasmo dos pesquisadores do INBEQMeDI está aumentando e sublinhou o excelente trabalho que está sendo feito na área da Difusão, cujo foco são os professores e alunos das escolas públicas.

Na área da produção científica, Richard Garratt mostrou-se também bastante otimista, principalmente no que diz respeito ao diálogo entre a academia e o setor produtivo: Como seria de esperar, ao longo destes três anos têm surgido inúmeros trabalhos científicos, coletivos e individuais, com uma grande diversidade de temas, e é natural que alguns desses trabalhos tenham um pouco mais de destaque que outros. Contudo, é muito bom ver a dinâmica e a produtividade desta grande equipe, de tal forma que todo este trabalho está levando a um crescente interesse por parte da indústria farmacêutica: por exemplo, o Prof. Otávio Thiemann, do IFSC, tem já uma proposta de trabalho com a empresa Sanoffi Aventis, e a Profa. Arlene Correa, do Departamento de Química da UFSCar – Universidade Federal de São Carlos recebeu um convite da empresa GSK. Isso já demonstra que o diálogo entre a academia e o setor produtivo está melhorando substancialmente e que os pesquisadores estão sendo procurados: a nossa competência está sendo reconhecida e isso é um aspecto muito positivo – finaliza.

Num futuro próximo existe a intenção dos workshops do INBEQMeDI poderem ser abertos aos alunos de todos os laboratórios envolvidos neste INCT, de forma a que seja ainda mais enriquecida a troca de idéias com os pesquisadores.

Rui Sintra – jornalista – Assessoria de Comunicação

Data: 14/02/2011

11 de fevereiro de 2011

Grupo de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos estuda a eletrônica do futuro

Com estudos que parecem ficção científica, grupo já domina algumas técnicas e busca o aperfeiçoamento das aplicações, diariamente, para colocar o Brasil em um patamar de produtor da nova tecnologia

Ultimamente, tem-se comentado, exaustivamente, sobre a degradação do meio ambiente, causada, principalmente, pela produção contínua de “energia suja”, tendo como matéria-prima carvão, gás natural e diesel, por exemplo.

Por outro lado, pelo mesmo motivo, muito esforços vêm sendo empreendidos na produção da chamada “energia limpa”, e, provavelmente, você ainda não deve ter ouvido falar a respeito da Eletrônica Orgânica (EO). Saiba, então, que ela já é apontada como a energia do futuro e, nos próximos parágrafos, você entenderá o porquê.

Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica (INEO)

O transistor é o elemento fundamental da eletrônica, que permite o processamento de informação, e foi testado, pela primeira vez, nos Estados Unidos, em 1947. Desde então, este minúsculo dispositivo tem sido responsável por toda tecnologia relacionada, principalmente, às telecomunicações e à ciência da computação, e tem muito a ver com a Revolução Eletrônica ocorrida de 1950 até agora. “A segurança de qualquer país e a sua riqueza, hoje, dependem do quanto ele é evoluído em eletrônica e o Brasil, nesse aspecto, tem um enorme déficit, que tende a aumentar”, conta Roberto Mendonça Faria, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e pesquisador na área de Eletrônica Orgânica. “Hoje vale muito mais um país dominar a tecnologia aplicada à segurança nacional do que ter um exército bem montado. Portanto, o Brasil precisa tirar, obrigatoriamente, esse atraso”.

O docente, também coordenador do Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica (INEO), afirma que “não há dúvidas de que a EO será um ramo da eletrônica extremamente importante ao longo do século XXI, e como é uma área nova, tanto em pesquisa científica, quanto em aplicações, pode ser que esteja aí a chance de o Brasil recuperar seu espaço entre os países produtores de tecnologias avançadas”, afirma Faria.

O INEO, que conta com mais de 30 grupos de pesquisa em EO em todo o Brasil, deve contribuir para resolver essa problemática nacional. O grupo começou a estudar propriedades elétricas e orgânicas de polímeros- macromoléculas sintéticas e naturais-, com propriedades eletrônicas, desde a década de 70, e, a partir de então, tem sintetizado tais polímeros e estudado suas aplicações. “Economicamente falando, essa nova eletrônica movimentará centenas de bilhões de dólares a partir da década de 20, e a tendência é aumentar cada vez mais sua inserção na economia do planeta. Nesse mercado global, o Brasil deve agregar conhecimento para uso interno e sair do papel de comprador, apenas, para se tornar também um vendedor dessa nova tecnologia”, completa Faria.

O INEO no IFSC

No grupo de pesquisa do IFSC, do qual fazem parte diversos docentes do Instituto, muitos projetos já estão sendo estudados e aplicados. No caso do professor Faria, este orienta alguns projetos de pesquisas, de alunos de pós-graduação, dedicados, exclusivamente, a desenvolver essa nova tecnologia.

Atualmente, o grupo conta com parcerias privadas, sendo a CSEM, empresa suíça que implantou uma unidade no solo brasileiro, uma delas, disposta a financiar os estudos realizados no Instituto.

Um dos orientandos do docente, Giovanni Fornereto Gozzi, desenvolve seu doutorado na área de luminescentes, onde faz o uso de polímeros específicos, capazes de emitir luz. O conceito de “eletroluminescência” é trabalhado pelo aluno, num processo da geração de luz, utilizando-se de fontes limpas para isso. “Os polímeros são processados em solução, que são tipo uma tinta. Ou seja, você transforma energia elétrica em luz, usando processos semelhantes ao de impressão com tinta. Aqui, o grande desafio é transformar o processamento atual no processamento em solução, utilizando-se apenas de materiais orgânicos”, explica Giovanni. “A tecnologia orgânica nos abrirá a possibilidade de telas de televisão ainda mais finas e flexíveis e também painéis de iluminação de altíssima eficiência, por exemplo”, conta.

Já Alexandre de Castro Maciel transforma a solução polimérica em filmes muito finos. Depois de pronto, esse filme se torna o elemento ativo de um transistor. “Com um transistor feito de polímeros, que será fino, leve e de baixo custo, é possível o descarte. Assim sendo, ele pode ser usado em embalagens, substituindo o tradicional código de barras”, explica Alexandre.

Essa troca pode trazer o “supermercado do futuro”, onde através dos dispositivos poliméricos instalados nas embalagens, em conjunto com outro dispositivo instalado em um carrinho de supermercado, a soma das mercadorias no carrinho vem pronta, eliminando a fila nos caixas, e o estresse do comprador.

As telas extremamente flexíveis, estudadas por Pedro Henrique Pereira Rebello e Josiani Cristina Stefanelo, trarão facilidade e satisfação imediata. A televisão do novo século poderá ser impressa: seus circuitos eletrônicos serão feitos de soluções poliméricas orgânicas. Um exemplo prático: um circuito de computador não será mais composto de tantos fios. A famosa plaquinha verde será flexível e lisa, já que todos os fios que a compõe estarão impressos nela. “Os circuitos integrados de agora, por ser metal, precisam de substratos rígidos. Isso é uma desvantagem! Hoje se fala muito em eletrônica flexível. No futuro, você irá numa palestra, com seu computador, desenrola a tela e o liga. Quando terminar, enrola e coloca de volta no bolso”, exemplifica Pedro. Pedro e Josiani, na prática, têm caracterizado a tinta de uma impressora comercial para criar uma tinta polimérica com as mesmas características.

Células solares

O efeito fotovoltaico, ou seja, a transformação de energia solar em elétrica, foi observado, pela primeira vez, em 1839, pelo físico Edmund Becquerel. Quase dois séculos depois, temos placas compostas por células voltaicas, mas, diferentemente de suas antecessoras, que tinham como base o silício, compostas por materiais orgânicos. “O custo para a produção desse tipo de placa ainda é muito alto, e precisamos de uma alternativa de baixo custo, para que essa energia renovável seja viável e amplamente utilizada”, explica Douglas José Coutinho, mestrando de Faria.

Nos Estados Unidos, a empresa Konarka já fabrica as placas de energia solar, feitas de material orgânico. O que Douglas tenta fazer, hoje, auxiliado por Faria, é descobrir a “fórmula” da tecnologia já aplicada e trazê-la ao Brasil. “Já temos condições de competir com essas empresas e já busco a aplicação do dispositivo. Já chegamos à eficiência de 2,5%, enquanto grandes laboratórios dos Estados Unidos e Europa têm uma eficiência de 3,5 a 4%. Estamos muito próximos!”, esclarece Douglas.

O laboratório no qual todo o grupo dos pesquisadores do INEO-IFSC trabalha, já possui equipamentos modernos, que possibilita a viabilidade e aplicação dos estudos.

Com base nessas pesquisas, portanto, é possível, de fato, acreditar que o Brasil esteja próximo do papel de protagonista nessa nova tecnologia, que tem todas as características para tornar-se a mais popular, em um futuro próximo. “Estamos classificados para a final de um mundial, mas, obviamente, não somos os favoritos. Mas, o Brasil tem, sim, potencial, para entrar nessa final e ser um dos candidatos a uma boa colocação. Dependerá da atitude dos pesquisadores da área, da política industrial do país e do investimento contínuo nessa política”, finaliza Faria.

 

Tatiana G. Zanon/Assessoria de Comunicação

Data: 11 de fevereiro

10 de fevereiro de 2011

Workshop reúne diversos especialistas de renome na área

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) promoverá, entre 21 e 23 de fevereiro, a primeira edição do Workshop de Astrofísica de Partículas, um evento internacional realizado em comemoração ao Ano Brasil-Alemanha de Ciência, Tecnologia e Inovação (abril-2010 a março-2011).

 O evento, direcionado a alunos de pós-graduação e inteiramente gratuito, pretende reunir especialistas de várias áreas do conhecimento para discutir os resultados dos experimentos mais recentes realizados na área de Astrofísica de Partículas, e traçar diretrizes para as próximas gerações de experimentos. Também serão discutidas possíveis medidas para expandir e aprimorar o Observatório Pierre Auger, na Argentina, maior instalação do mundo voltada à pesquisa das partículas energéticas geradas em objetos astrofísicos e que chegam à Terra, da qual o IFSC é membro, e a construção de outro observatório, o CTA – Cherenkov Telescope Array, um conjunto de telescópios a ser localizado também na Argentina voltado à investigação da radiação gama (o tipo de luz de mais alta energia no Universo).

Ainda, o workshop trará a discussão da inovadora idéia chamada “ANDES Underground”, uma proposta da Argentina e do Chile que se baseia na construção de um túnel subterrâneo na Cordilheira dos Andes, já que o espaço subterrâneo de grandes montanhas é um lugar muito apropriado para experimentos com partículas devido à ausência de ruídos que possam “poluir” os dados. O evento, portanto, destaca-se em importância, pois estará incumbido da tarefa de designar, através de discussão entre os maiores especialistas da área, os passos futuros da Astrofísica de Partículas.

Esta área é reconhecida como uma área extremamente multidisciplinar, principalmente pelo fato de envolver dois extremos da Física: o microscópico, com as partículas, e o macroscópico, que são as fontes do Universo. É por essa razão que a área necessita de diversos tipos de especialistas. A construção de um experimento requer, por exemplo, profissionais dedicados à construção do detector, outros profissionais especializados no estudo de partículas de alta energia (Física de Partículas), e ainda outros que entendam da geração dessas partículas no interior dos astros que as produziram (Astrofísica). Desta forma, pode-se dizer que existe inúmeras possibilidades para o envolvimento com o estudo do que se chama hoje por Astrofísica de Partículas.

O IFSC, que é reconhecido como portador de um grande potencial de desenvolvimento da área, sediará o evento por iniciativa do docente Luiz Vitor de Souza Filho, membro do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada do Instituto e participante de três importantes projetos de pesquisa na área de Astrofísica de Partículas: o Observatório Pierre Auger, o CTA (Cherenkov Telescope Array), e o KASCADE-Grand Experiment (voltado à investigação da composição primária de raios cósmicos).

Com essa oportunidade, espera-se incentivar a organização de outros eventos na região, agregando mais professores e despertando o interesse dos alunos, inclusive de outras áreas. “E, claro, esperamos tornar esse evento permanente, a ser realizado a cada dois anos”, completa o professor Souza Filho.

Entre os seminários da programação, o professor destaca as abordagens de dois experimentos de medida de matéria escura, que é um dos assuntos mais comentados hoje em Física, em parte por ainda se tratar de um grande mistério. Esse tipo de matéria não emite luz, e suspeita-se de sua presença no Universo devido aos efeitos gravitacionais que causa em matérias visíveis e luminosas como estrelas. “Pelo fato da comunidade científica não saber exatamente o que é a matéria escura, haverá convidados falando de detecções diretas dessa matéria, em experimentos feitos aqui na Terra, e outros falando de satélites feitos para buscá-la em ambientes astrofísicos”, explica o docente.

 Também ocorrerá um seminário de Gerhard Jacob, pesquisador alemão que hoje se dedica à política científica, mais especificamente à área de cooperação internacional, que irá discutir os principais feitos da colaboração entre Brasil e Alemanha em Ciência e Tecnologia. Além dele, estará presente Peter Biermann, pesquisador de renome que investiga Raios Cósmicos, e Eduardo do Couto e Silva, vice-diretor do Centro de Operações Científicas do telescópio principal do Observatório GLAST da NASA (rebatizado de Fermi Gamma-ray Space Telescope), que acaba de produzir uma leva de resultados significativos. Muitos outros convidados de renome estarão ainda presentes ministrando palestras durante os três dias evento, e será realizada uma sessão de pôsteres de alunos que desenvolvem pesquisas na área.

Aproveite para ver a programação na íntegra e fazer sua inscrição na página do evento: http://www.astro.ifsc.usp.br/workshop.php

 

Nicolle Casanova / Assessoria de Comunicação

Data: 10 de fevereiro

9 de fevereiro de 2011

“Ciência às 19 horas”

No dia 22 de março será realizada, através do projeto “Ciência às 19 horas”, a palestra “Células Tronco: promessas e realidade da terapia celular”. Como de costume, o evento ocorrerá no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas do IFSC, localizado no prédio da Administração, campus I da USP-São Carlos, com início às 19 horas.

A palestra será ministrada pela docente do Instituto de Biociências (IB) da USP, Lygia da Veiga Pereira.

Sobre a palestrante

Lygia possui bacharelado em física, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1988), mestrado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990) e doutorado em Ciências Biomédicas pelo Mount Sinai Graduate School, em Nova Iorque (1994).

Atualmente é Professora Associada e Chefe do Laboratório nacional de Células-Tronco Embrionárias (LaNCE) da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Humana e Médica, atuando principalmente nos seguintes temas: síndrome de Marfan, modelos animais, células-tronco embrionárias, herança epigenética e inativação do cromossomo X.

Para ter acesso ao currículo lattes da professora, na íntegra, clique aqui.

Assessoria de Comunicação

Data: 9 de fevereiro

9 de fevereiro de 2011

Prêmio Mário Covas

A Sétima Edição do Prêmio Governador Mario Covas está com suas inscrições abertas.

O objetivo do prêmio é prestigiar e promover iniciativas inovadoras ou de excelência – de servidores estaduais que impliquem em melhorias no serviço prestado ao cidadão.

Além de valorizar as experiências dos servidores e motivá-los, o prêmio divulga os trabalhos e estimula a troca de informações sobre tais projetos entre os órgãos estaduais.

As inscrições vão até o dia 15 de fevereiro e podem ser realizadas neste site.

Mais informações:

Site: www.premiomariocovas.sp.gov.br

Data: 09/02/2011

8 de fevereiro de 2011

Fuvest divulga lista de aprovados na primeira chamada do vestibular

A Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) divulgou nesta terça-feira, dia 8, a lista de aprovados na primeira chamada do exame. Clique aqui para ver a relação ou acesse o site Fuvest.

Os aprovados deverão se matricular nos dias 14 e 15, na unidade em que foram aprovados, conforme consta do manual do vestibular. A próxima chamada será divulgada no dia 19.

Para saber informações sobre o campus de São Carlos, acesse o Hotsite Calouros 2011.

Mais informações: (11) 3093-2300

Data: 8 de fevereiro

 

8 de fevereiro de 2011

Em parceria com a Organização Mundial de Saúde pesquisador busca a cura para Doença de Chagas

A participação em conjunto com a OMS, somada à interdisciplinaridade do grupo de pesquisa, vem trazendo resultados animadores e otimistas para o tratamento da doença que afeta cerca de 16 milhões de pessoas ao ano

No Instituto de Física de São Carlos (IFSC), o grupo de pesquisa coordenado pelo docente, Adriano D. Andricopulo, preocupa-se e direciona suas pesquisas a um assunto preocupante, que tem pouca atenção da mídia, mas que faz milhões de vítimas: doenças infecciosas negligenciadas, onde se incluem a malária, leishmaniose, esquistossomose, dengue, entre outras, além da Doença de Chagas, a qual ganha atenção maior do professor.

A Doença de Chagas, descoberta, inclusive, por um cientista brasileiro, Carlos Chagas, foi diagnosticada há mais de um século, mas, até agora, não possui tratamento adequado ou cura. Sua incidência é em toda América Latina, porém a preocupação começa a aparecer, também, em países da América do Norte. O número médio de afetados gira em torno de 16 milhões, levando a cerca de 20 mil mortos. “É uma doença grave, de fato, pela morbidade que causa”, explica Adriano.

A doença é dividida em duas fases: na fase aguda, ou seja, inicial, onde os sintomas são febre, dores de cabeça, na maior parte das vezes a vítima confunde tais sintomas com gripes ou resfriado. “Na fase aguda, onde a cura ainda é possível, não se consegue diagnosticar a doença e, depois desses sintomas iniciais, o doente fica 10, 20 anos sem sentir nada. Passado esse período, os sintomas voltam, de forma mais grave, e já não há mais nenhuma alternativa terapêutica”, explica Adriano.

Graças aos esforços do professor e de seu grupo de pesquisa, do IFSC, a Organização Mundial de Saúde (OMS) convidou-os para fazer parte de seu Centro de Pesquisa, sediado no Brasil, e o primeiro da América Latina, que se preocupa com esse tipo de problema e sua erradicação.

Através do estudo de sistemas moleculares, que vão sendo preparados para atuar contra alvos vitais de sobrevivência dos parasitas, o grupo de pesquisa de Adriano, que também conta com a colaboração dos professores Otavio Thiemann, Rafael Guido e Glaucius Oliva, do IFSC, e Luiz Carlos Dias, da Universidade de Campinas (Unicamp), tem avançado de forma positiva em seus estudos.

As especificidades da pesquisa

Um medicamento, quando administrado, passa por diversas barreiras, em nosso organismo, para chegar até a via sistêmica. Percorrido esse caminho, é possível alcançar a proteína alvo, que é quando um fármaco consegue desenvolver seu efeito terapêutico, sua função de combate. “De nada adianta você encontrar uma molécula com grande potência para matar um parasita, se essa mesma estrutura química não contiver propriedades corretas para ter-se o processo de administração, distribuição, metabolismo e excreção, que é necessário para que o fármaco seja válido”, conta Adriano. Os estudos direcionados a descobrir esse “caminho” necessário que o fármaco irá percorrer, denominado estudo fármacocinético, também têm a atenção do grupo do pesquisador, e disponibiliza a primeira base de dados da América Latina, PK/DB, para acesso e acompanhamento de outros estudiosos do assunto.

Sobre os estudos de um medicamento que possa trazer a cura da doença de Chagas, o grupo de Adriano já desenvolve estudos in vitro, in vivo e a relação com a OMS e com os grupos da rede tem sido importantes e fundamentais para a evolução dos estudos.

Na pesquisa do docente, há vários aspectos inovadores: primeiramente, a grande interdisciplinaridade. Conta com pesquisadores de áreas diversas, como parasitologia, química medicinal e biologia molecular e estrutural. “A OMS desenvolve um sistema de projetos do tipo empresa farmacêutica, muito detalhado e estabelecido. Dessa rede, participam universidades importantes do mundo todo, com o nome da USP, que figura nessa lista. Há também a participação de diversas indústrias farmacêuticas, como a Merck, Pfizer e Farmacopeia, só para citar algumas”, diz Adriano. “A OMS consegue coordenar toda essa rede e fazê-la funcionar corretamente”.

A busca por uma nova alternativa terapêutica

No caso da doença de Chagas, o grupo de pesquisa de Adriano tem trabalhado com algumas proteínas-alvo do Trypanosoma cruzi, o agente causador da doença, isolando tais proteínas para, posteriormente, produzi-la e encontrar pequenas moléculas que possam inibir sua atividade, causando uma condição letal à sobrevivência e desenvolvimento do parasita. “Através de ensaios in vitro, realizados nos laboratórios, fazemos os testes com moléculas candidatas a fármaco, que irão inibir as enzimas responsáveis pela sobrevivência do parasita”.

Atualmente, uma média de 300 compostos foi sintetizada, com moléculas que já foram confirmadas como inibidoras. A próxima fase será trabalhar as propriedades fármacocinéticas, ou seja, a melhoria para percorrer todo o “caminho” num organismo infectado. “Precisamos observar diversas propriedades como absorção do composto, solubilidade, biodisponibilidade. Esse trabalho é conjunto e cada um dos grupos que faz parte da rede da OMS presta auxílio, cada um na parte que lhe cabe”. Adriano explica que a fase final, também chamada de fase clínica, quando empresas farmacêuticas irão financiar testes em seres humanos, dos possíveis candidatos a fármaco, deve ser acelerada. “Esse tipo de pesquisa é diferente das pesquisas acadêmicas. Busca-se com mais rapidez a aplicação dos estudos desenvolvidos”.

O docente afirma que o grande mérito de sua pesquisa consiste na integração de diferentes componentes, uma multidisciplinaridade raramente encontrada no Brasil e de forma tão consolidada. “A capacidade de trabalhar com moléculas sintéticas e fazer ensaios biológicos é algo difícil de encontrar e isso tem nos trazido credibilidade de grupos externos, onde se inclui a OMS”.

Projeções futuras

Em comemoração ao Ano Internacional da Química, os debates serão intensos. “Teremos a reunião anual da Sociedade Brasileira de Química, a Escola Avançada de Química, da FAPESP, e nesses eventos as atividades e discussões serão grandes, também com o objetivo de atrair estudiosos para essa área”, conta Adriano. “A pesquisa está muito favorável para 2011! Nosso maior desafio é encontrar um candidato clínico, ou seja, aquele que a indústria farmacêutica irá escolher para realizar testes em humanos. E nossa confiança nisso, no presente momento, é muito grande”, finaliza o docente.

Tatiana G. Zanon/Assessoria de Comunicação

Data: 8 de fevereiro

7 de fevereiro de 2011

Palestra no IFSC traz sustentabilidade como tema

No dia 10 de fevereiro, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC) irá receber a professora titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Virgínia Sampaio Teixeira Ciminelli, e o professor livre docente da Universidade de São Paulo, José Galizia Tundisi.

Os professores irão ministrar a palestra, “Recursos Minerais, Biodiversidade e Recursos Hídricos: Uma integração Necessária”, onde discutirão a integração e combinação dos tópicos recursos minerais, água e biodiversidade, em que o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Acqua- adota como novo paradigma, tendo a água como denominador comum de iniciativas, focadas em inovação, desenvolvimento científico e social e sustentabilidade.

Aproveitando a ocasião, será feito o lançamento do livro, “Recursos Hídricos no Século XXI”, de autoria dos docentes, José Galizia Tundisi e da Profa. Dra. Takako Matsumura Tundisi.

A palestra ocorrerá no auditório “Professor Sérgio Mascarenhas”, a partir das 19h30 e será gratuita e aberta ao público.

Assessoria de Comunicação

Data: 7 de fevereiro

3 de fevereiro de 2011

Pesquisador do IFSC é indicado ao prêmio “2000 Outstanding Intellectuals of 21st Century”

O pesquisador Adriano Andricopulo, do Grupo de Cristalografia do IFSC, acaba de ser nomeado para integrar a publicação intitulada “2000 Outstanding Intellectuals of 21st Century” (“Os 2000 Intelectuais de Destaque do Século 21”), a ser lançada pelo Internacional Bibliographical Centre (IBC – Cambridge – Centro Bibliográfico Internacional) até o final de 2011.

A publicação “Outstanding Intellectuals” é uma prestigiada série que vem sendo lançada desde 1978, sendo que cada entrada bibliográfica contêm informações pessoais, resumo da qualificação, publicações, nomeações, prêmios e honras. A “2000 Outstanding Intellectuals of 21st Century” será disponibilizada nas principais bibliotecas do mundo, incluindo a Library of Congress, em Washington, EUA, e a British Library, em Londres.

A inclusão de Andricopulo nas páginas do livro foi baseada em seus esforços e dedicação à área de Química Medicinal e Planejamento de Fármacos, com especial destaque às pesquisas relacionadas com as designadas doenças tropicais, principalmente a Doença de Chagas, que afeta a população mais pobre da América Latina e para a qual não existe ainda medicamento eficaz disponível, sendo classificada entre as “doenças negligenciadas”.

Além disso, Andricopulo foi ainda nomeado para concorrer a um prêmio para jovens pesquisadores, em 2012, atribuído pela maior editora de ciência e saúde do mundo, a Elsevier. O pesquisador foi selecionado na área de Química Biorgânica e Medicinal, ao lado de mais 20 pesquisadores que se destacam em criatividade e dedicação.

Adriano Andricopulo é professor associado da USP, pesquisador do Grupo de Cristalografia. Possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal de Santa Maria, mestrado e doutorado em Química Orgânica pela Universidade Federal de Santa Catarina e pós-doutorado em Química Medicinal pela University of Michigan. Atualmente é Coordenador do Laboratório de Química Medicinal e Computacional (LQMC).

É membro do Corpo Editorial de grandes publicações, como Medicinal Chemistry e Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, além de editor do Boletim Eletrônico da Sociedade Brasileira de Química.

Andricopulo é ainda Coordenador do Centro de Referência em Química Medicinal para Doença de Chagas da Organização Mundial de Saúde (WHO), Pesquisador Principal do Centro de Biotecnologia Molecular Estrutural (CBME, CEPID-FAPESP) e Pesquisador Principal do Instituto Nacional de Biotecnologia Estrutural e Química Medicinal em Doenças Infecciosas (INBEQMeDI) do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) do MCT/CNPq/FAPESP. Por último, Andricopulo é, atualmente, Secretário Geral da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), e membro Afiliado da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Assessoria de Comunicação – Tatiana Zanon e Nicolle Casanova

Data: 03/02/2011

3 de fevereiro de 2011

Vigésima sexta parada: Tesouraria

Ainda na Assistência Técnica Financeira (ATFn), encontra-se a Tesouraria, setor responsável em controlar todos os processos de pagamentos, recebimentos e empenhos por adiantamentos da Unidade.

O setor, que tanto atende a funcionários, alunos e, em alguns casos, docentes, responde, também, pela arrecadação de receitas diversas, emissão e assinatura de todos os cheques emitidos pela Tesouraria no setor, pagamento de bolsistas e convênios, entre outras funções. “É um trabalho que requer muita atenção! Fazemos a conferência e elaboração de todas as prestações de contas, referentes aos gastos dos departamentos, graduação e professores, além do fechamento diário de caixa, com lançamentos e controles informatizados”, explica Rossana Elen Gatto Borges, chefe do setor há 25 anos.

“Atendemos a todos, mas nosso principal público é, de fato, alunos e funcionários”, conta Rossana. Dois exemplos mais práticos. No caso de alunos, o setor recolhe taxas referentes à: segunda via do cartão de identificação, segunda via de histórico escolar, diploma em confecção especial, segunda via de defesas de doutorado, etc. Para funcionários terceirizados, o setor faz a emissão da segunda via de cartão, enquanto no caso de convênios, relacionados à Fundação de Apoio à Física e Química (FAFQ), a tesouraria faz o recolhimento de taxas de assessoria, só para citar algumas das tarefas que cabem ao setor que, no início de cada ano, atende o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e, esporadicamente, à Auditoria da USP.

A Tesouraria, que conta com dois funcionários, tem envolvimento direto com os setores de Contabilidade e Compras, trabalhando sempre em conjunto com os mesmos.

Tatiana G. Zanon/Assessoria de Comunicação

Data: 3 de fevereiro

2 de fevereiro de 2011

Parceria do IFSC com universidade portuguesa pode resultar em produção de transistor mais ecológico

Uma parceria de pesquisa, desenvolvida entre o Instituto de Física de São Carlos (IFSC), por meio do docente, Roberto Mendonça Faria, e a Universidade Nova de Lisboa, em Portugal, através da docente, Elvira Fortunato, atraiu a empresa brasileira, Suzano, considerada a maior produtora de papel e celulose da América Latina, a financiar os estudos realizados pelos docentes.

Enquanto, em Portugal, a empresa pretende financiar o projeto, referente à produção de transistores de papel- um tipo de eletrônica, ecologicamente correta-, no IFSC, o professor Faria comprometeu-se a fazer estudos das propriedades elétricas de papéis, fabricados pela Suzano, e utilizados em suas embalagens.

De acordo com reportagem, publicada pelo semanário português, “Expresso”, a intenção em produzir os transistores de papel é aperfeiçoar a matéria-prima para aplicações eletrônicas.

No entanto, Faria esclarece que se trata de dois projetos diferentes. “Através dos estudos realizados no IFSC, pretende-se conhecer as propriedades elétricas do papel, o que acabará sendo útil ao projeto da professora Elvira, uma vez que o projeto da docente com a Suzano é de confeccionar transistores em papel, para a futura aplicação do que viria a ser o papel eletrônico”, explica.

No grupo de polímeros do IFSC, Bernhard Gross, coordenado pelo professor, esse estudo está inserido dentro do projeto do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) e Eletrônica Orgânica.

Assessoria de Comunicação

Data: 2 de fevereiro

1 de fevereiro de 2011

Docente do IFSC pesquisa desenvolvimento de novo medicamento para cura da malária

Pesquisador traça panorama de uma das doenças que mais faz vítimas ao redor do globo e conta sobre sua colaboração para erradicá-la

É comum estarmos atentos ao que possa nos afetar diretamente. Paulistanos, por exemplo, na maior parte das vezes, têm conhecimento no que se refere às doenças pulmonares e dermatológicas e como evitá-las. Fato esse que se explica pelo contato frequente desses habitantes com gases poluentes, geridos pelos milhões de veículos que transitam pela capital diariamente.

Porém, se questionarmos esses mesmos paulistanos sobre doenças infecciosas, especificamente sobre a malária, doença que faz dois milhões de vítimas todos os anos, ao redor do planeta, provavelmente poucos terão conhecimento sobre ela, assim como suas causas e suas formas de contaminação (embora o assunto já tenha sido demasiadamente discutido ao longo dos anos e seja preocupante).

Tendo conhecimento detalhado sobre o assunto e noção da gravidade da doença, o pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), Rafael Victório Carvalho Guido, desde seu projeto de iniciação científica, até hoje, depois de concluir seu doutorado e pós-doutorado, busca a criação de um fármaco que possa curar a doença.

O que é e como se transmite a malária

A malária é uma doença causada por parasitas do gênero Plasmodium. Esse parasita necessita do nosso corpo para sobreviver e entra no organismo, através da picada de mosquitos do gênero Anopheles, popularmente conhecidos como muriçoca, sovela, mosquito-prego ou bicuda. A transmissão da doença ocorre quando o mosquito pica um indivíduo contaminado, pessoa ou animal, e assim ingere o parasita. Posteriormente, esse mosquito pica outra pessoa e, dessa forma, transmitirá a doença. “Sendo o Anopheles um dos elementos do ciclo, são utilizadas formas de erradicação do inseto para, consequentemente, controlar a transmissão da doença. Essa é uma das estratégias para se diminuir a incidência da malária”, explica Guido.

Tendo como maior foco a África, no mundo, e a Amazônia, no Brasil, justificado pelo subdesenvolvimento e pela quantidade de vegetação existente nesses locais- habitat natural dos mosquitos transmissores- é aí que se encontra maior incidência da doença. “Muitas vezes, as pessoas contaminadas não têm, ao menos, consciência disso. Quando começam a sentir mal-estar, febre alta, calafrios, suor excessivo e dor de cabeça confundem com uma gripe ou resfriado, não imaginando que estão contaminados, algumas vezes, por uma doença que pode ser mortal. Quando os sintomas aparecem mais evidentes, a pessoa acaba morrendo”, conta Rafael. “O subdesenvolvimento é um obstáculo para a cura da doença, pois sem dinheiro não é possível comprar medicamentos. E as crianças são as maiores vítimas”.

Por esse principal motivo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras organizações não-governamentais, já há algum tempo, passaram a investir em pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de novos medicamento para a cura da doença.

Métodos já existentes

De acordo com o docente, já há medicamentos para a cura da doença. No entanto, existe a chamada resistência, que é quando os parasitas, por aumentarem sua população muito rapidamente, acabam por gerar um ou outro que não sofra o efeito pretendido pelo medicamento. “A população humana demorou aproximadamente 50 anos para dobrar. Éramos 2,5 bilhões em 1950 e 6 bilhões em 2000. Já o parasita faz a mesma coisa em questão de dias, o que possibilita sua mais rápida adaptação ao meio, consequentemente, dificultando o controle da doença. Essa é a maneira que esses parasitas encontraram para sobreviver”.

Nos últimos anos, mais de 50% dos fármacos, liberados para tratamento de doenças parasitárias, são medicamentos para a malária. “O impacto causado pela malária é que justifica esse fato”, diz Guido. “Há um intervalo grande no lançamento de novos fármacos. O processo por si só já consome um tempo significativo, que vai de 15 à 20 anos, desde a descoberta do princípio ativo até a comercialização do medicamento final. No caso de doenças parasitárias, como a malária, esse processo é agravado, pois além de ser eficiente, o novo medicamento deve ser, necessariamente, de baixo custo. Isso porque aqueles que precisam do tratamento, na maior parte das vezes, são pessoas extremamente carentes e não têm dinheiro para adquiri-lo.”

Uma das estratégias que se tem, hoje, para o desenvolvimento de fármacos é saber como e onde ele funciona. “Procuramos alvos no parasita, ou seja, proteínas específicas, que são essenciais para a sua sobrevivência. Uma vez identificados esses alvos procuramos desenvolver pequenas moléculas que se ligam a ele alterando a sua função natural. Estamos tentando identificar esses alvos e desenvolver essas pequenas moléculas para que elas se liguem com alta eficiência nos alvos do parasita para que, dessa forma, o parasita não sobreviva no nosso organismo”, explica Guido.

A pesquisa

A pesquisa do professor é uma parceria com diversos pesquisadores da Universidade de São Paulo, e está inserida no projeto do Instituto Nacional de Biotecnologia e Química Medicinal em Doenças Infecciosas (INBEQMeDI).

O parasita, causador da malária, necessita de aminoácidos para sobreviver, e esses aminoácidos são encontrados na hemoglobina, molécula do nosso corpo responsável pelo transporte de oxigênio. No entanto, para conseguir os aminoácidos, o parasita precisa, primeiro, digerir a hemoglobina e, quando isso acontece, a hemoglobina libera não só aminoácidos, mas também a molécula Heme, que é tóxica ao parasita, em altas concentrações. Ao longo de sua evolução, porém, o parasita desenvolveu estratégias biológicas em que ele consegue reduzir a quantidade de Heme produzida, uma delas, é através da proteína Heme oxigenase (HO) que é muito importante para a sua sobrevivência.

Aí entra a chave da pesquisa: pretende-se inibir essa via que reduz a quantidade de Heme. A inibição da HO manteria elevada a concentração de Heme em níveis suficientemente tóxicos para eliminar o parasita.

No momento, a pesquisa de Guido encontra-se na fase de pesquisa básica, ou seja, “é preciso, primeiramente, conhecer o ‘inimigo’, descobrir seus pontos fracos para, posteriormente, atacá-lo”, explica. Para tanto, isola-se o gene que codifica a HO do Plasmodium para, posteriormente, colocá-lo em bactéria, ou seja, um outro organismo. A bactéria é capaz de produzir grandes quantidades da HO para que possamos estudá-la. Por fim, extraímos essa proteína da bactéria e isolamos para tê-la com alta pureza. “Conhecendo-se a estrutura 3D do alvo poderemos planejar pequenas moléculas que se encaixem no sítio ativo da HO e assim inibir a sua função bioquímica”, esclarece Guido.

O docente tem boas expectativas. “Em 2010, avançamos bastante. Conseguimos uma produção significativa de proteína, então já temos substância para trabalhar e desenvolver os estudos estruturais e de química medicinal. E, embora estejamos distante do objetivo final, ou seja, desenvolver um fármaco para o tratamento da malária, os avanços que tivemos são bastante animadores”, conclui.

Tatiana G. Zanon/Assessoria de Comunicação

Data: 1 de fevereiro

1 de fevereiro de 2011

Diretores são reconduzidos

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin nomeou para novos mandatos de três anos os diretores da Fapesp Carlos Henrique de Brito Cruz (diretor científico) e Joaquim José de Camargo Engler (diretor administrativo). Ambos foram reconduzidos para exercer funções no Conselho Técnico-Administrativo da instituição.
As nomeações para novos mandatos são fundamentadas nos parágrafos únicos dos artigos 13 da Lei 5.918-60 e 14 dos Estatutos da Fapesp, aprovados pelo Decreto 40.132-62, e foram publicadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo de 21 de janeiro de 2011.

Brito Cruz é professor no Instituto de Física Gleb Wataghin, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Graduou-se em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica, e obteve os títulos de Mestre em Ciências e Doutor em Ciências no Instituto de Física Gleb Wataghin da Unicamp. Brito Cruz é membro da Academia Brasileira de Ciências desde 2000.

Além disso, Brito Cruz já ocupou cargos importantes como diretor do Instituto de Física Gleb Wataghin (1991 a 1994 e 1998 a 2002) e pró-reitor de Pesquisa da Unicamp (1994 a 1998), direitor da Unicamp de abril de 2002 a abril de 2005 e presidente da Fapesp de 1996 a 2002. É diretor científico da Fapesp desde abril de 2005.

Engler é engenheiro agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), na qual é professor titular do Departamento de Economia, Administração e Sociologia. Também é Doutor em Agronomia pela Esalq, Master of Science (MS) e Doctor of Philosophy (Ph.D.) em Economia Agrícola pela The Ohio State University, nos Estados Unidos.

Entre os cargos de importância que ocupou, foi diretor da Esalq, coordenador da Comissão de Especialistas de Ensino de Ciências Agrárias do Ministério da Educação, coordenador de Administração Geral da USP, coordenador e Prefeito do Campus da USP em Piracicaba, diretor do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) e chefe de gabinete do reitor da USP. Foi professor visitante do Centro de Estudos de Economia Agrária do Instituto Gulbenkian de Ciência de Portugal.

Assessoria de Comunicação

Data: 01 de fevereiro

31 de janeiro de 2011

Mudança de salas para o bloco G

Com a finalização das obras do novo bloco G, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), alguns professores e alunos mudaram-se para as novas salas do referido bloco.

Segue, abaixo, a relação dos que já se mudaram para o bloco G, informada pela chefia da Física e Ciência dos Materiais (FCM):

– Prof. Dr. José Eduardo Martinho Hornos – sala 24 – ramal 9848 
– Prof. Dr. Esmerindo de Sousa Bernardes – sala 23 – ramal 9831 
– Prof. Dr. Reginaldo de Jesus Napolitano – sala 26 – ramal 9820 
– Secretaria – sala 25 – ramal 9848 – das 14:00 h às 18:00 h 
– Bolsistas – sala 27 – ramal 9719.

Assessoria de Comunicação

Data: 31 de janeiro

28 de janeiro de 2011

Glaucius Oliva é empossado por Ministro da Ciência e Tecnologia

correu no último dia 27, quinta-feira, na nova sede do CNPq em Brasília, a posse do novo presidente da instituição, o professor Glaucius Oliva, do Instituto de Física de São Carlos.

O novo presidente do CNPq, além de ex-diretor do IFSC, é criador e coordenador do Laboratório de Cristalografia de Proteínas e Biologia Estrutural do IFSC, onde ainda hoje é professor titular. Também coordena o CEPID “Centro de Biologia Molecular Estrutural (CBME)” da FAPESP e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Biotecnologia Estrutural e Química Medicial em Doenças Infecciosas do MCT/CNPq, Ministério da Saúde e FAPESP (INBEQMeDI).

Em seu discurso de posse, Oliva chamou atenção para os avanços da ciência brasileira nos últimos anos, que hoje é responsável por 2,7% da ciência mundial e já é reconhecida como grande potência em áreas do conhecimento como a agricultura tropical, a geofísica e a engenharia associada à prospecção de petróleo e gás em águas profundas, e a parasitologia.

A comunidade científica e tecnológica também tem crescido consideravelmente, do que é prova o próprio CNPq, que tem cadastrados em sua Plataforma Lattes cerca de 1,7 milhões de currículos, dentre os quais 135 mil são doutores e 237 mil são mestres. O censo de 2010 do Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) registrou em 2010 mais de 27 mil grupos de pesquisa pelo Brasil.

Mais especificamente sobre o CNPq, Oliva ressaltou os investimentos do ano de 2010: R$ 1,85 bilhão aplicado em formação de recursos humanos e fomento à pesquisa, além do custo operacional da instituição que é inferior a 5% do orçamento. Segundo ele, o CNPq criou, no passado, mais de 14 mil bolsas de iniciação científica, mil bolsas de produtividade em pesquisa e 4 mil de mestrado e doutorado, além de oferecer 7 mil bolsas de fomento tecnológico e um programa integralmente dedicado às empresas. No fim do ano, ainda, o CNPq inaugurou sua nova sede em Brasília, que deverá suprir suas necessidades administrativas pelas próximas décadas.

Também discursaram durante a solenidade o ex-diretor Carlos Aragão, que ocupou a posição durante um ano e dedicou grandes esforços para a área de inovação e para a internacionalização da Agência, e o ministro da Ciência e Tecnologia Aloizio Mercadante. Na fala do último, salientou-se as contribuições do CNPq, durante seus 60 anos de existência, para a formação da inteligência do Brasil, e também os critérios responsáveis pela atribuição do cargo da presidência do Conselho ao professor Glaucius Oliva, citando sua longa e reconhecida carreira acadêmica e sua experiência como diretor de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais da Agência.

O ministro também falou acerca dos desafios e metas da nova gestão, como a divulgação científica com fins de despertar o interesse da nova geração. Destacou a Inovação como melhor arma contra a pobreza e a desigualdade de renda no Brasil.

Na página do CNPq, é possível visualizar o discurso completo do novo diretor.

Nicolle Casanova – Assessoria de Comunicação do IFSC

Fonte: Assessoria de Comunicação do CNPq

Data: 28 de janeiro

28 de janeiro de 2011

Curso “Divulgação Científica e Ensino de Ciências” abre inscrições dia 1° de fevereiro

O curso de extensão universitária “Divulgação Científica e Ensino de Ciências”, oferecido pelo Centro de Divulgação Científica e Cultural da USP, abrirá inscrições no próximo dia 1° fevereiro. O prazo será até o dia 7 de fevereiro, e a ficha de inscrição já está disponível na página online do CDCC. Há 30 vagas disponíveis.

A programação do curso foi elaborada principalmente para alunos de graduação, com o objetivo de articular conteúdos de divulgação da ciência e do ensino de ciências, desenvolvendo estratégias de mediação através dos conceitos e métodos trabalhados ao longo do curso.

O curso terá carga horária de 40 horas, distribuídas em cinco encontros de 8 horas. As aulas serão realizadas no CDCC, com início no dia 14 de fevereiro e término no dia 18 de fevereiro.

Veja abaixo a programação completa do curso.

Assessoria de Comunicação

Data: 28 de janeiro

27 de janeiro de 2011

Sistema de Empréstimo Unificado nas Bibliotecas da USP

Será efetivamente implementado, a partir do próximo dia 01 de fevereiro, o Sistema de Empréstimo Unificado nas Bibliotecas da USP.

Confira as alterações importantes relativas a prazos e quantidades de empréstimos de materiais:

EMPRÉSTIMO UNIFICADO NAS BIBLIOTECAS DA USP, INSTITUÍDO PELA PORTARIA GR-4.830,

PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DE 01.10.2010.

O QUE MUDA?

1 – O usuário poderá retirar material bibliográfico em quaisquer bibliotecas do SIBUSP localizadas nas unidades, nos órgãos de integração e nos órgãos complementares, salientando-se que o empréstimo já era unificado no Campus de São Carlos.

2 – Alteração na quantidade de material a ser retirado e no prazo de devolução que deverão ser observados por todos os usuários:

  

3 – A não devolução ou renovação do material, na data de seu vencimento, implicará na suspensão pelo prazo de 01 dia para cada dia em atraso e por item atrasado.

4 – Alteração no número de reservas e renovações: máximo 03 reservas e 03 renovações;

5 – Uso de senha numérica para validação do empréstimo após leitura do código de barra do cartão USP. Inicialmente esta senha será os 04 últimos dígitos do cartão USP e a alteração desta só poderá ser feita no balcão de empréstimo da Biblioteca.

Em caso de dúvida contate: Fone:(16) 3373-9778/9779/9782;

Email: empbib@ifsc.usp.br

Atendimento online: http://www.biblioteca.ifsc.usp.br

Assessoria de Comunicação

Data: 27/01/2011

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