Notícias

9 de novembro de 2011

Inscrições têm início essa semana

De 10 de novembro a 2 de dezembro, estarão abertas as inscrições para o programa “Ciência sem Fronteiras” do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), dirigido aos alunos inseridos em programas de iniciação científica.

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) foi contemplado com duas bolsas e os interessados devem dirigir-se à Assistência Técnica Acadêmica (ATAc) das 10 às 12 horas ou das 14 às 16 horas, durante o período fixado anteriormente.

O intercâmbio deve ter início, impreterivelmente, até o dia 5 de março de 2012.

Para serem eleitos, os inscritos devem encaixar-se em alguns critérios, como:

-bom desempenho acadêmico;

-são ou tenham sido bolsistas de Iniciação Científica: bolsas PIBIC, IC da FAPESP e bolsas da Reitoria da USP de cunho acadêmico;

– o programa de mobilidade deve se enquadrar em uma das áreas prioritárias do edital do CNPq, cuja lista está disponível no endereço eletrônico http://www.cienciasemfronteiras.cnpq.br/web/guest/oprograma, link “Áreas prioritárias”.

Documentos obrigatórios para inscrição:

-Ficha de inscrição;

-Cópia do CPF;

-Currículo Lattes atualizado;

-Comprovante de aceite da Instituição de destino, com as seguintes informações: nome do candidato à bolsa, período de permanência na Instituição e idioma exigido;

Plano de atividades;

Comprovante ou declaração do coordenador de proficiência do idioma do país ou de língua inglesa.

As bolsas deste edital não incluem taxas. Informações adicionais sobre valores de bolsas e demais benefícios podem ser consultadas pelo endereço http://www.cienciasemfronteiras.cnpq.br/web/guest/oprograma, link “Modalidades de bolsa no Exterior” > “Graduação Sanduíche no Exterior (SWG)”.

Assessoria de Comunicação

8 de novembro de 2011

Como a Física pode salvar nosso planeta

Dos motivos que estão, literalmente, fazendo a Terra ferver, algumas soluções tem se mostrado eficientes em salvá-la e deixar nosso dia-a-dia mais ameno.

Mas, se o homem, até agora, teve poder para transformar o meio ambiente num lugar menos aprazível, ele pode, com as ferramentas certas e estudos muito bem direcionados, encontrar alternativas que melhorem o cenário que, ao longo dos anos, ele próprio tem destruído.

Esforços multidisciplinares têm sido feitos. Através da biologia, química, engenharia e, inclusive, física, ferramentas têm sido aperfeiçoadas, em busca de alternativas inteligentes e eficientes para melhorar o ambiente que nos cerca.

O físico e as energias alternativas

Frmula-1Alguns fatos da atualidade têm contribuído, significativamente, para o aquecimento global. O crescimento populacional desenfreado, especialmente nos países de baixa renda, acompanhado do aumento do consumo nesses países e, consequentemente, da emissão de gases poluentes na atmosfera, tem direcionado estudiosos a buscar combustíveis mais limpos para mover, principalmente, veículos automotores. “Atualmente, 12 a 13% dos combustíveis que vem sendo produzidos, no mundo, são de fontes alternativas de energia. O destaque vai para energia solar, eólica e de biomassa. Todas podem ser aproveitadas e repostas no meio ambiente”, conta Igor Polikarpov, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e pesquisador de combustíveis alternativos.

Para produção desse tipo de energia, diversos processos físicos estão, diretamente, envolvidos. Transformar a biomassa em combustível envolve hidrólise enzimática; transformação de fótons de luz solar em energia elétrica envolve materiais semicondutores e transistores; produção de energia eólica passa por processos de engenharia, com forte embasamento em processos físicos. “Estuda-se, atualmente, o movimento mecânico de ondas do mar acoplados a geradores de eletricidade como uma nova forma de produzir energia elétrica”, conta Igor.

A mais nova e uma das mais promissoras fontes de energia alternativa, onde os projetos de Igor estão, diretamente, envolvidos, é através de biomassa, que utilizam bagaço da cana e cascas de eucalipto como matéria-prima para produção de biocombustíveis. “O conhecimento sobre processos de pré-tratamento de biomassa, desenvolvimento de catalisadores que vão desestruturá-la, possibilidades de extração de combustível da própria biomassa, tudo se utilizará de ferramentas físicas para que sejam bem-sucedidos”.

Para o pesquisador, não só desenvolver novos combustíveis, mas, sobretudo, utilizá-los de maneira racional, é uma premissa importante para que o aproveitamento seja efetivo. “De nada adianta produzirmos muita energia alternativa, mas desperdiçá-la. No mundo afora, físicos já trabalham, também, nesse quesito: desenvolver energia elétrica e usá-la de maneira inteligente”.

Ele exemplifica com a atual produção de carros híbridos- que funcionam com gasolina e energia elétrica. “Tenho certeza que, para preservação do meio ambiente, a solução se encontra nos estudos de conceitos básicos de físicas, com a aplicação de energia renovável e seu uso otimizado”, afirma Igor.

O físico e o saneamento básico

A degradação do meio ambiente é acelerada pela falta de saneamento básico, no Brasil e no mundo. A poluição gerada pelo lixo mal direcionado ou, simplesmente, pela precária infraestrutura, é um problema. “Não temos plataformas bem desenvolvidas para o tratamento de esgoto. Países desenvolvidos não têm esse problema tanto quantos aqueles em desenvolvimento, como Índia e China. Isso, de certa maneira, força o estudo de tecnologias voltadas para resolver problemas desse tipo, como o tratamento de água poluída”, explica Igor. “Nisso o físico entra para trabalhar no estudo das propriedades de materiais nanoestruturados, por exemplo”.

O estudo de materiais e processos físicos serve, quase, como o alicerce para solucionar os diversos- e crescentes problemas- relacionados ao meio ambiente. Mas, é óbvio que profissionais de diversas áreas estão fazendo esforços conjuntos. “É importante frisar que, além de estudos fundamentais relacionados à física, outros, que transcendam uma única disciplina, são essenciais. Meio ambiente envolve, necessariamente, química, biologia, física, engenharia etc. A maioria dos estudos são, tipicamente, interdisciplinares e supra departamentais”, esclarece Igor.

IgorPorém, mesmo tendo-se em mente a importância de outras áreas, diversas leis de física é que guiam e descrevem muitos processos conhecidos por todos nós: as leis de mecânica de fluidos impactam os trabalhos de “catadores de vento”; leis que de descrevem efeitos fotovoltaicos, como absorção e transferência de luz, interferem no funcionamento das placas de energia solar; processos hidro e aerodinâmicos são, novamente, guiados por muitas leis de física (entre elas, a mais conhecida, certamente, é a lei de Newton).

Mas, uma coisa é certa: não são, somente, químicos, físicos, biólogos e engenheiros que poderão salvar nosso planeta. É necessário um esforço conjunto. Pesquisadores já estão fazendo a parte deles, mas e você? Já está fazendo a sua?

Assessoria de Comunicação

8 de novembro de 2011

Em São Carlos, o céu está muito perto

halleyO ano de 1986 foi marcado, na Astronomia, pelapassagem do Cometa Halley (veja foto ao lado), um cometa periódico que pode ser observado na Terra a cada 76 anos, quando atinge o ponto mais próximo do Sol. Neste ano, a Astronomia foi muito mais incentivada, já que, com quase 30 anos de era espacial, uma frota de espaçonaves pôde ser enviada para observar o fenômeno, e muitos centros astronômicos puseram-se em alerta para registrar sua passagem. Em especial, em meio à motivação dos centros astronômicos, uma atitude tomada repercute positivamente até os dias de hoje – a doação de um telescópio, pelo Instituto Astronômico e Geofísico da USP, ao campus da USP em São Carlos.

A partir daí, muita coisa estava pra acontecer. Uma equipe de docentes e dirigentes se encarregou das instalações do telescópio, um Refrator Grubb 204/3000 de montagem equatorial alemã, em um novo prédio, cujas construções iniciais contaram com o apoio financeiro da USP, do CNPq e de indústrias da cidade de São Carlos. O CDA (Centro de Divulgação de Astronomia) foi inaugurado, então, no dia 10 de abril de 1986, no âmbito do CDCC (Centro de Divulgação Científica e Cultural), então dirigido pelo Prof. Dr. Dietrich Schiel, com o apoio dos diretores do antigo Instituto de Física e Química de São Carlos, Prof. Dr. Milton Ferreira e Prof. Dr. Roberto Leal Lobo e Silva. À época, o Observatório do CDCC era uma réplica em pequena escala de um observatório profissional, mas hoje em dia, com grandes avanços em infraestrutura e importantes projetos voltados à comunidade, o CDA já atinge as condições mínimas de operacionalidade de um observatório profissional, e é um dos setores mais dinâmicos do CDCC.

cda02

A Astronomia

Um Observatório é, para os astrônomos, um instrumento e um método privilegiado de investigação científica. Segundo a definição dada pelo Prof. Dr. Valter Líbero, coordenador do CDA e vice-diretor do CDCC, basicamente, a Astronomia é a área da ciência que estuda o Universo, sua formação, sua evolução e seu futuro. Para isto, os pesquisadores se empenham em exaustivas observações a fim de obter respostas aos mecanismos de funcionamento dos fenômenos físicos que ocorrem dentro e fora da Terra, ou em sua atmosfera, e a todos os objetos que são observados no céu. Além disso, as observações do céu e do espaço não são úteis apenas para a Astronomia, mas também fornecem informações essenciais para a verificação de teorias fundamentais da física, como a teoria da relatividade geral. Para se ter idéia, esta disciplina é um dos poucos ramos da ciência no qual observadores independentes, ou amadores, possuem um papel muito ativo, principalmente no que diz respeito à descoberta ou monitoração de fenômenos astronômicos temporários. Em 2010, por exemplo, um astrônomo amador britânico capturou imagens importantes de um cometa se despedaçando e liberando no espaço um pedaço de gelo que se equipara ao tamanho de uma montanha. Em 1999, um advogado brasileiro testemunhou um fato incomum: a Nova da Constelação da Vela, ou seja, uma explosão estelar que lança uma quantidade absurda de energia no espaço e aumentou a luminosidade da Vela 350.000 vezes.

Veja alguns dos equipamentos disponíveis no Observatório da USP – São Carlos

refratorgrubb01

refratoramateur

refratortelementor

 

Pesquisas brasileiras

No Brasil, a Astronomia tem um bom desenvolvimento, com astrônomos participando de projetos importantíssimos, de nível internacional. Um exemplo notável é o telescópio SOAR (Southern Observatory for Astrophysical Research), localizado no Chile, no qual pesquisadores brasileiros não apenas participam enquanto usuários, mas fazem parte do processo de construção e desenvolvimento dos equipamentos. Além disso, equipes brasileiras também integram as pesquisas do Telescópio Espacial Hubble, lançado no espaço pela NASA em 1990, e também do Observatório Gemini, localizado nas montanhas do Havaí e do Chile. De colaborações deste tipo, sempre saem bons dados, boas análises e resultados importantes, fazendo com que o Brasil de fato acompanhe lado a lado as pesquisas mundiais. Segundo Líbero, o principal problema que esta linha de pesquisa encontra, assim como a maioria das pesquisas científicas e tecnológicas no país, é a falta de recursos financeiros. Ainda assim, ele afirma que “nós dispomos de tecnologia e recursos humanos, por isso a participação do Brasil é elogiável, com centros muito respeitáveis”.

No Instituto de Física de São Carlos, não há pesquisas voltadas especificamente para a Astronomia, mas há pesquisadores empenhados em linhas de pesquisa correlatas. O Prof. Luis Vitor de Souza Filho, que investiga a área de Astrofísica, o Prof. Daniel Vanzella, que de alguma forma envolve Cosmologia em sua pesquisa, e a Profª Cibelle Celestino Silva que, investigando o ensino de ciências, utiliza o Observatório para coletar dados sobre espaços não formais de aprendizagem.

Formação

Com estas contribuições recentes do país para a área, o cenário de formação deste tipo de profissional vem sendo devidamente ampliado. Tradicionalmente um curso de pós-graduação, fazendo com que os estudantes aprofundassem seus conhecimentos na área mais tarde em sua carreira, os estudos em Astronomia agora podem ser empreendidos mais cedo, já que o IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP) já dispõe de uma habilitação nesta área dentro do curso de Física, e também criou um bacharelado em Astronomia em 2008, recebendo sua primeira turma em 2009. Até então, o único curso de graduação em Astronomia do Brasil era o do Observatório do Valongo, do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Isto indica uma mudança na visão acadêmica sobre a área, que começa a se emancipar de outras ciências. “A Astronomia tem características próprias, e não podemos descartar o encaminhamento da carreira dos estudantes”, afirma Líbero, que já teve alunos de graduação no IFSC que se especializaram em Astronomia no IAG e que hoje são profissionais na área e desenvolvem trabalhos intensos de divulgação científica.

A divulgação desta área de pesquisa parece ser uma grande prioridade na cidade de São Carlos, que conta com um grande número de profissionais empenhados na causa astronômica. De fato, não há, aqui, o desenvolvimento efetivo de pesquisas. A divulgação, no entanto, é uma batalha diária, no sentido de introduzir a Astronomia como uma disciplina de formação e, também, como um estímulo à observação de fenômenos naturais, uma realidade próxima aos alunos e, por isso, relevante. O currículo do Ensino Básico, antigamente, trabalhava com esta disciplina de uma forma mais intensa, mas algumas reformas no sistema de ensino colocaram este tópico em segundo plano. “Hoje em dia, nos cadernos do Ensino Fundamental e Médio, tem-se uma leve preocupação com o resgate da Astronomia, não só da disciplina em si, mas da disciplina enquanto motivadora para Física e Matemática”, comenta Líbero. “Esta é uma faceta muito interessante da disciplina, o que torna muito mais fácil o trabalho com seus tópicos. Todo mundo tem curiosidade sobre o Universo, todo mundo tem uma pergunta pra fazer, seja de onde viemos, se há vida em outros planetas, ou de quê o planeta é formado. Mesmo as pessoas com nível de formação mais baixo compartilham desta dúvida, e nós não temos uma resposta precisa – é daí que vem o apelo da Astronomia”, completa o coordenador.

valterlibero

É devido aos incansáveis trabalhos de divulgação, às tentativas de inserir o tema da Astronomia – tão procurado – no sistema de ensino, às programações convidativas e à disponibilidade do Centro que Líbero acredita que o CDA já faz parte do calendário educativo e cultural da cidade de São Carlos. “É um orgulho pra nós que façamos parte da programação das escolas e das pessoas, uma honra”, reflete o pesquisador. Esta aproximação mais íntima pode ser o início da dissolução da idéia comum de que a Universidade é algo intimidante e que não faz parte do universo da maior parte das pessoas, o que acaba afastando a população da informação e do conhecimento que são ali disponibilizados, gratuitamente. Afinal, a Universidade tem de servir à comunidade. “O Observatório é da população, a Universidade é da população, pertence a eles”, completa Líbero.

 

Funcionamento

Durante a semana, o Observatório Astronômico recebe visitas de turmas de Ensino Fundamental e Médio, que são pré-agendadas no início do ano. Segundo o coordenador do CDA, esta agenda é lotada em poucas semanas, com visitas agendadas até o fim do ano. “Isso é ótimo e indica que as escolas de São Carlos contam com a gente, inserem o Observatório em seu calendário todos os anos”, comenta ele. Segundo as estatísticas, cerca de cinco mil estudantes passam pelo CDA todo ano. E, para dar força a essa colaboração, no próximo ano será confeccionada uma cartilha com os serviços oferecidos pelo CDA, para que os professores saibam exatamente o que é disponibilizado pela equipe e possam planejar com antecedência suas aulas e o conteúdo trabalhado durante a visita.

Nos fins de semana (sexta-feira, sábado e domingo), a visitação ao Observatório é livre. Com palestras, mini-cursos e observações na cúpula, o prédio fica aberto durante todo o dia e todos são bem-vindos.

Todas as atividades são desenvolvidas pelos monitores do Observatório, que são alunos de todo o campus, matriculados nos mais diversos cursos. Atualmente, nove monitores (sendo três voluntários) trabalham na criação e no desenvolvimento da programação, entre físicos, químicos e engenheiros aeronáuticos.


cda2011

Planos futuros

No próximo ano, além da cartilha oferecida às escolas, há planos de estabelecer uma programação regular de sessões de cinema, voltadas para o ensino. “Também queremos intensificar a Observação Solar”, afirma o coordenador, que quer atrair mais visitantes e desfazer a imagem de que só é possível observar o céu durante a noite. Os cursos para professores de Ensino Básico, como o que foi oferecido no ano passado, também devem ser repetidos, devido ao grande sucesso da última edição.

Além disso, aproveitando o ensejo da comemoração dos 30 anos do CDCC em 2010 e dos 25 anos do CDA em 2011, a coordenação do Observatório resolveu fazer uma homenagem a uma figura muito importante em todo este cenário, que é o Prof. Dr. Dietrich Schiel, o mentor destes centros. O Observatório será batizado com o seu nome, no dia 2 de dezembro, o dia internacional do astrônomo. Aguarde maiores informações!

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Alunos visitam Angra II

Em 31 de outubro, 41 alunos dos cursos de graduação, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tiveram a oportunidade de fazer uma viagem didática à Usina Angra II (Rio de Janeiro).

Os estudantes, acompanhados do funcionário do IFSC, Cláudio Boense Bretas, e do aluno e gestor do IFSC Jr., Daniel Pizetta, visitaram as dependências da Usina, incluindo o Centro de Informações, o Simulador e o Laboratório de Monitoração Ambiental.

O passeio foi realizado nos períodos da manhã e tarde. Os custos (visita e viagem) foram arcados pelo próprio Instituto.

Clique aqui para visualizar algumas fotos.

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Professor Nicolelis atrai público recorde e encerra programação do ano

O ciclo de palestras “Café com Física” realizou neste dia 22 de novembro a última edição de sua programação de 2011. O palestrante convidado foi o renomado Prof. Miguel Nicolelis, que atualmente coordena um centro de pesquisa em Neurobiologia no Centro Médico da Duke University (Durham, EUA), na área de fisiologia de órgãos e sistemas, e aqui dissertou sobre o tema “Computing with neural ensembles”.

Sobre o palestrante

Miguel Nicolelis é um médico e cientista brasileiro. Foi considerado um dos 20 maiores cientistas do mundo no começo da década passada, segundo a revista “Scientific American”, além de considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009. Nicolelis é o primeiro cientista a receber da instituição americana no mesmo ano o Pioneer e o Transformative R01 e o primeiro brasileiro a ter um artigo publicado na capa da revista Science.

Atualmente seu foco de trabalho mais instigante é a tentativa de integrar o cérebro humano com máquinas (neuropróteses ou interfaces cérebro-máquina). O objetivo das pesquisas é desenvolver próteses neurais para a reabilitação de pacientes que sofrem de paralisia corporal. Nicolelis e sua equipe foram responsáveis pela descoberta de um sistema que possibilita a criação de braços robóticos controlados por meio de sinais cerebrais. O trabalho está na lista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) sobre as tecnologias que vão mudar o mundo.

Nesta palestra, o pesquisador falou acerca de uma série de recentes experimentos que demonstram a possibilidade de usar modelos computacionais em tempo real para investigar como conjuntos de neurônios codificam a informação motora. Os resultados dstes projetos recentes revelaram que as interfaces cérebro-máquina podem ser usadas não apenas para estudar aspectos fundamentais da fisiologia neural, mas também servir como um paradigma experimental para testar o design de neuropróteses modernas.

DSC02577

O tema, de muito interesse e curiosidade para a população em geral, atraiu quase 100 pessoas na platéia do Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas.

Sobre o programa

O Café Com Física é um ciclo de palestras que discute de maneira específica temas transversais de interesse para os cursos de graduação e pós-graduação das Ciências Exatas. A programação deste ano termina com a palestra de Nicolelis, mas no próximo semestre as atividades serão retomadas. Fique atento.

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Deputado Estadual Roberto Massafera, empresário Paulo Altomani e Vereador Marquinho Amaral

O IFSC-USP recebeu na última sexta-feira, dia 18 de novembro, a visita do Deputado Estadual Roberto Massafera, que esteve acompanhado pelo Vereador Marquinho Amaral e pelo empresário Paulo Altomani, tendo a comitiva sido recebida pelo diretor do Instituto, Prof. Antonio Carlos Hernandes.

Na ocasião, o diretor do IFSC traçou uma panorâmica resumida do trabalho que se desenvolve no instituto, tendo enfatizado o desejo que a instituição se relacione amplamente com todos os órgãos do poder público, por forma a que algumas demandas da sociedade possam ter sucesso através do trabalho do IFSC.

com_corte

Para Antonio Carlos Hernandes “(…) a interligação direta com a sociedade tem tido algumas dificuldades e isso é prejudicial. Por outro lado, uma vez que a cidade de São Carlos é já oficialmente a Capital da Tecnologia, acho que deveriam ser criados espaços públicos ou mesmo museus dedicados à Ciência, Tecnologia e Inovação, de forma a que os estudantes mais jovens possam se entusiasmar pelas ciências. O IFSC-USP quer contribuir ativamente para isso, numa visão de educação global na área da educação (…)”

Os visitantes confirmaram a intenção de, num futuro próximo, poder ser instalada uma FATEC, próxima ao Campus II da USP, em São Carlos, aproveitando os inúmeros laboratórios que aí serão instalados.

Na oportunidade, todos os presentes visitaram a Sala do Conhecimento, um espaço dedicado a recepcionar estudantes de ensino médio no IFSC, que despertou o interesse do Deputado Massafera em colaborar na divulgação do projeto na Assembleia Legislativa.

 

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Muito além de um saboroso prato culinário

Através de estudos protagonizados por siris, pesquisadores descobrem uma maneira mais detalhada e refinada de trabalho do organismo, que pode revolucionar o modo como entendemos o cérebro humano

Siri-1Uma nova descoberta poderá revolucionar os estudos relacionados ao cérebro humano. Coordenado pelo docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Reynaldo Daniel Pinto, o Laboratório de Neurobiofísica do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada descobriu, ao longo de cinco anos de estudos, que o cérebro conta com uma importante maneira de codificar (representar, sob forma de pulsos elétricos) informações entre ele e todas as ações realizadas no corpo.

A conclusão foi tirada através de estudos que se utilizaram de siris, como cobaia. O crustáceo em questão foi escolhido pela simplicidade de seu sistema nervoso e por possuir neurônios que funcionam por mecanismos muito similares aos nossos. “Estudamos o gânglio estomatogástrico do siri, responsável por bombear a comida ao corpo, o equivalente ao nosso movimento peristáltico”, conta Reynaldo.

Os pulsos elétricos que representam o movimento motor do estômago do siri, embora constantes, apresentaram uma peculiaridade: variações que, em princípio, foram consideradas, por diversos estudiosos, sem importância.

Foi, justamente, nesse ponto, que Reynaldo e seus colaboradores se focaram, descobrindo que tal variação assume importância significativa. “Usamos um computador para simular o neurônio biológico do siri. Aquilo que os cientistas acreditavam ser insignificante, ao que chamaram de ‘ruído’, exerce papel fundamental no organismo em questão: além da função motora, ele codifica, simultaneamente, o que faz o outro neurônio ligado a ele”, explica o docente.

Oscilações mostradas em eletrocardiogramas são muito parecidas com aquelas que analisam os movimentos motores do estômago dos siris. Da mesma forma, a ação motora do gânglio estomatogástrico, tão rápidas quanto batidas do coração humano, acusam variações nos pulsos elétricos. Mas estas, até então, eram consideradas sem função. “Pensava-se que o cérebro do siri não tivesse conhecimento dessas variações, justamente por serem muito pequenas”, conta Reynaldo.

O Grupo de professor passou a analisar mais cautelosamente tal circuito e foi quando chegou a interessantes conclusões. Observaram que um único neurônio fazia o papel de uma “central telefônica”, enviando ao cérebro ações realizadas por outros órgãos do siri, em seu organismo. Ou seja, os “ruídos” descritos anteriormente, considerados, por muitos estudiosos, sem função, são, na realidade, de extrema importância. “Se qualquer informação chega ao cérebro, ela vem tanto do músculo quanto do neurônio intermediário, que, por sua vez, contém o comando dado pelo músculo e gera um ritmo periódico para o funcionamento do sistema”, explica Reynaldo.

No entanto, sobre o intermediário, foi feita outra interessante observação: o neurônio em questão não só avisa o cérebro sobre o que está acontecendo, como também entra em detalhes. Avisa quando a ação foi realizada e seu autor, poupando o cérebro de um contato imediato com cada um dos órgãos. “Nosso grupo foi capaz de comprovar essa ‘nova função’ do neurônio, em siris e lagostas. Espera-se que esse resultado seja, também, encontrado em neurônios de outras espécies, incluindo a nossa”, afirma Reynaldo.

E a gente com isso?

Siri-3A maneira de entender como o cérebro controla as coisas pode ser totalmente alterada depois disso. “Imagine que você está andando e o cérebro sabe que você contraiu um músculo da coxa. Se contraiu demais ou de menos, ele precisa saber e sensores espalhados no músculo passam tal informação. Mas, essa informação não será passada diretamente. Algum neurônio é que fará esse intermédio e o cérebro, além do acesso a essa informação, tem conhecimento sobre o que o circuito de comando do músculo fez, o que pode ser considerado um ajuste ‘mais fino’ de nosso corpo”, explica o docente.

A principal importância desse novo mecanismo é a previsão mais eficiente sobre certas ocorrências dos organismos. No caso do siri, por exemplo, imagine que, enquanto ele se alimenta, um pequeno pedaço de pedra é engolido junto com a comida e entope o aparelho digestivo. O sensor muscular que, até então, enviava sinais ao cérebro de contração periódica, irá cessar. Mesmo que o cérebro continue sendo avisado dos movimentos de contração, pelo mecanismo descoberto, ele [cérebro] receberá um relatório “incomum”. “Dessa forma, o cérebro tem conhecimento de que há algo errado no movimento do músculo e induzirá uma ação, como tosse ou soluço, por exemplo, para solucionar o problema”, exemplifica Reynaldo.

A descoberta desse feedback, pelo Grupo de Reynaldo- já publicado, inclusive no The Jornal of Neuroscience– nos traz uma nova visão sobre o organismo, comprovando a complexidade e, sobretudo, a inteligência dos seres vivos. “Não temos como afirmar, efetivamente, que o cérebro usa esse tipo de sistema de transmissão de informação, mas nada na biologia é por acaso”, finaliza Reynaldo.

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Descoberta em estrutura de platina

Em seu terceiro ano de graduação, no Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), o estudante de química, Ricardo Kita Nomiyama, utilizou uma ferramenta computacional* para estudar estruturas atômicas do óxido de platina.

Durante sua bolsa de iniciação científica, durante a qual realizou tais estudos, descobriu uma estrutura de monóxido de platina, com energia mais baixa do que outra, proposta há 70 anos por, nada mais, nada menos, do que Linus Pauling (1901-1994), que recebeu o Nobel de Química em 1941.

Graças a esse feito, o trabalho do aluno, intitulado “Propriedades estruturais de óxidos usando a teoria funcional da densidade funcional”, rendeu uma publicação na Physical Review B, da American Physical Society, em uma das seções de maior destaque da publicação.

O trabalho foi orientado pelo pesquisador, Juarez Lopes Ferreira da Silva, pós-doutorando do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) que, inclusive, orientou Ricardo a procurar novas estruturas de monóxido de platina, que pudessem ter energia também baixa a partir de um conjunto de novas estruturas determinadas em outros experimentos.

O destaque desse estudo, de acordo com Juarez, é o entendimento da importância da platina, uma vez que esta é o principal material utilizado no anodo (eletrodo) de células a combustível à base de etanol- responsável pela quebra da molécula de etanol e obtenção de hidrogênio para injeção na célula a combustível.

Para acessar a publicação sobre o trabalho de Nomiyama, na íntegra, clique aqui.

*essa ferramenta é conhecida como teoria funcional da densidade implementada no código VASP

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

IFSC recebe Orquestra Sinfônica da USP de Ribeirão Preto

Na próxima quarta-feira, 19 de outubro, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através da Semana Integrada da Graduação e Pós-graduação (SIFSC), receberá a Orquestra Sinfônica do Departamento de Música da FFCLRP-USP, para o 10º Concerto Sinfônico da USP- Filarmônica.

A apresentação, que será conduzida pelos regentes, Rubens Russomanno Ricciardi e José Gustavo Julião de Camargo, terá início às 19h30 e será realizada no auditório do IFSC “Prof. Sérgio Mascarenhas”.

A entrada para o evento é gratuita e todos estão convidados a comparecer.

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Entenda a importância da descoberta

Os estudos e conclusões dos três ganhadores do Nobel de Física deste ano comprovam que Shakespeare não se equivocou ao afirmar que há mais mistérios entre o céu e a Terra do que sonha nossa filosofia

CosmologiaPara os que vivem com a cabeça, literalmente, no mundo da lua, o ano de 1929 não foi marcado, somente, pela grande depressão que assolou os Estados Unidos da América. Foi nessa época que se estabeleceu, por meio de dados observacionais, que o Universo está, definitivamente, em expansão.

Levando-se em conta que a Terra não é o centro do universo- o que, de fato, não é- cosmólogos, ainda nessa época, observaram que as galáxias não somente se afastavam da Terra, como umas das outras, e dizer que o Universo está em expansão baseia-se, justamente, nessas observações.

Por mais trivial que o fato pareça, tal confirmação, naquele momento, foi uma grande revolução. “Acreditava-se, na época, que o Universo era estático. Uma vez que se tinha o dado de que as galáxias estavam se afastando, pensou-se na hipótese de que, em algum momento, já estiveram muito próximas. Foi baseado nisso que se construiu a famosa ‘teoria do Big Bang’, que atribui uma origem ao Universo”, afirma Daniel Augusto T. Vanzella, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e estudioso do assunto.

Especialistas começaram a elaborar modelos. As galáxias se distanciavam, graças ao próprio “Big Bang”: a explosão teria dado uma velocidade inicial à matéria, responsável por, até hoje, mantê-las [as galáxias] se afastando e, por isso, cada vez mais distantes entre si. “A conclusão foi pensar que, de fato, o Universo estava se expandindo. Mas, também se achava que, com o tempo, essa velocidade diminuiria graças à força gravitacional”, explica Daniel.

A segunda descoberta revolucionária no cosmos

Pelas razões acima, a expansão do Universo era vista como desacelerada. Isso significa dizer que, na luta entre gravidade e velocidade, a vencedora seria a primeira, fazendo com que, em algum momento, as galáxias deixassem de se afastar. Mas, não foi isso que Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess, os três estadunidenses ganhadores do Nobel de Física, notaram.

Através da observação de “Supernovas” (processo pelo qual uma estrela passa ao final de sua vida, trazendo como resultado final sua explosão), os cientistas puderam calcular a distância entre essas estrelas e a Terra, assim como sua velocidade de afastamento. Pelo gráfico “distância versus velocidade”, concluíram que o Universo, não somente está se expandindo, mas de maneira acelerada. “Isso revolucionou toda a visão da cosmologia, pois, para que haja uma expansão, e de maneira acelerada, é preciso que se provoque um tipo de força de repulsão entre as galáxias, para se afastarem cada vez mais rápido”, elucida o docente.

A força gravitacional, única responsável por governar as galáxias distantes entre si (o que se pensava, até então), perderia seu papel principal para dar espaço a uma, ainda mais poderosa, força. Tão grande que, em pleno século XXI, nenhum especialista no assunto conseguiu descobrir o que ela é, sendo batizada, por esse motivo, com um nome muito sugestivo: energia escura, causa da força repulsiva entre as galáxias. “Com esses dados, infere-se a existência dessa energia, e que sua quantidade é 70% do total de energia que forma tudo o que existe no Universo, muito diferente da matéria ‘comum’, responsável por dar forma a todos os objetos ao nosso redor, incluindo nós mesmos”, explica Daniel.

Cosmologia-1Os resultados a que os cientistas chegaram não foram descobertos da noite para o dia. Mas, graças a esses estudos, chegou-se a uma energia que, não só é intrigante, como muito poderosa. “Só poderemos dizer o que vai acontecer com o Universo daqui para frente quando conseguirmos definir as propriedades daquilo que o compõe significativamente, que é a energia escura. O modelo mais simples define que o Universo se expandirá de maneira cada vez mais rápida, até entrar numa fase de expansão exponencial, que vá durar para sempre”, conta Daniel.

Mesmo que revolucionário, e até um pouco amedrontador, dificilmente os humanos serão afetados por esse processo, que têm previsão de atingir a Terra- se atingi-la- nos próximos bilhões de anos. “Se a raça humana não tiver entrado em extinção até lá, ou será preciso procurar uma estrela mais jovem para morar ou estaremos limitados pela escala de vida do Sol, que tem mais cinco bilhões de anos pela frente”, afirma o docente.

Com esse novo fato, os estudos de cosmólogos, certamente, serão alterados para tentar descobrir, principalmente, do que se trata a energia escura e quais consequências ela pode trazer ao Universo. “Observando-se o fenômeno das Supernovas, percebeu-se que as estrelas estão com um brilho mais fraco, o que se leva a pensar na expansão mais rápida do Universo, mas essa é a explicação mais simples desse fenômeno. Por outro lado, já existem várias outras informações que casam com esse fato, motivo pelo qual a comunidade científica já tem o aceitado”, conta Daniel.

Independente de qualquer coisa, de todas as informações acima que, no presente, devem ganhar bastante atenção, uma coisa é fato: há uma poderosa energia que rodeia o Universo e ela precisa ser conhecida, para que, num futuro distante, saibamos como lidar com ela. Isso se a humanidade ainda estiver por aqui, para escrever essa história.

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Programa dá oportunidade a alunos de conhecer pesquisa no exterior

Logo

Atravessar fronteiras para compartilhar e adquirir conhecimento já se tornou uma premissa, na atualidade. Não há mais limites geográficos, nos dias de hoje, para troca de experiências e, com isso em mente, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) não quis ficar de fora.

Através do programa de Mobilidade Internacional para Alunos de Graduação (MIGra) do IFSC, projeto de iniciativa da Diretoria do Instituto, cinco alunos de graduação já foram beneficiados, só este ano, provando que experiências acadêmicas não podem- e nem devem- se restringir ao território nacional.

O programa consiste, basicamente, na realização de estágios em Instituições de Pesquisa do exterior. Para participar, existem dois pré-requisitos básicos a serem preenchidos: ser, preferencialmente, aluno de 2º ou 3º ano, regularmente matriculado em algum dos cursos de bacharelado do IFSC e estar inserido em algum projeto de iniciação científica. “Acho importante que participem do programa alunos que tenham se destacado pelo seu rendimento na graduação e que possuam conhecimento suficiente do idioma do país onde o estágio será realizado”, diz Luciano da Fontoura Costa, docente do IFSC e orientador no projeto de iniciação científica de Krissia Zawadzki, atualmente aluna do último ano do curso de Física Computacional.

Krissia, que estagiou, por duas semanas, na School of Computer Science, da Newcastle University (Inglaterra), afirma que o contato com uma cultura diferente foi uma das melhores experiências do estágio. “Desde quando me integrei ao Grupo de Visão Cibernética, havia grande expectativa para uma experiência no exterior, em razão do grande número de trabalhos interdisciplinares desenvolvidos pelo Grupo, em colaboração com Centros de Pesquisa em diversas partes do mundo. O conceito de aprendizado no exterior parece ser um pouco diferente, o que leva os pesquisadores a ter uma mentalidade mais ampla em alguns aspectos, ao mesmo tempo em que tentam aprofundar ainda mais o conhecimento sobre um dado assunto”, diz a aluna.

Opinião similar compartilha o aluno do 4º ano de Bacharelado em Física, Vinicius Henrique Aurichio, que estagiou, por dois meses, no Department of Mathematical Sciences da Durham University (Inglaterra), motivado pela possibilidade de conhecer outros lugares e entender melhor o funcionamento do processo de pesquisas em colaboração. “Lá, o conteúdo é ministrado de maneira diferente. As aulas são mais curtas e resumidas, com várias disciplinas. Só de matemática e física são seis”, conta o aluno. A experiência o motivou a fazer planos para voltar ao exterior, para uma pós-graduação.

Krissia

Além do incentivo, a experiência, se bem-sucedida, pode trazer inúmeros benefícios para carreira e, inclusive, à vida pessoal do estudante. “Em primeiro lugar, esse tipo de programa permite a familiarização com outros ambientes, de longa tradição, já por séculos centrados em pesquisa e formação de recursos humanos, com foco continuado na geração de conhecimento original e de qualidade. Além disso, dá chance ao aluno de diversificar e complementar sua formação. Tais estágios contribuem muito para internacionalização de nossas atividades”, afirma Luciano.

Sobre os ganhos em participar do MIGra, os alunos os enumeram. “Além de poder praticar o inglês, aprendi a me virar melhor”, conta Vinícius. “As pessoas com quem tive contato foram, extremamente, amigáveis e receptivas. Percebi, tanto em conversas casuais como em grupo, que o conflito de ideias entre pessoas com conhecimentos diversificados é essencial para o amadurecimento do pesquisador, pois as discussões levam a sugestões capazes de incrementar um trabalho e até direcioná-lo para outro estudo mais interessante”, complementa Krissia.

Alunos contemplados pelo MIGra em 2011

Nome Destino Período Docente responsável
Tarcisio Rocha Figueredo França 22/01/2011 a 20/02/2011 Luiz Agostinho Ferreira
Rafael Tuma Guariento Espanha 03/01/2011 a 26/02/2011 Reynaldo Daniel Pinto
Krissia Zawadski Inglaterra 01/02/2011 a 14/02/2011 Luciano da Fontoura Costa
Bruno Luan Soares Canadá 14/01/2011 a 06/03/2011 Igor Polikarpov
Vinicius Henrique Aurichio Inglaterra 15/01/2011 a 19/03/2011 Luiz Agostinho Ferreira

Sobre o programa

O MIGra, embora seja um programa de fluxo contínuo, só é realizado durante os meses de janeiro, fevereiro e julho, período das férias letivas. Os custos relacionados à passagem aérea, seguro saúde e bolsa manutenção são custeados pelo IFSC.

Os interessados em participar do programa devem se inscrever pelo e-mail dirifsc@ifsc.usp.br, onde deve constar nome completo do aluno, curso no qual está matriculado, local onde será realizado o estágio, período e duração (observando-se o calendário escolar) e, por fim, a carta de aceitação do laboratório de pesquisa que irá receber o estudante.

Os critérios para escolha levam em conta o parecer do orientador do aluno- a respeito da pertinência do estágio com o projeto de pesquisa- e mérito acadêmico. A prioridade é dada aos estudantes que forem participar do programa pela primeira vez.

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

USP é a melhor da América Latina

A Universidade de São Paulo foi apontada em primeiro lugar no ranking de instituições de Ensino Superior da América Latina divulgado ontem, dia 4 de outubro, pelo centro QS World University Ranking, um centro especializado em informações e soluções acadêmicas.

As Universidades Brasileiras ocupam três dos dez primeiros lugares do ranking. Com os aumentos no investimento público em educação superior, o país conseguiu se destacar nos principais índices de avaliação do ranking, apresentando alta produtividade de pesquisa e a maior proporção de pesquisadores com doutorado. De fato, os investimentos do Brasil em educação entre os anos de 2000 e 2008 foram maiores do que os investimentos de qualquer outro país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os autores da pesquisa destacaram, ainda, o grande aumento no número de matrículas nas universidades brasileiras, que foi triplicado na última década.

Por este motivo, o Brasil dominou este ranking, posicionando 65 das suas instituições entre as 200 selecionadas para figurar na lista, quase o dobro do México, que situou 35 das suas universidades. A Argentina e o Chile tiveram 25 universidades listadas e a Colômbia, 21.

Na classificação das melhores universidades do mundo, publicada também pela QS neste ano, posiciona a USP em 169° lugar, o que significa uma melhora de 84 posições em relação ao ranking de 2010.

O diretor de pesquisa do QS, Ben Sowter, afirmou em entrevista à agência espanhola EFE que o ritmo de alto nível do ensino superior será crucial para o desenvolvimento do Brasil, e ressaltou que a Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimento do mundo, previu que a economia do país, a sétima no mundo, será superior à do Canadá, França, Grã-Bretanha e Alemanha nos próximos 20 anos.

 

Veja o desempenho das principais universidades brasileiras no ranking das melhores América Latina 2011/2012:

1 – Universidade de São Paulo (USP) – 100.0

3 – Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – 94.7

10 – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – 79.1

11 – Universidade de Brasília (UnB) – 78.2

14 – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – 75.2

15 – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) – 73.5

16 – Universidade Estadual Paulista (Unesp) – 72.6

19 – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – 70.1

28 – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) – 61.1

31 – Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – 59.6

33 – Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) – 58.8

35 – Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – 56.0

E para ver o ranking na íntegra, acesse: http://www.topuniversities.com/university-rankings/latin-american-university-rankings/2011

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

GeSec 2011 une profissionalismo e arte

GeSec-6

Qualquer pessoa que imagine um evento profissional, certamente pensará em palestras e debates sobre um tema específico como parte integral do programa. Acrescentar nessa programação karaokê, apresentações musicais e de dança e exposições de quadros, feitos pelos próprios participantes, parece algo inusitado.

GeSec-4Pois foi nesse clima descontraído e interativo que ocorreu a “8ª Gestão de Secretariado (GeSec)”, encontro anual de profissionais do secretariado, promovido pela Universidade de São Paulo (USP), este ano com sede em Serra Negra (SP).

O evento, que reuniu cerca de 600 secretários de todas as Unidades da USP, foi dividido em duas datas, para permitir um maior número de participantes: a primeira turma entre 18 e 20 de setembro e a segunda entre 22 e 24 de setembro.

O propósito principal, definido pelas organizadoras, foi o de “gerar e manter o conhecimento organizacional, buscando transformar o conhecimento tácito em explícito, tornando-o visível para toda Organização”.

Com uma programação que envolveu palestras de temas objetivos e subjetivos, como “Capital Intelectual” e “Stress e trabalho”, entre outros assuntos, as participantes puderam apresentar e discutir atividades realizadas em suas Unidades. “O GeSec foi uma conquista da comissão organizadora, que, desde 2004, mantém a realização anual do evento. A partir de 2005, houve uma integração ainda maior, pois as atividades não foram, simplesmente, expositivas, dando oportunidade aos participantes de apresentarem painéis sobre atividades desenvolvidas em suas Unidades”, conta Maria Helena GeSec-1Braga de Carvalho, secretária do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A maior interação conquistada nos últimos oito anos tem sido responsável por elevar, gradativamente, o número de participantes no evento. “Todo ano participo, pois acho muito interessante a integração com as secretárias de outros campi, além da troca de experiências e conhecimento”, afirma Rosana Manholer, secretária do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC/USP).

No que se refere à parte profissional, os organizadores da GeSec sugerem temas aos participantes, que servirão de base para workshops, apresentados, ainda durante o encontro, pelas próprias participantes. “Recebemos carteirinhas da USP, cada uma delas com uma fita de cor diferente, dividindo as participantes dos workshops em grupos”, explica Maria Cristina Ligo, secretária do IFSC. “A facilidade de se comunicar com outras secretárias, a partir do momento que as conhecemos pessoalmente, poder ter o contato direto, facilita e nos auxilia em nossos trabalhos, uma vez GeSec-2que criamos uma intimidade maior umas com as outras”, conta Eunice Lima da Silva Faggian, secretária do Centro de Informática de São Carlos (CISC/USP).

A importância do encontro, segundo as secretárias, vai muito além. Fora as atividades de foco profissional, são oferecidas, também, atividades interativas aos encontristas, trazendo, em alguns casos pela primeira vez, o contato presencial entre eles. “Há uma secretária de São Paulo que eu conversava, por telefone e e-mail, há cinco anos. Só tivemos a oportunidade de nos conhecer, pessoalmente, no GeSec”, conta Sônia Aparecida dos Santos, secretária do IFSC.

Sobre as impressões do Encontro, que se aproxima de seu 10º aniversário, as participantes afirmam que os benefícios, embora mais evidentes no ambiente de trabalho, são tGeSec-3ambém verificados na vida pessoal de cada um. “Voltamos transmitindo alegria e satisfação para aqueles que não puderam ou não quiseram participar do encontro. Eles aguardam esse feedback de nós e ficam mais motivados a participar”, afirma Rosi Jordão Rodrigues, secretária da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP). “Nesse encontro, temos a oportunidade de conhecer outras pessoas e a nós mesmas. A convivência da qual desfrutamos só nos tem a acrescentar ! Temos a função de agentes facilitadoras e a proximidade vivenciada, certamente, aprimora nosso trabalho e a comunicação entre os próprios dirigentes”, conclui Ângela de Lourdes Borges Martins, secretária da Coordenadoria do Campus de São Carlos (CCSC/USP).

GeSec-5

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Profissionais de secretariado da USP promovem evento de integração

Os profissionais do secretariado da USP participam, anualmente, de eventos que visam à capacitação e atualização profissional, além da integração destes profissionais, em períodos com parte da carga horário fora do expediente. Este esforço é realizado no âmbito do GeSec, a Gestão de Secretariado da USP, coordenado por uma comissão voluntária que procura promover eventos cujas atividades estejam relacionadas às habilidades e competências necessárias para a execução do trabalho de secretariado, como o planejamento dos projetos, a elaboração do orçamento, o controle dos fornecedores, o domínio da logística e o contato e recepção dos palestrantes convidados, tarefas que pedem por bastante responsabilidade, segurança e espírito de equipe.

Neste ano de 2011, o GeSec está promovendo a oitava edição de um encontro que resgata justamente estes valores. A programação conta com uma atividade cultural, juntamente com as demais, chamada “Pratas da Casa”, que será realizado nos dias 19 e 23 de setembro, e contará com a participação de secretários de todos os campi da USP. Alguns funcionários têm preparado apresentações artísticas especiais, como exposições de pintura, shows de música, dança, karaokê e dublagem. Aqueles que decidiram se envolver nesta atividade do evento, por apresentar talento artístico, planejaram sua apresentação e ensaiaram durante semanas, e os ensaios se intensificam nesta reta final – a última semana antes do grande dia.

O Instituto de Física de São Carlos tem recebido alguns destes ensaios no Auditório Professor Sérgio Mascarenhas, onde uma equipe de secretárias se reúne para fazer os ajustes finais em sua apresentação de dança e dublagem. A equipe ensaia a apresentação de uma música da cantora Ivete Sangalo, dublada pela secretária Rosana Manhoerff, do CDCC, e acompanhada das dançarinas Sônia dos Santos, Maria Helena de Carvalho, Maria Cristina da Silva (IFSC), Angela Bogas, Claudia Pozzi (CCSC), Eunice Faggian (CISC) e Rose Rodrigues (EESC). Segundo Rosana, que foi a idealizadora da apresentação, essa atividade de integração tem sido uma experiência muito válida, tanto profissional quanto pessoalmente. “A idéia principal de juntar essas participantes, de diferentes unidades, é dar continuidade ao trabalho de equipe realizado pelas secretárias, que é parte fundamental do nosso dia-a-dia na USP e também pode ter outros benefícios, como esta confraternização”, explica ela.

gesec01

gesec02


Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Inscrições abertas para primeira Semana do Instituto de Física de São Carlos

 

O IFSC apresenta a primeira edição da Semana do Instituto de Física de São Carlos (I SIFSC), a ser realizada de 17 a 21 de outubro deste ano, no Salão de Eventos da USP em São Carlos. 

logo_semanaifsc

 O período de inscrições e de submissão de trabalhos teve início no último dia 8 e segue até o próximo dia 26 de agosto.

Tendo como público-alvo alunos de graduação, pós-graduação e ex-alunos das áreas de Física e suas aplicações em Biologia, Química e Computação, a SIFSC preparou uma programação especial com diversas atividades pautadas no tema “Física: uma ciência sem fronteiras”, como palestras, minicursos, mesas redondas, apresentação de pôsteres, miniworkshop de difusão científica e algumas atividades culturais.

Para acessar a programação completa e obter maiores informações sobre as inscrições, taxas, São Carlos, etc, acesse o site do evento.

 

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Pesquisador do IFUSP fala sobre interações entre Física e Biologia

É sabido que a Física é uma ciência que interage com as mais diversas disciplinas, ampliando cada vez mais as fronteiras que estabeleceu ao longo das décadas com várias áreas do conhecimento. Os objetos de pesquisa que atraem a atenção dos cientistas hoje em dia requerem a colaboração dos mais variados tipos de profissionais para trabalhar em a partir de uma perspectiva mais ampla e obter resultados mais acurados.

A edição do Colóquio IFSC realizada nesta sexta-feira, dia 23, revelou uma destas facetas das pesquisas em Física. A palestra intitulada “Na fronteira biológica da Física: somos feitos de soft glassy materials” abordou algumas aplicações da Física na área de Biologia, mais especificamente em relação ao trabalho com células. O professor Adriano M. Alencar, do Instituto de Física da USP (IFUSP), usa seu conhecimento em polímeros para analisá-las e descrevê-las dentro daquilo que chama de “Biologia de Sistemas” – uma área relativamente nova que se baseia na união de várias ciências para descrever sistemas biológicos.

O Laboratório de Micro Reologia e Fisiologia Molecular, pelo qual é responsável, tem se preocupado com o remodelamento que as células vivas sofrem constantemente. Os pesquisadores acreditam que as células são um “soft glassy material”, ou seja, um fluido bastante complexo. Por isso, o laboratório investiga as propriedades viscosas e elásticas de algumas células, a fim de desvendar como ocorrem certas disfunções neste remodelamento que podem causar algumas doenças como a asma ou doenças cardíacas.

adriano_coloquio

Cerca de cem alunos, principalmente dos cursos de graduação do IFSC, além de alguns docentes, foram prestigiar o Professor Alencar, conhecendo melhor a participação da Física nesta pesquisa, principalmente no que diz respeito à investigação da dinâmica de proteínas e suas interações, assunto em que a nossa ciência exerce papel fundamental.

A próxima edição do Colóquio IFSC será realizada no dia 30 de setembro, próxima sexta-feira, sob o tema “Transições de fase para um estado absorvente”, a ser apresentado pelo professor Ronald Dickman, da UFMG.

Assessoria de Comunicação

1 de novembro de 2011

Cursinho popular da USP-São Carlos aprova mais de 30% no vestibular

O cursinho pré-vestibular, que é totalmente gratuito, tem os próprios alunos de licenciatura como professores e desenvolve seu próprio material didático

Para uma Universidade de grande porte, é imprescindível que haja um suporte a iniciativas e incentivos a atividades de ensino e extensão, além da pesquisa, que contemplem um público mais amplo do que aquele presente dentro do próprio campus. Neste sentido, a USP-São Carlos tem grande destaque na região, viabilizando projetos que aumentam consideravelmente o alcance e a visibilidade das atividades idealizadas e produzidas na Universidade.

Uma das maiores inspirações para este tipo de iniciativa é a idéia de auxiliar, de alguma forma, alunos do Ensino Médio em fase de vestibular. Vários projetos têm sido desenvolvidos no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) neste âmbito, como o programa “Universitário por um dia”, a “Escola de Física Contemporânea” e a “Escola de Física para Escolas Técnicas”. Os resultados têm revelado uma grande demanda por este apoio, já que a procura para estes programas é muito grande e a produção excelente. Além de incentivar e motivar os alunos que participam destas atividades, o Instituto tem conseguido atrair para as Ciências Exatas um número relevante de novos talentos que se destacam por seu desempenho.

Uma das iniciativas mais consideráveis neste sentido é o Cursinho Popular da Licenciatura em Ciências Exatas (CPCEx), desenvolvido há três anos. Basicamente, o CPCEx é um cursinho pré-vestibular sem fins lucrativos, idealizado pelos próprios licenciandos com o objetivo de atender a alunos de Ensino Médio de escolas públicas de São Carlos. O cursinho é intensivo, o que significa que as aulas se estendem por seis meses, no segundo semestre de cada ano. Os trinta alunos selecionados de acordo com sua situação socioeconômica tem a oportunidade de rever conteúdos da área de Física, Química, Matemática, Biologia e atualidades. Segundo Pedro Neves Rocha, diretor geral do CPCEx e aluno do 3º ano de Licenciatura em Ciências Exatas, a idéia é agregar ao programa pessoal da área de Humanas, para oferecer, pelo menos, aulas de Redação e Língua Portuguesa no próximo ano. A diretoria também está se programando para receber uma turma adicional, no mês de maio, em 2012.

 

Cursinho

Material próprio

O diferencial deste cursinho é o material didático utilizado, que foi desenvolvido pelos próprios alunos da Licenciatura quando o projeto estava sendo idealizado, durante os anos de 2006 e 2007. Durante o primeiro semestre do ano, os licenciandos envolvidos com o CPCEx se ocupam com a adaptação e edição do material, fazendo as mudanças, correções e melhorias necessárias.

O material, que é apostilado, tem como base apostilas de outros cursinhos particulares, que serve de referência para sequência de temas e extensão das aulas. Ter um material apostilado de produção própria facilita a vida dos professores e dos alunos de maneira considerável. “A maior vantagem é que nós temos a liberdade de organizar o material da maneira como julgamos melhor trabalhar. Nós montamos um plano de ensino para o semestre e nossa apostila funciona como um roteiro para o trabalho”, explica Pedro. Além disso, os professores do cursinho tiveram experiência recente com processos seletivos de Universidades, e devido a este contato podem estruturar de maneira mais atenta e sensível os conteúdos pertinentes aos alunos.

Os custos dessa produção própria são financiados pela Secretaria Acadêmica da Licenciatura em Ciências Exatas, ou por alguns docentes do Instituto, como a Professora Yvonne Mascarenhas, o Professor Euclydes Marega Junior e o Professor Antonio Carlos Hernandes, diretor do IFSC. Esta ajuda tem contribuído muito para a evolução do material, que foi impresso pela primeira vez em preto e branco e com cerca de uma página por aula, para reduzir custos de gráfica, e hoje é impresso em cores e não precisa se preocupar tanto com sua extensão e número de páginas.

Formação Profissional

pedrorochaA idealização foi um projeto dos próprios alunos do curso de Licenciatura em Ciências Exatas, que queriam complementar sua formação com uma carga maior de práticas de ensino e promover um projeto de extensão para a comunidade são-carlense. E a experiência é extremamente válida, tanto para professores quanto para monitores e organizadores do cursinho. O planejamento de um curso dá aos alunos da licenciatura uma visão muito boa no sentido de poder calcular o tempo das aulas, o número de aulas por ano, o conteúdo a ser tratado e a sequência do conteúdo, por exemplo.

“É muito diferente assistir aulas sobre teorias de ensino ou ouvir sobre educadores e aplicar as idéias, que é quando você desenvolve seu próprio método”, comenta Pedro, que também ministra aulas no CPCEx e diz se sentir muito mais seguro ao assumir uma sala de aula, o que faz toda a diferença em entrevistas de emprego e aulas-teste, já que licenciandos ou recém-licenciados costumam sofrer pela falta de experiência.

No geral, os resultados são surpreendentes. Entre oito e dez alunos, dos trinta que frequentam as aulas por ano, são aprovados no vestibular, e muitos ingressam na própria USP. Na turma do curso de Licenciatura de 2010, quatro alunos aprovados fizeram parte da turma do CPCEx de 2009. Na opinião do diretor, esses bons resultados se devem justamente ao interesse dos professores em aprimorar suas capacidades didáticas, o que resulta em mais atenção, mais preocupação, e facilita o processo de ensino-aprendizagem.

Aulas

As aulas do CPCex tiveram início no dia 1º de agosto, junto com as aulas da graduação. A partir daí o trabalho sempre se intensifica ainda mais, já que, além de serem responsáveis por ministrar todas as aulas, os alunos da graduação também se ocupam em elaborar simulados nos fins de semana, seja para o ENEM ou para a FUVEST, ou oficinas de orientação de estudos e redação. “A parte prática é completamente feita por nós, alunos”, comenta o diretor.

Já a divulgação se dá no primeiro semestre, quando os envolvidos no projeto visitam as escolas públicas da cidade, convidando os alunos a se inscrever no processo seletivo, e espalham cartazes pelas escolas e em pontos estratégicos da cidade. Segundo Pedro, que é responsável pela elaboração de todo esse cronograma, essa é a maneira mais eficaz que o programa encontrou de atingir os alunos de uma maneira mais próxima. E a procura pelo curso é grande, com cerca de três ou quatro alunos por vaga, que são selecionados por uma entrevista que avalia suas situações socioeconômicas, e também há uma prova de teor puramente diagnóstico, ou seja, não é uma prova eliminatória, serve apenas para definir em que nível de conhecimento os alunos se situam.

“Quem nos procura geralmente é o aluno que quer prestar vestibular para algum curso de Exatas e precisa ficar cem por cento nestas disciplinas, ou aqueles que têm dificuldade na área e precisam de uma espécie de reforço”, comenta Pedro, e acrescenta: “Esse segundo conjunto de alunos é o que apresenta melhores resultados, em comparação com seu desempenho em suas escolas”.

O exemplo deste cursinho popular aponta para a possibilidade de consolidar iniciativas de ensino e extensão que, mesmo voluntária ou independente, proporcionem vantagens incalculáveis para todas as partes envolvidas.

Para maiores informações ou contatos do CPCex, acesse o site da Licenciatura em http://www.licenciatura.ifsc.usp.br

Assessoria de Comunicação

 

 

 

 

1 de novembro de 2011

Pesquisadora da UFABC expõe trabalho na área de Nanociência

O ciclo de palestras Journal Club realizou mais uma edição do programa na manhã desta quinta-feira, 1º de setembro, com a presença da pesquisadora Aline Schoenhalz, aluna de doutorado em Nanociências e Materiais Avançados na Universidade Federal do ABC. Com graduação e mestrado realizado na Universidade Federal de Santa Maria, atualmente Aline investiga nanoestruturas de óxido de zinco, orientada pelo Prof. Dr. Gustavo M. Dalpian.

aline_presentation

Mais especificamente, Aline está interessada em investigar os efeitos de superfície nestas nanoestruturas, conforme explicita o título que atribuiu à sua fala, “Surface Effects in ZnO Nanostructures”, mais especificamente, no que diz respeito às suas aplicações na eletrônica. “Este material tem aplicações muito incomuns, pois possui tanto características semicondutoras quanto magnéticas, e daí parte todo o interesse da Spintrônica e da área de DMS (Diluted Magnetic Semiconductors) nesses estudos”, explicou ela.

aline_presentation01

Aline expôs sua pesquisa durante cerca de uma hora para outros pós-graduandos e docentes, respondendo questões, recebendo conselhos e discutindo seus cálculos. As palestras do Journal Club são, por natureza, realizadas de maneira mais íntima e pessoal, um ambiente no qual os palestrantes e os ouvintes sentem-se à vontade para fazer uma troca de informações produtiva e eficaz. As palestras são realizadas pelo menos uma vez por semana, às 10h45 da manhã, em inglês, aberta ao público. Fique atento à nossa lista de eventos para acompanhar a programação.

Assessoria de Comunicação

Fale conosco
Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
Obrigado pela mensagem! Assim que possível entraremos em contato..