Notícias

21 de outubro de 2022

Mecânica matricial e mecânica ondulatória: uma ou duas teorias quânticas?

O professor aposentado da UNICAMP e atualmente professor visitante da UNIFESP, Roberto de Andrade Martins, foi o orador de mais um colóquio do IFSC/USP que ocorreu de forma remota no dia 21 de outubro, subordinado ao tema “Mecânica matricial e mecânica ondulatória: uma ou duas teorias quânticas?”.

Neste colóquio, o palestrante começou por pontuar que até o início da década de 1920, a teoria quântica não possuía um conjunto de princípios e métodos claros, que pudesse ser aplicado a todos os fenômenos. Em meados dessa década surgiram duas propostas distintas para uma mecânica quântica: a mecânica matricial, iniciada por Werner Heisenberg e desenvolvida também por Max Born e Pascual Jordan; e a mecânica ondulatória de Erwin Schrödinger.

Esses dois desenvolvimentos foram totalmente independentes e não era claro, de início, se as duas abordagens eram compatíveis entre si.

O próprio Schrödinger propôs uma demonstração sobre a equivalência das duas, assim como houve outras propostas posteriores no mesmo sentido. Porém, essa equivalência tem sido discutida até hoje.

Este colóquio apresentou, assim, a origem histórica das duas abordagens e algumas das tentativas para demonstrar sua equivalência.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

21 de outubro de 2022

Defesa Planetária e as ameaças que vêm do Espaço (Parte 1)

Figura 1 – O famoso cometa Halley tem período orbital curto de, aproximadamente, 76 anos. Imagem do núcleo do cometa Halley, feita pela sonda Giotto em 1986 (Crédito: Agência Espacial Européia)

Por: Prof. Roberto N. Onody *

Caro leitor,

Eram cerca de 20 horas do dia 26 de setembro de 2022. Sentado no sofá, em frente à TV, eu assistia à transmissão da NASA pelo YouTube, da colisão da nave DART com o asteróide Dimorphos. Ao vivo, com atraso das imagens de apenas 8 segundos, eu acompanhava confortavelmente, em casa, o impacto proposital de uma nave construída pelo ser humano contra um asteróide. Como brincou o narrador da NASA: “Durante bilhões de anos nosso planeta foi bombardeado pelos asteróides, agora estamos dando o troco”.

As cenas dos momentos finais da nave se chocando contra o asteróide e a clara visão de sua superfície, foram formidáveis. Fiquei profundamente entusiasmado e resolvi que deveria escrever sobre o assunto. Uma vez que o material disponível é enorme, abundante, decidi separar o artigo em duas partes.

Na parte 1, eu discuto a natureza dos asteróides e cometas, bem como as principais missões espaciais realizadas com intuito de, não só estudar à distância esses astros, mas, literalmente, abordá-los e até pousar neles. Temos hoje, aqui na Terra, amostras do material colhido e trazido ao nosso planeta, tanto da cauda de cometas quanto da superfície de asteróides!

Não poderia deixar de mencionar a passagem, pelo nosso sistema solar, de visitantes interestelares. No momento que escrevo, temos somente um par deles: o asteróide Oumuamua e o cometa Borisov. Atraídos gravitacionalmente, eles fizeram uma pequena e breve visita ao nosso Sol e seguem, pelo espaço sideral, tropeçando em outras estrelas.

Na parte 2, vou discutir os projetos do Centro de Coordenação de Defesa Planetária com seu trabalho de identificação e rastreamento de NEOs (Near-Earth objects). NEOs são asteróides e cometas que, próximos à Terra, podem representar algum tipo de ameaça ao nosso planeta. Por fim, analisarei a missão DART em si, seu planejamento, execução e fabuloso sucesso. A estimativa da NASA era de que a colisão diminuiria o período de rotação do asteróide Dimorphos de 10 a 15 minutos. O resultado final foi muito além das expectativas – o período diminuiu em 32 minutos!

Boa leitura!

Parte 1

Sobre Cometas

Sobre Asteróides

Visitantes das Estrelas:

O Asteróide Oumuamua

O Cometa Borisov

Sobre Cometas

Figura 2 – Ilustração da Nuvem de Oort (fronteira do sistema solar). O zoom da pequena região em azul (no centro da Nuvem de Oort), é delimitada pelo Cinturão de Kuiper e o círculo amarelo é a órbita de Plutão (Crédito: NASA)

Os cometas se formaram a partir da nebulosa que deu origem ao nosso Sol, há cerca de 4,5 bilhões de anos atrás. São objetos formados por gelo, gases congelados e um núcleo rochoso. Quando um cometa se aproxima do Sol, esses gases congelados são evaporados e ionizados pela radiação solar dando ao cometa uma cauda brilhante e visível.

Os cometas sempre fascinaram a humanidade. Tem-se registro de passagens de cometas que remontam há cerca 1.000 A.C. Em certas ocasiões, esse fascínio terminou em tragédia, como foi o caso da fanática seita religiosa, Heaven’s Gate. Em 1997, acreditando que havia uma nave espacial na cauda do cometa Hale-Bopp (que os transportaria a uma outra dimensão), 41 seguidores praticaram suicídio coletivo para ´subirem´ até a suposta nave.

Os cometas com pequeno período de rotação em torno do Sol (menor do que 200 anos, como o cometa Halley, veja Figura 1), têm sua origem no chamado Cinturão de Kuiper (uma região entre as órbitas de Netuno e Plutão). As órbitas desses cometas estão em planos muito próximos ao da eclíptica, isto é, do plano da órbita da Terra em torno do Sol.

Os cometas com grande período de rotação em torno do Sol (de milhares a milhões de anos), têm sua origem na chamada Nuvem de Oort. Além da enorme diferença entre os períodos de rotação, os cometas da Nuvem de Oort aproximam-se do Sol vindo de todas as direções possíveis (Figura 2).

Ao se aproximar de um dos grandes planetas gasosos do sistema solar, um cometa pode vir a ser despedaçado pela força gravitacional. Foi exatamente o que aconteceu com o cometa Schoemaker-Levy 9, em 1994. Fracionado gravitacionalmente, pedaços do cometa colidiram, de maneira espetacular, com a superfície de Júpiter.

Figura 3 – A cápsula enviada pela nave Stardust com amostras do cometa Wild-2 (Crédito: NASA/JPL)

Com o intuito de analisar a composição química dos cometas, a NASA lançou, em janeiro de 2005, a nave Deep Impact (mesmo nome de um filme de 1998). Além dos instrumentos científicos a bordo, a nave levava consigo uma pequena sonda. Ao se aproximar do cometa Tempel 1, Deep Impact lançou a sonda para colidir com o cometa. O impacto ocorreu (patrioticamente) no dia 04 de julho de 2005. Levantou material da superfície, cuja análise revelou a presença de carbono, gelo e poeira.

A Stardust foi a primeira nave espacial que colheu material de um cometa e enviou de volta à Terra. Lançada em 1999 do Cabo Canaveral, sobrevoou a cauda do cometa Wild-2 em 2004. O material coletado da cauda foi enviado em uma cápsula (Figura 3) que chegou ao nosso planeta em 2006.

Figura 4 – Canto superior direito: foto do cometa 67P feita em 2015 pela nave Rosetta; Lado esquerdo: foto do cometa 67P tirada em 2016 pela nave OSIRIS; Canto inferior direito: zoom da sonda Philae tomando carona com o cometa 67P (Crédito: Agência Espacial Européia)

Logo após a recuperação dessa cápsula, a NASA distribuiu fotos das amostras para pessoas, ao redor do mundo, instando-as a procurarem por grãos exóticos (projeto Stardust@home). Aproximadamente, 30 mil pessoas estudaram as amostras. A análise final, feita posteriormente pelos cientistas, revelou dois tipos de material: poeira do próprio cometa Wild-2 e poeira interestelar. Essa última está presente no espaço interestelar e é mais antiga do que a poeira de cometa. Acredita-se que essa poeira interestelar foi forjada (e ejetada) no interior de estrelas que se formaram antes do nosso Sol. A prova da origem interestelar dessas partículas foi feita medindo-se a abundância de determinados isótopos de oxigênio e comparando-a com aquelas encontradas em nosso sistema solar.

O cometa Wild-2 estava originalmente em uma órbita bem distante do Sol, com órbita entre os planetas Júpiter e Urano e período de rotação era de 43 anos. Em 1974, perturbado gravitacionalmente pela sua proximidade com Júpiter, o cometa foi lançado em uma nova órbita bem mais próxima da Terra. Seu período de rotação atual é de cerca de 6,41 anos.

Vale a pena também mencionar a aeronave Rosetta que foi lançada em 2004 pela Agência Espacial Européia e sobrevoou o cometa 67P em 2014 [3]. O cometa 67P tem massa de 1013 kg, volume de 18,7 km3 e período de 6,44 anos. A nave Rosetta lançou o módulo robótico Philae para pousar no cometa. Devido à falha nos arpões, projetados para fixar o módulo ao solo, a sonda Philae quicou várias vezes até, finalmente, parar. Foi a primeira sonda humana a pousar sobre um cometa. Em 2016, o módulo Philae foi localizado e fotografado pela nave norte-americana OSIRIS, incrustrado no corpo do cometa 67P (Figura 4).  

Sobre Asteróides

Os asteróides são corpos rochosos que permeiam boa parte do sistema solar. Sua concentração é maior entre as órbitas dos planetas Marte e Júpiter (também conhecido como Cinturão de Asteróides), mas também não é incomum passarem bem perto da Terra. São verdadeiras cápsulas do tempo que guardam informação sobre a formação do sistema solar a cerca de 4,5 bilhões de anos atrás.

Figura 5 – Material recolhido pela sonda Hayabusa 2 do asteróide Ryugu. Observe que o diâmetro interno dos 3 recipientes onde estão as amostras é bem pequeno (cerca de 2,1 cm) e o massa de cada amostra gira em torno de 1 grama (Crédito: Japan Aerospace Exploration Agency)

Em geral, os asteróides têm forma irregular, podendo ser sólidos e rochosos, esponjosos, contendo metais como ferro, níquel, hidrogênio cobalto e carbono. O tamanho dos asteróides varia de cerca de 1 m até 530 km (que é a extensão de Vesta, o maior asteróide conhecido até agora). O maior objeto no Cinturão de Asteróides é o planeta anão Ceres (mesma classificação astronômica de Plutão). A massa total de todos os asteróides presentes no Cinturão de Asteróides é menor do que a massa da Lua.

Meteoróides são asteróides pequenos que vagueiam pelo espaço. Quando um meteoróide, em alta velocidade, entra na nossa atmosfera e se queima, ele produz um clarão que chamamos de meteoro. Muito mais visíveis à noite, o meteoro é chamado popularmente de estrela cadente. Se o meteoróide conseguir chegar até o solo, ele é chamado de meteorito.

Estima-se que 48 toneladas de meteoritos atinjam a Terra todos os dias! Todo mês de agosto, a órbita da Terra atravessa uma esteira de meteoróides abandonados pelo cometa Swift-Tuttle. À noite, vemos uma chuva de meteoros que são chamados de Perseidas.

Figura 6 – Imagem do asteróide Bennu, feita pela sonda OSIRIS-REx em 2018, quando se encontrava a 24 km de distância do asteróide (Crédito: NASA)

Asteróides que acompanham a órbita de um planeta, indo à sua frente ou atrás, são chamados de Troianos. Eles não colidem com seus planetas (estão posicionados nos pontos de Lagrange L4 e L5). Já foram detectados asteróides troianos em Júpiter, Netuno, Marte e na Terra. Só conhecemos (até agora) dois asteróides Troianos da Terra: o 2010TK7 e o 2020XL5. As aproximações frequentes do planeta Vênus com a Terra perturbam nossos asteróides troianos e, daqui alguns milhares de anos, devem conduzi-los a uma nova órbita.

O asteróide Ryugu foi descoberto em 1999, tem uma órbita elíptica em torno do Sol e leva 16 meses para percorrê-la. Está a uma distância média de 180 milhões de quilômetros do Sol e sua menor distância à Terra é de 100.000 km.

O Japão foi o primeiro (e, até agora, o único) país a coletar e trazer de volta à Terra amostras de um asteróide. A sonda Hayabusa 2 (que significa Falcão Peregrino), lançada há 7 anos atrás, é dotada de um braço robótico que fustigou o asteróide Ryugu, obtendo amostras da sua superfície que foram armazenadas na cápsula de reentrada. Esta cápsula desceu em solo Australiano no dia 05/12/2020. O material encontrado, é escuro, duro e parecido com carvão (Figura 5).

O asteróide Bennu (Figura 6) foi descoberto no mesmo ano que o Ryugu. Tem órbita de formato elíptico (mas, ela não é fechada) em torno do Sol com aproximação máxima da Terra de cerca 480.000 km e período de, aproximadamente, 14 meses. É popularmente conhecido como o “asteróide do fim do mundo” pela possibilidade de, no futuro, vir a colidir com a Terra. Segundo os cálculos, a probabilidade de colisão com a Terra será de uma chance em 2.500 (no ano 2.135).

Em 2016, a NASA enviou a sonda OSIRIS-REx para, assim como a japonesa Hayabusa 2, recolher e trazer material para a Terra.

Em dezembro de 2018, a nave OSIRIS-REx encontrou o asteróide Bennu. Durante quase dois anos, fotografou e buscou o melhor ponto para coletar o material. Finalmente, em 20/10/2020, coletou amostras utilizando a técnica TAG (Touch-And-Go) numa cratera de Bennu (batizada de Nightingale) com cerca de 140 metros de diâmetro. OSIRIS-REx deve retornar à Terra em 2023.

Figura 7 – Ilustração artística do asteróide interestelar Oumuamua. Ao contrário do que encontramos na Internet, não existe nenhuma ´foto´ do asteróide. No seu ponto mais próximo do Sol (periélio), o Oumuamua estava a uma distância de 43 milhões de quilômetros e a uma velocidade incrível de 315.000 km/h! (Crédito: ESO/M. Kornmesser)

Dissemos acima que os asteróides são corpos predominante rochosos, mas há exceções.

O gigantesco asteróide Psyche (na mitologia grega, a deusa da alma ou do espírito) é muito rico em metais! Sua órbita está localizada entre Marte e Júpiter.

Se o asteróide Psyche fosse esférico, seu diâmetro seria de 226 km.

Acredita-se que Psyche seja o núcleo metálico de um planetesimal que perdeu seu manto rochoso.

Os planetas (na teoria mais aceita sobre a formação do sistema solar) teriam se originado das colisões entre planetesimais.

Daí a importância de estudar o asteróide Psyche.

Com esse objetivo, a NASA construiu e já tem pronta a nave (de mesmo nome) Psyche.

Ela teve sua partida adiada várias vezes.

Existe uma janela para seu lançamento entre julho e setembro de 2023.

Visitantes das Estrelas

O Asteróide Oumuamua

No dia 19 de outubro de 2017, o telescópio ótico pan-STARRS1 (localizado no Havaí) avistou pela primeira vez o asteróide Oumuamua (que significa Primeiro Mensageiro Distante, numa tradução livre da palavra havaiana). Imediatamente, telescópios espalhados pelo mundo assestaram seus espelhos e lentes para o objeto (Figura 7).

Primeiramente, pensava-se se tratar de um cometa e ele recebeu a classificação C/2017 U1. Depois, pela ausência de cauda, foi reclassificado

Figura 8 – Órbita do asteróide Oumuamua dentro do sistema solar. No seu ponto mais próximo do Sol (periélio), o Oumuamua estava a uma distância de 43 milhões de quilômetros e a uma velocidade incrível de 315.000 km/h! Em seu ponto mais próximo da Terra, o asteróide estava a uma distância de cerca de 14 milhões de quilômetros (Crédito: NASA/JPL – Caltech/IAU)

como asteróide A/2017 U1. Porém, quando estimaram sua velocidade e encontraram fantásticos 160.000 km/h, concluiu-se que esse objeto não pertencia e nem permaneceria no sistema solar – era a descoberta do primeiro asteróide interestelar!

Oumuamua recebeu, então, uma nova classificação – I1/2017 U1 (com o I inicial, para interestelar). É um objeto longo, com dimensões aproximadas de 230m x 35m x 35m. Oumuamua foi também observado em frequências de rádio, o que permitiu aos astrônomos traçarem a sua órbita dentro do sistema solar (Figura 8). Ele penetrou a eclíptica (plano de rotação da Terra-Sol), entre o Sol e Mercúrio e cruzou de volta, entre os planetas Terra e Marte (quando foi detectado).

O asteróide Oumuamua foi ejetado de algum sistema estelar que estava formando seu cinturão de planetas. Muitas especulações acompanharam o Oumuamua. Ele teria vindo da estrela Vega (que fica na constelação de Lira), seria uma nave espacial alienígena, … a maioria dessas hipóteses foram descartadas.

Quando estiver livre no espaço sideral, Oumuamua desenvolverá 95.000 km/h, percorrendo em um ano, cinco vezes a distância Terra-Sol. Aloha! (Tchau, em havaiano) Oumuamua, nunca mais o veremos.

O Cometa Borisov

Figura 9 – Fotografia do cometa 2I/Borisov tirada pelo Hubble em 12 de outubro de 2019. O cometa estava a uma distância de 418 milhões de quilômetros da Terra, com velocidade de 177.000 km/h (Crédito: Hubble Space Telescope)

No dia 29 de agosto de 2019, o astrônomo amador e construtor de telescópios Gennadiy Borisov (da Criméia) observou um cometa nas proximidades de Marte. Imediatamente, telescópios terrestres e espaciais estudaram e fotografaram o cometa (Figura 9).

Com velocidade ainda maior do que a do asteróide Oumuamua, o cometa revelou também ser de origem interestelar. Foi o segundo astro registrado (até agora) vindo das estrelas e foi batizado de 2I/Borisov. Numa trajetória bem mais distante da Terra do que a de Oumuamua, ele penetrou o sistema solar para além da órbita de Marte (Figura 10).

O diâmetro estimado para o seu pequeno núcleo, quando comparado com os dos cometas Tempel 1 (6 km), Halley (15 km) e Hale-Bopp (35km), é de apenas 400 metros. Núcleos desse tamanho tendem a se fragmentar.

No espaço interestelar, o cometa 2I/Borisov terá a velocidade de 116.000 km/h percorrendo em um ano, quase sete vezes a distância Terra-Sol. Khoroshaya poyezdka! (Boa viagem, em russo) 2I/Borisov, nunca mais o veremos.

*Físico, Professor Sênior do IFSC – USP

e-mail: onody@ifsc.usp.br

 

 

Para acessar todo o conteúdo do site “Notícias de Ciência e Tecnologia” dirija a câmera do celular para o QR Code abaixo

 

 

 

 

 

 

Compartilhe o artigo

 

 

 

(Agradecimento: ao Sr. Rui Sintra da Assessoria de Comunicação)

Referências:

Deep Impact Mission to a comet | NASA

Stardust – Comet Missions – NASA Jet Propulsion Laboratory

ESA – Rosetta

Lagrange point – Wikipedia

JAXA Hayabusa2 Project

OSIRIS-REx | NASA

Updated: For the first time, astronomers are tracking a distant visitor streaking through our solar system | Science | AAAS

Oumuamua – Wikipedia

2I/Borisov – Wikipedia

Asteroid 16 Psyche | Psyche Mission – A Mission to a Metal World (asu.edu)

Smashing success: humanity has diverted an asteroid for the first time (nature.com)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de outubro de 2022

Prof. Javier Ellena (IFSC/USP) toma posse como vice-presidente da Associação Brasileira de Cristalografia (ABcr)

Tomou posse no passado dia 17 de outubro a nova diretoria da Associação Brasileira de Cristalografia (ABcr).

A ABcr é uma instituição criada para promover o desenvolvimento da Cristalografia no Brasil, desenvolvendo atividades como a realização de congressos, reuniões científicas e conferências, a promoção de trabalhos de pesquisa e de divulgação, a promoção de intercâmbio com outras associações e sociedades no Brasil e no exterior. É uma associação civil, pessoa jurídica de direito privado, de caráter acadêmico, científico e tecnológico, com fins não econômicos.

A ABCr representa a comunidade brasileira de Cristalografia no âmbito Internacional junto à International Union of Crystallography (IUCr) e no âmbito Regional junto à Latin American Crystallographic Association (LACA). Também é uma das sociedades científicas filiadas à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

A ABCr tem, entre seus associados, estudantes e pesquisadores interessados em Cristalografia e/ou que utilizam sistematicamente técnicas de análise estrutural, como difração de raios X, nêutrons e elétrons, espalhamento de raios X/nêutrons a baixo ângulo (SAXS/SANS) e Absorção de raios X (XANES/EXAFS), como forma de atingir uma melhor compreensão da natureza.

A nova diretoria apresenta a seguinte composição:

Presidente:

Profa. Maria Cristina Nonato (USP);

Vice-Presidente:

Prof. Javier Alcides Ellena (IFSC/USP);

Secretário-Geral:

Profa. Beatriz Gomes Guimarães (Fiocruz);

Secretário:

Prof. Narcizo Marques de Souza Neto (LNLS);

Tesoureiro:

Prof. Eduardo Granado Monteiro da Silva (UNICAMP);

Secretário para Assuntos de Ensino:

Prof. Cristiano Oliveira (USP).

O IFSC/USP parabeniza toda a diretoria eleita e particularmente o Prof. Javier Ellena, desejando a todos um profícuo mandato à frente da ABcr.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de outubro de 2022

Dia 22 de outubro – “Feira de Ciência e Tecnologia da USP e DER – São Carlos 2022”

Edição de 2019

Evento estará integrado na “Semana Nacional de Ciência e Tecnologia” – 22 de outubro de 2022

O Ginásio de Esportes Milton Olaio Filho, em São Carlos, vai receber no próximo dia 22 de outubro (sábado), entre as 10 e 17 horas, a Feira de Ciência e Tecnologia da USP  e DER – São Carlos 2022”, um evento organizado pelo Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF), alocado no Instituto de Física de São Carlos (USP) e pela Diretoria de Ensino da Região de São Carlos, e integrado na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2022.

Esta edição da Feira de Ciência e Tecnologia, aberta e gratuita, irá contar com a presença de 197 Clubes de Ciência que durante este ano desenvolveram inúmeros experimentos subordinados ao tema “Educação, Ciência e Tecnologia na geração de um planeta sustentável”, que serão apresentados neste certame.

Além dos Clubes de Ciências, as demais ações educacionais do CEPOF junto às escolas públicas da região incluíram minicursos com kits educacionais, disciplinas eletivas sobre o ambiente computacional Arduino, Exposição e Oficina de ciências no Museu de Ciências “Prof. Mario Tolentino”, e excursão para o Museu de Ciências da ESALQ-USP. Tais ações foram ministradas pela Profa. Dra. Wilma Barrionuevo, do CEPOF, em parceria com os professores e coordenadores das escolas.

A difusão e popularização da ciência nas escolas públicas constitui-se em iniciativa de valor social relevante, visto que permite que os alunos de comunidades mais vulneráveis tenham acesso igualitário a conteúdos científicos e tecnológicos, em linguagem compreensível a todos.

O CEPOF desenvolve atividades de difusão de ciências há mais de duas décadas, em importante parceria com a Diretoria de Ensino da Região de São Carlos. Fruto dessa parceria, foram criados e acompanhados, desde 2016, 660 Clubes de Ciências, envolvendo milhares de estudantes e professores de Escolas públicas estaduais de sete municípios abrangidos pela Diretoria de Ensino da Região de São Carlos.

Assessoria de Comunicação –  IFSC/USP

18 de outubro de 2022

“Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos” (SIFSC) – quando a integração é perfeita

Apresentação de pôsteres

É uma verdadeira tradição, no IFSC/USP, a realização, anual, da Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos (SIFSC), um evento inteiramente organizado e gerido pelos alunos de nosso Instituto ao longo de uma semana. Palestras, minicursos, debates, workshops, exposições artísticas, apresentação e discussão de trabalhos científicos e a entrega do “Prêmio Yvonne Mascarenhas” constituem os principais ingredientes deste evento, programação essa igualmente presente na edição de 2022, que ocorreu entre os dias 10 e 14 deste mês, integrando alunos de graduação, pós-graduação, pós-doutores, professores, pesquisadores e funcionários.

Nesta 12ª edição da SIFSC, embora com muita participação, os efeitos da pandemia ainda se fizeram notar. Contudo, para Vinícius Pereira Pinto, um dos organizadores do evento, esta foi a edição que teve uma programação mais integrada graças às várias colaborações internas e ao lote de alunos voluntários que foram fundamentais para o sucesso do evento. “A pandemia deixou um rastro muito grande que ainda se faz sentir, fato que contribuiu para que a comissão organizadora do evento ficasse reduzida”, comenta Vinícius, que salienta a importância da SIFSC para os alunos. “De fato, este é um evento perfeito para que os alunos se possam integrar ainda mais, não só na vida do Instituto, como também na interação com os alunos de Pós-Graduação, visando trocar ideias e projetos acadêmicos e científicos”.

Vinicius Pereira Pinto

A SIFSC é o único evento do IFSC/USP totalmente organizado e gerido pelos alunos do Instituto, oferecendo-lhes uma visão de como organizar um grande evento acadêmico, com todas as suas particularidades, e como geri-lo da melhor forma através de uma programação equilibrada e rica. Além da programação, que nesta edição, como em todas as outras, ocorreu de forma bastante organizada, foram apresentados cerca de setenta trabalhos em formato de pôsteres, onde os alunos puderam colocar ideias e discutir projetos entre si e com os professores avaliadores, uma ação que reitera a necessidade de existir sempre uma comunicação cada vez mais lata e próxima entre as áreas de pesquisa.

Vinícius Pereira Pinto sublinha que a entrega dos “Prêmios Yvonne Mascarenhas”, que ocorreu no último dia do evento, foi o momento mais sublime de toda a programação da SIFSC. “Foram apresentados ótimos trabalhos, todos eles diferenciados e com apresentações orais de alto nível, o que complicou – e muito – o trabalho das bancas para escolher o melhor em cada categoria: Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado. Contudo, foi a presença e as palavras da Profª Yvonne Primerano Mascarenhas que mais nos tocaram. Sua história de vida junto com o Prof. Sérgio Mascarenhas, que se dilui na história da criação do IFSC/USP, seu olhar de ternura e seu entusiasmo vertido em suas palavras e sempre voltado para a disseminação do conhecimento, contagiaram todos os presentes, que a aplaudiram de pé”, recorda Vinícius.

Banca – Iniciação Científica

Banca – Mestrado

Banca – Doutorado

Os vencedores

Os vencedores do “Prêmio Yvonne Mascarenhas” da SIFSC-2022, foram:

Excelência Acadêmica – Categoria Iniciação Científica: Juan Vitor Oliveira Pêgas, com o trabalho “Introdução à teoria dos espinores e twistores”;

Excelência Acadêmica – Categoria Mestrado: Camila Aparecida Antunes, com o trabalho “Estudo teórico do fenômeno de cavitação acústica no tecido biológico para otimização da Terapia Sonodinâmica (SDT)”;

Excelência Acadêmica – Categoria Doutorado: Camila de Paula D’Almeida, com o trabalho “Microscopia holográfica sem lentes com algoritmos de reconstrução de fase baseados nos métodos multiespectral e multialturas”;

Divulgação Científica: Júlia Gouvêa Mamprim, com o vídeo “Matéria escura: como procurar algo que não conseguimos ver?”;

Concurso artístico: Luciana Andrade Dourado.

Premiados – Júlia Gouveia, Juan Pêgas (Profª Yvonne Mascarenhas), Camila de Paula e Camila Antunes

Luciana Andrade Dourado

Comissão Organizadora da SIFSC-2022: Vinícius Pereira Pinto; Arthur Deponte Zutão e Gabriel dos Santos

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de outubro de 2022

“XV Semana da Licenciatura em Ciências Exatas” (SELIC – 2022)

Mantendo sua tradição, o Campus USP de São Carlos realiza entre os dias 17 e 21 de outubro a “XV Semana da Licenciatura em Ciências Exatas”, edição 2022, um evento inteiramente dedicado  a todos quantos se interessam por educação, organizado por alunos e professores do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, que abrange o Instituto de Ciências Matemáticas e Computação (ICMC-USP) Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP) e Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP).

A programação deste evento está organizada da seguinte forma:

 

 

Dia 17/10

19h – 20h40

Local Auditório “Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP);

Abertura do evento e palestra “O que não te contaram

sobre o novo Ensino Médio”, com o Prof. Daniel Cara;

21h – 22h40

Local LEF (IFSC/USP)

Oficina – “Técnicas teatrais para o ensino, com a Cia. de Teatro Espelunca;

Dia 18/10

19h – 20h40

Local Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP);

Debate “Programa de Ensino Integral – Desafios da Expansão”, com Herbert Alexandre João e Rodrigo de Moura Santos;

21h – 22h40

Local Térreo do Auditório “Sergio Mascarenhas” (IFSC/USP);

Apresentação de pôsteres e avaliação;

Dia 19/10

19h – 20h40

Local IQSC/IFSC

Minicursos – Pt. I

“Play and learn: o uso de jogos no ensino de Ciências” -“Ensino de Ciências e os (des)caminhos da Educação para a diversidade e as Relações Étnicoraciais”; “Robótica Pedagógica”;

21h – 22h40

Local IQSC/IFSC

Minicursos – Pt. II

“Play and learn: o uso de jogos no ensino de Ciências” -“Ensino de Ciências e os (des)caminhos da Educação para a diversidade e as Relações Étnicoraciais”; “Robótica Pedagógica”;

Dia 20/10

19h – 20h40

Auditório “Professor Fernão Stella ” (ICMC/USP);

Mesa Redonda “Educação e as múltiplas crises contemporâneas”, com Edson Grandisoli, Aline Chitero e Paulo Martinez;

21h – 22h40

Auditório “Professor Fernão Stella ” (ICMC/USP)

Palestra “Há educação científica em uma escola sem partido?”, com Vera Alves Cepêda;

Dia 21/10

19h – 20h40

Auditório “Professor Fernão Stella ” (ICMC/USP);

Mesa Redonda “Desestruturação do ensino e Saúde Mental do docente”, com Elaine Cristina Simões, Flávia Adolf Lutz Keller e Gisele Levy;

21h00

Auditório “Professor Fernão Stella ” (ICMC/USP);

Encerramento

Premiação dos trabalhos;

Pizza no Pane – SACEx;

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de outubro de 2022

CEPOF-IFSC/USP é contemplado com o 2º lugar do “Prêmio Marcos Moraes – 2022”

As melhores e mais inovadoras iniciativas para o controle do câncer no Brasil

Os pesquisadores do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), alocado no nosso Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e coordenado pelo Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, foi contemplado, em setembro último, na cidade de Salvador (BA), com o  2º lugar do “Prêmio Marcos Moraes de Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer- 2022”, uma iniciativa da Fundação do Câncer com o apoio do Instituto Oncoclínicas, premiação esta que tem o objetivo de dar a conhecer as mais inovadoras iniciativas científicas e tecnológicas para o controle do câncer no Brasil.

Este 2º lugar conquistado pelo CEPOF-IFSC/USP na categoria “Iniciativas para o controle do câncer”, concorreu com outros 43 trabalhos de instituições públicas e privadas oriundas de treze estados brasileiros, sendo seus autores os pesquisadores Natália Inada, Welington Lombardi, Renata Belotto, Cynthia De Castro, Mirian Stringasci, Hilde Buzzá, Cristina Kurachi e Vanderlei Salvador Bagnato.

Dra Natália Inada

Para a pesquisadora do CEPOF, Dra Natália Inada, este trabalho do CEPOF, subordinado ao tema “Tratando Neoplasias Intraepiteliais Cervicais de Alto Grau (2/3) e diminuindo a carga viral por Terapia Fotodinâmica”, coloca ainda mais em destaque na comunidade científica a relevância de tratar as mulheres portadoras de HPV e câncer cervical. “Este é um dos tipos de câncer que mais mata mulheres no Brasil e com a Terapia Fotodinâmica (TFD) temos conseguido não só eliminar essas lesões ( HPV), que são precursoras do câncer de colo do útero, como também observar, de modo significativo, uma redução da carga do HPV de alto grau, o que diminui muito a chance dessas mulheres contraírem o câncer. Natália Inada pontua que a motivação de toda a equipe para continuar a trilhar esse projeto de pesquisa, junto com os parceiros científicos, se consubstancia em novas fronteiras que se abrem para melhorar os protocolos clínicos e o desenvolvimento de novos equipamentos e técnicas, envolvendo a utilização da luz. “Estamos, inclusive, com um desafio prestes a ser superado, que é a implementação de um protocolo utilizando o laser para tratar lesões do canal cervical, que são as mais agressivas e cujo tratamento convencional (a cirurgia de alta frequência) envolve a remoção de uma grande extensão do colo uterino, que além de mutilante, pode estreitar o colo uterino, causando dificuldade de concepção”, explica Natalia.

Assista, AQUI, ao vídeo que fez parte do trabalho apresentado pelo CEPOF.

O convite da NIH (EUA) para participação no “Global Health”

Prof. Vanderlei Salvador Bagnato

Para o Prof. Vanderlei Bagnato, que coordena o CEPOF, a determinação de todos os pesquisadores do grupo vai no sentido de promover as melhorias no tratamento de várias formas de câncer, entre elas a do colo do útero, sempre tentando coletar mais conhecimento básico e desenvolver protocolos, técnicas e equipamentos que permitam esse combate. A relevância dos trabalhos publicados em revistas científicas internacionais sobre os trabalhos desenvolvidos pelos pesquisadores fez com que o National Institutes of Health (NIH), nos Estados Unidos, convidasse o CEPOF para participar no “Global Health”, uma iniciativa que envolve várias regiões, entre elas, África e América do Sul. “Vai ser um trabalho gigantesco e apaixonante, atendendo a que teremos que implementar protocolos e instrumentos em regiões onde as condições econômicas locais não permitem a instalação de tratamentos sofisticados para tratar as populações. Nesse âmbito, já fomos escolhidos para incorporar as técnicas de tratamento do HPV no continente africano, uma ação que já iniciamos, tendo como parceiros  o MD-Anderson Cancer Center (referência mundial em câncer) e a Rice University, ambos localizados na cidade de Houston, no Texas. Por outro lado, estamos já trabalhando em projetos desafiadores com financiamentos do Brasil e dos EUA para melhorar as técnicas e procedimentos no tratamento de vários tipos de câncer” relata Bagnato.

Quanto ao 2º lugar no “Prêmio Marcos Moraes de Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer- 2022”, Vanderlei Bagnato afirma que ele é fruto de anos de investimento através de projetos que foram financiados pela FINEP, FAPESP e EMBRAPII, desenvolvendo equipamentos e tecnologia  em parceria com empresas que irão permitir tratar as lesões já mencionadas acima em qualquer lugar do mundo, especialmente no Brasil. “Nós temos que fortalecer, cada vez mais, o desenvolvimento de instrumentação que permita uma atuação rápida da medicina e ajustada à nossa realidade econômica. Não importa ter sido classificado em primeiro ou segundo colocado neste prêmio que conquistamos; importa, sim, a vitória que alcançamos com o esforço científico, o apoio institucional e as parcerias. Todos os envolvidos, direta ou indiretamente, são vitoriosos”,  salienta e finaliza o pesquisador.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de outubro de 2022

15 de outubro – Feliz “Dia do(a)s Professore(a)s”

Às professoras e aos professores do IFSC:

Todo dia é dia do(a) professor(a), que se dedica a ensinar e melhorar a vida de seus alunos e de suas alunas, discípulos e discípulas.

De qualquer forma, é importante celebrar esta data, especialmente nesses tempos em que valorizar o conhecimento é essencial.

A Diretoria do IFSC parabeniza e agradece às nossas professoras e aos nossos professores pela dedicação e entusiasmo no cumprimento das missões do Instituto.

 

Diretoria do IFSC/USP

14 de outubro de 2022

Egresso do IFSC/USP tem trabalho premiado nos “Prêmios SBF de Tese de Doutorado”

A Sociedade Brasileira de Física (SBF), através de suas comissões especializadas, divulgou recentemente os vencedores das melhores teses de doutorado defendidas no ano de 2020.

A tese de doutorado do Dr. Rodrigo Guedes Lang (IFSC/USP), orientada pelo docente e pesquisador de nosso Instituto, Prof. Vitor de Sopuza, venceu na “Comissão de Partículas e Campos” com o trabalho intitulado “Phenomenology of the propagation of astroparticles: Lorentz invariance violation and the origin of ultra-high energy cosmic ray”.

Rodrigo Guedes Lang é Bacharel em Física, Mestre e Doutor em Física Básica pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e atualmente atua como pós-doutor no Erlangen Centre for Astroparticle Physics (ECAP) da Friedrich Alexander Universität Erlangen-Nürnberg (FAU), em Erlangen, Alemanha.

O premiado atua em Astrofísica de Partículas, com destaque para os temas: astronomia gama, reconstrução e separação gama/hádron para IACTs, propagação de raios cósmicos de altíssima energia, anisotropia de raios cósmicos de altíssima energia, quebra de invariância de Lorentz. É membro das colaborações H.E.S.S. e CTA e ex-membro da colaboração Pierre Auger.

Os “Prêmios SBF de Tese de Doutorado” foram criados com o objetivo de estimular e valorizar os trabalhos de excelência e padrão internacional nas diferentes áreas da Física, sendo que a tese de Rodrigo Guedes Lang, tais como as restantes vencedoras em suas comissões específicas, irão concorrer ao Prêmio José Leite Lopes de Melhor Tese de Doutoramento (VER AQUI).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

14 de outubro de 2022

Pesquisadores do IFSC/USP integram lista dos cientistas mais influentes do mundo

A “Elsevier” publicou no passado dia 10 de outubro a quarta atualização da lista dos cem mil cientistas mais influentes do mundo, que corresponde a 2% dos pesquisadores mais relevantes do planeta.

Os dados, onde se encontra incluído um lote de pesquisadores do IFSC/USP, foram compilados em duas listas – uma com os cientistas mais influentes ao longo de suas carreiras; e outra com cientistas ranqueados pelos dados atuais do ano de 2021.

Assim, ao longo da carreira estão listados os seguintes pesquisadores de nosso Instituto:

Adriano Andricopulo;

Antonio Ricardo Zanatta;

Attilio Cucchieri;

Cleber Renato Mendonça;

Hellmut Eckert;

Jean Claude M`Peko;

Luciano Da Fontoura Costa;

Osvaldo Novais de Oliveira Junior;

Sergio Zilio;

Vanderlei Salvador Bagnato;

Já no ano de 2021 estão na lista os seguintes docentes:

Adriano Andricopulo;

Hellmut Eckert;

Luciano Da Fontoura Costa;Osvaldo Novais de Oliveira Junior;

Valmor Roberto Mastelaro;

Valtencir Zucolotto;

Vanderlei Salvador Bagnato;

Para conferir a lista integral da “Elsevier, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de outubro de 2022

Classificação de minerais raros – Espectroscopia Raman e redes neurais artificiais

Alfredo Queiroz e Marcelo B. Andrade

Ao observar uma rocha não é tão fácil identificar, em certas ocasiões, os minerais que ela contém, uma vez que diferentes minerais podem ter colorações e formas muito semelhantes. Uma estratégia muito interessante para resolver este problema é investigar a interação da radiação eletromagnética com esses minerais para classificá-los.

Decidido a enfrentar este desafio, o doutorando do IFSC/USP, Alfredo Queiroz, investiga desde o seu mestrado a classificação de minerais por meio da espectroscopia Raman e Redes Neurais Artificiais sob a orientação do pesquisador, Dr. Marcelo B. Andrade. O trabalho resultou num artigo em uma das principais revistas da área, a “Journal of Raman Spectroscopy”, disponibilizada em agosto de 2022.

A estrutura das redes neurais desenvolvidas foi baseada em redes Perceptron de multicamadas (Multilayer Perceptron) e conseguiram classificar amostras dos grupos do pirocloro e microlita (fontes de nióbio e tântalo respectivamente, elementos que são muito utilizados nas indústrias aeroespacial e eletrônica).

Outro fator a ser destacado no trabalho foi o ajuste da linha de base dos espectros obtidos pelo método de mínimos quadrados assimétricos (Asymmetric Least Squares), utilizado para remover efeitos como os da fluorescência, que afetavam a classificação.

Fluorcalciopyrochlore

Os pesquisadores do IFSC/USP contaram também com a colaboração da universidade do Arizona para a análise de algumas amostras, cujos dados estão disponibilizados na base de dados do projeto  RRUFF (VEJA AQUI).

O artigo “Prospection of pyrochlore and microlite mineral groups through Raman spectroscopy coupled with artificial neural networks” pode ser acessado, clicando AQUI.

O trabalho publicado demonstra como os conhecimentos de física computacional são importantes na identificação de minerais e no aperfeiçoamento da exploração dos recursos naturais. Isso é muito importante para o país, pois o Brasil possui grandes reservas de nióbio e tântalo.

Alfredo fez a graduação e mestrado em Física Computacional no IFSC/USP e atualmente é doutorando no mesmo programa no grupo de cristalografia (LaMuCrEs e EMU LabRam), desenvolvendo novas ferramentas de aprendizado de máquina para a identificação de minerais de interesse econômico, utilizando a espectroscopia Raman.

 

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de outubro de 2022

Ciência em Evidência: uma nova voz para a difusão científica

O Programa de Popularização da Ciência e Tecnologia “Ciência em Evidência”, possui como objetivo central auxiliar na formação de recursos humanos com criticidade e repertório científico, sendo destinado para toda a sociedade brasileira com atenção especial aos alunos da rede pública de ensino da Diretoria de Ensino da Região de São Carlos, que abrange instituições localizadas nos seguintes municípios: São Carlos, Ibaté, Ribeirão Bonito, Dourado, Itirapina, Corumbataí e Descalvado.

Tal projeto de difusão científica é sediado no campus da USP São Carlos e possui parcerias com o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF-FAPESP), Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Óptica Básica e Aplicada às Ciências da Vida (INCT OBACV-CNPq) e Produção de Vídeos Educacionais (PROVE), sendo desenvolvido por estudantes do ensino médio da E. E. Professor Sebastião de Oliveira Rocha, que atuam em uma iniciação científica júnior com fomento do CNPq.

Gustavo Ferragini Batista idealizou o programa e coordena-o desde junho de 2022, tendo desenvolvido vídeos de educação científica acerca do universo microscópico que culminaram em episódios com as seguintes temáticas: evolução das teorias atômicas, teoria do Big Bang e origem da vida e tabela periódica, sendo que suas próximas produções serão centralizadas em ligações moleculares, morfologia e fisiologia celular e espectro eletromagnético.

Paralelamente às produções, ele ocupa-se em auxiliar os demais bolsistas João Paulo Medeiros Baldo e Luana Carolina Marchetti Zabotto no desenvolvimento de seus episódios sobre evolução e seleção natural e sistemas do corpo humano respectivamente, tendo em vista que o trio é orientado por Prof. Dr. Euclydes Marega Júnior, Prof. Dr. Sebastião Pratavieira e Dra. Wilma Barrionuevo.

Outros episódios serão elaborados nos próximos meses e além da divulgação da série no canal do CePOF & INCT Óptica Básica e Aplicada, no Youtube, os estudantes criaram o Portal Ciência em Evidência no “Tik Tok”.

Somando-se aos conteúdos audiovisuais, o Podcast Educativo “Ondas do Saber”, idealizado e editado por Gustavo, é elaborado a fim de transmitir a voz do conhecimento para a população interessada.

O podcast representa uma ação do Programa Ciência em Evidência juntamente com o Clube de Ciências CDEC (Clube de Desenvolvimento em Educação Científica), sediado na E. E. Prof. Sebastião de Oliveira Rocha e que auxilia na divulgação da iniciativa e dos episódios em seus canais de comunicação no Instagram, Facebook, YouTube, Anchor, Spotify e Site Google.

Atualmente o podcast possui 5 episódios que abordam: Ciência & Educação (Prof. Dr. José G. Tundisi), Epistemologia (Prof. Me. João Vitor Ruvira), Biofotônica (Doutoranda Erika P. Ayala), Química Quântica (Prof. Dr. Albérico Borges) e Microscopia (Prof. Dr. Sebastião Pratavieira), sendo que outros episódios estão em construção e contemplarão diversas áreas do conhecimento dispostas essencialmente em: física, química e biologia.

Os estudantes envolvidos esperam despertar o interesse de outros jovens para as maravilhas da ciência e agradecem especialmente aos orientadores Euclydes, Sebastião e Wilma, ao funcionário da PROVE Anderson Rodrigues Muniz, às Professoras Juliana Monteiro Dias e Janaina Cervini, à Professora PROATEC Danielle Abreu e à equipe gestora da escola, nas pessoas da Diretora Lucinei Tavoni, Vice-diretoras Andréa Moralez e Priscila Micelli e da Coordenadora Leila Pazatto, por todo o apoio e incentivos prestados.

Em caso de dúvidas, sugestões, avaliações e propostas, entre em contato pelo e-mail: portalcienciaemevidencia@gmail.com

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de outubro de 2022

Oportunidade de estágio nos EUA para projeto CEPOF – IFSC/USP – EMBRAPII de biosegurança

(Créditos: AZoLifescience)

Encontram-se abertas as inscrições para uma oportunidade de estágio de seis (06) meses para alunos de graduação (último ano de curso) e de pós-graduação, oriundos de qualquer universidade e já possuidores de experiência e/ou conhecimentos na área de Óptica, no sentido de integrar um projeto do CEPOF-IFSC/USP-EMBRAPII visando o desenvolvimento de um OCT – Aparelho Óptico de Tomografia de Coerência.

Este estágio (com bolsa) compreenderá um período de 02 meses em um dos mais renomados centros de óptica do mundo, localizado nos EUA, onde o estagiário irá projetar o citado equipamento, e os restantes meses no IFSC/USP para completar o projeto. O objetivo é construir, com base em um OCT, um sistema inédito e totalmente inovador de bioidentificação, ou seja, da identificação digital profunda na parte interna da derme dos dedos, impedindo, dessa forma, a falsificação e/ou adulteração das impressões digitais.

Este é um projeto da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Empresarial – EMBRAII – Unidade do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em estreita colaboração com o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF-IFSC/USP).

Os interessados a esta vaga poderão obter mais informações e manifestar o seu interesse enviando o respectivo CV para o email secretariago@ifsc.usp.br

Rui Sintra – IFSC/USP

7 de outubro de 2022

“An introduction to ultracold atomic matter” com o Dr. Giacomo Roati

O Dr. Giacomo Roati, pesquisador no CNR-INO and LENS, Sesto Fiorentino (Itália), foi o palestrante de mais um colóquio do IFSC/USP que ocorreu no dia 07 de outubro, de forma remota, subordinado ao título “An introduction to ultracold atomic matter”

Em sua apresentação, o Dr, Giacomo começou por enfatizar o fato de, em temperaturas ultrabaixas e próximas ao zero absoluto, milhões de átomos presos em configurações de alto vácuo cruzam a fronteira para se tornarem ondas de matéria. Os gases quânticos, como são chamados, são considerados um dos maiores avanços da física moderna, premiados com vários Prêmios Nobel nos últimos trinta anos.

Segundo o palestrante, os gases quânticos não são apenas importantes relativamente a aspectos fundamentais, mas também, e ainda mais importante, são considerados como blocos de construção para a nova era da tecnologia quântica, onde novos dispositivos quânticos devem impactar a vida cotidiana do ser humano.

Nesta palestra, o pesquisador abordou algumas das principais características dos gases quânticos, desde sua produção até a exploração e manipulação com luz laser, tendo aberto o horizonte desse mundo fantástico, onde a mecânica quântica se afasta dos livros didáticos, tornando-se palpável em níveis macroscópicos.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de outubro de 2022

Informação e Computação Quântica por RMN no LEAR – IFSC/USP – Uma história que teve início em 2002

Em função da concessão do Prêmio Nobel em Física de 2022 aos Físicos Alain Aspect, John F. Clauser e Anton Zeilinger pelos seus trabalhos na área de Informação Quântica, temos que resgatar nossa história brasileira nesta linha de pesquisa utilizando a Ressonância Magnética Nuclear (RMN).

Em 2002, o Diretor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) estrategicamente organizou um evento com pesquisadores brasileiros para abrir perspectivas ao desenvolvimento de linhas inovadoras de pesquisa no País.

No nosso caso, fomos incentivados a iniciar pesquisa na área de Informação e Computação Quântica (ICQ) por RMN, tarefa que, de forma ousada, aceitamos prontamente no Laboratório de Espectroscopia de Alta Resolução por RMN – LEAR.

Após contato com alguns pesquisadores do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas – CBPF e do Departamento de Física da UFES, rapidamente formamos uma excelente equipe para começar a desenvolver pesquisa na área de ICQ por RMN no Brasil.

Em 2003, já estávamos publicando nosso primeiro artigo no Jornal Physical Review A. Após este artigo, publicamos uma extensa série de artigos em revistas indexadas, incluindo o prestigioso Jornal Physical Review Letters. Além dos artigos, vários projetos de mestrado e doutorado foram concluídos, formando uma comunidade qualificada na área de ICQ.

Após publicar um artigo no Journal of Magnetic Resonance, em 2005, escolhido para ilustrar a capa da edição, fomos convidados pela Elsevier para escrever um livro sobre Processamento da Informação Quântica por RMN, que foi publicado em 2007.

Não nos limitamos à RMN e incluímos o emprego da Ressonância Quadrupolar Nuclear (RQN), uma proposta original na área e de custo expressivamente inferior ao da RMN, pois não emprega o uso de magnetos supercondutores.

Seguimos até hoje desenvolvendo projetos de RMN e de RQN para aplicações em ICQ, com a última publicação feita na revista Quantum Information Processing, em 2022.

No momento, de forma inovadora, estamos procurando desenvolver uma interface para nossos equipamentos de modo a permitir que usuários possam ter contato com a Computação Quântica via RMN, sendo uma ferramenta de grande valor para a necessária formação de recursos humanos habilitados a utilizar essa poderosa ferramenta computacional. Nesta importante etapa, contamos com colaboradores da UFSCar – Araras e da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

A este computador quântico por RMN que estamos desenvolvendo, daremos o nome de “Gatinho Feio”, em homenagem ao Gato de Schrödinger e ao “Patinho Feio”, primeiro computador construído pela Escola Politécnica da USP, que completou 50 anos recentemente.

Logicamente, em nenhum dos casos, eles são “feios”, mas sim Inovadores e Ousados!

Tito J. Bonagamba

(Coordenador do LEAR – IFSC/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de outubro de 2022

Vem ser professor(a)! Acreditar no que faz e gostar do que faz

Paulo Bedaque (*) / Ana Paula  Ulian de Araújo (**) / Osvaldo Novais de  Oliveira  Junior (***)

“De forma simples, procurei identificar cinco facetas que definem o “bom professor”: conhecimento, cultura profissional, tato pedagógico, trabalho em equipe e compromisso social”. António Nóvoa, em Professor – imagens do futuro presente – Ed. Educa. Lisboa, 2009.

O ser humano nasce, sob vários aspectos, muito menos “pronto” do que os demais animais, mesmo que os demais mamíferos.  Logo após o nascimento é incapaz de sobreviver sem ajuda. Se bebês recém-nascidos forem abandonados à sua própria sorte, nenhum deles sobreviverá. Já aquelas tartaruguinhas, que nascem de ovos enterrados na areia, correm para a água, e jamais conhecerão seus pais ou mães ou dependerão de adultos para crescer e chegar à vida adulta. Por outro lado, se o ser humano nasce “inacabado”, ele é elástico, deixa-se influenciar pelo outro, o que resulta no que podemos chamar de educabilidade. Esta educabilidade demanda educatilidade, ou seja, demanda aprendizados, formais ou não, que levam os seres humanos a integrar a humanidade como a conhecemos. Surge então a escola para formar indivíduos inseridos nas comunidades, afastados da barbárie, como resposta a essa educabilidade.

Ainda que a educação não formal tenha grande importância na formação das pessoas, cabe à escola o trabalho sistemático de transformação dos indivíduos, de inseri-los no universo do saber sábio, mergulhando-os nos conhecimentos acumulados pela Humanidade. Neste percurso, a escola e o(a) professor(a) têm papel extremamente importante, pois se caracteriza como um meio social e público que facilita e potencializa a entrada da criança no mundo adulto e na sociedade; ou seja, favorece a construção da cidadania.

A participação do(a) professor(a) no processo de ensino é complexa e merece reflexão. Inicialmente, o(a) professor(a) precisa acreditar no que faz e gostar do que faz. Depois, deve assumir que a educação exige compromisso com a humanidade e seus valores. O(a) professor(a) é um modelo para seus alunos e alunas, nas ações e atitudes. Quando ele(a) indaga e reflete, faz seus alunos e alunas também indagarem e refletirem. Quando respeita a vida e o ambiente, favorece o surgimento desse respeito nos alunos e alunas. Quando o(a) professor(a) crê na importância de viver em sociedade de forma ética e respeitando a pluralidade cultural, isso também se reflete nos alunos e alunas, que passam a aceitar a diversidade nos componentes da classe e a respeitar opiniões divergentes.  Sua responsabilidade é grande, exatamente porque constituem modelos para os jovens.

A sociedade precisa de professores(as) bem formados(as) e daí vem o nosso convite aos jovens: Vem ser professor(a)!

A qualidade da educação é um dos grandes entraves para o desenvolvimento do Brasil. Exames internacionais, como o PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), iniciado em 2000 e levado a cabo a cada três anos pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), organização da qual o Brasil ainda não faz parte, mostram o grau de nossas dificuldades. Com provas de Ciências, Matemática e Linguagem, o PISA coloca nossos estudantes em incômodas últimas posições no ranking dos países participantes e mostra que eles estão abaixo da média dos participantes, com um atraso significativo na aprendizagem (http://portal.mec.gov.br/busca-geral/211-noticias/218175739/83191-pisa-2018-revela-baixo-desempenho-escolar-em-leitura-matematica-e-ciencias-no-brasil).

Há muitos desafios, mas os baixos salários dos professores da Educação Básica (Ensinos Fundamental e Médio) representam o maior problema. Isso traz dificuldades de duas naturezas: a) os(as) professores(as) precisam dar aulas em mais de uma escola, assumirem mais aulas do que o razoável, não têm tempo de se capacitarem para inovações e atualização; b) poucos talentos acabam sendo atraídos para a carreira de professor.

Uma consequência é a baixa procura por vestibulares (e ENEM) para as licenciaturas e pedagogia. Felizmente alguns estados da federação têm estabelecido pisos salariais que podem alterar esse cenário. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, o salário inicial para jornada completa ultrapassa R$ 8.300,00; no Maranhão o piso salarial de professores é de mais de R$ 6.800,00; em São Paulo, o piso é R$ 7.000,00 para escolas de tempo integral. Mais atraente ainda são as grandes escolas privadas que dão claras preferências a profissionais formados nas boas universidades públicas. Mas nem só de aulas vive um(a) professor(a) com formação sólida. Existe, por exemplo, o mercado editorial que absorve professores(as) que queiram ser editores, revisores e autores, tanto para trabalharem em livros didáticos e técnicos, como em revistas e sites especializados.

Embora esses exemplos de salários ainda sejam aquém do que gostaríamos, na média cerca de metade da média da OCDE, acreditamos que podem ser razoavelmente atraentes em função de ajustes recentes. Principalmente porque licenciaturas em universidades de pesquisa, como a USP e outras no estado e no Brasil, fornecem uma formação sofisticada que permite aos egressos atuarem em alto nível no ensino médio e fundamental. E outras perspectivas, inclusive com a continuação de estudos de pós-graduação para carreiras de cientistas, professores universitários. Há muitos casos de sucesso das licenciaturas da USP, tanto de professores(as) bem-sucedidos(as) na sala de aula, como de profissionais que migraram para áreas de ciência, pesquisa e desenvolvimento, aproveitando sua formação sólida numa universidade com a qualidade da USP.

A Licenciatura em Ciências Exatas do Campus de São Carlos, por exemplo, foi concebida nos anos de 1.990 com um paradigma que é muito atual: o do ensino com disciplinas integradas e numa perspectiva multidisciplinar. A própria base nacional comum curricular (BNCC) para o Ensino Médio estabelece competências e habilidades por área de conhecimento, e não mais por disciplina. Assim, em vez de definir essas metas educacionais para Física, Química e Biologia, elas são definidas para a área de Ciências da Natureza. De certa forma, esta é também a proposta do curso de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC, que engloba ainda a Matemática.

As pessoas em geral têm percepção da importância do trabalho do(a) professor(a) para a sociedade. Pesquisa recente mostra que professores(as), cientistas e médicos(as) são os mais confiáveis para os brasileiros e também para os demais países que foram foco da pesquisa (https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/professores-e-cientistas-sao-os-mais-confiaveis-para-brasileiros-diz-pesquisa-veja-lista/). Além do Brasil, participaram África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Hungria, Índia, Itália, Japão, Malásia, México, Peru, Polônia, Reino Unido, Suécia e Turquia. Os resultados para o Brasil indicam que professores(as) estão entre os mais confiáveis, com 64%, seguidos(as) de cientistas com 61% e médicos(as) com 59%.

Para jovens que estão decidindo que carreira seguir e querem cursar uma universidade de alto nível – e gratuita – como a USP, lembramos que as inscrições da Fuvest se avizinham, encerrando-se em 07 de outubro. Nossa mensagem aos(às) jovens: vem ser professor(a)!

(*) Professor e autor, faz parte do Grupo de Estudos em Epistemologia e Didática da Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

(**) Vice-diretora do Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, Brasil

(***) Diretor do Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, SP, Brasil

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de outubro de 2022

“Prêmio Nobel de Física – 2022” – Estudos sobre mecânica quântica distinguem três cientistas

Alain Aspect, John F. Clauser e Anton Zeilinger (Áustria)

Foi hoje (04/10) conhecido o “Prêmio Nobel de Física – 2022”, conquistado pelos cientistas Alain Aspect (França), John F. Clauser (EUA) e Anton Zeilinger (Áustria), que realizaram novos estudos e experimentos que, segundo comunicado emitido pela Academia Real das Ciências da Suécia “Abriram caminho para novas tecnologias baseadas em informações quânticas”. Os três cientistas realizaram ao longo dos anos diversas pesquisas onde usaram estados quânticos emaranhados onde duas partículas se comportaram como uma única unidade, mesmo quando separadas. Estes estudos abrem as portas para inovadoras pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de computadores quânticos, comunicação quântica criptografada e redes quânticas.

Alain Aspect – presença e trabalhos no IFSC/USP

Alain Aspect no IFSC/USP (2013)

Nascido em Agen, França (1947), o nome de Alain Aspect não é desconhecido no nosso Instituto. Pesquisador e diretor de pesquisa no Instituto de Óptica do Centre National de la Recherche Scientifique (França), professor na Université Paris – Saclay e na École Polytechnique Palaisean, Alain Aspect  é coautor de um artigo científico publicado em 1989 (VER AQUI), conjuntamente com os docentes do IFSC/USP, Profs. Vanderlei Bagnato e Sérgio Carlos Zilio.

Mais tarde, em fevereiro de 2013, Alain Aspect participou, através de um seminário (VER AQUI), da Recepção aos Calouros de nosso Instituto, bem como no Simpósio de Homenagem ao Prof. Daniel Kleppner, juntamente com os Prêmios Nobel de 1997 e 2001, na circunstância, os cientistas William Philips e Eric Cornell.

Quantos aos dois outros laureados com, o Prêmio Nobel de Física 2022, John F. Clauser nasceu em 1942 em Pasadena (EUA). Recebeu em 1969 o doutorado pela Universidade de Columbia, em Nova York. É físico pesquisador no centro de pesquisa J.F. Clauser & Associate (EUA).

Anton Zeilinger nasceu em 1945 em Ried im Innkreis (Áustria) e recebeu, em 1971, o doutorado pela Universidade de Viena (Áustria), instituição onde atualmente é professor.

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de outubro de 2022

Produção científica do IFSC/USP em setembro de 2022

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de  setembro de 2022,  clique AQUI,  ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Molecules (VER AQUI).

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de outubro de 2022

Chamada de pacientes voluntários com Doença de Parkinson

(Créditos: Harvard Health)

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está realizando uma chamada para seis (06) pacientes voluntários portadores da Doença de Parkinson, para a realização de uma nova pesquisa para tratamento das dores e tremores provocados por essa enfermidade.

A chamada é para pacientes de ambos os sexos, de qualquer faixa etária, cujo diagnóstico da doença tenha sido feito há menos de três anos e que estejam sendo acompanhados clinicamente.

Esta pesquisa será realizada pelos pesquisadores do IFSC/USP, Drs. Kelly Zampieri e Antonio de Aquino Junior ao longo de vinte sessões, que ocorrerão na Unidade de Terapia Fotodinâmica, localizada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos.

Os interessados em participar nesta pesquisa poderão obter mais informações e fazer seu cadastramento através do Telef. (16) 3509-1351.

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de outubro de 2022

Chip descartável detecta e distingue vírus da Zika e Dengue – Equipamento desenvolvido no GNano-IFSC/USP

(Créditos: VDCI)

Pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do IFSC/USP (GNano), coordenado pelo pesquisador Prof. Valtencir Zucolotto, desenvolveram um chip descartável com dois biossensores que utilizam a proteína não-estrutural NS1 como biomarcador, e que através de um único teste pode detectar e distinguir essa proteína presente nos vírus Zika e Dengue. O artigo foi publicado na revista “Biosensors and Bioelectronics” (IF=12.545).

Por um lado, esta pesquisa é particularmente importante tendo em vista que os vírus Zika e Dengue apresentam sintomas muito parecidos, sendo que os diagnósticos comuns geram por vezes dúvidas entre uma e outra doença.

Por outro lado, o novo chip apresenta também a particularidade de distinguir essas proteínas da proteína spike do SARS-CoV-2, vírus causador da COVID-19 e que, no estágio inicial, também apresenta sintomas semelhantes aos da Zika e Dengue. Isso é especialmente relevante para áreas onde há a co-incidência dessas doenças.

Havendo a possibilidade de integrar mais dois biossensores neste chip, tornando-o uma plataforma portátil e versátil para a detecção várias doenças virais, este estudo poderá causar impactos positivos e bastante importantes, principalmente nos serviços de saúde, tendo em vista que só no que diz respeito à Dengue, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que anualmente 390 milhões de pessoas sejam infectadas por esse vírus em todo o mundo.

Assinam o artigo científico  os seguintes pesquisadores: Isabella Sampaio, Felipe Domingues Quatroni , Juliana Naomi Yamauti Costa e Prof. Valtencir Zucolotto.

Para acessar o artigo científico, clique AQUI.

Rui Sintra -= Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Fale conosco
Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
Obrigado pela mensagem! Assim que possível entraremos em contato..