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5 de fevereiro de 2025

Embaixada da França abre edital para “Bolsa TerrEE-2025”

(Créditos – Catraca Livre)

A Embaixada da França no Brasil abriu o edital relativo ao ano de 2025 da “Bolsa TerrEE-2025”, uma bolsa de estudos do governo francês destinada a estudantes brasileiras/os de doutorado, que realizem uma tese sobre o tema do meio ambiente e/ou ecologia e/ou ciências da natureza, da vida e da saúde.

Através desse programa de bolsas, a Embaixada da França no Brasil tem o objetivo de fortalecer a cooperação científica entre Brasil e França, sobretudo em questões da crise climática e da perda da biodiversidade.

Este projeto irá apoiar doutorando(a)s brasileiro(a)s, até 40 anos de idade, com ou sem coorientação de tese, com ou sem cotutela, mediante a concessão de uma bolsa do governo francês para estágio de doutorado de 3 a 12 meses na França.

Benefícios

*Status de bolsista do governo francês (BGF);
*Passagem aérea ida e volta Brasil/França;
*Valor mensal da bolsa de 1.770 euros para os pesquisadores matriculados em cotutela e de 1.704 euros para os pesquisadores não matriculados em cotutela (proporcionalmente à presença no território francês e ao cofinanciamento);
*Apoio administrativo e pedagógico ao estudante bolsista;

Candidaturas

As inscrições devem ser enviadas unicamente por meio do preenchimento do formulário indicado no edital até a data de limite de 30 de março de 2025 – 23h59 (horário de Brasília).

Calendário

*Encerramento da chamada de inscrições – 30 de março de 2025 às 23h59 (horário de Brasília);
*Divulgação dos resultados – 22 de abril de 2025;
*Início da mobilidade – a partir de 1 de setembro de 2025;

Mais informações através do e-mail bolsaterree@campusfrancebrasil.com.br

Acesse AQUI o edital do programa.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de fevereiro de 2025

Inscrições abertas para o terceiro Curso de Especialização em Laser

(Créditos “News Medical Life Sciences”)

Estão abertas entre os dias 15 de janeiro e 15 de março as inscrições para a terceira turma do Curso de Especialização em Laser, promovido pela Santa Casa de Misericórdia de São Carlos (SCMSC) e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), e que terá início no dia 22 de março com a aula inaugural ministrada pelo pesquisador e docente Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato.

Tal como nas anteriores edições, este Curso de Especialização em Laser é voltado para profissionais de todas as áreas da saúde – por exemplo, enfermagem, acupuntura, biomedicina, fisioterapia, odontologia, podologia, medicina, etc. -, levando até eles as mais recentes novidades sobre o uso do laser em diversas situações de saúde pública, possibilitando o avanço no desenvolvimento de novos protocolos e modelos de intervenção, algo que potencializará os participantes em suas atividades tanto na área acadêmica como no âmbito profissional.

Este curso, ministrado por docentes que são pesquisadores do IFSC/USP, irá ocorrer no Instituto de Ensino e Pesquisa da Santa Casa da Misericórdia (IEP-SCMSC) ao longo de um sábado e um domingo por mês, sempre entre as 08h00/17h00, com uma duração total de 18 meses, terminando com um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Depoimentos

A podóloga Rose Prudente foi aluna da segunda turma deste curso e comenta que “é um curso com um conteúdo de alta qualidade, assim como o corpo docente. Este curso traz inovação para a nossa área de atuação porque ele é voltado principalmente para a área a pesquisa científica relativa à utilização da luz em diversos tratamentos. Um curso que traz conhecimentos excelentes e resultados para a nossa profissão”.

Carolina Gianini é cirurgiã-dentista e uma das profissionais já inscritas neste terceiro curso. “Identifico que é um ótimo curso para quem quer trabalhar e se especializar na aplicação de laser em diversas situações na área da saúde. Vou fazer este curso, certamente… Já me inscrevi”.

Já para a biomédica Júlia Verduraz, que fez sua especialização na segunda turma do curso: “Essa especialização está mudando radicalmente a minha vida profissional, já que nunca tinha tido contato com o laser e as suas potencialidades na área da saúde, e agora vejo o quanto podemos mudar na qualidade de vida dos pacientes. Professores fantásticos que, mesmo após a especialização, se encontram disponíveis para ajudar”.

Por último, a enfermeira Carolayne Bernardo, que igualmente frequentou a segunda turma da especialização, comenta que “O laser traz resultados mais rápidos e uma maior experiência com os pacientes, posicionando os profissionais de saúde no mercado de trabalho como referências, utilizando essa tecnologia de ponta, motivo pelo qual sinto que também poderei fazer a diferença, principalmente no tratamento da cicatrização de feridas”.

Os interessados em participar neste curso deverão contatar o IPE-SCMSC através dos telefones (16) 3509-1307 / (16) 99145-3255, pelo email – iep@santacasasaocarlos.com.br, ou pelo QR Code que aparece na imagem.

 

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de janeiro de 2025

Tratamento de fibromialgia em criança com quadro de transtorno do espectro autista – Artigo científico relata os resultados obtidos

(Créditos: OSF HealthCare)

Publicado em novembro de 2024 por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) na revista científica “Journal of Novel Physioteraphies”, o artigo científico intitulado “Synergistic Action of Photobiomodulation and Ultrasound in theTreatment of Fibromyalgia and Childhood Autism: Case Report” apresenta, como o  título indica, o caso de um tratamento experimental que foi desenvolvido em São Carlos com base em laser combinado com ultrassom nas palmas das mãos de uma criança de nove anos de idade com fibromialgia, mas com quadro de transtorno do espectro autista (Grau-1).

A intervenção e o protocolo, realizados na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) localizada na Santa Casa de Misericórdia de São Carlos (SCMSC), que incluíram dez sessões, foram devidamente acompanhados pela médica, parceira do projeto de pesquisa, Profª Drª Esther Angélica Luiz José Ferreira – professora no Departamento de Medicina da UFSCar e membro titular do Departamento de Medicina da Dor e Cuidados Paliativos da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) – e, obviamente, pelos pais da criança.

Surpresa dos pesquisadores

Pesquisador Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior

Atendendo a que o foco inicial era somente o tratamento das consequências da fibromialgia, um processo que já vem sendo desenvolvido há cerca de oito anos no IFSC/USP, a grande questão que se colocou foi, pelo fato de ser uma criança deveria haver um cuidado complementar na forma de realizar o tratamento, atendendo a que a aplicação de ultrassom não é recomendada próximo a ossos longos, como os braços ou pernas de crianças e adolescentes, por conta do crescimento dos ossos. Nessa conformidade, os pesquisadores fizeram a aplicação ao longo de dez sessões nas palmas das mãos da criança, margeando cuidadosamente todas essas áreas que estão distantes dos chamados “ossos longos”.

Neste artigo científico os pesquisadores salientam que o tratamento provocou uma redução muito grande no quadro de dor provocado pela fibromialgia na criança, fazendo com que ela recuperasse suas atividades diárias que se encontravam limitadas até esse momento. Por outro lado, outro fator importante foi a observação de outras questões, como explica o pesquisador Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior. “Por incrível que possa parecer, esse tratamento provocou igualmente uma significativa melhora na qualidade do sono da criança, enquanto os pais relataram algo também surpreendente e relacionado com o quadro de transtorno do espectro autista: de fato, a criança ficou menos agitada e mais concentrada, algo que chamou muito a atenção dos pesquisadores, já que se esperava que houvesse um resultado positivo no tratamento das consequências da fibromialgia, mas não que tivesse uma interferência positiva em uma questão tão importante quanto o autismo”, enfatiza o pesquisador.

Projeto para uma pesquisa mais ampla

Em virtude desses resultados, os pesquisadores do IFSC/USP, do CEPOF, da UFSCar e da SCMSC preparam-se agora para, a partir do próximo mês de março, na UTF, iniciar um projeto dedicado à aplicação de laser e ultrassom em pacientes com quadro de transtorno do espectro autista – que está já sendo submetido ao Comitê de Ética – e que irá contemplar diversas faixas etárias nos três graus de complexidade (1,2 e 3), sendo que esse projeto deverá ter a duração de dois anos, com o envolvimento de cerca de novecentos pacientes.

Assinam o artigo científico, que pode ser conferido AQUI, os pesquisadores Nikolly Struziatto Duarte, Antonio Eduardo de Aquino Junior, Nathália Gonçalves de Oliveira, Díulia Estéfane Santos Barbosa, Gabriel Oliveira Borba, Maria Julia de Melo Matuck, Fernanda Mansano Carbinatto, Esther Angélica Luiz Ferreira e Vanderlei Salvador Bagnato.

(Créditos de imagens na Home – AdobeStock Web / Kiddy 123)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de janeiro de 2025

IFSC/USP faz chamada de pacientes – Tratamento experimental de dores de crescimento em crianças com idades entre 4 e 12 anos

(Créditos – CK Birla Hospital)

O Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), juntamente com o Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Santa Casa de Misericórdia de São Carlos (SCMSC), estão lançando uma chamada de pacientes visando a realização de uma pesquisa com o foco de tratar a dor de crescimento em crianças com idades entre os 4 e os 12 anos de idade.

Embora a dor de crescimento em crianças não esteja relacionada com nenhuma doença em particular, o certo é que ela atinge grupos musculares dos membros inferiores, tornando-se, por isso, bastante incômoda para as crianças. Para o pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, essa é uma área de estudo muito interessante “porque não existe uma compreensão muito grande sobre esse tema, além de que são poucas as atividades propostas para tratamento deste tipo de situação”.

As dores de crescimento geralmente são relatas durante o período noturno, quando a criança está em repouso. Embora essas dores, como já foi dito acima, não estejam relacionadas com nenhuma doença em particular ou com nenhuma circunstância de queda ou traumatismo, o grupo de pesquisadores envolvidos neste projeto também pretende detectar se elas têm alguma relação com o desenvolvimento futuro de um processo de fibromialgia.

Esta pesquisa, que envolve um tratamento à base de laser e ultrassom, está sendo executado na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) da SCMSC, com a participação de pesquisadores do IFSC/USP e da UFSCar, supervisionados pelo Dr. Antonio de Aquino Junior (IFSC/USP) e pela Drª Esther Angélica Luiz José Ferreira – médica e professora no Departamento de Medicina da UFSCar e membro titular do Departamento de Medicina da Dor e Cuidados Paliativos da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) –, e ainda pelo ortopedista Dr. Rodrigo Reiff, igualmente docente no Departamento de Medicina da UFSCar.

Para a Drª Esther Ferreira, este projeto vem, de fato, de uma demanda de diversos médicos, como pediatras e ortopedistas, entre outros profissionais de saúde, tendo em consideração que essas dores de crescimento são bastante comuns, estando entre as principais dores crônicas em pediatria. “De uma forma global, os clínicos gerais tendem a classificar essas dores como processos “normais” relativos ao crescimento das crianças, o que não é bem assim. As crises de dor podem ser bastante frequentes e estar igualmente relacionadas com processos hereditários – alguns pais lembram-se de ter tido essas dores”, salienta a pesquisadora. Segundo ela, são processos dolorosos que, por vezes, chegam a durar entre 40 e 60 minutos ininterruptos, que causam não só transtornos para as crianças quanto para os pais. “A preocupação maior é que, por serem dores frequentes, elas devem ser tratadas de forma rápida para que não hajam prejuízos e consequências futuras. O que se está procurando são estratégias não-farmacológicas para a resolução dessas situações, evitando-se, assim, eventuais efeitos colaterais, motivo pelo qual a UFSCar, que desde há alguns anos se dedica a este tema específico, aderiu a esta parceria com a USP de São Carlos”, finaliza Esther Ferreira.

Este novo tratamento compreende a realização de dez sessões, que é o tempo ideal para se obterem resultados consistentes de cada criança inscrita nesta pesquisa.

Os interessados em aderir a este estudo poderão contatar pelo WhatsApp (16) 997195230, ou se inscreverem através do QR CODE que está patente na figura abaixo.

(Créditos imagens de destaque: CK Birla Hospital / Permanent Medicine / Kaiser Permanent)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de janeiro de 2025

Atualização da produção científica do IFSC/USP em dezembro de 2024

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de dezembro de 2024, clique AQUI, ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio”, em frente à Biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Materials Horizons” (VER AQUI).

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

13 de janeiro de 2025

Vagas para agentes locais de inovação no Sebrae-SP oferecem capacitação e bolsas de até R$ 6.500

Escritório Regional de São Carlos abriu 19 vagas para início imediato e 76 para cadastro reserva; inscrições podem ser feitas pela internet.

O Sebrae-SP abriu 19 vagas para o Programa ALI – Agentes Locais de Inovação – Produtividade e Rural na região de São Carlos. Além de ter acesso a soluções da Universidade Corporativa do Sebrae-SP durante a capacitação, os selecionados terão bolsas que variam de R$ 5.000 a R$ 6.500 mil.

O link de inscrições e mais informações estão disponíveis neste endereço – contato.sebraesp.com.br/ali

O processo também inclui a abertura de 76 vagas para cadastro reserva nos dois projetos. “Ser um bolsista ALI pode ser a primeira oportunidade de atuação de futuros profissionais, viabilizando o desenvolvimento de competências pessoais e profissionais tão importantes para os profissionais do futuro, além de contribuir para o crescimento dos pequenos negócios, que compreendem a maioria das empresas brasileiras e que tanto necessitam de apoio e inovação”, ressaltou o consultor de negócios do Sebrae-SP, Alex Lavelli.

Os bolsistas ALI são agentes extensionistas que atuam como facilitadores da gestão de inovação nos pequenos negócios, identificando necessidades e buscando soluções de acordo com as demandas de cada empresa ou propriedade rural. A proposta é que os bolsistas identifiquem oportunidades de inovação e apliquem soluções personalizadas para aumentar a competitividade e sustentabilidade dos negócios atendidos. “O Agente recebe um pacote de ferramentas, como o Diagnóstico Inicial (Radar) e o Diagrama de Ishikawa, para aplicar com o produtor e abordar o tripé Dor-Reflexão-Ação.

O objetivo é ajudar o produtor a identificar suas dores (problemas), refletir sobre elas com base no uso das ferramentas e definir prioridades, culminando em ações práticas. Esse processo tem gerado resultados expressivos, como um aumento médio de 20% no faturamento e mais de 60% na produtividade. Então, ser ALI é fazer parte da história, ajudando a construi-la”, destacou o consultor de negócios do Sebrae-SP, Luís Adriano Alves Pinto.

Classificação: RESTRITA

Dois editais

O Sebrae-SP abriu dois editais, sendo um para o ALI Produtividade, que acompanha micro e pequenos negócios, e outro para o ALI Rural, destinado ao acompanhamento de pequenos produtores e negócios rurais. É importante destacar que cada candidato pode se inscrever em apenas um dos editais.

No caso do ALI Produtividade, são 12 vagas para início imediato, das quais oito para São Carlos e quatro para Rio Claro. O cadastro reserva prevê mais 48 vagas para as duas cidades. O candidato precisa ter graduação completa em áreas de gestão, engenharias, dados, entre outras.

As inscrições podem ser feitas até 24 de janeiro.

Já para o ALI Rural são sete oportunidades para início em agosto de 2025, sendo quatro para São Carlos e três para Rio Claro, além de 16 e 12 vagas para cadastro reserva, respectivamente. O candidato deverá ter graduação completa com as áreas de conhecimento de agronegócios ou agrária, entre outras.

Para este projeto, as inscrições estão abertas até o dia 24 de janeiro.

Para ambas as modalidades (ALI Produtividade e Ali Rural), as vagas com remuneração de R$ 6,5 mil exigem uma pós-graduação stricto sensu para atuação como orientador acadêmico.

O eixo acadêmico do Programa ALI será coordenado pela Faculdade Sebrae e incluirá a realização de congressos e eventos destinados a apresentar os resultados das pesquisas desenvolvidas ao longo dos projetos.

Estado

Em todo o Estado de São Paulo há 630 vagas para os dois programas e 2.520 para cadastro reserva. No caso do ALI Produtividade, são 400 vagas para início imediato e 20 para início em 2026.

O cadastro reserva prevê mais 1.680 vagas.

Já para o ALI Rural são 200 oportunidades para início em agosto de 2025 e mais 10 para 2026, além de 840 vagas para cadastro reserva.

Classificação: RESTRITA

Para mais informações sobre os dois programas basta consultar os editais disponíveis neste link – contato.sebraesp.com.br/ali

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de janeiro de 2025

No IFSC/USP – Alunos da FACSETE (MG) integram autores de artigo científico publicado no “Journal of Novel Physiotherapies”

Desde há alguns anos que o Grupo de Óptica do IFSC/USP mantém uma estreita colaboração com a Faculdade de Sete Lagoas (MG) (FACSETE) através de um acordo de intercâmbio. Esse acordo visa, principalmente, receber estudantes da FACSETE dos cursos de odontologia e fisioterapia no IFSC/USP durante uma semana, envolvendo os visitantes num conjunto de atividades acadêmico-científicas onde se destacam diversas ações integradas relativas aos últimos desenvolvimentos científicos no IFSC/USP para a área da saúde.

E, se o sucesso desse acordo de intercâmbio tem sido uma constante com o decorrer dos anos, com o envolvimento de dezenas de alunos da FACSETE nas novas tecnologias e protocolos desenvolvidos no nosso Instituto, certamente que o ano de 2024 se destaca atendendo ao fato de que quatro jovens alunos integraram o lote de autores de um artigo científico publicado no final do ano passado na prestigiada revista internacional “Journal of Novel Physiotherapies”, intitulado “Synergetic Action of Photobiomodelation and Ultrassound in the Treatment of Fibromyalgia na Childhood  Autism: Case Report”. Em suma, o artigo científico apresenta o resultado de uma ação sinergética da aplicação de fotobiomodulação e ultrassom no tratamento de fibromialgia numa criança com transtorno do espectro autista.

Ao estudarem este caso ao longo de uma semana inteira junto com os pesquisadores do IFSC/USP, os jovens estudantes da FACSETE tiveram a responsabilidade de verterem sua visão sobre os métodos aplicados e os resultados obtidos em um artigo científico que certamente valorizará suas carreiras acadêmicas.

Clique na imagem abaixo para acessar os depoimentos dos alunos.

Para acessar o artigo científico publicado, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de janeiro de 2025

“Alfabetização Científica I” – USP de São Carlos combate o negacionismo científico em escolas públicas da periferia

Combater o negacionismo científico e promover a interação com a sociedade em geral por meio de atividades de divulgação científica, envolvendo alunos de graduação da USP de São Carlos num contexto da curricularização da extensão universitária. Esta foi a proposta de atividade extensionista denominada “AEX – Alfabetização Científica I”, financiada pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP (PRCEU) e organizada por um grupo de docentes, alunos e servidores do Instituto de Física e Instituto de Química de São Carlos.

Sob a coordenação do docente do IFSC/USP, Prof. Dr. Guilherme Sipahi, estas atividades permitiram que os recursos disponibilizados pela USP para a concretização desses projetos fossem imediatamente disponibilizados para que os estudantes universitários das duas Unidades da USP de São Carlos pudessem se deslocar aos estabelecimentos de ensino e elaborar experimentos de baixo custo junto aos alunos, priorizando a realização de atividades em escolas públicas da periferia dos municípios da região, e, neste caso concreto, em escolas das cidades de São Carlos e Ibaté: Atília Prado Margarido; Álvaro Guião; Orlando da Costa Telles – Ibaté; Orlando Pérez; João Jorge Marmorato; Aracy Leite Pereira Lopes e Sebastião de Oliveira Rocha.

O projeto

Quando este projeto pioneiro foi proposto, essencialmente com o objetivo de promover a alfabetização científica, os responsáveis priorizaram as escolas que são menos atendidas por projetos oriundos da Universidade, especialmente os estabelecimentos de ensino que estão localizados na periferia. O que os responsáveis por este projeto fizeram foi dedicar essa ação a alunos do Ensino Fundamental nos anos iniciais, últimos anos do Ensino Fundamental-I e os primeiros anos do Ensino Fundamental-II, num total de sete escolas dos municípios de São Carlos e Ibaté, e com a participação de oito grupos de estudantes de graduação da USP de São Carlos – Instituto de Física e Instituto de Química. Nessa fase, os estudantes de graduação realizaram aulas dinâmicas, onde levaram tópicos de alfabetização científica em um nível dedicado ao ensino fundamental.

Ação na Escola Orlando da Costa Telles – Ibaté

O Dr. Herbert Alexandre João, do IFSC/USP e organizador da atividade, sublinha que o trabalho incluiu um planejamento cuidadoso de quais seriam os tópicos mais adequados para uma abordagem tranquila aos jovens alunos, adequação da linguagem utilizada ao nível dos estudantes e também planejamento de atividades que fossem lúdicas, interessantes e que chamassem a atenção dos jovens alunos para as temáticas apresentadas. “Entre essas temáticas foram abordadas questões de química e física, temas contemporâneos e que atravessassem, de maneira transversal, o currículo que os jovens alunos já têm na escola, algo que acabou por os entusiasmar, porque tudo isso os afastou da aula tradicional, através de jogos, experimentos e dinâmicas em sala de aula”, pontua o Prof. Herbert. Segundo o organizador, esse cuidadoso planejamento levou em conta tópicos que não são necessariamente curriculares, mas que chamam muito a atenção dos alunos, como, por exemplo, cosmologia, luz e cores, reações químicas, já que tudo isso facilita muito o processo de ensino, uma vez que se pode levar elementos que tradicionalmente o professor tem mais dificuldade de apresentar em sala de aula, como, por exemplo, os experimentos.

As reações de quem esteve envolvido

Prof. Dr. Herbert João “As escolas envolvidas neste projeto são as menos privilegiadas dentro de um ponto de vista de acesso a propostas e ações desenvolvidas por universidades”

O resultado desta ação é considerado um grande sucesso, tendo em vistas que as escolas envolvidas neste projeto são as menos privilegiadas dentro de um ponto de vista de acesso a propostas e ações desenvolvidas por universidades. Atestando esse mesmo sucesso estão as reações das direções e dos professores das escolas abrangidas, que manifestaram o desejo de ter mais ações similares durante o ano letivo. “Outro aspecto importante é que trabalhamos com o ensino fundamental, que muitas vezes não é atendido pela maioria dos cursos de licenciatura que temos na cidade de São Carlos e região”, pontua Herbert João, acrescentando que, por exemplo, as licenciaturas em Física e em Química acabam atendendo apenas os alunos do Ensino Médio, ao contrário do Ensino Fundamental que apenas oferece a disciplina de Ciências. Devido a isso, as opiniões foram unânimes sobre o sucesso da iniciativa. Outro motivo de satisfação veio da parte dos estudantes de graduação envolvidos, muitos deles alunos de bacharelado dos dois Institutos da USP de São Carlos, que, em seus cursos, sublinhe-se, não têm qualquer contato com disciplinas pedagógicas, como o preparo de aulas e metodologias de ensino, já que isso não faz parte de sua formação. “Para esses alunos de graduação foi um primeiro contato com a possibilidade de ministrar uma aula, de assumir uma turma. Então, isso, ao mesmo tempo que gerou um pouco de receio, de ansiedade, com aquela sensação de “frio na barriga” causada por assumir essa responsabilidade de estar à frente de uma turma, também fomentou uma extrema sensação de satisfação, de felicidade pelo sucesso alcançado no final”, enfatiza o organizador do evento ao recordar como todo o processo se desenvolveu com esses alunos de graduação: montar um grupo, escolher um tema e desenvolver o planejamento do mesmo, que foi validado pelos docentes, montar o plano e, finalmente, realizar uma prévia. “Tudo foi muito bem testado antes de chegar até à escola”, sublinha Herbert João.

O futuro do projeto

Perante os resultados obtidos, este projeto terá uma nova edição em 2025, mas de forma mais alargada, para que os estudantes da USP tenham mais tempo para preparar, planejar e executar a ação, tendo em consideração que a ideia é estendê-la também para as escolas do município, até porque elas compõem um outro grupo de estabelecimentos de ensino pouco atendido por iniciativas das universidades, para atenderem alunos do ensino fundamental, anos iniciais, principalmente. “Devemos ter em consideração que é nossa missão, em primeiro lugar, quebrar o conceito de que as crianças não são capazes de entender termos científicos. Elas são capazes, sim, e muitas vezes não requer determinadas analogias para você trabalhar um vocabulário com elas. O importante é você colocar os alunos com uma posição de respeito, entendendo que se você colocar termos que eles não conhecem, você deverá esclarecer e eles certamente irão entender e conseguir acompanhar, que foi o que aconteceu neste projeto”, esclarece o educador. Resumidamente, a intenção do projeto é satisfazer a curiosidade intrínseca que a criança tem pela ciência, sendo que o objetivo principal é manter essa chama acesa e fomentar para que nos olhos das crianças exista um brilho rumo a uma carreira científica; independente disso, que brilhem os olhos dessas crianças para construir projetos de vida que tenham relação com os cursos e com as carreiras de ensino superior que as universidades promovem.

Ação na Escola Orlando Pérez – São Carlos

Este projeto foi liderado pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Guilherme Sipahi, os docentes Profs. Drs. Eduardo Bessa e Ana Claudia Kasseboehmer, ambos do IQSC/USP, o educador, Dr. Herbert Alexandre João (IFSC/USP) na organização, e com o suporte da Drª Tatiana Zanon (IFSC/USP), que colaborou na avaliação dos jovens, planejamento, desenvolvimento das aulas e nas prévias.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de janeiro de 2025

“USP-IFSC OPTICA Student Chapter“ – Um balanço extraordinário do ano 2024

Diego, Marcelo e Ana Júlia

Seminários, workshops, minicursos, visitas científicas, palestras e uma infinidade de participações em diversos trabalhos acadêmicos. Este foi o balanço muito positivo das ações levadas a cabo pelo “USP-IFSC OPTICA Student Chapter” durante o ano de 2024.

Para quem não está familiarizado do que é um “Student Chapter”, pode-se dizer, de forma muito simplificada, que é uma organização estudantil afiliada a uma instituição maior – neste caso concreto relacionada com as áreas de Óptica e Fotônica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) – e, por isso, associada a uma sociedade profissional, acadêmica ou técnica. E, estes “Student Chapter” têm como objetivo principal promover o aprendizado, o networking e o desenvolvimento profissional dos estudantes em áreas específicas de interesse.

Além do trabalho intenso desenvolvido pelo “USP-IFSC OPTICA Student Chapter” ao longo do ano de 2024, adiciona-se um destaque, que foi a participação de uma representação deste grupo de estudantes no “Frontiers in Optics + Laser Science”, integrada em um grupo representando o Brasil, um evento organizado pela “OPTICA” – sociedade norte-americana que reúne os principais especialistas e estudantes do mundo em torno dos temas relacionados com óptica e fotônica. Na edição deste ano, três estudantes do IFSC/USP participaram desse evento realizado entre os dias 21 e 27 de setembro, no centro de congressos de Denver (Colorado/EUA), com um desses alunos a marcar presença no denominado “Student Leadership” e os outros dois participando no “Amplify Optics Immersion Program”.

Representação brilhante (arquivo particular)

O estudante Marcelo Cruz (24) – aluno de Mestrado em Física Teórica Experimental que trabalha na área de Fotônica – foi quem participou no “Student Leadership”, que é, resumidamente, uma conferência anual excepcional que apresenta temas de ampla diversidade na área de óptica e fotônica, tendo participado de palestras, visitas a estruturas industriais e a apresentação de seus trabalhos realizados no (IFSC/USP), através de pôsteres. Para ele, foi uma experiência única ter participado neste evento. “Primeiro, porque foi a minha primeira experiência viajando internacionalmente e em segundo lugar por ter sido o segundo congresso internacional que participei. Acredito que o que agregou nesta participação foi conhecer pessoas da mesma área que eu, de outros cantos do mundo e que também trabalham com lasers aleatórios. Todos nós conseguimos construir um networking e uma formação em leadership, ou seja, como exercer liderança, como falar em público, como interagir com os nomes mais sonantes das áreas de óptica e fotônica, algo que foi muito legal”, sublinha Marcelo.

Já no “Amplify Optics Immersion Program”, coube aos estudantes Diego de Oliveira (23) – aluno de Mestrado em Física com especialização em Física Biomolecular, trabalhando com Espetroscopia Laser no Grupo de Fotônica – e Ana Júlia Tomé (22) – aluna de Graduação em Ciências Físicas Biomoleculares – representarem o “USP-IFSC OPTICA Student Chapter”, em uma iniciativa voltada para pessoas negras da área de física ou engenharia e cujo foco foi buscar destaques da pesquisa, tecnologia e carreira para alunos da graduação ou mestrado, através de palestras e atividades. “De fato, a “OPTICA” disponibiliza, cada ano, dez bolsas dedicadas a pessoas negras de todo o mundo e nós ganhamos uma dessas bolsas o ano passado, no valor de USD7.500, com a oportunidade de participar deste “Amplify Optics Immersion Program”. Neste programa, a organização reúne diversos estudantes de graduação, mestrado, e doutorado, que são negros, e este ano tivemos um contato amplo com essa comunidade em Denver, onde participamos de diversas atividades em grupo e palestras que tiveram o objetivo de melhorar a percepção sobre a nossa carreira e na imersão nesse mercado, que é a ótica e fotônica”, pontuou Diego.

Para Ana Júlia, uma das coisas que despertou a atenção foi como a organização do “Amplify Optics Immersion Program” preparou os cerca de 50 participantes para interagirem com pessoas que estão fora do seu universo cotidiano, em locais onde se cruza muita gente oriunda de vários locais, com as mais diversas profissões. “Algumas semanas antes de ir para Denver fomos convidados para uma chamada virtual no Zoom, onde nos deram dicas de como interagir com diversos profissionais de maneira fluida. Achei muito legal essa preparação”, salienta a aluna.

A delegação brasileira em Denver (arquivo particular)

O “Amplify Optics Immersion Program” tem a particularidade de promover um contato muito próximo entre os alunos dos “Student Chapter”, promovendo a troca de informações de como é entrar na universidade de cada um, de que forma se faz a graduação e, claro, apresentando seus trabalhos em forma de pôsteres e poder dialogar sobre eles para um público diversificado. “Saber que a pesquisa que a gente está fazendo no IFSC/USP é de fato relevante, de maneira a despertar o interesse das pessoas fora do Brasil, isso me deixou muito feliz”, conclui Ana Júlia.

Essa foi – e continuará a ser – uma oportunidade fantástica para que os membros do “USP-IFSC OPTICA Student Chapter” possam desenvolver seus estudos e pesquisas através de uma conexão estreita com colegas da área, além de apresentarem o grupo para a comunidade da “OPTICA”, para os pesquisadores de renome dessa área do conhecimento e para todos os outros “Student Chapter” do mundo.

Para 2025 tem mais!

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de dezembro de 2024

Aluno de doutorado do IFSC/USP conquista Menção Honrosa no “SBFoton IOPC”

O aluno de doutorado do IFSC/USP, Gaston Lozano Calderón, obteve uma Menção Honrosa durante a “VI Conferência Internacional de Óptica e Fotônica SBFoton 2024  – SBFoton IOPC 2024”, que ocorreu na cidade de Salvador (BA) entre os dias 11 e 13 de novembro último.

A “SBFoton IOPC” é uma conferência anual dedicada a pesquisadores líderes que aproveitam a luz, ou fótons, e controlam seus fenômenos de propagação para múltiplas aplicações e cenários, estimulando assim o intercâmbio científico entre cientistas e engenheiros da indústria, centros de pesquisa e academia.

A “SBFoton IOPC” foca em uma abordagem de banda larga para tecnologias relacionadas à óptica e fotônica, sendo que ela é projetada principalmente para relatar as últimas descobertas em biofotônica; fotônica integrada e optoeletrônica; lasers; comunicação óptica; óptica e instrumentação; e sensores, imagem e iluminação.

Gaston Calderón conquistou essa Menção Honrosa durante o concurso de trabalhos apresentados no evento, patrocinado pela IEEE Photonics Society – uma sociedade internacional de engenheiros e cientistas que representam a comunidade fotônica no mundo -, através de seu trabalho intitulado “Unveiling the localized surface plasmon-Er3+ coupling in the near-infrared emission at low temperatures”.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

18 de dezembro de 2024

A formação de novos centros de excelência no IFSC/USP – Universidade inova na forma de produzir ciência e tecnologia

Para abrigar o CEPIX CEPOF, um novo prédio com 7.000 m2 está já em fase final de construção. Mais uma modernização do Campus da USP de São Carlos – Área-2

Apesar da USP ser uma referência nacional e mesmo internacional em quase tudo que faz, o mundo moderno exige mudanças na forma de produzir o conhecimento e desenvolver novas tecnologias. A conjugação de competências que promovem a multidisciplinariedade, aliadas às colaborações que transcendem as fronteiras do nosso País, permite que se imprima uma velocidade maior e uma forma mais relevante nos temas que são abordados e nas soluções que a Universidade de São Paulo propõe. E, como diz o ditado “Ninguém consegue mudar nada se continuar fazendo o mesmo, o tempo todo”, ele indica que é preciso avançar para se fazer algo diferente; contudo, as mudanças devem ocorrer quando se consegue reunir as condições para que isso aconteça.

Ao longo de muitos anos, foram feitos investimentos em diversas áreas que tiveram a oportunidade de se consolidar, tanto em maturidade científica quanto em infraestrutura construída, e uma dessas áreas foi a Óptica e Fotônica, conforme sublinha o pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato. “Ao longo de mais de três décadas de trabalho, pesquisadores, estudantes, professores, técnicos e colaboradores, trabalharam de forma conjunta para gerar um dos polos mais relevantes nesta área do país. Com o apoio de programas como os CEPID’s, da FAPESP, dos INCT’s do CNPq  e da Finep, a criação de mais de vinte e seis laboratórios  permitiu atingir a maturidade para transformar este polo que congrega a óptica e fotônica em um centro de excelência. O programa CEPIX-USP – Centros de Pesquisa e Inovação foi lançado pela USP com o intuito de dar um passo em frente nos trabalhos que são desenvolvidos nesses laboratórios, nos quais foram idealizados e concretizados grandes projetos, estabelecendo-se, a partir daí, as condições para que esses espaços de ciência possam se transformar em locais com potenciais diferenciados”, salienta o cientista.

Em visita a São Carlos no início deste mês de dezembro, o Magnifico Reitor da USP, Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior, concedeu a dois grupos de professores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) os agora denominados CEPIX, que assim substituem os CEPID’s da FAPESP. Embora estejam vinculados ao Instituto, esses CEPIX abrigam professores e cientistas de outras unidades que irão operar com determinada  autonomia para facilitar as diversas ações que pretendem realizar. No caso do CEPIX CEPOF – Ótica e Fotônica, áreas como física atômica e molecular, biofotônica, plasmônica, pulsos curtos, nanomedicina e mecatrônica deverão conviver entre si e promover avanços em diversas áreas do conhecimento, gerando, dessa forma, diversas tecnologias que permitirão avançar o estado da arte no tratamento de doenças, na metrologia de tempo, nas aplicações quânticas para modernas tecnologias e também no desenvolvimento de robótica. “De imediato, o maior centro de robótica da região será instalado na Área-2 do Campus USP de São Carlos, com excelentes infraestruturas laboratoriais para podermos investigar e desenvolver novas tecnologias destinadas a combater o câncer e controle microbiológico”, pontua o Prof. Bagnato.

Prof. Dr. Adriano Andricopulo – coordenador do CEPIX CEPIMED

Por outro lado, em parceria com a Unidade Embrapii do IFSC/USP, o CEPIX CEPOF pretende alavancar tecnologias em convênio com empresas, nas mais diversas frentes, com o principal intuito de se poder promover a economia da cidade de São Carlos e da região. Mesmo focalizado nas aplicações e desenvolvimento, este CEPIX não deixará de promover o avanço do conhecimento com novos experimentos em física atômica, naquilo que é considerado ser um avanço no conhecimento já existente. Noutra vertente, laboratórios especializados em pulsos curtos deverão trabalhar nas melhores aplicações do uso da chamada “espectroscopia resolvida no tempo”, para se poderem entender problemas desafiadores, enquanto que “metrologia de tempo e frequência”, bem como a criação e funcionamento do primeiro laboratório com aprisionamento de ions, e estudos da chamada “computação quântica”, serão colocados em uso. “Com quase uma centena de estudantes trabalhando em seus projetos, este CEPIX de Óptica e Fotônica deverá corresponder, com toda a certeza, a uma mudança no patamar da ciência e tecnologia desenvolvidas nesta área”, conclui o cientista.

Segundo os pesquisadores envolvidos, pretende-se também que o CEPIX CEPOF de Óptica e Fotônica abrigue um grande centro de desenvolvimento de instrumentação para a saúde, o que significa dizer que este CEPIX será uma ferramenta importante e marcante para o avanço dessas áreas do conhecimento na cidade de São Carlos e região.

Outro CEPIX de grande importância que já está igualmente instalado no IFSC/USP é o Centro de Pesquisa e Inovação Especial em Ciências da Descoberta de Medicamentos – CEPIMED, coordenado pelo docente e pesquisador de nosso Instituto, Prof. Dr. Adriano Andricopulo, que reúne cerca de 25 pesquisadores de nove instituições sediadas no Estado de São Paulo: Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (USP); Instituto de Química da UNICAMP / Escola Paulista de Medicina / Instituto de Química de São Carlos (USP); Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP; Universidade Federal de São Carlos; Universidade de Guarulhos; e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais.

O CEPIMED integra, assim, um vasto lote de áreas de conhecimento para a realização de pesquisas de ponta, de forma interdisciplinar e transferência de tecnologia, como, por exemplo: química medicinal, biologia molecular e estrutural, inteligência artificial, química de produtos naturais, química orgânica sintética, parasitologia, farmacocinética e farmacologia, entre outras. Dessa forma, o CEPIMED segue o legado deixado pelo CEPID da FAPESP – CIBFar, que teve a coordenação do Prof. Glaucius Oliva, e que agora integra todas as áreas cima citadas com a proposta de levar por diante o cumprimento de seu papel, com uma forte interação com as indústrias farmacêuticas e organismos nacionais e internacionais.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de dezembro de 2024

Desenvolvido no IFSC/USP e no CEPOF -Tratamento fotossônico para fibromialgia pode potencializar o efeito dos medicamentos

O equipamento desenvolvido no IFSC/USP

Um levantamento feito pela equipe de pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP) e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF-IFSC/USP), que iniciou há alguns anos os tratamentos para atenuar as consequências da fibromialgia, numa parceria com a Santa Casa de Misericórdia de São Carlos (SCMSC) – que já dura há cerca de dez anos – levanta a possibilidade de que o tratamento fotossônico (conjugação de laser e ultrassom) utilizado para essa finalidade pode potencializar os efeitos dos medicamentos usados pelos pacientes portadores dessa doença.

Tiago Zuccolotto, fisioterapeuta formado na UNICEP e desde há três anos como pesquisador do IFSC/USP, confirma que a equipe de cientistas resolveu conferir a relação que existe entre grupos de pacientes que não tomam qualquer medicação para a fibromialgia e outros que tomam – ansiolíticos, antidepressivos, anti-inflamatórios, etc. – quando ambos se submeteram ao tratamento fotossônico. A análise foi feita através dos questionários feitos pelos pacientes portadores de fibromialgia, mas que, no caso concreto, tomavam medicação antidepressiva. Tiago Zucolotto confirmou que após dez sessões do tratamento e segundo o relatado por esses pacientes no início, meio e conclusão dos tratamentos, os resultados indicaram uma reversão quase total nos quadros relativos a dores e inflamação, se comparados com pacientes que não tomaram qualquer medicação.

“Foi a primeira vez que fizemos essa relação entre o tratamento fotossônico junto com os medicamentos, tendo como foco pacientes mulheres, já que elas são mais propensas a ter fibromialgia. Embora em ambos os casos o tratamento fotossônico tenha obtido ótimos resultados, o que constatamos é que esse tratamento potencializa a eficácia dos medicamentos, atingindo níveis muito grandes na eliminação da dor e da inflamação”, relata Zucolotto.

Para os pesquisadores Antonio Aquino e Tiago Zucolotto, tratamento fotossônico pode potencializar os efeitos dos medicamentos usados pelos pacientes com fibromialgia

Para o coordenador dos tratamentos que estão sendo realizados na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) na SCMSC, pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, o próximo passo após este levantamento será realizar um estudo aprofundado para analisar uma avaliação e acompanhamento caso-a-caso de pacientes com fibromialgia e dessa relação benéfica entre o tratamento fotossônico e a medicação prescrita pelos médicos, no sentido de se obter uma quantificação precisa dessa potencialização. “O importante é que essa potencialização ocorre, contudo é necessário haver um acompanhamento muito próximo a esses pacientes para constatar a efetiva eficácia” ao longo do tempo, pontua Antonio Aquino.

Este levantamento surgiu após um estudo anterior a 2024, feito pela mesma equipe de pesquisadores, mas relativo a distúrbios do sono, onde houve um primeiro indício de que o tratamento fotossônico exercia um efeito benéfico em pacientes que tomavam medicamentos controlados, comparativamente àqueles que não tomavam qualquer medicamento. “Estamos compreendendo que o tratamento fotossônico poderá ser benéfico em outros casos clínicos que utilizam medicação, já que ele gera uma ação sistêmica, daí que tenhamos que fazer estudos-pilotos”, enfatiza Antonio de Aquino.

Liderados pelo Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, está no horizonte dos pesquisadores cogitar se este tratamento poderá – ou não – ser aplicado em pessoas inseridas no denominado espectro autista, lembrando que em São Carlos existem cerca de sete mil pessoas com essa variedade de quadros. “Vamos estudar essa hipótese também, pois o nosso trabalho é tentar servir a sociedade o melhor possível com aquilo que é desenvolvido e pesquisado no IFSC/USP e no CEPOF”, conclui Antonio de Aquino.

Confira AQUI o artigo científico relativo a este estudo, publicado na revista “Journal of Novel Physiotherapies”, assinado pelos pesquisadores Antonio Eduardo de Aquino Junior1, Tiago Zuccolotto Rodrigues, Matheus Henrique Camargo Antônio, Ana Carolina Negraes Canelada, Carolayne Carboni Bernardo, Vanessa Garcia, Fernanda Mansano Carbinatto e Vanderlei Salvador Bagnato.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de dezembro de 2024

No âmbito da visita da delegação da Bélgica à USP – Universidade de Ghent (UGhent) assina novos convênios de pesquisa com o IFSC/USP

Universidade de Gent

Na visita realizada pela Princesa Astrid – filha do Rei Alberto II da Bélgica – ao Brasil, em novembro último, chefiando uma missão econômica com aproximadamente quatrocentas pessoas, entre autoridades, empresários, acadêmicos e cientistas representando universidades da Bélgica,  a USP foi, certamente, um destaque para os visitantes, atendendo a que temas como ciência, tecnologia e inovação estão sempre presentes em nível internacional, principalmente quando o intuito é estabelecer acordos bilaterais. Nesse sentido, dois novos acordos de cooperação acadêmica foram assinados entre a Universidade de Ghent (UGhent) e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), com as participações do reitor da USP, Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior, e pelo reitor da UGhent, Prof. Rik Van de Walle, em cerimônia presidida pela princesa. O primeiro acordo visa a colaboração na pesquisa e produção intelectual, bem como o intercâmbio de pesquisadores. Já o segundo acordo celebra a dupla titulação de doutorado entre o IFSC/USP e a UGhent. Ambos os acordos são coordenados pelo Prof. Odemir Bruno (IFSC/USP) e pelo Prof. Jan Baetens (UGhent), reforçando, assim, uma colaboração que já dura há mais de quinze anos entre as duas instituições.

A colaboração entre os grupos do IFSC/USP e da UGhent enfoca os temas de Sistemas Complexos e Inteligência Artificial, com destaque nas aplicações em Engenharia de Biociências. Esta parceria de longa duração já rendeu muitos artigos científicos, projetos acadêmicos e o intercâmbio de vários alunos, inclusive com dupla titulação. Logo após a assinatura dos acordos, o Prof. Jan Baetens, esteve no IFSC/USP onde foi realizado um workshop apresentando as atividades de pesquisas realizadas entre os dois grupos.  Neste momento, o Prof. Odemir Bruno, que é credenciado como orientador na universidade belga, está recebendo um de seus co-orientados de doutorado na IFSC/USP, enquanto que, simultaneamente, um aluno de mestrado do IFSC/USP está realizando suas pesquisas na UGhent.

Dois novos convênios consolidam as relações entre a Universidade de Ghent e o IFSC/USP

Profs. Odemir Bruno (IFSC/USP), Jan Baetens e o reitor da UGhent Prof. Rik Van de Walle

Além de permitir o intercâmbio de doutorandos, o novo convênio assinado, poder ser estendido a alunos de Iniciação Científica e Mestrado, através de intercâmbio, favorecendo uma experiência internacional já no início da carreira científica. “Um dos destaques destes novos convênios, que foi apoiado pelo Diretor do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, estabelece a atribuição de dupla titulação em doutorado, prevendo que estudantes brasileiros e belgas possam viajar e obter seus títulos com permanências mínimas de seis meses”, sublinha o Prof. Odemir Bruno.

Projeto entre a FAPESP e a FWO

Os grupos participam atualmente de um projeto de pesquisa financiado pela FAPESP e FWO – Research Foundation – Flanders (Fundação de Pesquisa da Flandres – Bélgica), visando fortalecer a colaboração científica entre pesquisadores do Estado de São Paulo e a região de Flandres, com financiamentos mútuos para projetos conjuntos de pesquisa. Na missão belga também foi manifestado o interesse de ampliar as colaborações entre as duas agências de pesquisa, fortalecendo ainda mais a interaçãoo científica entre São Paulo e Flandres.

Quanto ao futuro próximo, o Prof. Odemir Bruno confirmou que a visita desta delegação belga ao Brasil e nomeadamente ao Estado de São Paulo provocou reações muito positivas nos visitantes, já que a maioria deles não conhecia nosso país, o Estado de São Paulo e a Universidade de São Paulo. “Há a previsão para que em 2025 a cidade de São Carlos possa receber uma importante conferência científica internacional sobre Inteligência Artificial e sistemas complexos aplicados em biociências, com a participação de inúmeros representantes de universidade belgas, um evento que, certamente, estará aberto à participação de pesquisadores de outras universidades brasileiras”, finaliza o docente.

Visita de delegação da UGhent à USP, chefiada pelo reitor Prof. Rik Van de Walle, podendo se identificar à direita o Prof. Odemir Bruno junto com o Diretor do IFSC/USP, Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, entre outros dirigentes da USP e da universidade belga

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de dezembro de 2024

Comemorações dos 30 anos do IFSC/USP fecham com chave de ouro – Inaugurações e Sessão Solene da Congregação com a presença do Reitor da USP

Diretor do IFSC/USP – Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior

As comemorações dos 30 anos da criação do IFSC/USP tiveram o seu epílogo no dia 02 de dezembro do corrente ano, com as inaugurações de novas instalações na Área-2 do campus USP de São Carlos, bem como uma Sessão Solene da Congregação desta Unidade da USP, na Área-1 do mesmo campus, ambas com a presença do Reitor da USP, Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Junior.

Inaugurações programadas

Logo cedo, pelas 09h00, a diretoria do IFSC/USP, juntamente com diversos professores, funcionários e convidados receberam a visita do Reitor, acompanhando-o numa breve visita ás obras concluídas da revitalização da Área de Convivência do Prédio CFBio/NACA, do descerramento da placa evocativa da criação do novo Centro de Pesquisa e Inovação Especial em Ciências da Descoberta de Medicamentos CEPIX – CEPIMED (antigo CEPID da FAPESP – CIBFar), junto com o coordenador do novo centro, Prof. Dr. Adriano Andricopulo. De igual forma, foi inaugurado o Centro de Crio-microscopia Eletrônica de Biomoléculas (CEMEB), e ainda a re-inauguração de uma escultura da autoria de Antonio de Sant’Anna Galvão Leite, que foi transportada da Área-1 do campus para a Área-2, destacando-se como peça emblemática na renovada Área de Convivência.

Coube ao Diretor do IFSC/USP, Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, dar as boas-vindas ao Reitor da USP e agradecer todo o apoio que a Reitoria tem dado às várias demandas apresentadas pelo IFSC/USP ao longo dos últimos anos, agradecimentos esses que foram extensivos aos trabalhos realizados pela Divisão de Espaços Físicos e Prefeitura do Campus, nomeadamente em relação à recuperação do espaço de convivência já citado, bem como a outras obras, entretanto concluídas. Em seu curto improviso, o Diretor do IFSC/USP destacou a importância que se reveste a inauguração de dois novos CEPIX sediados no Instituto e que continuarão o caminho traçado pelos anteriores CEPID’s da FAPESP rumo a um renovado e mais intenso desenvolvimento de pesquisas, inovação e transferência de conhecimento para a sociedade.

Área de Convivência

Em relação ao CEPIMED (que substitui o antigo CEPID CIBFar), o diretor do IFSC/USP salientou que o nome aparentemente pode não remeter diretamente à área da Física, mas, contudo, ele reflete a grande interação e parceria que o nosso Instituto mantém com inúmeras entidades no Brasil e no exterior, de forma interdisciplinar, visando a resolução de problemas com que se debate a sociedade, principalmente no quesito da saúde pública. Sobre o CEPIMED, o coordenador desse centro, Prof. Dr. Adriano Andricopulo, teve a oportunidade de, em seu curto discurso, enfatizar que a pesquisa interdisciplinar que irá prosseguir no novo centro visa manter e intensificar o legado deixado pelo CIBFar ao longo dos seus treze anos de duração sob a gestão do Prof. Dr. Glaucius Oliva. “Este CEPIX vai continuar esse caminho já trilhado anteriormente, vencendo desafios, identificando alvos candidatos a fármacos para combater doenças infecciosas e algumas formas de câncer, evoluindo assim na pesquisa em prol da sociedade”, pontuou.

Prof. Dr. Adriano Andricopulo – Coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação Especial em Ciências da Descoberta de Medicamentos (CEPIMED)

Prof. Glaucius Oliva explica as particularidades da escultura ao Reitor da USP e Diretor do IFSC/USP

Nesta primeira cerimônia, coube ao Prof. Glaucius Oliva, docente e pesquisador do IFSC/USP e atual Vice-Presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC) para a Região de São Paulo, destacar as obras que foram feitas visando a requalificação do espaço de convivência, que ostenta agora um bonito jardim de plantas medicinais, um trabalho meticulosamente coordenado pela docente e pesquisadora do IFSC/USP, Profª Drª Leila Beltramini, onde cada espécie apresenta informações consideradas importantes para a área da saúde, sendo que a revitalização deste espaço contou com a participação da Vice-Diretora do Instituto, Profª Drª Ana Paula Ulian de Araújo. Coube também ao Prof. Dr. Glaucius Oliva fazer a memória descritiva da escultura que igualmente foi inaugurada pelo Reitor da USP e que se destaca na nova área de convivência, uma obra de arte da autoria de Antonio de Sant’Anna Galvão Leite, escultor autodidata. Nascido em São Paulo, em 5 de fevereiro de 1941, o artista foi funcionário administrativo-financeiro do IFQSC/USP por 32 anos. Após sua aposentadoria, iniciou em São Carlos suas atividades artísticas e complementou sua tendência artística inata participando de vários cursos com artistas de renome de São Paulo. A obra de arte remete à história da criação do primeiro CEPID do IFSC/USP – Centro de Pesquisa, Inovação e Biotecnologia Biomolecular Estrutural – que reunia pesquisas emergentes. “Nessa altura, por volta do ano 2000, convidamos o Antonio Galvão para fazer esta escultura, que ficou instalada em um pequeno jardim no edifício do IFSC/USP, na Área-1 do campus. Agora, ela foi transportada para aqui, em lugar de destaque, continuando a remeter sua simbologia à origem da vida”, salientou o docente.

Seguidamente, coube ao Prof. Dr.  Andre Luis Berteli Ambrosio falar e justificar,como coordenador, a criação do Centro de Crio-microscopia Eletrônica de Biomoléculas – CEMEB, enaltecendo a sua importância como facility multiusuário. Ao agradecer todo o apoio prestado pela FAPESP, o docente explicou de forma sintética os objetivos dos dois crio-microscópicos adquiridos recentemente, que, segundo ele, representam um marco importantíssimo para o IFSC/USP e para a região. “Estes equipamentos vão expandir a atuação na grande área de Biologia Estrutural, uma área que é o primeiro exemplo de sucesso de interdisciplinaridade na história das ciências modernas, como comprovam os cinquenta “Prêmios Nobel” entretanto conquistados ao longo dos anos”, sublinhou o pesquisador. Na oportunidade, ao agradecer a todos os colegas pela forma como contribuíram para a instalação deste centro, o docente anunciou a homenagem – entrega de placas – que foi prestada aos três servidores que contribuíram para o que novo centro ficasse operacional. Francisco Fernando Falvo – placa entregue pelo Prof. Dr. Glaucius Oliva; José Augusto Lopes da Rocha – placa entregue pelo Prof. Dr. André Luís Berteli Ambrosio; e Humberto D’Muniz Pereira – placa entregue pelo Prof. Dr. Richard Garratt.

Prof. Dr. Richard Garratt; José Augusto Lopes da Rocha; Prof. Dr. André Luís Berteli Ambrosio; Humberto D’Muniz Pereira; Francisco Fernando Falvo e Prof. Dr. Glaucius Oliva

O último discurso no decurso destas inaugurações foi o do docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Luiz Vitor de Souza Filho, que, na circunstância, representou o Diretor Científico da FAPESP, Prof. Dr. Márcio de Castro Silva. Em sua intervenção, o docente parabenizou o IFSC/USP pelo seu 30º aniversário e sublinhou que sua curta oratória iria verter sobre os dois principais itens relacionados com a FAPESP: a inauguração dos dois CEPIX e a inauguração do Centro de Crio-microscopia Eletrônica de Biomoléculas, tendo destacado a importância deste centro exatamente por ser multiusuário. “O termo “multiusuário” é bem específico, muito embora ainda exista uma certa mentalidade coronealista, já que muitos pesquisadores pensam que esses equipamentos são propriedades deles. Não são. O termo “multiusuário” é bem explícito e temos que insistir nisso. Os equipamentos são para todos os usuários que necessitam deles e o histórico do IFSC/USP demonstra isso mesmo, ou seja, o compartilhamento de seus equipamentos com todos os usuários que precisam. Talvez, por isso, o IFSC/USP seja a instituição que mais possui equipamentos multiusuários no Estado de São Paulo. Aqui tem uma história de sucesso humano em todos os níveis e, por isso, dou os parabéns a todos os envolvidos”, concluiu o pesquisador.

 

Inauguração do Centro de Crio-microscopia Eletrônica de Biomoléculas – Profs. Drs.: André Luiz Berteli Ambrosio – Richard Charles Garratt – Nelma Regina Bossolan (Dir. CDCC) – Ana Paula Ulian de Araújo (Vice-Diretora IFSC/USP) – Osvaldo Novais de Oliveira Junior (Diretor IFSC/USP) – Carlos Gilberto Carlotti Junior (Reitor da USP) -Yvonne Primerano Mascarenhas – Leila Beltramini – Jorge Guimarães – Glaucius Oliva

Após esse último discurso, o Reitor da USP presidiu à cerimônia de descerramento da placa evocativa da inauguração do novo centro, momento que foi acompanhado por todos os convidados, com um destaque especial para as presenças do Prof. Dr. Jorge Guimarães – Doutor “Honoris Causa” da USP, a Profª Drª Yvonne Primerano Mascarenhas – Professora Emérita da USP – e Prof. Luiz Nunes – Decano do IFSC/USP.

Sessão Solene da Congregação

Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato – Coordenador do CEPOF –  Conexão a partir dos EUA

Esta Sessão Solene da Congregação do IFSC/USP ocorreu no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), já na Área-1 do campus, logo após as inaugurações que se realizaram no início da manhã, e consistiu na inauguração dos dois novos CEPIX do IFSC/USP, na circunstância, o Centro de Pesquisa e Inovação Especial em Ciências da Descoberta de Medicamentos – CEPIMED, e o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica – CEPOF, tendo presidido à Mesa de Honra o Reitor da USP, Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Junior. A mesa foi composta pelo Diretor do Instituto de Física de São Carlos, Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, pelo representante do Diretor Científico da FAPESP, Prof. Dr. Luíz Vitor de Souza Filho, o coordenador do CEPIMED, Prof. Dr. Adriano Andricopulo e, de forma remota a partir dos EUA, o coordenador do CEPOF, Prof. Dr. Vanderlei Bagnato.

Abrindo a sessão, o Diretor do IFSC/USP fez uma breve abordagem à história do IFSC/USP e às suas principais conquistas em pesquisa, ensino e extensão universitária, tendo-se seguido as intervenções orais complementares aos discursos proferidos no início da manhã pelos Profs. Drs. Adriano Andricopulo e Luiz Vitor de Souza Filho. Para o Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, conectado a partir dos EUA em missão profissional, ter um CEPIX não é fazer mais do mesmo, sendo, sim, um novo grau de maturidade. “Não se pretende fazer mais do que se fazia anteriormente, quando o CEPOF era um CEPID, mas sim fazer de forma diferente para que possam ser atingidos novos patamares, principalmente em nível internacional, procurando também obter investimentos externos para financiamento de nossas pesquisas”, sublinhou Bagnato. Para o pesquisador, existe a necessidade de se manter um grande compromisso com a excelência, combinando competências com grande responsabilidade social, como tem sido ao longo dos últimos vinte anos “(…) com uma produção científica de mais de cinquenta artigos por ano, de centenas de alunos formados nos cerca de vinte laboratórios dedicados a diversas áreas de pesquisa (…)”.

Por último, na sua oratória, o Reitor da USP citou alguns aspectos relacionados com as atividades-fins da Universidade, tendo colocado o IFSC/USP dentro desse conceito. Com relação à graduação, segundo o Reitor, a USP está fazendo um movimento muito grande para modificar a graduação, principalmente para torná-la mais próxima daquilo que os alunos esperam e também muito mais próxima ao que o mercado de trabalho espera. “Quando falo de mercado de trabalho refiro-me à sociedade, não ao mercado onde só se pretende ganhar dinheiro; e todas as unidades estão convidadas a fazer esse pensamento, essa análise. Nós vamos entregar agora para vocês, no IFSC/USP, duas ferramentas: uma relacionada com a evasão, no sentido de podermos estudar esse fenômeno, e uma outra relativa ao desempenho individual dos nossos alunos, desde o primeiro ano, para acompanhá-los mais de perto até eles se formarem. Vamos olhar quais alunos precisam de uma atenção especial, quais alunos estão bem, qual aluno saiu da média, qual o aluno que caiu no rendimento, qual o grupo de alunos que precisa de um cuidado mais intenso. Eu tenho visto alguns dados preliminares e acho que a matemática é um ponto que está muito fraco no ensino médio aqui no Estado de São Paulo, em relação a outras disciplinas. O desempenho dos alunos de humanas e biológicas está razoável, mas quando você olha para matemática, física e engenharia, tenho a sensação de que os nossos alunos estão entrando na Universidade com alguns conceitos que não foram dados ainda no ensino médio. Temos que ver o que podemos fazer para melhorar o desempenho desses alunos na área de matemática, seja no ensino médio, ou mesmo depois quando eles entrarem na Universidade”, sublinhou o dirigente.

Reitor da Universidade de São Paulo (USP) – Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Junior

O Reitor da USP também abordou a contratação de novos docentes. “A contratação de docentes aqui, na Universidade de São Paulo, está na faixa etária dos 42 anos. Eu acho que já é uma idade um pouco avançada. Nós gostaríamos de ter os professores entrando na USP com 30 e poucos anos e não acima dos 40. E a culpa não é do professor; a culpa é nossa, que ficamos demorando muito a entregar esses jovens para a formação depois dos seus doutorados, e, obviamente, depois dos pós-doutorados. É muito raro alguém entrar ao USP, hoje, sem o pós-doutorado. Quando você acaba o doutorado com 38 anos, e depois com o pós-doutorado, você vai ser contratado com cerca de 42 anos. Quando você vai nos EUA, com 33 anos os professores vão entrando nas universidades. Nós precisamos atrair esses jovens para a Universidade através de um novo programa a ser implementado.

O Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Junior também evidenciou o fato da USP estar criando centros internacionais, sendo que o maior deles vai ser o Centre National de Recherche Scientifique – CNRS (França), que já tem sete pilares – o pilar quer dizer uma linha de pesquisa, um pesquisador brasileiro, um pesquisador francês e a vida de pesquisadores franceses trabalhando dentro da Universidade. “Os responsáveis pelo CNRS vieram aqui em São Carlos e ficaram impressionados tanto com a engenharia quanto com a física, e eles querem criar, dentro desses pilares, um centro de engenharia que ficará muito concentrado aqui em São Carlos”, pontuou o dirigente, acrescentando que se torna importante trazer a internacionalização para junto dos alunos da USP. “Nós não podemos enviar os nossos 90 mil alunos para o exterior, mas podemos trazer os centros internacionais para junto dos nossos alunos. O aluno vai conversar com o pesquisador francês, com o pesquisador inglês, com o italiano, e isso tudo inserido no seu cotidiano. Com isso, acredito que vamos melhorar ainda mais o nível de pesquisa que nós temos na Universidade de São Paulo”, sublinhou o Reitor, tendo no final parabenizado o IFSC/USP por sua história e agradecendo pelo seu brilhantismo ao longo dos seus 30 anos de existência.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de dezembro de 2024

Sociedade são-carlense visita laboratórios do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP)

No último dia 04 de dezembro o IFSC/USP abriu as portas de seus laboratórios à comunidade, no âmbito da iniciativa denominada “Física Quântica em Ação”, onde jovens alunos dos ensinos fundamental e médio, acompanhados por suas famílias, tiveram a oportunidade de contactar – muitos pela primeira vez – alguns aspectos teóricos e práticos da Física.

Tendo como introdução que no final do Século XIX ficou demonstrado que a Física conseguia explicar quase tudo que nos cerca, com exceção do mundo microscópico, ou seja, os átomos, que já se sabia serem muito pequenos (cerca de um milhão de vezes menores que o diâmetro de um fio de cabelo), esta iniciativa do IFSC/USP teve como um dos objetivos dar a conhecer e permitir que os visitantes colocassem a “mão na massa” e testassem os principais experimentos que desvendaram o mundo atômico e levaram à criação da Física Quântica, experimentos esses que mostram o comportamento dos átomos, elétrons, das partículas de luz – chamadas fótons -, os raios e o laser, entre muitos outros. A iniciativa, que teve a participação de cerca de sessenta visitantes, foi, também, um “aperitivo” para se discutir como a Física Quântica revolucionou a tecnologia moderna, a eletrônica, computação, fibras óticas, a ressonância magnética na saúde e … muito mais.

Esta ação derivou de uma demanda da Comissão de Graduação do IFSC/USP, na pessoa da Prof. Tereza Mendes, para que os seus alunos pudessem interagir com a comunidade dentro de uma disciplina obrigatória, no caso “Laboratório Avançado de Física I”. Segundo o Prof. Sebastião Pratavieira, um dos coordenadores desta ação, a ideia é que durante o bacharelado no IFSC/USP, os alunos repassem para o público as principais informações do que estão aprendendo ao longo de sua graduação, os trabalhos que estão executando nos laboratórios, a finalidade de suas ações e os fundamentos e objetivos da Física, sendo uma espécie de “prestação de contas” à sociedade que, com seus impostos, mantêm todas as universidades públicas do País.

O Prof. Sebastião Pratavieira explicou que esta ação se insere numa iniciativa promovida pelo governo federal, que obriga todos os cursos de graduação das universidades públicas do País a interagirem com a sociedade, algo que está sendo executado em nível nacional. “Foi uma experiência muito gratificante, com todo o mundo a fazer perguntas e a tentar entender os experimentos feitos nos laboratórios do IFSC/USP. Esperamos agora que todos os anos possamos realizar um dia dedicado a trazer a sociedade para dentro da USP”, finalizou o Prof. Sebastião Pratavieira.

Já o  Prof. Francisco Guimarães, também organizador desse evento, destaca que “A atividade realizada marcou um importante passo inicial na construção de um vínculo permanente entre os alunos do nosso instituto e a sociedade. Com simplicidade e entusiasmo buscamos compartilhar um pouco de nossas experiências em física quântica com os cidadãos da nossa comunidade. Não esperamos um retorno direto dessa ação, mas acreditamos que iniciativas como esta contribuem para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e esclarecida”.

Agradece-se a visita de todos, em especial de professores e familiares dos estudantes de São Carlos e região que nos deram o privilégio da vista. Estiveram envolvidos os docentes e pesquisadores do IFSC/USP, Profs. Paulo Miranda, Tomaz Catunda, Sérgio Carlos Zilio, Francisco E. G. Guimarães e Lino Misoguti, com o apoio dos técnicos dos laboratórios do Ensino, Oficinas Mecânica e de Óptica e da Biblioteca do IFSC/USP. .

Clique AQUI para acessar o álbum de fotos.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de dezembro de 2024

“São Carlos OpenLab 2024” – No mundo da Cristalografia

Um dos momentos do “São Carlos OpenLab-2024”

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) realizou entre os dias 02 e 08 deste mês  a 5ª edição do “São Carlos OpenLab 2024”, uma escola organizada  por membros da Associação Latino-Americana de Cristalografia, tendo como base a última edição realizada em 2018, em Montevidéu – Uruguai –, bem como nas experiências organizativas dos eventos anteriores, incluindo os “IUCr-UNESCO Bruker OpenLabs”, em 2014 e 2016, tendo estado representados neste evento quatro países da América Latina

O programa desta escola esteve dividido em aulas teóricas e práticas, incluindo os princípios de solução e refinamento de estruturas cristalinas, ministradas por renomados especialistas na área, sendo que esta iniciativa teve o intuito de contribuir para a capacitação dos estudantes latino-americanos na área de cristalografia.

A lista de tópicos desta escola incluiu: Visão geral da cristalografia; Simetria; Cristalização e manipulação de cristais; Difração de raios X; Determinação da estrutura: o problema das fases; Refinamento Estrutural; Relatórios e análises de estrutura;

O pesquisador Michele Zema foi um dos palestrantes que participaram neste evento. Professor associado na Universidade de Bari (Itália), o Prof. Zema é químico e cristalógrafo com mais de vinte anos de experiência em pesquisas e ensino nas áreas de mineralogia e química estrutural. Ex-gerente de projeto do Ano Internacional da Cristalografia (ONU 2014) e diretor executivo de divulgação da International Union od Christallography (IUCr), o palestrante convidado abordou, em uma de suas palestras, a história da cristalografia e os impactos positivos que essa área tem promovido no mundo da ciência.

Prof. Michele Zema

A história da cristalografia é muito longa e é oriunda das escolas mais antigas da ciência, abordando a compreensão dos cristais e suas propriedades, Segundo Zema, houve uma evolução rápida na forma como os cientistas adquiriram uma comprensão sobre as estruturas dos materiais, tudo isso tendo em consideração as suas propriedades. “A cristalografia é uma disciplina vital porque ela é a base para se ter um entendimento sobre as qualidades dos materiais, para que possamos descobrir novas formas de trabalhar em cima de suas propriedades. E é isso que tentamos ensinar aos jovens alunos neste “São Carlos OpenLab-2024”, aqui no IFSC/USP. Ou seja, tentar demonstrar como os alunos podem usar as diversas técnicas disponíveis para que possam dar informações precisas sobre como se distribuem os átomos nos cristais, entre outros fatores”, enfatiza o pesquisador italiano.

A prova desse aprendizado, neste evento, ficou bem patente através dos inúmeros trabalhos apresentados pelos alunos participantes, em forma de pôsteres, uma mostra que espelhou bem como esta área do conhecimento é interdisciplinar em termos da ciência dos materiais, envolvendo química, física, mineralogia e biologia, entre outras, algo que o Prof. Zema classificou de “(…) uma mostra com um nível muito alto de qualidade, mostrando o quanto os alunos se encontram entusiasmados (…)”.

Com um novo cenário colocado através da Inteligência Artificial (IA) e do Aprendizado de Máquina (AM), o palestrante convidado salienta que quando se trabalha com a cristalografia, em que um dos pormenores é poder lidar com milhões de estruturas cristalinas inseridas em bases de dados, fica patente a facilidade e utilidade dessas novas ferramentas. “Analisando do ponto de vista estatístico de como um cristal se pode transformar em um novo material, você tem uma quantidade enorme de informações que necessitam ser investigadas, analisadas e comparadas. É aí que a IA e o AM surgem para dar uma sensacional ajuda nesse trabalho, embora, obviamente, tenha que haver sempre algum cuidado, pois essas novas ferramentas, como todas as outras que antecederam estas, possuem lados “sombrios”. Contudo, são ferramentas que neste momento são indispensáveis, não só agora como também no futuro, sendo que elas serão fundamentais para a evolução científica destes jovens alunos que participaram no “São Carlos OpenLab-2024”, aqui no IFSC/USP”, conclui o Prof. Zema.

Os participantes do “São Carlos OpenLab-2024”

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de dezembro de 2024

Atualização da produção científica do IFSC/USP em novembro de 2024

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de novembro de 2024, clique (AQUI), ou acesse o Repositório da Produção USP (AQUI).

As atualizações também podem ser conferidas no Totem “Conecta Biblio”, em frente à Biblioteca.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico “Chemical Engineering Journal” (AQUI).

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de dezembro de 2024

Novo projeto da Unidade EMBRAPII – IFSC/USP: Inovação na desinfecção e descontaminação de colchões hospitalares

Plácido Neto – Empresa “EcoStove”

Um novo projeto apoiado pela Unidade EMBRAPII do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) foi testado com sucesso na Santa Casa de Misericórdia de São Carlos (SCMSC), correspondendo a um equipamento desenvolvido pela empresa “EcoStove”, sediada na cidade de Salto (SP), em colaboração com a fábrica “Relux”, de Ribeirão Pires (SP), para desinfecção e descontaminação de colchões hospitalares, um produto já patenteado em colaboração com a USP.

O citado equipamento será disponibilizado em duas versões – portátil, com capacidade para 06 colchões, e fixo, neste caso podendo fazer a descontaminação de 12 colchões.

A inovação deste novo equipamento está na combinação que é feita através de UVC, ozônio e índice de temperatura, incluindo a pulverização de Quartenário de Amônio 5, cujo processo total demora apenas entre 60 e 90 minutos. Para o inventor deste equipamento e proprietário da empresa, Plácido Neto, “A utilização do equipamento portátil torna-se bastante interessante para os hospitais e casas de saúde, já que, sendo uma prestação de serviço, os custos são muito atrativos”. O equipamento consegue desinfectar e descontaminar os colchões em até 99,99% nas superfícies externas e 90% na superfície interna das espumas, com a particularidade de apresentar um software que foi concebido unicamente para essa operação e que armazena os dados completos de cada processo de descontaminação, ficando os mesmos disponíveis para serem consultados pelos responsáveis clínicos.

Confira AQUI o relatório técnico emitido pelo IFSC/USP.

Engº Daniel Chianfrone (LAT-IFSC/USP)

Não necessitando de qualquer mão de obra dos estabelecimentos hospitalares, já que o equipamento é operado apenas por um funcionário da empresa, este equipamento portátil foi inicialmente testado no Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT) do IFSC/USP antes de ser submetido à prova na SCMSC. O Engº Daniel Chianfrone (LAT) sublinha que é uma inovação que é entregue à sociedade e que numa primeira fase irá atender as demandas da SCMSC. “É um equipamento que dá uma resposta muito positiva às atuais necessidades dos hospitais, que estão cada vez mais impactados pela disseminação de infecções e contaminações transmitidas pelos colchões das enfermarias, pelo que nos sentimos felizes por estar contribuindo com esse desenvolvimento científico e tecnológico. Por outro lado, também foi uma experiência muito gratificante, já que podemos mergulhar em novas tecnologias, e, neste caso concreto, na combinação entre o ozônio e a temperatura”.

Prof. Dr. Daniel Varela Magalhães – Pesquisador EMBRAPII-IFSC/USP

Para o pesquisador da Unidade EMBRAPII – IFSC/USP, Prof. Dr. Daniel Varela Magalhães, este projeto usa a inovação no sentido de uma ação de descontaminação e de controlo microbiológico, sendo que, por isso, ela tem um apelo social muito grande já que o alcance é imediato na área da saúde. “Foi um projeto que saiu da área de pesquisa há pouco tempo e já está sendo aplicado. Além do tempo relativo às pesquisas realizadas para este projeto, e que como era de se esperar demoraram alguns anos até ficarem concluídas, este projeto demorou cerca de um ano para ficar pronto e agora está sendo apresentado este protótipo do equipamento, praticamente igual ao que vai ser o modelo final. Este protótipo ficará em ambientes relevantes, que são as dependências da SCMSC, naquilo que usualmente chamamos de “estágio de maturidade tecnológica”, onde realizaremos todos os últimos testes de segurança avançada”, finaliza o pesquisador.

Recordamos que a EMBRAPII é extremamente importante para a pesquisa e inovação industrial, já que ela permite compartilhar os riscos por que passam as empresas. Assim a EMBRAPII divide esses riscos com as empresas, fazendo com que elas tenham um melhor “arcabouço” para poderem desenvolver seus projetos junto com as universidades, já que com essa interação elas têm caminhos menos arriscados para trilhar. São esses recursos a fundo perdido, oriundos da EMBRAPII, que consolidam os projetos das empresas.

Clique na imagem abaixo para assistir o vídeo.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

5 de dezembro de 2024

Aluna de doutorado do IFSC/USP conquista “Grande Prêmio CAPES de Tese”, edição de 2024

(Créditos – CNPEM-LNNano)

A Dra. Gabriela Dias Noske, egressa do Programa de Pós-Graduação em Física do IFSC/USP – Opção Física Biomolecular – e atualmente pesquisadora do Laboratório Nacional de Nanotecnologia – LNNano/CNPEM, conquistou neste mês de novembro o “Grande Prêmio CAPES de Tese Elisa Esther Maia Frota Pessôa – Edição 2024” (Colégio de Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar).

Em setembro último, Gabriela Dias Noske já havia conquistado o “Prêmio CAPES de Tese – 2024 – Astronomia e Física”, uma premiação que distingue os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos no Brasil em 2023, em cada uma das 54 áreas do conhecimento definidas pela CAPES, e agora foi anunciada como a vencedora do Grande Prêmio CAPES de Tese, concorrendo com outros ganhadores das 19 áreas de conhecimento do Colégio de Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar.

A tese de Gabriela Noske foi focada no tema “Caracterização estrutural e busca por inibidores das proteases dos vírus emergentes: Vírus da Febre Amarela e SARS-CoV-2”, tendo como orientador o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Glaucius Oliva e como co-orientador o pesquisador pós-doutorando Dr. Andre Schutzer de Godoy.

Gabriela Dias Noske possui graduação em Ciências Físicas e Biomoleculares pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), durante o qual fez iniciação científica na área de cristalografia, com enfoque no estudo estrutural e funcional da protease de febre amarela.

É Doutora pelo IFSC/USP, onde desenvolveu projeto de pesquisa em cristalografia e crio-microscopia eletrônica, com enfoque na descoberta e desenvolvimento de fármacos para a febre amarela baseados na estrutura do complexo NS2B-NS3 protease.

A premiada fez parte do projeto colaborativo, também sob supervisão do Prof. Dr. Glaucius Oliva e do pesquisador Andre Schutzer de Godoy, que teve como objetivo a descoberta e desenvolvimento de candidatos antivirais contra o SARS-CoV-2, baseado nas suas proteínas não estruturais, particularmente tendo como alvo as proteases virais.

Entre 2022-2023, realizou estágio de pesquisa no exterior (BEPE-FAPESP) no Centre for Structural System Biology (Desy, Hamburgo, Alemanha) onde trabalhou com as técnicas de crio-microscopia eletrônica e crio-tomografia (cryo-EM e cryo-ET), sob orientação do prof. Dr. Kay Grünewald. Atualmente trabalha como pesquisadora em crio-microscopia eletrônica, no Laboratório Nacional de Nanotecnologia, Centro Nacional para Pesquisa em Energia e Materiais (LNNano/CNPEM)

(Fonte: Currículo Lattes e https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-conteudo/resultados-dos-editais/18112024_Edital_2497653_SEI_2497210_Edital_N__04_2024___RESULTADO_PRELIMINAR.pdf).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de dezembro de 2024

Com participação de pesquisador do IFSC/USP – Todos os observáveis da Natureza podem ser medidos com uma única constante , o “segundo”

(Créditos – aeditorialbow1/Best of Web)

Um grupo de pesquisadores brasileiros apresentou proposta inovadora para resolver um debate que já dura décadas entre físicos teóricos: quantas constantes fundamentais são necessárias para descrever o universo observável? Aqui, a expressão “constantes fundamentais” refere-se aos padrões básicos necessários para medir tudo.

O estudo, publicado na revista Scientific Reports, teve a participação de George Matsas e Vicente Pleitez, ambos do Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista (IFT-Unesp), além de Alberto Saa, do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de Campinas (Imecc-Unicamp), e Daniel Vanzella, do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP).

O grupo argumenta que o número de constantes fundamentais depende do tipo do espaço-tempo em que as teorias são formuladas. E que, em um espaço-tempo relativístico, esse número pode ser reduzido a uma única constante, utilizada para definir o padrão de tempo. O estudo é uma contribuição original à polêmica instaurada em 2002 por um artigo famoso de Michael Duff, Lev Okun e Gabriele Veneziano publicado no  Journal of High Energy Physics.

A história toda começou dez anos antes, no verão de 1992, quando os três renomados cientistas se encontraram no terraço da cafeteria do Cern, a organização europeia para pesquisa nuclear. Em uma conversa informal, descobriram que divergiam em relação ao número de constantes fundamentais. “No verão de 2001, voltamos ao assunto e descobrimos que as nossas opiniões ainda divergiam. Decidimos, então, explicar nossas posições”, escrevem os três no Abstract de seu artigo.

Em resumo, Okun afirmou que três unidades básicas – metro (comprimento), quilograma (massa) e segundo (tempo) – eram necessárias para medir todas as grandezas físicas. Vale dizer que reafirmou aquilo que era conhecido como Sistema MKS (M, de metro; K, de quilograma; S, de segundo), posteriormente incorporado ao Sistema Internacional de Unidades (SI). Veneziano, por seu lado, argumentou que, em certos contextos, bastariam duas unidades: uma para o tempo e outra para o comprimento. Duff não ficou nem lá nem cá, afirmando que o número de constantes podia variar dependendo da teoria em questão.

Justificando o novo artigo agora publicado, Matsas afirma: “O objetivo é buscar a descrição mais fundamental possível da física. A questão que Okun, Duff e Veneziano levantaram não é, de forma alguma, trivial. Como físicos, somos confrontados com a necessidade de entender qual é o número mínimo de padrões de que precisamos para medir tudo”.

Os pesquisadores brasileiros – apoiados pela FAPESP (projetos 22/10561-9, 21/09293-7 e 23/04827-9) – sustentam que a quantidade de constantes fundamentais depende do espaço-tempo em que as grandezas físicas são consideradas. E analisam dois tipos de espaço-tempo: o galileano, sobre o qual Isaac Newton (1642-1727) construiu a mecânica clássica; e o relativístico, que oferece o substrato para a teoria da relatividade geral de Albert Einstein (1879-1955).

Há vários espaço-tempos relativísticos, que correspondem a diferentes soluções das equações de Einstein. O mais simples deles é o espaço-tempo de Minkowski, assim nomeado em referência ao matemático judeu-lituano de cultura alemã Hermann Minkowski (1864-1909). Trata-se de um espaço-tempo vazio (livre de partículas e tudo mais), homogêneo (em que todos os pontos apresentam as mesmas propriedades) e isotrópico (em que todas as direções espaciais se equivalem). Por uma questão de facilidade, o artigo em pauta utiliza o espaço-tempo de Minkowski. Mas seus autores advertem que as conclusões a que chegaram podem ser generalizadas para qualquer espaço-tempo relativístico.

“No espaço-tempo galileano, são necessárias réguas e relógios para medir todas as variáveis físicas. No espaço-tempo relativístico, porém, relógios são suficientes. Isto porque, na relatividade, o espaço e o tempo estão de tal forma interligados que basta uma única unidade para descrever todas as grandezas. Relógios de alta precisão, como os relógios atômicos utilizados atualmente, são capazes de atender a todas as necessidades de medição”, diz Matsas.

Como se percebe pela frase anterior, até mesmo no espaço-tempo galileano já é possível uma simplificação de grandezas fundamentais que deixa a massa de fora. “Historicamente, a partir de um esforço de padronização adotado durante a Revolução Francesa (1789-1799), o quilograma foi definido como sendo a massa de um litro de água pura em determinada condição de pressão e temperatura. Em termos práticos, é muito conveniente ter um padrão de massa, mas, do ponto de vista fundamental, ele não é necessário”, afirma Vanzella. “A massa de um corpo é dada pela aceleração com que uma partícula é atraída quando está a uma certa distância da massa.”

Em sua versão atual, o Sistema Internacional de Unidades (SI) utiliza sete unidades básicas: metro (comprimento), segundo (tempo), quilograma (massa), kelvin (temperatura), ampere (corrente elétrica), candela (intensidade luminosa) e mol (quantidade de moléculas ou átomos). “Mas essas unidades são básicas apenas porque atendem a objetivos práticos. Por exemplo, se alguém precisa comprar uma lâmpada, o número de candelas informa quanta intensidade luminosa essa lâmpada deverá fornecer. Porém, há muito tempo é sabido que essas unidades apresentam redundâncias. Isto é, que muitas delas podem ser definidas a partir de outras. Após uma revisão realizada em 2019, essas unidades passaram a ser associadas a constantes da natureza, como a velocidade da luz [c] e a constante de Planck [h]”, pontua Matsas.

Pelo critério usado por Duff, Okun e Veneziano, o número de constantes fundamentais está relacionado ao número mínimo de padrões independentes necessários para expressar todas as grandezas físicas. Repetindo, no espaço-tempo de Galileu todos os observáveis podem ser expressos em termos de unidades de tempo e espaço, que, usualmente, são o “segundo” e o “metro”. Em espaços-tempos relativísticos, a unidade de tempo – vale dizer, o “segundo” – é suficiente para expressar qualquer observável.

E a definição de “segundo” é estabelecida, atualmente, a partir de uma constante da natureza: a diferença de energia entre dois níveis específicos da camada eletrônica do césio-133. Um segundo (1s) corresponde ao tempo de 9.192.631.770 oscilações da radiação emitida quando um elétron transita entre esses dois estados do césio-133. “Qualquer artefato capaz de contar com regularidade 9.192.631.770 oscilações dessa radiação terá medido 1s e poderá ser considerado um relógio honesto”, informa Matsas.

Resumindo: no espaço-tempo relativístico (que é o espaço-tempo no qual o estudo em pauta considera que vivemos), qualquer grandeza física pode ser medida a partir do “segundo”, que constitui a unidade de tempo. O tempo é uma variável, pois está em incessante mudança; mas o “segundo” é definido a partir de uma constante, associada a um certo nível de energia da camada eletrônica do átomo de césio-133. “O veredicto de que um observável seja ou não uma constante da natureza é absoluto, pois é proclamado pelos relógios honestos, que precisam existir para que o próprio conceito de espaço-tempo faça sentido. Mas a eleição de qual ‘constante fundamental’ será usada para defini-los é uma construção social e histórica que depende da conveniência”, comenta Vanzella.

O artigo The number of fundamental constants from a spacetime-based perspective pode ser lido na íntegra em: www.nature.com/articles/s41598-024-71907-0

(Agência FAPESP – José Tadeu Arantes)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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