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10 de setembro de 2014

O uso de técnicas cristalográficas para possível cura da doença

Criado em 1975 num esforço conjunto das indústrias farmacêuticas Bayer e Merryck, o Praziquantel foi um medicamento desenvolvido para atuar na cura da esquistossomose, doença transmitida pelo Schistosoma mansoni, verme hematófago transmitido por caramujos Biomphalaria, que vive nas águas de rios, e que todos os anos causa milhares de mortes no mundo.

Carolina_Mafud-1Melhor do que qualquer medicamento, o saneamento básico seria capaz de eliminar o Schistosoma. Porém, como a realidade nos mostra, essa ação está muito distante de ser concretizada efetivamente. Infelizmente, nem mesmo o Praziquantel foi efetivo na cura da doença, isso porque o fármaco não ataca os ovos nem as formas jovens do Schistosoma mansoni, impedindo sua eliminação definitiva do organismo. Uma segunda deficiência do medicamento foi relatada recentemente: o surgimento de casos de resistência ao Praziquantel por algumas cepas do verme no continente africano.

Outro problema do Praziquantel, esse de natureza estrutural, é que o medicamento é administrado como mistura racêmica, ou seja, ele possui dois estereoisomeros: um com atividade antelmintica e outro sem. Como se trata de um processo muito caro, a separação não é feita, e uma das estruturas tem seu efeito anulado, implicando num aumento da concentração do farmaco na dose, o que torna os comprimidos muito grandes e de difícil ingestão, principalmente por crianças, bastante afetadas pela doença. Outra dificuldade refere-se à insolubilidade e gosto desagradável do medicamento, tornando-os ainda mais indigerível.

Alternativas de ataque ao verme

Diversos pesquisadores têm procurado por frentes alternativas – e obviamente mais eficazes – para eliminar a esquistossomose. Ana Carolina Mafud, pesquisadora em estágio de pós-doutorado do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), supervisionada pela docente Yvonne Mascarenhas, é um deles.

No Grupo de Cristalografia, do qual faz parte, Ana Carolina pesquisa duas frentes de ataque à esquistossomose. A primeira refere-se à bioprospecção de produtos naturais, isto é, a busca por produtos naturais que tenham atividade contra a doença em questão. Nessa frente, três candidatos já apresentaram resultados satisfatórios: jaborandi, louro e uchi-amarelo. Tais resultados, inclusive, serão apresentados por Ana Carolina na edição de 2014 do Simpósio Brasileiro de Química Medicinal. “Nessa frente de pesquisa, conto com a colaboração do pesquisador Josué de Moraes, que tem toda sua formação acadêmica na USP e já passou pelo Butantã, Instituto Adolfo Lutz e, atualmente, é consultor de saúde pública na Câmara Legislativa do Estado de São Paulo, além de possuir um laboratório de pesquisa, o ‘Núcleo de Pesquisa em Doenças Negligenciadas’, na Faculdade de Ciências de Guarulhos (FACIG), o que facilita a realização de ensaios in vitro e in vivo“, conta Ana Carolina.

Carolina_Mafud-_boxTal facilidade estimulou Ana Carolina a realizar estudos numa segunda frente de ataque: o reposicionamento de fármacos, ou seja, pesquisar, em bancos de dados, moléculas já testadas e comercializadas contra qualquer doença e observar suas atividades no combate à esquistossomose. “Observamos, por exemplo, através de dados bibliográficos, que o Diclofenaco pode ajudar o organismo a não atacar o granuloma. Através de testes in vitro, confirmamos essa suposição e tivemos uma nova surpresa: o Schistosoma também é atacado, além do Diclofenaco agir sinergisticamente com o Praziquantel”, relembra a pesquisadora.

A cristalografia como protagonista

A descoberta acima, no entanto, gerou outra interrogação: como o Diclofenato e o Praziquantel, de classes químicas tão diferentes, podem atacar uma mesma doença? Partindo de estruturas cristalográficas e utilizando técnicas de bioinformática, Ana Carolina conseguiu resolver a dúvida: graças a uma região comum na composição eletrônica da estrutura dos dois fármacos*.

Outra técnica utilizada por Ana Carolina é o virtual screening, que consiste na sobreposição virtual das moléculas anotadas para encontrar candidatos que possuam estruturas moleculares similares ao Praziquantel. “No caso de nossa pesquisa, foram selecionadas moléculas que tenham similaridade, tanto do ponto de vista 2D, ou seja, a estrutura molecular simples, quanto 3D, que leva as distancias e ângulos interatomicos e o volume de van der Waals e potencial eletrostático em consideração. Uma vez encontradas, Josué realiza os testes para ver se a atividade, de fato, existe”, elucida Ana Carolina.

Em relação à bioprospecção de produtos naturrais, Ana Carolina e os demais integrantes dessa pesquisa** utilizam outras técnicas para o desenvolvimento do estudo, entre elas a resolução da estrutura cristalina por difração de raios-X e análises térmicas de TG e DSC, além de outras técnicas adjacentes, como espectroscopia RAMAN. Ana Carolina, especificamente, faz também cálculos ab initio e semiempíricos de constantes físico-químicas. “Todos os dados que fornecemos auxiliam na elaboração dos ensaios in vitro e in vivo realizados por Josué”, conta.

O futuro da pesquisa

Embora animada com todos os resultados alcançados até o momento, Ana Carolina faz uma ressalva. “Entre a descoberta de produtos naturais com ação contra a esquistossomose e sua transformação em fármaco leva-se cerca de 15 anos. O Brasil, em toda sua história, nunca conseguiu produzir qualquer fármaco”, lamenta.

Outra barreira a ser vencida, também referente à bioprospecção, é a criação de uma técnica capaz de tornar solúveis os elementos de interesse de produtos naturais.

Porém, por sua baixa toxicidade e aceite no organismo- testes in vivo já realizados em ratos trouxeram resultados promissores-, os produtos naturais parecem, ainda, ser a melhor alternativa para produção de um fármaco contra a esquistossomose. E, mais do que isso, podem se mostrar úteis para cura de outras doenças negligenciadas.

*Este trabalho foi publicado pelo International Journal of Antimicrobials Agents, uma revista da International Society of Chemoterapy. Clique aqui para acessá-lo.

**Atualmente, trabalham nas pesquisas mencionadas a também pós-doutoranda Lis S. Miotto e o aluno de graduação do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP) Thiago Rubio.

9 de setembro de 2014

USP tem 96 cursos classificados com cinco estrelas

O Guia do Estudante Profissões – Vestibular 2015, que passará a circular nas bancas a partir do próximo dia 10 de outubro, concedeu cinco estrelas (considerado como excelentes) a 96 dos 249 cursos de Graduação da USP, portanto, nove cursos a mais do que a avaliação do ano passado. Além desses, outros 21 cursos receberam quatro estrelas (muito bons) e dois foram avaliados com três estrelas (bons).

Na edição do ano passado, 87 cursos receberam cinco estrelas e 30 receberam quatro.

As três grandes áreas de conhecimento – biológicas, exatas e humanas – e os sete campi da Universidade tiveram cursos com a avaliação máxima.

Clique AQUI para conferir a lista completa dos cursos avaliados.

Campus de São Carlos

Na USP em São Carlos, as cinco unidades contam com cursos que receberam a nota máxima: Arquitetura e Urbanismo (Instituto de Arquitetura e Urbanismo – IAU); Engenharia Aeronáutica, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia de Produção e Engenharia Mecânica (Escola de Engenharia de São Carlos – EESC); Engenharia de Computação (EESC e Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação – ICMC); Matemática, Sistemas de Informação e Ciência da Computação (ICMC); Física (Instituto de Física de São Carlos – IFSC) e Química (Instituto de Química de São Carlos – IQSC); além da categoria Bioquímica e Biotecnologia.

O Campus totalizou 15 categorias de cursos com nota cinco, ou seja, cerca de 15,6% do total de notas máximas obtidas pela universidade.

Publicado anualmente pela Editora Abril, o Guia do Estudante é um dos principais veículos de publicação de Instituições de Ensino Superior do Brasil e de avaliação de cursos superiores de bacharelado e licenciatura, que considera critérios como corpo docente, produção científica e instalações físicas.

(Com informações da Assessoria de Imprensa da USP)

Assessoria de Comunicação

9 de setembro de 2014

SAXS Workbench – 2nd training school for SAXS beginners

Estão abertas até dia 15 de setembro, as inscrições para a segunda edição do SAXS Workbench, um treinamento oferecido no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) para pesquisadores iniciantes na técnica de espalhamento de Raios-X a baixos ângulos (SAXS, da sigla em inglês Small-angle X-ray scattering), um evento que ocorrerá entre os dias 26 e 28 do próximo mês de novembro.

O treinamento prático será oferecido por pesquisadores especializados em espalhamento de Raios-X, visando à coleta de dados em fontes de luz síncrotron. A técnica é usada para a análise de partículas com dimensões micro e nanométricas.

Pesquisadores de diversas áreas do conhecimento podem se inscrever, mas é preciso ter no mínimo mestrado (concluído ou em andamento). O idioma oficial do evento é o inglês.

Situado em Campinas (SP), o LNLS integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e é responsável pela operação da única fonte de luz síncrotron da América Latina, aberta ao uso das comunidades acadêmica e industrial.

O treinamento ocorrerá no LNLS, no campus do CNPEM, que fica na Rua Giuseppe Máximo Scolfaro, 10.000, em Campinas.

Interessados em se inscrever no evento, cliquem AQUI.

Para mais informações sobre o evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

8 de setembro de 2014

USP é a melhor universidade do país em 20 cursos

Numa pesquisa feita pelo Datafolha, que deu origem à terceira edição do RUF – Ranking Universitário Folha, o jornal “A Folha de São Paulo”, publicou em sua edição do dia 08 de setembro, uma avaliação de qualidade de instituições de ensino superior do país, sendo que, das 192 universidades analisadas quanto à pesquisa, ensino, inserção no mercado de trabalho, inovação e internacionalização, a USP alcançou o primeiro lugar na lista, inclusive no que concerne a 20 cursos de graduação, num total de 40, onde está inclusa a área da Física.

Para conferir a notícia na íntegra, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação

8 de setembro de 2014

Funcionários terceirizados do IFSC participam de “Oficina do Sabão”

Com a finalidade de conscientizar os nossos funcionários terceirizados sobre a importância da diminuição de resíduos, a Comissão de Gestão Ambiental do Instituto de Física de São Carlos, com o apoio do USP Recicla, da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e da Seção de Infraestrutura de Apoio, realizou nos dias 22 e 23 de agosto, uma palestra, seguida da denominada Oficina do Sabão, uma iniciativa que contou com a presença de sabao15030 funcionários.

Durante a oficina, estiveram presentes a bióloga do Laboratório de Ensino de Biologia (LEF-IFSC) e membro da Comissão, Luana Cheven Perbore dos Santos, a encarregada dos funcionários terceirizados, Irene Sanches, a estagiária da Comissão e também aluna do último ano do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas, com habilitação em Química, Driele Rafaele Vicentin, e o coordenador do projeto “Universitário Por Um Dia” e membro da Comissão, o educador Herbert João Alexandre.

De acordo com Driele Rafaele, a ideia de organizar a oficina foi espelhada na iniciativa do USP Recicla que, anualmente, realiza seminários sobre coleta seletiva e educação ambiental. Assim, além de assistirem à apresentação da palestra Educação Ambiental e Coleta Seletiva, que abordou o princípio dos “3 R’s” – Reduzir, Reutilizar e Reciclar -, ciclo do consumo, a importância da coleta seletiva e o uso consciente dos recursos naturais, dentre eles a água e economia de energia, os funcionários terceirizados aprenderam a reutilizar alguns materiais, como, por exemplo, o óleo, que se descartado incorretamente, polui o ambiente.

SABAO350Na oficina que se seguiu, cujo intuito foi fazer sabão, os participantes reutilizaram óleo que eles próprios trouxeram de suas casas, assim como caixinhas de leite e garrafas pet que seriam utilizadas como formas. O óleo foi combinado com soda cáustica, água e os demais produtos. Foram utilizados também as embalagens tetra pak, recolhidas no final da palestra. Nós mostramos que há formas de se reutilizar o óleo, um material que contamina muito o meio ambiente, explica Driele, argumentanto que se as pessoas fizerem o próprio sabão em casa, estarão economizando mais de 50% do valor gasto com aqueles que são vendidos nos supermercados.

Para obter noção da diferença entre os preços, Driele explica que luvas150um quilograma de soda cáustica – R$ 8,00 –, juntamente com cinco litros de óleo de reuso, rende cerca de 30 pedras de sabão, equivalente a seis embalagens tradicionalmente vendidas nos supermercados com cinco pedras ao custo de R$ 4,00 cada. Durante a Oficina do Sabão, os funcionários foram divididos em grupos e prepararam a receita do sabão caseiro. Obviamente, o processo exige certo trabalho, pois é necessário dissolver a soda cáustica na água, acrescentar o óleo e mexer por aproximadamente 45 minutos. Durante a preparação é preciso tomar cuidado, uma vez que a soda cáustica, em contato com a água, libera gás, criando uma reação exotérmica, podendo aquecer o balde ou recipiente.

Driele conta que os organizadores do projeto estiveram atentos a todos os detalhes, principalmente, aos de precaução. Assim, durante o preparo da receita, os funcionários do IFSC-USP utilizaram equipamentos como máscaras, óculos protetores, jalecos, botas e luvas. Quando preparamos isso em nossas casas, raramente utilizamos esses equipamentos, mas, como esse trabalho envolveu profissionais de uma instituição, nós prestamos atenção em todos os detalhes para nos certificarmos de que nenhum participante sofresse qualquer tipo de acidente. Driele ainda recomenda que, qualquer pessoa que resolva preparar a receita, utilize, no mínimo, luvas de borracha e roupas que protejam o corpo, assim como sapatos fechados, evitando também que crianças ou animais de estimação estejam próximos ao recipiente onde a mistura estiver sendo preparada.

Após essa bem sucedida iniciativa, Driele diz que um dos próximos passos será realizar a mesma Oficina para os estudantes da Universidade de São Paulo, no campus um, em São Carlos. Ainda para ela, um dos objetivos das palestras organizadas pela Comissão de Gestão Ambiental do IFSC é informar o público de que o Reduzir, um dos itens dos 3R’s, é o mais importante: Driele1-300Reduzir é necessário, uma vez que a quantidade de material não reciclável e reciclável gerado diminui, porque a parte de reciclagem já é o final de todo o processo. Ou seja, se reduzíssemos nosso consumo, iríamos continuar reciclando, porém, numa quantidade muito menor, além de que a quantidade de lixo diminuiria, reduzindo custos com o tratamento dos mesmos em aterros sanitários, explica.

Ainda de acordo com ela, a Comissão realizará um trabalho em conjunto com uma docente da escola Conde do Pinhal, intitulado Consciências Mil. O projeto, voltado aos alunos do quinto e sexto ano trará diversas atividades abordando temas específicos, como, por exemplo, o de reciclagem. Atualmente, a Comissão de Gestão Ambiental do Instituto também atua com os alunos que participam do Universitário Por Um Dia, programa que recebe estudantes e professores de escolas públicas e privadas no IFSC, apresentando diversos experimentos realizados em nossos laboratórios. Somente no primeiro semestre deste ano, a Comissão apresentou palestras sobre o tema de sustentabilidade para cerca de 800 visitantes, incluindo alunos e docentes, fator que incentiva pessoas como Driele, a continuarem com seus trabalhos de difusão de informação, seja com crianças ou adultos.

Também está previsto para o início do primeiro semestre de 2015, o projeto intitulado Pessoas que Aprendem Participando – PAP’s, desenvolvido sob supervisão da Superintendência de Gestão Ambiental, que trará diversas atividades envolvendo os funcionários do IFSC, bem como todos os outros que prestam serviço nas duas Áreas do Campus USP – São Carlos.

Os interessados em contatar e saber mais sobre a Comissão de Gestão Ambiental do IFSC-USP, devrão acessar o SITE.

Assessoria de Comunicação

5 de setembro de 2014

Cursos do IFSC lideram preferências no ensino brasileiro à distância

Os cursos de Física Básica e Eletromagnetismo, da autoria do docente e pesquisador do IFSC-USP, Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, estão no Top-10 do ensino gratuito brasileiro à distância, disponíveis para quem desejar.

A introdução dos cursos online abertos massivos (MOOC’s), disponibilizados por centenas de universidades de todo o mundo e assinados pelos mais consagrados professores e pesquisadores de todas as áreas do conhecimento, contribui para que milhares de pessoas aprimorem conhecimentos e adquiram seus diplomas e certificados, principalmente visando novas perspectivas de colocação no mercado de trabalho.

No Brasil, o site VEDUCA, criado em 2012, com conteúdo aberto, é responsável por congregar cursos online das mais prestigiadas instituições acadêmicas e científicas do Brasil e do mundo, com 445 mil usuários registrados e mais de 6 milhões de acessos. E é neste site que se podem encontrar os cursos ministrados pelo Prof. Dr. Vanderlei Bagnato que, como muitos outros, contribuem decisivamente para que o Brasil tenha, cada vez mais, uma educação aberta e livre, em benefício direto de sua população.

O Top-10 dos cursos mais acessados no VEDUCA está constituído da seguinte forma:

1 – Capacitação em ADWords – Google – Isabel Furtado e Vince Vader;

2 – Ciência Política – USP – Clóvis de Barros Filho;

3 – Ética – USP – Clóvis de Barros Filho;

4 – Gestão de Projetos – USP – Marly Monteiro de Carvalho e Daniel Capaldo Amaral;

5 – Probabilidade e Estatística – USP – Melvin Cymbalista e André Leme Fleury;

6 – Física Básica – IFSC-USP – Vanderlei Bagnato ;

7 – Energias Renováveis – ONUDI – Vários;

8 – Eletromagnetismo – IFSC-USP – Vanderlei Bagnato ;

9 – Aprendizagem e Util. Plataformas Digitais – UniSEB – Luís Saldanha;

10 – Bioenergética – UnB – Fernando Fortes de Valencia;

Assessoria de Comunicação

5 de setembro de 2014

A Física das Mudanças Climáticas Globais

Ocorreu no dia 05 de setembro, pelas 10h30, no Auditório Prof. Sérgio Mascarenhas (IFSC-USP), a palestra intitulada A Física das Mudanças Climáticas Globais, apresentada pelo Prof. Paulo Eduardo Ataxo Netto, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP), um evento inserido na iniciativa Colloquium diei.

Uma das questões mais desafiadoras para a ciência é o entendimento integrado de como o sistema climático terrestre funciona, e quantificar o efeito antropogênico no clima de nosso planeta. O balanço radiativo terrestre está sendo alterado de modo significativo pelo aumento da concentração de gases de efeito estufa, alterações nas nuvens, na concentração de partículas de aerossóis atmosféricos, entre outros temas.

Em sua palestra, Paulo Netto Paulocartaxo-300discutiu os diversos aspectos científicos que controlam o funcionamento climático de nosso planeta, tendo debatido também as estratégias de mitigação e enfrentamento das questões.

Graduado em Física pela Universidade de São Paulo, com mestrado em Física Nuclear pela USP e doutorado em Física Atmosférica, também pela Universidade, o Prof. Paulo Cartaxo Netto trabalhou na National Aeronautics and Space Administration – NASA, Estados Unidos, na Universidade de Antuérpia, Bélgica, Universidade de Lund, Suécia, e na Universidade Harvard, Estados Unidos.

Paulo Netto é professor titular e chefe do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da USP, onde trabalha com física aplicada a problemas ambientais, atuando principalmente nas questões de mudanças climáticas globais, meio ambiente na Amazônia, física de aerossóis atmosféricos, poluição do ar entre outros temas.

O docente também é membro titular da Academia Brasileira de Ciências, coordenador do Instituto do Milênio do Experimento LBA, membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas – IPCC e de outros sete painéis científicos internacionais. Em 2004, ele recebeu voto de aplauso do Senado Brasileiro pelo seu trabalho científico em meio ambiente na Amazônia, e em 2006 foi eleito colaborador da American Association for the Advancement of Sciences. No ano de 2007, Paulo Netto recebeu o prêmio de Ciências da Terra 2007, da Academia de Ciências dos Países em Desenvolvimento (TWAS) e o Prêmio Dorothy Stang de 2007, outorgado pela Câmara Municipal de São Paulo.

Assessoria de Comunicação

5 de setembro de 2014

Conference Biophotonics South America – 2015

Está aberta, até ao próximo dia 10 de novembro do corrente ano, a chamada de trabalhos para a Conference Biophotonics South America – 2015, um evento que ocorrerá entre os dias 23 e 26 de maio de 2015, no Copacabana Palace Hotel, Rio de Janeiro, inserido nas comemorações do Ano Internacional da Luz – 2015, promovido pela SPIE – International Society for Optics and Photonics, em estreita colaboração com o IPA e com os apoios da FAPESP e do CNPq.

Esta primeira edição da Conference Biophotonics South America – 2015 irá enfatizar, entre outras áreas, as técnicas fotônicas para diagnóstico e tratamento, utilizando interações do sistema de luz biológicos para coletar informações nas áreas bioquímica e estrutural. Para este evento, especialmente dirigido a cientistas, clínicos, engenheiros e profissionais da indústria de biofotônica, serão aceitos trabalhos que correspondam às áreas de óptica em tecidos, espectroscopia de sistemas biológicos, microscopia de tecidos, nanobiofotônica, fotodiagnóstico, instrumentação, aplicações clínicas (medicina, terapia física, veterinária, dentística, etc.), além de outras áreas, como, por exemplo, biologia e biotecnologia, agricultura e meio-ambiente (VER MAIS INFORMAÇÕES NO SITE DO EVENTO).

Sobre a SPIE

A SPIE, sociedade internacional de óptica e fotônica, foi fundada em 1955 com o intuito de aprimorar tecnologias baseadas em luz. Servindo mais de 256.000 constituintes de aproximadamente 155 países, a sociedade, sem fins lucrativos, continua desenvolvendo tecnologias através da troca de informações interdisciplinares, educação contínua e diverso tipo de publicações, em prol do crescimento profissional e desenvolvimento de carreiras. A PIE organiza e patrocina, anualmente, aproximadamente 25 grandes fóruns técnicos, exibições e programas educacionais na América do Norte, Europa, Ásia e Sul do Pacífico, sendo que o evento marcado para o nosso país é o primeiro na América do Sul.

Sobre o IPA

Quanto ao IPA, foi fundado em 1986 e sua equipe consiste num conjunto dos mais proeminentes clínicos internacionais e cientistas envolvidos em pesquisar e realizar terapia fotodinâmica (TFD) e foto-diagnóstica (FD). O propósito do IPA é promover o estudo de diagnósticos e de tratamentos, usando luz e fotossensibilizadores, para disseminar os resultados entre os membros do IPA, da comunidade médica e do público geral. O IPA organiza um Congresso Internacional a cada dois anos, que é uma oportunidade única para somar atividades de pesquisa clínica e pesquisa básica dos aspectos da TFD.

O comité organizador local é constituído por docentes e pesquisadores do CEPOF-IFSC-USP, a saber, Cristina Kurachi, Vanderlei S. Bagnato, Lilian T. Moriyama, Natália M. Inada e Sebastião Prata Vieira.

Os Profs. Cristina Kurachi (IFSc-USP), Katarina Svanberg (Lund University Hospital – Sweden) e Bruce J. Tromberg (Beckman Laser Institute and Medical Clinic – USA) serão os Chairs do evento, enquanto que o Prof. Vanderlei S. Bagnato (IFSC-USP) ocupará o cargo de Co-Chair.

Assessoria de Comunicação

5 de setembro de 2014

Apresentada proposta de reajuste de 5,2%

Conforme divulgado em seu comunicado nº 06/2014, o CRUESP, em reunião realizada no dia 3 de setembro, após processo de negociação com CRUESP-100o Fórum das Seis, apresentou a proposta de reajuste de 5,2% para docentes e servidores técnico-administrativos das Universidades Estaduais Paulistas, a ser concedido em duas parcelas: uma de 2,57% na folha de setembro, a ser paga em outubro; e a outra, do mesmo percentual, na folha de dezembro, a ser paga em janeiro de 2015, totalizando os 5,2% acima definidos. Isso permitirá que o 13º salário de 2014 seja pago com o reajuste integral.

Assessoria de Comunicação

4 de setembro de 2014

Pesquisa Clínica e Desenvolvimento de Novos Medicamentos

Ana1-250A consultora científica Ana Paula R. Lirani Galvão foi quem ministrou o mais recente seminário do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), com a palestra Pesquisa Clínica e Desenvolvimento de Novos Medicamentos, que ocorreu nessa quinta-feira, pelas 13h, na sala 59 do IFSC.

Na referida palestra, a consultora abordou informações para o suporte na elaboração e desenvolvimento de projetos de pesquisa clínica e desenvolvimento de novos medicamentos, dando continuidade à apresentação sobre o papel do consultor científico “Medical Science Liaison”.

Ana Paula é fisioterapeuta pela Universidade Estadual de Londrina (2002), mestre em Bioengenharia pela USP (2004), doutora em Ciências Endocrinológicas pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (2008), com período “sanduíche” na Université de Lyon, França e pós-doutora pela UNIFESP (2009). Ela foi docente do Departamento de Fisioterapia da UNICASTELO, São Paulo, e coordenadora do Programa de Reabilitação e Atividade Física direcionada ao Osteoporótico por sete anos na UNIFESP. Atualmente Ana trabalha como consultora científica na área de Reumatologia na Novartis Biociências.

Assessoria de Comunicação

4 de setembro de 2014

Idealizador do Head Held High realiza palestra

Uma iniciativa na Índia pretende preparar, até 2022, dois milhões de jovens moradores de comunidades rurais sem acesso à educação formal para atuar profissionalmente no setor de serviços. A ideia partiu do Head Held High, projeto que tem como objetivo eliminar a pobreza capacitando pessoas com habilidades, conhecimento e oportunidades de trabalho que antes eram inacessíveis a eles.

Para mostrar como esse projeto funciona e que resultados já trouxe, o Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP), Polo São Carlos, realiza nesta sexta-feira, 5 de setembro, às 14h30, uma palestra com o empreendedor e engenheiro indiano radicado nos Estados Unidos, Kartik Kilachand, um dos idealizadores da iniciativa.

Kartik Kilachand é engenheiro formado pelo India Institute of Technology, em Bombaim, com mestrado em engenharia elétrica pela Universidade de Cornell, MBA em finanças internacionais pela Universidade da Califórnia em Berkeley, também diplomado no Programa de Gestão Avançada pelo INSEAD, na França. No campo empresarial, Kilachand tem vasta experiência com empresas de tecnologia e serviços nos Estados Unidos e na Índia e é atualmente CEO e co-fundador da Magnus Gyan, empresa de tecnologia educacional. É membro do conselho da Cúpula de Inovação Sul-Sul, focada no desenvolvimento de plataformas de colaboração nas áreas de tecnologia da informação e educação entre Brasil, Índia e África do Sul.

O evento será realizado no auditório do IEA São Carlos, no campus 1 da USP, entrada pelo acesso para pedestres da Av. Dr. Carlos Botelho, próximo à Rua Visconde de Inhaúma. A entrada é gratuita. Inscrições e informações pelo telefone (16) 3373 9177 ou pelo e-mail ieasc@sc.usp.br. Outras informações sobre o Head Held High podem ser encontradas no site www.head-held-high.com.

Com informações do IEA São Carlos

Assessoria de Comunicação

4 de setembro de 2014

GEPIT forma 2ª turma

No último dia 30 de agosto foi realizada a cerimônia de formatura da 2ª Turma do Curso de Gerenciamento e Execução de Projetos de Inovação Tecnológica em Empresas (GEPIT), curso de aperfeiçoamento realizado por iniciativa da Agência USP de Inovação em parceria com a FIESP-CIESP e com a FDTE*.

GEPIT-2014No evento, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) foi devidamente representado pelos docentes Tito José Bonagamba (também diretor do IFSC) e Vanderlei Salvador Bagnato (também coordenador da Agência USP de Inovação), que compuseram a mesa de honra junto a outros docentes da Universidade de São Paulo (USP) e representantes das instituições parceiras.

O GEPIT realiza atividades e aulas com os maiores especialistas do ramo, com o objetivo de preparar os profissionais do meio empresarial para o sucesso na inovação. A duração do curso foi de oito meses com cerca de 240 horas aulas ministradas virtualmente (com exceção de uma aula presencial por mês).

Para mais informações sobre o próximo GEPIT, clique aqui.

Com informações da Agência USP de Inovação

*Federação das Indústrias do Estado de São Paulo; Centro das Indústrias do Estado de São Paulo; Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia

Assessoria de Comunicação

4 de setembro de 2014

Controlling spin-correlations in double quantum dots

Em mais uma edição do programa Journal Club, ocorrida no dia 03 de setembro, na Sala Celeste, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), pelas 10h45, o Dr. Carlos Busser, do Arnold Sommerfeld Center for Theoretical Physics, da Ludwig-Maximilians-University, Munique, Alemanha, ministrou a palestra Controlling spin-correlations in double quantum dots.

Carlos3-300Nas últimas décadas, um grande esforço tem sido investido na compreensão de como utilizar o grau de liberdade de spin dos elétrons confinados como um componente de um dispositivo de computação quântica ou em spintrônica. Assim, um dos principais desafios é construir, controlar e manipular estados emaranhados entre rotações.

Em sua palestra, ele demonstrou que correlações de spin entre elétrons localizados em pontos quânticos podem ser controladas, combinando os efeitos de um fluxo e conduzindo uma corrente elétrica.

De acordo com o pesquisador, a corrente pode induzir correlações de rotação, portanto, é possível criar um estado emaranhado em estrutura com ponto duplo. Durante sua apresentação, Carlos Busser também utilizou uma transformação canônica para explicar alguns de seus resultados. Por fim, ele abordou a decadência de um estado maximamente emaranhado entre os pontos, considerando uma estrutura de dois pontos quânticos.

A Ludwig-Maximilians-University congrega os departamentos de Teologia Católica, Teologia Protestante, Direito, Administração de Empresas, Economia, Medicina, Veterinária, História e Artes, Filosofia, Psicologia, Ciências da Educação, Estudos da Cultura, Línguas e Literaturas, Ciências Sociais, Matemática, Ciência da Computação, Estatística, Física, Química e Farmácia, Biologia e Geociências.

Assessoria de Comunicação

4 de setembro de 2014

Entropia identifica espécies de sapos pelo coaxar

Mas… que ligação existe entre um sapo (ou anfíbio) e a entropia? Com certeza essa será a primeira questão colocada por quem se depara com o título desta matéria. Na verdade, um novo modelo matemático, recentemente desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos, poderá servir de base na criação de softwares para a interpretação de sapo_amazonasdados que se utilizem de sinais, através de um fenômeno físico denominado “entropia”.

O modelo, apresentado pelo físico Lucas Assirati, desenvolvido no IFSC-USP, consegue aferir o coaxar dos sapos numa lagoa. Ou seja, como os sapos são os principais detectores de oscilações ou de perturbações nos ecossistemas, a designada entropia consegue detectar, através da análise do coaxar, que espécies de sapos predominam em determinado ambiente. No caso de existirem alterações nas colônias de sapos, isso será detectado através de outros diferentes tipos de coaxar, que não os habituais, indicando, assim, que o ecossistema sofreu alterações e que é necessário saber as causas, efeitos e as medidas que deverão ser adotadas, elucida o Prof. Odemir Bruno, pesquisador do IFSC-USP.

Contudo, este novo modelo não se aplica apenas à vertente acima citada, podendo ajudar a desenvolver, por exemplo, na área da saúde, equipamentos mais sofisticados e precisos, como os eletrocardiogramas e eletroencefalogramas, cujos resultados são medidos através de sinais. Por outro lado, o modelo poderá ser ainda aplicado na análise de imagens, já que elas são sinais de 2D.

Entropia

De acordo com o odemir1professor Bruno, a entropia pode ser definida, em termos simples, como a medida do nível de desordem de um sistema, ou seja, quanto maior for a desordem, maior é o valor de entropia. Embora o conceito tenha sido originado no campo da termodinâmica e mecânica estatística, ele tem diversas aplicações em muitos outros campos da ciência, como, comunicação, economia, tecnologia, linguística, musica, dentre outros.

Odemir Bruno conta que os primeiros estudos sobre entropia foram realizados pelo físico austríaco Ludwig Boltzmann, que fez uma análise a respeito da reversibilidade dos fenômenos físicos: Não há nenhuma violação das leis físicas se os pedaços de um vaso que foi estilhaçado se juntassem novamente para reobter a forma original do vaso“, exemplifica. Porém a probabilidade que esse fenômeno aconteça é tão improvável, que pode ser considerada impossível. O vaso, em sua forma original tem um valor de entropia. Ao cair no chão e se estilhaçar, o valor de entropia aumenta, pois a desordem aumenta. Fenômenos físicos como este, têm um sentido mais provável de ocorrência, observa Lucas Assirati. O vaso vai de um estado de entropia mais baixa para um de entropia odemir2mais alta. Além dos estudos de Boltzmann, Bruno cita ainda os estudos do pesquisador grego radicado no Brasil, Constantino Tsallis, na década de 1980. Ele propôs uma entropia diferente com uma possibilidade a mais de ajuste na equação. Já em seu trabalho, Lucas estudou Tsallis e a possibilidade de generalizar a entropia de Boltzmann, o que resultou em resultados até quatro vezes melhores.

Sobre o coaxar dos sapos, em testes realizados no FIT – Florida Institute of Technology (USA), sob coordenação do pesquisador Prof. Eraldo Ribeiro, parceiro deste projeto, ficou demonstrado que o novo método pode substituir, com inúmeras vantagens, os métodos tradicionais até hoje utilizados. Para Assirati os resultados da aplicação foram melhorados e proporcionaram uma identificação de espécies de sapos mais precisas, em comparação com o tradicional trabalho desenvolvido por um biólogo.

“Prêmio Yvonne P. Mascarenhas – 2013”

Mesmo antes de ter apresentado seu estudo de mestrado, Assirati ganhou um prêmio de melhor pesquisa do IFSC em 2013. O trabalho Estudo da Entropia como Metodologia para o Reconhecimento de Padrões em Texturas conquistou o Prêmio Yvonne P. Mascarenhas (IFSC), em dezembro de 2013, durante a terceira edição da Semana Integrada do Instituto de Física de São Carlos (3º SIFSC), na categoria mestrado e foi a partir daí que o trabalho ganhou destaque, com a ida do premiado para a Flórida, onde continuou desenvolvendo seu projeto. Em breve, o estudo será publicado numa importante revista científica internacional, um artigo que terá a assinatura do Prof. Eraldo Ribeiro e dos cientistas do Grupo de Computação Científica, que é subordinado ao Grupo de Computação Interdisciplinar do IFSC-USP, da qual fazem parte Odemir Bruno e Lucas Assirati, entre outros.

Assessoria de Comunicação

3 de setembro de 2014

Unicamp promove feira de recrutamento

No próximo dia 10 de setembro, das 9 às 20 horas, no ginásio da Universidade de Campinas (Unicamp), será realizada a Talento 2014, feira de recrutamento de estagiários e trainees para várias empresas nacionais.

No evento, serão montados stands de mais de 60 empresas, entre elas Bosch, Natura, Monsanto, Shell, Ypê, 3M, P&G etc. Espera-se que oito mil visitantes passem pela feira que, além dos stands, oferecerá também palestras.

Os interessados deverão de cadastrar para participar, o que pode ser feito na hora do evento ou antecipadamente pelo endereço eletrônico talentounicamp.com.br/cadastro

Para maiores informações, basta acessar o site oficial da Talento 2014, enviar e-mail para coordenacao@talentounicamp.com.br ou ligar para (19) 3521-6744.

Assessoria de Comunicação

3 de setembro de 2014

Distribuição de kits didáticos nas escolas do ensino médio

Cerca de um milhão de kits didáticos, onde o destaque é a área da Biologia, poderão começar a ser distribuídos no próximo ano por aproximadamente 22 mil escolas públicas do ensino MECLOGOmédio de todo o país, numa ação do Ministério da Educação.

Criados e desenvolvidos por diversos pesquisadores pertencentes às áreas da física, química, matemática e biologia da USP, UNICAMP e UFRJ, entre os quais se conta o docente do IFSC-USP, Prof. Vanderlei Bagnato, o objetivo dos citados kits é promover a realização de experimentos científicos nas salas de aula e nos laboratórios das escolas, contribuindo para a compreensão e evolução dos alunos.

Uma notícia sobre essa ação foi, entretanto, publicada no órgão oficial da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – “Jornal da Ciência” -, datada do último dia 28 de agosto, cuja leitura recomendamos (CLIQUE AQUI).

Outra iniciativa digna de registro na área da Educação, mas que também tem relação com o que acima foi mencionado, foi a “Mostra de Ciência, Difusão e Educação”, um evento integrado na “XIX Semóptica – 2014”, semoptica02-255que ocorreu no Shopping Iguatemi São Carlos, nos dias 29 e 30 de agosto, voltada à difusão da óptica e de suas diversas tecnologias junto ao público leigo, apresentando, igualmente, kits científicos dessa área do conhecimento.

Neste evento, pesquisadores e colaboradores do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CePOF) e do Instituto Nacional de Óptica e Fotônica (INOF), sediados no Instituto de Física de São Carlos (USP) tiveram a oportunidade de explicar, através de uma linguagem acessível, que tipos de pesquisas são desenvolvidas nas áreas de óptica e fotônica, buscando atrair a atenção de crianças, jovens e adultos quanto à evolução tecnológica e científica, bem como as principais linhas de pesquisa desenvolvidas pelos especialistas do Instituto de Física de São Carlos.

(CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR À REPORTAGEM DA EPTV)

Assessoria de Comunicação

2 de setembro de 2014

Núcleo pesquisa ferramentas de suporte à escrita científica e atrai pesquisadores estrangeiros

Como aprimorar a capacidade dos alunos em redigir textos científicos em inglês? Esse é um dos desafios que motiva as pesquisas realizadas pelo Núcleo Interinstitucional de Linguística Computacional (NILC), sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP) em São Carlos. O trabalho que vem sendo realizado no NILC em prol do desenvolvimento de ferramentas de suporte à escrita científica em inglês tem atraído a atenção de pesquisadores estrangeiros.

Uma grande equipe multidisciplinar, formada por linguistas e cientistas da computação, atua hoje no NILC. Eles fazem parte de diversas unidades da USP, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Universidade Estadual de Maringá, do Instituto Federal de São Paulo, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e da Universidade de Sheffield, na Inglaterra.

Durante este mês de agosto, duas pesquisadoras da Universidade de Bath, do English Language Centre–  Magdalen Ward Goodbody e Jackie Dannatt – estiveram no Brasil participando de uma série de reuniões com as instituições que fazem parte do Núcleo, a fim de conhecer as dificuldades dos brasileiros na escrita científica em inglês e buscar parcerias para o desenvolvimento conjunto de cursos de escrita.

Além disso, a professora Ethel Schuster, do Northern Essex Community College (EUA) também visitou São Carlos e ministrou workshops sobre escrita científica no ICMC e na UFSCar. No caso da UFSCar, o workshop foi parte das ações que estão sendo desenvolvidas na UFSCar rumo à criação de um Instituto de Línguas, previsto para 2015, sendo organizado pela professora Eliane Augusto-Navarro, do Departamento de Letras, e pela Pró-Reitora de Pós-Graduação da UFSCar, professora Débora Cristina Morato Pinto.

Schuster já esteve no país em duas ocasiões anteriores (2004/2005 e 2012/2013) desenvolvendo pesquisas em parceria com o NILC e foi a responsável pela criação de um curso online na plataforma Moodle sobre escrita científica em inglês (http://ead.cisc.usp.br/), instrumentalizado com as ferramentas desenvolvidas no NILC e com o conteúdo dos cursos de escrita ministrados no Instituto de Física (IFSC). Ela também é uma das editoras do livro que será lançado em breve (“Writing Scientific Papers in English Successfully: Your Complete Roadmap”), escrito em colaboração com vários membros do NILC e demais pesquisadores que trabalham com escrita científica na USP.

Desde que chegaram, as representantes da Universidade de Bath cumpriram uma agenda cheia. Elas visitaram a USP em São Paulo, a Universidade de Campinas, a UFSCar e, no campus da USP em São Carlos, estiveram no IFSC e no ICMC. Na manhã do dia 14 de agosto, as pesquisadoras foram recepcionadas no ICMC pelo vice-presidente da Comissão de Relações Internacionais do Instituto, professor Seiji Isotani, e pela professora Mariana Cúri. Isotani apresentou informações gerais a respeito da USP, do campus da Universidade em São Carlos e mostrou as diversas áreas de pesquisas existentes no ICMC. “É muito interessante ver a abrangência das áreas de pesquisas abarcadas pelo Instituto”, surpreendeu-se Dannatt.

Já a professora Mariana Cúri apresentou as pesquisas que têm realizado com o objetivo de construir um teste adaptativo informatizado para avaliar a proficiência em inglês acadêmico de alunos de mestrado do ICMC. Esse teste se beneficia dos dados e do exame de avaliação de inglês instrumental proposto pelo NILC em 2000, o qual é utilizado até hoje na avaliação da proficiência em inglês para o mestrado do Programa de Ciências de Computação e Matemática Computacional do ICMC.

No final do encontro, a professora Sandra Aluísio e o professor Osvaldo Novais de Oliveira Junior, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), apresentaram mais detalhes do curso online instrumentalizado com ferramentas de suporte à escrita. Oliveira Junior é presidente do Comitê Gestor do Portal da Escrita Científica do Campus da USP de São Carlos (www.escritacientifica.sc.usp.br), onde pode ser encontrado um exemplo do elenco das ferramentas de suporte à escrita desenvolvidas no NILC.

Texto: Denise Casatti (assessoria de comunicação do ICMC/USP)

Assessoria de Comunicação

2 de setembro de 2014

Aluno apresenta resultados de suas pesquisas

Decorreu no último dia 29 de agosto, pelas 8h, na Sala Celeste (IFSC-USP), a apresentação Mario2-250dos resultados do Estágio de Inverno de Mario Andrés Henao Ayala, aluno da University of Valle, Colômbia, uma sessão que contou com a participação do Prof. Dr. Richard Garratt (IFSC-USP), vice-presidente do referido programa, que é coordenado pelos Profs. Drs. Philippe Wihelm Courteille e José Pedro Donoso, pesquisadores do nosso Instituto.

Em sua apresentação, Mario Andrés, apresentou os resultados de seus trabalhos realizados durante dois meses com o grupo de pesquisa do docente Philippe, no laboratório do Grupo de Óptica – Optical Lattices & Collective Light Scattering (IFSC-USP) -, onde fez diversos estudos envolvendo átomos ultra-frios. No seminário, Mario também falou sobre um projeto que visa alcançar um condensado de Bose-Einstein, tendo abordado um segundo experimento que tem como objetivo utilizar um determinado sistema paraRichard2-250 medir a gravidade com alta precisão.

O docente Richard Garratt conta que ficou satisfeito com o resultado apresentado pelo jovem pesquisador, que demonstrou bastante entusiasmo ao explicar tudo o que aprendeu em nossos laboratórios. Ele tem ajudado o grupo do Prof. Philippe a montar os aparelhos necessários para realizar diversas medidas, explica Garratt.

O Estágio de Inverno do IFSC-USP, projeto promovido pela Comissão de Relações Internacionais – CRInt, ocorre duas vezes ao ano e recebe alunos de universidades estrangeiras que realizam estágios nos laboratórios de alta tecnologia no nosso Instituto. Nesta última edição do projeto, além de Mario Andrés, o Instituto recebeu duas alunas britânicas.

O objetivo do Estágio de Inverno é atrair jovens talentos que estão completando seus cursos de graduação e que estão em busca de uma pós-graduação, sendo que outra meta desta iniciativa é expandir a imagem do Instituto de Física de São Carlos para os outros países, reforçando o reconhecimento científico internacional que a instituição tem.

O principal objetivo da pesquisa do grupo do docente Philippe é entender melhor a dispersão coletiva de luz ordenada e desordenada, e nuvens de átomos ultra-frios, em particular, a super-radiância e bandgaps fotônicos. Para este efeito, foi criado um aparato experimental para arrefecimento estrôncio a temperaturas quantum-degenerado, prendendo-o em redes ópticas. A resposta da nuvem de luz incidente revela a natureza da interação coletiva.

Assessoria de Comunicação

2 de setembro de 2014

Pesquisas relativas ao Manuscrito de Voynich são destaque

Estreado em junho passado, no Brasil, o novo site dedicado a temas relativos a ciência e tecnologia – “Motherboard” – deu destaque, recentemente, às pesquisas efetuadas no Manuscrito de Voynich.

O artigo sobre esse tema foi publicado nos idiomas PORTUGUÊS e INGLÊS.

Assessoria de Comunicação

2 de setembro de 2014

Uma possível fórmula para o combate à depressão

Há algumas semanas, o mundo ficou perplexo com a morte do ator hollywoodiano Robin Williams. Convivendo com uma forte depressão há alguns anos, o ator, que encantou o mundo com seus papéis cômicos e dramáticos, (ao que tudo indica) decidiu dar fim à própria vida.Paulo_Sousa-200

Embora a morte de Williams tenha ganhado repercussão por ser ele uma figura notória, a depressão é uma doença que, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta mais de 350 milhões de pessoas de todas as idades em todo o mundo, sendo que anualmente cerca de um milhão de pessoas cometem suicídio em razão da doença.

Os três níveis de depressão

Num contexto geral, a depressão é classificada em três níveis: sintomas, síndrome e doença. Quando se trata de sintomas, o paciente pode viver normalmente, sem ter suas atividades cotidianas comprometidas. No segundo caso, a rotina já pode ser afetada, inclusive por sintomas fisiológicos, como dores de cabeça ou irritações. No último caso, há o comprometimento geral da vida do infectado, tanto da rotina diária como do próprio organismo.

No terceiro nível, uma das principais intervenções é o uso de antidepressivos, que podem ser de dois tipos: triclínicos e inibidores de recaptação de serotonina*. Mesmo com efeitos colaterais em alguns casos, remédios baseados em inibidores de recaptação de serotonina são considerados menos prejudiciais ao organismo, e os mais indicados para depressão. Ao serem ingeridos, tais remédios atuam nas enzimas que promovem recaptação de neurotransmissores, incluindo a própria serotonina.

Pesquisa para aprimoramento dos antidepressivos

Com todas essas informações em mente, o estudante de mestrado do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Paulo de Sousa Carvalho Júnior, sob orientação do docente Javier Ellena, Paulo_Sousa-_box_diminuir_DENTRO_DO_SITE_para_tamanho_400tem realizado um estudo básico que tem como objetivo desenvolver novas fórmulas sólidas desses inibidores. Mas, por que isso é necessário?

A maioria dos antidepressivos atuais são pouco solúveis e estáveis. O trabalho de Paulo vem para sanar esses dois problemas, buscando maneiras novas de obter formas sólidas de elementos que compõe os antidepressivos, através da caracterização de sais ou cristais que possam apresentar propriedades melhores do que os atuais. “Os antidepressivos mais conhecidos tiveram suas fórmulas desenvolvidas na década de 80 e, desde então, poucas estruturas têm sido reportadas até o momento”, explica Paulo.

Através de técnicas cristalográficas, Paulo tem feito a caracterização de alguns elementos para, posteriormente, realizar a análise de suas propriedades. “A metodologia desse desenvolvimento consiste em trabalhar numa síntese supramolecular, uma vez que analiso fórmulas já existentes e, a partir daí, obtenho novas fórmulas similares ou com comportamento semelhante”, elucida o mestrando.

Por desenvolver a forma sólida antecipadamente em laboratório, há uma preciosa economia de tempo na etapa final, que é o desenvolvimento de um novo fármaco. “Por ter estrutura igual a outra forma sólida já existente, os testes clínicos, por exemplo, que são muito demorados, podem ser dispensados”, afirma Paulo. “A partir do momento que se tem o entendimento sobre a estrutura em termos de conformação, configuração e arranjo supramolecular já é possível inserir modificações. No caso de um novo antidepressivo, será possível diminuir-se efeitos colaterais, além da melhora da solubilidade e estabilidade”.

Etapas básicas

O objetivo final do trabalho de Paulo, portanto, é desenvolver e caracterizar novas formas sólidas com propriedades otimizadas, como já dito anteriormente. Mas, até lá, algumas etapas precisam ser concluídas. “Por mais que haja planejamento, diversos contratempos aparecem nos experimentos em laboratório. Alguns procedimentos podem falhar, outros experimentos podem não trazer o resultado desejado…Muitas coisas são tentativa e erro”, conta o pesquisador.

Mesmo assim, como em muitas pesquisas, resultados realmente significativos podem demorar para aparecer. Mas, como muitos outros remédios já bem conhecidos por todos nós, é só uma questão de tempo para que eles apareçam nas prateleiras das farmácias.

*A serotonina é neurotransmissor reponsável, entre outras coisas, pela regulação do sono, do humor e do apetite;

Assessoria de Comunicação

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