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18 de novembro de 2016

Aumento da segurança no interior e no entorno

Com a ascensão de São Carlos a importante polo científico e tecnológico, quer em termos nacionais, ifsc250quer na perspectiva internacional, rapidamente a cidade passou a ser visitada e habitada por um elevado número de estudantes, professores e pesquisadores que desenvolvem atualmente atividades intensas nas diversas estruturas de ensino superior e de pesquisa, como são os casos concretos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Universidade de São Paulo (USP) e Centro Universitário Central Paulista (UNICEP), acrescentando-se as empresas de base tecnológica sediadas em São Carlos.

Com esse crescimento, a cidade também passou a ser um alvo preferencial e relativamente fácil para atividades relacionadas com os mais diversos crimes, entre os quais se contam assaltos a transeuntes, roubos a residências, furto de carros e tentativas de estupro, entre outras ações, algo que desde muito cedo começou a preocupar não só a Polícia Militar, como a própria comunidade acadêmica, principalmente porque não existia uma integração de esforços no sentido de prevenir e combater essas tipologias de crimes que, paulatinamente, começaram a contaminar outros segmentos da sociedade.

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Com o intuito de unir esforços e estratégias para diminuir e mesmo anular essa situação, bem como aumentar os níveis de segurança no entorno da Área – 1 do Campus USP de São Carlos, realizou-se em abril deste ano, no IFSC/USP, uma audiência pública sobre a temática “Segurança”, que reuniu a comunidade da USP, comando e oficiais do 38º Batalhão da Polícia Militar, um encontro promovido pelo Conselho Gestor do Campus, órgão presidido pelo Diretor do IFSC/USP, Prof. Dr. Tito José Bonagamba, evento esse que teve uma sequência, nomeadamente com a realização de outra audiência pública, dessa vez realizada na Câmara Municipal de São Carlos e que reuniu a comunidade são-carlense e os órgãos públicos e políticos da cidade.

Na citada audiência, realizada no IFSC/USP, os oficiais mostraram as estatísticas referentes a ações cometidas através de roubos, homicídios, assaltos e tentativas de estupro que ocorreram entre janeiro e março de 2016, tendo evidenciado que poucos foram os incidentes denunciados e registrados nas imediações do Campus USP São Carlos, principalmente devido ao fato das vítimas não apresentarem queixa, não preencherem Boletim de Ocorrência, algo que é imprescindível para que a polícia possa fazer seu trabalho e cumprir sua missão. “É inadmissível que pessoas de bem, que frequentam uma universidade, tenham medo de se deslocar de e para o estabelecimento de ensino”, disse o Tenente-Coronel do 38º Batalhão, Alexandre Wellington de Souza, comandante do 38º Batalhão de Polícia Militar do Interior (São Carlos. )naquela ocasião. Com a apresentação dos índices e com o debate que se seguiu, a constatação foi que a PM e as entidades acadêmicas necessitariam fazer um trabalho conjunto, uma ação integrada visando aumentar os níveis de segurança, principalmente no entorno da Área – 1 do Campus USP de São Carlos, local onde se verificou haver um maior relato de índices de insegurança.

Iniciativas do Conselho Gestor do Campus USP – São Carlos

Com a finalidade de executar as estratégias conjuntas relativas a um aumento de segurança da comunidade acadêmica, dentro e no entorno da Área – 1 do Campus USP São Carlos, a Universidade, através do Conselho Gestor do Campus, colocou em prática, quase de imediato, diversas ações que envolveram todas as unidades e órgãos de sua comunidade.

Assim, foi criado o Núcleo de Direitos Humanos, que tem como objetivo assessorar o Conselho Gestor, com base nas diretrizes da Comissão de Direitos Humanos da USP. O Núcleo é presidido pela Profa. Dra. Maria da Graça Campos Pimentel (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação – ICMC/USP).

Por outro lado, estabeleceu-se também o Setor de Acolhimento de Vítimas de Violência Sexual e de Gênero, que é composto por três assistentes sociais do campus, que passaram por treinamento no denominado Escritório USP Mulheres, órgão da Universidade de São Paulo localizado na Cidade Universitária, em São Paulo, com o objetivo de atender vítimas de violências sexuais e de gênero ocorridas nas dependências do Campus USP São Carlos, onde também houve a instauração da Ouvidoria, que avalia a procedência de sugestões, reclamações e denúncias de natureza administrativa.

Além da criação desses três setores, outras cinco iniciativas também ocorrem na USP de São Carlos, incluindo a Caminhada pela Segurança (com a participação de autoridades do campus, visando à melhoria da iluminação da Área – 1, com a instalação de postes de iluminação, reparo dos dispositivos de iluminação e poda de árvores para facilitar a abrangência da iluminação – estando, igualmente agendadas caminhadas pela Área – 2); instalação de câmeras de monitoramento digital nos principais pontos de risco do Campus (esses locais foram determinados com base em um mapa de risco desenvolvido pela Comissão de Prevenção e Proteção Universitária, com o apoio da Guarda Universitária); maior presença da Guarda Universitária (a Guarda passou a patrulhar o Campus com viaturas equipadas com giroflex, motos e novo uniforme, bem como através de um aplicativo para smartphone que permite informar, em tempo real, atividades ilícitas decorridas no Campus); e colaboração estreita com a Polícia Militar (parceria que visa ao aumento da segurança no entorno do Campus).

Iniciativas do IFSC/USP

Além do Campus USP São Carlos, o próprio Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através de sua Diretoria, tem buscado medidas para aumentar o nível de segurança nas proximidades de seus edifícios, colaborando nos entornos da Áreas – 1 e 2, bem como à segurança de suas dependências e de seus usuários.

Uma das ações refere-se à instalação de iluminação em regiões próximas aos edifícios da Unidade. As lâmpadas do Espaço de Convivência “Professor Horácio C. Panepucci” foram substituídas por outras de LED; instalaram-se lâmpadas de LED no poste situado na entrada da portaria da Rua Miguel Petroni, de modo a iluminar tanto o prédio da administração do Instituto, como o prédio dos laboratórios da Unidade; houve também a instalação de refletores de iluminação em uma área “verde” localizada ao lado esquerdo da entrada principal da portaria do Instituto[TS1] , bem como próximo ao bicicletário da Unidade.

Também houve a instalação de iluminação na parte inferior do Grupo de Biofísica do IFSC, tendo sido colocadas duas lâmpadas de LED próximo ao Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas”.

Algumas árvores localizadas na região externa do prédio dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF/IFSC) foram podadas, permitindo mais iluminação no local. Além disso, checou-se o funcionamento das câmeras de segurança instaladas próximo ao Auditório e à Gráfica do IFSC/USP.

O IFSC/USP instalou um SPDA – Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas, que servirá para proteger tanto a continuidade da distribuição energética na Unidade quanto para proteger as pessoas e equipamento que se encontram em seu interior, em caso de descargas elétricas provocadas por tempestades. Finalmente, deu atenção especial ao seu edifício localizado na Área – 2, com melhoria da iluminação externa, com o apoio da Prefeitura do Campus, reparos nos alambrados e grades de proteção, instalação de câmeras de observação e um sistema de catraca.

PM: Segurança efetiva no entorno do Campus USP – São Carlos

Há no campus um serviço de segurança 24h que é realizado pela Seção de Fiscalização da Prefeitura do Campus e por empresas especializadas. Contudo, em entrevista concedida à Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, em outubro último, o Tenente-Coronel Alexandre Wellington de Souza destacou a importância da interação entre a Polícia Militar e a comunidade acadêmica, para que a PM possa estabelecer vínculos – inclusive tecnológicos – com a USP e, assim, atuar proativamente e positivamente em favor de alunos, funcionários, docentes e visitantes da Universidade, garantindo a segurança da comunidade. Promover a cultura de segurança* e fortalecer a prevenção primária é o mote, já que é através dela que se conseguem identificar fatores de riscos sociais, ambientais e locais, dando à PM capacidade de agir a tempo para evitar que ocorram situações criminosas. “É através de um contato mais próximo com a USP, que a PM de São Carlos pretende captar as críticas, os anseios e as sugestões da comunidade acadêmica, haja vista que a Polícia deve realizar um trabalho que se adapte às necessidades dessa comunidade”.

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Desta forma, também a PM poderá mapear e conhecer os “pontos sensíveis” próximos ao Campus, já que existem locais em que há ocorrências de alguns crimes, embora esses pontos não sejam os que mais provocam receio nos estudantes que por eles transitam. A saída localizada próximo ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), por exemplo, é a mais temida pelos alunos da USP, sendo que ela não é um ponto de incidência criminal, de acordo com o Comandante do 38º Batalhão. “Precisamos mapear os pontos sensíveis para que possamos atuar preventivamente naqueles locais em que a comunidade se sente insegura”.

Subordinada ao Governo do Estado, através da Secretaria de Segurança Pública e do Comando Geral da Corporação, a Polícia Militar de São Paulo é composta por um efetivo de 85 mil agentes que têm a missão de preservar a ordem pública, executando um policiamento ostensivo e atividades de defesa civil. Apenas em São Carlos, a PM integra um efetivo fixado – 242 agentes – e existente – 160 agentes -, dispondo de 86 viaturas (de duas e quatro rodas).

Dados estatísticos no entorno do campus

A já mencionada audiência pública ocorrida no IFSC/USP resultou em uma diminuição significativa de ocorrências de determinados crimes relatados e registrados no entorno do Campus USP – São Carlos.

Nas imediações das duas áreas do Campus não houve incidência de homicídios, nem roubos de veículos no período de 1º de março a 15 de abril deste ano. A mesma situação quase se manteve estável entre 1º de maio e 30 de junho último, tendo em vista que ocorreu apenas um roubo de carro próximo à Área – 2 do Campus, neste último período analisado. Na base de dados da PM não consta, também, a ocorrência de crimes de estupro próximo ao Campus. Apenas uma tentativa de estupro foi registrada pelos policiais entre os meses de março e abril, porém, o caso decorreu no Jardim Paraíso, longe do entorno acadêmico. Roubos a transeuntes e a residências também não foram registrados pelos policiais militares nas redondezas da universidade, este ano.

Dados estatísticos referentes ao município

No âmbito geral, no primeiro trimestre houve o registro de 7 homicídios, enquanto que no segundo o número caiu para 5, em São Carlos; nos meses de janeiro, fevereiro e março, a PM registrou 1 caso de latrocínio, enquanto que no segundo trimestre não houve ocorrências desta natureza na cidade. Oito crimes de estupro ocorreram no município, no primeiro trimestre de 2016. No segundo, foram registrados três crimes do gênero. Já no que se refere a roubos de veículos, houve 17 crimes no primeiro trimestre, contra 11 registrados no segundo deste ano. Os dados com maiores índices de crimes correspondem a outros tipos de roubos: foram registrados 216 roubos no primeiro trimestre e 199 no segundo.

Abaixo, é possível conferir os dados relativos à produtividade da Polícia Militar em São Carlos, durante o primeiro e o segundo trimestre de 2016:

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A partir do momento em que a Polícia Militar estabeleceu um contato mais direto com a comunidade acadêmica, houve a percepção de problemas que as autoridades policiais não cogitavam que decorressem anteriormente, na região da Universidade, em razão do baixo número de boletins de ocorrência que geralmente recebem.

Segundo o Alexandre Wellington de Souza, há pessoas que afirmam ser uma perda de tempo registrar ocorrências, já que desacreditam na justiça. Segundo nosso entrevistado, o período de descrédito generalizado pelo qual o Brasil passa atualmente também contribui para que haja uma distância maior entre as vítimas e os oficiais da Polícia Militar. Obviamente, quando um cidadão deixa de registrar uma ocorrência, o banco de dados da Polícia se torna impreciso, de modo que a corporação leva um tempo muito maior para perceber que existe alguém ou um grupo atuando de forma criminosa em determinados trechos da cidade, dificultando, assim, uma ação preventiva e quiçá um processo de prevenção imediata – que permite prender o infrator imediatamente após o ato criminoso, ou durante o mesmo – em flagrante delito. “É importante que as comunidades geral e acadêmica tenham essa cultura de chamar a Polícia Militar e registrar ocorrências, porque necessitamos dessas informações para organizarmos um policiamento ostensivo e podermos atuar e distribuí-lo na cidade”, pontua ele.

PM e comunidade são-carlense unidas via What’s App

Após a audiência pública de abril, houve uma nítida mudança positiva no comportamento dos estudantes, de acordo com o Capitão Paulo Roberto Nucci Junior, Comandante da 1ª Companhia de São Carlos, responsável máximo pelo policiamento da cidade e que também integra o 38º Batalhão. No sentido de manter um contato próximo com a comunidade são-carlense, ele tem coordenado o projeto Vizinhança Solidária, em que moradores de bairros criaram um grupo no What’s App , para manter um contato direto com a Polícia Militar, alertando-a a respeito de atividades ou movimentações suspeitas que ocorrem em suas regiões. Oito bairros de São Carlos já participam da iniciativa. “Não adianta você ter sistemas de segurança com câmeras pelo bairro, se não há um contato direto com a Polícia Militar”, enfatiza o Capitão, cujo Batalhão mantém também um perfil no Facebook.

 

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Embora os oficiais do 38º Batalhão tenham se esforçado para interagir com a comunidade através das redes sociais, a orientação principal que a PM dá àqueles que se deparam com alguma situação suspeita é sempre a mesma: ligar de imediato para o 190. Uma simples ligação pode salvar não apenas uma vida, mas várias!

*Refere-se ao indivíduo ou à comunidade que se comporta de forma segura, com o intuito de minimizar a possibilidade da ocorrência de eventos de risco. Entre os comportamentos adotados, destaca-se o uso cauteloso de smartphones em vias públicas, a escolha de rotas alternativas, para evitar trafegar por ruas onde não há boa iluminação, e o hábito de estacionar veículos em locais onde há maior movimentação de carros e/ou pedestres.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de novembro de 2016

“XXXVII Oficina de Física César Lattes”

O Instituto de Física “Gleb Wataghin”, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) realiza no próximo dia 19 de novembro (sábado), a partir das 08 horas, no seu auditório, a XXXVII Oficina de Física César Lattes, este ano subordinada ao tema Resolução de problemas de Física complexo usando matemática elementar.

Nesta oficina serão tratados vários problemas de Física complexos, cuja solução pode ser obtida usando matemática elementar, sem usar cálculo diferencial e integra, incluindo alguns problemas relacionados com pesquisa avançada. Para isso, deverá se aprofundar na compreensão da Física por trás desses problemas.

Estão convidados a participar neste evento os professores de ensino médio, alunos de graduação e pós-graduação e público em geral.

Para obter mais informações sobre este evento e/ou se inscrever no mesmo, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

17 de novembro de 2016

Um “show” com William Phillips – Prêmio Nobel de Física de 1997

Sem qualquer tipo de intervenção humana, um pequeno pião pairava sobre uma base colocada em uma mesa de madeira. Quem entrasse no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) na tarde de 11 de novembro último, poderia cogitar que um mágico ensaiava para uma apresentação. Para provar que não havia nenhum objeto entre o pião e a base, o Prêmio Nobel de Física (1997), William Phillips, passava a mão entre ambos e até “capturava” o pião com uma taça. Mesmo assim, o pião se mantinha no ar.

WILLIAM_1_250Minutos depois, o cientista destruiu alguns volumosos baldes de plástico após inserir pequena garrafas com nitrogênio líquido sob eles. Foi preciso adquirir um novo balde, ainda mais resistente, para utilizá-lo posteriormente, de modo que este último não se quebrasse durante os testes. É que o cientista se preparava para a aula-show intitulada As maravilhas da Física nas Proximidades do Zero Absoluto de Temperatura. Organizada pelo Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pelo IFSC/USP, a palestra foi assistida por cerca de 350 pessoas que lotaram o Auditório, a partir 17h daquela tarde – sendo que uma média de 200 telespectadores acompanharam o evento através do site IPTV/USP.

Caixas de isopor, garrafas de café contendo nitrogênio líquido, bexigas, vaso de rosas, entre outros objetos também foram sido colocados no palco do Auditório. E, como um maestro que faz os últimos ajustes sonoros antes de um concerto, Phillips se concentrava seriamente em organizar e “afinar” seus instrumentos, refazendo e preparando os experimentos, garantindo que tudo ocorresse como o planejado naquela tarde.

Simpático e acostumado a falar para grandes plateias, o cientista não demonstrou nenhum sinal de dificuldade ao realizar os experimentos, realizados após explicações dadas com o apoio de slides. Com o novo balde no centro do palco, ele encheu ligeiramente uma nova garrafa de plástico com nitrogênio líquido e inseriu sob o objeto, utilizando óculos de proteção. Em seguida, deu continuidade à sua apresentação, tendo citado Albert Einstein e falou sobre o Zero Absoluto – a temperatura mais fria que, na escala Celsius, é definida como -273,15ºC. Embora não seja possível alcançá-la, há registros de testes que resultaram na obtenção de temperaturas próximo ao Zero Absoluto. Ao enfrentarem temperaturas muito baixas, átomos e moléculas podem apresentar características ou fenômenos incomuns – daí o interesse em resfriá-los.

Enquanto Phillips falava sobre formas de se resfriar esses elementos, o nitrogênio inserido na garrafa de plástico que havia sido colocada sob o balde, resultou numa explosão, revelando a artimanha do físico. O barulho ocasionou sustos e aplausos no Auditório. Na aula, o físico também jogou bexigas com nitrogênio para o público e até quebrou uma rosa que ele próprio havia congelado.

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Esta não foi a primeira vez que William Phillips esteve no IFSC. Em 2013, por exemplo, o cientista ministrou uma aula pública que inaugurou o curso de Licenciatura em Ciências Exatas do Campus USP São Carlos. Nessa ocasião, também estiveram no Instituto outros cientistas laureados com o Prêmio Nobel, como Eric Cornell (Prêmio Nobel de Física – 2001), Dudley Herschbach (Prêmio Nobel de Química – 1986), Serge Haroche e David Wineland (Prêmio Nobel de Física – 2012).

Phillips nasceu no outono de 1948, em Wilkes-Barre, uma cidade do estado norte-americano da Pensilvânia. Seus pais, William (Bill) Cornelius Phillips e Mary Catherine Savino (depois, Savine), foram os primeiros de suas respectivas famílias a cursar uma universidade – o Juniata College. Em sua biografia, publicada em uma série de livros que traz o perfil de laureados com o Prêmio Nobel, William registrou que cresceu cercado por familiares, amigos, igreja, escola, e por atividades físicas e intelectuais – seus pais davam muito valor à educação e ao hábito de leitura.

Desde a infância, William sempre gostou de ciências e, quando aprendeu a ler, ia frequentemente à biblioteca local. A curiosidade pelo mundo que o cercava era tão grande, que Phillips havia montado uma coleção particular de garrafas com produtos domésticos, criando o seu primeiro laboratório científico. Quase tudo o que encontrava analisava com um microscópio que havia ganhado de familiares. Entre as paixões de sua infância – como pesca, basquete, andar de bicicleta e subir em árvores -, a ciência foi a única que nunca o abandonou completamente.

Em 1956, William mudou-se com seus pais para o município de Butler, próximo à cidade de Pittsburg. Foi nessa época que ele começou a apreciar a simplicidade e beleza da física, o que fez com que o físico decidisse passar a vida trabalhando com ciência. Durante o colégio, William mantinha um laboratório no porão de sua casa, onde, sem saber dos perigos aos quais se sujeitava, desenvolvia experimentos com fogo, explosivos, foguetes, eletricidade, luz ultravioleta e inclusive amianto. Mas, a ciência não ocupava todo o seu tempo. William também corria e jogava tênis na escola. Foi nessa época também que ele trabalhou na Universidade de Delaware (EUA), desenvolvendo experimentos de pulverização.

No início da década de 1970, ele se formou em física pelo Juniata College, tendo, em 1976, realizado o doutorado na mesma área no Instituto de Tecnologia de Massachusetts – MIT, em Cambridge (EUA). Em 1997, conquistou o Prêmio Nobel de Física, graças a um método que desenvolveu para esfriar e fixar átomos através de luz e laser.

Philips não sabe ao certo quantas aulas interativas, como esta dada no IFSC/USP, já ministrou, embora mensure que já tenha apresentado centenas delas. Para ele, uma das características mais importantes da sociedade moderna é o fato dela estar conectada com as novas tecnologias, demandando o desenvolvimento de equipamentos cada vez mais modernos.

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À Assessoria de Comunicação do IFSC/USP, Phillips explicou que, através dos experimentos que demonstra em suas aulas, pretende transmitir não apenas o quanto que a ciência é importante no cotidiano das pessoas, mas, também, como ela pode ser tão divertida, de modo que possa atrair o maior número de pessoas para o universo científico. “É importante conquistar os jovens que têm grande interesse por ciência e prestar atenção naquilo que ela nos ensina”.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de novembro de 2016

“High Energy Physics” recebe pesquisador Sami Caroff

Em mais um seminário da série High Energy Physics, promovido pelo IFSC/USP, ocorrido no dia 16 de novembro, o pesquisador Sami Caroff, do LAPP – Laboratoire d’Annecy – le – Vieux de Physique des Particules (França), e do CNRS/IN2P3 Université Savoie – Paris, foi o responsável pela apresentação do tema Measurement of leptonic cosmic ray with MAS-02 – interpretation in terms of dark matter and pulsar.

Este seminário decorreu na perspectiva de que nas últimas duas décadas tem SAMI350havido um forte interesse na fração de pósitrons de raios cósmicos que exibem um excesso de pósitrons de alta energia, cuja origem é ainda altamente incerta.

O Alpha Magnetic Spectrometer (AMS-02) é um detector de física de partículas de alta energia, de uso geral, que se encontra operacional na Estação Espacial Internacional desde maio de 2011.

Durante sua inovadora missão de longa duração, o AMS-02 tem coletado grande quantidade de dados para estudar o comportamento de elétrons e pósitrons com uma precisão sem precedentes.

Nesta palestra, Sami Caroff apresentou as medidas mais recentes de fração de pósitrons, fluxo de pósitrons e fluxo de elétrons adquiridos pelo AMS-02, bem como uma interpretação do excesso de pósitrons, em termos de pulsares e matéria escura.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de novembro de 2016

“Escritório USP Mulheres” promove atividade de autodefesa feminina

O Escritório USP Mulheres promove, no próximo dia 18 de novembro (sexta-feira), às 14h, no Auditório do Centro de Práticas Esportivas (Cepe) da USP, na Cidade Universitária, em São Paulo (Praça Prof. Rubião Meira, 61), a atividade Autodefesa da Mulher: Estratégias Físicas e Psicológicas.

O evento será dividido em duas partes. Na primeira, o Escritório apresentará o projeto, que tem como objetivo capacitar as mulheres do ponto de vista físico e empoderá-las psicologicamente para que saibam de suas capacidades de reação a violência e suas limitações.

Na segunda parte da atividade, o preparador físico e professor faixa preta de jiu-jítsu, Andrei Delgado, ministrará uma aula prática de autodefesa.

A atividade está aberta a todas as mulheres da Universidade.

As interessadas em participar da atividade devem enviar e-mail para uspmulheres@usp.br

(Com informações da Assessoria de Imprensa da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

16 de novembro de 2016

Escrita científica é tema de encontro entre editores e pesquisadores

Em sua 5ª edição, o Meet the Editors – scientific writing aconteceu nos dias 7, 8 e 9 de novembro, literatura_cientfica_250no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), reunindo cerca de 150 participantes, em memória de Peter Adams, um dos fundadores do grupo de publicações científicas Physical Review.

Neste ano, o workshop, que se realiza em período bianual, trouxe mesa-redonda, palestras, seminários e mini-cursos com Laura H. Greene (presidente da American Physical Society – APS), Philip Greenland (editor do Archives of Internal Medicine), Karie Friedman (editora do Reviews of Modern Physics), Celia M. Elliott (diretora de assuntos externos do Departamento de Física da Universidade de Ilionois em Urbana-Champaign – EUA), Daniel Saraga (editor da revista científica Horizons, da Swiss National Science Foundation), Julie Kim-Zajons (editora da Physical Review Applied) e Samindranath Mitra (editor da Physical Review Letters – PRL).

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Laura Greene

Esta edição do evento trouxe também o workshop especial intitulado Career Launch and Negotiation: Skills for success, que teve como foco o público feminino. Na ocasião, Laura Greene discutiu, por exemplo, habilidades que podem ajudar pesquisadoras – e também pesquisadores – a falar em público durante seminários e reuniões profissionais e a criar um bom currículo. Tal palestra também foi assistida pelo Diretor do IFSC/USP, Prof. Dr. Tito José Bonagamba, e pelo Pró-Reitor de Pesquisa da USP, Prof. Dr. José Eduardo Krieger – além do Instituto, a Pró-Reitoria de Pesquisa da USP e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) também apoiaram a realização do Meet the Editors.

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Da esquerda à direita: Laura Greene, Julie Kim-Zajons, Saraga, Mitra e Greenland

Na mesa-redonda que decorreu no dia 8, os especialistas Laura Greene, Daniel Saraga, Philip Greenland, Samindranath Mitra e Julie Kim-Zajons discutiram temas relacionados a publicações científicas, como, por exemplo, plágio, fraude, revisão por pares, e publicações científicas com acesso aberto e exclusivo a assinantes.

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Dr. Greenland

Esta foi a primeira edição do workshop integrada por um especialista na área de biomedicina: o Dr. Philip Greenland destacou, em especial, temas relacionados a questões de má conduta acadêmica – envolvendo principalmente pesquisas na área médica -, interação com a mídia e conflitos de interesse.

Para o curador do workshop, Prof. Dr. José Carlos Egues de Menezes (IFSC/USP), os seminários ministrados por Greenland foram alguns dos grandes destaques desta edição do encontro, haja vista que no próprio IFSC, bem como na Universidade, há uma série de pesquisas com foco no desenvolvimento de eventuais tratamentos médicos. “Greenland deu vários exemplos concretos, inclusive de seu próprio grupo de pesquisa, enfatizando esses elementos, como a má conduta acadêmica”, destaca o Prof. Egues, complementando que a expertise, ou seja, o alto nível de conhecimento dos sete palestrantes também elevou ainda mais a qualidade do evento.

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Prof. Egues

Como grande parte dos editores de revistas científicas vive em outros países e não no Brasil, essa interação entre pesquisador e editor é mais comum em regiões como nos Estados Unidos, mas não em nosso país. Sendo assim, o Meet the Editors é, segundo o Prof. Egues, uma oportunidade única para que cientistas absorvam todo o conhecimento desses profissionais, mostrando aos editores o que tem sido desenvolvido nos laboratórios de pesquisa nacionais.

É pelo fato de entender a importância da divulgação científica que as expectativas do Prof. Egues para a 6ª edição do evento são ainda maiores: o intuito do docente do IFSC/USP é reunir não só editores e pesquisadores, mas, também, professores dos ensinos fundamental e médio, e outros divulgadores de ciência.

Elaborando um paper de boa qualidade

Ter um artigo publicado em uma revista científica de grande prestígio é o desejo de qualquer cientista que se preocupa com a ampla divulgação dos resultados de seus trabalhos. Mas, afinal, quais são as características que um excelente paper deve ter?

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Karie Friedman

A editora Karie Friedman analisou trinta artigos científicos publicados por pesquisadores brasileiros nas revistas do grupo Physical Review. Com base em sua análise, durante o Meet the Editors Karie evidenciou alguns dos erros mais comuns encontrados nesses trabalhos, incluindo a má escolha de palavras do idioma inglês, como “aspect”, e a má inserção de artigos da língua inglesa, como o “the”.

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Mitra

Outro erro normalmente cometido por pesquisadores de diversos países, segundo o editor do PRL, Samindranath Mitra, é deixar de ler e seguir os requerimentos exigidos pelas próprias revistas. “O PRL, por exemplo, exige que os artigos submetidos tenham um determinado limite de páginas e, muitas vezes, essa regra é ignorada pelos autores”.

Para a editora do Physical Review Applied, Julie Kim-Zajons, existem apenas três tipos de artigos: os bons, os muito bons e os excelentes. Segundo ela, muitas vezes os cientistas não são honestos com eles próprios, insistindo em submeter seus artigos a revistas cujos perfis condizem com outros níveis de trabalhos e temáticas. “Ao agir com esta honestidade, os cientistas evitam a perda de tempo e até frustrações desnecessárias”.

Para o Prof. Egues e os editores Mitra e Julie Kim-Zajons, a clareza – ou seja, a habilidade de descrever um estudo de forma simples – é tão importante quanto obter grandes resultados em pesquisas. “É necessário explicar, através das palavras mais simples, o que torna o artigo importante. O cientista pode conquistar excelentes resultados, mas, se ele não souber explicá-los, ninguém os compreenderá”, pontua Julie, alertando que a clareza não se aplica apenas à maneira como se escreve, mas também às figuras que complementam o artigo, já que nem sempre uma determinada imagem ajuda a entender o resultado de um trabalho. Para Mitra, o importante é não permitir que os leitores tenham dúvidas sobre o processo de desenvolvimento do trabalho e as conclusões dos autores.

Segundo Egues, saber utilizar palavras que são ideais para expressar determinadas ideias; parágrafos que tenham conectividade; resumos (abstracts) que compreendam uma breve descrição das técnicas utilizadas na pesquisa, dos resultados e da conclusão do estudo; e o cuidado com a escolha de figuras e com a forma como elas são descritas nas legendas são outros tópicos essenciais para desenvolver um artigo de alta qualidade.

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Julie Kim-Zajons

Outra sugestão de Julie é compartilhar artigos com colegas cientistas antes de submetê-los às revistas. Ouvir a opinião de outros pesquisadores pode ajudar a refinar a qualidade de um artigo, facilitando inclusive o trabalho daqueles que avaliarão o paper.

“Um bom artigo é aquele que você lê a introdução e não quer parar de lê-lo. É como um bom livro. Para escrever um bom artigo, é necessário ter um bom vocabulário em inglês”, explica o Prof. Egues. E para isso, ele alerta que é preciso ler bastante: não apenas revistas científicas, mas também aquelas que abordam assuntos gerais, além de boas obras literárias.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de novembro de 2016

Encontro sobre “Orientação Técnica Educacional”

Numa iniciativa do IFSC/USP, realiza-se no dia 21 de novembro, a partir das 13h30, no Auditório “Prof. Sergio Mascarenhas” (IFSC/USP), a iniciativa denominada Orientação Técnica Educacional, organizada pelo Educador do IFSC/USP, Herbert Alexandre João, um evento especialmente dedicado a alunos de Licenciatura e professores da educação básica.

O evento inicia-se com o Prof. Dr. Márlon Pessanha, docente do Departamento de Metodologia de Ensino – Universidade Federal de São Carlos (DME/UFSCar), que abordará os “Princípios no planejamento didático reflexivo e exemplos de atividades envolvendo tópicos previstos no currículo do estado de SP”.

Nesta exposição, será apresentado o modelo de planejamento didático reflexivo intitulado “Prática baseada no design”, elaborado como uma forma de promover aproximação entre as dimensões teórica e prática, e como um meio de facilitar a inovação didático-pedagógica. Para ilustrar o modelo, serão apresentadas algumas sequências de atividades elaboradas tendo como base o currículo do estado de São Paulo.

A partir das 15h30 será a vez do Prof. Dr. Maurício Pietrocola, docente da Faculdade de Educação – Universidade de São Paulo (FE/USP), dissertar sobre o tema “Cultura Científica e Cultura Didática: Os desafios do Ensino de Física em Sala de Aula”, onde falará sobre as interações professor / aluno e conhecimento dentro de uma perspectiva sociocultural.

Por se tratar de uma prática social com contornos bem definidos, professores e alunos partilham significados e símbolos do ambiente escolar onde se inserem. O objetivo é analisar as práticas de sala de aula de modo a entender os processos de reprodução e transformação.

A noção de cultura didática será apresentada como a cultura produzida em sala de aula por professores e alunos constituída por um conjunto e esquemas de ação e recursos que se ajustam aos contextos da sala de aula e ao conhecimento físico mediado. A estabilidade do sistema didático repousa na possibilidade de reprodução dessa cultura, que no entanto corre o risco, em qualquer momento, de ser transformada, seja por fatores externos, seja por fatores internos.

Finalmente, as emoções serão apresentadas como elemento fundamental nas interações no interior desta cultura.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de novembro de 2016

Prof. Eric Van Stryland ministra dois seminários

Pelas 14h de 11 de novembro, o Prof. Dr. Eric Van Stryland, da Universidade da Flórida Central (EUA), ministrou dois seminários na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), onde falou sobre a história da Sociedade de Óptica (OSA, na sigla em inglês), tendo comentado também a respeito de sua linha de pesquisa, que envolve espectroscopia não-linear.

Stryland desenvolveu o doutorado em física, ERIC_250em 1976, no Centro de Ciências Ópticas da Universidade do Arizona (EUA); em 1978, integrou o Departamento de Física da Universidade do Norte do Texas (EUA), tendo, em 1987, ingressado no Centro de Pesquisa em Educação em Óptica e Lasers (CREOL) da Universidade da Flórida Central. Além de integrar a OSA, Stryland é membro da Sociedade de Física Americana, da Sociedade de Fotônica IEEE e da Sociedade Internacional para Óptica e Fotônica (SPIE). Em 2005, foi eleito uma das 174 personalidades mais influentes do estado da Flórida pela revista Florida Trend.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de novembro de 2016

Dusty Starburts in the Distant Universe

No Colloquium diei do dia 11 de novembro, a Profa. Dra. Karín Menéndez-Delmestre, do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apresentou a palestra Dusty Starbursts in the Distant Universe, em que falou sobre a evolução das galáxias. O colóquio teve início pelas 10h30, no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A docente é graduada em física karin_250pela Universidade McGill (Canadá) e doutora em astronomia pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia – CALTECH (EUA), tendo realizado o pós-doutorado nos Observatórios do Instituto Carnegie para a Ciência (EUA). Atualmente é professora adjunta no Observatório do Valongo (UFRJ), onde seus trabalhos envolvem astrofísica extragaláctica, em especial, os aspectos relacionados à formação e evolução das galáxias. Em 2015, a Profa. Karín recebeu o Prêmio L’Oréal UNESCO ABC Para Mulheres na Ciência, na categoria Ciências Físicas.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de novembro de 2016

Start Up Weekend São Carlos

Start_up_weekend_2016Entre os dias 18 e 20 de novembro, no Instituto Inova São Carlos, ocorrerá a segunda edição do Start Up Weekend São Carlos, evento que reunirá jovens estudantes e empreendedores de diversas áreas do conhecimento (gestão, comunicação, marketing, tecnologia, entre outras).

Para se insrever ou obter mais informações, clique aqui.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

11 de novembro de 2016

Os avanços tecnológicos na área da medicina

Falar de inovação tecnológica é sempre um assunto complexo, caso se decida abordar todos os campos da atividade, e torna-se ainda muito mais complexo quando se pretende enfatizar áreas específicas, como é o caso da medicina. Existem áreas que tiveram e têm ainda um desenvolvimento extraordinário, como, por exemplo, a aviação comercial, agricultura e petróleo, entre muitas outras, mas em outras áreas esses avanços não ocorreram cirur350nem ocorrem na mesma proporção.

Fabio Jatene* é Professor Titular de Cirurgia Torácica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Diretor do Serviço de Cirurgia Torácica do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), e Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica, com especialização em Cirurgia Torácica e Cirurgia Cardiovascular. É autor de 219 artigos científicos em revistas científicas nacionais (176) e internacionais (43), foi editor de 7 livros e manuais na área e autor de 52 capítulos em livros nacionais (43) e internacionais (9), tendo recebido 18 prêmios ao longo de sua carreira.

Foi com este renomado cirurgião que nos propusemos dialogar sobre os avanços tecnológicos ocorridos nos últimos anos, na área da medicina, e como eles impactam na saúde da população.

Na área profissional do Prof. Fabio Jatene, que é a cirurgia do coração – cirurgia torácica e cardiovascular –, é fato que a grande maioria dos equipamentos dotados de um maior avanço tecnológico está já disponível, observando-se, desta forma, uma certa heterogeneidade nessa área do conhecimento, o mesmo acontecendo com outras. “Não digo que não é possível que se desenvolvam, no Brasil, equipamentos de ponta que necessitamos para a nossa missão, para a nossa profissão, mas o que acontece é para que você consiga desenvolver e utilizar esses equipamentos, existe uma série de requisitos: eles precisam ser de boa qualidade, o mercado precisa ser atrativo, até porque, se assim não for, os empresários e as restantes pessoas interessadas em desenvolver e comercializar esses equipamentos acabam por se afastar. E nesta condição, ficamos defasados em relação a todo esse processo. Estamos avançando, mas é preciso reconhecer que esses passos ainda são muito tímidos”, salienta o cirurgião.

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Para Jatene, o fato de não termos tecnologia própria na área médica é um obstáculo importante, impedindo, por isso, que se possam diminuir os custos decorrentes de intervenções cirúrgicas, neste caso concreto na área cardiovascular, o que, para nosso entrevistado, causa algum constrangimento em prestar esse tipo de serviço. Esse foi um dos motivos que levou o InCor a desenvolver, nos últimos anos, um projeto chamado Inova-InCor, que é a tentativa de se poder avançar tecnologicamente na área da cardiopneumologia, que congrega os dois principais focos do Instituto. E essa é uma iniciativa que não é restrita ao InCor, mas a outras áreas que também têm desenvolvido iniciativas semelhantes. “Existe a Agência USP de Inovação, com a qual colaboro, que tem trabalhado fortemente nisso. Mas a ideia do Inova-InCor é criar possibilidades para dentro de nosso ambiente nas várias áreas relacionadas ao Instituto, para que possamos ter avanços significativos na área tecnológica”, comenta nosso entrevistado, que acrescenta: “Há um enorme interesse, tanto interno – no Instituto -, como em companhias e centros de desenvolvimento externos, no fomento de parcerias com o intuito de auxiliar ao desenvolvimento de equipamentos e projetos mais avançados. E isso é muito interessante! Nós iremos ter agora, neste mês de novembro, um simpósio com a participação do InCor e de representantes do governo da Coreia do Sul, através de algumas de suas indústrias, com o intuito de ajudar a desenvolver tecnologia exatamente dentro da área médica e principalmente dentro da área da cardiopneumologia . A ideia é que essa parceria seja uma via de mão-dupla. Eles têm muita tecnologia e nós temos necessidade dela; mas, também temos algo para mostrar para eles – nossa experiência. A ideia é incorporar interesses. Como nós temos uma população muito numerosa, tudo isso talvez possa interessar a eles, até porque a nossa mão-de-obra é altamente especializada”, comenta Jatene.

A despeito do atraso verificado, o Brasil tem agora a consciência do que aconteceu anteriormente e do que precisa acontecer a partir de agora e, a partir daqui, tentar tirar esse atraso da melhor maneira. Fabio Jatene é enfático ao afirmar que é importante que se tenha consciência que não só o InCor, como os outros institutos, estão com essas iniciativas de inovação e avanços tecnológicos voltados para suas áreas de atuação, em todos os fronts do conhecimento. “O ponto positivo desse grande processo é que hoje temos consciência da importância em se poder avançar”, sublinha o cirurgião.

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Comparativamente ao que se passa no exterior, o atual estado da arte na cirurgia torácica no Brasil pode ser dividido em duas partes. Em relação à possibilidade de assistência, ao atendimento, o Brasil está praticamente no mesmo nível que ocorre no exterior e isso é confirmado pelo Prof. Fabio Jatene. “Temos os mais modernos equipamentos, temos as técnicas desenvolvidas e temos os profissionais altamente capacitados para empregá-las”. Contudo, o que chama a atenção, na parte assistencial, é que o Brasil tem – da mesma forma que no assunto abordado acima, relacionado com o desenvolvimento tecnológico – diferentes possibilidades de oferecimento dessa tecnologia a toda a população. Por exemplo, temos hospitais que são considerados entre os melhores do mundo e, por outro lado, temos hospitais com uma qualidade bastante precária: ou seja, existem dificuldades de conseguir dar o melhor a todos que necessitam. Para o Prof. Fabio Jatene, essa situação pode ser resumida através de duas afirmações simples: “Nós temos o melhor no Brasil? Temos! Para todos? Ainda não!…”

*O Prof. Fabio Jatene é filho do saudoso Dr. Adib Domingos Jatene (Xapuri, Acre, 4 de junho de 1929 — São Paulo, 14 de novembro de 2014), médico (cirurgião torácico), professor universitário, inventor e cientista brasileiro. Filho de imigrantes árabes, Adib Jatene formou-se em medicina na Universidade de São Paulo, onde viria a se tornar professor. Conhecido e respeitado internacionalmente, além das dezenas de inovações no meio médico, como o inventor de uma cirurgia do coração que leva seu nome para tratamento da transposição das grandes artérias em recém-nascidos, e do primeiro coração-pulmão artificial do Hospital das Clínicas. Jatene foi secretário estadual de Saúde no governo de Paulo Maluf e duas vezes ministro da Saúde durante o Governo Collor e, a última delas, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Foi membro da Academia Nacional de Medicina e foi agraciado com o Prêmio Anísio Teixeira, em 1991.

(A entrevista com o Prof. Fabio Jatene ocorreu no decurso da edição de outubro do programa “Ciência às 19 Horas”, promovido pelo IFSC/USP)

(Fotos – Getty Images / Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de novembro de 2016

Participação ativa em evento internacional de inovação

Durante a semana que agora termina, decorreu no auditório do Centro de Difusão Internacional – CDI, campus da Universidade de São Paulo, o BIN @SP 2016 – Business and Innovation Network, evento que ocorreu até dia 09 de novembro.

O evento, que já é realizado internacionalmente há vários anos, foi organizado pela AUSPIN-Agência USP de Inovação, representando a USP, além da Universidade do Porto e a Universidade de Sheffield. O coordenador geral do evento foi o Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, juntamente com toda a equipe da AUSPIN. O Reitor da USP, Marco Antonio Zago participou da cerimônia de abertura e falou sobre a grande importância da transferência de tecnologias inovadoras dentro da rede internacional BIN@, a qual conta com parceiros acadêmicos e industriais que se apoiam mutuamente para a criação deste fórum, que traz ótimas oportunidades de parcerias em inovações.

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O BIN @SP 2016 destina-se a criar oportunidades de colaboração entre diferentes setores empresariais e institutos de pesquisas. O evento contou com centenas de participantes e ocorreu paralelamente ao ELAN – European and Latin American Network, o qual promove estreito relacionamento na área de pesquisa e inovação entre empresas e Instituições de pesquisas europeias e latino americanas. Segundo a Coordenadora de Difusão Científica e Inovação do CEPOF, Dra. Wilma Barrionuevo, ambos os eventos trouxeram grandes oportunidades de negócios e de desenvolvimento tecnológico, o que agradou em muito aos seus participantes, os quais concretizaram inúmeras parcerias envolvendo os mais diversos setores: empresas, universidades, consultores, estudantes, agências de fomento e investidores independentes. Estes eventos focaram ainda os aspectos de sustentabilidade ambiental, saúde e desenvolvimento social.

O BIN @SP 2016 contou também com a presença do Diretor do IFSC/USP, Prof. Dr. Tito Bonagamba (na foto com o Prof. Dr. Antonio Adilton Carneiro, presidente da Fipase, e com o Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, coordenador da Agência USP de Inovação), que elogiou o evento e disse que faz sempre o possível para participar de todos os eventos relevantes promovidos pela comunidade acadêmica do IFSC/USP.

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A participação de professores e estudantes do IFSC/USP no evento foi expressiva. No segundo dia, os participantes puderam assistir à Sessão Ciência e Inovação, apresentada por professores do IFSC/USP vinculados ao CEPID CEPOF – Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica. A mesa de debates do CEPOF contou com os professores Vanderlei Bagnato, Jarbas Caiado Neto e Euclydes Marega, que, na circunstância, fez questão de salientar que o principal objetivo do CEPOF é associar o conhecimento científico a inovações tecnológicas, além de promover a instalação de startups e colaborar com as iniciativas empresariais já existentes.

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Na sequência, foram apresentadas as inovações tecnológicas do CEPID CIBFar, pelos professores do IFSC/USP, Glaucius Oliva e Adriano Andricopulo. Segundo o Prof. Dr. Glaucius Oliva, o CIBFar desenvolve pesquisas em colaboração com a indústria farmacêutica e com institutos de pesquisas no setor da saúde, além de atuar no desenvolvimento de programas que envolvam alunos de graduação e de pós graduação.

Difusão de Ciência e Tecnologia

A Equipe de Difusão Cientifica e Inovações Tecnológicas do CEPOF apresentou no BIN @SP 2016 os equipamentos tecnológicos desenvolvidos pelo LAT- Laboratório de Apoio Tecnológico, representado no evento pelo engenheiro Daniel José Chianfrone e pelos alunos de doutorado do IFSC/USP, Bruno Pereira de Oliveira e Marlon Rodrigues Garcia, os quais também entrevistaram pesquisadores para a transmissão do evento por canais de TV. Além disso, foram exibidos os kits educacionais educativos Aventuras da Ciência, desenvolvidos por professores universitários e produzidos pela empresa Educar. Os kits foram apresentados por sua diretora executiva, Mirian Barbosa.

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Além da participação no setor científico e tecnológico, a Equipe de Difusão Científica do CEPOF foi a principal responsável pelo sistema de imagens e som do evento, o que incluiu a utilização de três telões alocados simultaneamente no palco do evento, além de filmagens para TV e de todo o sistema de áudio. Essa atividade foi coordenada pelos profissionais, Brás José Muniz, Marcel Eduardo Firmino, Anderson Rodrigues Muniz, Sergio Candiano, Evaldo Carvalho e pelo Engenheiro Elétrico do LIEPO, João Marcelo Nogueira.

(Com informações da Dra. Wilma Barrionuevo)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de novembro de 2016

Desafios para a ciência e tecnologia no Brasil

Em comemoração dos cem anos da Academia Brasileira de Ciências, realiza-se no dia 23 de novembro, entre as 9h às 17h, no auditório da FAPESP (Rua Pio XI, 1500, São Paulo), o simpósio intitulado Desafios para a Ciência e Tecnologia no Brasil.

O simpósio, organizado em três painéis de discussão, proporcionará uma visão integrada da pesquisa científica no país, abordando um panorama objetivo da investigação nas diversas áreas do conhecimento com discussão de algumas perspectivas.

Os painéis serão: Estado da Arte e Perspectivas na Área de Ciências Exatas e Engenharias, Estado da Arte e Perspectivas na Área de Ciências Humanas e Sociais e Estado da Arte e Perspectivas na Área de Ciências da Vida.

Edgar Dutra Zanotto (UFSCar), José Alberto Cuminato (USP), Ricardo M.O. Galvão (Inpe e USP), Fernando Galembeck (Unicamp), Paulo Artaxo (USP), Walter Colli (USP) e Paulo Arruda (Unicamp) são alguns dos pesquisadores confirmados.

Paralelamente ao simpósio ocorrerá a exposição 100 Anos da Academia Brasileira de Ciências, que oferece ao público uma espécie de túnel do tempo das descobertas científicas e da construção de centros de pesquisa do Brasil e do mundo. A mostra reúne vídeos e fotos, além de um painel destacando 18 pesquisadores brasileiros que contribuíram para o desenvolvimento socioeconômico do país. A exposição é aberta ao público e ficará no hall da FAPESP até 30 de novembro.

Para se inscrever neste evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de novembro de 2016

Novo portal ALUMNI

A Universidade de São Paulo está inaugurando o novo portal ALUMNI-USP, com o intuito de estabelecer uma rede para contatos entre antigos alunos de graduação e ALUMNI200pós-graduação da Universidade.

O portal também tem a missão de divulgar oportunidades de trabalho, encontros e seminários, bem como proporcionar links que promovam uma educação continuada aos seus ex-alunos.

O Escritório ALUMNI – USP é coordenado pela Profa. Dra. Marina Helena Cury Gallottini, contando com uma equipe constituída por: Prof. Dr. João Eduardo Ferreira (IME), Prof. Dr. Fernando Fonseca (Poli), Profa. Dra. Eucia Beatriz Lopes Petean (Vice Reitoria), Marino Hilario Catarino, Leandro Fregnani e Maria de Fátima Carvalho Rodrigues Ramos (todos do STI), Claudia Regina Pires (Vice Reitoria), Leticia Acquaviva (FO) e Alessandra Falciano (Pró- Reitoria de Pós-Graduação).

Os contatos com o Escritório ALUMNI – USO poderão ser feitos através do telefone (11) 2648-1358, ou pelo email alumni@usp.br

Para acessar o portal, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de novembro de 2016

BIN@ 2016 – Business and Innovation Network

Começou ontem, na cidade de São Paulo, a BIN @ 2016 – Business and Innovation Network, evento que reunirá até dia 09 de setembro, no auditório do Centro de DifusãoCaptura_de_tela_2016-11-08_07.17 Internacional – CDI no campus da Universidade de São Paulo, no Butantã, cerca de mil participantes, entre estudantes de pós-graduação, empresários, cientistas e docentes, que discutirão temas relacionados com inovação, tecnologia, redes, fontes de informação e muito mais.

BIN@ 2016 – Business and Innovation Network é um evento com periodicidade anual, constituindo uma oportunidade de networking visando conexões privilegiadas com a academia, parques de ciência e tecnologia, incubadoras, empresas de base tecnológica, investidores, pesquisadores, entre muitos outros agentes.

BIN @ é uma rede internacional de parceiros acadêmicos e industriais envolvidos e apoiando-se mutuamente na criação de um fórum sustentável para o compartilhamento de boas práticas e oportunidades na Inovação, tendo sido fundada por três universidades: Porto, Sheffield e São Paulo, tendo atualmente mais de 1600 delegados em todo o mundo.

Este evento apresenta uma experiência altamente motivadora, com 17 sessões abertas, 15 “Action Tanks” dedicados a temas específicos e 14 “Focus Sessions”, Exposições de Negócios e Tecnologias com a participação de 28 empresas, além da exposição de 40 Projetos PIPE/FAPESP, visita guiada a Incubadora CIETEC, Minicurso de Empreendedorismo, além de um Desafio de 48h – “Hackathon”, tudo isso para facultar o fortalecimento da colaboração e cooperação entre os segmentos produtivos e a academia.

Nesta edição, o tema geral do BIN@ 2016 – Business and Innovation Network será Da bancada à produção: como a universidade deve participar e otimizar o processo?

Este evento conta com os apoios oficiais da CAPES, CNPq e Prefeitura Municipal de São Paulo.

Para saber mais sobre este evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de novembro de 2016

Marcel Henrique Martins Ferreira

Comunicamos, com pesar, o falecimento de Marcel Henrique Martins Ferreira, filho da funcionária do CDCC/USP, Sra. Edna Ricardo Oliveira Ferreira, ocorrido ontem.

O sepultamento ocorreu hoje (08/11), pelas 10h45.

O IFSC/USP curva-se respeitosamente em memória do falecido, endereçando a seus familiares e amigos, em especial à Sra. Edna Ricardo Oliveira Ferreira, os mais sentidos votos de pesar.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de novembro de 2016

Cine-Debate com o filme “Westworld”

O Grupo SEMATRON (EESC/USP) realiza atividades que complementam a graduação de estudantes de engenharia de todo o Brasil, sendo o responsável pela organização da maior Semana de Engenharia Mecatrônica do país.

Pensando em entreter e promover discussões, o Grupo realiza no dia 16 de novembro, entre as 18h30 e as 22 horas, no Anfiteatro “Fernão Stella de Rodrigues Germano”, localizado no Bloco 6 do ICMC/USP, a primeira edição do Cine Debate, um evento que consiste na exibição de um filme com algum tema relacionado a engenharia e tecnologia.

Assim, nessadata e horário será exibido o filme Westworld (1973), uma produção que aborda diversas temáticas, como, por exemplo, inteligência artificial, robótica na sociedade e interações homem-máquina, sendo que a película originou o atual sucesso da HBO, com o mesmo nome.

Pelas 20 horas ocorrerá Coffee-Break, seguindo-se, pelas 20h30, uma mesa-redonda com a participação de Eduardo Vale Simões*, Maria Eunice Quilici Gonzalez** e Rodrigo F. de Mello***.

* Eduardo do Vale Simões possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1990), mestrado em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1994) e doutorado em Electronic Engineering – University of Kent at Canterbury (2001). Atualmente é professor doutor da Universidade de São Paulo, onde atua na área de computação evolutiva e sistemas robóticos embarcados. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Inteligência Artificial, atuando principalmente nos seguintes temas: robótica móvel, algoritmos genéticos, sistemas embarcados, Field-Programmable Gate Array, e robótica evolutiva.

**Maria Eunice Quilici Gonzalez é professora Livre Docente do departamento de Filosofia, Unesp campus de Marilia. Graduada em Física (Unesp, 1977), mestre em Lógica e Filosofia da Ciência (Unicamp, 1984) e Phd com a tese de doutorado: A cognitive approach to visual perception (Universidade de Essex, UK, 1989). Ela é membro fundador da Sociedade Brasileira de Ciência Cognitiva e do Grupo (GAEC) de Pesquisa em Estudos Cognitivos da Unesp. Desde 1989 é membro do grupo de pesquisa CLE auto-organização da Unicamp e da Ecological Psychology Society. Atualmente é representante da América Latina junto a Complex Systems Society, UNITWIN- UNESCO. Seus interesses centrais são temas da: Filosofia da Informação, Epistemologia, Ética da Tecnologia, Filosofia Ecológica, Ciência Cognitiva e Filosofia da Mente.

***Rodrigo F. de Mello é professor da Universidade de São Paulo desde março de 2004. Atualmente é professor associado e trabalha com Aprendizado de Máquina teórico e prático. Seus interesses de pesquisa incluem: Detecção de Mudanças de Conceito sobre Data Streams, Modelagem e Predição de Séries Temporais/Data Streams, Deep Learning e Teoria do Aprendizado Estatístico.

A entrada é livre.

Clique AQUI para mais informações.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de novembro de 2016

Campanha de doação de sangue

Numa iniciativa conjunta do Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP) e o Hemonúcleo Regional de Jaú (Unidade do Hospital Amaral Carvalho), realiza-se no dia 10 de novembro, entre as 16 e as 20 horas, uma campanha de doação de sangue aberta a toda a comunidade do Campus USP – São Carlos.

Os doadores devem se dirigir até o prédio Q5 do IQSC/USP, na Área-1 do Campus da USP, lembrando que os homens podem doar sangue até quatro vezes ao ano, com intervalo de 60 dias entre cada doação, enquanto as mulheres podem colaborar três vezes ao ano, com intervalo de 90 dias.

Para participar, também é preciso ter entre 16 e 69 anos. Os menores de 18 anos só poderão fazer a doação se estiverem acompanhados por um dos pais, ou por um responsável legal.

Já os maiores de 65 anos também poderão participar, caso já tenham doado sangue antes de completar 60 anos. Além disso, é preciso pesar mais de 50 quilos, estar em boas condições de saúde, ter se alimentado (evitando a ingestão de alimentação gordurosa duas horas antes da doação) e estar descansado, ou seja, ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas. Também é necessário levar um documento oficial com foto (obrigatório).

Participe, colabore. Seu sangue pode salvar uma vida.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de novembro de 2016

2ª Escola Avançada de Física Experimental

No sentido de promover e motivar a atuação de jovens físicos em áreas experimentais, o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro (RJ), está com cbpf-200inscrições abertas, até 20 de novembro do corrente ano, para a realização da 2ª Escola Avançada de Física Experimental do CBPF (2ª EAFExp), evento que ocorrerá entre 6 e 17 de fevereiro de 2017, sendo que o objetivo é fazer uma imersão, por duas semanas, no dia a dia das atividades experimentais nos laboratórios do CBPF.

Esse evento, voltado para a física experimental, está aberto a estudantes de graduação (a partir do quinto semestre) e pós-graduação, tanto do Brasil quanto da América do Sul. Ao todo, serão cerca de 60 vagas.

A 2ª EAFExp valerá créditos que poderão ser usados pelos alunos dos programas de pós-graduação em física do Rio de Janeiro e do Brasil. Ao longo das duas semanas, a carga horária será de 64 horas, totalizando quatro créditos.

Módulos e avaliação

O evento compreenderá aulas expositivas, comuns a todos e atividades em laboratórios – estas últimas específicas e divididas em módulos, cuja organização e dinâmica poderão variar. Para a 2ª EAFexp, os módulos abordarão temas como: informação quântica, supercondutividade; nanomagnetismo; dinâmica da magnetização; física de superfícies; e física de altas energias. VER A DESCRIÇÃO DOS MÓDULOS, CLICANDO AQUI.

Os alunos farão a escolha dos módulos depois dos primeiros dias do evento, quando já terão participado do chamado ‘núcleo comum’ e dispuserem de informações sobre a natureza de cada módulo e o cronograma de atividades.

No encerramento das atividades, haverá uma sessão de seminários, na qual cada grupo de alunos fará uma breve exposição (média de 30 minutos) dos resultados e das conclusões dos trabalhos desenvolvidos durante a escola. Além disso, cada grupo apresentará um relatório (no formato de uma publicação para um periódico) sobre esses resultados. Essas duas atividades (relatório e seminário) servirão para a avaliação final.

Os alunos realizarão experimentos com considerável grau de complexidade nos quais temas da física contemporânea serão abordados e estudados por técnicas experimentais do estado da arte. Na 2ª EAFexp, os temas abrangerão informação quântica; supercondutividade; nanomagnetismo; dinâmica da magnetização; física de superfícies; e física de altas energias.

Os alunos se depararão, ao longo das semanas, com diferentes desafios inerentes ao cotidiano de um laboratório de pesquisa. Por exemplo, contextualização do problema a ser estudado; preparação de amostras; caracterização por técnicas sofisticadas; medida de grandezas físicas relacionadas ao tema em questão; e interpretação dos resultados obtidos.

Cada módulo terá um número limitado de alunos. E cada aluno participará de um único módulo experimental, sem possibilidade de troca.

Nos primeiros dias, ocorrerão aulas expositivas nas quais serão apresentados os temas que serão desenvolvidos pelos alunos nos laboratórios do CBPF. Os dias seguintes serão dedicados a tarefas realizadas integralmente nos laboratórios.

Inscrições

As inscrições serão feitas on line (www.cbpf.br/eafexp), até 20 de novembro deste ano, sendo que cada uma delas será analisada pelo Comitê Organizador. Com base nessa avaliação, será feita uma classificação geral, cujos critérios serão: rendimento acadêmico do candidato, currículo (realização de iniciação científica etc.), bem como ‘carta de motivação’ na qual o candidato exporá suas motivações para participar do evento.

O resultado da seleção será divulgado em 1 de dezembro deste ano e o prazo para confirmação de participação será até 11 de dezembro.

As EAFexp são um desdobramento do ‘Mãos na Massa’, módulo extremamente bem-sucedido da X Escola do CBPF, realizada em julho de 2015.

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Ajuda de custo

O evento tem uma quantidade limitada de recursos. Portanto, a Comissão Organizadora irá disponibilizar diárias até o limite de R$ 1.280,00 para um número limitado de selecionados de fora do chamado ‘Grande Rio’, priorizando alunos de graduação.

A 2ª EAFexp tem apoio da empresa de instrumentação científica Quantum Design International.

Para solicitar mais informações sobre a 2ª EAFexp, envie um email para eafexp@cbpf.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de novembro de 2016

Divulgados projetos de INCTs que serão financiados

O Comitê de Coordenação dos INCTs, do CNPq, definiu recentemente os 101 projetos que receberão recursos no âmbito da Chamada INCT – MCTI/CNPq/CAPES/FAPs nº 16/2014.

Neste primeiro momento, serão financiados, por parcerias entre os entes federais (CAPES, CNPq e FINEP) e estaduais (Fundações de Amparo à Pesquisa).

As demais propostas recomendadas no mérito que não foram contempladas entre os 101 projetos selecionados poderão solicitar um “Selo INCT”, que os credenciará para busca de financiamento.

Havendo aporte financeiro adicional, outras propostas dentre as selecionadas por mérito poderão ser financiadas no futuro.

Dentre os projetos aprovados, encontram-se dois do IFSC/USP, respectivamente, sob a responsabilidade dos Profs. Vanderlei Salvador Bagnato e Roberto Mendonça Faria, e ainda um outro, que ocorre no âmbito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde colabora o Prof. Tito José Bonagamba.

Para conferir a lista completa de INCTs que serão financiados, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP