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1 de dezembro de 2016

Prof. Vanderlei Bagnato (IFSC/USP) participa de Plenária

O docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, participou, como membro permanente, da Plenária da Pontífica Academia das Ciências, que ocorreu entre os dias 25 e 28 de novembro, na Casina Pio IV, no Vaticano, presidida pelo Papa Francisco.

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Subordinada ao tema Ciência e Sustentabilidade – Impacto dos conhecimentos científicos e da tecnologia sobre a sociedade humana e sobre o meio ambiente, a Plenária congregou todos os cientistas que fazem parte da Academia de Ciências do Vaticano, tendo o evento contado, igualmente, com a presença do astrofísico britânico Stephen Hawking, que publicamente já assumiu a sua condição de ateu.

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Vanderlei Bagnato esteve acompanhado pelo Prêmio Nobel da Física (1997), Prof. William Phillips, que teve oportunidade de trocar breves palavras com o Pontífice.

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Durante o evento, os membros da Pontifica Academia das Ciências refletiram e discutiram como os avanços científicos já alcançados – ou ainda aqueles que serão descobertos – podem impactar de maneira positiva, ou negativa, no desenvolvimento sustentável das sociedades e em seu meio ambiente.

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Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de dezembro de 2016

Impacto, foco e governança desafiam a ciência brasileira

O simpósio Desafios para a Ciência e Tecnologia no Brasil, com o qual a FAPESP comemorou o centenário da Academia Brasileira de Ciências (ABC), reuniu boa parte dos membros titulares da Academia sediados em São Paulo e destacados pesquisadores de universidades e instituições paulistas de pesquisa.

No encontro, em que se “celebrou a ciência”, nas palavras de Luiz Davidovich, presidente da ABC, 11 acadêmicos apresentaram um diagnóstico do estado da arte da pesquisa em suas respectivas áreas de conhecimento e apontaram perspectivas para o avanço da ciência brasileira nos próximos anos.

Alguns desafios estratégicos começaram a ser apontados antes mesmo das apresentações, na mesa de abertura. “O impacto da ciência brasileira está caindo, apesar do número de trabalhos aumentar”, diagnosticou José Goldemberg, presidente da FAPESP. Isso decorre, em sua avaliação, da falta de foco da pesquisa, que pulveriza recursos, gera frustrações, inibe o surgimento de “ideias novas” e distancia a ciência da sociedade.

Esse quadro é agravado pelo sistema de avaliação das agências que enfatizam o número de artigos publicados e não necessariamente a qualidade. “Temos que introduzir sistemas de avaliações novos para medir corretamente esse impacto.”

“Publicar vale a pena, mas não é tudo”, sublinhou o presidente da ABC. E retomou a questão da ciência a serviço da sociedade, ainda que a pesquisa, inicialmente, não sinalize resultados práticos. Lembrou que no início do século 20, Einstein, Max Planck e Werner Heisenberg desenvolveram investigações básicas que, um século depois, materializavam-se em 1/3 do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano na forma de dispositivos de física quântica, como lasers, por exemplo. ” A diferença entre ciência básica e aplicada está cada vez mais difusa por conta da rapidez com que se desenvolvem a pesquisa e as novas tecnologias”, reconheceu. “Mas precisamos seguir avançando na direção de inovações disruptivas.”

Eduardo Moacyr Krieger, vice-presidente da FAPESP, introduziu no debate o desafio da qualidade da produção científica e da formação de recursos humanos. O Brasil, ele afirmou, “aprendeu” a fazer ciência e a formar recursos humanos, tanto que cresceu o número de artigos publicados e de doutores. “Mas esse número ainda é insuficiente e a qualidade do que se faz também. Há, portanto, o desafio de compatibilizar a expansão ainda necessária com o apoio a núcleos de excelência em áreas prioritárias”, afirmou.

Para Krieger, o grande desafio da ciência é produzir e usar o conhecimento para o desenvolvimento social e econômico. Em sua avaliação, o diálogo da ciência com o setor produtivo tem sido profícuo – “Veja o exemplo da FAPESP”, sublinhou –, mas não identifica o mesmo sucesso na interlocução com o setor de saúde. “A pesquisa em cooperação com o setor público é pouco explorada.”

Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, retomou o debate sobre o papel da ciência. “O impacto social e econômico da ciência não depende apenas da universidade”, emendou. “Quem leva o impacto à sociedade é o governo ou a empresa. Universidade não faz produtos, ou cria políticas. Para ter impacto econômico de ciência e pesquisa é preciso ter atividade de pesquisa na empresa, dentro da empresa. Não estou falando sobre transferir resultados de universidades ou institutos para empresas, mas sobre a empresa, ela mesma, ter pesquisadores que foram bem educados em universidades e que são capazes de criar novos produtos, processos e serviços. Acontece que a economia brasileira tem um sistema de desincentivo à pesquisa nas empresas; aqui a empresa prospera por outros meios.”

A questão do impacto e foco da ciência no país, a qualidade da formação de recursos humanos e o papel do Estado no compartilhamento do conhecimento com a sociedade voltaram à pauta ao longo do dia de apresentações e debates.

“O Brasil precisa ter uma agenda top down de pesquisa”, afirmou João Fernando Gomes de Oliveira, vice-presidente da ABC e membro do Conselho Superior da FAPESP. “As agendas tentam contemplar todos os setores e não têm foco. Falta governança na pirâmide de decisões no país”, ele diagnosticou.

Na avaliação de Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP, o quadro de governança é agravado pelo fato de as agências terem perdido a “capacidade de ter massa crítica”, comprometendo a capacidade técnica do Estado.

Pacheco lembrou que o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) – criado em 2001, durante a 2ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, no período em que ocupava o cargo de secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia – foi concebido como uma “instância geradora” de temas para os Fundos Setoriais – constituídos dois anos antes. “Em vez de fazer top down do Planalto, o CGEE ouvia a planície. Esse papel precisa ser resgatado.”

(In FAPESP 2016)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de dezembro de 2016

Programa de Intercâmbio BRASIL – EUA

A Sociedade Brasileira de Física (SBF) e a American Physical Society (APS) lançaram a 5ª Chamada de Propostas para o programa de intercâmbio APS/SBF para estudantes e professores de pós-graduação em Física.

Através do Programa Visitas de Estudantes de Física Brasil-EUA, estudantes de pós-graduação poderão se candidatar a bolsas de viagem para uma variedade de oportunidades em física, tais como: 1) participar de cursos de curta duração ou escolas de verão; 2) visita a um professor na sua área específica de pesquisa; 3) trabalho temporário em laboratórios; ou 4) qualquer outra sugestão de atividades que professores e alunos julguem merecedoras de apoio para a viagem. As bolsas tem um valor máximo de 3 000 dólares americanos

O Programa Cátedras Brasil/EUA patrocina os físicos no Brasil e nos Estados Unidos que desejem ministrar cursos de curta duração, ou série de palestras no outro país. As bolsas tem um valor máximo de 4.000 dólares americanos.

Este ano, a Sociedade Brasileira de Física oferecerá 5 bolsas de viagem para o Programa Visitas de Estudantes de Física Brasil-EUA e 1 bolsa de viagem para o Programa Cátedras Brasil-EUA.

Para consultar o Programa Visitas de Estudantes de Física Brasil-EUA, clique AQUI.

Para consultar o Programa Cátedras Brasil–EUA, clique AQUI.

Os candidatos brasileiros deverão enviar seus projetos até o dia 31/12/2016, para Maria Beatriz Mattos, através do email biamattos@sbfisica.org.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

1 de dezembro de 2016

Óptica quântica foi tema de encontros científicos

Durante o dia 21 de outubro, algumas dezenas de pesquisadores se reuniram no Anfiteatro Verde do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), onde participaram do Workshop on Quantum Information and Metrology, que foi organizado pelos especialistas Rafael Paiva (IFSC/USP), Raul Teixeira (Universidade Federal de São Carlos – UFSCar) e Romain Bachelard (IFSC/USP).

quantum_250As pesquisas relacionadas à informação quântica e à metrologia foram os principais assuntos abordados durante o evento. Ambas as áreas de pesquisa têm sido fundamentais para o desenvolvimento de novas tecnologias. Isso porque a informação quântica, por exemplo, permite desenvolver metodologias para aprimorar o processamento de dispositivos eletrônicos. Já na área de metrologia, têm sido estudadas novas maneiras de melhorar parâmetros de medidas utilizados em informação quântica.

Além dos organizadores, os seguintes especialistas também ministraram palestras nesse encontro: Frederico Brito (IFSC/USP), Carla Hermann (Joint Quantum Institute – EUA), Diogo Pinto (IFSC/USP), Tracy Northup (Universidade de Innsbruck – Áustria), Sébastien Gleyzes (LKB – UPMC – França) e Celso Villas Boas (UFSCar).

O evento reuniu alguns participantes que, posteriormente, entre os dias 23 e 28 de outubro, estiveram no Quantum Optics VIII, um encontro bianual que ocorre na América Latina desde 2000. Neste ano, a conferência aconteceu em São Sebastião, no interior de São Paulo, sob a organização dos pesquisadores Antônio Zelaquett Khoury, Arturo Lezama, Breno Marques, Carlos Monken, Daniel Felinto, Juan Pablo Paz, Karen Fonseca Romero e Paulo Nussenzveig.

A conferência, composta por palestras e apresentação de pôsteres científicos, reuniu cerca de 150 alunos e pesquisadores de diversos países, que desenvolvem pesquisas nas áreas de óptica quântica, processamento de informação quântica, teste fundamental de mecânica quântica, óptica não-linear, interferência quântica, entre outras linhas, que foram abordadas por dezenas de palestrantes*.

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Para Rafael Paiva, o evento realizado no IFSC/USP fortaleceu a interação entre cientistas que trabalham com informação quântica e metrologia na região de São Carlos, principalmente, no IFSC e na UFSCar. Já o Quantum Optics VIII permitiu analisar o panorama do desenvolvimento da óptica quântica na América Latina. “Eu voltei desse evento bianual, conversando com um pesquisador argentino, que quer trabalhar em parceria comigo, numa linha de pesquisa bastante semelhante à minha”, disse ele, que iniciará essa nova colaboração.

*Antonio Acin (ICFO), Cyril Elouard (Néel Institut), Julio Barreiro (UCSD), Francisco Elohim-Becerra (University of New Mexico), Janos Bergou (Hunter College/CUNY), Luiz Davidovich (UFRJ), Claude Fabre (LKB – ENS), Daniel Felinto (UFPE), Karen Fonseca Romero (National University of Colombia), Marcelo França Santos (UFRJ), Sébastien Gleyzes (LKB – Ecole Normale), Carla Hermann (JQI – Maryland), Antonio Khoury (UFF), Andrei Klimov (Universidad de Guadalajara), Gerd Leuchs (Max Planck Institute for the Science of Light), Gustavo Lima (Universidad de Concepción), Alex Lvovsky (University of Calgary), Marcelo Martinelli (IF/USP), Paolo Mataloni (Sapienza University of Rome), Jeronimo Maze (PUC – Chile), Morgan Mitchell (ICFO), Marcos Oria (UFPB), Luis A. Orozco (University of Maryland), Miguel Orszag (PUC – Chile), Sebastião de Pádua (UFMG), Olivier Pfister (University of Virginia), Eugene Polzik (University of Copenhagen), Ernst Rasel (University of Hannover), Arno Rauschenbeutel (University of Vienna), Wolfgang Schleich (University Ulm), Jorge Seman (UNAM), Alephraim Steinberg (Toronto University), Raul Teixeira (UFSCar), Sascha Wallentowitz (PUC – Chile), Martin Weitz (University of Bonn), Andrew White (University of Queensland), Christian Schmiegelow (Universidad de Buenos Aires), Pascale Senellart (Université Paris Sud) e Luiz Davidovich (UFRJ).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de novembro de 2016

Long-term and new challenges in lattice QCD

BLOSSIER-300No High-Energy Physics Seminars que se realizou na tarde de 30 de novembro, na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o pesquisador Benoit Blossier, da Universidade Paris-Sud (França), apresentou o seminário intitulado Long-term and new challenges in lattice QCD, no qual falou sobre a regulação da técnica de cromodinâmica quântica (QCD, na sigla em inglês).

De acordo com Blossier, a QCD tem se estabelecido como uma importante ferramenta para o estudo de fortes interações em baixas energias.

Benoit Blossier é pesquisador no Laboratório de Física Teórica d’Orsay, da citada universidade francesa, na qual trabalha com física de partículas, mais especificamente com a fenomenologia dos Mésons B e Matéria QCD.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de novembro de 2016

Docente do IFSC participará de Cantatas de Natal

A partir de amanhã, 30 de novembro, tem início as Cantatas de Natal no Centro Cultural da USP São Carlos. Ao todo, cinco cantatas serão realizadas, entre elas a que será conduzida pelo Coral Santa Cecília, que se apresentará em conjunto com a Camerata Octo+, da qual faz parte o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), José Pedro Donoso Gonzalez, atuando como violoncelista.

Centro_CulturalConfira abaixo a programação geral das Cantatas de Natal:

– 30 de novembro, 20 horas: Doces Flautistas;

– 1º de dezembro, 20 horas: Coral Santa Cecília e Camerat Octo+;

– 7 de dezembro, 20 horas: Coral USP São Carlos;

– 8 de dezembro, 20 horas: Coral Alvorada;

– 14 de dezembro, 20 horas: Coral do professor Wilson Cury.

O Centro Cultural fica localizado à Rua Carlos Botelho, ao lado do Observatório Astronômico “Dietrich Schiel”. Para mais informações sobre este e outros eventos realizados pelo Centro Cultural da USP de São Carlos, envie e-mail a cultura@sc.usp.br

Imagem: Centro Cultural (créditos: Globo.com)

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

30 de novembro de 2016

App permite envio imediato de ocorrências

Transitar pelas ruas, principalmente à noite, pode gerar uma sensação de insegurança, principalmente quando se está sozinho. Tal sensação pode surgir em razão da existência de vias com pouca iluminação pública, ou pela exígua circulação de pedestres e veículos em algumas regiões. Dentro dos campi universitários, a sensação nem sempre é diferente, mesmo quando há guaritas universitárias.

campus_uspFoi com o intuito de reforçar ainda mais a segurança dentro do campus USP São Carlos, que, desde 4 de abril deste ano, os transeuntes que possuem número USP podem baixar o aplicativo (app) “CAMPUS USP”, para o relato imediato de ocorrências de furtos, roubos, sequestros, vandalismo, má iluminação pública, vazamento de água, presença de animais abandonados, violência contra a mulher, incêndio, emergências médicas ou situações anômales nas dependências do campus.

As ocorrências podem ser geradas através de textos, fotos ou áudios, que são encaminhados imediatamente para a prefeitura ou para a central de segurança do campus. O aplicativo ainda traz uma opção de alerta que, quando identifica um “agito” no aparelho, envia notificações imediatas para a guarda universitária.

O aplicativo, compatível com smartphones, que contêm GPS e sistemas Android ou IOS, é gratuito e pode ser baixado na App Store e na Google Play, sendo necessário fazer login com o número USP para utilizar as opções de registros de ocorrência, chamada de emergência, mapa de segurança e o modo “alerta”.

Ao registrar uma ocorrência, o usuário recebe uma mensagem de confirmação na tela do smartphone, bem como um e-mail com o protocolo da ocorrência – dúvidas e problemas de utilização do aplicativo podem ser reportados AQUI.

O aplicativo, que foi desenvolvido por um ex-guarda universitário do campus USP de Piracicaba, pode ser utilizado nos seguintes campi da USP: Armando de Salles Oliveira, Quadrilátero da Saúde e Direito, Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Fernando Costa, Piracicaba, Bauru, Lorena (Áreas I e 2), Ribeirão Preto e São Carlos (Áreas 1 e 2).

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Em São Carlos, o aplicativo é coordenado pelo chefe da seção de segurança do campus USP São Carlos, Antenor Alves de Souza. Ele diz que, embora o aplicativo seja um anseio da comunidade uspiana, desde abril houve pouco acesso ao app, reforçando-se assim a necessidade de utilizar o sistema para manter um contato muito mais rápido e eficiente com a guarda universitária em situações de emergência.

Desde seu lançamento, o aplicativo teve 7.602 downloads e 733 ocorrências registradas, sendo que, do total de relatos relacionadas à segurança, 428 registros referiam-se a denúncias comprovadas e 178 correspondiam a testes ou enganos. No que se refere às ocorrências reais, houve 189 chamadas diretas para o telefone de atendimento da Guarda Universitária, 96 ativações do sistema de alerta, 45 denúncias de atividades suspeitas, 36 relatos de problemas de trânsito, 28 registros de animais abandonados e roubos/furtos, e 6 denúncias de vandalismo. Não houve relatos de sequestro.

Em relação à gestão dos campi, no total foram registradas 127 ocorrências relacionadas a problemas de iluminação pública, presença de buracos nas vias e casos de vazamento de água.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de novembro de 2016

As redes do IFSC contra o zika vírus

Em 11 de novembro de 2015, o Ministério da Saúde brasileiro decretou emergência em saúde pública no país. A razão? Um surto de microcefalia causado por um vírus recém-descoberto em território nacional: o zika vírus. Embora ainda não se tenha certeza absoluta da relação entre zika vírus e o surto mencionado, diversos estudos realizados desde então associam os dois fatos.

Zika_virus_2016Alarmados, diversos órgãos federais e estaduais, inclusive agências de fomento, têm investido pesado em pesquisas que possam não somente comprovar a associação entre zika vírus e microcefalia, mas também incentivar pesquisadores brasileiros a encontrar soluções para exterminar o vírus do território brasileiro, bem como encontrar formas de diagnóstico e tratamento às infecções causadas por ele.

Esse foi o caso do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) que, em parceria com o Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit/SCTIE/MS), lançaram uma chamada em junho de 2016 para “selecionar propostas para apoio financeiro a projetos que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação no País, com foco especial na prevenção, diagnóstico e tratamento da infecção pelo zika vírus e doenças correlacionadas”. O investimento da chamada soma R$65 milhões, que serão distribuídos entre as instituições e centros de pesquisa que tiverem propostas aprovadas.

Aberta a pesquisadores de todo o Brasil, no total, 32 propostas foram selecionadas, sendo duas delas de autoria dos docentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) Valtencir Zucolotto (Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia) e Vanderlei Salvador Bagnato (Grupo de Óptica).

Embora sejam oriundas da mesma instituição de pesquisa, as propostas têm focos diferentes: enquanto a rede que será coordenada por Zucolotto irá mirar uma maneira rápida (e barata) na detecção da infecção, Bagnato voltará seus esforços para o extermínio das larvas do Aedes aegypt* de maneira eficiente e ecologicamente correta.

Diagnóstico rápido e barato

A proposta de Zucolotto consiste no desenvolvimento de dispositivos para detecção rápida de zika vírus e dengue, e a separação entre eles. “Tendo como base amostras de pacientes, estes dispositivos tem a presença de nanotecnologia. A base para a diferenciação dos dois tipos de vírus [zika e dengue] será dada através da detecção genética, ou seja, nós conseguiremos fazer a diferenciação entre zika e dengue analisando o DNA de cada um deles”, explica Zucolotto.

Zika-_ZucolottoOs testes disponíveis para fazer esse tipo de detecção são hoje demorados e de alto custo, além de não serem capazes de diferenciar os dois vírus. Porém, através da “assinatura genética” de ambos, essa diferenciação se torna possível. “Algumas partes da sequência de DNA de zika e dengue são muito parecidas, mas outras são totalmente diferentes. É por esse caminho que tentaremos fazer a separação e diferenciação entre eles”, conta o docente.

Zucolotto, que será coordenador da rede em questão, contará com a colaboração de outras instituições de pesquisa, somando quase 50 participantes no total, entre docentes, alunos e pesquisadores em geral. Sua proposta, que se encaixa na linha temática “Desenvolvimento de novas tecnologias diagnósticas”, contará também com pesquisadores da EMBRAPA, FioCruz e UFG**. Além disso, possíveis parcerias com instituições do exterior também são visadas no projeto. “Pesquisadores da Argentina e da Alemanha já demonstraram interesse em trabalhar conosco em outros projetos similares, mas que não foram aprovados na ocasião. Agora existe grande chance de que essa parceira se concretize”, diz Zucolotto.

Extermínio amistoso ao meio ambiente

Moléstias, como o zika vírus, para serem combatidas, passam por três etapas distintas: o combate ao vetor, que é quem carrega e transmite o vírus, o combate ao microvetor, que está contido no vetor e, finalmente, o combate à doença transmitida.

Zika-_BagnatoA proposta de Bagnato, que se encaixa na linha temática “Desenvolvimento e avaliação das estratégias para controle de vetores em seus vários estágios de desenvolvimento”, mira no combate ao vetor do zika vírus, ou seja, no combate à larva do Aedes aegypti. E a maneira que isso será feito chama a atenção, justamente por ter como base uma das moléculas da curcumina, um dos componentes do açafrão, tempero comumente utilizado na culinária brasileira. “Colocaremos na água onde as larvas se desenvolvem uma molécula que é extraída da curcumina. Ao dissolvermos a curcumina na água, as larvas a absorvem. E, com a presença de luz do sol, ocorre uma fotorreação. A luz, em conjunto com essa molécula, mata as larvas”, explica Bagnato.

De acordo com o docente, a prova de conceito já foi realizada, isto é, já foi comprovado que a soma curcumina e luz do sol é capaz de matar as larvas do Aedes aegypti (clique aqui para mais detalhes). O próximo passo será a prova de campo, etapa durante a qual diversos testes serão feitos. “O interessante de nossa proposta é que as moléculas são biocompatíveis, não agredindo o meio ambiente e nem seres humanos. Se, porventura, uma pessoa ingerir curcumina, nada acontecerá, diferente dos inseticidas comuns utilizados para eliminar os mosquitos”.

Assim como na rede coordenada por Zucolotto, Vanderlei também conta com instituições parceiras para concretização do projeto, entre elas a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a empresa PDT Pharma.

No próximo dia 30 de novembro, ocorrerá o seminário Marco Zero, durante o qual todos os coordenadores dos grupos de trabalho da Rede Zika estarão reunidos em Brasília para discutir, entre outras coisas, os ajustes metodológicos e outros aspectos relacionados à execução dos projetos aprovados. Que o zero também chegue ao número de vítimas brasileiras do zika.

*Vetor do zika vírus, dengue e chikungunya

**Empresa Brasileira de Agropecuária, Fundação Oswaldo Cruz e Universidade Federal de Goiás

Assessoria de comunicação- IFSC/USP

28 de novembro de 2016

O que é mais vantajoso: 110 ou 220V?

De algum tempo para cá, estamos vendo entrar em extinção aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos que têm seu funcionamento com 220 volts. Mas, afinal, o que é mais vantajoso ao consumidor: aqueles que funcionam com 110 ou 220?

Luiz_Nunes-_110-220-1Para responder a essa pergunta, primeiramente é interessante entender melhor como funciona o circuito elétrico dentro dos aparelhos que comumente utilizamos em nosso dia a dia. Quando plugamos um aparelho eletrônico ou eletrodoméstico na tomada, há dois polos principais : em um deles entram elétrons e do outro saem elétrons. Durante essa travessia, o aparelho, ao servir de “intermediário”, é colocado em funcionamento. Ou seja, é essa travessia de elétrons de um polo para outro que ocorre dentro dos aparelhos é que aciona seus motores, aquece suas espirais etc.

Com essa simples definição em mente, podemos avançar para nossa pergunta inicial: o que é melhor, então, aparelhos que funcionam com 110 ou 220 volts? A resposta é: depende.

Tudo é relativo (e fiação)

Tecnicamente, não há diferença nenhuma. Seja em 110 ou em 220, o desempenho dos aparelhos e o mesmo e os fabricantes escolhem a voltagem de acordo com a disponibilidade de cada local. Em países europeus, por exemplo, a maioria das tomadas é de 220V, enquanto no Brasil e Estados Unidos predominam 110V.

Porém, não referente ao desempenho, mas à economia de energia, poderá haver desvantagens dependendo do aparelho escolhido. Como muitos sabem, os “vilões” das contas de luz são chuveiros, secadoras de roupas, secadores de cabelos, aquecedores etc. O que eles têm em comum? Precisam produzir calor e, por esse motivo, gastam muito mais energia. Nestes casos específicos, o 220V pode ser mais vantajoso. “Considerando-se alguns padrões de funcionamento, uma geladeira funcionando no 220V economiza menos de 10% de energia se comparada a uma de 110V. Mas já uma secadora de roupas ligada no 220V gasta, em média, 30% a menos, uma economia expressiva”, explica o docente do Grupo de Física Teórica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Luiz NuLuiz_Nunes-_110-220nes de Oliveira.

Para entender melhor essa economia de energia, imagine uma queda d´água, supondo que 110V represente uma queda d´água de um metro e 220V de dois metros. Quanto maior a queda, mais fácil se retirar energia. Comparando-se com exemplos reais, 220V exige a passagem de menos elétrons e, portanto, menor gasto energético nos fios que conduzem eletricidade até a tomada. “É a passagem de corrente elétrica que aumenta o gasto de energia, uma energia gasta à toa, diga-se de passagem, pois quanto mais corrente passa no fio, mais calor é gerado, que, inclusive, cresce com o quadrado da corrente”, exemplifica o docente.

Ou seja, se você dobrar a corrente, aumenta-se quatro vezes o calor que passa pelo fio, uma consequência indesejada e que pode causar até mesmo incêndios, em casos extremos.

Mas, na realidade, o que realmente influencia o maior ou menor gasto dos aparelhos elétricos é o fio por onde a energia passa. Se a fiação de uma casa for dimensionada de acordo com os padrões atuais, aparelhos de 110 e 220V trarão o mesmo gasto. E, para melhor entender essa premissa, façamos uma analogia: imagine um cano de PVC por onde passa água. Mas imagine que, em vez de água, passe mel por esse cano. Num cano mais grosso, o mel passará sem maiores dificuldades, enquanto num cano com diâmetro menor, a dificuldade será maior. “Se você construir uma casa e a fiação estiver de acordo com as normas, o gasto de energia no fio será insignificante. Mas há muitas casas que não possuem a fiação adequada e, por isso, a chance de maior gasto, bem como de curtos circuitos é grande”, elucida Luiz Nunes. “O mesmo vale para emenda de fios: se elas forem mal feitas, o gasto de energia quando a eletricidade passa por eles será maior. No caso de 220V, esse gasto será, realmente, quatro vezes maior”.

Alguns poréns

Qualquer aparelho elétrico consome energia de duas maneiras. Parte do gasto ocorre no próprio aparelho e esse consumo é o mesmo com 110V ou 220V. Um chuveiro, por exemplo, gasta eletricidade para esquentar a água. Seja com 110V, seja com 220V, a resistência no seu interior precisará da mesma energia para elevar a temperatura de, por exemplo, 15ºC a 40ºC, seja com 110 V ou 220V. Mas, para a eletricidade chegar até o aparelho, ela precisa correr pelos fios escondidos dentro das paredes, e os fios também gastam eletricidade.

O consumo nos fios depende da voltagem do aparelho. Se o aparelho funcionar a 110V, os fios gastarão quatro vezes mais energia do que se ele trabalhar a 220V. “Digamos que os fios gastem 10% da energia consumida por um chuveiro de 220V, os mesmos fios gastarão 40% da energia consumida por um chuveiro de 110V. Da mesma forma, se a fiação gastar 0,5% da energia consumida por um chuveiro de 220V, a mesma fiação gastará 2% da energia de um chuveiro de 110V. No primeiro caso, boa parte da conta de luz se deverá aos fios que alimentam o chuveiro, e será muito vantajoso trabalhar com 220V. No segundo, quase não haverá diferença entre 110V e 220V”, exemplifica o docente.

A questão, portanto, é quanta energia os fios gastam. Numa casa construída com os padrões modernos, a fiação é grossa o suficiente para tornar insignificante o consumo ao longo dos fios. Entretanto, muitas das casas construídas no século XX não seguiram esse padrão, e mesmo hoje muitas são construídas com instalações elétricas abaixo do padrão, pois o cobre dos fios custa muito caro. Outro problema são as conexões (emendas entre fios) mal feitas, que também consomem energia. Nesses casos, uma fração importante da conta de luz será gasta para aquecer os fios ou as conexões, sem nenhum resultado desejável. Aparelhos com 220V reduzirão esse gasto inútil em relação a aparelhos com 110V.

Por que, então, 110V tem predominado em alguns países, como o nosso?

Simplesmente por uma questão de segurança. Levar um choque de uma tomada de 220V é duplamente mais perigoso. De acordo com Luiz Nunes, ao colocar as mãos numa tomada, nós fazemos o papel dos aparelhos: servimos de intermediário para entrada e saída de elétrons. Mas, diferente dos aparelhos, não temos nenhum motor interno que aglomere toda essa energia e a devolva ao outro polo da tomada.

Visualize algo maior: a energia produzida na Hidrelétrica de Itaipu (PR). Até chegar a nossas casas, há um trajeto pelo qual ela passa no qual diversas alterações de voltagem são produzidas, tudo isso nos transformadores localizados nas linhas de transmissão. Até aí, são altíssimas voltagens, já que há muitas perdas energéticas pelo caminho. Somente nas subestações de distribuição é que essa voltagem é reduzida para, posteriormente, caminhar pela fiação dos postes e, finalmente, chegar aos interruptores domésticos (entenda melhor o processo clicando aqui).

Mesmo que as tomadas representem perigo, o maior número de acidentes, principalmente com crianças, ainda é nos fios de alta tensão. Quem já soltou pipa sabe bem do que estamos falando. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, em 2013 foram registrados dois óbitos diários causados por acidentes com eletricidade, além de 173 incidentes que não chegaram a matar, mas deixaram sequelas.

Assim fica mais fácil se conformar com uma conta de energia mais “rechonchuda”. Reduzir o perigo que está em nosso alcance diariamente é a melhor pedida, mesmo que financeiramente, em alguns casos, isso não pareça nem um pouco vantajoso.

Assessoria de Comunicação

28 de novembro de 2016

Os 110 anos do voo do “Oiseau de Proie III”

Uma sensacional experiência de aviação no Bosque de Bolonha – Santos-Dumont a bordo de seu avião

Este foi o título – com foto – estampado na capa da edição Nº 836 da publicação francesa Le Petit Journal (Paris) no dia 25 de novembro 2016 – um domingo – faz hoje precisamente 110 anos.

A notícia do jornal desse dia foi o principal motivo das conversas na capital francesa, relativa ao acontecimento que ocorreu no dia 19 de novembro de 1906, quando Santos Dumont, diante de uma multidão de testemunhas reunida no Campo de Bagatell – Bosque de Bolonha -, percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros no seu Oiseau de Proie III, constituindo um dos primeiros voos homologados pelo Aeroclube da França de um aparelho mais pesado que o ar. Foi, possivelmente, a primeira demonstração pública de um veículo levantando voo por seus próprios meios, sem a necessidade de uma rampa para lançamento.

A esse respeito, o Le Petit Journal escreveu a seguinte notícia nessa edição:

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Aquilo que é “mais pesado que o ar” acabou de dar um passo de gigante, um passo com 220 metros de extensão, e é a este senhor chamado Santos – Dumont, personalidade já famosa devido às suas experiências com balões dirigíveis, que a aviação deve este sucesso. Nos últimos anos, tem sido aqui, em Paris, que os sonhos e as pesquisas avançam para todos quantos acreditam no futuro da navegação aérea.

O protagonista desta ciência foi o alemão Lilienthal, morto depois de ter feito mais de dois mil experimentos. Enquanto isso, o capitão Ferber foi o primeiro francês que se elevou acima do solo, por meio de um avião. Os Estados Unidos tiveram, entretanto, o inventor Chanutte, cujo trabalho incidiu particularmente sobre as formas físicas que melhor garantissem a estabilidade de um avião; e, finalmente, os irmãos Wright, cujas experiências tiveram um impacto considerável. Em junho do ano passado foram testados, no nosso país, nomeadamente em Billancourt, o avião do Sr. Archdeacon, e em Mônaco o helicóptero de Maurice Léger. Finalmente, desde o início deste ano, o Sr. Santos-Dumont dedicou-se à máquina voadora desenvolvida e testada por ele com sucesso, no gramado de Bagatelle – Bosque de Bolonha.

Nossa gravura dá a fisionomia exata deste momento sensacional.

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Eram quatro horas da tarde. Na frente de uma grande multidão que se aglomerou depois de ter sido anunciada a data e hora da realização da experiência, o inventor iria finalmente lançar o seu pássaro gigante através do espaço. Os marcadores e os juízes cronometristas estavam já nos seus postos: atrás do pássaro, um carro estava igualmente preparado para arrancar, levando a bordo o juiz cronometrista E. Surcouf e Jacques Faure, este último com a missão de anotar a extensão e duração do voo. Santos – Dumont dá a partida ao motor e eis o que relatou, naquele momento, o Sr. Jacques Faure:

“Estou acomodado no carro, à disposição dos cronometristas. Concordamos nos posicionar a cerca de vinte metros do lado direito da aeronave, com Santos – Dumont já preparado para largar. Eu tenho uma pilha de pratos nas mãos, já que minha missão será jogar os pratos na grama a partir do momento em que a aeronave decolar até ela pousar. Assim, conseguirei, em terra, medir a distância que a aeronave percorrerá voando. Surcouf tem os olhos pregados em seu cronômetro. O motor de nosso carro ronrona suave, lentamente.

Subitamente, Santos faz um sinal e a aeronave começa a se mover; nós seguimos a poucos metros, na traseira do avião, por forma a não prejudicar as manobras. Santos percorre cerca de 40 metros e então começa a manobrar o leme e o aparelho, obedientemente, sai do chão. Deixo cair um primeiro prato, enquanto Surcouf aciona cronômetro. Estabilidade admirável, equilíbrio perfeito, sem alterações no rumo, sem oscilações. Santos faz subir a aeronave a uma altura que varia entre 4 e 6 metros. Fica 21 segundos no ar, desce e para no meio de uma multidão que grita de excitação“.

Santos-Dumont é envolvido pela multidão, que quase o arrasta para fora do carro que o transporta de regresso ao gramado, abraçando-o, cumprimentando-o. O Sr. Jacques Faure, que exulta o feito, iça Santos – Dumont em seus ombros, transportando-o em triunfo no meio das aclamações vibrantes, dizendo: “Viemos apenas medir o voo de um brasileiro heroico e destemido: FORAM 220 METROS”!

(Tradução: Rui Sintra)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de novembro de 2016

Eleição dos representantes discentes do IFSC

No próximo dia 6 de dezembro, terça-feira, ocorrerá a eleição para representantes discentes do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). A eleição, que ocorrerá por sistema eletrônico de votação, será realizada entre 8 e 17 horas.

Confira abaixo a relação dos candidatos inscritos:

Graduação

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Pós-graduação

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Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

25 de novembro de 2016

De anatomia à função, de diagnose a terapias

Em 25 de novembro, o Colloquium diei decorreu no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), com a palestra intitulada De anatomia à função, de diagnose a terapias: imagens (moleculares) em farmacologia, que foi ministrada pelo ex-aluno desta Unidade e pesquisador da nicolau300Novartis (Suíça), Nicolau Beckmann.

O desenvolvimento de um novo fármaco é um processo longo e repleto de desafios. Quanto mais informações se dispõem sobre o(s) mecanismo(s) de uma doença, maior é a probabilidade de encontrar uma terapia apropriada. Por outro lado, quanto melhor e mais cedo uma enfermidade puder ser diagnosticada, maiores são as chances de poder interferir no processo patológico com uma entidade química ou biológica. Esta premissa estabelece a base para o uso de técnicas de imagens no campo da farmacologia.

Neste colóquio, Beckmann discutiu e ilustrou a relevância dessas técnicas para a obtenção e quantificação de informação anatômica, funcional, metabólica ou molecular, no contexto da pesquisa farmacológica in vivo.

Entre 1979 e 1986, Beckmann desenvolveu a graduação e o mestrado, no IFSC/USP, tendo posteriormente realizado o doutorado e o pós-doutorado na Universidade de Basel, na Suíça.

Atualmente, desenvolve pesquisas na empresa Novartis, onde utiliza técnicas de imagens para analisar o desenvolvimento de doenças e o efeito de fármacos experimentais.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de novembro de 2016

Bolsas de Mobilidade Internacional para Alunos de Graduação

A Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani) abriu o edital do Programa de Bolsas Santander deAUCANI_LOGO Mobilidade Internacional para Alunos de Graduação USP, que oferece 23 bolsas para intercâmbio no 1º semestre de 2017.

As inscrições deverão ser realizadas pela CRInt da Unidade até às 12h do dia 12 de dezembro de 2016, pelo Sistema Mundus (CLIQUE AQUI) – Edital nº 597.

O estudante interessado deverá consultar a CRInt/CCInt de sua unidade sobre os critérios e procedimentos para candidatura.

Todas as dúvidas devem ser enviadas exclusivamente pelo Fale Conosco, do Sistema Mundus (Assunto Editais – Intercâmbio).

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de novembro de 2016

Hydrodynamics with polarization

A derivação do limite hidrodinâmico ideal de um fluído com polarização líquida de graus de liberdade microscópicos foi discutida pelo Prof. Dr. Giorgio Torrieri, da Universidade GIORGIO_300Estadual de Campinas (UNICAMP), em sua palestra intitulada Hydrodynamics with polarization, que ocorreu no âmbito do High-Energy Physics Seminars , na tarde do dia 24 de novembro, na sala 3 do prédio da administração do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Especializado em fenomenologia de colisões ultra-relativísticas de íons pesados, hidrodinâmica e mecânica estatística relativista, cromodinâmica quântica e em sistemas fortemente correlacionados, o Prof. Torrieri é graduado em física pela Universidade de Oxford (Reino Unido), mestre pela Universidade de Birmingham (Reino Unido) e doutor pela Universidade do Arizona (EUA), tendo desenvolvido pós-doutorados na Universidade de McGill (Canadá), Universidade JW Goethe (Alemanha) e na Universidade Columbia de Nova Iorque (EUA). Hoje, o docente atua no Instituto de Física Gleb Wataghin da UNICAMP.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de novembro de 2016

“Das margens para o centro – A história da segunda revolução quântica

Dia 29 de novembro será a última edição do programa Ciência às 19 horas do ano 2016, evento que ocorrerá às 19 horas, no quantumAuditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP) e que terá como palestrante o Prof. Dr. Olival Freire Jr., docente e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Na circunstância, o convidado abordará o tema Das margens para o centro – A história da segunda revolução quântica.

O docente apresentará um histórico sobre os aspectos intelectuais e contextuais associados à renovação da pesquisa sobre os fundamentos da física quântica, aspectos a que o físico francês Alain Aspect chamou de A segunda revolução quântica.

A entrada para este evento é livre e aberta a todos os interessados.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de novembro de 2016

Probing superfluidity to normal phase transition

Pelas 10h45 do dia 23 de novembro, a docente do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (campus de Araraquara), Profa. Dra. Vivian França Henn, participou do Journal Club que ocorreu na sala F-210 do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tendo apresentado o seminário Probing superfluidity to normal phase transition through metric spaces in spin-imbalance systems.

A docente é graduada em física pela VIVIAN_250Universidade Estadual de Londrina (UEL), mestre pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e doutora na mesma área pela USP. Ela desenvolveu pós-doutorado tanto no IFSC/USP, como na Universidade de Freiburg, na Alemanha, tendo estagiado na Universidade de York, na Inglaterra. Hoje, ela é docente do Departamento de Físico-Química do Instituto de Química da UNESP.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

23 de novembro de 2016

Orientação técnica educacional norteou encontro no IFSC

Na tarde de 21 de novembro, alunos de licenciatura em ciências exatas e professores da educação básica se acomodaram no Auditório “Professor Sérgio Mascarenhas” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), onde participaram do encontro denominado Orientação Técnica Educacional.

Promovido pelo educador do IFSC, Herbert Alexandre João, o evento trouxe palestras ministradas pelos Profs. Drs. Márlon Pessanha, do Departamento de Metodologia de Ensino da Universidade Federal de São Carlos (DME/UFSCar), e Maurício Pietrocola, da Faculdade de Educação da USP (FE/USP).

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Na apresentação intitulada Princípios no planejamento didático reflexivo e exemplos de atividades envolvendo tópicos previstos no currículo do estado de SP, o Prof. Márlon falou sobre a “Prática baseada no design”, um modelo de planejamento didático, elaborado para promover a aproximação entre conteúdos teóricos e práticos.

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Pelas 16h, Maurício Pietrocola, que participou do desenvolvimento dos Cadernos do Aluno do estado de São Paulo, dissertou sobre Cultura Científica e Cultura Didática: Os desafios do Ensino de Física em Sala de Aula, tendo abordado principalmente a interação entre aluno e professor, numa perspectiva sociocultural, haja vista que, segundo ele, ambos partilham significados e símbolos do ambiente onde se inserem.

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Herbert explicou que o encontro foi uma das iniciativas que o IFSC tem desenvolvido para manter uma relação bastante próxima entre os profissionais da educação básica e os pesquisadores da Universidade, para que esses professores possam eventualmente vislumbrar novas formas de ensino de ciências nos ensinos fundamental e médio e, inclusive, uma formação continuada ou em nível de pós-graduação.

É através de iniciativas, como este encontro, que o IFSC também tem divulgado outras atividades de interesse aos educadores, como a 22ª edição do evento bianual intitulado Simpósio Nacional de Ensino de Física – XXII SNEF, que ocorrerá entre os dias 23 e 27 de janeiro de 2017, no IFSC/USP. “É importante que os professores se motivem a ter contato com colegas de todo o Brasil, discutindo em torno do ensino de física e do que se pode melhorar nesse sentido”, enfatizou Herbert.

Muitos alunos em uma única sala de aula e pouco tempo para ministrar todo o conteúdo exigido pelo estado são, para parte dos professores que participou do encontro, alguns dos principais desafios que os educadores enfrentam ao ensinar física ou ciências gerais.

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James Colemam Alves foi aluno do IFSC, através do curso interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, e participou do encontro. Hoje, ele ensina física na Escola Estadual Joaquim de Toledo Camargo, em Itirapina (SP). Em quatro oportunidades, trouxe seus alunos para participarem do programa do IFSC intitulado Universitário Por Um Dia (1Dia), em que visitantes vivenciam a rotina acadêmica dos estudantes uspianos.

Embora acredite viver numa região privilegiada do Brasil, James confessou que o tempo é o seu grande inimigo, quando tenta ensinar física. “É sempre bom buscar novos truques com quem ajudou a elaborar os Cadernos do Aluno do estado [referindo-se ao Prof. Maurício Pietrocola], porque as perspectivas metodológicas desses materiais demandam mais horas de aula do que já tenho disponível semanalmente, para poder passar o conteúdo completo aos alunos”.

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Eduardo Kakuda é professor de ciências na Escola Estadual Sebastião de Oliveira Rocha, em São Carlos. O docente, que também foi aluno do IFSC, mantém uma parceria com a Unidade, através do Cientista do Amanhã, um programa de Iniciação Científica Júnior idealizado pelo Instituto de Física de São Carlos.

Há vinte anos ministrando aulas, o maior desafio de Eduardo – em sala de aula – é o grande número de alunos que há em cada turma, cuja maioria não tem uma base matemática fortificada, dificultando a transformação de fenômenos científicos em linguagens matemáticas. “É importante para nós, professores, somarmos novas metodologias de ensino em nosso dia a dia, porque precisamos inovar sempre”.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de novembro de 2016

Atualização da Produção Científica do IFSC

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em outubro de 2016, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC, no periódico CrystEngComm.

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Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

22 de novembro de 2016

Análise de Documentação em Janeiro de 2017

O Presidente da Comissão de Pós-Graduação do IFSC/USP/CPG, Prof. Dr. Valmor Mastelaro, informa que não haverá análise de nenhuma documentação pela CPG no período de 06 a 23/01/2017, por motivo de férias do Presidente e Vice-presidente da citada Comissão.

Destacamos, em especial, que toda e qualquer documentação relativa a defesa de Tese ou Dissertação previstas para ocorrerem no mês de fevereiro de 2017, seja entregue na Secretaria de Pós-Graduação até 04 de janeiro de 2017.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

22 de novembro de 2016

Resultados de pesquisas e o papel das universidades

“As universidades precisam se preocupar em fazer pesquisa de qualidade e, também, que essa pesquisa aponte para a melhoria de aspectos negativos ou deficitários das sociedades em que estão inseridas”, disse Judith Sutz, coordenadora da Comissão Setorial de Pesquisa Científica da Universidad de la República (UDELAR), no Uruguai.

Segundo Sutz, são diferentes os desafios, as dificuldades e os estímulos para fazer ciência de forma a avançar a fronteira do conhecimento e fazer ciência buscando endereçar diretamente demandas da sociedade, como, por exemplo, a diminuição da desigualdade.

Nesse cenário, a transformação do sistema de avaliação acadêmica é “uma necessidade para a saúde da ciência e para sua robustez social”, ela destacou na FAPESP Week Montevideo, realizada dias 17 e 18 de novembro de 2016 na capital uruguaia. O evento foi organizado pela FAPESP em colaboração com a UDELAR e a Asociación de Universidades Grupo Montevideo (AUGM).

“Sendo a pesquisa uma atividade nacional e, cada vez mais, internacional, somente concebível por meio do trabalho cooperativo de pesquisadores de todo o mundo, o sistema de estímulos e as modalidades de avaliação da atividade acadêmica exigem o estabelecimento de pelo menos alguns critérios em comum”, disse.

Sutz sugere que as universidades trabalhem na construção de um sistema de avaliação à altura dos desafios atuais. “A partir de nossas casas, que são as universidades de nossos países, passaríamos a trabalhar com pesquisadores de instituições de todas as partes”, disse.

Outro participante do painel “Pesquisa na Universidade” foi Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, que destacou que no mundo todo há uma crescente pressão para que as universidades produzam, em pesquisa, resultados orientados cada vez mais pelo curto prazo. “Esquece-se que o efeito de universidades na sociedade é, em geral, mediado pelas pessoas bem educadas que forma, e que vão trabalhar em empresas, governos, institutos de pesquisa orientados a objetivos específicos;”

“Essa pressão acaba se tornando um fator desafiador para a atividade de pesquisa e educação nas universidades e pode acabar prejudicando aquele que deveria ser o foco de toda boa universidade: educar bem seus alunos. É por meio de seus estudantes, educados num ambiente exposto à pesquisa avançada e estimulador do conhecimento e da curiosidade que universidades mudam o mundo”, disse.

“Se as universidades não estimularem a curiosidade intelectual, não formarem novas gerações de estudantes educados nos mais elevados referenciais acadêmicos e que por isso vão transformar seus países, para que elas servirão?”, disse.

Segundo Daniel López, vice-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da Universidad de Playa Ancha, no Chile, é importante lembrar os valores culturais, formativos e de apoio ao desenvolvimento das universidades. Mas, ele ressaltou, elas não devem atuar sozinhas.

“Diante da urgência das demandas da sociedade, as universidades precisam cada vez mais utilizar a cooperação, seja para priorizar pesquisa de qualidade, pela articulação de cientistas, seja para promover a cultura científica”, disse.

Outros pontos lembrados por López são “efetuar alianças público-privadas para o desenvolvimento mediante a inovação tecnológica e social” e gerenciar o conhecimento em busca de sua valorização – como na formação de empresas incubadas.

(Com informações da FAPESP)

Saiba mais sobre a FAPESP Week Montevideo, clicando AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP