Notícias

29 de janeiro de 2018

Nomeação de novos membros para o Conselho Superior do órgão

Em decreto publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo de 24 de janeiro de 2018, o governador Geraldo Alckmin nomeou novos membros do Conselho Superior da FAPESP.

Foram nomeados para mandatos de seis anos, indicados pela Universidade de São Paulo (USP), os professores José Goldemberg, Marco Antonio Zago e Ignácio Maria Poveda Velasco.

O Prof. Goldemberg, atual presidente da FAPESP, foi reconduzido ao Conselho Superior da Fundação, enquanto os Profs. Zago e Velasco assumirão seus cargos após 18 de abril de 2018.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de janeiro de 2018

Relatório aponta melhora na produção científica do Brasil (2011-2016)

A elaboração de um relatório subordinado ao título Research in Brazil, produzido pela equipe de analistas de dados da Clarivate Analytics para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), apresenta elementos que confirmam uma significativa melhora de desempenho da pesquisa brasileira no período compreendido entre os anos de 2011 e 2016.

Os dados analisados foram obtidos do InCites, plataforma analítica baseada nos documentos (artigos, trabalhos de eventos, livros, patentes, sites e estruturas químicas, compostos e reações) indexados na base de dados multidisciplinar Web of Science, editada pela Clarivate Analytics, um trabalho que anteriormente era produzido pela Thomson Reuters).

O citado relatório, cujas considerações estão devidamente desenvolvidas e explicadas no Portal do SIBi/USP, procura responder a perguntas sobre como a pesquisa brasileira está mudando e como o desempenho foi afetado por mudanças na política e no financiamento. Usando a bibliometria para analisar documentos de pesquisa brasileiros publicados entre 2011 e 2016, foram identificados pontos fortes e oportunidades para a política de pesquisa e ciência brasileira.

Além dos dados de desempenho global, o relatório contém apêndices que apresentam informações metodológicas e perfis dos estados brasileiros mais produtivos.

Para acessar esta matéria, na íntegra, clique AQUI.

(In: Portal SIBi/USP – Acontece)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de janeiro de 2018

Colaboração entre Espanha e IFSC sobre estudo de peixes elétricos

A neurociência é uma área que tem ganhado grande destaque nos últimos tempos, especialmente em razão de novos estudos multidisciplinares e pesquisas relacionados à inteligência artificial. A neurobiofísica, por sua vez, é um dos ramos da neurociência, que se utiliza de ferramentas da física para estudar  certos fenômenos biológicos, entre eles o funcionamento do sistema nervoso de seres vivos, incluindo seres humanos. “A Neurobiofísica busca uma ‘compreensão capaz de permitir a elaboração de modelos realistas que funcionem como os sistemas vivos’”, explica Lírio Onofre Batista de Almeida, pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Um dos grandes desafios nessa área de estudos é encontrar respostas para explicar como se dá o processamento de informações pelo cérebro humano. “Nossos pensamentos são feitos de pulsos elétricos e neurotransmissores químicos, que carregam informações de uma célula nervosa para a outra. A estrutura dos pulsos elétricos e o modo como as informações são codificadas e transmitidas de um neurônio a outro é o que pesquisadores da área tentam encontrar. Porém, a complexa e numerosa rede de conexões entre estas células nervosas torna esta tarefa muito difícil”, diz Lírio.

Um dos caminhos para encontrar tais respostas é a realização de experimentos com sistemas nervosos mais simples do que o dos humanos. Com essa estratégia em mente, Lírio, que já trabalha com pesquisas na área de neurobiofísica há mais de uma década, já fez estudos do cérebro de moscas e, atualmente, pesquisa o sistema nervoso de tuviras, peixes que utilizam pulsos elétricos para comunicacao e localização (enxergar) em águas escuras.

Em colaboração com pesquisadores do Grupo de Neurocomputação Biológica da Universidad Autónoma de Madrid, ele estudou o peixe elefante, que também tem em seu arsenal sensorial emissores e sensores elétricos, mas que só existe no hemisfério Norte. O objetivo do estudo foi explorar a visão do peixe, que tem grande sensibilidade a movimentos, mesmo com muito pouca luz, funcionando como um mecanismo de defesa para esses peixes. “Nosso estudo tentou entender a interação da parte visual dos peixes elefantes com o sistema elétrico dos mesmos. Implementamos um protocolo experimental em closed loop, ou seja, inserimos estímulos visuais estruturados em função das respostas elétricas do próprio peixe em tempo real, para verificar como ele respondia a isso”, elucida.

Peixe elefante elétrico

Ao realizar os experimentos com os peixes elefantes, Lírio e seus colaboradores exploraram o processamento sensorial multimodal, e verificaram que eles responderam mais fortemente aos estímulos de luz quando seus sinais elétricos também eram estimulados, resultado já esperado pelos pesquisadores. “O peixe se comporta de uma maneira totalmente diferente nesse caso. Foi interessante estudar esse peixe, pois ele possui os chamados ‘neurônios multimodais’, que são capazes de processar informações vindas de vários elementos de diferentes naturezas sensoriais. O trabalho foi inovador nesse sentido”, conta Lírio.

O estudo rendeu uma apresentação de resumo na 26ª edição do Encontro de Neurociência Computacional (clique aqui para acessar). Lírio conta que a continuidade deste estudo já está sendo feita no IFSC, mas dessa vez tendo novamente as tuviras como protagonistas. “As tuviras, no entanto, não respondem tão bem como os peixes elefantes aos estímulos visuais, portanto é difícil conseguir aplicar a mesma metodologia, explorando a característica multimodal. Além disso, estamos realizando outros experimentos com as tuviras, de natureza mais comportamental, tentando verificar qual a estratégia de comunicação elétrica entre elas”, conclui Lírio.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

24 de janeiro de 2018

Aprovados no Sisu deverão fazer matrícula nos dias 5, 6 e 7 de fevereiro

O candidato aprovado na chamada regular do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o ingresso na Universidade, deverá fazer sua matrícula presencialmente na USP nos dias 5, 6 e 7 de fevereiro. O Ministério da Educação (MEC) divulgará o resultado no próximo dia 29 de janeiro.

O aluno classificado deverá apresentar o certificado de conclusão do Ensino Médio ou diploma de curso superior (para os candidatos que já concluíram uma graduação); o histórico escolar; um documento de identidade oficial e uma foto 3×4 recente.

O candidato que se autodeclara preto, pardo ou indígena (PPI) deverá, no ato da matrícula, assinar formulário de autodeclaração confirmando a informação prestada no processo de inscrição como pertencente ao grupo PPI.

A matrícula deverá ser feita na Unidade de Ensino e Pesquisa para qual foi o candidato foi aprovado (clique AQUI para acessar a lista completa dos locais). Também está disponível no site da Pró-Reitoria de Graduação o cronograma completo referente à lista de espera e às demais chamadas do Sisu.

Nota mínima

Em 2018, na USP, foram reservadas 2.745 vagas para o Sisu, que estão distribuídas em três modalidades: 423 serão para ampla concorrência; 1.312 para estudantes que tenham cursado o ensino médio integralmente em escolas públicas; e 1.010 para alunos oriundos de escolas públicas e autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI). Em relação ao vestibular de 2017, houve aumento de 407 vagas.

Neste ano, todas as 42 Unidades de Ensino e Pesquisa da USP disponibilizaram vagas para o Sisu, sendo que três delas aderiram ao sistema pela primeira vez: a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), a Faculdade de Medicina (FM) e o Instituto de Física (IF). Nos links a seguir estão publicadas as tabelas com a distribuição das vagas por área:

Humanas

Exatas

Biológicas

Clique AQUI e confira as notas mínimas para cada um dos cursos oferecidos pela USP.

(Com informações do Jornal da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

19 de janeiro de 2018

Biblioteca do IFSC/USP seleciona estagiário: estágio de seis meses

A biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está com uma vaga aberta para contratação de um estagiário para trabalhar por seis meses, a partir de 19 de fevereiro. O candidato deve ser aluno de graduação da USP a partir do 2º ano, e ter disponibilidade para estagiar por 20 horas semanais, no período noturno.

Os interessados em participar da seleção deverão entregar pessoalmente na biblioteca do IFSC ou enviar ao e-mail bib@ifsc.usp.br os seguintes documentos: currículo simplificado e histórico escolar atualizado, gerado pelo sistema Jupiter.

Para mais informações, basta entrar em contato pelos telefones (16) 3373-9778 ou 3373-8063.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

5 de janeiro de 2018

Projeto de pesquisador do IFSC/USP é selecionado pelo Instituto Serrapilheira

O docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Rafael Guido, foi um dos sessenta e cinco contemplados com o financiamento do Instituto Serrapilheira, primeira instituição privada de fomento à pesquisa no Brasil.

Através de sua primeira chamada pública, o instituto irá fornecer até R$ 100 mil para que os cientistas apresentem a viabilidade de suas ideias durante 2018. As bolsas foram disputadas por 1.955 candidatos, de 331 instituições, distribuídas por 26 unidades federativas do País. Um dos critérios para a seleção foi o ano de conclusão do doutorado: só puderam participar os que terminaram há, no máximo, dez anos. Foram aprovados aqueles que apresentaram as propostas mais ousadas.

A USP foi a instituição com o maior número de pesquisadores selecionados, sendo que entre eles está Rafael Guido, com um projeto na área de Química e Ciências da Vida.

Para mais informações sobre o resultado da seleção, clique AQUI.

(Com informações do Jornal da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de janeiro de 2018

Atualização da Produção Científica do IFSC/USP: dezembro 2017

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em novembro de 2017, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC/USP, no periódico The Astrophysical Journal Letters.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

22 de dezembro de 2017

Uma referência mundial de ensino dentro do Instituto de Física de São Carlos

Embora a sistema educacional brasileiro quase sempre ande na contramão das tendências mundiais, uma das ações de ensino realizada no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) vai ao encontro delas: trata-se dos Laboratórios Avançados de Física (LAvFis), sediados no prédio dos Laboratórios de Ensino de Física (LEF-IFSC/USP).

A criação dos LAvFis remonta à década de 1970, quando o docente sênior do IFSC, Máximo Siu Li, iniciava sua carreira docente no já extinto Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC/USP). “Nessa época, esses laboratórios eram chamados de ‘Laboratórios de Estrutura da Matéria’, nos quais eram realizadas práticas de disciplinas que englobavam esse tema. A alteração da nomenclatura para ‘Laboratórios Avançados’ se deu em razão dos novos equipamentos adquiridos, e pelo maior número de experimentos que passaram a ser realizados”, relembra.

Desde então, os LAvFis tiveram uma evolução expressiva, e contaram com a colaboração de muitos docentes do IFSC, estando na raiz de sua fundação, por exemplo, Horácio Panepucci, Rene Ayres Carvalho e Robert Lee Zimmerman.

Para o que e para quem

Passados muitos anos, e contando com a colaboração de muitos docentes e funcionários do IFSC para seu aprimoramento, os Laboratórios são hoje uma referência nacional e internacional em práticas de ensino.

Foto tirada nos LAvFis em 2003. À esquerda, o professor Máximo, acompanhado de alunos de graduação do IFSC (Créditos: Danielle Jacinto)

Atualmente, os LAvFis oferecem práticas para 28 experimentos, tendo como objetivo principal a realização e a análise de experimentos históricos, cujos primeiros executores foram famosos nomes da Física- grande parte deles ganhadores de prêmios Nobel.

Embora práticas em laboratório sejam realizadas pelos alunos do IFSC desde seu primeiro ano de graduação, as práticas dos LAvFis costumam ser feitas apenas por alunos dos últimos anos dos cursos, e o grande diferencial é que elas englobam praticamente toda a teoria e a prática aprendidas durante os anos anteriores. “Nesse momento, nós sempre esperamos que o aluno consiga aplicar eficientemente todos os conhecimentos adquiridos desde o primeiro ano de curso, especialmente no que diz respeito às técnicas experimentais”, afirma Marcos José Semenzato, funcionário do IFSC e responsável pelo suporte técnico dos LAvFis há 15 anos. “Nesses laboratórios, os alunos poderão praticar e experimentar os fundamentos ensinados nos anos anteriores. A dificuldade experimental é o que gera o envolvimento do aluno”.

Os experimentos envolvem desde conceitos históricos de Física (determinação da velocidade da luz e carga de elétrons, por exemplo) até técnicas mais avançadas que, na grande maioria das universidades, estão disponíveis apenas em cursos de pós-graduação. Além disso, os alunos são constantemente cobrados no sentido de utilizar corretamente a instrumentação associada a cada experimento e, principalmente, saber como e por que os equipamentos empregados funcionam. “Nos Laboratórios de Física I, II, III e IV, os alunos recebem uma ‘receita de bolo’, com um passo a passo do que deve ser feito. Nos LAvFis, nós damos o pontapé inicial, com apenas sugestões de ações a serem adotadas. Mas é o aluno quem determina a maneira que o experimento será feito”, explica Antonio Ricardo Zanatta, docente do IFSC e um dos atuais coordenadores dos LAvFis[T1] .

Os LAvFis atendem entre 40 e 50 alunos por semestre, sendo que as práticas são realizadas durante dois semestres no total. Munidos de apostilas individualizadas de cada experimento, e contando com o auxílio dos técnicos e docentes, os alunos passam nos LAvFis oito horas por semana, imersos nos experimentos.

Além dos experimentos, eles também elaboram pré-relatórios e relatórios semanais, que são apresentados oralmente a uma banca composta por três docentes (normalmente, os docentes responsáveis pelos LAvFis), totalizando dez apresentações orais por semestre[T2]. “Antes de cada experimento, as equipes apresentam um pré-relatório a fim de indicar se estão aptos, ou não, a realizar o experimento. Caso positivo, as equipes iniciam a realização da prática, com duração estimada de 1 a 2 semanas, ao final da qual apresentam o relatório final. Em seu formato atual, cada equipe de alunos perfaz um total de cinco diferentes experimentos por semestre. As apresentações duram cerca de 20, 30 minutos, e nada é feito de forma escrita. A arguição é oral e individualizada”, explica Zanatta.

Por meio de tantas práticas e de tantos “rituais” de ensino realizados nos LAvFis, os alunos adquirem ‘segurança experimental’. “Muitas vezes, somos surpreendidos pelos alunos, pois deixamos as propostas experimentais previamente prontas e os alunos desmontam tudo para remontar sua própria proposta. É maravilhoso quando iniciativas assim acontecem”, diz Marcos.

Ele reafirma que tais práticas preparam os alunos para uma pós-graduação, na qual rotinas desse tipo são frequentes. Imersos nesses experimentos e tendo conhecimento sobre como expressar bons resultados, esses alunos são preparados para a pós-graduação para qualquer lugar do Brasil. “Tentamos, através dessas práticas, aproximar mais o aluno de um ambiente de pesquisa do que de um ambiente de graduação”, conta Marcos. “Os experimentos são todos formatados para que os alunos consigam vencer essa etapa. Nossa preocupação é formar um aluno que tenha conduta e conhecimento para discutir resultados experimentais e ter, ao mesmo tempo, consciência do método experimental no qual ele está inserido, e qual é a técnica que está sendo utilizada”.

Embora os estudantes tenham autonomia total para a realização dos experimentos, de acordo com Zanatta, a intervenção dos docentes e técnicos é de suma importância. “Temos um programa extenso a ser cumprido, e o que define os LAvFis é a análise detalhada dos resultados experimentais, e também damos orientações nesse sentido. E caso o aluno tenha realmente vontade de crescer e desenvolver esse tipo de habilidade, nós estaremos aqui para acompanhá-lo de perto e estimulá-lo”, afirma.

Marcos diz que sua contribuição caminha no sentido do ensinar, conduzindo os experimentos, trazendo sugestões e, sobretudo, tranquilidade ao aluno. “Quando o aluno sente-se acolhido, ele adquire confiança, não somente em nós, mas naquilo que ele está fazendo. A partir daí, ele começa a obter resultados experimentais encorajadores”, diz.

Um grande diferencial de ensino

Com esse formato de ensinar, as práticas realizadas nos LAvFis são únicas, e reconhecidas inclusive em território internacional. “Acredito que esse formato de laboratório seja único, principalmente no que se refere à infraestrutura. O professores estrangeiros que nos visitam afirmam que em suas universidades não há nada parecido com os LAvFis. Tivemos muitos alunos que fizeram intercâmbio no exterior, e nos relataram ter feito apenas uma prática durante o semestre. Aqui, cada equipe de alunos costuma fazer ao menos cinco”, conta Zanatta.

Da esq.: Marcos Semenzato, Zanatta e Danielle Jacinto (responsável pela alimentação e atualização da página do LAvFis)

Outro diferencial de ensino nos LAvFis diz respeito ao chamado Tópicos Especiais, atividade semanal que reúne todos os envolvidos dos LAvFis (alunos, docentes e suporte técnico), e durante a qual os alunos fazem apresentações orais aos próprios colegas. “Se não temos massa crítica para essas apresentações, convidamos algum pesquisador, normalmente do IFSC, para falar sobre algum tema científico relacionado”, explica Zanatta.

Marcos afirma que, a cada apresentação, é possível observar a evolução dos alunos. E mesmo que alguns não consigam se tornar especialistas em apresentar seminários, o mínimo que será conseguido é uma boa desinibição. “Falar em público é muito difícil. As apresentações orais ajudam o aluno a vencer esse medo e, sobretudo, enxergar a importância de se comunicar bem, algo que é importante em qualquer área do conhecimento”, diz.

Máximo, que acompanhou desde o princípio a evolução dos LAvFis, e desempenhou papel fundamental para que ela fosse possível, afirma que o interesse do aluno é a condição principal para o sucesso das atividades. “Muito dinheiro público foi aplicado aqui, e temos a obrigação de conscientizar o aluno sobre isso e nos esforçar para que ele realmente se envolva e se dedique às atividades”, diz.

Mas ele afirma que o reconhecimento dos alunos é algo que, de fato, concretiza-se, e o formato da disciplina permite uma interação bastante grande entre eles e os professores. “No formato tradicional de aulas, essa aproximação não é tão grande. Nesse sentido, ficamos muito satisfeitos, pois podemos ver de perto o reconhecimento dos estudantes”.  

Fazendo um apanhado geral de todas as ações realizadas nos LAvFis, que foram descritas anteriormente, é possível notar que tais práticas congregam características que vão ao encontro daquelas já utilizadas largamente em países considerados potências em educação, a exemplo da valorização do trabalho em grupo, o estímulo à autonomia do aluno, as atividades “mão na massa” e o desenvolvimento das habilidades orais e escritas. Traz certo alívio saber que, mesmo em um país no qual as práticas de ensino parecem estar distantes do ideal, ainda exista uma referência mundial em ensino.

[T1]Atualmente, coordenam também os LAvFis o docente Osvaldo Novais de Oliveira Jr., e o docente sênior Máximo Siu Li

[T2]Cinco para os relatórios e cinco para os pré-relatórios

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

18 de dezembro de 2017

Uma década de Clube de Ciências

O último dia 6 de novembro foi bastante especial para a professora Leila Beltramini, docente sênior do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e coordenadora das atividades de educação e difusão científica do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar/FAPESP), sediado no IFSC. Nesta data foi realizado o workshop do Clube de Ciências, projeto desenvolvido no Espaço Interativo de Ciências (EIC), anexo ao Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC/USP), e sede de tais atividades do CIBFar.

Alunos do Clube de Ciências durante a apresentação de pôsteres

Mas não foi somente por essa razão que a data foi especial. Além de comemorar a atividade final do projeto, os alunos, docentes e monitores que se reuniram no espaço de convivência “Horácio Panepucci” celebraram também uma década de atividades do Clube de Ciências.

O clube conta com a colaboração e dedicação da educadora do IFSC, Gislaine Costa do Santos, com bolsistas do Programa Unificado de bolsas da USP, alunos de graduação do curso de Licenciatura em Ciências Exatas, que atuam como monitores, e nos anos iniciais contou com a participação da professora Nelma Bossolan, também do IFSC. O Clube de Ciências tem duração de um ano letivo, durante o qual os participantes, alunos dos últimos anos do ensino fundamental e do ensino médio de escolas públicas de São Carlos, realizam experimentos seguindo os critérios do método científico. Além dos encontros semanais, em que propõem, desenvolvem, observam, coletam dados, analisam e discutem os experimentos, os clubistas participam ativamente de outras atividades, como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) e viagens científico/culturais em outras cidades do estado. “O clube tem como principal objetivo estimular e ‘descobrir’ jovens talentosos, oriundos de escolas públicas, a conhecerem e vivenciarem as diferentes faces da Ciência, estimulando-os para que se empenhem a entrar em universidades públicas no futuro. Temos acompanhado os ex-clubistas do ensino médio, e cerca de 80%, ingressam em universidades públicas”, comemora Leila. “Colecionamos declarações em que os clubistas afirmam que o Clube de Ciências foi, de fato, um divisor de água nas escolhas de seus cursos de graduação, quer sejam eles na área de exatas ou biológicas. Para nós estes são os ‘gols’ mais preciosos do trabalho de educação e difusão científica do CIBFar”.

Perspectivas para os próximos anos

Durante os dez anos de existência do Clube de Ciências, a equipe colecionou uma infinidade de bons momentos e resultados positivos. Para Leila, algo realmente marcante durante os anos foi testemunhar a interação e participação dos alunos, resultante da socialização que também é trabalhada no Clube. “Alguns clubistas chegam para nós como ‘alunos problemas’ em suas escolas. Através das atividades desenvolvidas, conseguimos entrosar esses alunos com seus colegas. A socialização que o Clube traz certamente é mais um diferencial”, diz.

Há alguns anos, bolsas de pré-iniciação científica eram oferecidas aos clubistas que se destacavam. “Convidávamos esses alunos para estagiar nos laboratórios do Grupo de Biofísica, orientados por doutorandos ou pós-doutores. Já tivemos cerca de dez alunos contemplados por essas bolsas, e todos eles foram para a universidade”, relembra.

Porém, em razão das verbas reduzidas nos últimos dois anos, as bolsas não foram mais disponibilizadas, mas Leila afirma que pretende resgatá-las assim que possível, o que pode ser viabilizado em 2018 graças a uma parceira do Clube de Ciências com a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, através da Diretoria Regional de Ensino de São Carlos. “Estamos tentando ‘reativar’ esse lado da pré-iniciação científica, que também é muito gratificante, além de servir como um estímulo a mais para os alunos”, finaliza a docente.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

15 de dezembro de 2017

Clube de Astronomia do IFSC e seu primeiro ano de sucesso

No início do ano letivo de 2017, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), por iniciativa da aluna do curso de Física Computacional, Vitória Baldan, fundou o Clube de Astronomia (CAIFSC).

Aberto a todos os estudantes interessados pelo tema, o Clube, desde que foi inaugurado, já promoveu diversas palestras, perpassando por diversos tópicos de cosmologia e astrofísica, como, por exemplo, sistema solar, estrelas, galáxias etc. “A ideia principal, na realidade, era trazer conhecimento desses temas aos próprios membros do Clube, para que uma base concreta de conhecimentos fosse formada e, a partir dela, pudéssemos avançar com outros projetos”, recorda Vitória.

Parte dos membros do CAIFSC em uma das visitas em campo na área II (créditos: CAIFSC)

Os membros do CAIFSC reúnem-se semanalmente, todas as quintas-feiras, às 18 horas, na sala 146 (LEF-IFSC/USP). “Nossas reuniões são abertas a qualquer interessado. Normalmente, algum membro da organização ministra uma palestra, que é seguida de debates”, explica. “Como as palestras podem se tornar cansativas para algumas pessoas, mesclamos os encontros entre palestras e workshops, sendo que no segundo caso todos participam ativamente. Em nosso último workshop, por exemplo, ensinamos os participantes a programar para astronomia em Python”.

Outra ação “mão na massa” do CAIFSC são as visitas em campo realizadas na área II da USP São Carlos, iniciativa que ocorre duas vezes por semestre. “Ficamos acampados em um local do campus onde conseguimos visualizar chuva de meteoros”, conta Vitória.

Entre palestras, workshops, e um time de estudantes entusiasmado pela astronomia, surgiu um novo projeto para o Clube: a construção de um telescópio dobsoniano, que será montado pelos “sócios” do CAIFSC. “Fizemos uma “vaquinha” on-line para comprar as peças requeridas para a construção do telescópio, e já conseguimos arrecadar 80% do valor necessário”, comemora Vitória.

Além das ações já citadas, existem outras que, por enquanto, estão apenas na mente dos membros do CAIFSC, mas que muito em breve devem ser concretizadas. Uma delas é ministrar palestras sobre astronomia a alunos do ensino médio de escolas públicas e particulares de São Carlos. “Em 2018, queremos começar essa divulgação nas escolas pra valer, priorizando sempre as escolas públicas”.

O CAIFSC está com suas portas abertas para receber novos membros e novas ideias. Para mais informações, acesse https://www.facebook.com/caifsc/

 

13 de dezembro de 2017

Estudo com participação de docente do IFSC é um dos maiores avanços de 2017

A Physics World, principal publicação mundial de física, publicou um artigo destacando os maiores avanços do ano em 2017.

Entre os destaques, está o estudo que detectou que partículas ultraenergéticas têm origem extragaláctica, que contou com a participação de Luiz Vitor de Souza Filho, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), e seu aluno de doutorado, Raul Prado.

Para maiores informações sobre o estudo, clique aqui.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

8 de dezembro de 2017

Journal of Nanomaterials: chamada de artigos para edição especial

A publicação científica internacional Journal of Nanomaerials abriu chamada para o envio de artigos para sua edição especial Advances of Carbon-Based Nanomaterials for Solid State Devices: Development and Applications.

Os autores interessados poderão submeter seus manuscritos através do Manuscript Tracking System. Potenciais tópicos incluem, mas não são limitados aos seguintes:

-Graphene and carbon nanotubes supercapacitor electrodes

-Graphene and carbon nanotubes for electrochemical sensors

-Graphene and carbon nanotubes for thermoelectric application

-Miscellaneous of carbon-based materials

Para mais informações, clique aqui.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

8 de dezembro de 2017

Alunos do ensino fundamental em experimento espacial

Ao leste da Sibéria, uma região chamada pelos russos de “terra em formação” abriga centenas de vulcões ativos, que expelem lava continuamente, e é considerada uma das regiões mais inóspitas da Terra. Mas mesmo um ambiente com essa descrição pode abrigar vida, mais especificamente, micróbios conhecidos como “extremófilos” que, conforme o próprio nome sugere, são capazes de sobreviver a condições extremas de vida como, por exemplo, em ambientes com temperaturas acima de 100ºC.

Da esq.: Rafael, João Victor e Jaqueline

O Zenith/USP, grupo formado em 2013, e que hoje conta com mais de 60 estudantes de diferentes cursos de graduação e pós-graduação da USP São Carlos e da UFSCar, realiza trabalhos ligados à engenharia aeroespacial, entre eles trabalhos relacionados ao teste de sobrevivência de micro-organismos na região da estratosfera (50 km acima do nível do mar). “Desde 2014, temos feitos trabalhos científicos que testam a sobrevivência desses organismos extremófilos na estratosfera, e também observamos suas reações nesses ambientes hostis”, conta João Victor Prado de Almeida, aluno da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e integrante do Zenith.

O trabalho mais recente dos alunos está relacionado à astrobiologia, área de estudo que tem crescido significativamente nos últimos anos, e na qual o Brasil se destaca. “Há muita coisa sendo desenvolvida no Brasil, especialmente no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, com o qual mantemos parceria nesse projeto”, explica Rafael Quaresma, aluno do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e também integrante do Zenith.

Zenith e os alunos do ensino médio

Ao criar o Zenith, seus fundadores não tinham somente o objetivo de explorar a engenharia aeroespacial, mas também divulgar essa área de estudos ao público geral. Por essa razão, em dezembro do ano passado, os membros do Zenith deram início a um projeto educacional para incluir estudantes do ensino fundamental e médio, e conseguiram reunir 17 escolas de cinco estados do Brasil para participar do projeto. “Foi pedido aos alunos e professores das escolas para colocar dentro de balões meteorológicos plantas, organismos vivos, ou qualquer outro objeto que quisessem. Os balões foram soltos e, posteriormente, os alunos e professores deveriam verificar como os objetos reagiram após entrar em contato com a estratosfera”, explica João Victor.

Jaqueline (à frente) com seus alunos do 6º ano do Colégio Planeta (créditos: arquivo pessoal)

Uma das turmas participantes foi liderada pela ex-aluna do IFSC/USP, Jaqueline P. Evangelista, docente do Colégio Planeta. Ela e seus alunos enviaram um PongSat (bola de ping-pong) contendo sementes de feijão, de milho de pipoca e um mascote da sala. “Notamos que, aparentemente, não houve mudanças em nenhum dos itens. Mas, depois disso, fizemos alguns experimentos, e vimos que a pipoca que foi para o espaço demorou mais tempo para estourar do que outra pipoca do mesmo lote. Germinamos as sementes de feijão em algodão e terra, e o que foi para o espaço não germinou”, conta Jaqueline.

Ela afirma que, tanto os alunos participantes, quanto os pais destes alunos ficaram muito entusiasmados com a ideia de seus filhos participarem do experimento, especialmente pelo fato de ser diretamente vinculado à universidade. “As aulas se tornaram muito mais dinâmicas. Sempre tentamos relacionar os experimentos do projeto às teorias passadas durante as aulas, e isso ainda continua, pois estamos finalizando as análises”, conta.

Rafael diz que a interação com os alunos do ensino médio foi extremamente positiva, e que o retorno foi imediato. “Acompanhei duas escolas de minha cidade natal que também participaram do projeto, e vi os alunos e os professores interagindo com os experimentos com bastante ânimo! Alguns nunca imaginaram que teriam a chance de se envolver com algo desse tipo, e foi muito bom poder acompanhar isso de perto”, comemora o estudante.

Diante da repercussão positiva da iniciativa, João Victor e Vinicius afirmam que pretendem expandir o projeto em 2018, incluindo uma maior quantidade de escolas na iniciativa. “Para o próximo ano, estamos querendo aumentar de 17 para 50 o número de escolas participantes”, adianta João Victor.

Ele reforça que, através dessa iniciativa, além de divulgar a engenharia aeroespacial, os membros do Zenith querem mostrar que é possível engajar muitas pessoas no assunto, sem um alto custo. “Quando se pensa na área de aeroespacial, pensa-se sempre em experimentos caros, possíveis de serem feitos somente em locais como a NASA ou outras agências de países de primeiro mundo. Queremos mostrar que é possível desenvolver projetos baratos e, ainda assim, com cargas científicas atreladas a eles”, finaliza João Victor.

*O Zenith conta com estudantes da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP)

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

8 de dezembro de 2017

No CDCC: Concerto de Natal do Brasileto Ensemble e convidados

O grupo vocal Brasileto Ensemble apresenta seu Concerto de Natal – Gloria in Excelsis Deo, nos dias 08/12/2017 (Sexta-feira) às 19h30 no CDCC-USP, em São Carlos-SP; 09/12 (Sábado) às 20h na Capela de Santo Antônio, do Museu Casa de Portinari (Abertura das Comemorações dos 114 Anos de Portinari), em Brodowsky-SP; 10/12 (Domingo) às 20h na Igreja Santo Antônio de Pádua, em Itirapina-SP; 15/12 (Sexta-feira) às 20h na Igreja Cristã Casa de Oração, em evento conjunto com a Comunidade da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, em São Carlos-SP; 16/12 (Sábado) às 18h na Igreja Matriz Nossa Senhora do Patrocínio, em Jaú-SP; 17/12 (Domingo) às 20h30 na Catedral de São Carlos Borromeu, em São Carlos-SP.

No programa, peças de compositores como Ernst Mahle (1929), Felix-Bartholdy Mendelssohn (1809-1847), Jose Miguel Galán (1977), Ralph Vaughan Williams (1872-1958), Georg Fridrich Haendel (685-1759), Frédéric Boissierère (John Henry Hopkins, Jr. (1820-1891), José Alfredo Oliveira (1951), C. Wood (1911-2001), José de Assis Valente (1911-1958), François-Auguste Gevaert (1828-1908), Otávio Henrique de Oliveira, Blecaute (1919-1983), James Lord Pierpont (1822-1893), Irving Berlin (1905-1991), François Couperin e Grand (1668-1733), Adolf Adam (1803-1853); Stefan Karpiniec (1953), Hector MacCarthy (1888-1989), Otávio Henrique de Oliveira, Blecaute (1919-1983), Mário de Sampayo Ribeiro (1822-1893), além de canções natalinas tradicionais e folclóricas.

Como pianista acompanhador, teremos a presença de Hélio Tanomaru, natural de Naruto (Tokushima – Japão), teve a sua formação musical com importantes professores como Rosa Tólon, João Fernando Paluan, Fernando Corvisier e Simone Gorete. É bacharelando em Piano Erudito pela USP com foco nas áreas de piano solo e correpetição de cantores e já se apresentou em recitais solos e concertos com orquestras do interior do Estado de São Paulo nas cidades de Lins, São Carlos e Ribeirão Preto.

A direção do grupo é da mezzosoprano Luciana Gonçalves, natural de São Carlos, Bacharel em Música (Composição) pela Unicamp, foi aluna de canto lírico de Niza de Castro Tank e Glédys Pierri e já se apresentou com orquestras do interior e em diversos recitais pelo Estado de São Paulo.

O Brasileto Ensemble já foi um coro de câmara (hoje é um grupo vocal) e foi criado com a finalidade de dar a oportunidade aos alunos da professora Luciana Gonçalves de praticar o que aprendem nas aulas individuais, tanto de técnica vocal quanto de composição e arranjo. O repertório abrange todos os períodos da música erudita e também da música tradicional e folclórica, brasileira e estrangeira. Em atividade desde 2004, o grupo já realizou mais de 80 apresentações nas cidades de Araraquara, São Carlos, Brotas, Piracicaba, Pirassununga, Matão, Rio Claro e Campinas.

Brasileto é um dos nomes da árvore símbolo do Brasil, o Pau-Brasil, uma leguminosa nativa da Mata Atlântica, infelizmente ameaçada de extinção. Sua madeira ainda é muito usada para a fabricação dos arcos dos instrumentos de cordas usados em orquestras como o violino, a viola, o violoncelo e o contrabaixo.

Todos os concertos terão entrada gratuita.

Para saber mais sobre o coro, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de dezembro de 2017

Atualização da Produção Científica do IFSC/USP: novembro de 2017

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas em novembro de 2017, clique aqui ou acesse o quadro em destaque (em movimento) ao lado direito da página principal do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

A figura ilustrativa foi extraída de artigo publicado recentemente por pesquisador do IFSC/USP, no periódico Dentistry.

 

 

 

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

4 de dezembro de 2017

IFSC/USP traz dezenas de pesquisadores estrangeiros em evento

Desde o dia 5 deste mês, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebe cerca de 20 pesquisadores de diversos países do mundo para participar do Workshop on Long-Range Interactions in Atomic Systems: Magnetic Dipoles, Rydberg Atoms and Ions.

No workshop, os pesquisadores participantes discutem os principais resultados na fronteira do conhecimento em sistemas atômicos que possuem interações de longo alcance.

Organizado pelo docente do IFSC, Emanuel Henn, em parceria com os docentes Rafael Rothganger (UFABC), Ednilson Santos (UFSCar), Aristeu Lima (UNILAB) e Tommaso Macrì (UFRN), o evento teve início às 17h da terça, com a palestra do professor Rainer Blatt, referência mundial em sistema de íons aprisionados, e se encerra na sexta-feira, 8, ao meio-dia.

O workshop é aberto a todos os interessados, não sendo necessária inscrição prévia.

Para mais informações, basta enviar e-mail a emanuel.henn@gmail.com

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de novembro de 2017

Até 28/01: inscrições abertas para programa de verão do CERN

Até o dia 28 de janeiro de 2018 estão abertas as inscrições para o CERN Non Member State Summer Student Programme, programa para alunos de graduação do laboratório europeu CERN.

A participação no programa exige um bom conhecimento da língua inglesa.

Mais informações sobre o programa bem como instruções para a inscrição de alunos vindos de países não membros do CERN (como o Brasil) podem ser encontradas no link https://jobs.web.cern.ch/job/12846.

É importante notar que a participação mínima é de oito semanas em um dos seguintes períodos: 11/06 a 03/08, 18/06 a 10/08, 25/06 a 17/08 ou 02/07 a 24/08.

O grupo HEPIC do Instituto de Física (IF/USP- São Paulo) também se coloca à disposição para o esclarecimento de eventuais dúvidas, através do e-mail hepic@if.usp.br.

Com informações da assessoria de comunicação do IF/USP

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

28 de novembro de 2017

Máquinas que “pensam”: física e aprendizagem de máquina

O já falecido cientista computacional, Arthur Samuels, define aprendizado de máquina (ou machine learning, no termo em inglês) como “o campo de estudos que dá a habilidade de uma máquina aprender sem estar explicitamente programada”. Em outras palavras, seria a capacidade de uma máquina aprender tarefas e resolver problemas sem a interferência de humanos.

Você se recorda daqueles programas televisivos, no qual o apresentador dá algumas pistas aos participantes, que têm que adivinhar qual a pessoa ou o objeto ao qual o apresentador se refere? Suponhamos que o apresentador diga: é alaranjada e é comida pelos coelhos. Um participante que não se deixe levar pelo nervosismo, rapidamente saberá que a solução para a charada é a palavra “cenoura”.

O reconhecimento de padrões, uma das principais vertentes da aprendizagem de máquina, trabalha justamente com essa metodologia: tendo como base diversas características (também chamadas de “atributos”) fornecidas, o computador precisa “adivinhar” ao que o usuário se refere. “Este é o princípio básico dos métodos de reconhecimento de padrões”, explica Luciano da Fontoura Costa, docente do Grupo de Computação Interdisciplinar do Instituto de Física de São Carlos (GCI-IFSC/USP).

Porém, diferente dos humanos, um computador tipicamente não usa palavras em reconhecimento de padrões, mas principalmente números (a famosa “linguagem binária”). Por essa razão, os atributos são normalmente apresentados como medidas numéricas, como peso, comprimento, área etc. Objetos com atributos semelhantes formam os chamados agrupamentos, ou “clusters”, que nada mais são do que um conjunto de elementos com características comuns. “Os algoritmos de classificação são aqueles que sabem diferenciar, com base nos atributos fornecidos, a diferença entre maçãs e laranjas, por exemplo”, exemplifica Luciano. “Esses algoritmos podem ser de dois tipos principais: supervisionados ou não supervisionados. No primeiro caso, o computador é ‘treinado’ para identificar um objeto e atribuir uma categoria a ele, tendo como base diversos atributos já fornecidos pelos usuários e também as respectivas categorias. Esta é a fase de treinamento, que é seguida pela fase de classificação, no qual objetos com classe desconhecida são, então, identificados pela máquina. No caso de algoritmos não supervisionados, o usuário fornece apenas os atributos dos objetos, sem dizer as respectivas categorias, e a máquina faz as classificações automaticamente, com base somente nas semelhanças e diferenças entre os atributos fornecidos. Na prática, os algoritmos não supervisionados podem levar à descoberta de novos grupos, como uma nova doença, por exemplo”.

Um dos maiores desafios para estudiosos da área é “treinar” as máquinas para escolher atributos da melhor maneira possível, que seria justamente uma das características do deep learning (clique aqui para mais informações). “Deep learning caracteriza-se como procedimentos de reconhecimento de padrões utilizando muitos recursos computacionais e de dados: várias camadas, muitos neurônios e muitos exemplos.  Um aspecto complementar desta pesquisa é buscar que a máquina escolha os atributos de modo eficiente, e diversos resultados demonstram bom progresso nesta direção”, observa o docente.

As Perspectivas para o Futuro

Por envolver diversas áreas de pesquisa, machine learning tem virtualmente aplicações em todas as áreas, de agronomia até música.

Uma família importante de abordagens em machine learning, no entanto, tem como base as chamadas redes neuronais (clique aqui para saber mais), que tem grande afinidade com a física, através de conceitos como redes de spins, domínios magnéticos, redes de Hopfield, entre outros. “A estatística também é muito importante. Na realidade, é uma das grandes áreas que estão por trás do conceito de aprendizagem de máquina”, explica o docente.

A importância do reconhecimento de padrões é novamente destacada nesse contexto. “Os seres humanos estão continuamente criando modelos mentais para reconhecer situações, possibilidades, objetos, inclusive para tarefas mais corriqueiras”, afirma Luciano.

Mas, mesmo com as inúmeras pesquisas na área, as máquinas ainda estão aquém da inteligência humana. Veículos autônomos e buscas eficientes na Internet são alguns dos exemplos mais famosos, onde ainda permanecem alguns desafios, como a ambiguidade de palavras e situações críticas de trânsito. Essas são apenas algumas de diversas questões que deixam as máquinas ainda distantes de alcançar os seres humanos.

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

22 de novembro de 2017

Alunos do curso de Licenciatura fazem viagem didática

No último dia 7 de novembro, cerca de 40 alunos de duas disciplinas* ministradas por Cibelle Celestino Silva, docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e coordenadora do curso de Licenciatura em Ciências Exatas, fizeram uma viagem didática a São Paulo (capital), passando por três diferentes locais: Museu Catavento, Parque da Luz e Mercado Municipal. “As viagens didáticas são a oportunidade para os alunos contextualizarem o conhecimento, interagirem entre si, e viverem novas experiências culturais, que são essenciais para cultura geral de um bom professor”, afirma Cibelle. “Além disso, acho importante também que os alunos conheçam metrópoles brasileiras. Muitos de nossos alunos são do interior do estado, e nunca tiveram essa oportunidade”.

Conforme já mencionado, um dos locais visitados foi o Museu Catavento Cultural, espaço de divulgação científica repleto de objetos e ambientes de aprendizagem interativos e informais. “Esse tipo de atividade acrescenta muito pra gente. Aprender fora do ambiente tradicional, ou seja, fora da sala de aula, torna-nos muito mais ativos, e conseguimos abrir nossas mentes para outras metodologias de ensino”, relata Mariana Omura, aluna do 1º ano do curso de Licenciatura em Ciências Exatas. “Os experimentos dos museus de ciência, que englobam diversas áreas, são realmente muito lúdicos e conseguem atingir muitas pessoas”.

Iago Ribeiro, estudante da turma de Mariana, que também participou da viagem, compartilha o mesmo entusiasmo da colega. “A filosofia de Paulo Freire prega que a educação se dá pelo contexto, e percebemos que, nesse tipo de atividade, o conhecimento sai da universidade e migra para a comunidade. Como professor, é essencial que entendamos a necessidade de sair do local tradicional de ensino e compartilhar nossos conhecimentos com a comunidade”, diz.

Como futuros professores, ambos afirmam que a visita foi muito empolgante e, de lá, tiraram diversas ideias que, no futuro, têm a intenção de inserir em sala de aula. “Como professora, eu gostaria muito de poder levar experimentos em sala de aula, para que meus alunos vejam que a Física realmente acontece em nosso dia a dia”, diz Mariana.

Iago faz coro com a colega de sala, e ressalta que atividades didáticas muito interessantes podem ser levadas até a sala de aula. “No CDCC**, por exemplo, temos a Experimentoteca, e, mediante cadastro, podemos emprestar esses kits para levar onde quisermos”, diz o estudante.

Após a visita ao Museu, os alunos também passaram pelo Parque da Luz, onde puderam prestigiar diversas esculturas de artistas brasileiros famosos, como as de Lasar Segall. Finalizando o passeio, a última parada foi no Mercado Municipal, no qual os alunos tiveram a oportunidade de experimentar o famoso sanduíche de mortadela.

*Mecânica e História da Ciência

**Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC/USP)

Assessoria de Comunicação- IFSC/USP

21 de novembro de 2017

Prof. Bagnato: membro do Conselho da Academia de Ciência do Vaticano

No início deste mês de novembro, o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, foi eleito pelo Papa Francisco como novo membro do Conselho da Academia de Ciência do Vaticano, após permanecer desde 2012 como membro efetivo da Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano, por indicação do então Papa Bento XVI.

O Conselho esteve reunido na sede da Academia no dia 1º deste mês, e, por recomendação direta do Papa, foram discutidos os novos tópicos de debate para o biênio que se inicia. Segundo Vanderlei Bagnato, o Pontífice pretende o envolvimento dos acadêmicos com temas de interesse da humanidade e discutir, principalmente, como a Ciência vem enfrentando os desafios para tornar a sociedade melhor. Segundo o pesquisador, é claro para todos, inclusive para o Papa, que a ciência e os cientistas têm, em primeiro lugar, um compromisso com o avanço do conhecimento em todas as frentes, mas, além disso, deve-se procurar tornar o conhecimento científico numa componente importante na solução dos diversos problemas desafiadores enfrentados pela humanidade.

Temas como avanços de nosso entendimento sobre o Universo, a aplicação da ciência para problemas relacionados com a segurança alimentar, má nutrição e transplante de órgãos, figuram entre as discussões agendadas para as futuras reuniões. Os tópicos discutidos pela Academia do Vaticano têm tido grande repercussão no mundo científico e político. Segundo Bagnato, um dos problemas relevantes foi exatamente sobre o contrabando de órgãos para transplante, um tema debatido recentemente na Academia e que influenciou o governo da China a rever suas regras de doação dos órgãos, algo que contribuiu apara que autoridades do mundo todo passassem a olhar o problema mais de perto.

“Cada vez mais, diversas sociedades científicas do mundo têm encontrado na Academia do Vaticano um apoio para suas aspirações e propostas”, afirmou Bagnato. Recentemente, um encontro sobre ciência realizado na América Latina repercutiu muito sobre a situação caótica do financiamento científico na região. “Alertas enviados aos governantes sobre os riscos de desvalorizar a ciência em prol de outros interesses menos relevantes tem surtido efeito”, diz Bagnato, que acrescentou “Compartilho do desejo de que a ciência procure progredir sempre respeitando a liberdade dos pesquisadores, mas que estes tenham a responsabilidade de identificar, em seus achados, soluções que sirvam para resolver problemas relevantes da sociedade, sempre que possível. Este é também o principio do Vaticano, e desta forma me sinto à vontade como Conselheiro desta conceituada e respeitada Academia” conclui Bagnato.

Sendo a mais antiga e tradicional Academia de Ciência do mundo, a Pontifícia Academia de Ciência do Vaticano – fundada por Galileu Galilei, em 1603 – tem o objetivo de promover ampla discussão dos temas científicos relevantes para a humanidade, procurando assegurar que o conhecimento científico seja transformado em benefícios para o maior número de pessoas ao redor do mundo. Também está dentre seus objetivos assegurar que o desenvolvimento científico nunca ultrapasse a ética. Para fazer isto, ela conta com 80 membros vitalícios (nem todas posições ocupadas), dentre os quais estão ilustres cientistas do mundo, incluindo um elevado número de agraciados com o Prêmio Nobel.

(Com informações de Kleber Chicrala / INOF-CEPOF)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

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