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14 de abril de 2020

14 de abril: comemoração do “Dia Mundial da Doença de Chagas”

Declarado em 2019 pela OMS, o “Dia Mundial da Doença de Chagas”, comemorado anualmente no dia 14 de abril, é uma oportunidade para alertar as pessoas sobre a importância de se reunirem esforços globais para o controle, tratamento e erradicação da Doença de Chagas, bem como das restantes “Doenças Tropicais Negligenciadas”.

Assista, clicando na imagem abaixo, ao depoimento do Prof. Adriano Andricopulo, pesquisador e docente do IFSC/USP, sobre este tema.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

11 de abril de 2020

Grupo de alunos da USP São Carlos incentiva pesquisadores

Alunos da USP de São Carlos criaram, recentemente, um grupo de comunicação científica denominado “Bacuara”, para levar a toda a sociedade informações sobre os esforços que estão sendo realizados pela comunidade científica para combater a COVID-19 – desde a criação de vacinas, medicamentos, equipamentos e até mesmo soluções para enfrentar os problemas econômicos que se avizinham.

Embora tenha sido criado por alunos da USP São Carlos, o “Bacuara” está aberto à participação de todos os estudantes das universidades sediadas na cidade de São Carlos e região.

Desta forma, este movimento serve para incentivar pesquisadores a usarem suas redes sociais para comunicar a população sobre as pesquisas científicas realizadas sobre estes assuntos, utilizando a hashtag #DescrevaUmArtigo, uma forma de conscientizar a sociedade sobre as melhores decisões que devem ser tomadas por todos.

Sigam as redes sociais para se informar sobre a movimentação de pesquisadores sobre o tema.

twitter.com/Bacuara1

instagram.com/bacuara1

fb.com/baquara

linkedin.com/company/bacuara1

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de abril de 2020

O poder da luz ultravioleta (UV-C) no combate à COVID-19

Qual é o poder que a luz ultravioleta tem no combate à COVID-19?

Como ela pode ser utilizada?

O Diretor do Instituto de Física de São Carlos, Prof. Vanderlei Bagnato, pesquisador do Grupo de Óptica do Instituto, responsável por

desenvolver diversos equipamentos com base na luz ultravioleta (UV-C), explica em breves palavras como tudo acontece.

Clique na imagem abaixo para assistir o vídeo.

(Entrevista concedida a Rui Sintra – IFSC/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

9 de abril de 2020

CAPES – “A dose errada na ciência” – Artigo de opinião na “Folha”

Em artigo de opinião veiculado pelo jornal “Folha de São Paulo” no dia 01º de abril, os pesquisadores Luis Raul Weber Abramo e Luiz Vitor de Souza Filho, respectivamente, coordenadores dos programas de pós-graduação do Instituto de Física da USP (IFUSP) e Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), criticam a CAPES – (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pelo modo como está sendo implementada a revisão de critérios para o financiamento da pós-graduação no Brasil, que de forma geral resulta, segundo os articulistas “num modelo matemático simplório e profundamente equivocado. Como resultado, grandes distorções e anomalias foram introduzidas; e o pior, com efeito imediato”.

Confira, abaixo, o artigo em sua versão integral.

Em tempos de crise, a sociedade precisa da ciência para encontrar respostas confiáveis aos desafios. A diferença entre cenários mais ou menos sombrios pode estar na descoberta de vacinas e de medicamentos, no melhor entendimento sobre a propagação das epidemias e no desenvolvimento de novas tecnologias de terapias intensivas.

Desde 1951 o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) são responsáveis pelo financiamento público federal em pesquisa e pós-graduação. As evidências demonstram um acúmulo de acertos nessas décadas. A ciência brasileira cresceu fenomenalmente em quantidade e qualidade, aumentando sua produção em mais de dez vezes em 30 anos. Graças à Capes, quintuplicamos o número de doutores formados no Brasil em 20 anos. Hoje temos cientistas brasileiros no mais alto nível internacional atuando decisivamente na busca por soluções para a crise que enfrentamos.

Esse legado inteiro está sob ameaça após a Capes introduzir, no início deste ano, uma nova metodologia para o financiamento da pós-graduação no Brasil. Uma revisão nos critérios antigos era necessária, e a Capes acertou ao escolher a qualidade, a produtividade e o desenvolvimento social como parâmetros para orientar a sua política. Entretanto, o modo escolhido pela Capes para implementar essa nova metodologia resultou num modelo matemático simplório e profundamente equivocado. Como resultado, grandes distorções e anomalias foram introduzidas; e o pior, com efeito imediato.

A qualidade dos programas de pós-graduação, que é aferida pela própria Capes, passou a ter pouca influência na quantidade de bolsas. Assim, programas de qualidade mediana tiveram aumentos vertiginosos (de até 500%) e programas de alta qualificação tiveram reduções abruptas no número de bolsas.

A nova metodologia também ignorou as características do mercado de trabalho. Estudantes que possuem vínculo empregatício e que portanto não podem ter bolsas, estão matriculados em programas com bolsas sobrando. Por outro lado, muitos estudantes altamente qualificados estão em programas de alto nível sem nenhuma bolsa disponível. Esses jovens cientistas ficaram subitamente sem remuneração e sem perspectivas, justamente quando a pandemia da Covid-19 paralisa o Brasil.

Uma ilustração desse desbalanço são os dois maiores programas de pós-graduação em física do Brasil, sediados no Instituto de Física e no Instituto de Física de São Carlos, ambos da USP. Mesmo obtendo a nota máxima de qualidade dada pela própria Capes, a nova metodologia impõe, respectivamente, cortes de 40% e de 50% das bolsas de doutorado aos dois programas.

É difícil acreditar que a Capes queira intencionalmente afetar de forma tão destrutiva tantas pós-graduações internacionalmente reconhecidas e tantos estudantes promissores. É possível que esse desastre anunciado tenha resultado de uma análise estatística inadequada, que não foi capaz de perceber o desarranjo que a nova metodologia causará no sistema de pós-graduação brasileiro.

Um bom coquetel de remédios necessita de doses adequadas. Assim como na medicina, qualquer novo tratamento precisa ser testado e acompanhado cuidadosamente. Está evidente que a Capes errou na dose —e, ao insistir no erro, está matando o paciente.

O que está em jogo é a sobrevivência do sistema de ciência e tecnologia no Brasil, em particular da pós-graduação. Se não corrigirmos os rumos imediatamente, estaremos comprometendo nosso potencial de enfrentar os desafios do futuro.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de abril de 2020

Cientistas da cidade lançam apelo à comunidade de São Carlos e região

O Subcomitê de Comunicação, pertencente ao Comitê Emergencial de Combate ao Coronavirus, emitiu no dia 31 de março um comunicado assinado pela comunidade científica de São Carlos, dirigido a toda comunidade de São Carlos e região, no que respeita à gravidade da situação provocada pela pandemia do COVID-19 e os riscos que a mesma traz para toda a população.

Com a devida vênia, transcrevemos abaixo o conteúdo do comunicado:

“A comunidade científica de São Carlos, representada pela Magnífica Reitora da UFSCar, pelos Diretores da Escola de Engenharia de São Carlos, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, do Instituto de Física de São Carlos, do Instituto de Química de São Carlos, e do Instituto de Arquitetura e Urbanismo, pelos chefes da Embrapa Instrumentação e da Embrapa Pecuária Sudeste, por pesquisadores e cientistas membros da Academia Brasileira de Ciências, vêem a público manifestar a sua preocupação e posição quanto às ações referentes à prevenção e tratamento da pandemia do novo coronavírus (COVID 19), na cidade de São Carlos e região:

-Considerando a gravidade desta pandemia e os riscos a toda a população e a todas as idades;

-Considerando que a expansão da doença se mostra rápida e inexorável, causando morbidade e internações em massa e colocando em risco o sistema de saúde do município;

-Considerando que todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde, e do Governo Estadual insistem na necessidade de isolamento social e quarentena restrita de toda a população, com base em dados científicos e estatísticas disponíveis e de amplo conhecimento da comunidade cientifica;

-Considerando que todos os países e regiões que não atenderam a estas recomendações, a exemplo da Itália, Espanha e Estados Unidos, estão pagando um alto preço em mortalidade, internações em massa, expansão da doença, colapso do sistema de saúde e impactos econômicos e sociais desta pandemia. Recomenda fortemente aos governantes do Munícipio de São Carlos manter a quarentena da população até, no mínimo, o dia 30 de abril.

A comunidade cientifica está ciente e consciente do impacto econômico destas medidas de restrição. Entretanto, a ampla expansão da doença decorrente e a perda de vidas que certamente virão como resultado de uma precoce abertura total do comércio e consequente mobilidade da população, causarão prejuízos econômicos e sociais de ainda maior monta, no longo prazo, do que os prejuízos decorrentes da adoção da quarentena restrita.

Entendemos que neste momento é fundamental acatar as recomendações que têm forte embasamento científico. A ciência e os cientistas sempre trabalharam pela cidade não apenas elevando seu nome em todos os locais do mundo, mas provendo tecnologias que alimentam as empresas e contribuem para a vitalidade econômica da cidade. Continuaremos dispostos a ser úteis para a cidade e trabalhar ainda mais intensamente, se necessário for em prol de alavancar a economia e nosso comércio. Porém neste momento, temos que estar juntos para proteger aqueles que serão a grande força após o término desta situação: os cidadãos de São Carlos.

São Carlos, 31 de março de 2020.

Pelos cientistas e pesquisadores de São Carlos:

*Professora Doutora Wanda Hoffman – Magnifica Reitora da Universidade Federal de São Carlos;

*Professora Doutora Yvone Primerano Mascarenhas – Ex-Diretora do Instituto de Física /USP São Carlos;

*Professora Doutora Maria Cristina Ferreira de Oliveira, Diretora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação /USP São Carlos;

*Professor Doutor Vanderlei Salvador Bagnato Diretor do Instituto de Física /USP São Carlos

*Professor Doutor Edson Cezar Wedland Diretor da Escola de Engenharia de São Carlos/ USP São Carlos.

*Professor Doutor Emanuel Carrilho – Diretor do Instituto de Química /USP São Carlos;

*Professor Doutor Miguel Antônio Buzzar – Diretor do Instituto de Arquitetura e Urbanismo /USP São Carlos;

*Professor Doutor Glaucius Oliva – Professor Titular do Instituto de Física de São Carlos – ex-presidente do CNPq;

*Doutor João, de Mendonça Naime – Chefe Geral Embrapa Instrumentação. São Carlos.

*Doutor Rui Machado – Chefe Geral Embrapa Pecuária Sudeste São Carlos;

*Doutor Silvio Crestana – Pesquisador Embrapa Instrumentação – Ex-Presidente da Embrapa – Brasil;

*Professor Doutor Sérgio Campana Filho – Prefeito do Campus de São Carlos/USP;

*Doutor José Galizia Tundisi – Professor Titular Aposentado da EESC- USP/ São Carlos – Presidente do Instituto Internacional de Ecologia e ex-presidente do CNPq”.

(original para conferir AQUI)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

6 de abril de 2020

“Google” faz homenagem a pesquisadores e profissionais da saúde

No dia 06 de abril, o “Google” prestou uma significativa homenagem a todos quantos se encontram na linha da frente no combate à COVID-19.

Eu sua área de entrada, o “Google” colocou não só uma imagem bem ilustrativa do momento que o mundo atravessa, como também colocou a frase A todos os profissionais da saúde e aos pesquisadores da comunidade científica, obrigado.

Para alguns, pode parecer algo trivial, algo que serve apenas para marcar o momento. Mas, com certeza para muitos, esta é uma homenagem que vai além da simples frase e da imagem, constituindo mais um estímulo para que todos sigam em frente na luta contra a COVID-19.

Que a sociedade saiba reconhecer os esforços daqueles que neste momento lutam. E esse reconhecimento passa, inevitavelmente, por ficar em casa, colaborando.

Todos têm uma missão, cada um com sua responsabilidade.

Saibamos cumprir a nossa.

Parabéns ao “Google”.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

6 de abril de 2020

“O IFSC/USP e a COVID-19” – Todos os setores organizados

Atendendo a todas as recomendações das autoridades do país e Reitoria da USP, este Instituto de Física de São Carlos comunica as medidas emergenciais adotadas até o momento, visando preservar ao máximo a manutenção das atividades essenciais e de colaboração com a sociedade sem, contudo, colocar os seus colaboradores em situação de risco. Em todas as decisões prevalece a garantia da segurança física e mental da nossa Comunidade. Aproveitamos para agradecer os esforços de cada um neste triste cenário.

No Ensino:

Todas as aulas presenciais (graduação e pós-graduação) estão suspensas por tempo indeterminado, desde o dia 16 de março. Enquanto isso, estão sendo adotadas medidas para minimizar impactos nos programas de ensino. Neste sentido, os docentes foram incentivados a ministrarem atividades remotas, inclusive com aulas online em tempo real e gravadas.

O atendimento aos estudantes está sendo feito por meio eletrônico.

E-mails para contato: grad@ifsc.usp.br, svposgrad@ifsc.usp.br, atac@ifsc.usp.br

 

Na Extensão:

As visitas monitoradas ao programa “Universitário por um dia” estão suspensas, assim como as demais atividades culturais e de extensão.

Atendendo recomendações do Ministério da Saúde, OMS e decreto estadual, as atividades presenciais estão suspensas, mas as equipes seguem trabalhando para promover a extensão universitária, seja por meio de videoaulas para o Cursinho popular, como também a produção de materiais de divulgação para redes sociais.

E-mails para contato: herbert@ifsc.usp.br, ccex@ifsc.usp.br

 

Na Pesquisa

Parte das atividades de pesquisa do IFSC estão sendo realizadas remotamente, sendo que aquelas cuja interrupção não trariam prejuízo estão suspensas. Pesquisas essenciais ou que não poderiam ser interrompidas estão sendo mantidas seguindo todas as normas estabelecidas.

E-mails para contato: atac@ifsc.usp.br, cpq@ifsc.usp.br

 

Na Biblioteca: 

Os Espaços 24h e a Biblioteca estão fechados ao público.

Atendimentos individualizados, absolutamente necessários, poderão ser realizados pela equipe da biblioteca através dos seguintes meios de comunicação:

WhatsApp (3373-9778) ou através dos telefones pessoais da equipe da biblioteca (disponíveis na portaria do IFSC) ou pelo e-mail: bib@ifsc.usp.br e também pelas redes sociais da biblioteca.

As devoluções foram prorrogadas para 22/04, mas se necessário utilizem as caixas de devolução 24h.

 

Na Informática: 

A Seção de Informática está em constante monitoramento dos serviços essenciais de Informática, mantendo os sistemas, servidores computacionais, sites web, rede Intranet e Internet do IFSC em pleno funcionamento.

Continua realizando suporte aos docentes em dúvidas técnicas na utilização do sistema e-disciplinas da USP para aulas online e, aos funcionários e usuários em geral, fornecendo auxílio técnico para que possam trabalhar em home office.

Os canais para atendimento aos usuários podem ser pelo próprio sistema de solicitação de serviços.ifsc.usp.br (acessível através da VPN USP) ou pelo e-mail scinfor@ifsc.usp.br.

 

Na Assessoria de Comunicação:

Todo o trabalho está sendo realizado em sistema remoto, em tempo integral, atualizando e difundindo as informações mais importantes inerentes ao Instituto, não só em seu site institucional como também em todas as suas mídias sociais – Facebook, Instagram, Youtube e Tweeter -, dando sequência aos pedidos de solicitação de entrevista feitos pela mídia, por telefone, principalmente com o Diretor.

Os contatos com a Assessoria de Comunicação do IFSC/USP serão feitos através do email comunicifsc@ifsc.usp.br ou pelo Whatsapp (16) 98129-7026.

 

No Atendimento Geral:

Os servidores técnico-administrativos estão desenvolvendo suas atividades durante a jornada de trabalho, enquadrando-se em uma das seguintes categorias:
– Turno de revezamento (dias alternados) e/ou escalonamento (entrada e saída diferenciados) para atividades  essenciais que não permitam o trabalho remoto;
– Essencialmente em domicílio, realizando trabalho remoto. Enquadram-se nessa categoria os servidores que possam desempenhar atividades remotas e principalmente os servidores que se enquadram ou que residem com pessoas que se enquadram nas situações abaixo:
(a) com 60 anos de idade ou mais (compulsoriamente);
(b) responsável pelos cuidados de idosos com mais de 60 anos;
(c) com doenças respiratórias crônicas, cardiopatias, diabetes, hipertensão ou outras afecções que deprimam o sistema imunológico;
(d) pai/mãe de criança de até 10 anos;
(e) gestantes e pais de filhos com previsão de nascimento em até 30 dias.

O atendimento por telefone e/ou e-mail está mantido em todos os setores, podendo o servidor em domicílio ser convocado remota ou presencialmente, conforme a necessidade institucional.

Atenciosamente:

Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato

Diretor do IFSC-USP

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

4 de abril de 2020

Iniciativa da FEUSP cria site “Educação em tempos de isolamento”

Atenta aos desafios que a pandemia coloca à sociedade, a FEUSP, por meio da sua Comissão de Gestão Acadêmica, especialmente criada para o presente momento, criou e disponibilizou no site institucional o repositório Educação em tempos de isolamento (AQUI).

Objetiva facilitar o acesso a vídeos, textos e podcasts produzidos ou reunidos por estudantes, funcionários/as e docentes. Espera-se que esses recursos instiguem reflexões a respeito de questões educacionais e propiciem experiências estético-formativas relevantes.

Convidamos à leitura de “Muito além das tarefas a cumprir: notas da FEUSP sobre a educação em tempos de isolamento” , uma análise da adoção da EaD e possibilidades educativas outras no contexto de pandemia, que levem em conta as diversas realidades do país.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

2 de abril de 2020

COVID-19 – A saúde mental de todos nós em tempos de quarentena

Com o surgimento da COVID-19, houve uma mudança brusca na forma como vivemos, o que pode impactar na condição de saúde mental de todos.  Seja pela mudança da rotina, isolamento social, convivência forçada com pessoas em nossas casas, pela sensação de desamparo e incertezas, além de tantas outras situações envolvidas neste novo cenário, sentimentos e emoções negativas podem emergir e acarretar na vivência um sofrimento psíquico.

Sensações de medo, desesperança, percepção de finitude, ansiedade, depressão e outras emoções, são comuns em contextos de crise, como a que estamos vivendo e algumas pessoas podem ser mais abaladas do que outras.

Considerando estes fatos, cuidar da saúde mental é fundamental.

Estão incluídos nestes cuidados a promoção de bons relacionamentos com aqueles que convivemos; manter proximidade, de forma virtual, de amigos e entes queridos; manter rotina de sono, alimentação e atividade física; além de ser criativo para improvisar alternativas para a nova realidade (como propor atividade para as crianças da casa, novas formas de entretenimento com a família etc).

Estes são, em suma, os principais conselhos da psicóloga do IFSC/USP, Bárbara Kolstok, que através de um curto vídeo nos orienta como proceder neste período marcado por uma quarentena obrigatória.

Clique na imagem abaixo para acessar o vídeo.

Os atendimentos no IFSC serão mantidos, porém adaptados, sendo realizado virtualmente.

Abaixo estão disponíveis alguns links para materiais que podem ajudar neste momento.

Cartilha com dicas de saúde mental – AQUI.

Orientação da OMS sobre saúde mental e COVID-19 – AQUI.

Saúde Mental: Importância e sugestões de atividades físicas – AQUI.

Desejo muita saúde e cuidado a todos!

Até breve!

Bárbara Kolstok Monteiro

CRP: 06/99394

(Imagem inicial – Zbigniew Bzdak/AP)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

2 de abril de 2020

Comunicado: Rede USP para o Diagnóstico da COVID-19 (RUDIC)

A Rede USP para o Diagnóstico da COVID-19 (RUDIC), divulgou hoje (02/04) o seu segundo comunicado, no qual consta o seguinte:

A RUDIC e seu propósito

“Como divulgado no primeiro comunicado (26/03/20), a Rede USP para o Diagnóstico da Covid-19 (RUDIC), formada a pedido do reitor, está constituída por 5 centros voltados para a realização de testes de diagnóstico molecular para a detecção da covid-19 no Estado de São Paulo: dois na capital, um em Ribeirão Preto, outro em Bauru e outro em Pirassununga.

Os testes moleculares se baseiam na detecção, por reação de PCR em tempo real, do material genético do vírus e, consequentemente, permitem a identificação de indivíduos portadores do vírus. Essa informação é crucial, particularmente neste momento, para o enfrentamento da epidemia, pois permitem:

-a identificação de indivíduos infectados sintomáticos. Essa informação permite que os indivíduos sintomáticos recebam o tratamento adequado e as precauções necessárias para evitar a disseminação da infecção, particularmente, no ambiente hospitalar;

-a identificação de indivíduos infectados assintomáticos. O resultado permite que pessoas que contraíram o vírus, mas não apresentam sintomas, sejam identificadas e encaminhadas para isolamento evitando, dessa forma, o espalhamento da infecção;

-o monitoramento da infecção em funcionários de saúde em hospitais e unidades de pronto atendimento;

-no caso de óbito, o exame permite a confirmação da infecção pelo coronavírus e, com isso, auxiliar parentes nas precauções a serem tomadas para o enterro.

Como amplamente divulgado, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e o Instituto Adolfo Lutz IAL não conseguem atender a demanda represada de testes moleculares. A estruturação e a operação da RUDIC são, portanto, de importância fundamental para toda a sociedade paulistana.

Até o momento, fazem parte da RUDIC, os Hospitais Universitários e centros de pesquisa com competência e infraestrutura adequada à realização dos ensaios moleculares, a saber:

-em São Paulo, campus Butantan – o Hospital Universitário (HU) em parceria com Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), a Plataforma Científica Pasteur USP (PCPU) e a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ);

-em São Paulo, no campus Pinheiros, a Divisão do Laboratório Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo;

-em Bauru,  a Faculdade de Odontologia;

-em Ribeirão Preto, o Hospital de Clínicas de Ribeirão Preto em parceria com Hemocentro de RP;

-em Pirassununga, o laboratório de Análises Clínicas da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FEZEA) de Pirassununga.

ões da semana

O trabalho da RUDIC nos últimos 7 (sete) dias focou em duas frentes principais:

-treinamento de equipes para a realização dos testes em condições que permitam a precisão do ensaio e a segurança dos operadores. Destaca-se o trabalho liderado pela equipe do Laboratório de Virologia do ICB no treinamento de equipes da RUDIC;

-credenciamento das unidades e validação das mesmas para a realização de testes moleculares pelas unidades. Foram encaminhadas solicitações de credenciamento, das unidades que ainda não o tinham, à diretoria do IAL, de acordo com a Portaria DG/IAL de 11-03-2020 (publicado no DOE em 13.03.20).

A expectativa, no momento, é que até o final da semana as equipes tenham recebido o treinamento necessário e o credenciamento do IAL para a realização dos testes moleculares para detecção da covid-19.

Situação atual

Foi feito o levantamento das condições para a realização de testes moleculares assim como levantamento das demandas para que os grupos possam atingir a meta proposta de um mínimo de 45.000 testes/mês).  No momento, as equipes tem condição reduzida para realizar os testes em função da falta de insumos necessários a realização dos ensaios. A capacidade atual de resposta imediata dos grupos é inferior a 5.000 testes.

Foram feitos contatos diretos com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, particularmente com o Prof. Dimas Covas, nomeado coordenador da Plataforma de Laboratórios de diagnóstico de coronavírus, para a obtenção de recursos para a rede e a compra centralizada dos insumos para a realização dos testes.

Perspectivas

Espera-se que, ao longo da semana, a rede tenha suas unidades preparadas e validadas para a realização dos testes moleculares para a detecção da Covid-19. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo incluiu a RUDIC como parte da força tarefa encarregada de realizar os exames no Estado de São Paulo. A Secretaria de Saúde também se encarregará de receber recursos e providenciar, de forma centralizada, a compra de insumos que serão distribuídos para a RUDIC, IAL e outras instituições do Estado que trabalharão nesta frente contra a epidemia.

Recomendações

O trabalho da RUDIC será focado no atendimento de demandas da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. No entanto, a infraestrutura instalada, assim como a disponibilidade de pessoal altamente treinado, existente nas unidades da rede e em outras unidades que poderão ser recrutadas em função da demanda, permite que a capacidade de realização de testes seja rapidamente ampliada. Desta forma, será possível atender demandas da rede pública municipal, assim como outras demandas de órgãos públicos.

No momento, há uma enorme demanda mundial para a aquisição dos insumos necessários ao teste de PCR em tempo real para a detecção da covid-19. Existem poucos fornecedores, todos do exterior, que priorizam a entrega de insumos para os mercados americano e europeu. Espera-se que a negociação em bloco para a aquisição de insumos pela Secretária de Saúde deve facilitar as negociações com os fornecedores.

Por outro lado, recomenda-se que as unidades da RUDIC busquem de parcerias e colaborações no sentido de levantar recursos e adquirir insumos que permitam ampliar a capacidade prevista para a realização dos testes para além dos números acordados com secretária de Saúde do Estado de São Paulo. Neste sentido, parcerias com empresas, prefeituras, doações de pessoas físicas e jurídicas, assim como outras fontes de financiamento, público ou privado, nacional ou estrangeiro, devem ser buscadas ativamente.

A comissão da RUDIC recomenda também que grupos de pesquisa da USP busquem alternativas para a substituição de insumos importados necessários ao teste molecular ou mesmo ensaios que detectem a presença do material genético do vírus. Recursos imediatos podem ser obtidos em edital aberto pela FAPESP para equipes que já tenham projetos financiados pela agência.

Apesar das dificuldades e da tensão que todos experimentam, destacamos a determinação das equipes participantes da RUDIC em superar obstáculos e contribuir, de forma competente e dedicada, para o enfrentamento desta emergência mundial. Para isto, uma gestão centralizada, mas comprometida com o compartilhamento de ações e comunicação clara, é fundamental.”

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

1 de abril de 2020

COVID-19 – Atualização das orientações da Pró-Reitoria de Pesquisa da USP

Face à atual situação de agravamento da epidemia de coronavírus no estado de São Paulo, a Pró-Reitoria de Pesquisa apresenta atualização de recomendações quanto às atividades de pesquisa no âmbito da Universidade e orientações sobre seus programas, editais e atividades administrativas, que podem ser acessadas neste

O documento “COVID-19 – ORIENTAÇÕES DA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA” foi atualizado no dia 1º de abril, com orientações sobre prorrogação de prazo para prestação de contas de recursos de editais da PRP.

Clique AQUI para acessar o documento.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

31 de março de 2020

Cloroquina e hidroxicloroquina trazem riscos graves à saúde

Publicado no último dia 23 de março do corrente ano, na revista “Questão da Ciência”, o pesquisador e docente do IFSC/USP, Prof. Adriano Andricopulo, explica, em artigo, os motivos pelos quais a Cloroquina e Hidroxicloroquina trazem riscos para a saúde e não devem ser administrados para o tratamento do Covid-19.

Transcrevemos, abaixo, o conteúdo integral desse artigo.

“O mundo é outro, distinto daquele a que estávamos acostumados. Olhamos ao nosso redor e percebemos que estamos vivendo um momento único, difícil e completamente novo. O novo coronavírus (SARS-CoV2, causador da doença respiratória COVID-19) impôs mudanças drásticas, restrições, medidas de higiene e isolamento social. No momento em que escrevo (22/03 às 19h30), no mundo todo, são 335.403 casos confirmados, com 223.156 casos ativos, 97.636 casos recuperados e 14.611 mortes. No Brasil, são 1.546 casos confirmados e 25 mortes (para o monitoramento da propagação do coronavírus em tempo real no mundo todo, siga mapa interativo – rastreador da COVID-19) .

Se não bastassem todas as implicações deste tsunami global, estamos diante de outra epidemia de grandes proporções: a da desinformação, que ganhou força devastadora nas redes sociais. Neste momento, devemos nos unir e elevar o tom, porque a voz da Ciência tem de ser ouvida no enfrentamento da desinformação e dos boatos e opiniões absurdas sobre temas capitais, tratados sem o menor compromisso com a verdade.

Ninguém está imune ao novo vírus: nem crianças, nem jovens, adultos ou idosos. Da mesma maneira, não estamos protegidos desta nova epidemia da desinformação. É uma situação complexa, que expõe a nossa vulnerabilidade em aspectos fundamentais, sociais e de saúde pública.

Um dos assuntos mais discutidos no momento está relacionado aos possíveis tratamentos para a doença. Tem circulado a (des)informação de que os medicamentos que contêm os princípios ativos cloroquina e hidroxicloroquina (um análogo simples da cloroquina) são úteis para a profilaxia, tratamento ou cura da infecção causada pelo novo coronavírus.

Cloroquina

Apesar dos resultados promissores descritos por alguns estudos na literatura científica, não há evidências ou dados conclusivos que comprovem a eficácia do uso desses medicamentos para o tratamento do novo coronavírus.

Os resultados disponíveis ainda são preliminares e questionáveis, e, portanto, devem ser ampliados, permitindo ampla discussão sobre vários aspectos que precisam ser corretamente considerados. Não existem recomendações de agências reguladoras no mundo para o uso destes medicamentos para a COVID-19. Este é também o caso no Brasil: não há recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a sua utilização em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus.

Deve ficar claro que, para a inclusão de novas indicações terapêuticas em medicamentos, é indispensável conduzir estudos clínicos em uma amostra representativa de seres humanos, demonstrando não somente a eficácia, mas também a segurança do uso pretendido. Novos e melhores testes estão em andamento, e é preciso aguardar os resultados clínicos e analisá-los, com critérios científicos bem estabelecidos, para subsidiar a nossa interpretação e compreensão dos fatos. Por essa razão, nada justifica a correria desenfreada pela compra destes medicamentos.

Além da simples perda de tempo e dinheiro, tais ações prejudicam as pessoas que realmente precisam dos medicamentos para os tratamentos ativos indicados. O problema foi agravado por declarações desastrosas de alguns governantes, citando estes medicamentos como solução para a pandemia sem, contudo, apresentar dados científicos e comprovação clínica. A falsa esperança levou ao esgotamento dos medicamentos em diversas farmácias.

Mais cedo, foram anunciadas oficialmente, na Nigéria, as primeiras mortes por intoxicação por cloroquina, como consequência do uso indevido para o coronavírus. Contrapondo-se ao surto de falta de bom senso geral, a Anvisa tomou uma decisão correta, em 20/03, ao incluir a hidroxicloroquina e a cloroquina na categoria dos medicamentos de controle especial. Esses medicamentos somente poderão ser entregues mediante receita branca especial, em duas vias.

No Brasil, alguns laboratórios comercializam o difosfato de cloroquina e o sulfato de hidroxicloroquina. Mas é imprescindível lembrar que as únicas indicações aprovadas para uso em seres humanos são para o tratamento de:

A automedicação pode representar um grave risco à saúde das pessoas. As manifestações tóxicas da cloroquina estão relacionadas com efeitos cardiovasculares (hipotensão, vasodilatação, supressão da função miocárdica, arritmias cardíacas, parada cardíaca) e do sistema nervoso central (confusão, convulsões e coma). As doses terapêuticas usadas no tratamento oral podem causar, entre outros efeitos colaterais, cefaleia, irritação do trato gastrointestinal, tontura, distúrbios visuais, urticária. Doses diárias altas podem resultar em retinopatia e problemas auditivos irreversíveis.

O tratamento prolongado com altas doses pode causar, entre outros problemas, miopia tóxica, cardiopatia e neuropatia periférica, visão borrada, confusão, convulsões, erupções e queloides na pele, e embranquecimento dos fios do cabelo. Em casos raros, podem ocorrer problemas graves no sangue. A cloroquina é um fármaco que apresenta estreita margem de segurança, e uma dose única de 30 mg/kg (30 miligramas por quilo de massa corporal, ou cerca de 2 gramas para uma pessoa de 70 quilos) pode ser fatal.

Além disso, há o problema das interações medicamentosas, comum a maioria dos princípios ativos que são administrados oralmente. A cloroquina interage no organismo humano com uma variedade de fármacos, podendo:

Embora o perfil de segurança da hidroxicloroquina seja relativamente superior ao da cloroquina, o seu uso está igualmente sujeito a várias das interações medicamentosas descritas para a cloroquina. A cloroquina e a hidroxicloroquina apresentam sérios efeitos adversos que podem ser experimentados pelas pessoas que optaram pela automedicação contra a COVID-19. É uma condição que poderia ser evitada, mas que tem potencial para representar o desenho de uma nova e indesejável condição, a da epidemia de intoxicações.

Somando-se a todos os problemas mencionados anteriormente, é preciso observar que a cloroquina exibe uma farmacocinética – o modo como se comporta no corpo humano, incluindo os processos de absorção, distribuição, metabolismo e eliminação – complexa. Os níveis do fármaco no sangue são determinados pela velocidade de distribuição (após entrar na via sistêmica, o princípio ativo é distribuído pelos diversos tecidos), e não pela de eliminação (os fármacos são eliminados do organismo humano tanto em sua forma intacta, sem sofrer biotransformações, quanto modificada quimicamente pelo metabolismo).

Prof. Adriano Andricopulo

Há uma extensa ligação com os tecidos, o que requer uma dose de ataque para obter concentrações plasmáticas eficazes. A meia-vida da cloroquina no corpo aumenta aos poucos, à medida que os níveis plasmáticos declinam. A meia-vida terminal varia de 30 a 60 dias, e vestígios do fármaco podem ser encontrados na urina durante anos após o uso terapêutico.

Deve-se ressaltar que algumas outras dezenas de princípios ativos também estão sendo avaliadas no mundo todo para o tratamento da COVID-19. Se os resultados dos estudos em andamento com a cloroquina e hidroxicloroquina forem positivos e resultarem numa indicação para o novo coronavírus, outra questão ganhará grande importância: a produção em larga escala dos medicamentos para o tratamento de centenas de milhares de pessoas.

Laboratórios especializados em medicamentos genéricos nos Estados Unidos, como a Teva e a Mylan, já anunciaram o aumento da produção, o que parece uma medida prudente. No Brasil, a Cristália, que produz o difosfato de cloroquina, e a Apsen, que produz o sulfato de hidroxicloroquina, poderiam se mobilizar no mesmo sentido.

Ao fim e ao cabo, é necessário oferecermos as pessoas os melhores esclarecimentos para que elas sejam capazes de tomar decisões informadas, ou seja, de não comprar medicamentos sem a devida orientação e prescrição médica, e de não tomar nenhum medicamento por conta própria na esperança de um efeito profilático, de um possível tratamento ou mesmo cura para o novo coronavírus.

É sempre importante seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), das Agências Reguladoras e do Ministério da Saúde, porque proteger a vida humana deve sempre estar acima de qualquer outro interesse”.

Adriano D. Andricopulo é professor titular do Instituto de Física de São Carlos IFSC/USP, especialista em Química Medicinal, Fármacos e Medicamentos e diretor-executivo da Academia de Ciências do Estado de São Paulo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de março de 2020

Vale disponibiliza USD 1 milhão em chamada para combater COVID-19

Empresas, startups, instituições, universidades e até mesmo profissionais que possuem soluções para garantir maior acesso da população, estão convidados a participar na chamada feita pela Vale, em colaboração com o Hospital Israelita Albert Einstein e a Rede Mater Dei de Saúde, com o intuito de encontrar soluções para combater a pandemia COVID-19, com investimento de até USD 1 milhão.

As soluções apresentadas deverão ter maturidade suficiente para serem implantadas em até 15 dias (a contar da aprovação) e serem de baixo, ou zero custo, para o usuário final.

As temáticas serão: Prevenção e rastreamento de risco”, “Triagem e Diagnóstico” e “Monitoramento e Acompanhamento de pacientes”, “Cuidados intensivos” e “Open Challenge”.

Para saber mais sobre esta iniciativa, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de março de 2020

Comunicado sobre CRUSP – Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo

Da Superintendência de Assistência Social da USP recebemos as seguintes informações sobre o CRUSP – Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo, no sentido de que todos @s morador@s estejam esclarecidos(as) e orientados(as) sobre as ações da Superintendência de Assistência Social.

A imprensa tem divulgado matérias sobre o CRUSP. Sabendo que os(as) dirigentes da USP têm sido procurados por docentes, alunos e centros acadêmicos para tratar desse assunto, abaixo são mostrados materiais informativos para subsidiá-los(as).

Em entrevista à Rádio USP, Gerson Y Tomanari, Superintendente de Assistência Social – SAS/USP, esclarece à comunidade que muitos dos problemas do CRUSP se acumulam historicamente.

“Com dois meses de gestão, a pandemia magnificou alguns problemas e o que podemos fazer (e estamos fazendo), nesse momento, é agir com os recursos que temos de imediato.

ENTREVISTA – clique AQUI.

A entrevista acima e esses materiais foram replicados na matéria da Faculdade de Saúde Pública – AQUI.

Desde o início da pandemia, a SAS/USP tem enviado regularmente comunicados aos moradores do CRUSP, como se mostra abaixo.Estão todos eles abaixo.

 

Quarto Comunicado aos moradores do CRUSP (28.03.2020)

Prezados(as) Moradores(as) do CRUSP,

Na manhã de hoje, no Hospital Universitário da USP, o estudante do IQ, V.L.T, 56 anos, faleceu em decorrência da Covid19.

Chegou-nos a informação de que o aluno pudesse ser morador do CRUSP. No entanto, segundo consta de nosso sistema, e confirmado por sua filha, ele não residia no CRUSP. Também não há qualquer registro de passagem pelo Serviço Social.

Reforçamos que o Enfermeiro Renato Kazuhiro Ozeki (Email: acolheusp@usp.br / WhatsApp: (11) 97154-6880)  encontra-se disponível para fornecer informações e orientações.

Procurando assegurar as condições de saúde dos Moradores do CRUSP, reiteramos a necessidade de uso rigoroso das medidas de proteção individual, tais como manterem-se de fato em restrição domiciliar pelo período declarado de quarentena, a lavagem das mãos com água e sabão, por ao menos 20 segundos, a limpeza do ambiente, preferencialmente, com uso de água sanitária/hipoclorito, bem como praticar rigorosamente a etiqueta nos casos de tosse e espirros, cobrindo nariz e boca com lenços ou com a dobra interna do cotovelo.

Na semana que passou, todos os apartamentos do CRUSP receberam a primeira parte do Kit de Limpeza, contendo água sanitária, detergente e sacos de lixo. No início da semana que entra, complementaremos com desinfectante, limpador multiuso, sabão em pedra e álcool gel para todos os apartamentos.

Devemos considerar que cerca de 80% dos indivíduos portadores do Coronavírus são assintomáticos e, portanto, o isolamento social torna-se imprescindível. Caso alguém tenha um quadro gripal, a orientação é para que permaneça recluso por 14 dias e, caso more com outra pessoa, deve utilizar máscaras e a limpeza das mãos. Na condição de piora de saúde e dificuldade respiratória, procurar o Hospital Universitário ou o Serviço de Saúde mais próximo de onde estiver.

Lamentamos profundamente o falecimento do nosso aluno. O Serviço Social/SAS e o Escritório de Acolhimento em Saúde Mental/PRG estão em contato com a família do estudante para oferecer o suporte da USP nesse difícil momento.

São Paulo, 28 de março de 2020

Superintendência de Assistência Social – SAS
Superintendência de Saúde – SAU

 

Terceiro comunicado aos moradores do CRUSP (26.03)

Prezados(as) Moradores(as),

1-A partir de hoje forneceremos o kit com materiais de limpeza. Por falta de funcionários, não será mais possível distribuí-los em cada apartamento. O horário de distribuição será das 14h às 16h no Bloco B, Zeladoria.  A entrega será por apartamento mediante documento de um dos moradores. Hoje entregaremos para os apartamentos dos Blocos A1 a C, e na sexta 27/03 para os apartamentos do  Blocos D a G. Faremos horários com escalonamento para evitar filas e o procedimentos será da seguinte forma:

Quinta 26/03

Bloco A1: das 14h às 14h30
Bloco A: das 14h30 às 15h
Bloco B: das 15h às 15h30
Bloco C: das 15h30 às 16h

Sexta 27/03

Bloco D: das 14h às 14h30
Bloco E: das 14h30 às 15h
Bloco F: das 15h às 15h30
Bloco G: das 15h30 às 16h

2-Ontem fizemos algumas mudanças na distribuição das refeições. As marmitas das crianças foram entregues diretamente ao bloco das mães, com o auxílio da guarda universitária. Uma outra medida: os alunos que trouxeram documento de colegas moradores do CRUSP puderam retirar a marmita por eles. Houve também um avanço no processo de checagem e as filas foram bem menores e mais rápidas em comparação ao primeiro dia de entrega das marmitas.

3-Não há funcionários suficientes para a controlar a separação dos alunos nas filas. Por isso, precisamos da colaboração de vocês. Por favor, organizem-se e mantenham-se na fila mantendo a distância de dois metros entre si. É essencial seguir a recomendação dos órgãos de Saúde.

Gerson Y Tomanari e Equipe Gestora
Superintendência de Assistência Social – SAS

 

Segundo Comunicado aos Moradores do CRUSP (25.03)

Prezados(as) Moradores(as) do CRUSP,

Foram espalhados dispensadores de álcool-gel em locais estratégicos do CRUSP, tais como na área de acesso aos elevadores no primeiro pavimento de todos os blocos, no alojamento do Bloco C e no corredor das mães no Bloco A. Estamos em tratativas com fornecedores para garantir a reposição constante do produto, que se encontra em falta no mercado.

1-Forneceremos prontamente a todos os apartamentos materiais de limpeza que dispomos em nosso almoxarifado: água sanitária, detergente e sacos de lixo. A compra de outros materiais está em andamento pela Divisão de Finanças da SAS. Assim que chegarem, faremos a distribuição. Por falar em distribuição, começaremos a montar os kits de limpeza e, em seguida, iremos distribuí-los a cada apartamento, de porta em porta, para evitar aglomerações.

2-Fizemos contato com a direção de todas as Unidades localizadas na CUASO para verificar a possibilidade de receberem, em suas dependências, com toda segurança que o isolamento social requer, moradores do CRUSP que possam usar computadores e/ou acessarem à internet. Até o momento, temos:

IFUSP. Há uma ampla e potente rede WiFi instalada em toda sua área que pode ser mantida funcionando durante o período de quarentena. O WiFi EDUROAM pode ser acessado praticamente de qualquer ponto do Instituto, mas o melhor acesso está na região em torno da biblioteca e da lanchonete, onde há mesas disponíveis. Por razões de segurança, esses espaços poderão ser usados no período diurno, das 6:00 às 18:00 h.

IAG. Disponibiliza o uso da Sala Pró-Aluno para até 5 moradores do CRUSP, adicionalmente aos alunos do próprio IAG, que já possuem acesso à sala. Os interessados devem entrar em contato com a sra. Mirian Sawada <mmsawada@usp.br>, assistente acadêmica da Unidade.

IGc. Estará aberto aos alunos da Unidade para se conectarem à internet e assistirem às aulas virtuais.

1-Estamos atentos à saúde mental dos moradores do CRUSP. O Escritório de Saúde Mental da Pró-Reitoria de Graduação e o Programa Acolhe USP da SAS trabalharão conjuntamente em colaboração para atender as demandas dos moradores do CRUSP por acolhimento, orientação e ajuda relacionados a sua saúde mental. Entrem em contato

Por email: escritoriodesaudemental@usp.br

Pelo formulário: https://sites.usp.br/esm/formulario-do-esm/

Em caso de emergência, ligue para o Centro de Valorização da Vida (CVV): 188.

Atenciosamente,

Gerson Y Tomanari e Equipe Gestora
Superintendência de Assistência Social – SAS

 

Primeiro comunicado aos moradores do CRUSP desde o início da Quarentena (23.03.2020)

Prezados(as) moradores(as) do CRUSP,

Antes de mais nada, queremos agradecer a todos que contribuíram com suas respostas ao levantamento que fizemos na semana passada. O número de respondentes foi expressivo, bem como foram também os comentários e as sugestões, que ora ajudam no estabelecimento das prioridades e no planejamento das ações da SAS.

Amanhã inicia-se um período importante e necessário de quarentena. Com isso, a força de trabalho estará generalizadamente reduzida, não somente na USP, não somente no CRUSP, mas em todo Estado de São Paulo. É nesse contexto de isolamento social que empenhamos os nossos esforços em lidar com cada uma das situações que esclarecemos e orientamos abaixo:

Alimentação

Os restaurantes das Químicas e da Prefeitura funcionarão normalmente no dia de hoje, 23.03, segunda-feira.

A partir de amanhã, 24.03, terça-feira, as refeições serão entregues aos moradores do CRUSP em marmitas descartáveis, mediante identificação pessoal, no restaurante das Químicas. Serão esses os dias e horários de entrega das refeições:

– café da manhã, de segunda a sexta, das 7h às 8h30
– almoço todos os dias, de segunda a domingo, das  12h às 13h30
– jantar, de segunda a sexta, das 18h às 19h

Em se tratando de refeição pronta, é absolutamente necessário que os(as) moradores(as) estejam cientes de que se trata de um alimento para ser consumido imediatamente após tê-lo recebido. Conhecendo esse fato, a qualidade da refeição passa a ser da responsabilidade de cada um que a recebe.

Nesse sistema de entrega de refeição, precisamos passar antecipadamente uma estimativa de demanda para a empresa e controlar o número de refeições servidas para evitar perdas. Precisaremos contar com as informações dos(as) moradores(as) para esse fim.

Consultem sempre o Aplicativo “Cardápio USP” para receberem as informações atualizadas em tempo real.

Segurança 

A Guarda Universitária intensificou as rondas nos arredores do CRUSP. Agentes fazem rondas 24 horas por dia, 7 dias por semana, e estão à disposição para atender os moradores(as) do CRUSP e acionar muito rapidamente a Polícia Militar, caso necessário. Em caso de emergência, informe a Guarda Universitária pelo Aplicativo CAMPUS USP (Android /iOS) ou pelos telefones (11) 3091-3222 / 4222.

Em razão da restrição de funcionários, os recepcionistas terão de servir a mais de um bloco de moradia simultaneamente. Os recepcionistas, articulados com os agentes da Guarda Universitária, estarão a postos em locais estratégicos.

Saúde

Felizmente, não há casos registrados de contaminação por COVID-19 entre funcionários da SAS e moradores(as) do CRUSP. Queremos manter dessa forma. Rogamos a colaboração de todos para continuarmos assim.

Para sanar dúvidas e receber orientações de saúde sobre o COVID-19, a SAS colocou à disposição o atendimento à distância por um enfermeiro. Notem que acrescentamos agora a possibilidade de contato por WhatsApp:

Enfermeiro Renato Kazuhiro Ozeki

E-mail: acolheusp@usp.br

WhatsApp: (11) 97154-6880

Em caso de emergência psiquiátrica, acionem imediatamente a Guarda Universitária, bem como o SAMU – 192.

Higiene e Limpeza

A entrega de álcool em gel prometida para sexta-feira passada (20.03) não foi cumprida pelo fornecedor, que acenou com a possibilidade de nos atender hoje (23.3), segunda-feira, caso consiga superar a falta desse produto no mercado.

O álcool em gel é um importante recurso para evitar a propagação do COVID-19. Lavar as mãos com água e sabão é ainda melhor e mais eficiente. Enquanto nos esforçamos para conseguir um fornecedor de álcool em gel, mantenham-se lavando as mãos adequada e frequentemente.

Estamos buscando garantir que a empresa que executa a limpeza nas áreas comuns do CRUSP mantenha-se atuante, porém sem colocar em risco os seus servidores. À medida que se tornar necessário uma redução no número de agentes de limpeza, será essencial que os(as) moradores(as) zelem pela higiene do CRUSP.

Dada a importância de que o interior dos apartamentos seja mantido limpo e higienizado, a SAS fornecerá um kit de limpeza para cada apartamento do CRUSP. Desencadeamos hoje o processo de compra. Assim que os produtos sejam entregues, buscaremos distribuí-los rápida e eficientemente.

Acesso à internet

Sabemos que o acesso à rede Wi-Fi no interior dos apartamentos é precário. Isso ocorre porque a construção é antiga, as paredes são muito grossas e as janelas são insuficientes para atravessar o sinal adequadamente. As antenas externas atingem um raio de 100 a 200 metros, o que demandaria postes altos para atingir os andares superiores. Frente a essas dificuldades, a alternativa técnica viável é instalar cabos irradiantes e uma antena interna para cada corredor, de cada andar, de cada bloco. A Superintendência de Tecnologia e Informação desenvolveu o projeto que está prestes a entrar em fase de contratação. Essa é uma solução definitiva, porém que não suprirá o que precisamos no momento atual. Para dar conta das necessidades imediatas, a tomamos as seguintes providências:

– A equipe de informática da SAS rastreou as áreas externas do CRUSP e identificou locais onde o sinal é fraco. Informamos a STI foi informada e buscará ampliar as áreas de recepção reforçando os sinais.

– A sala Pró-Aluno do CRUSP encontra-se equipada com monitores e computadores conectados à Internet. Os monitores são moradores do CRUSP, de modo que a sala Pró Aluno funcionará conforme disponibilidade desses monitores. Os horários serão afixados na porta da sala. Fiquem atentos aos procedimentos de higienização de mãos e equipamentos.

– Estão abertas as salas de estudo. Há ao menos uma sala de estudo em cada um dos 8 blocos do CRUSP. Todas elas possuem acesso à rede EDUROAM. Foram colocadas somente duas ou três cadeiras em cada sala, propositalmente, com o intuito de evitar aglomerações. Pedimos, portanto, que usem as salas com responsabilidade. Usem as salas como espaço de estudo. Ao compartilharem a sala, respeitem o isolamento social e mantenham distância de pelo 2 metros entre usuários. Abram as janelas para uma apropriada ventilação.

Para ampliar e diversificar os pontos de acesso à internet no campus, faremos contato com todas as Unidades da Cidade Universitária para solicitar que, na medida do possível, disponibilizem espaços adequados e seguros. Informaremos oportunamente, caso tenhamos uma resposta positiva das Unidades.

Cozinhas Coletivas

As cozinhas coletivas do CRUSP necessitam de manutenção para funcionar. É triste dizer, mas o estado precário das cozinhas se deve, na origem, ao mal-uso, à falta de limpeza pelos usuários, ao roubo de peças, tais como torneiras e queimadores do fogão.

Estamos empenhados em colocar o número máximo possível de cozinhas em funcionamento. Desencadeamos as compras mas, por dificuldade de encontrar fornecedores, principalmente de queimadores para os fogões, ainda não recebemos os materiais. À medida que chegarem, serão instalados e os moradores informados.

A responsabilidade pelo bom uso e pela conservação das cozinhas é coletiva. Cada morador(a) tem sua parcela.

Zeladoria e Manutenção

Reiterando o que dissemos inicialmente, o isolamento social aplica-se também aos funcionários da SAS, o que significa que os serviços de zeladoria e manutenção se encontram sob forte restrição de pessoal. Ainda assim, o atendimento será mantido em contato direto com o Chefe da Manutenção, sr. Luiz Bastos, no endereço luizbastos@usp.br, que colocará o pessoal em ação de acordo com a prioridade de cada caso.

Serviço Social

Para solicitações de atestados, declarações ou demais ações de caráter administrativo, escreva para ssocialsas@usp.br.

As assistentes sociais continuam

à disposição de todos(as) moradores(as). Façam contato com a assistente social que o(a) acompanha:”

Adriana – adrianaribeiro@usp.br
Carla – ccucolo@usp.br
Eliane – elianesq@usp.br
Gina – gmgo@usp.br
Lucimara – lutroiano@usp.br
Luiza – lcanzian@usp.br
Natália – natalia.crispim@usp.br
Neusa – nefranz@usp.br
Rosângela – rosangeladearo@usp.br

(Com informações da SAS/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

31 de março de 2020

Docentes e pesquisadores seniores: criada linha de apoio “IFSC-USP/COVID-19”

Tendo em vista a atual limitação de deslocamento devido a pandemia de COVID-19, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), por intermédio de sua diretoria, acaba de criar uma linha de apoio (IFSC-USP/COVID-19) exclusivamente destinada a docentes e pesquisadores com ou mais de 60 anos, que  são aconselhados a ficar em casa, em isolamento social.

Essa linha de apoio prevê a entrega, em domicílio – POR SOLICITAÇÃO EXPRESSA -, de produtos alimentares e de higiene pessoal, bem como, medicamentos e outros artigos de primeira necessidade nas residências dos solicitantes, dentro da cidade de São Carlos.

Os contatos deverão ser feitos via WhatsApp pelos professores e docentes inseridos no citado grupo de risco, mediante identificação, endereço e contato de celular ou telefone, que serão confirmadas pela Secretaria da Diretoria do IFSC/USP.

O serviço de apoio estará disponível de 2ª a 6ª feira, entre as 09h00 e as 18h00, enquanto predominarem as  orientações para o  isolamento social desse grupo de risco.

Os voluntários deste serviço de apoio estarão devidamente identificados, entregando os produtos NO EXTERIOR das residências, evitando qualquer contato físico, sendo que o pagamento dos produtos será feito mediante apresentação de nota fiscal do estabelecimento fornecedor.

(Imagem: “China Daily”)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de março de 2020

IFSC/USP entrega dois “Rodos UV-C” à Santa Casa de São Carlos

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) cedeu hoje (30/03) à Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC) dois “Rodos UV-C” para a descontaminação dos pisos do hospital, equipamentos desenvolvidos no próprio Instituto e que têm a particularidade de descontaminar grandes superfícies.

O desenvolvimento deste novo aparelho, pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP, que emite radiação ultra-violeta (UV), vem ao encontro das medidas adotadas na prevenção e combate ao COVID-19, neste caso concreto para a descontaminação dos pisos, evitando a propagação do vírus através dos sapatos, atendendo a que os cientistas sabem que os vírus podem persistir durante muitas horas em diversas superfícies, como metais, vidros, plásticos, porcelanas, madeiras, etc..

A radiação ultravioleta é a fração do espectro eletromagnético que abrange os comprimentos de onda abaixo da luz visível, variando de 200 a 400 nm. Essa fração é ainda subdividida em três tipos: UV-A com comprimentos de onda variando de 320 a 400 nm; UV-B com comprimentos de onda variando de 280 a 320 nm; e UV-C com comprimentos de onda variando de 200 a 280 nm. Cada tipo de radiação UV é responsável por causar algum dano biológico. A radiação UV-A é a responsável por provocar alterações na pele, causando o envelhecimento; a radiação UV-B, além de atuar no envelhecimento da pele, é a principal responsável por causar mutações genéticas que levam ao desenvolvimento de câncer de pele; mas, é a radiação UV-C que é considerada a mais deletéria, ou seja, a faixa germicida.

Para total eficácia, estes “Rodos UV-C” deverão ser utilizados durante 1 minuto em cada metro quadrado da superfície a ser descontaminada, atendendo a que a luz UV-C destrói a capa proteica e o material genético de qualquer vírus, aniquilando-o.

Recordamos que esta fonte de luz UV-C também está sendo testada com êxito para, em conjunto com outros fatores, descontaminar por completo órgãos humanos para transplante, num trabalho de pesquisa realizado conjuntamente pelo IFSC/USP e Universidade de Toronto (Canadá), já descrito em artigo científico publicado na Nature Communications (VER AQUI).

Rui Sintra (jornalista) – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

30 de março de 2020

Posto de apoio da FAPESP (EESC/USP) interrompe atendimento

A Assistência Técnica Administrativa (ATAd) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) informa que o Posto de Apoio da FAPESP não está funcionando devido às diretrizes da Reitoria em prevenção ao coronavírus, as quais determinam o teletrabalho dos servidores.

Documentos e correspondências à Fundação podem ser enviados por via postal, com Aviso de Recebimento (AR).

Uma atenção especial é dada ao comunicado enviado pela FAPESP (que abaixo reproduzimos)

Comunicado sobre atendimento

Em função do agravamento da epidemia de COVID-19 (coronavirus 2019 disease), informamos que o atendimento telefônico da FAPESP será suspenso a partir de 24/03/2020. A partir desta data somente serão prestados atendimentos apresentados via Converse com a FAPESP (www.fapesp.br/converse).

Nos dias 19, 20 e 23/03/2020 foi realizado atendimento telefônico emergencial com contingente reduzido, no período das 9h às 11h.

Somente serão atendidos casos de urgência, não sendo prestados esclarecimentos sobre situações usuais ou relacionadas a normas e procedimentos que possam ser esclarecidas pelo Converse com a FAPESP.

Converse com a FAPESP

ATENDIMENTO DO SETOR DE LIBERAÇÃO DE RECURSOS 

Em razão da epidemia de COVID-19 e em continuidade a implementação do novo Sistema de Administração Financeira (SIAF) para liberação de verba de Auxílio à Pesquisa, a FAPESP informa que, a partir de 19/03/2020, o atendimento do Setor de Liberação de Recursos será realizado exclusivamente por meio do site da FAPESP.

As liberações de verba de Auxílios devem ser solicitadas pelo Sistema SIAF em www.fapesp.br/converse ➜ Para Pesquisadores ➜ Solicitações ➜ Finanças ➜Solicitação de liberação de verba.

As liberações de recursos de Reserva Técnica de Bolsas no País devem ser solicitados emwww.fapesp.br/converse ➜ Para Bolsistas ➜ Solicitações ➜ Finanças ➜ Solicitação de liberação de verba de reserva técnica de bolsas no país.

Orientações sobre o Cartão BB Pesquisa podem ser obtidas em www.fapesp.br > Índice > Cartão BB Pesquisa.

As demais dúvidas e solicitações devem ser encaminhadas pelo Converse com a FAPESP utilizando o link correspondente ao assunto em questão.

Lembramos que o acesso ao SIAF é feito com uso do mesmo usuário e senha dos pesquisadores no SAGe. Também é possível o acesso por membro de Escritório de Apoio que já tenha sido cadastrado pela FAPESP no SAGe, ou por pessoa física usuária do SAGe, mediante permissão do(a) responsável pelo processo. A permissão é dada por meio da funcionalidade “Concessão de Permissão de Acesso”, disponível no “Menu Processos”, no SAGe.

RECEBIMENTO DE TERMOS DE OUTORGA

Devido às medidas de restrição que visam conter o avanço da pandemia de COVID-19, a FAPESP passará a aceitar excepcionalmente a assinatura digitalizada de outorgados e dirigentes de instituições sede nos Termos de Outorga e Aditivos aos Termos de Outorga.

O envio do documento deverá ser feito exclusivamente por meio do Converse com a FAPESP, em Recebimento de Termo de Outorga e Aditivos por meio eletrônico (www.fapesp.br/converse/solicitacoes-pesquisador/140/).

Lembramos que o envio do documento original continua sendo obrigatório. O Termo de Outorga deverá ser enviado assinado em duas vias após a retomada das atividades, em data a ser comunicada aos pesquisadores.

As demais dúvidas e solicitações devem ser encaminhadas pelo Converse com a FAPESP utilizando o link correspondente ao assunto específico.

Mais informações sobre o atendimento das FAPESP: www.fapesp.br/14095.

(Com informações da Assessoria de Comunicação EESC/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de março de 2020

Academias de Ciências do Vaticano emitem manifesto sobre Covid-19

Em documento (manifesto) divulgado para a imprensa no último dia 20 de março, as Pontifícias Academias de Ciências e Ciências Sociais do Vaticano sublinharam os enormes serviços prestados pelos profissionais da saúde em todo o mundo na prevenção e combate ao Covid-19, classificando a pandemia como “um desafio para as sociedades, sistemas de saúde e economias”. O manifesto, dividido em cinco pontos, tem o objetivo de chamar a atenção de todos para a necessidade de se implementarem ações e prioridades que se enquadrem nas áreas de ciência, política científica e ações de políticas de saúde.

No documento, é realçado o fato de os sistemas de saúde precisarem de ser fortalecidos em todos os países, principalmente na necessidade de alertar e  antecipar problemas, sendo que essa foi uma lição aprendida até agora com a crise do COVID-19. “Alertar com  um aviso prévio do surto alguns meses antes de nos atingir em escala global, pode ser o fator primordial para evitar tragédias. No futuro, precisamos coordenar melhor os esforços nas frentes política e de saúde para preparar e proteger a população”, enfatiza o manifesto, que sublinha ainda o fato de governos, instituições públicas, comunidades científicas e a mídia (incluindo mídias sociais) terem falhado em garantir uma comunicação responsável, transparente e oportuna, o que é crucial para a ação apropriada. Segundo o documento, organizações internacionais como a OMS e a UNICEF, mas também academias de ciências, precisam ser ouvidas em seus esforços de comunicação para que suas informações científicas,  baseadas em evidências “possam se elevar acima da cacofonia de suposições não comprovadas espalhadas por todo o mundo”.

 Expandir o apoio à ciência e ações das comunidades científicas

Os cientistas a serviço das Academia de Ciências e Ciências Sociais do Vaticano, onde tem assento o pesquisador e docente do Instituto de Física de São Carlos (USP), Prof. Vanderlei Bagnato, defendem o fortalecimento da pesquisa básica que aumenta a capacidade de detectar, responder e, em última análise, prevenir, ou pelo menos mitigar catástrofes como  a que estamos vivendo presentemente. A ciência precisa de financiamento garantido  à nível nacional e transnacional, para que os cientistas tenham os meios para descobrir as drogas e vacinas certas.  Tais resultados devem ser transmitidos ao setor produtivo.  Por sua vez,  empresas farmacêuticas têm a principal responsabilidade de produzir esses medicamentos em escala, e demais empresas de produzir equipamentos de suporte, dentro da realidade econômica. Cientistas de todas as nações já tendem a servir com uma perspectiva global ao gerar prevenções e curas. Os cientistas afirmam, nesse documento, que essa atitude humana precisa de mais apoio. Associações profissionais e academias de ciências precisam verificar se podem servir melhor, em cooperação com agências internacionais, como a Organização Mundial da Saúde  e outras. Uma área de pesquisa importante, contida no manifesto, é entender as causas e a prevenção de doenças zoonóticas, ou seja, doenças infecciosas causadas por bactérias, vírus ou parasitas que se espalham de animais para seres humanos.

O COVID-19 é uma ameaça comum que pode prejudicar um país mais cedo que outro, mas acabará prejudicando a todos. Os profissionais de saúde que combatem pandemias nas linhas de frente precisam do melhor apoio e proteção possível, indica o documento, sublinhando que as mulheres, que são a maioria dos trabalhadores da saúde e geralmente correm maior risco, ainda sofrem as mesmas injustiças que em outras áreas do trabalho, algo que deve cessar.

As pandemias representam uma ameaça para os milhões de refugiados, imigrantes e aqueles deslocados à força, pelo que as Academias de Ciências e Ciências Sociais do Vaticano pedem à comunidade global que intensifique os esforços para proteger os mais vulneráveis.

Interdependências globais

In Jornal “Stampa”

No citado manifesto é dado igual destaque à escala e escopo do globalismo atual, que tornaram o mundo – sem precedentes – interdependentes – e, portanto, vulneráveis e disfuncionais durante as crises. Por exemplo, o surto de COVID-19 está levando a demanda por mais isolamento nacional. No entanto, buscar proteção através do isolacionismo seria equivocado e contraproducente. Uma tendência que vale a pena apoiar seria uma forte demanda por maior cooperação global. As organizações transnacionais e internacionais precisam estar equipadas e apoiadas para servir a esse propósito. “Somente a governança baseada em evidências científicas sólidas e uma base sólida de valores fundamentais compartilhados podem mitigar as consequências de tais crises. A menos que os governos reduzam seus interesses nacionalistas, há motivos para esperar um agravamento da crise da saúde e, conseqüentemente, uma profunda recessão global, com implicações profundas e trágicas, especialmente para os países pobres”, realça o documento.

As medidas de mitigação para conter a rápida propagação do contágio às vezes exigem o fechamento de fronteiras em torno dos pontos afetados. No entanto, segundo o manifesto, as fronteiras nacionais não devem se tornar barreiras que dificultam a ajuda entre nações. Recursos humanos, equipamentos, conhecimento sobre melhores práticas, tratamentos e suprimentos devem ser compartilhados. Problemas globais, como pandemias ou crises menos visíveis das mudanças climáticas globais e perda de biodiversidade, exigem respostas cooperativas globais. “Insistimos que as crises globais exigem ação coletiva. A prevenção e contenção de pandemias é um bem público global e sua proteção exige maior coordenação global, bem como dissociação temporária e adaptativa”.

Ficar em casa é um ato de profunda solidariedade

Além de uma agenda de políticas científicas, técnicas e de saúde, o documento sublinha também a coesão social. “Uma lição que o vírus está nos ensinando é que a liberdade não pode ser desfrutada sem responsabilidade e solidariedade. A liberdade, divorciada da solidariedade, gera egoísmo puro e destrutivo. Ninguém pode ter sucesso sozinho. A pandemia do COVID-19 é uma oportunidade de nos tornarmos mais conscientes de quão importantes são os bons relacionamentos em nossas vidas. O paradoxo de hoje é que percebemos que cada pessoa precisa cooperar com outras pessoas, ao mesmo tempo em que é necessário isolar-nos de todos os outros por razões de saúde. No entanto, esse paradoxo é apenas aparente, pois o ato de ficar em casa é um ato de profunda solidariedade. É “amar o seu próximo como a si mesmo”. A lição que a pandemia nos ensina é que, sem solidariedade, os direitos mais profundos do homem, de  liberdade e igualdade, são apenas palavras vazias”.

Academia de Ciências do Vaticano

Assinam este manifesto os seguintes cientistas:

Joachim von Braun – Presidente da Pontifícia Academia das Ciências (PAS). Universidade de Bonn, Alemanha;

Stefano Zamagni – Presidente da Pontifícia Academia de Ciências Sociais (PASS). Universidade de Bolonha, Itália;

Marcelo Sánchez Sorondo – Bispo Chanceler das Pontifícias Academias de Ciências (PAS) e Ciências Sociais (PASS), Cidade do Vaticano;

Dario Edoardo Viganò – vice-chanceler das Pontifícias Academias de Ciências (PAS) e de Ciências Sociais (PASS), Cidade do Vaticano

Werner Arber – Acadêmico da PAS e Membro do Conselho, Ex-Presidente da PAS, Professor, Biozentrum, Universidade de Basileia, Prêmio Nobel de Fisiologia, Suíça;

Vanderlei Bagnato – Acadêmico do PAS e Membro do Conselho, Professor, Departamento de Física e Ciência dos Materiais da Universidade de São Paulo e Instituto de Física de São Carlos, Brasil;

Antonio M. Battro, MD, PhD – Acadêmico da PAS e Diretor da Escola Internacional de Mente, Cérebro e Educação, Fundação Ettore Majorana e Centro de Cultura Científica, Erice. Membro da Academia Nacional de Educação, Argentina;

Helen M. Blau, Ph.D. – Acadêmica da PAS e Donald E. e Delia B. Baxter Foundation Professor, Diretor, Laboratório Baxter de Biologia de Células-Tronco, Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, Instituto de Biologia de Células-Tronco e Medicina Regenerativa, Departamento de Microbiologia e Imunologia, Stanford, EUA;

Rocco Buttiglione – Acadêmico do PASS, Instituto de Filosofia Edith Stein, Granada, Espanha;

Guy Consolmagno – Acadêmico da PAS Perdurante Munere, Specola Vaticana, Cidade do Vaticano;

Yves Coppens – Acadêmico do PAS, Collège de France, Paleoanthropologieetprehistoire, Paris, França;

Paul Crutzen – Acadêmico da PAS e Prêmio Nobel de Química, Instituto Max-Planck de Química, Mainz, Alemanha;

Partha Dasgupta – PASS Academician, Frank Ramsey Professor Emérito de Economia, Faculdade de Economia, Universidade de Cambridge, Reino Unido;

Francis L. Delmonico, M.D. – Acadêmico da PAS e Membro do Conselho, Professor de Cirurgia da Harvard Medical School, Massachusetts General Hospital. Presidente Doação da Força-Tarefa da Organização Mundial da Saúde e Transplante de Órgãos e Tecidos, EUA;

Pierpaolo Donati – Acadêmico do PASS e membro do conselho, professor de sociologia, departamento de ciências políticas e sociais da Universidade de Bolonha, Itália;

Christoph Engel – Acadêmico do PASS, Instituto Max Planck de Pesquisa em Bens Coletivos, Bonn, Alemanha;

Takashi Gojobori – Acadêmico do PAS e Professor Distinto, CBRC (Centro de Pesquisa em Biociências Computacionais), BESE (Ciências e Engenharia Biológicas e Ambientais), KAUST (Universidade de Ciência e Tecnologia King Abdullah), Thuwal, Reino da Arábia Saudita;

Ana Marta González – PASS Acadêmica e Coordenadora Científica, Instituto de Cultura e Sociedade, Departamento de Filosofia, Universidade de Navarra, Espanha;

Allen D. Hertzke – Acadêmico PASS e David Ross Boyd Professor, Departamento de Ciência Política, Universidade de Oklahoma, EUA;

Vittorio Hösle – Acadêmico do PASS e membro do conselho, professor de artes e letras da Universidade de NotreDame, EUA;

Nicole Le Douarin – Acadêmica e Membro do Conselho da PAS, Professora Honoraireau Collège de France, Secretária Perpétuelle Honoraire d’Académie des Sciences, França;

Yuan Tseh Lee – Acadêmico do PAS, Academia Sinica, Instituto de Ciências Atômicas e Moleculares, Taipei, Taiwan (ROC);

Pierre Léna – Acadêmico do PAS e Professor Emérito, Université Paris Diderot, França;

John F. McEldowney, – Acadêmico e professor do PASS, Faculdade de Direito, Universidade de Warwick, Coventry, Reino Unido;

Yuri Manin – Acadêmico da PAS, Instituto de Matemática Max Planck, Bonn, Alemanha;

Roland Minnerath – Acadêmico do PASS e membro do Conselho, arcebispo de Dijon, historiador, França;

Salvador Moncada – Acadêmico e Professor do PAS, MD, Diretor de Domínio de Pesquisa em Câncer da Universidade de Manchester, Reino Unido e Honduras;

Veerabhadran Ramanathan – Acadêmico da PAS e membro do Conselho, professor, ScrippsInstitutionofOceanography, Universidade da Califórnia em San Diego, EUA;

Martin Rees – Acadêmico da PAS e membro do Conselho, ex-astrônomo Royal e Trinity College Cambridge e presidente da Royal Society, Reino Unido;

Gregory M. Reichberg – Acadêmico do PASS, Instituto de Pesquisa da Paz de Oslo (PRIO), Oslo, Noruega;

Edward M. De Robertis – Acadêmico da PAS e Professor Distinto, Química Biológica, Universidade da Califórnia, Los Angeles, EUA;

Dani Rodrik – Acadêmico do PASS e professor de Economia Política Internacional da Fundação Ford, Escola de Governo John F. Kennedy, Universidade de Harvard, EUA;

Louis Sabourin – Acadêmico do PASS, École Nationale d’Administration Publique (GERFI), Université du Québec, Canadá;

Jeffrey D. Sachs – Professor universitário e diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade Columbia, diretor da Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da ONU, comissário da Comissão de Desenvolvimento de Banda Larga da ONU e advogado dos ODS sob o secretário-geral da ONU Antonio Guterres;

Wolf Singer – Acadêmico da PAS e Membro do Conselho, Professor de Fisiologia da Universidade Goethe de Frankfurt e Instituto Max Planck de Pesquisa do Cérebro, Frankfurt, Alemanha

Marcelo M. Suárez-Orozco – Acadêmico do PASS e membro do conselho, decano e professor de educação da UCLA Escola de Pós-Graduação em Educação e Estudos da Informação, EUA;

Ada Yonath – Acadêmica da PAS, diretora do Helen e Milton A. Kimmelman Center for Biomolecular Structureand Assembly do Weizmann Institute of Science. Prêmio Nobel de Química, Israel;

Paulus Zulu – Acadêmico do PASS e membro do conselho, professor da Universidade de Kwa Zulu Natal, África do Sul;

Para conferir o manifesto, na sua versão original (em inglês), clique AQUI.

(Com informações da Pontifical Academy of Social Sciences)

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de março de 2020

Quadro de discentes inscritos nas eleições para representantes

Para conhecimento público, divulga-se abaixo o quadro de discentes inscritos nas eleições para representantes (Graduação e Pós-Graduação), conforme disposto na Portaria IFSC-05/2020.

Recordando que as eleições se realizam no próximo dia 14 de abril do corrente ano, entre as 08h00 e as 17h00, por meio de sistema eletrônico de votação.

 

 

 

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

24 de março de 2020

Equipamentos desenvolvidos no IFSC/USP descontaminam superfícies

“Surface UV” na desinfecção de pequenas superfícies

Através de uma parceria entre o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e a empresa MMO, com o apoio do Laboratório de Apoio Tecnológico, coordenado pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, e contando com a participação de diversos pesquisadores e engenheiros, foram recentemente desenvolvidos dois dispositivos para descontaminação de superfícies.

O primeiro equipamento, ao qual foi dado o nome de Surface UV, pode ser utilizado como uma alternativa na desinfecção de pequenas superfícies, instrumentos, e até mesmo de pequenos locais, tendo como principal objetivo inativar microrganismos e reduzir a disseminação dos mesmos, controlando a incidência de infecções nos ambientes. Por outro lado, um outro equipamento ainda em testes finais no IFSC/USP, tem a mesma finalidade, só que o foco é a descontaminação de grandes superfícies – pisos, paredes, grandes superfícies em vidro, etc..

Prototipo de novo equipamento para desinfecção de grandes superfícies (em testes)

O desenvolvimento destes novos aparelhos vem ao encontro do aumento registrado na propagação dos vírus da gripe – dentre eles o COVID-19 -, sendo cada vez maior a necessidade de introduzir novos métodos para descontaminação de ambientes e superfícies para evitar que a contaminação se propague com maior rapidez. Em relação aos processos de desinfecção, existem vários métodos químicos e físicos capazes de destruir a forma vegetativa dos microrganismos nos ambientes. No entanto, um procedimento que tem mostrado segurança e eficácia na inativação dos microrganismos, como o COVID-19, é a radiação ultravioleta (UV), presente nestes novos equipamentos, que evita que a contaminação se propague, já que os cientistas sabem que os vírus podem persistir durante muitas horas em diversas superfícies, como metais, vidros, plásticos e madeiras.

Pesquisadora Thaila Quatrini Correa

Diferentemente dos outros métodos empregados para a desinfecção, a radiação UV-C é capaz de proporcionar uma inativação rápida e eficaz dos microrganismos mediante um processo físico que atua diretamente no material genético de bactérias, fungos e vírus, sem deixar vestígios ou subprodutos no local. A principal vantagem que a técnica apresenta em relação aos desinfetantes, é que ele não é um consumível. Os desinfetantes podem acabar e a limpeza constante com água pode levar ao excessivo uso de um recurso natural escasso, enquanto que a tecnologia com luz ultravioleta mantém-se operacional.

A radiação ultravioleta é a fração do espectro eletromagnético que abrange os comprimentos de onda abaixo da luz visível, variando de 200 a 400 nm. Essa fração é ainda subdividida em três tipos: UV-A com comprimentos de onda variando de 320 a 400 nm; UV-B com comprimentos de onda variando de 280 a 320 nm; e UV-C com comprimentos de onda variando de 200 a 280 nm. Cada tipo de radiação UV é responsável por causar algum dano biológico. A radiação UV-A é a responsável por provocar alterações na pele, causando o envelhecimento; a radiação UV-B, além de atuar no envelhecimento da pele, é a principal responsável por causar mutações genéticas que levam ao desenvolvimento de câncer de pele; mas, é a radiação UV-C que é considerada a mais deletéria, ou seja, a faixa germicida.

“Por possuir elevada efetividade, a radiação UV-C tem sido amplamente utilizada com segurança na desinfecção de superfícies em geral, como em hospitais, salas cirúrgicas, clínicas, laboratórios e também nas indústrias farmacêuticas, cosméticas, alimentícias, de laticínios, entre outros ambientes.” destaca a doutora em biotecnologia do IFSC/USP, Thaila Quatrini Correa.

No que diz respeito ao Surface UV, ele é um equipamento portátil e de fácil manuseio, ideal para realizar a rotina de desinfecção dos locais de trabalho, bem como de todos os utensílios e equipamentos presentes nesses locais. Com o seu uso regular, o dispositivo pode promover a diminuição de possíveis infecções veiculadas pelas superfícies, instrumentos, objetos e quaisquer outros materiais contaminados.  Em locais públicos com grande circulação de pessoas, os sistemas com luz ultravioleta podem ser utilizados para reduzir a possível presença de COVID-19. O sistema pode ser aplicado, por exemplo, em ônibus, mobiliários, bancadas, pias, leitos, equipamentos, pisos, paredes, portas, janelas, grades de ar condicionado, banheiros públicos, corredores,  mobílias, maçanetas, corrimãos, teclados e mouses de computador, caixas eletrônicos, ou seja, locais onde as pessoas normalmente colocam as mãos.  Em outros países,  a técnica tem sido utilizada para descontaminar aviões e hospitais.

Desinfecção de objetos

O Surface UV foi testado e sua ação em inativar microrganismos foi comprovada cientificamente em um estudo publicado na revista internacional Photomedicine and Laser Surgery, em 2017 de autoria dos pesquisadores Thaila Quatrini Correa, Kate Cristina Blanco,  Natalia Mayumi Inada, Maisa de Fatima Hortenci, Angela Aparecida Costa, Evaine da Silveira Silva, Patricia Pereira da Costa Gimenes, Soraya Pompeu, Raphael Luiz de Holanda e Silva, Walter Manso Figueiredo, e Vanderlei Salvador Bagnato.

Prof. Sebastião Pratavieira

A pesquisa científica avaliou a efetividade do dispositivo na redução de bactérias Gram-positivas, como as espécies Staphylococcus aureus, Streptococcus mutans e Streptococcus pneumoniae; bactérias Gram-negativas, como as espécies Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli, além da espécie fúngica Candida albicans, todas causadoras de doenças infecciosas.

Além disso, o mesmo estudo avaliou a ação do Surface UV na desinfecção de superfícies de locais diferentes dentro de um ambiente hospitalar, isto é, em ambientes reais de contaminação. Dez superfícies foram escolhidas para receber a desinfecção: bancada de trabalho do laboratório de bacteriologia, cadeira de coleta de sangue, bancada de troca dos bebês do atendimento infantil, mesa de atendimento da sala de vacinação, mesa de atendimento da sala de tuberculose, dengue e clínica médica, mesa de atendimento da sala de DST/AIDS, mesa de atendimento da sala de dermatologia, cadeira ginecológica da sala de saúde da mulher, e suporte com material para curativos da sala de hanseníase. Todos os resultados mostraram redução na carga microbiana presente nestas superfícies, indicando que o dispositivo pode auxiliar na desinfecção desses locais.

O docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Sebastião Pratavieira, sublinha que, com relação ao COVID-19 ainda não existem estudos específicos: “Todavia, baseado no que encontramos na literatura, o UV-C tem potencial para inativar toda e qualquer bactéria, fungo ou vírus, nessas superfícies. Vamos ter que aguardar para fazer os testes para o novo coronavirus, mas estamos convictos de que o UV-C é eficaz. O equipamento é extremamente seguro para quem manuseia e a única advertência é que este aparelho não pode ser utilizado diretamente na pele humana, nem em animais”, conclui o pesquisador.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação IFSC/USP

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