Notícias Destaque

15 de junho de 2020

USP lança novo portal de serviços para a comunidade universitária

Novo portal vai integrar as funcionalidades dos sistemas corporativos e melhorar a navegação dos usuários

A Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) está lançando o Portal de Serviços Computacionais voltado para a comunidade universitária.

Com o novo portal, alunos, professores e funcionários da Universidade poderão acessar todos os serviços acadêmicos e administrativos que hoje compõem os Sistemas USP, de forma personalizada, com visualização moderna e rápida. Além disso, o portal possui interface totalmente integrada e ajustável e funciona de forma simples e intuitiva em celulares, tablets e computadores.

Dentre as novas funcionalidades do portal estão um menu integrado por funções, a criação de uma lista de tarefas pendentes e um sistema de busca e localização dos serviços por palavra-chave.

“O novo portal tem como principal objetivo integrar todas as funcionalidades dos sistemas corporativos e, ao mesmo tempo, melhorar a navegação dos usuários”, afirma o superintendente da STI, João Eduardo Ferreira.

Ferreira destaca três aspectos importantes do novo sistema no que se refere à navegação. O primeiro está relacionado ao menu integrado do lado esquerdo, “que reagrupa os serviços corporativos já disponíveis, só que agora de outra forma. Antes tínhamos os sistemas acadêmicos, como Júpiter, Janus, Apolo e Atena, e os administrativos, como Marte e Mercúrio, que, a partir de agora, serão agrupados neste novo menu”.

O segundo aspecto, segundo ele, é o “uso de palavras-chave para encontrar a função que se quer, independentemente do sistema em que esta função se encontra. Além disso, o usuário, ao entrar no portal, poderá visualizar suas tarefas pendentes e realizá-las de forma mais eficiente”.

“Esse portal não é simplesmente a junção dos sistemas corporativos ora existentes. Possui diversos aperfeiçoamentos e facilitará ainda mais a interação com o usuário. Será um passo decisivo para melhorar, ainda mais, a informatização eficiente da nossa Universidade”, destaca o reitor da USP, Vahan Agopyan.

A partir deste mês de junho, a STI deverá promover treinamentos junto às Unidades de Ensino e Pesquisa para a utilização do novo portal, que está previsto para entrar em funcionamento a partir de setembro.

Assista, a seguir, ao vídeo produzido pela Superintendência sobre o sistema: http://e.usp.br/portalusp

(Com informações da Superintendência de Tecnologia de Informação (STI) – USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

15 de junho de 2020

(IFSC/USP) – Bolsa de Doutorado Direto FAPESP em Astropartículas

Estão abertas até o próximo dia 19 de julho as inscrições para uma Bolsa de Doutorado Direto (FAPESP) em Astropartículas, no Grupo de Astrofísica de Partículas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), associada a um projeto “Jovem Pesquisador da FAPESP”.

O projeto de pesquisa propõe estudos nos campos de busca de matéria escura e astrofísica de altas energias na região do Centro

Galáctico, com foco especial na análise e interpretação de dados de telescópios de raios gama.

Podem concorrer à bolsa alunos do último semestre de graduação ou graduados sem mestrado concluído nas áreas de Física, Astronomia ou áreas afins – preferencialmente

aprovados na prova escrita EUF (Brasil) ou GRE (exterior) – com excelente histórico escolar e nível de inglês, de acordo com os critérios estabelecidos pela FAPESP.

O(A) candidato(a) à vaga terá a oportunidade de estágio no exterior, visando realizar parte de seu trabalho de teses em Instituições de Pesquisa na Europa e Estados Unidos

Os interessados devem entrar em contato com Prof. Aion Viana (aion.viana@ifsc.usp.br).

No campo “assunto”, colocar “Candidato a Bolsa de Doutorado Direto”.

Os candidatos devem enviar os seguintes documentos (como um único arquivo PDF):

1- Histórico Escolar completo do seu curso de graduação (incluindo reprovações, quando for o caso);
2-Currículo Vitae (com link para o Currículo Lattes do CNPq, atualizado);
3-Um ou dois contatos de referência (de preferência orientador de IC, TCC ou mestrado)

Para conferir o anúncio, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

12 de junho de 2020

Nova terapia devolve qualidade de vida a pacientes com doença de Parkinson

A doença de Parkinson, caracterizada por tremores, lentidão dos movimentos, rigidez e atrofia muscular, provoca igualmente dores intensas e uma grande dificuldade para a realização de movimentos, inclusive os mais básicos.

Caminhada, ingestão de alimentos, ou mesmo escovar os dentes, são alguns exemplos. Essa doença, degenerativa e progressiva no sistema neurológico, ainda não tem cura, afetando um vasto número de indivíduos, independente da idade ou sexo.

Nos últimos anos, pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos iniciaram um projeto de pesquisa que teve como objetivo implementar uma nova possibilidade de tratamento não invasivo e não farmacológico para amenizar as chamadas dores musculares do paciente parkinsoniano, inclusive aliviando grande mente os desconfortos causados pelos tremores. Este estudo, que reuniu parcerias com clínicas privadas, resultou em protocolos que demonstraram excelentes resultados, combinando pressão negativa e laserterapia.

Recentemente (mais precisamente em abril do corrente ano), foi publicado um conjunto de resultados deste trabalho na prestigiada revista Journal of Alzheimers Disease & Parkinsonism, mostrando o grande ganho no uso das terapias combinadas. Os resultados obtidos com diversos pacientes apontam que o uso do laser terapêutico e pressão negativa possibilita a redução acentuada da dor e a melhora da qualidade de vida dos pacientes parkinsonianos. Redução acentuada das dores musculares e da rigidez muscular, levam, inclusive a uma redução dos tremores, permitindo ao paciente retornar às suas atividades anteriormente limitadas.

O estudo utilizou um equipamento – já comercial e devidamente aprovado pela ANVISA – desenvolvido no Grupo de Óptica (GO) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), produzido através de uma parceria em desenvolvimento tecnológico com a empresa MMOPTICS. Este equipamento, mediante o uso do novo protocolo, pode devolver ao paciente uma nova expectativa na sua qualidade de vida. Atualmente, a terapia está disponível nas clínicas parceiras MultFisio Brasil e LongeVida, sendo que o equipamento está disponível apenas para profissionais de saúde.

“Não curamos a doença, mas criamos condições adequadas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, disse um dos pesquisadores envolvidos no trabalho.

Para conferir o trabalho publicado na revista Journal of Alzheimers Disease & Parkinsonism, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de junho de 2020

Novo biossensor detecta biomarcadores sanguíneos do Mal de Alzheimer

Publicado recentemente numa das melhores revistas de nanotecnologia do mundo – ACSNANO (PDF) -, um novo biossensor para determinação simultânea e rápida de biomarcadores sanguíneos do Mal de Alzheimer foi desenvolvido durante o doutorado da pesquisadora Laís Canniatti Brazaca no Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do IFSC/USP (GNano), sob a coordenação do pesquisador Prof. Valtencir Zucolotto, e aperfeiçoado durante um estágio sanduíche realizado pela estudante na Universidade da California, San Diego, sob supervisão do prof. Joseph Wang.

O novo método permite a quantificação simultânea de duas proteínas já mencionadas na literatura médica (Fetuína-B e Clusterina) que, ao se encontrarem em concentrações alteradas no sangue, indicam o possível diagnóstico do Mal de Alzheimer. Combinado à outras ferramentas, o sensor desenvolvido deve trazer maior confiança no diagnóstico da doença a baixo custo.

O inovador método é composto por um dispositivo simples baseado em papel no qual se encontram nanopartículas de ouro complexadas à anticorpos seletivos para os biomarcadores.

A ideia é que, ao depositar uma simples gota de sangue no papel, em poucos segundos o biofluido escorre em direção aos anticorpos, permitindo que as proteínas Fetuína-B e Clusterina se liguem às nanopartículas de ouro e se concentrem em uma determinada região, uma ação que causa uma mudança de cor de branco para rosa, no papel. O dispositivo, porém, ainda não foi testado com sangue – tendo sido somente avaliado em amostras ideais, contendo as proteínas estudadas.

Com uma simples câmera fotográfica, ou com a câmera de um celular, ambas ligadas a um software específico, será possível ver o resultado desse teste rápido e extremamente eficiente. Com esse resultado, os médicos poderão dar a melhor sequência no acompanhamento e tratamento precoce de seus pacientes.

Com a propriedade de detectar os biomarcadores de forma rápida e eficiente, espera-se que o dispositivo auxilie no diagnóstico precoce do Mal de Alzheimer a baixos custos. Espera-se, assim, que um número maior de pacientes seja diagnosticado e que o novo biossensor criado no IFSC/USP auxiliará em estudos que visem a elucidar os mecanismos que provocam o desenvolvimento da doença.

Quando questionada sobre em que estágio da doença as proteínas Fetuína B e Clusterina tem suas concentrações alteradas, Laís Brazaca sublinha que existem ainda poucos estudos disponíveis para que se possa responder com precisão. “Cada uma das proteínas apresenta comportamentos distintos frente a evolução da doença. A proteína Clusterina está mais associada a taxa de declínio cognitivo e pode ser encontrada em concentrações significativamente alteradas principalmente em casos mais avançados da doença. A proteína Fetuína B, por outro lado, pode ser um indicativo para o desenvolvimento da doença alguns anos antes do aparecimento de sintomas”, pontua a pesquisadora.

Em relação ao custo dos dispositivos desenvolvidos, durante as pesquisas os testes custaram, em média, 50 reais. Porém, com a ampliação da escala de produção e com a adaptação de algumas técnicas utilizadas no desenvolvimento do sistema é possível que cada teste venha a ter um custo médio de 10 reais. Além disso, a expectativa dos pesquisadores é que testes com amostras de sangue possam ser realizados nos próximos meses, esperando-se que eles forneçam evidências sólidas relacionadas ao funcionamento prático do dispositivo.

Laís Brazaca justifica o motivo de realizar a detecção simultânea de duas proteínas diferentes, destacando que o uso de dois biomarcadores, ao invés de um, faz com que a confiabilidade dos testes seja aumentada. “Em indivíduos de idade mais avançada, é possível que alguma das proteínas estudadas esteja em concentrações alteradas devido a outra condição que não o mal de Alzheimer. Utilizando dois biomarcadores, diminui-se a chance de realizar diagnósticos errôneos”.

Valtencir Zucolotto, pesquisador do IFSC/USP e coordenador do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do IFSC/USP (GNano), aponta as vantagens dos dispositivos frente aos métodos de diagnóstico atuais. “Atualmente, o diagnóstico da doença é realizado principalmente pela avaliação clínica, e exames complementares podem incluir a análise do líquido cefalorraquidiano, ou de técnicas de neuroimagem. Esses métodos são eficientes, mas apresentam várias desvantagens. O uso do líquido cefalorraquidiano, por exemplo, exige a realização de uma punção extremamente dolorosa e invasiva, especialmente em idosos. O dispositivo desenvolvido supera essa dificuldade a partir do uso de sangue, biofluido que apresenta coleta mais simples, menos invasiva e de menor custo do que o método anterior. As técnicas de neuroimagem, por sua vez, necessitam de equipamentos e pessoal técnico altamente especializado, apresentando, por isso, custos elevados. Além disso, essas técnicas dependem da locomoção do paciente aos centros de análise. O biossensor desenvolvido por Laís Brazaca será capaz de realizar a análise a custos reduzidos na área onde o paciente reside”, finaliza Zucolotto.

Para conferir o trabalho publicado, clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

10 de junho de 2020

USP é a 115º melhor do mundo segundo o QS World University Ranking 2021

A Universidade de São Paulo (USP) aparece como a melhor instituição de ensino superior brasileira e a 115º melhor do mundo no QS World University Ranking 2021, divulgado no dia 09 do corrente mês pela empresa britânica de análises Quacquarelli Symond.

A USP aparece uma posição à frente da que esteve no ano passado, quando foi classificada como a 116º melhor universidade do mundo. Na atual edição do ranking, a instituição aparece empatada com a Universidade de Wageningen, da Holanda.

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aparece na 233° colocação mundial e é a segunda melhor brasileira, seguida da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na 380°.

Entre as instituições latino-americanas, a Universidade de São Paulo aparece como a terceira colocada, atrás da Universidade de Buenos Aires (66°), da Argentina, e da Universidade Nacional Autônoma do México (100°).

Na classificação mundial, três universidades norte-americanas ocupam o pódio: o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) aparece na primeira colocação, seguido pela Universidade Stanford e pela Universidade de Harvard.

As melhores universidades do Brasil, no ranking, são: 115º: Universidade de São Paulo (USP) 233°: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) 380º: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 420º: Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp) 493º: Universidade do Estado de São Paulo (Unesp).

Para conferir o ranking, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

9 de junho de 2020

Entrevista: “Problemas e Desafios da COVID-19 – Inclusão social na USP”

O ECar – Escritório de Desenvolvimento de Carreiras PRG/USP realiza no dia 10 do corrente mês, a partir das 17h00, uma entrevista via web com o Vice-Reitor da USP, Prof. Antônio Carlos Hernandes, subordinada ao tema “Problemas e Desafios da COVID-19 – Inclusão social na USP.

Este evento, que contará com a presença do Prof. Helio Dias, como moderador, é uma parceria com o IVEPESP – Instituto para a Valorização da Educação e da Pesquisa no Estado de São Paulo.

Esta transmissão, ao vivo, poderá ser acessada através do link:

https://youtu.be/sFVD5Vn_OMM

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de junho de 2020

10/06: Evento online sobre prevenção à COVID-19 reúne especialistas

Pesquisas relacionadas à busca de medicamentos e vacinas contra o novo coronavírus serão o tema do seminário online “Vetores saudáveis: Desenvolvimento de Medicamentos e Vacinas para a COVID-19 e os Desafios em Saúde no Brasil”, que será realizado nesta quarta-feira (10) pela Universidade de São Paulo e pela Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp).

O evento terá como expositores o médico Drauzio Varella; o pesquisador Adriano Andricopulo, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP e diretor-executivo da Aciesp; e Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan e pesquisador do Centro de Terapia Celular (CTC), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), apoiado pela Fapesp, na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

Um levantamento feito nas principais bases de dados sobre ensaios clínicos do mundo revela que 153 fármacos estão sendo testados em 1.765 estudos com pacientes que contraíram a enfermidade. O número revela a dimensão do esforço científico global em curso para combater a doença, que conta ainda com outras frentes, como a compreensão dos mecanismos moleculares da infecção, o desenvolvimento de vacinas e a geração de dados epidemiológicos sobre a pandemia, por exemplo.

“Uma análise cuidadosa dos 1.765 estudos em andamento revelou algumas surpresas e curiosidades. Entre as 153 substâncias químicas registradas nos testes clínicos há antivirais, antiparasitários e medicamentos desenvolvidos para diferentes condições”, diz Andricopulo, responsável pelo levantamento.

Estudos

Foram analisados dados das quatro principais bases online de estudos clínicos do mundo: Clinical Trials, mantida pelos National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos (1.001 registros); EU Clinical Trials Register, da União Europeia (51 registros); ISRCTN, que segue diretrizes da Plataforma Internacional de Registro de Ensaios Clínicos (ICTRP), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas ICMJE (39 registros), e Chinese Clinical Trial Registry, da China (674 registros). Estudos brasileiros e de outros continentes são registrados em algumas dessas bases.

Andricopulo é pesquisador e coordenador de transferência de tecnologia do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), um CEPID apoiado pela Fapesp no IFSC/USP. O centro busca atualmente potenciais antivirais para o tratamento de COVID-19 entre compostos sintéticos e produtos naturais da biodiversidade brasileira, além de realizar estudos voltados ao reposicionamento de fármacos já existentes.

Diversidade de medicamentos

Pela metodologia conhecida como reposicionamento de fármacos, são testadas moléculas já aprovadas para outras doenças ou que estão em fase avançada de testes clínicos. Por isso, entre as 153 moléculas que estão sendo avaliadas para a COVID-19, há uma grande diversidade de classes terapêuticas.

Os antivirais aparecem na liderança, com 26 candidatos. Outros 18 são medicamentos anticâncer, 14 imunossupressores, 13 anti-hipertensivos, 12 antiparasitários e 12 anti-inflamatórios.

Entre os outros 58 candidatos estão antibióticos diversos, antiulcerosos, anticoagulantes, antidepressivos, antipsicóticos, vasodilatadores, antidiabéticos, corticosteroides e redutores de colesterol.

Um dos mais promissores, até agora, é o antiviral remdesivir, desenvolvido originalmente para combater o vírus ebola. O medicamento, no entanto, tem a desvantagem de só poder ser administrado na forma injetável. Por isso, duas outras moléculas têm se destacado como alternativas superiores a ele.

A EIDD-2801 ataca a mesma enzima viral que o remdesivir, mas pode ser administrada por via oral, em comprimidos. Além disso, os testes realizados até agora mostram que ela pode ser mais eficaz contra as formas mutantes do vírus, evitando a criação de resistência ao medicamento. Outra molécula semelhante e mais simples, a EIDD-1931, atrapalha o processo de transcrição do material genético do vírus, levando à interrupção da replicação.

Eficácia

O pesquisador ressalta, porém, que não há vacina nem medicamento específico aprovado para a COVID-19 e que, por isso, o levantamento acende um sinal de alerta. “Ainda estamos distantes de alcançar um tratamento com 100% de eficácia e é pouco provável que isso ocorra no curto prazo. E a pouca eficácia dos medicamentos em investigação clínica sugere que o tratamento da doença deva ser feito com uma combinação de fármacos, de acordo com a avaliação do quadro e das condições de cada paciente”, diz.

O webinar terá abertura de Sylvio Canuto, pró-reitor de pesquisa da USP; Vanderlan Bolzani, professora do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (IQ-Unesp) e presidente da Aciesp e Guilherme Ary Plonski, diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP. A mediação do debate será do jornalista Herton Escobar.

O evento poderá ser acompanhado pelo site do IEA: www.iea.usp.br/aovivo.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de junho de 2020

A COVID-19 não vai parar o IFSC – O IFSC vai ajudar a parar a COVID-19 no Brasil

Este ano, todos foram apanhados de surpresa pelo que já é considerado um dos maiores males da história.

Não apenas a saúde de nossa sociedade e a vida de nossos cidadãos está em constante risco, como também a própria economia: existe a necessidade premente de proteger toda a sociedade, não só em termos daquilo que a une de forma particular, como, por exemplo, os laços familiares e sociais, mas também das estruturas que consolidam seu crescimento – segurança, saúde, enquadramento social, educação, etc..

Ver empresas promissoras, profissionais talentosos e investimentos de vidas lutando para viver o dia a dia, é, certamente, uma situação que ninguém esperava nem desejava. Não há dúvida que praticar  a proteção pessoal e evitar os chamados contatos de curta distância são essenciais para se evitar o contágio generalizado; muitos estão contribuindo com isso.  A doença é grave e mata em torno de 10% das pessoas contaminadas, muitas delas pertencentes aos designados grupos de risco. O pânico vem do fato que uma grande maioria precisa de tratamento para se recuperar, envolvendo assistência hospitalar especial, sendo que se muitas pessoas forem contaminadas ao mesmo tempo, o desastre pode ser catastrófico devido à nossa incapacidade de dar assistência a todos.

A situação deve ficar mais controlada quando tivermos a vacina, mas enquanto isso não ocorre “não podemos simplesmente ajoelhar e esperar a guilhotina da peste cortar nosso pescoço”, diz o diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Vanderlei Bagnato. O Instituto, seguindo a mesmo caminho trilhado pela Universidade de São Paulo, como um todo, vem prosseguindo suas atividades regulares acadêmicas e de pesquisa de forma controlada e absolutamente segura para seus alunos, funcionários e professores. Todos os professores estão ministrando seus cursos online no sentido de continuar fazendo aquilo que é o melhor que a instituição oferece  à sociedade – a educação. Além disso – e de forma  controlada -, o IFSC/USP continua seu percurso nas inúmeras pesquisas que até aqui estavam em desenvolvimento, tendo, a partir da pandemia, agregado outras que certamente deverão contribuir para solução dos problemas causados pelo novo coronavirus. “A COVID-19 não vai parar o IFSC/USP, mas sim o Instituto vai contribuir para parar a COVID-19”, diz Vanderlei Bagnato, referindo-se ao grande esforço que todos professores estão fazendo para continuar a formação de profissionais  que serão extremamente necessários após esta crise, bem como para as enormes contribuições que os pesquisadores  vem fazendo para combater a COVID-19.

Sistemas para descontaminação de ambientes e objetos, técnicas analíticas que ajudam nos diagnósticos e desenhos de novas moléculas para novos medicamentos, são alguns dos esforços que estão sendo desenvolvidos no Instituto, colocando seus pesquisadores como soldados fiéis contra esta terrível doença. “Não há duvida que a situação é estranha e incerta, mas as instituições de ensino e pesquisa não podem fechar suas portas. A tecnologia existe para trabalhar em nosso favor, mesmo nos momentos de crise. Certamente, a política de contribuir para o país e para a sociedade tem sido a constante de todas instituições cientificas nacionais. Os profissionais que estamos formando, certamente serão os protagonistas da recuperação e nosso desafio é formá-los de forma integral, mesmo em épocas como esta que se vive”, enfatiza Bagnato.

A sociedade pode contar com IFSC/USP!

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

8 de junho de 2020

Ferramenta de visualização facilita descoberta de métodos na detecção de doenças

As imagens mostram como os mesmos dados podem ser observados de formas diferentes de acordo com a técnica de visualização computacional empregada. Os gráficos são de um estudo de 2012 para detecção de glicose e triglicérides (crédito da foto: artigo publicado em https://doi.org/10.1016/j.snb.2012.02.046)

Plataforma gratuita está disponível na web e pode ser importante aliada nas pesquisas sobre a COVID-19

Nos laboratórios de todo o mundo, grupos de cientistas têm investigado novas maneiras de detectar o novo coronavírus. Eles coletam amostras de pessoas infectadas a fim de criar testes rápidos e, para obter alto grau de confiabilidade, realizam uma série de experimentos usando diferentes técnicas de detecção. Isso pode gerar uma grande quantidade de dados e, muitas vezes, os números variam pouco entre si, o que requer cuidado para não gerar diagnóstico impreciso ou errado.

É nesse contexto que a visualização computacional entra em cena. Com a finalidade de criar e explorar representações visuais de dados coletados por meio de sensores e biossensores, um grupo de especialistas da área de computação criou o Projection Explorer Sensors (PEx-Sensors).

Gratuito e disponível na web, o PEx-Sensors já é utilizado por diversos cientistas que estudam, por exemplo, novos métodos para detectar doenças como a leishmaniose visceral, o câncer de próstata e a hepatite C. Agora, os especialistas afirmam que a ferramenta pode se tornar uma aliada importante para agilizar as descobertas relacionadas ao novo coronavírus. Por exemplo, ao usar o computador para enxergar dados obtidos em sensores e biossensores destinados a detectar a presença do novo coronavírus, os pesquisadores podem descobrir semelhanças e diferenças nos métodos de detecção.

É por isso que as ferramentas de visualização computacional têm se proliferado no mundo científico e revolucionado a forma como os pesquisadores conduzem seus experimentos. Resultado de um trabalho em equipe, o PEx-Sensors é apenas uma das muitas ferramentas desenvolvidas ao longo dos últimos 30 anos pelo Laboratório de Visualização de Imagens e Computação Gráfica (VICG) do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

Paulovich é um dos criadores do PEx-Sensors. Vinculado ao ICMC, mas afastado do Instituto há três anos, ele é hoje professor da Universidade de Dalhousie, no Canadá (crédito da foto: Universidade de Dalhousie).

“Mas por que usar uma ferramenta de visualização se o cientista já tem números que mostram o quão preciso é o sensor ou o biossensor que ele criou?”, questiona o professor Fernando Paulovich, do ICMC. “Ora, porque quando estamos na fase inicial de desenvolvimento de um sensor ou biossensor, precisamos testar alternativas. É o que está acontecendo hoje em muitos laboratórios que pesquisam o novo coronavírus. Nessa fase, a visualização tem um papel importante: ela é uma ferramenta exploratória”, responde.

O professor diz que, no caminho de construção de um novo sensor ou biossensor, os pesquisadores não sabem dizer, de antemão, qual a combinação de materiais e substâncias poderá ser mais eficaz na detecção de uma doença. “Quando não temos uma resposta para um problema, precisamos explorar possibilidades. Existe apenas uma ideia, uma percepção sobre como podemos resolver. Então, fazemos testes iniciais antes de conceber uma hipótese de pesquisa. Só depois é que partimos para a construção do sensor ou do biossensor mais promissor. No final, ainda é necessário usar métodos estatísticos para validar os resultados encontrados”, explica Paulovich.

É por isso que o professor faz a seguinte ressalva: “O PEx-Sensors não é uma ferramenta de validação, mas uma plataforma para a criação de hipóteses de pesquisa. Com ela você consegue entender uma série de questões que são muito difíceis de observar na prática”.

Desafios adicionais – Vinculado ao ICMC, mas afastado do Instituto há três anos, Paulovich é hoje professor da Universidade de Dalhousie, no Canadá. Morando em Halifax, ele continua orientando, a distância, alunos do Programa de Pós-graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional do ICMC. Um de seus orientandos, Mário Popolin Neto, está buscando tornar mais simples a utilização do PEx-Sensors. “Hoje, antes de inserir os dados na plataforma, os pesquisadores precisam fazer um tratamento prévio e formatá-los. Esse processo ainda é muito complicado e estamos tentando eliminar essa fase”, revela o professor.

Pesquisador do IFSC/USP – Osvaldo Novais de Oliveira Junior

Para aprimorar a plataforma, Paulovich está buscando a colaboração de cientistas que atuam no desenvolvimento de sensores e biossensores: “O que a gente quer, neste momento, é compreender quais são os formatos dos dados capturados pelos pesquisadores com esses dispositivos. Assim, será mais fácil encontrar soluções para que a nossa plataforma automatize o processo de leitura desses dados”. O desafio não é simples e está a cargo de Popolin, professor do Instituto Federal de Araraquara. Para Paulovich, enquanto não houver a automatização, será difícil ampliar o público-alvo que utiliza o PEx-Sensor.

Entre os entusiastas da plataforma está o professor Osvaldo Novais de Oliveira Junior, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, que coordena diversas pesquisas de desenvolvimento de biossensores em escala nanométrica (da bilionésima parte do metro), ou seja, em escala muito reduzida. Em parcerias com pesquisadores do ICMC, Oliveira já utilizou o PEx-Sensors em projetos destinados à detecção de câncer de próstata, de pâncreas e de mama. “O interessante é que a plataforma permite a cientistas que não são especialistas em computação acessar as melhores técnicas de visualização para quem atua na área de sensores e biossensores”, destaca o professor do IFSC.

Entre essas técnicas de visualização disponibilizadas por meio do PEx-Sensors está a de mapeamento interativo de documentos (Interactive Document Mapping, IDMAP) e as coordenadas paralelas. Embora existam diversas outras técnicas disponíveis, Paulovich explica que essas duas são as mais confiáveis para as análises de dados provenientes de sensores.

A professora Rosane Minghim se despediu do ICMC em novembro (ao centro). Ela também está afastada e, hoje, é professora na University College Cork, na Irlanda (crédito da foto: Solange Rezende).

“Um mesmo conjunto de dados pode ser visualizado de forma diferente dependendo da técnica de visualização que você utilizar”, explica a professora Rosane Minghim, do ICMC. As bases para a criação do PEx-Sensors surgiram em 2005, quando Rosane passou a orientar o então doutorando Paulovich, na época, bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Como resultado do doutorado, nasceu a plataforma Projection Explorer (PEx), precursora do PEx-Sensors, criada basicamente para funcionar como um repositório de técnicas de visualização e facilitar o trabalho dos desenvolvedores. Naquele tempo, não existiam plataformas como essa na área de visualização. “Aliás, até hoje, muitos pesquisadores não têm noção de que podem visualizar os dados de seus experimentos usando diferentes técnicas e o quanto isso pode ser útil”, completa Rosane.

A professora alerta, no entanto, que qualquer técnica de visualização computacional tem suas limitações, já que para transformar os dados em algo que possa ser visto no plano bidimensional da tela do computador, é preciso proceder a uma categorização dos dados e uma redução de dimensionalidade. Ela exemplifica aplicando diferentes técnicas de visualização a um mesmo conjunto de imagens, todas relacionados a meios de transporte.

Em uma das visualizações, a tela mostra uma clara distinção entre diferentes grupos levando em conta, predominantemente, as cores presentes em cada uma. Já usando outra técnica de visualização, os limites não são tão claros e, clicando sobre os grupos formados, identificamos que outros critérios comparativos foram empregados, tal como a presença de pessoas nas imagens. Nesse caso, o problema é que não há uma visualização errada e outra certa, pois ambas são válidas, mas muito diversas.

“É inevitável: toda técnica de visualização tem um erro. A grande questão é que, por mais que estejam sendo realizadas muitas pesquisas nessa área, até hoje não encontramos uma maneira de corrigir o erro da própria técnica de projeção, apenas podemos visualizar que o erro existe”, finaliza Paulovich, mostrando que a ciência tem um longo caminho pela frente não apenas na luta contra o novo coronavírus. É necessário também lançar um novo olhar sobre os dados.

(Texto de: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de junho de 2020

Ciclo de Debates virtual promovido pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (USP)

O momento particular que vivemos, na universidade e na sociedade, demanda análises e reflexões, em particular em relação ao ensino, capacitação e formação de nossos estudantes.

Por essa razão, a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP, através da Comissão de Formação Didático-Pedagógica realiza nos dias 12, 19 e 26 deste mês de junho o Ciclo de Debates intitulado “VIVENCIANDO 2020: Formação superior no mundo pós-pandêmico: educação distanciada e à distância?”.

Esse Ciclo propõe a necessária análise e reflexão do papel da universidade, dos processos de formação, do ensinar e suas práticas em um mundo pós-pandêmico.

Temas em destaque:

12 de junho, 14:30hs:

‘Abordagens pedagógicas e modelos de ensino: novos processos de aprendizagem?’ – investigando, em particular, a eventual contribuição de tecnologias na concepção de novas práticas pedagógicas (Marcelo Zaiat, Nilson Machado e Paulo Sano);

19 de junho, 14:30hs:

‘Modelos de ensino: responsabilidades institucionais e individuais’ – questionando quais as responsabilidades, individuais e institucionais, face a possíveis novos modelos de ensino (Selma Garrido Pimenta e convidados em confirmação);

26 de junho, 14:30hs:

‘Perspectivas da universidade: instituição de conhecimento, formação e ensino?’ – analisando, em que medida, eventuais mudanças da universidade como instituição implicam em processos de mercantilização do ensino (Luiz Bevilacqua, Naomar Almeida Filho e Ronaldo Mota)

Em cada um desses três encontros será também apresentada uma breve entrevista gravada com o Prof. Shigeru Miyagawa (Diretor do Center for Open Learning / MIT).

Na página da PRPG, www.prpg.usp.br, estará disponível o link de acesso remoto a esses encontros, por meio do Google Meet e Youtube.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

7 de junho de 2020

Destaque para a produção científica do IFSC/USP no mês de maio de 2020

Para ter acesso às atualizações da Produção Científica cadastradas no mês de maio de 2020, clique AQUI ou acesse o Repositório da Produção USP AQUI.

A figura ilustrativa foi extraída do artigo publicado recentemente, por pesquisador do IFSC, no periódico

Photodiagnosis and Photodynamic Therapy, v. 30, p. 101700-1-101700-2, June 2020 (AQUI)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de junho de 2020

“Cuidando da comunidade IFSC em tempos de pandemia: Saúde Mental”

Por iniciativa da Diretoria do IFSC/USP, realiza-se nesta quinta-feira, 04 de junho, entre as 17h00 e as 18h00, a palestra via web intitulada Cuidando da comunidade IFSC em tempos de pandemia: Saúde Mental, com a participação da psicóloga do IFSC/USP, Bárbara Kolstok Monteiro.

Esta palestra poderá ser acompanhada através de um computador ou celular (smartphone). Não é obrigatório que o computador tenha uma webcam e microfone para participar apenas como ouvinte, no entanto, para fazer perguntas verbalmente o microfone é necessário, caso contrário pode ser utilizado o chat do google meet e digitar sua pergunta.

Para acompanhar este evento, usando um computador, basta clicar no link https://meet.google.com/gti-vopn-tch e em seguida no botão “Participar agora”.

Para participar utilizando um celular é necessário instalar o App do Google Meet no seu celular, em seguida abrir o App e inserir o código da reunião que é gti-vopn-tch.

Recomendamos para um bom andamento da palestra manter o microfone do seu computador ou celular desativado e, ativá-lo somente quando for falar.

Adicionalmente, para qualquer suporte necessário para acessar a reunião basta entrar em contato com qualquer funcionário do SCINFOR antes das 17h00, através do e-mail que iremos auxiliá-lo.

E-mails:
saba@ifsc.usp.br, saverio@ifsc.usp.br, joao@ifsc.usp.br, flavia@ifsc.usp.br, bertolote@ifsc.usp.br e joioso@ifsc.usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

3 de junho de 2020

Talk Show – Conversa sobre Carreira Internacional e Experiência do Cliente

Dando continuidade aos eventos online promovidos pelo ECar – Escritório de Desenvolvimento de Carreiras da USP, realiza-se no dia 04 de junho, a partir das 18 horas, o Talk Show intitulado “Uma conversa sobre Carreira Internacional e Experiência do Cliente”, com a participação do executivo Pedro Góes e da jornalista Maria Tereza Gomes.

Pedro Góes é um jovem executivo brasileiro, em exitosa carreira internacional, que hoje trabalha na Dinamarca. Maria Tereza Gomes é Mestre em Administração pela FEA/USP, ex-Diretora da Editora Abril e CEO da Jabuticaba Conteúdo.

O Talk Show será realizado à distância pelo Youtube e o link será enviado por e-mail horas antes da transmissão.

Para se inscrever neste evento, clique AQUI.

Em caso de dúvidas, entre em contato com o ECar pelo e-mail carreiras@usp.br

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

29 de maio de 2020

Pesquisadores buscam moléculas antivirais para tratamento da COVID-19

Pesquisadores vinculados ao Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos estão buscando potenciais antivirais para o tratamento de COVID-19 entre compostos sintéticos e produtos naturais da biodiversidade brasileira, além de realizar estudos voltados ao reposicionamento de fármacos já existentes.

A ideia é buscar, em diferentes repositórios e banco de dados, compostos químicos capazes de bloquear a ação das chamadas “proteínas não estruturais” do novo coronavírus (SARS-CoV-2), essenciais para a replicação do microrganismo dentro da célula humana.

“Quando o vírus entra na célula, ele começa a fazer cópias de seu próprio material genético [no caso do SARS-CoV-2, um RNA] para poder se multiplicar e avançar pelo organismo infectado. Uma parte do genoma viral produz proteínas da superfície do vírus e também outras 16 proteínas não estruturais, que só aparecem depois que a célula é invadida. Essas moléculas são responsáveis pela replicação do genoma viral. Nosso objetivo é encontrar um composto que ‘grude’ em alguma dessas proteínas não estruturais e, assim, inviabilize a replicação do SARS-CoV-2”, conta  Glaucius Oliva, coordenador do CIBFar, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP no Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP).

O projeto multidisciplinar, https://bv.fapesp.br/pt/auxilios/106186/desenvolvimento-de-antivirais-para-o-tratamento-da-covid-19/     (FAPESP), reúne também pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP), dos Institutos de Química de São Carlos (IQSC-USP), da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Dois processos de triagem

A seleção de compostos está sendo realizada por duas maneiras distintas. Uma é a triagem virtual – por meio de técnicas computacionais, como inteligência artificial, e experimentais, como cristalografia –, que visa analisar a estrutura tridimensional das moléculas. O objetivo é verificar entre os compostos analisados quais têm estrutura química capaz de se encaixar no alvo (as proteínas não estruturais do novo coronavírus) e, portanto, potencial para impedir a replicação viral.

A segunda maneira de seleção envolve ensaios experimentais para avaliar a capacidade das moléculas de inibir as enzimas envolvidas no processo de replicação. Isso só é possível graças à produção recombinante das enzimas virais no CIBFar, entre elas a protease principal do SARS-CoV-2 conhecida como Mpro (enzima que quebra as proteínas codificantes do RNA).

“Já conseguimos, por exemplo, produzir no CIBFar a protease Mpro e estamos fazendo os ensaios de inibição com compostos naturais e sintéticos. O vírus precisa dessa enzima para cortar a longa cadeia de proteínas codificada por seu genoma. Em seguida, cada parte dessa cadeia vai se enovelar e compor o complexo de replicação”, explica o pesquisador.

Moléculas com a capacidade de inibir as enzimas serão validadas em ensaios de invasão e infecção de células humanas pelo novo coronavírus obtido de isolados virais de pacientes brasileiros, realizados no ICB-USP. “O que funcionar, seja no ensaio virtual, seja no ensaio enzimático, precisará ser confirmado em testes  in vitro, para só depois passar para testes em animais e, por último, ensaios clínicos em pacientes. Invariavelmente, desenvolver novos fármacos consiste em um processo demorado até que se tenha certeza de sua eficácia e segurança”, diz.

Riqueza da biodiversidade

Para Oliva, um diferencial do projeto está na triagem de produtos naturais da biodiversidade brasileira, sobretudo pela existência da base de dados do Núcleo de Bioensaios, Biossíntese e Ecofisiologia de Produtos Naturais (NuBBE-DB), que reúne informações sobre a estrutura de mais de 54 mil moléculas naturais. O repositório foi desenvolvido com apoio do CIBFar.

“Evidentemente, uma molécula nunca antes usada como fármaco pode levar de cinco a 10 anos até que se prove a sua eficácia e segurança. Porém, temos algo diferente no Brasil: o acesso a produtos naturais e ao uso de extratos conhecidos pela cultura tradicional”, diz.

Como explica o pesquisador, plantas e microrganismos são importantes fontes de compostos medicinais. Por não terem sistema imunológico nem muita mobilidade, usam compostos químicos como principal arma contra predadores ou invasores. “Isso quer dizer que, ao longo de milhões ou bilhões de anos [no caso de bactérias e fungos], por seleção natural, foi possível desenvolver vias sintéticas para produzir moléculas protetoras. Como temos uma grande biodiversidade no Brasil e um importante trabalho prévio de identificação, caracterização e catalogação desses compostos, pode ser que sejam encontrados compostos oriundos de produtos naturais capazes de inibir a ação do novo coronavírus”, afirma.

Frentes diversificadas

O projeto também visa orientar o reposicionamento de medicamentos já aprovados para uso humano. Os pesquisadores vão avaliar 1.500 compostos já aprovados pela FDA (Food and Drug Administration, agência que regula medicamentos nos Estados Unidos) e, dependendo da capacidade de realização dos ensaios celulares no ICB-USP, poderão ter acesso a milhares de compostos de bibliotecas da organização internacional Medicines for Malaria Ventures (MMV) e várias outras coleções de projetos que estão em desenvolvimento no Estado de São Paulo.

Segundo Oliva, o processo de desenvolvimento de novos fármacos tende a ser encurtado quando moléculas de medicamentos já existentes – que já passaram por todos os testes de segurança necessários – são analisadas para outras indicações. “Essas serão as primeiras moléculas a serem testadas, mesmo que sejam muito raros os exemplos de sucesso no reposicionamento de fármacos”, diz.

(in: Agência FAPESP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

28 de maio de 2020

“COVID-19: Cenários, Perspectivas e Simulações” – Trabalho de docente da UFSCar

“COVID-19: Cenários, Perspectivas e Simulações”, é o título de um interessante trabalho assinado pelo docente e pesquisador do Departamento de Matemática da UFSCar, Prof. Gil Vicente Reis de Figueiredo.

Este trabalho, datado de 28 de maio do corrente ano, apresenta um estudo aprofundado comparativo sobre a COVID-19 relativo não só a todos os países do mundo, como também ao Brasil e de todos os estados brasileiros.

Neste estudo, são também apresentadas projeções feitas a partir de dados oficiais – atualizados até 21 de maio -, incluindo as situações atuais das cidades de São Carlos, Araras e Sorocaba.

Para ter acesso a este estudo, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

25 de maio de 2020

Profª Yvonne Mascarenhas inspira UFPI na divulgação da ciência

A docente e pesquisadora do IFSC/USP, Profª Yvonne Primeramo Mascarenhas, foi a inspiração encontrada para a execução de um trabalho de difusão e popularização da ciência iniciado recentemente pelo Departamento de Química da Universidade Federal do Piauí.

Junto com seus alunos de mestrado, o Prof. Roberto Luz iniciou a produção de uma série de vídeos curtos animados chamada “A descoberta do que já foi descoberto” que tem como objetivo divulgar os grandes cientistas brasileiros e seus trabalhos.

No Vídeo-0, que dá início a essa série, a carreira da Profª Yvonne Mascarenhas foi homenageada de uma forma simples, mas muito didática, sinalizando que a iniciativa vai dar que falar.

O principal veículo de divulgação desta série será o Instagram @deuquimica https://www.instagram.com/deuquimica/?hl=pt-br

Clique AQUI para assistir ao vídeo da UFPI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

25 de maio de 2020

USP distribui mais de 2 mil kits internet aos estudantes

Com a suspensão das atividades acadêmicas presenciais e a adoção de aulas remotas, desde março a Universidade tem distribuído kits internet – compostos de um chip para celular ou um modem portátil com interface USB, habilitados para 20 GB e mínimo de 100 horas-aulas por mês – a estudantes de graduação e de pós-graduação com necessidades socioeconômicas.

A Universidade adquiriu 2.250 kits que beneficiaram alunos da graduação e pós-graduação, após levantamento feito pelas Pró-Reitorias de Graduação e de Pós-Graduação junto às Unidades de Ensino e Pesquisa e à Superintendência de Assistência Social (SAS).

No Conjunto Residencial da USP (Crusp), localizado no campus de São Paulo, 398 estudantes receberam o equipamento. Atualmente, dos cerca de 1.600 estudantes que moram no Crusp, cerca de 400 permanecem no local.

“Nossa prioridade é garantir que todos os alunos tenham acesso às atividades sem que haja prejuízo à sua formação. Além disso, ao longo dos últimos anos, temos priorizado as políticas de permanência estudantil, garantindo recursos crescentes em nosso orçamento, e, nesse momento de incertezas, isso não poderia ser diferente”, considera o reitor Vahan Agopyan. A USP investiu cerca de R$ 1 milhão na aquisição dos kits.

As atividades presenciais nos cursos de graduação e nos programas de pós-graduação estão suspensas desde o dia 17 de março devido à pandemia da covid-19. Hoje 90% das disciplinas teóricas ministradas pelos cursos de graduação no primeiro semestre do ano estão sendo oferecidas de forma remota, com a utilização das plataformas e-Aulas e e-Disciplinas. São mais de 6 mil disciplinas. No caso da pós-graduação,  945 disciplinas dos programas estão sendo oferecidas no formato não presencial. As bancas de defesas de dissertações de Mestrado e teses de Doutorado também estão sendo realizadas remotamente.

Segundo o superintendente de Tecnologia da Informação, João Eduardo Ferreira, foram considerados dois critérios técnicos para a aquisição dos kits: versatilidade e capacidade de transmissão de dados. “A ideia é que o aluno possa utilizar  o modem para propagar o sinal de conectividade sem fio para vários dispositivos computacionais ou utilizar o chip em seu celular. No critério de capacidade de transmissão de dados, fizemos um levantamento do tamanho médio dos vídeos gerados nas aulas de graduação e de pós-graduação e multiplicamos por 100 horas-aula mensais chegando ao total de 20 GigaBytes por aluno por mês”, explica Ferreira.

Em função do avanço da doença no Estado de São Paulo, ainda não há previsão de retorno das atividades presenciais.

(In: Jornal da USP)

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

20 de maio de 2020

Pesquisadores do IFSC/USP entre os cem com maior número de artigos

Foi divulgado, recentemente, o relatório da plataforma SciVal, através da Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica (AGUIA), onde consta o desempenho da produção científica de autores da Universidade de São Paulo, entre os anos de 2014 e 2019, indexada na Base de Dados Scopus. A plataforma SciVal foi desenvolvida pela Elsevier para suas análises bibliométricas, tendo como referência os dados indexados da Scopus e do Science Direct.

Neste relatório, destacamos a contribuição dos pesquisadores do IFSC/USP que se encontram no “Top-100”, conforme é apresentado abaixo.

 

6º – Vanderlei Bagnato – (VEJA AQUI);

32º – Osvaldo Novais de Oliveira Junior (VEJA AQUI);

45º – Javier Ellena (VEJA AQUI);

54º – Cristina Kurachi (VEJA AQUI);

58º – Hellmut Heckert (VEJA AQUI);

59º – Luíz Vitor de Souza (VEJA AQUI);

75º – Cléber Mendonça (VEJA AQUI);

Consulte AQUI o arquivo completo deste relatório.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

20 de maio de 2020

Novo modelo matemático para modelagem da COVID-19 no Brasil

Um novo estudo realizado por pesquisadores da USP de São Carlos, nomeadamente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), foi recentemente publicado em nível internacional, onde é apresentada uma nova abordagem para modelar e caracterizar a epidemia COVID-19 no nosso país, usando uma rede complexa de múltiplas camadas. Sabendo-se que existem vários fatores envolvidos na disseminação da epidemia, como as características individuais de cada cidade/país, este trabalho confirma que a verdadeira forma da dinâmica da epidemia é um sistema grande e complexo, como a maioria dos sistemas sociais. Nesse contexto, redes complexas são um ótimo candidato devido à sua capacidade de lidar com propriedades estruturais e dinâmicas.

O modelo aprimora o SIR tradicional e é aplicado ao estudo da epidemia brasileira, analisando possíveis ações futuras e suas consequências. A rede é caracterizada por considerar estatísticas de infecção, morte e tempo de hospitalização. Para simular isolamento, distanciamento social, ou medidas de precaução, em seu trabalho os pesquisadores removeram camadas e/ou reduziram a intensidade dos contatos sociais. Os resultados mostram que, mesmo tomando várias premissas otimistas, os atuais níveis de isolamento no Brasil ainda podem levar ao colapso do sistema de saúde e a um número considerável de mortes (média de 149.000).

Se todas as atividades voltarem ao normal, o crescimento da epidemia sofre um aumento acentuado em relação ao padrão atual, e a demanda por leitos de UTI supera 3 vezes a capacidade do país. Isso, certamente levaria a um cenário catastrófico, já que nossa estimativa atinge uma média de 212.000 mortes, mesmo considerando que todos os casos são efetivamente tratados.

O aumento do isolamento (até um bloqueio) mostra ser a melhor opção para manter a situação sob a capacidade do sistema de saúde, além de garantir uma diminuição mais rápida de novas ocorrências de casos (meses de diferença) e um número de mortes significativamente menor (média de 87.000).

Para conferir este trabalho da autoria dos pesquisadores Leonardo Scabini, Altamir Júnior e Odemir Bruno, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), e de Lucas Ribas, Mariane Neiva e Alex Farfán, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), clique AQUI.

Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

 

 

20 de maio de 2020

Inscrições abertas para o “Virtual Exchange” em Pádua (Itália)

A Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (AUCANI) informa que a Universidade de Pádua (Itália) está recebendo inscrições para a I Semana Virtual Internacional de Treinamento de Pessoal, que será realizada entre os dias 15 e 17 de junho do corrente ano.

A semana será dedicada ao Virtual Exchange para inovação na educação: serão discutidas oportunidades e desafios relacionados ao Virtual Exchange, aplicativos, resultados práticos, experiências e melhores práticas. A inovação digital é fundamental para as instituições de ensino superior em todo o mundo, ainda mais em tempos de crise como o que estamos enfrentando atualmente.

O evento representa uma oportunidade única de aprender, avaliar e interagir com colegas de todo o mundo e visa apoiar as instituições a tirar o máximo proveito do Virtual Exchange.

A Staff Week foi originalmente prevista para ser presencial em Pádua, mas, dada à emergência do COVID-19, o programa foi ajustado para ficar totalmente online.

Para obter mais informações e/ou se inscrever no evento, clique AQUI.

Assessoria de Comunicação – IFSC/USP

Fale conosco
Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo - USP
Obrigado pela mensagem! Assim que possível entraremos em contato..